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CAVALO DE BALANÇO

Manoel Severino dos Santos | DF

O Sr. Manoel Severino dos Santos, paraibano, 65 anos, mora em Brasília há mais de 40, dos quais 30 dedicados à confecção de brinquedos. Todos os sábados, domingos e feriados leva, com sua esposa Zezé, seus brinquedos à feira de artesanato da Torre de TV de Brasília para vendê-los. Sua especialidade são os brinquedos de madeira que retratam meios de locomoção: moto, bicicleta, carrinho, aviãozinho, helicóptero, cavalinho, carro de boi, entre outros.

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Desde pequeno, o artesão trabalhava na roça pela manhã e à noite fazia seus brinquedos usando lata de óleo e caixa de sabão feita de ripa de madeira. Na sua infância uma parte do que produzia era para brincar e a outra para ajudar no orçamento. Acompanhava sempre seu pai na feira; enquanto este vendia frutas, ele vendia seus brinquedos.

A habilidade para confeccionar e comercializar brinquedos tornou-se naturalmente uma profissão. Quando começou a confeccionar cavalo de balanço, fazia-o com a base em semiarco parecida com cadeira de balanço, que levanta os pés de um lado a outro; depois adotou a forma atual de base deslizante para as crianças terem a sensação do galope.

Brincadeiras como esta, de galopar cavalinhos, são posteriores ao descobrimento do Brasil, uma vez que os cavalos só foram introduzidos no país a partir de 1534.

Tornando-se posteriormente o principal meio de transporte até o surgimento do carro, é de se imaginar que as brincadeiras com cavalos de pau faziam o maior sucesso entre as crianças, como montar em outra criança, usar cavalos de pau feitos com talo de alguma planta ou pedaço de pau ou mesmo brincar com cavalos mais elaborados tipo os de balanço. Mesmo após tanto tempo e com a invenção de outros meios de transporte, o fascínio pela conquista humana de domesticar animais para se locomover com mais rapidez perdura nas brincadeiras.

Possibilidades lúdicas e educativas

Certamente, a introdução de um ou mais cavalos de balanço na escola chamará a atenção das crianças e provocará a disputa pelo uso, tal como acontece com os balanços na hora do parque. Pensando nisso, podemos propor ao grupo a construção coletiva de outros cavalos. Para tanto, basta arrumar tábuas para fazer o “esqueleto” do cavalo, cuja estrutura será muito parecida com um banco de tábua simples, mas com um pescoço e uma cabeça. Finalizada essa parte, será a vez de preparar o corpo do cavalo, com jornal amassado, camadas de folhas de jornal para envolver esse recheio e fita crepe para juntar tudo até modelar o corpo do animal por inteiro. Depois é só pintar e sair cavalgando por aí!

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