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MÓBILE DE PÁSSAROS
Raimundo do Socorro Vasconcelos | PA
O termo “móbile” foi cunhado pela primeira vez na História da Arte em 1932, quando Marcel Duchamp o utilizou para nomear as esculturas móveis criadas pelo artista Alexander Calder, compostas por placas planas de metal suspensas no ar e equilibradas por finos fios de arame. A partir daí, passaram a ser assim chamadas várias estruturas que brincam com o equilíbrio, criando inclusive um novo sentido para a palavra “móbile”, de origem latina, que já existia há muito tempo com o significado de movimento.
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Hoje em dia, o termo está bastante associado a brinquedos para bebês, confeccionados para quartos, berços ou berçários.
Possibilidades lúdicas e educativas
O móbile é feito para o olhar; é um dos primeiros brinquedos dados às crianças quando ainda estão no berço, a fim de que possam se distrair e ter uma experiência estética e sensível de acompanhar o movimento harmônico das formas. Excelente para crianças e adultos de qualquer idade brincarem de olhar!
Há diversas possibilidades de planejar oficinas de criação de móbiles. Pode-se iniciar com uma bem simples, usando palitos de churrasco e amarrando com fios de nylon, em cada ponta, embalagens pintadas e desenhadas pelas crianças ou figuras de papel-machê, massa de biscuit, argila, dobraduras etc. Vale ressaltar que ao montar este brinquedo é preciso estudar se os tamanhos e pesos se equilibram, para que possam ter um movimento harmônico. Estudar como o próprio Calder encontra soluções é uma possibilidade para incrementar as novas criações.
Interessante também contar com o apoio da comunidade, que pode ajudar a criar outros estilos de móbiles com diferentes elementos estruturais: fios de arame galvanizado, bambus finos, cabides flexíveis, armação de guarda-chuvas sem o tecido, bambolês cortados ao meio e assim por diante. Estes servem de apoio para se prender diferentes penduricalhos.
Para quem conseguir obter a fibra do miriti, conhecida como “isopor da Amazônia” e usada no Pará na confecção dos famosos brinquedos de miriti, vale a pena a experiência de criar um móbile com o mesmo material utilizado por Raimundo nos pássaros que compõem o seu brinquedo. Outra alternativa é usar como substitutas as sobras do isopor volumoso que costuma acompanhar algumas embalagens de eletrodomésticos.