junho/2019
Espetรกculo
EU AMARELO
CAROLINA MARIA DE JESUS
TEATRO MÍNIMO A proximidade entre artistas e público é a marca do projeto Teatro Mínimo, que parte de montagens de pequeno porte com foco em dramaturgia e interpretação.
PROGRAMAÇÃO ESPETÁCULO
EU AMARELO: CAROLINA MARIA DE JESUS A peça apresenta um retrato contundente da ex catadora de papel que se transformou na maior escritora negra do país do século XX. Carolina Maria de Jesus devotava a sua vida a um propósito: seu amor à literatura que a fez tirar do lixo as palavras e, das palavras, uma forma de combater as desigualdades do mundo. 7 a 29/6 | Quintas e sextas, 21h30 Sábados, 19h30 | Domingos e feriado, 18h30 Auditório | Não recomendado para menores de 16 anos Duração 60 minutos R$ 20,00 (inteira) | R$ 10,00 (meia entrada) R$ 6,00 (credencial plena)
Dáulio Dantas
“Inteligentíssima, tinha essa mistura de raiva e ternura que leva à vã tentativa de cuspir o que bloqueia a garganta e ameaça matar por asfixia, se não for dito.” Otto Lara Resende
“Qualquer juízo sobre Carolina e sua obra não deve esquecer que ela são três: a mulher, a escritora e a personagem criada pela escritora.” Joel Rufino
“Um evento marcou a minha formação na juventude: a descoberta de Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus.” Evaristo Conceição
“Carolina escrevia a verdade.” Clarice Lispector
Foto: Álvaro Riveros
“Com sua caligrafia nervosa, ela conta coisas que nenhum escritor do mundo seria capaz de contar com tanta propriedade; traça um retrato sem retoques da favela, que aparece nítida, impressionantemente revelada.”
EU AMARELO: CAROLINA MARIA DE JESUS Quando fui convidado pelo produtor e dramaturgo Elissandro de Aquino para trazer para a cena uma parte da rica obra de Carolina Maria de Jesus, recebi uma responsabilidade e um presente. Neste momento tão desesperançado de nosso país, o exemplo de superação que Carolina nos mostra é um estimulo para que todos os oprimidos e excluídos do país não deixem de acreditar em seus sonhos e desejos. Como diretor recebo outro presente, que é o poder contar com a maestria, profundidade e talento de uma atriz como Cyda Moreno. Vamos contar esta história priorizando o essencial, ou seja, acreditando na força e no poder que o Teatro tem de tocar as pessoas. Com a parceria de Sergio Marimba e Margot Margot, dois artistas visuais viscerais e ousados, vamos construir a beleza deste universo tão duro e ao mesmo tempo tão poético, tudo isto iluminado pela maestria de Aurelio de Simoni. Isaac Bernat - Diretor Carolina extraiu poesia e lirismo para fazer ressoar as misérias do povo da favela. Sua literatura reflete as inúmeras fomes do nosso povo por espaço, dignidade, reconhecimento, oportunidades e respeito a nossa identidade. Ela também aponta que o racismo é cíclico e híbrido. Já estamos em outro século, mas milhares de Carolinas ainda se encontram à margem da sociedade, nas periferias, nos subempregos, debaixo dos viadutos, nos presídios, nos hospícios e na luta diária para vencer a fome. Por isto sua voz não se cala. E ela vive. Os “quartos de despejo” triplicaram. O Brasil precisa conhecer a força de Carolina e a sua realeza. Cyda Moreno - Atriz
FICHA TÉCNICA Atuação: Cyda Moreno Dramaturgia: Elissandro de Aquino Direção: Isaac Bernat Assistentes de direção: Bebel Ribeiro e Camila Monteiro Direção de movimento: Cátia Costa Cenário: Sergio Marimba Figurino: Margo Margot Costureira: Ana Maria Bergone Iluminação: Aurélio de Simoni Trilha sonora: Isaac Bernat Preparador vocal: Jorge Maya Operador de som: Bebel Ribeiro e Camila Monteiro Operador de luz: Rafael Turatti Assessoria de imprensa: Claudia Tisato Design: Claudio Partes Produção: Viramundo Produção São Paulo: Gabrielle Araújo (Caboclas Produções)
Cyda Moreno é atriz desde 1983, mestre em ensino de artes cênicas e produtora cultural. Trabalhou com Antunes Filho, Ulysses Cruz, Renato Borghi, Yara de Novaes, André Paes Leme, Maurício Abud, Antônio Pedro, Edio Nunes, Vilma Melo, entre outros. Entre seus principais trabalhos estão A Serpente (SP) e A Hora e Vez de Augusto Matraga (RJ). Foi uma das fundadoras da Cia. Black & Amp; Preto Prod. Artísticas em 1993, no Rio de Janeiro onde produziu e atuou Dorotéia, As Criadas, A Botija de Ouro e o Cheiro da Feijoada. Atualmente é professora de teatro político da Escola Sesc de Ensino Médio (RJ), e da SEEDUC-RJ.
Elissandro de Aquino é formado em letras com especialização em psicodrama. Professor, produtor, editor e escritor premiado com o conto Escrevendo a Paz, pela UNESCO, com tradução para o inglês e francês. É autor do argumento Classificados, finalista no 7º Doc Canal Futura (2016). Fez a supervisão de Projetos Educativos na Caixa Cultural-RJ. É sócio do Instituto João Donato e da Viramundo Produções.
Foto: Lua Melo
Isaac Bernat é ator, diretor e professor de teatro na Faculdade CAL. Doutor em Teatro pela UNIRIO, fez tese de doutorado sobre o Griot africano e ator do grupo de Peter Brook, Sotigui Kouyaté. Durante dois anos, esteve em cartaz pelo Brasil com a peça Incêndios, do autor libanês Wajdi Mouawad, pela qual ganhou o Prêmio Botequim Cultural de melhor ator e também como ator na peça Agosto. Dirigiu diversas peças, entre elas Lili - Uma História de Circo de Licia Manzo e Calango Deu – Os Causos de Dona Zaninha, de Suzana Nascimento. Publicou em 2013 o livro Encontros com o Griot Sotigui Kouyaté pela editora Pallas. Foi indicado ao Prêmio Fita em 2014, de melhor direção por Calango Deu.
Foto : Edu Monteiro
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