NEGRITUDES MAIO A JUNHO DE 2018
FRICÇÕES Projeto transdisciplinar que, ancorado na dança, apresenta reverberações em outras linguagens e traz reflexões sobre as relações entre arte, resistência e micropolítica. Suas edições seguem os recortes temático Negritudes, Ativação de Novas Redes, Pessoas e Cidade, Direitos Humanos e Gênero e Sexualidade. Entre as atividades, palestras, bate-papos, vivências, oficinas, cursos, espetáculos, performances, intervenções.
NEGRITUDES [...] minha negritude não é uma pedra, sua surdez lançada contra o clamor do dia / minha negritude não é uma mancha de água morta sobre o olho morto da terra / minha negritude não é uma torre nem uma catedral / ela mergulha na carne rubra do solo / ela mergulha na carne ardente do céu / ela perfura o abatimento opaco com sua reta paciência. (AIMÉ CÉSAIRE, 2012, Diário de um retorno ao país natal, p. 65)
Foto: Barganha/Marcelo Baiaoto
O termo negritude tem origem em Paris, no início da década de 1930, com três intelectuais negros – Aimé Césaire (Martinica), Léopold Sédar Senghor (Senegal) e Léon-Gontran Damas (Guiana Francesa) e o jornal L’etudiant Noir (O estudante negro) em 1934. Este foi o primeiro ímpeto do que mais tarde se transformou no movimento da negritude, manifestação literária de caráter revolucionário, anticolonial e antirracista, cuja proposta era promover um momento de tomada de consciência de ser negro e de assunção dessa identidade negada no processo da colonização, através da afirmação racial e de um retorno às raízes da cultura africana. Em maio e junho o Fricções apresenta trabalhos de artistas negras e negros com origem nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Macapá (AP) e Belo Horizonte (MG), cujas propostas põem em discussão temas importantes que ora expõem as consequências do racismo estrutural ora celebram espaços de resistência. O racismo estrutural, a construção social dos “semelhantes” e dos “outros”, a objetificação e a mercantilização da mulher negra, a ancestralidade e a resistência do candomblé, a diversidade de estilos de danças negras e as masculinidades pretas atravessam os dípticos propostos nesta programação.
DIA 3.05 | A ESCRAVIDÃO ENQUANTO DEFINIDORA DA SOCIEDADE BRASILEIRA Palestra com o sociólogo e escritor Jessé Souza Quinta, 20h. Teatro*. 12 anos. DE 5 A 27.05 | A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR OU WHAT IS THE QUESTION? _GAME Instalação-jogo por Val Souza Sábados, 10h às 21h30. Domingos, 10h à 18h30. Praça Cinza. DIAS 5 E 6.05 | CAN YOU SEE IT? Intervenção com Val Souza Sábado, 15h. Itinerante. Domingo, 12h. Rua dos Patriotas. DIAS 5 E 6.05 | DEFORMAÇÃO + BARGANHA Performances com Priscila Rezende Sábado, 17h. Área de Convivência. Domingo, 11h. Rua dos Patriotas. DE 11 E 13.05 | A-VÓS Espetáculo de dança com Nave Gris Cia Cênica Sexta, 14h e 21h. Sábado, 21h. Domingo, 18h. Teatro**. 12 anos.
DIAS 12 E 13.05 | ANCESTRALIDADE, MEMÓRIA SOCIAL, ARTE AFRO-AMERÍNDIA AMAPAENSE: SÉRIE DE PERFORMANCES Negro é Meu Corpo Ancestral, Negro é Meu Corpo Ancestral 2, Agô e Ewê performances com Ewê Grupo de Pesquisa e Coletivo de Artes Visuais e Cultura Afro-brasileira Sábado, 19h. Domingo, 16h. Sala 10. DIA 19.05 | RODA: PASSINHO E TRADIÇÕES POPULARES BRASILEIRAS Com Clássicos do Passinho e Humanação Orquestra Popular Sábado, 19h30. Quintal. DIA 20.05 | RODA: GUMBOOT E VOGUE Com Gumboot Dance Brasil e House of Zion Brasil Domingo, 13h. Quintal. DIA 20. 05 | RODA: LOCKING E MANDINGUE Com Double-Lock e Trupe Benkady Domingo, 14h30. Quintal. DIA 26.05 | A BABÁ QUER PASSEAR + SERVIÇAL Intervenção e espetáculo teatral com Ana Flávia Cavalcanti Sábado, 13h e 17h. Itinerante e Área de Convivência. DIA 26.05 | LEITE DERRAMADO Performance com Ana Musidora Sábado, 18h30. Espaço de Tecnologias e Artes*. 18 anos.
DIA 27.05 | MASCULINIDADES PRETAS: QUE MENINO PRETO EU FUI? Roda de conversa com Asili Coletiva Domingo, 14h. Área de Convivência. DIA 27.05 | ACIDENTES Performance com Pedro Galiza Domingo, 17h. Área de Convivência. DIAS 1 E 2.06 | SOLOS EM FRICÇÃO Olhos nas costas e um riso irônico no canto da boca, solo de Luciane Ramos-Silva e Sobre o sacrifício ritual, performance com Ana Beatriz Almeida Sexta e sábado, 21h. Teatro**. 14 anos. DIA 3.06 | MASCULINIDADES PRETAS: QUE HOMEM PRETO EU QUERO SER? Roda de conversa com Asili Coletivo Domingo, 14h. Área de Convivência. DIA 3.06 | FARINHA COM AÇÚCAR OU SOBRE A SUSTANÇA DE MENINOS E HOMENS Espetáculo teatral com Jé Oliveira e banda Domingo, 18h. Teatro**. 16 anos.
aulas abertas DIA 3.06 | VOGUE Com Felix Pimenta Sábado, 14h. Sala 2. DIA 9.06 | MANDINGUE com Flávia Mazal Sábado, 14h. Quintal. DIA 16.06 | NO BAQUE DA HUMANAÇÃO (FREVO E MARACATU) com Jorge Fofão e Kelly Silva Sábado, 14h. Quintal. DIA 23.06 | GUMBOOT com Rubens Oliveira Sábado, 14h. Sala 2. DIA 30.06 | LOCKING com Darlita Double-Lock Sábado,14h. Quintal.
*Retirada de ingresso com 1h de antecedência na bilheteria da Unidade. **Ingressos disponíveis nas bilheterias das Unidades e pelo Portal SescSP.
Foto
: A -VÓ
S / Monic
a C a r dim.
DE 3 DE MAIO A 30 DE JUNHO DE 2018
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