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CARRINHO DE ROLIMÃ, CARRINHO DE MÃO E BRINQUEDO DE EMPURRAR
Carlos Antonio Alves | MG
Para mais informações do autor, ver pp. 205.
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Carlos Antonio Alves aprendeu a fazer seus próprios brinquedos quando criança e retomou essa prática quando nasceram seus filhos. Em casa, sempre fez brinquedos para eles e para presentear a escola em que estudavam, além de atender a encomendas específicas. Embora o talento para artesão seja evidente e mantenha um espaço em sua casa dedicado à sua pequena oficina “Amigo Gepeto”, sempre exerceu outra profissão.
Quem conhece suas criações logo vê que Carlos gosta muito dos que se movimentam com o uso de rodas. Seus brinquedos se caracterizam pela robustez – aguentam o tranco do uso intenso das crianças – e pela criatividade em reaproveitar materiais que consegue em sucatas, como rodas de carrinho de bebê, de velocípedes, de patins, alça de mala de viagem e rodo, entre outros.
A tradição de reaproveitar materiais para construir brinquedos faz parte da cultura lúdica dos brinquedos artesanais, como o carrinho de rolimã, que nos Estados Unidos eram feitos com caixas de sabão (soap box cars).
Possibilidades lúdicas e educativas
Alguns brinquedos vêm perdendo seu uso, principalmente em grandes centros urbanos, em que os carros ocupam cada vez mais o lugar das brincadeiras de rua, como é o caso dos carrinhos de rolimã que, tradicionalmente, precisam de ladeiras íngremes para a disputa de boas corridas. Não tendo a opção da rua, podem-se adaptar na escola espaços para outras brincadeiras com os carrinhos de rolimã, sem deixar de compartilhar com as crianças as formas corriqueiras de utilização deste brinquedo. Na internet, há vídeos inspiradores sobre disputas de carrinho de rolimã até mesmo em universidades. Uma dessas disputas tradicionais ocorre na Universidade de São Paulo, na ladeira da Rua do Matão, dentro do campus, organizada pela Poli, faculdade de Engenharia (GP NSK Poli – USP de Carrinhos de Rolimã), na qual podemos observar muito mais adultos do que crianças brincando com seus rolimãs.
Pode ser uma boa ideia a escola manter contato com alunos de Mecânica e Engenharia, para um projeto compartilhado com a universidade com o fim de desenvolver inusitados brinquedos sobre rodas. Por exemplo, colocar rodízio no fundo de uma caixa de água, transformando-a num barco rolante; adaptar rodas em móveis velhos, estrados de cama; inventar novas formas de fazer patinetes, carrinhos de empurrar e muitos outros.
A matéria-prima pode ser encontrada em sucatas ou casas especializadas em rodas e rodízios, mas a inventividade fica por conta das crianças e dos jovens que gostam do desafio de criar brinquedos especiais.
MÓBILE DE PÁSSAROS
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COME-COME, ALIMENTANDO, RIBEIRINHO NA CANOA, BOTO ARTICULADO, SOCA-SOCA, SERRA-SERRA E DANÇARINOS
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