de novembro 2016 a março 2017
MOTUMBÁ* Memórias e existências negras
Mostra que integra diversas linguagens artísticas e ações culturais para apresentar um panorama das poéticas, estéticas e temáticas produzidas e interpretadas por grupos e artistas negras, negros e/ou periféricos. As atividades desta programação valorizam a representatividade de matrizes africanas legitimadas por trajetórias de vida e posicionamentos sociopolíticos.
* Em Yorubá, Motumbá é um pedido de benção entre os nagôs, uma saudação.
Representação e Diversidade O respeito à diversidade cultural preconiza uma postura de estímulo ao convívio multicultural capaz de orientar as sociedades contemporâneas, atravessadas por uma série de conflitos e dilemas. No Brasil, cuja população carrega as misturas de influências, origens e referências de três matrizes distintas – indígena, europeia e africana –, além de outras tantas, relacionadas aos fluxos migratórios, a atitude transformadora passa pelo reconhecimento e pela valorização de cada um de seus elementos constitutivos. Por outro lado, a posição de indiferença e conformismo, corroborada pela aparente invisibilidade do outro, alimenta a reprodução de manifestações discriminatórias. A discriminação pode ser uma forma de violência tão devastadora e maléfica quanto as guerras e perseguições que atentam contra a vida física. Trata-se de um fenômeno global, com implicações na autoestima e nas inter-relações entre os seres humanos, por princípio legal, iguais em direitos e deveres.
É nesse contexto que se insere o projeto Motumbá – Memórias e existências negras, objetivando aproximar olhares, vozes e escutas, difundir saberes e registrar a ação desses sujeitos e seu protagonismo. A ampliação dessa representatividade social por meio de maior visibilidade e circulação dos elementos de matriz afro-brasileiras pode favorecer um outro entendimento da história do país. Em consonância com suas diretrizes de educação para diversidade e para alteridade, o Sesc propõe esse conjunto de realizações acreditando que o ato de refletir e identificar outras formas de expressar as raízes brasileiras, por meio da cultura, pode abrir caminhos emancipatórios ao permitir espaços para questionamentos e ressignificações, possibilitando uma visão crítica da realidade, relevante instrumento para o fortalecimento da cidadania.
Sesc São Paulo
Motumbá! Mukuiu! Kolofé! No pé do baobá ecoam os Ilús da diáspora negra, o Rum costura a marcação sincopada do Rumpi e Lé, que dialogam com as melodias ressonantes e metálicas do Gã, invocando nesse instante a ancestralidade do orum para uma grande interação, movimentação e reflexão no aiyê. No sopro de Olorum se cria e transforma, uma manifestação artística e cultural que mantém a chama acesa das memórias negras de matrizes africanas e existências periféricas em contextos tradicionais, urbanos e contemporâneos. A rota dos orixás derramou no atlântico as marcas de um novo mundo, nas heranças Africanas encontram-se fortes raízes culturais do povo brasileiro que nos tornam o que somos e o que seremos no futuro. A África como berço do mundo e da humanidade contribuiu e ainda contribui de forma significativa para a formação da cultura brasileira, através dos diversos povos, Bantus, Jejes, yorubás e outras etnias que aqui chegaram. Em um contínuo processo de realimentação cultural entre as Américas e as múltiplas Áfricas, territórios expandidos de referências estéticas, temáticas e poéticas infinitas, uma ponte se forma a partir do intercâmbio cultural entre esses pólos, numa perspectiva esférica e mutante, num olhar orgânico e emotivo que se funde e se amplia por um leque de percepções, gestos, sonoridades, ambientes, imagens e sentimentos de Áfricas vivas e dinâmicas presentes em cada um de nós brasileiros.
A formação cultural do nosso país não pode ser vista sem a participação dos negros e negras, bem como, os povos indígenas originários das terras brasílicas, legados que se fazem presentes nas diversas relações sócio culturais: na música, dança, artes plásticas, teatro, culinária, literatura, arquitetura, costumes, religião e nas roupas. Entretanto, olhar à verdadeira história desta nação é também compreender como as raízes do preconceito racial e da discriminação foram alimentadas pelo fato de os negros e negras terem chegado ao Brasil em condições de “mercadorias escravizadas” durante muitos anos. Os Quilombos, Terreiros de Candomblés e diversas tradições culturais afro-brasileiras foram perseguidas pela soberania do Estado até meados do século XX e este preconceito está enraizado no cerne da atual sociedade, que cotidianamente extermina a nossa população de melanina acentuada em sua fase mais ativa, dissipando violentamente os corpos despadronizados do modelo eurocêntrico e aniquilando nossas histórias, memórias e culturas. Magias negras, macumbas, escambos, malocas, quilombos, mandingas e culturas marginais, vozes diaspóricas como grito polifônico de resistência, na quebra das algemas do projeto colonial, reverbera na cidade conexões plurais de existências transculturais negras e periféricas, entre cacos e fagulhas de olhares críticos, poéticos e contemplativos que compõe o panorama do mosaico artístico da mostra de arte Motumbá. Laroyê! João Nascimento
MÚSICA PRETA COREY HARRIS BAND (EUA)
A programação musical se orienta a partir de dois eixos principais: a ideia de diáspora africana – como elemento difusor estilos, e modos de criação próprios às culturas daquele continente; e o protagonismo político negro – suas vertentes feministas e ativismos periféricos.
Foto: Riccardo Piccirillo
das sonoridades, timbres,
COREY HARRIS BAND (EUA) Corey Harris é um bluesmen e, junto com Keb ‘Mo’ e Alvin “Youngblood” Hart, levantou a bandeira do blues de guitarra acústica em meados da década de 1990. Embora seja versado sobre os primórdios da história do blues acústico, ele não é um conservador, misturando uma variedade considerável de influências - de Nova Orleans ao Caribe e à África. Atuou, gravou e fez turnês com nomes como B.B. King, Taj Mahal, Buddy Guy, R.L.Burnside, Ali Farka Toure, Dave Matthews Band, Tracy Chapman, Olu Dara e muitos outros. Neste show, Harris se apresenta ao lado de Chris Whitley (piano),Paul Dudley (bateria), Gordon Jones - (Tenor/Alto/Sax) e Jayson Morgan (baixo). Dia 4 de março. Sábado, às 21h | Teatro Não recomendado para menores de 12 anos Ingressos: R$ 20,00. R$ 10,00 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante). R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc).
LENNA BAHULE (MOÇAMBIQUE)
Lançamento do disco “Nômade”. Participações: Clarianas, Gumboot e Zé Leônidas Inspirado no seu interesse e pesquisa sobre a música vocal e sobre a regência alternativa, o show apresenta não somente o repertório do seu primeiro CD mas também músicas folclóricas moçambicanas, de uma forma performática. O show apresenta uma formação musical inspirada pela música popular, ancestral e natural de vozes e percussão, onde o corpo também funciona como instrumento melódico, harmônico e rítmico. Dia 12 de março. Domingo, às 18h | Teatro Não recomendado para menores de 12 anos Ingressos: R$ 20,00. R$ 10,00 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante). R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc).
MC CAROL A cantora apresenta hits do baile funk como “100% Feminista”, “Delação Premiada”, “Não Foi Cabral”, “Liga Pro Samu” e “Minha Vó Tá maluca”. Com suas letras irônicas e bem humoradas sobre o cotidiano da favela - em especial no que diz respeito às mulheres do morro Carol tornou-se um símbolo feminista e da luta contra o racismo e ganhou o público ao coestrelar o reality show “Lucky Ladies”, na Fox Life, em 2015. Dia 17 de março. Sexta, às 21h30 | Comedoria Não recomendado para menores de 18 anos Ingressos: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante). R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc).
SAPOPEMBA
Convida o músico baiano Roberto Mendes, o pianista Benjamin Taubkin e o ogã Valdemar Pereira Sapopemba se iniciou no Candomblé Ketu há cerca de cinquenta anos, assumindo a função de ogã, na qual aprendeu cantigas de Orixás, assim como os sambas de roda que sempre finalizam os rituais sagrados com festa. Como frequentador do Candomblé Angola, Sapopemba agregou ao seu repertório os Inkisses e sambas de Caboclo. São estes gêneros sagrados da música afrobrasileira que formam a base do repertório desse show. A banda base deste encontro é formada por Ari Colares (percussão), Leo Mendes (violão e viola), Lula Alencar (sanfona) e João Taubkin (baixo). Dia 24 de março. Sexta, às 21h | Teatro Não recomendado para menores de 12 anos Ingressos: R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante). R$ 9,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc).
TEATRO A programação teatral, dentro desse recorte memória e existência, buscou trazer em sua programação grupos importantes que já se dedicavam há algum tempo à pesquisa da história, arte e cultura negra brasileira. Além da cena de São Paulo, apresenta também nomes de outras regiões do Brasil que se dedicam a
Foto: Roniel Felipe
esse tema.
CIA. OS CRESPOS
CARTAS À MADAME SATÃ, OU ME DESESPERO SEM NOTÍCIAS SUAS Com Cia. Os Crespos
Em seu quarto, um homem negro se corresponde com a figura mítica de Madame Satã. Fragmentos de histórias revelam, através das cartas, trajetórias e casos de amor, numa cidade-país carregada de doenças, que mantém sob cárcere privado um jovem apaixonado. A personagem, em tom confessional, mescla a força do gesto com a delicadeza no discurso, buscando a cumplicidade do espectador para tornar público uma afetividade cercada de tabus. Terceiro espetáculo de uma trilogia da Cia Os Crespos, que pesquisou o impacto da escravidão na afetividade de homens e mulheres negros e negras. Direção: Lucelia Sergio. Ator criador: Sidney Santiago Kuanza. Dramaturgia: José Fernando de Azevedo. Direção musical e operação: Dani Nega. Iluminação original: Will Damas. Iluminação e operação: Eduardo Luz. Direção de arte: Antônio Vanfill. Atores colaboradores: Luis Navarro e Vitor Bassi. Preparação corporal: Janette Santiago. Contrarregragem: Rogério Aparecido. Preparação vocal: Frederico Santiago. Operação de vídeo: Eduardo Aves. De 2 a 4 de março. Quinta a sábado, às 21h30 Sala de Espetáculos I Não recomendado para menores de 16 anos Ingressos: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, +60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante). R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc).
OFICINA
MEMÓRIA E ATIVISMO: PRÁTICAS PARA A VIVÊNCIA E ELABORAÇÃO DE UMA POÉTICA NEGRA Com Sidney Santiago Kuanza, do grupo Os Crespos
A oficina é uma imersão pela história do Teatro Negro no Brasil, e uma exploração corporal por procedimentos e técnicas que auxiliam no autoconhecimento e na construção de personagem, linguagem e vivências dentro do processo teatral. Público: atores, estudantes de teatro, diretores, profissionais da dança, educadores, ativistas e pesquisadores. De 14 a 17 de março. Terça a sexta, às 15h . Sala de Espetáculos I Não recomendado para menores de 16 anos | Grátis Inscrições: envio de currículo resumido até o dia 8 de março para oficinadeteatro@belenzinho.sescsp.org.br Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até 12 de março.
DANÇA Pensada a partir da busca por grupos dedicados à Foto: divulgação
pesquisa e criação que estabelece interfaces entre os universos das tradições e aquilo que chamamos de contemporâneo. Além desse foco, buscou-se contemplar apresentações de grupos que não falem diretamente sobre o tema, mas que trazem em suas formações e corporeidades a vivência negra e periférica.
MINIBALL MOTUMBÁ
OFICINA
VOGUING
Com Felix Pimenta O Voguing ou Vogue é um estilo de dança urbana que se originou na cena ballroom LGBT negra e latina do bairro do Harlem, em Nova York nos anos 1960. É inspirado nos movimentos das danças afrodiaspóricas, poses de modelos, filmes de artes marciais, imagens egípcias e danças latinas. O estilo foi ganhando novas formas e com os anos e categorias foram incluídas: Old Way (Pop Dip Spin), New Way, Femme (Femme Soft and Cunt, Femme Dramatic) e Runway (desfile). A oficina irá apresentar além da parte prática, a história e os conceitos desse estilo de dança. Público-alvo: dançarinos e pessoas interessadas na dança. De 7 a 11 de março. Terça a sexta, às 19h. Sábado, às 15h30. Sala de Espetáculos II Não recomendado para menores de 16 anos | Grátis Inscrições: até dia 3 de março, por meio de envio de e-mail para oficinadedanca@belenzinho.sescsp.org.br Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até 5 de março.
BATALHA
MINIBALL MOTUMBÁ
Participações (como comentadores): DJ Nelson D., Eduard Kon e Danna Lisboa Concepção artística: Felix Pimenta As balls são o momento principal dentro da cena do Voguing. Surgem junto com o início da cena, onde os dançarinos duelam por suas casas, por suas vidas e mostram que são os melhores nos movimentos. A Miniball Motumbá será uma homenagem às grandes heroínas negras da história do Brasil, como Luisa Mahin, Dandara dos Palmares, Carolina de Jesus, entre tantas outras esquecidas pelos livros de história. A ball está dividida em três categorias: Empoderamento e inspiração (Vogue Virgin) para quem está começando no Vogue; Resistência e luta (Vogue Performance) para todas as formas da Vogue; e Divas eternas (Runway) lacração e representatividade. O júri será composto por três mulheres importantes da cena: Fran Manson (Bauru), Luana Ninja (Brasília) e Paula Zaidan (Belo Horizonte). Os participantes devem se inscrever em uma ou mais categorias. Dia 11 de março. Sábado, às 20h | Convivência Livre para todos os públicos | Grátis Inscrições: envio de minibio para: batalha@belenzinho.sescsp.org.br até 9 de março, citando a(s) categoria(s) de interesse. Confirmaremos as inscrições até 10 de março. Obs.: Havendo vagas remanescentes poderemos abrir novas inscrições 3 horas antes do evento.
Toda criação tem suas
CULTURA POPULAR
origens nas tradições culturais, porém se desenvolve plenamente em contato com outras. Essa é a razão pela qual o patrimônio, em todas suas formas, deve ser preservado, valorizado e transmitido às gerações futuras como testemunho da experiência e das aspirações humanas, a fim de nutrir a criatividade em toda sua diversidade e estabelecer um verdadeiro diálogo Foto: divulgação
entre as culturas.
GRUPO CUPUAÇU E TIÃO CARVALHO
TROCA DE SABERES E VIVÊNCIA
VIVA ESSE BOI!!
Com Grupo Cupuaçu e Tião Carvalho Além dos aspectos históricos do folguedo, os participantes podem conhecer ritmos e diferentes expressões regionais a partir de propostas lúdicas que preparam crianças e adultos para a brincadeira. Dia 26 de março. Domingo, às 14h30. Sala Expressão Corporal 2 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
CORTEJO E APRESENTAÇÃO
BUMBA MEU BOI
Com Grupo Cupuaçu e Tião Carvalho O Bumba Meu Boi é um espetáculo popular dramático que tem na dança e na música os elementos que conduzem a reconstrução da narrativa mítica do Boizinho-de-São-João, com a representação tragicômica dos personagens Amo (cantadorchefe), Catirina, Chico e Vaqueiro. A estes personagens centrais somam-se as figuras do Cazumbá, índios e índias, caboclos de pena, o “batalhão” de vaqueiros e outras figuras do imaginário mítico popular. Dia 26 de março. Domingo, às 18h | Praça Livre para todos os públicos | Grátis
Foto: divulgação
PERCURSOS
POVO YORÙBÁ - NAÇÃO NAGÔ E A CULINÁRIA SAGRADA AFRO-BRASILEIRA Ilé Àse Omo Igba Aladan
A culinária presente nos territórios tradicionais de matriz africana é o tema central da roda de conversa e da vivência no território Ilé Àse Omo Igba Aladan, na qual será possível conhecer alguns pratos preparados na hora. Os princípios da alimentação tradicional yòrúbá fazem parte de nossa culinária nacional e mostram a presença das heranças e saberes africanos no nosso cotidiano. 10h00 às 12h00 - Roda de Conversa com Prof. Vagner Gonçalves da Silva sobre a comida dos Orixás 13h30 às 17h30 - Saída para visita ao território tradicional Ilé Àse Omo Igba Aladan, onde haverá preparação e degustação da culinária sagrada afro-brasileira com Pai Toninho de Ògun. Dia 25 de março. Sábado, às 10h | Sala de Espetáculos II Não recomendado para menores de 16 anos | Grátis Inscrições: dia 03/03 (sexta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento
ESCAMBO DE IDEIAS DESCOLONIZAÇÃO E ESTUDOS DE CULTURA AFRICANA E INDÍGENA NAS ESCOLAS Com TC Silva, Marina de Mello e Souza e convidado. Mediação: Acácio Almeira (Casa das Áfricas).
O encontro propõe abordar conteúdos relacionados as principais dificuldades para a implementação da Lei 10.639 e 11.645, que implica na obrigatoriedade em incluir o ensino de história e cultura afrobrasileira e indígenas nas escolas. Dia 7 de março. Terça, às 20h | Oficina 3 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
HOMOAFETIVIDADE NEGRA
Com Flip Couto, Kaciano Gadelha e Ellen Oléria. Mediação: João Simões. No início dos anos 80, o poeta Joseph Beam afirmava: “um homem negro amar outro homem negro é um ato revolucionário”. Partindo dessa premissa, põem-se em discussão a problemática da homoafetividade negra: a imagem do homem negro gay construída a partir de sua objetificação e nunca dentro da possibilidade de afeto. Dia 14 de março. Terça, às 20h | Oficina 3 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
WEBATIVISMO NEGRO E DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Com Stephanie Ribeiro, Douglas Belchior e Charô Nunes (do Blogueiras Negras). Mediação: Preta Rara. A internet tem se tornado um importante meio de comunicação e manifestação negra, uma plataforma digital com capacidade de potencializar ações e reflexões a cerca da luta contra o racismo na sociedade brasileira e outros desdobramentos. A democratização da comunicação é um tema importante para discutir e compreender como a mídia se relaciona com conteúdos ligados a identidade, representatividade e no emponderamento negro. Dia 21 de março. Terça, às 20h | Oficina 3 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
PERIFERIA NEGRA
Com Elvis Stronger, Andrus Santana e convidado. Os ativistas farão uma roda de conversa sobre o papel fundamental das famílias LGBT com os jovens das periferias urbanas, com foco na cidade de São Paulo. Qual o papel desses grupos quando pensamos nas identidades negras e LGBTQ+ periféricas e seu impacto nas políticas públicas e inclusão social. Dia 28 de março. Terça, às 20h | Oficina 3 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
LITERATURA
Ações que destacam a oralidade, as atividades de literatura enaltecem a transmissão do conhecimento por meio de narrativas que residem na memória de grandes mestres.
ENCONTRO
MALUNGOS E GRIÔS: VIVÊNCIAS E RODAS DE CONHECIMENTO Com Reginaldo Prandi (dia 9) Totonho do Tamandaré (dia 16) e Conceição Evaristo (dia 23)
Ancestralidade, memórias e experiências vividas por importantes protagonistas e personagens oriundos de diversas áreas do conhecimento da cultura negra. Com intuito de difundir a tradição da cultura oral, em formato de roda, o encontro será conduzido por um mestre griô que contará histórias, bem como, promoverá ao público a oportunidade de vivenciar experiências musicais, poéticas, corporais, mitológicas de acordo com a temática de cada encontro. Dias 9 e 16 de janeiro. Quintas, às 20h | Convivência Não recomendado para menores de 14 anos | Grátis
Foto: Danila Bustamante
ARTES VISUAIS
PERFORMANCE
CUIDADO BLACK
Com Ézio Rosa (Bicha Nagô) O artista se coloca na área de convivência, sentado sobre um banco alto, com uma cadeira vazia a sua frente, e fica à disposição de pessoas que queiram trançar o cabelo. No espelho está escrito “Cuidado Black”. Ao receber a primeira pessoa, uma conversa é iniciada e tem duração aproximada de uma trança. Dias 18 e 21 de março. Sábado e terça, às 16h | Convivência Livre para todos os públicos | Grátis
PERFORMANCE
SANGUE
Com Flip Couto Tendo como ponto de partida o ambiente dos Bailes Black dos anos 70, festas de bairros, reuniões de famílias negras e as diversas relações presentes no dinâmico cotidiano das cidades, a obra busca criar um ambiente relacional tendo o auto-depoimento como disparador de sensações, sonoridades, gestos, imagens e ritmos. O processo da obra traz como poética a experiência dos vínculos pré estabelecidos entre público e obra que se encontram e se diluem em um mesmo espaço, podendo se transformar numa coisa só. Dia 25 de março. Sábado, às 19h | Sala de Espetáculos I Não recomendado para menores de 18 anos | Grátis Retirada de ingresso com 30 minutos de antecedência no local
TECNOLOGIAS E ARTES
CURSO
EMPODERAMENTO FEMININO ATRAVÉS DE FERRAMENTAS ONLINE Com Maria Rita Casagrande (Info Preta)
O curso aborda a história das mídias femininas e feministas, a história do feminismo, a mulher no universo da comunicação, imprensa e redes sociais, as linguagens html, css e wordpress. As participantes tem a oportunidade de criar sites, blogs ou revistas online com ferramentas gratuitas e a partir do zero. De 7 a 10 de março. Terça a sexta, às 10h. Espaço de Tecnologias e Artes Não recomendado para menores de 16 anos | Grátis Inscrições: dia 3 de março (sexta) pessoalmente, a partir das 14h, no 1º pavimento
Foto: divulgação
CRIANÇAS
HISTÓRIAS DO MUNDO PARA O MUNDO CONTAR Com Cia. do Sal
OFICINA CRIANÇA & FAMÍLIA
TRAMAS E IDENTIDADES Com Ju Bernardo
Tendo como inspiração os tecidos Kente, expoente da cultura material dos povos Asanti e Ewe das regiões de Togo e Gana do continente africano, os participantes vivenciam com o uso do tear manual, possibilidades de composição de figuras geométricas e cores variadas, padrões característicos deste tipo de tecido. De 4 a 26 de março. Sábados e domingos, às 11h e às 14h30 (Exceto dias 11 e 12/03) | Oficina 2 Livre para todos os públicos | Grátis Retirada de senha com 30 minutos de antecedência no local
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
HISTÓRIAS DO MUNDO PARA O MUNDO CONTAR Com Cia. do Sal
A diversidade é uma das grandes maravilhas a ser preservada no mundo. Pessoas, povos e culturas nos apresentam inúmeras e descentralizadas perspectivas existentes. No surgimento e desdobramento da história da humanidade. O presente espetáculo narra e canta a criação do mundo, dos alimentos e celebra a transitoriedade humana viajando pela brasilidade africana e indígena. De 18 a 26 de março. Sábados e domingos, às 16h | Convivência Livre para todos os públicos | Grátis