Revista SESCAP-PR edicao 10

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9912330038/13DR/PR SESCAP/PR Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT

Ano 2 - número 10 Março/Abril 2015

100%

Startups

As estratégias de um negócio inovador

Fórum

Entrevista

Representação

Precificação de Serviços Contábeis em pauta nacional

Vale do Silício, um terreno fértil para empreendedores

SESCAP-PR mais atuante na Assembleia Legislativa

p. 10

Marcos Schlemm

p. 18

p. 22

Revista SESCAP-PR

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25 de abril

Parabéns a você que trabalha com ética e responsabilidade, transformando números em informações preciosas para a tomada de decisões nas organizações.

sescap-pr.org.br fb.com/sescappr.parana twitter/sescappr

Uma homenagem do

SESCAPPR Associe-se: www.sescap-pr.org.br/associese

Comunicação SESCAP-PR Comunicação SESCAP-PR

Dia do Contabilista


Palavra do Presidente

Diretoria Presidente

Mauro Cesar Kalinke 1º Vice-presidente José Reinaldo Vieira 2º Vice-presidente Expedito Barbosa Martins (in memoriam) Dir. Secretário Geral Nelson Zafra Dir. Adm. Finanças Juarez Miguel Rossetim Dir. Adm. Finanças Adjunto Paulo Roberto Gaertner Dir. Relações Sindicais Alceu Dal Bosco Diretor de Eventos Manoel Pereira Góes Diretor Jurídico Euclides Locatelli Diretor Relações Interior Amauri Clovis Oliveira Nascimento Diretores Suplentes Antonio Romero Filho Divanzir Chiminácio Irineu Zanuzzo (in memoriam) Conselho Fiscal Titulares

Antonio Eurides da Rocha Alexandre Belmiro Berti Luiz Fernando Ferraz Suplentes

Albino Vieira de Oliveira Juarez Tadeu Morona Filho Ormélia Tereza da Silva Delegados Representantes Titulares

Mauro Cesar Kalinke Expedito Barbosa Martins (in memoriam) Suplentes

Narcizo Muller Minoro Kozima Diretores Regionais Arapongas: Antonio do C. Simões Cascavel: Michel Vitor Lopes Foz do Iguaçu: Regina Adams Guarapuava: Eva S. de Lima Maringá: Miriam da Silva Braz Pato Branco Toledo: Leandro Ramos Umuarama: Hélio de S. Camargo

Mais espaço na esfera estadual

E

m março, tivemos uma importante conquista no campo da representatividade das empresas de serviços junto à esfera pública. Fomos convidados a elaborar um estudo de viabilidade, com sugestões, a dois projetos de leis propostos pelo Executivo: o PL 134/2015, que dispõe sobre a criação do Cadastro Informativo Estadual (Cadin) que prevê unificação de cadastro dos maus pagadores e o PL 135/2015, que trata da criação do programa de estímulo à cidadania fiscal. Esta foi a primeira vez que fomos convocados a propor sugestões desse gênero, o que demostra o reconhecimento e o espaço que os empresários de serviços conquistaram junto ao poder público. E esta conquista pode ser fortalecida, sempre, com a maior participação dos empresários nas causas coletivas. Contamos com o seu apoio. Participe das nossas ações!

Fórum pioneiro Como parte das ações do Ano do Empresário Contábil, realizamos recentemente o primeiro Fórum de Precificação de Serviços Contábeis, em Curitiba. O evento foi um marco para o setor e, pelo sucesso da iniciativa, deve ser reproduzido nacionalmente.

Parabéns, contabilista! Abril é um mês especial. No dia 25, comemora-se o Dia do Profissional da Contabilidade. Tenho orgulho de pertencer a uma categoria formada por mais de meio milhão de profissionais. Parabéns a todos os profissionais da Contabilidade que atuam com ética e buscam na capacitação e no conhecimento os alicerces para a valorização do seu ofício.

Boa leitura!

eSocial E por falar em engajamento, é fundamental que os empresários fiquem atentos ao eSocial e suas peculiaridades. Além de promover cursos sobre o tema, o SESCAP-PR está realizando palestra com um dos maiores especialistas no assunto, o auditor fiscal da Receita Federal, Marcos Antonio Salustiano da Silva. Ele é um dos entrevistados desta edição e fala sobre o cronograma de implantação, a incidência de multas, obrigatoriedade e principais dúvidas sobre o eSocial. Confira na página 23.

Mauro Kalinke Presidente do SESCAP-PR

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Sumário Expediente A Revista SESCAP-PR é uma publicação bimestral do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (SESCAP-PR)

Rua Marechal Deodoro, 500 11º andar - CEP 80010-911 Curitiba – Paraná Fone/Fax (41) 3222-8183 www.sescap-pr.org.br

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Startups

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Preço dos serviços

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Auditoria:

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Entrevista

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Lições de um negócio inovador

em debate

Assessoria de Comunicação do SESCAP-PR

Jornalista Responsável Adilson Faxina Reg. Prof. 2814/11/27 Produção, edição e revisão Adilson Faxina Cibele Michelin Patrícia Schor Projeto Gráfico Reynaldo Costacurta Neto Arte e Diagramação Mariana Eloiza Machado

Carreira promissora em meio à crise

O segredo do Vale do Silício

Impressão e acabamento Corgraf Tiragem

6.000 mil exemplares Distribuição dirigida e gratuita

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As imagens utilizadas nesta edição pertencem ao acervo do SESCAP-PR e de entidades parceiras. A redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. Os anúncios veiculados são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Confira a nossa agenda de cursos para os próximos meses. www.sescap-pr.org.br

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Vez e voz

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Dia a Dia

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Boa ideia

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Empresários que se destacam

SESCAP-PR mais atuante

Participe com sugestões e comentários, mande e-mail para: comunicacao@sescap-pr.org.br

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Notáveis


Artigo

As pessoas

precisam ser desenvolvidas e desafiadas Trabalhe com uma equipe sinérgica e produtiva, que entenda seus objetivos e obtenha excelência na gestão

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Maristela Prado Diretora da Desigual Desenvolvimento Humano, psicóloga e coaching diretoria@desigual.psc.br

coaching dos executivos é uma intervenção poderosa quando possui objetivos claros. Todos os profissionais possuem limitações e o desafio do coach é apresentar os pontos fracos e destacar os fortes da equipe, minimizando as falhas e as lacunas dos perfis individuais, formando, assim, um time estratégico, eficaz e competente. Entretanto, são poucos os que se autoavaliam e assumem a responsabilidade por não gerar os resultados que a empresa almeja. É habitual terceirizar a reponsabilidade, culpando o governo, o sistema tributário, a crise, etc. Nesse sentido, o papel principal do coach é ajudar os profissionais a descobrirem seus pontos fortes e alavancá-los em direção ao sucesso. As demandas mais frequentes estão relacionadas à falta de visão sistêmica, à deficiência no planejamento e organização e à falta de gestão por resultados. Estas fragilidades, somadas às dificuldades dos gestores em liderarem por meio da delegação

de responsabilidades e resultados, implicam na centralização e na criação de gargalos que impedem o crescimento da empresa. Habitualmente ouvimos reclamações como: “não tenho tempo”; “se eu não faço ninguém faz” ou “não consigo expandir meu negócio por falta de gente capacitada”. Reclamar não enriquece, nem mesmo resolve o problema. Então, por onde começar as mudanças? Pelos diretores. Como? O primeiro passo é mudar a crença de que ninguém desempenha o trabalho melhor ou de que o diretor deve estar à frente de tudo para dar certo. O segundo passo é compreender que se o liderado não está dando as respostas certas, provavelmente, não está sendo estimulado adequadamente. Afinal, direcionar pessoas a fim de obter as respostas às necessidades determinadas requer empoderamento para que o desenvolvimento ocorra. Repassar o poder ao outro contribuirá para que este adquira competência, produza mudanças ao utilizar seus potenciais e gere produtividade. É nesse processo que se constrói a liderança coach.

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Startups

Lições de um negócio inovador

Baixo investimento e retorno significativo caracterizam as empresas que são exemplos de inovação

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ouco dinheiro no bolso e muitas ideias na cabeça. As startups chegaram para desafiar o conceito de que é preciso muito investimento para um negócio dar certo. E foi dessa forma que a “Encontre um Nerd” surgiu. O marketplace (modalidade de comércio online) conecta pessoas que prestam serviços de assistência técnica em informática àquelas que precisam dele, em mais de 100 cidades brasileiras. “Várias pessoas me pediam dicas sobre onde poderiam achar profissionais qualificados ou quem eu poderia indicar para os 6

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serviços. Era sempre a mesma dor de cabeça: procurar lojas, estudar preços, pesquisar na internet, deixar o equipamento com desconhecidos, sem saber o que estavam fazendo com sua máquina”, conta um dos idealizadores, Bruno Ramos, que, ao perceber as dificuldades do mercado, investiu algumas horas de estudo e cerca de R$ 200 no início do negócio. Quando a startup foi validada, Bruno decidiu sair do emprego e aplicar cerca de R$ 15 mil, obtidos com a rescisão trabalhista, transformando o blog em um site. E a ideia é bastante funcional. Basta acessar a plataforma


online, escolher o serviço e agendar a visita. Os profissionais qualificados vão até a casa do cliente na data e horário marcados. Os preços são tabelados, o que favorece a transparência entre o cliente e o técnico prestador do serviço. Bom também para os profissionais que prospectam clientes de forma gratuita e ainda têm renda adicional. E o negócio deu tão certo que, em seis meses, já são mais de 2.500 “nerds” cadastrados em 20 estados do País e uma captação de quase R$ 100 mil. “Nossa expectativa é fechar o ano com 10 mil profissionais e um giro médio de R$ 1 milhão até o fim do ano”, projeta o empreendedor ao antecipar que a meta para os próximos três anos é de 2 a 5 milhões de reais mensais.

Bruno Ramos e Luiz Camões do Encontre um Nerd

Investimento baixo retorno bilionário As startups surgiram como aposta rápida, de baixo risco e investimento. Empresas jovens e altamente inovadoras, procuram desenvolver um modelo de negócio sustentável e que gere valor aos clientes. Em geral, seu modelo de negócio é escalável e repetível, ou seja, com o mesmo modelo econômico, a empresa atinge um grande número de pessoas, obtendo alto lucro e sem haver o aumento significativo dos custos, com capacidade de entregar o mesmo produto em escala potencialmente ilimitada. “Seus empreendedores também apresentam características específicas: são pessoas que apresentam baixa aversão ao risco, são flexíveis, têm autonomia, próatividade e sabem trabalhar com frustrações”, comenta a Mestre em Administração de Empresas, Claudia Abramczuk. Foi na década de 1990, que algumas startups começaram a ganhar

popularidade, quando houve a primeira bolha da internet. Empreendedores cheios de soluções inovadoras, especialmente aquelas associadas à tecnologia, encontraram financiamento para os seus projetos lucrativos. Grande parte deste fenômeno surgiu no Vale do Silício, nos Estados Unidos, de onde saíram empresas como Google, eBay, Apple, Facebook, Yahoo, Microsoft, entre outras. (Confira reportagem na p. 18). Ao pé da letra, startup significa o ato de começar algo. E foi isso que fez Thiago Oliveira, do Hotel Já, na tentativa de solucionar um problema que o incomodava e incomoda milhares de pessoas todos os dias. Ele decidiu criar, junto com sócios, um aplicativo que permite que os usuários façam reservas em hotéis para o mesmo dia. Por trabalhar

apenas com os quartos excedentes dos hotéis, facilita a vida de muitas pessoas que precisam viajar sem programação e sem pagar muito mais por isso. Thiago conta que a empresa passa por processos contínuos de implementação e, em pouco tempo, o aplicativo já conta com a adesão de hotéis de todo o País. “Possuir estabelecimentos cadastrados no Brasil todo é um dos melhores resultados que podemos ter. Queremos ampliar as formas de divulgação para brigar de forma competitiva nesse segmento”“, revela. O investimento de cerca de R$ 20 mil vem sendo feito pelos próprios idealizadores. E embora tenha sido lançado há pouco tempo, as expectativas são boas, ainda mais após terem vencido o edital Sebraetec – Diferenciação, Revista SESCAP-PR

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programa nacional do Sistema Sebrae que aproxima os prestadores de serviços tecnológicos dos pequenos negócios.

Mercado ascendente e desafiador No ano passado, foram criadas 1.865.183 empresas no Brasil, o que representa uma alta de 1,4% na comparação com 2013, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. E a criação de startups também está em franca expansão por aqui. Segundo o Sebrae, movimentam cerca de 90% do Produto Interno Bruto do país. O Paraná ocupa a 5ª posição no ranking da Associação Brasileira de Startups, com 130 empresas associadas, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

?

Você sabia

Pré-incubadas: fase em que desenvolve-se as competências empreendedoras e estuda-se a viabilidade do negócio; Incubadas: empresas com modelo de negócio definido. Cabe às incubadoras, favorecer de maneira consultiva, o estabelecimento da empresa no mercado e fornecimento de estrutura e suporte; Aceleradas: empresas com grande potencial de crescimento rápido. Geralmente, as aceleradoras abrem chamadas para projetos que, após selecionados, recebem aperfeiçoamento para sua evolução no mercado.

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Site Encontre um nerd

Nem tudo são flores Um levantamento da Fundação Dom Cabral revela que uma em cada duas startups brasileiras encerra as operações em um período igual ou inferior a quatro anos. E não é difícil entender os motivos. Com uma economia estagnada, os desafios das startups são ainda maiores, tendo que enfrentar um complexo plano tributário, jurídico e trabalhista. Contudo, é de desafios que também surgem as oportunidades e Thiago Oliveira, do Hotel Já, aposta na abertura que o público brasileiro dá às novidades. “O maior desafio é construir algo do zero sem recurso financeiro. Mas, talvez, essa seja a parte divertida, que te faz apreender todos os sacrifícios de ter uma empresa”, revela. E isso exige persistência por parte daqueles que querem captar recursos, já que os investidores mostram que têm de-

sejo de investir, especialmente na esfera e-commerce e mobile commerce. Mas, não se engane. Apesar da jovialidade que envolve não apenas seus empreendedores, mas também sua experiência, as startups têm muito a nos ensinar.

Lições para todas as empresas Claudia Abramczuk, que coordena a Incubadora de Projetos e Empresas da Universidade Positivo, afirma que o modelo escalável, adotado pelas startups e pouco usado nas corporações tradicionais, aponta para boas soluções, assim como a capacidade de aprender com os erros, que, segundo ela, deveria ser empregada em todas as companhias. “Hoje nas empresas tradicionais, os produtos com pouca circulação abarrotam estoques, aumentam custos de estocagem, aumentam desperdícios e, em contrapartida, impedem a empresa de


O maior desafio é construir algo do zero sem recurso financeiro.

trabalhar com produtos que realmente poderiam criar valor. Por isso as startups trabalham com o chamado “mix reduzido”, explica. Bruno Ramos, da Encontre um Nerd, acredita que esta simplicidade é o que garante seu rápido retorno financeiro. “Os clientes estão dispostos a pagar por algo simples, que lhe proporcione uma experiência divertida, cômoda e muitas vezes única”. Além disso, a diminuição da burocracia, a agilidade de resposta ao cliente, a personalização no atendimento e a informalidade são fatores que trazem bastante resultado. Para Thiago Oliveira, sua maior lição é o poder de inovação.

Fonte de investimento Se os recursos são poucos, é preciso contar com pessoas que comprem a ideia e acreditem em seu potencial. “Investidores [ou investidores anjo] procuram negócios que tenham à frente pessoas com perfil empreendedor, totalmente engajados em seus negócios”, descreve Claudia. Estes geralmente detêm uma pequena parte da empresa e trabalham como mentores no desenvolvimento do negócio. E, para saber se a aposta vale a pena, os projetos são avaliados por pessoas experientes no mercado e, dependendo do negócio, sua viabilidade é reconhecida de três a seis meses.

Thiago Oliveira, do Hotel já

Universidades incentivam novos negócios Aproveitar o capital intelectual é um dos maiores desafios de uma instituição de ensino superior. E, em Curitiba, a Universidade Positivo promete desenvolver o perfil dos empreendedores, sejam eles alunos, professores ou colaboradores. Além disso, a incubadora cumpre o papel social de articular a associação entre universidade-empresa e desenvolver formas de transferência de tecnologia para fora do ambiente de ensino, conforme explica a coordenadora da Incubadora StartUP, Claudia Abramczuk. “Entendemos que a pesquisa é desenvolvida nas universidades e, quando apresentada ao mercado, torna-se uma inovação. Desta forma, a relação universidadeempresa é imprescindível para que

as inovações tornem-se produtos, processos e/ou serviços disponíveis à sociedade”, coloca. No plano da incubadora, estão previstos serviços de mentoria, plano e modelagem do negócio, coaching empreendedor e conexão com investidores e recursos de capital. Os resultados são alinhados ao desejo do investidor. Atualmente, a StartUP conta com nove empresas graduadas que já se destacam no mercado local. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) também possui uma incubadora tecnológica, cujo objetivo é converter projetos de dentro e fora da universidade em empresas.

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Preço dos serviços em debate Fórum nacional de Precificação de Serviços Contábeis, promovido pelo SESCAP-PR, reuniu mais de 80 líderes do setor

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recificar os serviços é um dos grandes desafios para que as empresas contábeis alcancem a rentabilidade e o lucro almejado. E foi este o foco do 1º Fórum de Precificação de Serviços Contábeis, realizado pelo SESCAP-PR nos dias 26 e 27 de fevereiro, em Curitiba. O evento contou com a participação de mais de 80 líderes do setor, presidentes e diretores da Fenacon, SESCAPs e SESCONs de 18 estados brasileiros. Eles debateram estratégias e compartilharam soluções adotadas por empresas de contabilidade em todo o Brasil. O objetivo do encontro foi discutir metodologias e procedimentos utilizados para a definição do honorário contábil, tema considerado polêmico no setor. O presidente do SESCAP-PR, Mauro Kalinke, destacou a necessidade de quebrar tabu e agir de maneira estratégica. “Precisamos pensar de forma empresarial, voltados à gestão e precificação de nossos

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serviços. Tenho certeza que, se os clientes perceberem essa mudança de postura, valorizá-lo e reconhecêlo mais”, disse, ao lembrar que essa discussão ocorre desde 2010 no SESCAP-PR, quando foi criada a Comissão de Precificação de Serviços Contábeis do SESCAP-PR – Copsec.

Comissão nacional Para Michel Lopes, diretor regional do SESCAP-PR em Cascavel e coordenador da Copsec, o objetivo é que o tema seja discutido amplamente em todo o Brasil. “Esperamos que este evento seja um despertar para a criação de um fórum permanente, pois é indispensável que todas as empresas definam critérios de precificação de honorários”, analisou. Em seu discurso, o presidente da Fenacon, Mário Elmir Berti, sugeriu a criação de uma comissão

Mauro Kalinke

Precisamos pensar de forma empresarial, voltados à gestão e precificação de nossos serviços. Mauro Kalinke


nacional de precificação de serviços contábeis e recebeu total apoio dos participantes. “Essa comissão será criada para disseminar mais esse tipo de evento, para alertar os empresários sobre a importância da formação de preços. falou o vice-presidente da Fenacon para a região Nordeste, Edson Silva. Nelson Mohor, presidente em exercício do SESCAP-Blumenau, apoia a ideia de criação da comissão nacional e frisa a necessidade de discutir o tema com mais frequência, já que os custos de prestação de serviços e a percepção de clientes são diferentes em cada região.

Precificação será discutida na Conescap Para Mário Elmer Berti, a diversidade de preços entre os mesmos produtos e serviços praticados em diferentes regiões do País foi confirmada por pesquisa feita pela Fenacon. “A fixação de honorários está entre as angústias que envolvem o empresário contábil. O Fórum vem trazer ferramentas e soluções para o empresário possa fazer um preço justo com boa lucratividade e competitividade”, falou. Além disso, Berti apontou a criação de um painel na 16ª Conescap, que será realizada de 11 a 13 de novembro em Recife/ PE. Moacir Carbonera, vicepresidente da Fenacon na Região Sul, mostrou-se satisfeito com o debate. Precisamos criar uma metodologia que identifique de maneira coesa o que precisamos precificar”, disse.

Mário Berti

do Pará, do Rio Grande do Sul e Serra Gaúcha, além do SESCAP-PR, que apresentaram os critérios e as metodologias adotadas por suas entidades. A Copsec, do SESCAP-PR, apresentou estudos e soluções tecnológicas para medir a custos por meio do tempo. “Chegamos à conclusão de que o tempo é a base para a precificação. Diante disso, escrevemos um livro

chamado “Honorários Contábeis” e criamos um site, o CTPres, que auxilia os profissionais contábeis na precificação de seus serviços, explicou o integrante da Comissão, Gilmar Duarte. “É indispensável que um contador com gestão participativa e eficiente faça seu cálculo de custos para um valor justo ao cliente”, acrescentou Michel Lopes. Paulo Henrique Vaz, da Unisescon, comentou que, além dos critérios básicos é fundamental que os empresários precifiquem serviços não recorrentes. “É o caso da consultoria e mensuração do desempenho, os gastos, a lucratividade, as ineficiências operacionais, o custo oculto e toda a questão do planejamento financeiro, que tem por finalidade a melhora dos resultados e o crescimento financeiro da empresa”, salientou. João Antonio de Oliveira Matias, presidente Sescon-RN, afirmou que o empresário que adota critérios, consegue enxergar os clientes que estão dando lucro e criar alternativas de sobrevivência. “Com isso, ele pode até especializar-se em algum segmento, para valorizar mais a atividade e minimizar a ‘guerra’ de preços que existe entre

Experiências compartilhadas O Fórum contou com palestras de representantes dos SESCONs de São Paulo, do Rio Grande do Norte,

Integrantes da Comissão de Precificação de Serviços Contábeis do SESCAP-PR (Copsec)

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Precisamos criar uma metodologia que identifique de maneira coesa o que precificar. Moacir Carbonera

Moacir Carbonera uma empresa e outra”, comentou. O Sescon-Serra Gaúcha também compartilhou sua experiência na área, destacando a medição extremamente precisa de custos como forma de calcular os honorários dos serviços. “Desenvolvemos uma metodologia de mensuração do tempo, o que nos permite ter uma estatística de envolvimento e metodologia de orçamentação mais precisa diante do que se planeja”, conta o vice-presidente da entidade, Joacir Luiz Reolon. No Pará, a busca pela valorização é feita junto aos clientes, apresentando as responsabilidades e os riscos assumidos pelas empresas contábeis. “Além das demandas quantitativas, também temos aquelas relativas aos riscos, financeiros, penal e civil, nos quais temos corresponsabilidade em atitudes dolosas ou culposas”, revelou Paulo Haroldo, Monteiro Saldanha, presidente do SesconPA.

Não existe o preço certo, existe a lógica Após as apresentações,o especialista e autor dos livros “Guia Prático de Formação de Preços” e 12

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“Gerência de Preços”, Roberto Assef, avaliou as metodologias adotadas. “Não existe uma metodologia ideal de precificação. O que existe, é a metodologia adequada a cada empresa. Não existe o preço certo, existe a lógica. Se a organização encontrar a equação que une o comprador satisfeito com o preço ideal para a empresa, encontramos a precificação mais adequada”, considerou.

Resultados positivos Para Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do Sescon-SP e Aescon-SP, o debate das metodologias

deveria ser obrigatório para as empresas de contabilidade. “Somos especialistas em processos, montagens e custeios e sabemos o quanto é importante tratar deste tema”, falou. E os números confirmam essa carência. Segundo pesquisa mostrada pela entidade paulista, 60% das organizações não realizam balancetes mensais, o que influencia de maneira direta nos custos e no controle da distribuição de lucros. Outro dado que se destaca é o aumento do valor dos serviços, que subiu 116% de 2010 a 2014. “Nós precisamos de metodologias modernas para o desenvolvimento de precificação de nossos serviços”, afirmou o vice-presidente administrativo do Sescon-SP, Wilson Gimenez Junior. O presidente do SESCAPLondrina, Jaime Junior Silva Cardozo, elogiou a iniciativa. “Já vou começar a trabalhar para desenvolver um evento como este também em nossa região. São 850 empresas que pertencem à nossa base de representação e precisam destas informações”, disse Cardozo ao destacar um dos assuntos tratados no Fórum. “Um dos debates mais importantes abordados foi a concorrência. Erramos quando criamos nosso preço baseado na concorrência e não nos nossos custos”, acrescentou.


SESCAP-PR expande sua presença no Paraná Nova delegacia foi instalada em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado

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SESCAP-PR continua expandindo sua presença no interior do Paraná. No mês de março, foi a vez da cidade de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado, receber uma delegacia. O novo representante da entidade é o empresário contábil Ademir Dreher, que foi empossado pelo presidente Mauro Kalinke, no dia 02 de março, em solenidade realizada na Associação Comercial - Acimacar. A representação do novo delegado já era feita de maneira indireta, segundo Kalinke, e, com a nomeação, a atuação passa a ser mais efetiva. “Agora é hora dos profissionais utilizarem mais este canal direto com a diretoria do SESCAP-PR para expor suas necessidades”, disse, ao destacar que, com a delegacia, a entidade amplia sua missão de levar seus produtos e serviços a um número cada vez maior de empresários. Depois de receber diversos cursos e treinamentos promovidos pela entidade, o município organizou pela primeira vez a campanha

Declare Certo!, no dia 10 de abril. A ação gratuita de orientação aos contribuintes sobre a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física aconteceu de maneira simultânea em 12 cidades paranaenses.

Retorno ao associado Ademir Dreher se comprometeu a trabalhar de maneira intensa para ampliar a participação dos escritórios de contabilidade junto ao SESCAP-PR, que tem produtos e serviços à disposição dos associados. “Se os colaboradores das empresas contábeis participarem de dois ou três cursos oferecidos pelo SESCAPPR, certamente já valeu a pena pagar a mensalidade para o ano inteiro”, comentou Dreher.

Novas delegacias Em 2012, o SESCAP-PR criou sua primeira delegacia de representação, localizada em Medianeira, também na região Oeste do Estado. O delegado local

é o empresário contábil Juarez Dalmolin. O SESCAP-PR, que possui em sua base de representação 332 municípios paranaenses, tem em seu plano de expansão a instalação de novas delegacias em Campo Mourão, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória.

Agora é hora dos profissionais utilizarem mais este canal direto com a diretoria do SESCAP-PR para expor suas necessidades. Mauro Kalinke Revista SESCAP-PR

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Auditoria: Carreira promissora em meio à crise Profissão de auditor está entre as mais valorizadas pelo mercado

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Rene Guimarães Andrich 14

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uando uma crise se instala em um país, muitas pessoas se assustam com o pessimismo econômico e a possibilidade de desemprego. Entretanto, algumas áreas ganham ainda mais força, como é o caso da auditoria. E, em meio a um cenário como o brasileiro, repleto de instabilidades e escândalos de corrupção, nunca se valorizou tanto a atuação dos auditores. Atualmente, estimam-se que haja mais de 40 mil auditores internos exercendo a profissão no Brasil. E, se a falta de controles gerenciais é um dos principais motivos que levam ao fechamento de corporações, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles aparecem como peça fundamental na reversão deste quadro, já que auxiliam as empresas no controle e identificação de riscos e na redução de impactos negativos.

Segundo Rene Guimarães Andrich, coordenador do Grupo de Auditores Internos do Paraná – Gaip, a auditoria ganhou destaque especialmente nas últimas duas décadas, com a criação da Lei Sarbanes-Oxley, ou Lei SOx. A legislação foi implantada nos Estados Unidos, consequência de escândalos contábeis que atingiram grandes corporações, e prevê a criação de mecanismos confiáveis, definindo regras internacionais avaliadas por comitês supervisores. “Um ambiente econômico pessimista pode trazer impacto negativo para as organizações, aumentando o risco de fraudes”, afirma Andrich. E, por atender às boas práticas de governança corporativa é que a área torna-se fundamental.

O que faz um auditor? Ao contar com uma auditoria, a empresa cria bases para sobreviver


em um mercado cada vez mais competitivo, além, de ter mais segurança durante a prestação de informações tributárias ao Fisco. Entre as principais responsabilidades de um auditor está assegurar credibilidade às informações financeiras da empresa, controlar riscos e identificar possíveis ganhos de eficiência e performance. Para atuar na área, é necessária a graduação em Ciências Contábeis. Ao analisar minuciosamente cada atividade da empresa, o auditor apresenta um relatório ao diretor da companhia, com planos e ações a serem feitas. Por terem contato direto com processos confidenciais, é fundamental a imparcialidade na hora da execução. E, quanto mais informações precisas forem levantadas, maior a credibilidade dada ao seu papel. Os apontamentos feitos pelo especialista podem, ainda, resultar na redução de custos, o que favorece o crescimento da área.

Carreira aquecida Um estudo feito pelo governo dos Estados Unidos mostrou as 10 principais profissões em ascensão no país até 2018. A Auditoria Interna aparece na quinta colocação no grupo Financial Examiners, sendo apontada como uma das que mais será valorizada. E os ganhos também são atrativos. A profissão não é regulamentada, porém conforme informações divulgadas no site da recrutadora Catho, os salários variam de R$ 2,3 mil a R$ 6,2 mil.

Governança “Os auditores internos serão cada vez mais consultados em assuntos relacionados à governança, conformidade e riscos, em organizações das mais variadas como por exemplo: indústria, comércio, serviço, mercado financeiro, governo, educação, entre outros”, cita Andrich, ao destacar o profissional como um generalista. Entretanto, além do conhecimento técnico, o auditor deve ter características pessoais marcantes. E foi isso que atraiu

Congresso Brasileiro de Auditoria Interna será em Curitiba

Thiago Hamada Thiago Hamada para a carreira. “É preciso gostar de não ter rotina; ter uma comunicação assertiva e ser curioso, já que a curiosidade e a criatividade ajudam a encontrar melhorias no processo e definir novas formas de trabalhar com novas tecnologias disponíveis”, orienta o auditor. E, devido à exposição e à responsabilidade dos auditores internos, é primordial que o aperfeiçoamento seja contínuo. Embora não exista no Brasil um curso de graduação em auditoria interna, são várias as opções de cursos de formação profissional.

Curitiba será palco da 36ª edição do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, o Conbrai. Este é o maior evento da carreira no País e deverá reunir mais de 700 profissionais, em um debate de questões como fraude, corrupção, transparência e governança corporativa. O encontro será entre os dias 18 e 21 de outubro, no Expotrade Convention Center. O Conbrai é promovido pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil, e contará com aproximadamente 30 painéis que serão conduzidos por alguns dos principais executivos do país, além de renomados keynotes speakers internacionais. Entre os temas estão a Lei Anticorrupção, Compliance, Auditoria Governamental, Prevenção a Fraudes e Auditoria de TI. Inscreva-se: www.iiabrasil.org.br/new/conbrai2015

Auditoria: Interna x Externa Auditoria interna: realizada pela própria empresa, por meio de um profissional ou equipe especializada. Avalia o patrimônio da empresa e os sistemas de controle interno (contábil), sugerindo melhorias e alertando para possíveis riscos. Com atuação alinhada às estratégias da empresa, está cada vez mais focada em agregar valor às suas atividades.

Auditoria externa: realizada por uma empresa contratada. Atesta a inexistência de fraudes ou erros que possam causar um impacto na sua saúde financeira e contábil. As informações são destinadas a agentes externos, como acionistas e bancos. Sua atuação vai desde a auditoria contábil, passando por trabalhos para mitigar riscos, consultoria tributária, auditoria de segurança de informação e outros tipos de trabalhos especiais.

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Empresários Notáveis Equipe da Marmo Contábil

Inovação contínua é diferencial Ao eleger 2015 como o Ano do Empresário Contábil, o SESCAP-PR pretende valorizar os profissionais do setor e também estimulá-los a buscar o crescimento, a inovação e o aprimoramento dos serviços prestados por suas empresas. Para inspirá-los nessa busca pela excelência, esta edição da coluna Empresários Notáveis conta a história de duas empresas contábeis que estão fazendo a diferença nas cidades em que atuam: Curitiba e Maringá.

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m 1989, o contador Antônio Marmo Pereira deixou a cidade de São Paulo rumo à Curitiba. Na bagagem, a experiência de 20 anos atuando como colaborador em grandes empresas contábeis. Com o desejo de prosperar na capital paranaense, o contador decidiu junto com a esposa, Tânia Terezinha Dobrovolski Pereira, contabilista e advogada, abrir naquele ano a própria empresa: a Marmo Contábil. Inicialmente, o escritório funcionou em uma pequena sala, nos fundos de 16

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um antiquário na Rua Mateus Leme. Em 1995, os empresários adquiram a sede própria. Um espaço com 520 m², no centro de Curitiba, que hoje abriga uma equipe de 30 colaboradores que atendem 160 clientes. Os diferenciais competitivos da organização se baseiam na inovação contínua dos processos, aliada à competência técnica e excelência no atendimento e na prestação dos serviços. E para atingir os bons resultados a empresa investe na capacitação dos seus colaboradores. “Somos reconhecidos pela qualidade dos nossos serviços. Priorizamos a qualificação de toda equipe e a profissionalização da gestão da empresa”, explica a diretora geral, Tânia Terezinha Dobrovolski Pereira. Ela conta, ainda, que foi desenvolvido internamente o “Programa de incentivo a melhorias contínuas”, por meio do qual conseguem aprimorar os resultados da empresa. São avaliados diversos subitens, dentre eles, metas de produtividade; desenvolvimento de competências; capacitação técnica e legislação; adoção do programa 5S; uso do uniforme, assiduidade e gestão de não conformidades.

Selo Ouro O site da Marmo Contábil também estampa o Selo Ouro do Programa de Qualificação SESCAP-PR (PQS), concluído pela equipe em 2013. A marca atesta que a empresa finalizou com sucesso todas as etapas do Programa que tornam as organizações mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado, fidelizando os clientes por meio da melhoria contínua de seus serviços.

Atendimento global e o futuro Ao longo de 26 anos de existência, um dos desafios da Marmo Contábil foi preparar a equipe para um método de trabalho integrado. “Não existem mais setores ou departamentos operacionais na empresa. Cada colaborador presta um atendimento global ao cliente que está sob sua responsabilidade”, conta Tânia, ressaltando que a meta da empresa é dobrar a carteira de clientes nos próximos cinco anos.


Tecnologia a serviço da excelência

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busca pela inovação e pela excelência na prestação dos serviços norteia os trabalhos no Escoplan – Escritório Contábil Planalto. Fundada há 36 anos pelo empresário Maurício Gilberto Cândido, a organização de Maringá conta com uma equipe de 50 colaboradores e é referência na região. “Somos pautados pela honestidade, ética, competência e confiança”, descreve o empresário. Quando se fala em política de gestão adotada pela empresa, a tecnologia se destaca. A Escoplan oferece aos clientes acesso a ferramentas online para que iniciem, processem ou finalizem processos como rescisões, por exemplo. O objetivo é otimizar o trabalho e promover benefícios aos clientes. “A ferramenta online melhora o desempenho e a gestão empresarial dos clientes. É um ganho para todos”, complementou Maurício. Além da atenção à atualização tecnológica, a empresa também se preocupa com o aperfeiçoamento

da sua estrutura física, remodelada há poucos meses. Este cuidado se estende à relação com os colaboradores. A Escoplan investe na aquisição de ferramentas para maximizar a produtividade da equipe, além de ofertar cursos e treinamentos in company, via web e externos. “Buscamos elevar o potencial dos nossos colaboradores”, conta Maurício. Para ele, o treinamento intensivo da equipe, aliado à reestruturação física e tecnológica da empresa, foi essencial para a Escoplan enfrentar o seu maior desafio: a implantação do SPED. Para cultivar o bom relacionamento e a comunicação interna, a organização promove todos os meses uma reunião de integração para alinhar as estratégias da empresa com os colaboradores. No fim do ano, ocorre a tradicional confraternização com a equipe e seus familiares.

Desafios atuais A instabilidade da legislação brasileira, as obrigações acessórias em constante alteração e a exigência

do Fisco por informações detalhadas são consideradas pela organização desafios atuais das empresas contábeis. “Devemos orientar os clientes sobre as mudanças tributárias em tempo real, permitindo o recolhimento correto dos impostos dentro do prazo exigido”, aconselha Maurício. Para os próximos cinco anos, a meta da empresa é o aperfeiçoamento das técnicas de trabalho visando à integração tecnológica Cliente x Escoplan. Atualmente, a Escoplan conta com 300 clientes ativos.

Conte sua história! Queremos compartilhar os maiores diferenciais de empresários contábeis de sucesso. Envie seu case para o e-mail:comunicacao@sescap-pr.org.br. Você pode ser o próximo!

Equipe da Escoplan

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Entrevista

O segredo do

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o sul da cidade de São Francisco, no estado americano da Califórnia, está situado o Vale do Silício, região que se tornou referência mundial quando se fala em inovação. Berço das principais empresas tecnológicas como Apple, Facebook, Google, Yahoo, Microsoft, dentre outras, o Vale do Silício surpreende. O local concentra 40% de todo o capital de risco voltado à inovação nos Estados Unidos e serve de inspiração para empreendedores. O docente e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Marcos Schlemm, conhece de perto esta atmosfera inovadora. Há dois anos ele é professor visitante na Universidade da Califórnia, em Berkeley, uma das mais conceituadas nos EUA, para compreender os diferenciais do Vale do Silício e as causas que têm inibido o Brasil a desenvolver o seu potencial inovador. A atividade faz parte do programa Novos Paradigmas para a Inovação, iniciativa da PUCPR, do qual Schlemm 18

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é coordenador, que visa promover uma revisão e sugerir melhorias às políticas públicas de inovações brasileiras. Nesta entrevista exclusiva à Revista SESCAP-PR, o professor fala sobre os diferenciais competitivos do Vale do Silício, a relação entre governo, universidade e empresa e como estimular a cultura empreendedora no Brasil. Confira:

talentos, empresas, pesquisadores e profissionais especializados como designers, programadores, contadores, advogados e consultores de negócio nesta região que faz do Vale do Silício o maior centro de inovação do mundo. 40% do capital de risco dos Estados Unidos voltado às startups estão no Vale do Silício.

Revista SESCAP-PR Por que o Vale do Silício é uma das regiões mais inovadoras do mundo?

As universidades e as empresas trabalham em forte aliança, compartilhando espaços e formando talentos cada vez mais preparados para lidar com os avanços tecnológicos e novos estilos de vida. Sem as instituições de ensino, seus laboratórios e pesquisadores, provavelmente, não haveria o Vale do Silício.

Marcos Schlemm - A história do Vale do Silício começou nos anos 40, quando o governo americano e o Estado da Califórnia investiram em pesquisa nas áreas militar e espacial. Grandes universidades da região atraíram cientistas de todo o mundo que desenvolveram pesquisas fundamentais envolvendo física e astrofísica. Dessa forma, ampliou-se o potencial empreendedor do local, favorecendo o surgimento de novas empresas com o conhecimento gerado nos laboratórios das universidades e centros de pesquisa. Professores empreenderam e/ou financiaram alunos para constituírem startups - novos empreendimentos fora do âmbito universitário e gerar riqueza e emprego para a região. O governo facilitou esse processo.O modelo da hélice-tríplice (governouniversidade-empresa) encontrou nesta região um exemplo quase ideal. Hoje temos o benefício de um círculo virtuoso, onde a inovação gera mais e mais inovação. A maioria dos países tecnologicamente avançados tem um centro de inovação para acompanhar o que se passa aqui. Há uma concentração tão grande de

a experimentação e a busca da realização de sonhos e um ideal maior. No Vale do Silício, pensa-se no desenvolvimento de soluções que beneficiem pelo menos um bilhão de pessoas no mundo. Lá os sonhos são universais. Não se pensa em ganhar dinheiro com ideias que tenham o bairro ou o país como fronteira.

Como a proximidade entre universidade e empresa favorece esse cenário?

O Vale do Silício é frequentemente classificado como detentor de um ecossistema empreendedor maduro. O que isso significa?

No Vale do Silício, pensa-se no desenvolvimento de soluções que beneficiem pelo menos um bilhão de pessoas no mundo.

É maduro porque consolidou sua infraestrutura de atores e agentes, com universidades de primeira linha e sistemas de financiamento responsáveis. A logística é favorável, os centros urbanos detêm boas escolas e a cultura da inovação estimula a cooperação, a colaboração, o risco e a aceitar o erro.

Quais são os caminhos para estimular a cultura empreendedora no Brasil? É preciso criar uma cultura que privilegie a confiança, a aceitação do erro e do risco. Deve-se apostar no novo, estimular a curiosidade,

Marcos Schlemm Revista SESCAP-PR

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O que impede o crescimento do potencial inovador nas empresas brasileiras? A falta de uma cultura da inovação, onde o erro e o risco sejam parte da equação. Nossos empresários e investidores querem a certeza, o que só temos em relação à morte. Ninguém inova com medo de falir. A excessiva burocracia estatal e das organizações privadas também não contribui para a inovação, além dos altos custos do capital e a dificuldade de acesso a ele. No Vale do Silício é possível obter juros de 1% ao ano. Outros entraves são a baixa velocidade nos processos de decisão, a sobrecarga tributária, o emaranhado de leis e a falta de talentos especializados com conhecimento de ponta. As universidades brasileiras estão pouco conectadas às comunidades a quem deveriam servir, gerando produção teórica com pouca aplicação prática. A baixa disciplina é um elemento que atrapalha o processo, assim como a busca pelo resultado imediato sem o tempo para o “plantio”, o “cultivo” e a “colheita” de resultados na hora certa.

Missão internacional pela inovação

Como as empresas, mesmo com poucos recursos e diante de um cenário econômico pessimista, podem tornar-se mais inovadoras com base nas experiências do Vale do Silício? Buscando conectar-se mais ao Vale. Empresas do mundo todo como a Siemens, a Toyota, a Samsung, a BMW, a Mercedes Benz, a Ford e a GM têm seus laboratórios ou centros de inovação nesta região. É preciso abrir as portas ao novo, premiando lideranças inovadoras que demonstrem coragem para mudar e bancar as mudanças necessárias no país. É preciso se conectar à inovação, permitindo e incentivando a curiosidade entre os jovens. Não há mais tempo para esperar. A hora é agora.

Qual o objetivo do Programa Novos Paradigmas da Inovação? Obter elementos novos ou confirmar os já reconhecidos de estímulo à inovação para promover uma revisão da política brasileira

Executivos, líderes empresariais, pesquisadores, gestores públicos e empreendedores participaram em fevereiro deste ano de uma missão empresarial no Vale do Silício com o professor Marcos Schlemm. Eles visitaram empresas de alta tecnologia e trocaram informações sobre empreendedorismo e inovação com executivos e acadêmicos na Universidade de Berkeley. A viagem integrou o Programa Novos Paradigmas da Inovação e ocorreu após rodadas que debateram a temática da inovação e do empreendedorismo em Curitiba, São Paulo e em Belo Horizonte. Atualmente, o empreendedorismo inovador é uma pequena parcela do empreendedorismo brasileiro: cerca de 2%, uma das menores taxas do mundo. 20

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nessa área, da cultura e de práticas que levem a um ambiente mais receptivo e incentivador ao indivíduo inovador e empreendedor do País. A intenção é procurar uma ponte entre as regiões do Brasil mais propícias à inovação e o Vale do Silício.

O que o senhor pode destacar de sua experiência de cerca de dois anos na Universidade de Berkeley? A convivência intensa com o ecossistema de inovação do Vale do Silício e a interação com professores e pesquisadores, inovadoresempreendedores, investidores, provedores de serviço, associações comunitárias e todos que contribuem para esta região ser única e destacada pela inovação e pelas empresas que mudaram o mundo como o Google, Facebook, LinkedIn, Apple, TESLA, Intel, HP, Oracle, NASA, Singularity University, EverNote, Firefox e tantas outras. Destaco, também, a receptividade aos estrangeiros. As pessoas dessa região são colaborativas e buscam mudar o mundo para que seja um lugar melhor, não só para elas, mas para todos. No Vale do Silício, temos muito que aprender além da tecnologia.


Classe contábil perde Irineu Zanuzzo

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classe contábil e o setor sindical perderam um importante representante. Trata-se do diretor do SESCAP-PR e empresário contábil Irineu Zanuzzo, que faleceu aos 66 anos, no dia 14 de fevereiro, vítima de um ataque cardíaco. “Irineu Zanuzzo foi um verdadeiro defensor das causas coletivas e um profissional que sempre lutou pela valorização do setor contábil no Estado”, disse o presidente do SESCAP-PR, Mauro Kalinke. Bacharel em Direito, Zanuzzo

atuou como dirigente sindical desde o início da década de 90, marcando presença em importantes entidades. Foi presidente do Sindicato dos Contabilistas de Curitiba no período de 1993 a 2001, onde atualmente era conselheiro. Pertencia à diretoria do SESCAP-PR desde 2005, onde, nesta gestão era diretor suplente. Na Federação dos Contabilistas do Paraná (Fecopar), Zanuzzo era delegado representante e na CNPL (Confederação Nacional das Profissões Liberais) era vicepresidente.

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SESCAP-PR

ganha voz no Governo Estadual Pela primeira vez, a entidade foi convocada a participar de uma audiência pública com sugestões para projetos de lei do Executivo

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mês de março foi histórico para o SESCAP-PR. Pela primeira vez, a entidade foi convocada a participar ativamente de uma audiência pública, promovida pela Comissão de Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa do Paraná. A entidade levou sugestões para debater o projeto de lei nº 134/2015, de autoria do Poder Executivo, que cria o Cadastro Informativo Estadual (Cadin), plataforma que unificará as informações dos maus pagadores do Estado. Presidida pelo deputado Marcio Pauliki (PDT), a audiência foi realizada no dia 25 de março. “É um marco, pois, nossa equipe composta por experientes contadores, professores, advogados especialistas em Direito Tributário e empresários do setor de serviços tem muito a colaborar na elaboração dos projetos de Lei”, afirmou o presidente do SESCAP-PR, Mauro Kalinke. Em documento entregue ao deputado, o sindicato sugeriu a alteração do artigo 4º do PL 134/2015, a fim de que o governo não possa firmar contrato com pessoas jurídicas que exerçam atividades sob o regime de monopólio. Diante do Cadin, o presidente sugeriu 22

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ainda a criação de um cadastro do bom pagador, ampliado às empresas que pagam em dia suas contribuições. O tratamento dado pelo governo aos maus pagadores, por meio do Refis Estadual – Programa de Parcelamento de Débitos também foi criticado por Kalinke. “Embora muitas empresas necessitem renegociar suas dívidas por ausência de um planejamento tributário, são oportunidades criadas que também concedem vantagens a quem é inadimplente. Precisamos valorizar os empresários que cumprem suas obrigações”, destacou.

Estímulo à Cidadania Fiscal A aprovação do projeto de lei nº 135 que prevê o retorno, ao bolso dos contribuintes, dos valores gastos em impostos, também foi feita após as sugestões dadas pelo SESCAPPR ao deputado estadual e membro da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa do Paraná, Guto Silva (PSC). Aprovada no dia 16 de março, a

proposta cria o Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal. “Essa é uma forma de estimular a arrecadação beneficiando o cidadão”, afirmou o deputado ao ressaltar a parceria que mantém com a entidade. “O SESCAP-PR representa um importante parceiro. Conversamos muito sobre como poderemos atuar em parceria para descomplicar e desburocratizar as ações junto ao Estado”, completou Silva.

Comissão Para tratar das sugestões dos dois projetos de leis votados em março (o PL 134/2015, que dispõe sobre a criação do Cadin e o PL 135/2015, que trata da criação do programa de estímulo à cidadania fiscal do Estado do Paraná), o SESCAP-PR criou uma comissão, composta pelo presidente Mauro Kalinke, os advogados tributaristas Leonardo de Paola e Nicolas Duarte e os contadores Tânia Dobrovolski Pereira e Roberto Trindade. O estudo foi entregue ao deputado Marcio Pauliki e encaminhado ao secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra, e ao líder do governo, deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB).


Sua empresa está preparada para o

? O

A implantação do sistema será gradual e dependerá do porte do empregador. Marcos A. Salustiano da Silva

Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) já é realidade nas empresas. E quem não se adequar à nova ordem oficial poderá pagar pesadas multas. Desde o anúncio de adoção desse sistema, que visa unificar o envio de informações dos empregados aos órgãos do governo federal, ele tem gerado muitas dúvidas entre empresários e profissionais da contabilidade. Para esclarecer os principais questionamentos envolvendo o assunto, a Revista SESCAP-PR entrevistou o contador e auditor fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB), Marcos Antonio Salustiano da Silva. Sustentador do eSocial na 9ª Região Fiscal da RFB (Paraná e Santa Catarina), Salustiano é responsável por especificar, testar e homologar, capacitar, gerenciar e dar suporte ao grupo nacional do sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais do Empregador (eSocial). Confira:

Revista SESCAPPR - Quando o eSocial entrará em funcionamento? Marcos A. Salustiano da SilvaDepois de amplo acordo com a sociedade organizada, representada por um grupo de trabalho composto por nove confederações e federações (Fenacon, Fiesp, Firjan e Fiesc), o CFC, a Brasscom, além de empresas piloto que participam do desenvolvimento do SPED, publicamos no dia 23 de fevereiro a versão definitiva para implantação do eSocial, disponível no site www. esocial.gov.br.

Como será o cronograma de implantação? A implantação do sistema será gradual e dependerá do porte do empregador. Para os empregadores com faturamento superior a R$ 78 milhões (em 2014) a implantação terá início em 04/2016, com o envio

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Quais as suas vantagens?

Marcos A. Salustiano da Silva dos dados iniciais e das tabelas do empregador até 02/05/2016 e a substituição das GFIPs a partir da competência 07/2016. Os eventos Aviso Prévio, Tabela de Ambientes do Trabalho, Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), Monitoramento da Saúde do Trabalhador e Condições Ambientais do Trabalho, ambos ligados à Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), deverão ser enviados referente à competência 01/2017. Para os demais empregadores, em qualquer faixa de faturamento, inclusive órgãos públicos, o envio dos dados iniciais e das tabelas do empregador até 31/12/2016 e a substituição das GFIPs será a partir da competência 01/2017. A grande novidade é que há a opção para todos os empregadores enviarem suas informações ao eSocial a partir da competência 01/2016, com substituição da GFIP e da DIRF já no ano calendário de 2016. Estamos trabalhando na especificação da versão do eSocial WEB e na homologação da versão de testes e de produção que será liberada em setembro de 2015.

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Os trabalhadores ganham com a garantia de seus direitos e a prestação de informações trabalhistas confiáveis por parte dos empregadores, que passarão a cumprir diversas obrigações acessórias em uma única ferramenta. O Livro de Registro de Empregados, a GFIP, o CAGED, o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) e a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) são exemplos de obrigações que serão substituídas pelo eSocial, enviadas uma única vez e em um ambiente único, eliminado o retrabalho. Hoje, o empregador é obrigado a enviar a mesma informação para vários órgãos em diversos arquivos. O eSocial não cria qualquer tipo de obrigação, mas sim passa a exigi-las de forma digital e unificada. O governo vai receber informações com qualidade, já que muitas são repassadas pelas empresas de forma incorreta ou incompleta. Um exemplo é a GFIP. Algumas guias não têm todos os campos preenchidos ou contêm dados desatualizados, resultando em divergências e cobranças indevidas de tributos.

Quais as principais dúvidas em relação ao sistema? O maior questionamento sobre o eSocial ocorre em relação às multas por atraso no envio das informações. As multas existem e continuarão existindo. Não há obrigação acessória sem multa. O eSocial vai requerer muita atenção com o fluxo de documentos. Como as informações serão online, os profissionais devem estudá-las para receber e enviar as obrigatórias.

O sistema aumentará a segurança e confiabilidade das informações? É o que se espera com o eSocial. Hoje, o conjunto de informações que irá para o eSocial está disperso em diversos ambientes (Caixa Econômica, Receita Federal, INSS). Elas são enviadas em sistemas e momentos distintos, o que ocasiona erros e fraudes. Como as informações do eSocial serão enviadas uma única vez, qualquer recolhimento ou pagamento de benefício sairá deste conjunto de informações. A segurança e a qualidade das informações serão melhoradas.

SESCAP-PR leva eSocial a 20 cidades A implantação do eSocial e seu impacto nas empresas foi tema amplamente discutido pelo SESCAP-PR no mês de março. Com o apoio da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Paraná), a palestra foi apresentada em 20 cidades paranaenses. O debate foi motivado especialmente após a divulgação da versão 2.0 do layout do eSocial, que visa tornar a ferramenta mais simples. Quem falou sobre o assunto foi o advogado e consultor, Leandro Lunardi. “Conhecer essas alterações será fundamental para evitar a imposição de multas do fisco”, explicou. Para o presidente do SESCAPPR, Mauro Kalinke, o assunto é de extrema importância já que muitas empresas ainda não se atentaram ao impacto causado pela mudança. “Queremos que os empresários conheçam a fundo as regras do eSocial, para que adaptem as rotinas empresariais às novas plataformas operacionais e tributárias e, assim, evitam a imposição de multas por parte da Receita Federal”, disse.


O eSocial pode ficar sobrecarregado no envio da folha de pagamento? O Conectividade Social da Caixa já atende ao envio da GFIP satisfatoriamente. Com o eSocial em funcionamento será disponibilizada toda rede da Receita Federal para os usuários do sistema.

O não cumprimento vai gerar multa. Quando o eSocial estiver ativo, a obrigação acessória anterior será substituída. Por exemplo, dia 07/02/2017 será o último dia para envio do primeiro eSocial (competência janeiro/2017) de uma empresa. Este envio substituirá a GFIP, a DIRF, a RAIS e o CAGED e uma série de outras obrigações anteriores, e todas elas já geram multa em caso de atraso na entrega.

Haverá uma fase de adaptação para atender as exigências ou a penalização será imediata?

Os órgãos envolvidos no processo estão preparados para o eSocial?

As empresas terão um período de dois meses, no mínimo, para testar o sistema e enviar seus dados iniciais antes da obrigatoriedade. Não existe razão para não se adaptarem às obrigações exigidas pelo eSocial, pois são as mesmas que existem hoje. O que muda é a forma de envio, que será facilitada.

Sim. Todos os órgãos possuem equipes especializadas para que o eSocial atenda todas as expectativas e cumpra sua função social que é, primordialmente, dar segurança ao trabalhador para que as informações sobre ele estejam corretas, permitindo ao Estado a concessão de benefícios corretos e de forma imediata.

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Dia a dia

Regionais

Seguro Responsabilidade Civil é renovado O SESCAP-PR e a Fecopar assinaram um novo termo de parceria com o Sicoob Seguros, para continuar garantindo o Seguro Profissional de Responsabilidade Civil aos seus associados. O acordo, que existe desde junho de 2011, foi reativado em função do Sicoob substituir a parceria que mantinha com a companhia de seguros ACE pelo grupo norte-americano Berkley. Para o presidente do SESCAP-PR, Mauro Kalinke, a renovação demonstra a preocupação da entidade com seus associados. “O Seguro Responsabilidade Civil é uma forma dos escritórios de contabilidade garantirem mais tranquilidade a seus clientes. Com tantas obrigações acessórias e mudanças na legislação, os profissionais estão mais vulneráveis a cometer erros, que, agora, podem ser cobertos pelo seguro”, afirmou.

www.sescap-pr.org.br > link ‘Convênios’ ISS na construção civil é tema de workshop No dia 15 de maio, o SESCAP-PR promove o workshop “Imposto Sobre Serviço na Construção Civil”. O curso será realizado no Auditório da entidade, em Curitiba, das 08h30 às 11h30. Quem vai ministrar o treinamento é o advogado Juliano Lirani, pós-graduado em Direito Tributário pela Faculdade Curitiba e mestrando em Direito Tributário, com vasta experiência em processos administrativos fiscais na área dos tributos municipais, estaduais e federais. Associados e representados do SESCAP-PR, e representados do Secovi e Sinduscon têm desconto especial nas inscrições.

(41) 3222-8183 - Ramal 213 / eventos2@sescap-pr.org.br

Começam as negociações coletivas 2015-2016 O SESCAP-PR já deu início ao processo de negociação para celebração da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2015/2016. As pautas de reinvindicações do SINEEPRES e SINDASPP foram entregues ao presidente do SESCAP-PR, Mauro Kalinke, nos dias 20 e 31 de março, respectivamente. Os principais pontos em debate estão relacionados ao reajuste salarial e à ampliação dos benefícios sociais. Novos encontros serão realizados em Curitiba e interior do Estado, ocasião em que serão aprofundadas as discussões sobre as propostas apresentadas.

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Dia a dia

Regionais

LiderançasSolidária contábeis Caminhada dareúnem-se Mulher com o secretário da Fazenda Mais de 200 pessoas participaram da Caminhada Solidária da Mulher, realizada no dia 08 de março, em Cascavel. O evento aconteceu no Lago Municipal e foi promovido pelo SESCAP-PR em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A caminhada contou com o apoio do Sesc e do Sincovel. Na ocasião, ainda houve sorteios de brindes e entrega de kits fitness. As inscrições foram revertidas em doações e os alimentos arrecadados foram encaminhados ao Abrigo São Vicente de Paulo.

(45) 3224-6350 - Regional Cascavel

Pioneira da contabilidade é homenageada em Maringá A diretora regional do SESCAP-PR, Miriam da Silva Braz, participou da homenagem à pioneira da Contabilidade em Maringá, Zélia Horita. A contadora, que completou recentemente oitenta anos de idade, recebeu uma placa de agradecimento, enaltecendo o empenho e dedicação que ela sempre teve com a área contábil. O evento aconteceu no dia 13 de março, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos. Miriam destacou o trabalho de Zélia como exemplo a ser seguido. “O grupo da Contabilidade chama ela de mamãe, e podemos mesmo chamá-la assim, carinhosamente. Com a idade que tem, continua trabalhando e participa de eventos, inclusive esportivos”, salientou. (44) 3026-6087 - Regional Maringá Trabalho das contabilistas é destaque em Guarapuava Março foi um mês recheado de homenagens e reflexões sobre o papel feminino na sociedade, sua inserção no mercado e a importância de condições igualitárias de trabalho para homens e mulheres. E, o SESCAP-PR não ficou fora das atividades em Guarapuava. No dia 14 de março, o escritório regional da entidade promoveu mais uma edição do Café da Mulher Contabilista. O evento destacou o desempenho de empresárias que, hoje, representam 40% das profissionais nos escritórios em atividade. “Há uma preocupação do SESCAP-PR com as questões das mulheres, com a valorização de quem trabalha com harmonia e compreende a função social que as contadoras têm no dia a dia de uma cidade”, disse a diretora, Eva Schran.

(42) 3623-2841 - Regional Guarapuava

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Dia a dia

Regionais

5ª edição do Forcec inicia em Maringá Profissionais da área empresarial que desejam ampliar seu campo de atuação já participam da 5ª edição do programa FORCEC, em Maringá. As aulas iniciaram no dia 12 de março e são voltadas à formação de consultores na área de Gestão Empresarial. Quem ministra o treinamento é o consultor Luiz Carlos Tiossi. A capacitação vai até o mês de novembro e é dividida em 10 encontros, que abordarão os temas: Desenvolvimento das Habilidades Consultivas; Composição de Diagnósticos de Consultoria; Ambiente de Pessoas, Marketing e Finanças e Plano de Negócios e Viabilidade.

(44) 3026-6087 - Regional Maringá

Ivaiporã recebe primeiro treinamento do SESCAP-PR A cidade de Ivaiporã, pertencente à base territorial de Arapongas, recebeu seu primeiro treinamento realizado pelo SESCAP-PR. O município esteve no roteiro da palestra “Implantação do eSocial: impacto no dia a dia das empresas”, promovida pelo SESCAP-PR em mais de 20 cidades paranaenses. O treinamento foi realizado pelo consultor e advogado Leandro Lunardi, no dia 09 de março. Para o diretor regional, Antonio do Carmo Simões, o evento é fruto do empenho do sindicato em levar qualificação profissional para o maior número de associados em todo o Paraná. “Espero que esse seja o primeiro de muitos eventos que ainda vamos realizar em Ivaiporã”, disse.

(43) 3274-4394 - Regional Arapongas Mudanças no cálculo do PIS são abordadas em Umuarama O cálculo de PIS/Pasep e Cofins ficou mais complexo com a introdução do EFD-Contribuições. A mudança passou a exigir dos profissionais contábeis um cuidado muito maior para atender as exigências da Receita Federal. Sabendo da importância do tema, o SESCAP-PR promoveu em Umuarama e Cianorte um curso intensivo de PIS/Pasep e Cofins. O evento aconteceu nos dias 23 e 24 de fevereiro. Segundo o instrutor, Rômulo Albuquerque Silva, o assunto ainda é complexo e, por isso, é muito comum acontecerem distorções nos cálculos das contribuições. “Preparamos os profissionais quanto aos cuidados especiais na apuração do PIS e Cofins, já contemplando as alterações introduzidas pela Lei 12.973/2014”, explicou.

(44) 3622-5199 - Regional Umuarama 28

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Boa Ideia

Produtividade máxima O poder de pensar fora da caixa

Tamara Schwambach Kano Myles

William Thorndike Jr.

Muitas vezes chegamos ao fim do dia com a sensação frustrante de que não conquistamos nada significativo, de que deixamos de lado o que realmente importa. E pior, sem saber ao certo como gastamos nosso tempo. No entanto, algumas pessoas conseguem realizar tudo (ou quase tudo) o que desejam. Essa capacidade de organização não se deve a um talento inato, mas sim a uma habilidade que pode ser desenvolvida. Com seu sistema da Pirâmide da Produtividade Máxima, a autora pretende ajudar o leitor a assumir o controle da sua vida, de modo que cada tarefa, por mais simples que pareça, seja capaz de contribuir para a realização dos seus maiores objetivos.

O que realmente importa quando se lidera uma empresa? Qual é a marca de um executivo excepcional? Em “O poder de pensar fora da caixa”, William Thorndike Jr. explica a sabedoria analítica por trás de uma carreira bem-sucedida em investimentos, avaliando de perto os desempenhos de grandes empresas como General Cinema, Ralston Purina, The Washington Post Company, Capital Cities Broadcasting, dentre outras. Na obra, são expostas as características e métodos que ajudaram os líderes dessas empresas a alcançar um desempenho excepcional. O autor compartilha suas pesquisas e experiência ao apresentar histórias reveladoras, lições indispensáveis e um modelo alternativo para todos os interessados em liderar ou criar uma empresa de sucesso espetacular.

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Artigo

ISSFixo

e o elemento empresarial

Juliano Lirani É advogado e especialista em Direito Tributário. Atualmente, é sócio do Escritório Araúz & Advogados Associados e membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, em Brasília. juliano_lirani@arauz.com.br

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e acordo com o artigo 9º do Decreto-Lei 406/68, para que ocorra o enquadramento no regime do ISS-Fixo, as sociedades de profissionais precisam prestar serviço de forma pessoal e assumir a responsabilidade ilimitada em relação à atividade profissional desenvolvida. Assim, quando este artigo exige que o trabalho seja realizado pessoalmente pelo profissional que integra a sociedade, na realidade, está exigindo que a mesma não apresente o caráter empresarial, nos termos do caput do artigo 966 do Código Civil Brasileiro. Com o advento do novo Código Civil Brasileiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ-AgRg nos EDcl no REsp 1275279/PR), a partir de 2010, passou a negar a concessão do ISS-Fixo para as sociedades que estejam constituídas na forma de limitada e remunerem seus sócios por meio do pagamento de pró-labore, por considerar que isto configura elemento de empresa. Por outro lado, é verdade que os municípios possuem competência constitucional para definir os critérios jurídicos para o enquadramento das sociedades no ISS-Fixo, consoante se extrai dos artigos 30 e 156 da Constituição Federal. Entretanto, o problema está quando a lei municipal cria obstáculos e constrói um conceito de empresa não coincidente com aqueles preceitos previsto no Código Civil Brasileiro. Cita-se o artigo 65, da Lei Complementar n.º 677/2007 - Código

Tributário de Maringá - para o qual desconfigura o serviço pessoal da sociedade quando é prestado com auxílio de mais de dois empregados ou possua empregados com a mesma qualificação profissional. Entretanto, a redação deste artigo entra em choque com o parágrafo único do artigo 966, do Código Civil, visto que a sociedade não se torna empresarial, exclusivamente, porque conta com auxílio de empregados, salvo exceções específicas. Já no município de Curitiba é o artigo 10, da Lei Complementar nº 40/2001, que traz o critério para o enquadramento no ISS-Fixo. Critério que, inclusive, está sendo reproduzido por vários municípios do Estado, a exemplo do que fez Londrina no artigo 123, da Lei n.º 10.417/2007, alterada pela Lei n.º 9.310/2003. Em que pese ser razoável o critério fixado pelo município de Curitiba, por outro lado, ainda tem causado muita dificuldade de compreensão do que seja o famigerado elemento de empresa, citado no artigo 10 da LC n.º 40/2001. Consequentemente, o que se verifica na prática é que está cabendo ao poder judiciário definir o que se considera por “empresa” para efeitos da exclusão do ISS-Fixo. Por fim, o conceito de “empresa” é jurídico e por isso recomenda-se que o contador procure assessoria especializada para buscar o enquadramento no ISS-Fixo.


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