74 Rotações

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1974

ano da música plural brasileira O projeto 74 Rotações traz ao público quatro shows em que artistas brasileiros de destaque interpretam álbuns lançados no ano de 1974 e que, 40 anos depois, seguem sendo referências do que melhor foi produzido na história da música do país. Ao oferecer estas releituras ao público, estabelecemos uma ponte entre este repertório clássico e a produção efervescente da música popular brasileira contemporânea, intensificando o diálogo entre gerações de artistas e audiências. O recorte curatorial traz à cena quatro álbuns que constituem fonogramas fundamentais da discografia da década de 1970 e traça um panorama da pluralidade de gêneros e da qualidade artística do período. 74 Rotações dá sequência aos bem sucedidos 72 Rotações, de 2012, e 73 Rotações, de 2013, ambos realizados no teatro do Sesc Santana.

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Quinta 18/12

CARTOLA por EMICIDA

O álbum de estreia de Cartola é um dos itens obrigatórios para quem quer entender a música brasileira. Gravado pelo sambista quando ele tinha 65 anos de idade, o LP apresenta alguns de seus principais sucessos, como “Tive Sim” e “Alvorada”. Neste show, Emicida aprofunda as afinidades entre o samba e o rap, relação já apontada em seu premiado disco “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”, de 2013.

Gravadora Discos Marcus Pereira Produção e direção de estúdio J.C. Botezelli (Pelão) Arranjos e regência Horondino José da Silva (Dino) Fotos Alexandre Silva Bauer e Gaia Piovesan Faro

Repertório 1. Disfarça e Chora Cartola / Dalmo Castello 2. Sim Cartola / Oswaldo Martins 3. Corra e Olhe o Céu Cartola / Dalmo Castello 4. Acontece Cartola 5. Tive Sim Cartola 6. O Sol Nascerá Cartola / Elton Medeiros 7. Alvorada Cartola / Carlos Cachaça / Hermínio B. de Carvalho 8. Festa da Vinda Cartola / Nuno Veloso 9. Quem Me Vê Sorrindo Cartola / Carlos Cachaça 10. Amor Proibido Cartola 11. Ordenes e Farei Cartola / Aluizio Dias 12. Alegria Cartola

Ficha técnica arranjos Thiago França direção musical Thiago França e Emicida músicos Thiago França flauta e sax Rodrigo Campos violão 7 cordas Doni Jr violão 6 cordas e cavaco Carlos Café percussão Dj Nyack DJ

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Gravadora Philips Direção de produção Aloysio de Oliveira Arranjos Cesar Camargo Mariano e Tom Jobim Fotos Nelson Mascarenhas Layout capa Lobianco Layout parte interna Aldo Luiz

Sexta 19/12

ELIS & TOM

por LUCIANA ALVES e MARCO PEREIRA TRIO O disco “Elis & Tom” registra o encontro daqueles que na década de 1970 eram considerados a maior intérprete e o mais celebrado compositor. O LP conta com sucessos como “Águas de Março” e “Corcovado”. A recriação deste clássico é marcada pela inovação e ousadia materializadas por Luciana Alves, uma das mais promissoras cantoras da MPB, e Marco Pereira Trio, um dos grupos mais inventivos de música instrumental no Brasil.

Repertório 1. Águas de Março Tom Jobim 2. Pois É Tom Jobim / Chico Buarque 3. Só Tinha de Ser com Você Tom Jobim / Aloysio de Oliveira 4. Modinha Tom Jobim / Vinicius de Moraes 5. Triste Tom Jobim 6. Corcovado Tom Jobim 7. O Que Tinha de Ser Tom Jobim / Vinicius de Moraes 8. Retrato em Branco e Preto Tom Jobim / Vinicius de Moraes / Chico Buarque 9. Brigas, Nunca Mais Tom Jobim / Vinicius de Moraes 10. Por Toda a Minha Vida Tom Jobim / Vinicius de Moraes 11. Fotografia Tom Jobim 12. Soneto de Separação Tom Jobim / Vinicius de Moraes 13. Chovendo na Roseira Tom Jobim 14. Inútil Paisagem Tom Jobim / Aloysio de Oliveira

Ficha técnica Luciana Alves voz Marco Pereira violão Guto Wirtti baixo acústico Bebê Kramer acordeom

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Gravadora Philips/Polygram Direção de produção Roberto Menescal e Marco Mazola Arranjos Arnaldo Baptista e Rogério Duprat Fotos Leila Layout Aldo Luiz

Sábado 20/12

LOKI?

por O TERNO “Um álbum essencial para compreender a música popular brasileira”, segundo o produtor e crítico musical Nelson Motta, “Loki?” expõe a verve criativa de Arnaldo Baptista em composições confessionais que registram suas rupturas sentimentais e seu ressurgimento em carreira solo pós-Mutantes. A banda O Terno transita pelo rock e pela vanguarda paulista com originalidade e performances intensas. Iniciou sua carreira interpretando covers dos Mutantes, o que atesta a profunda identidade e reverência presentes neste tributo.

Repertório 1. Será que Eu Vou Virar Bolor? Arnaldo Baptista 2. Uma Pessoa Só Arnaldo Baptista / Dinho Leme / Liminha Sérgio Dias 3. Não Estou nem Aí Arnaldo Baptista 4. Vou Me Afundar na Lingerie Arnaldo Baptista 5. Honky Tonky (Patrulha do Espaço) Arnaldo Baptista 6. Cê Tá Pensando que Eu Sou Lóki? Arnaldo Baptista 7. Desculpe Arnaldo Baptista 8. Navegar de Novo Arnaldo Baptista 9. Te Amo Podes Crer Arnaldo Baptista 10. É Fácil Arnaldo Baptista

Ficha técnica Martim Bernardes voz, piano e guitarra Victor Chaves bateria Guilherme D’Almeida baixo Guilherme Toledo técnico de som

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Gravadora Philips Direção de produção Paulinho Tapajós Arranjos Osmar Milito, Darcy de Paulo, Hugo Bellard Fotos Mário Luiz Layout Aldo Luiz

Domingo 21/12

A TÁBUA DE ESMERALDA

por Los Sebosos Postizos Ponto alto da carreira de Jorge Ben, “A Tábua de Esmeralda” é um disco repleto de hits em que o violão suingado do compositor dialoga com a psicodelia e as letras inspiradas na alquimia. Formada por quatro integrantes da Nação Zumbi e parceiros de longa data, a banda Los Sebosos Postizos injeta o acento do mangue beat a estas 12 músicas do disco. Possui um álbum dedicado à obra do criador carioca lançado em 2012.

Repertório 1. Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas Jorge Ben 2. O Homem da Gravata Florida Jorge Ben 3. Errare Humanun Est Jorge Ben 4. Menina Mulher da Pele Preta Jorge Ben 5. Eu Vou Torcer Jorge Ben 6. Magnólia Jorge Ben 7. Minha Teimosia, Uma Arma pra Te Conquistar Jorge Ben 8. Zumbi Jorge Ben 9. Brother Jorge Ben 10. O Namorado da Viúva Jorge Ben 11. Hermes Trismegisto e sua Celeste Tábua de Esmeralda Fulcanelli / Jorge Ben 12. Cinco Minutos Jorge Ben

Ficha técnica Jorge Du Peixe voz Dengue baixo Pupillo bateria Lucio Maia guitarra Pedro Baby guitarra Da Lua percussão

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74 rotações e seus discos Cartola Angenor de Oliveira, o Cartola, negro, pobre, apenas com a educação primária, começou tocando cavaquinho em ranchos na década de 1920 e alcançou a fama ao se tornar o primeiro mestre de harmonia da Estação Primeira de Mangueira. Cartola chegaria ao fim da vida tocando um violão refinadíssimo. Em 1974, com o lançamento de seu álbum de estreia, Cartola – que já gozava de prestígio como compositor – foi reconhecido como cantor, sendo considerado um dos melhores intérpretes de suas próprias canções. Elis & Tom “Nos meus dez anos de gravadora ganhei de presente um encontro com o Tom. Foram momentos vividos por duas pessoas muito tensas que só conseguem se descontrair através da música. Ficou a saudade de um passado recente, em que as cores eram outras e as pessoas mais felizes.” Este relato de Elis Regina, presente no encarte do disco “Elis & Tom”, evidencia a aura presente nesta gravação marcada por embates de estilos e concepções musicais. A eletricidade do piano e os arranjos de Cesar Camargo Mariano se chocam com a concepção orquestral de Tom Jobim. Neste ambiente, surge um dos discos mais festejados da MPB. Lóki?, de Arnaldo Baptista “É só bateria, piano e voz? Parece uma dúzia de assassinos. Música? Nunca mais faço uma.” Com esta declaração, Tom Zé registra bem a reação que este monolito sonoro de Arnaldo Dias Baptista causou em 1974. O produtor e músico Roberto Menescal foi um dos defensores do projeto que sofreu resistência da gravadora e causou estranhamento até mesmos nos músicos que participaram da gravação, como o baterista Dinho Lemes e o baixista Liminha. Apesar da descrença geral, “Loki?” veio ao público sem sequer show de lançamento e, ao longo dos anos, se tornou um dos discos mais importantes do rock nacional. A Tábua de Esmeralda, de Jorge Ben Considerado o principal título fonográfico da carreira de Jorge Ben e com arranjos experimentais psicodélicos, “A Tábua de Esmeralda” tem na alquimia o seu tema principal. Sem o rococó harmônico da bossa nova, mas com uma qualidade rítmica e melódica sem precedentes, o violonista, cantor e compositor carioca consagrou-se nos anos 1960 e 1970 como o representante do Samba Esquema Novo e do samba-rock e um dos grandes inventores da música brasileira.

74 ROTAÇÕES Curadoria Filipe Luna e Ramiro Zwetsch Técnico de som Gustavo Lenza Iluminador Carlos Pelé Roadies Humberto/Tim e João Sobral Produção nos shows Paulo Sérgio Sarra Coordenação de Produção Lili Molina – Vila 6 e Guandama Produções Realização Sesc

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Sesc Santana Av. Luiz Dumont Villares, 579 CEP: 02085-100 São Paulo - SP Tel.: +55 11 2971 8700 email@santana.sescsp.org.br sescsp.org.br /sescsantana Prefira o transporte público Jd. São Paulo - 850m Parada Inglesa - 1.250m

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