Teatro Mínimo | Ícaro

abril e maio/2019

Espetรกculo

ร CARO

TEATRO MÍNIMO A proximidade entre artistas e público é a marca do projeto Teatro Mínimo, que parte de montagens de pequeno porte com foco em dramaturgia e interpretação.

PROGRAMAÇÃO ESPETÁCULO

ÍCARO Em cena, um único ator e seis histórias com um ponto em comum: depoimentos ficcionais de pessoas cadeirantes.

O texto é escrito pelo intérprete Luciano Mallmann, que há 15 anos, teve uma lesão medular após sofrer uma queda durante exercício de acrobacia áerea em tecido. A partir de temáticas universais (relação entre pais e filhos, preconceito, relacionamentos amorosos, abandono, suicídio, gravidez, maternidade), a montagem aborda a fragilidade humana à qual todos estamos expostos.

26/4 a 19/5. Quintas e Sextas, às 21h30.

Sábados*, às 19h30. Domingos e feriado (1º/5), às 18h30.

Auditório | Não recomendado para menores de 14 anos Duração 70 minutos R$ 20,00 (inteira) | R$ 10,00 (meia entrada) | R$ 6,00 (credencial plena) *A sessão do dia 18/5 integra a programação da Virada Cultural e é gratuita, com retirada de ingresso com 1 hora de antecedência.

A peça desperta essa quebra de paradigma.

Não adianta nada os cadeirantes estarem integrados à sociedade, mas sempre serem vistos de forma diferente pelos outros.

Luciano Mallmann

Foto: Renato Domingos

Por trás da deficiência, existe uma pessoa que tem histórias. Isso é o mais importante e também o que provoca a identificação com a plateia.

ÍCARO O ator e dramaturgo Luciano Mallmann traz para o palco uma mistura de ficção e realidade, interpretando histórias inspiradas em sua própria vivência e em depoimentos de pessoas com lesões medulares que conheceu depois que passou a usar cadeira de rodas.

Com personagens femininos e masculinos, a dramaturgia privilegia temas universais e evidencia a condição humana, de modo a estabelecer identificação direta com o público.

Sem cenário ou marcações bruscas, Ícaro, que tem direção de Liane Venturella, valoriza a interpretação e surpreende pela forma com que o ator explora o corpo durante as cenas. A precisão dos movimentos é elemento fundamental para expressar as limitações físicas de cada personagem. Surgem, em cena, a modelo, o lutador, a mãe, o ator e o acrobata. Ao longo dos 70 minutos da encenação, o intérprete toca em temas como preconceito, resiliência, relações familiares e amorosas, suicídio, maternidade e gravidez.

Um mosaico sobre a diversidade humana.

FICHA TÉCNICA Dramaturgia e atuação Luciano Mallmann Direção Liane Venturella Trilha sonora Monica Tomasi Iluminação Fabrício Simões Técnico de som e luz Daniel Salvi Preparação vocal Ligia Mota Fotografia Fernanda Chemale e Nina Pires Produção local Nascedouro Gestão Cultural (Elisa Taemi e Milena Marques) Assessoria de imprensa local Locomotiva Cultural

AGRADECIMENTOS Bumbá Produtora, Catharina Rocha, David Taiyu, Déa Martins, Hachi & South Man (Planning e Creative Studio) e JMF Odontologia Estética

Foto: Renato Domingos

LUCIANO MALLMANN Iniciou sua trajetória em Porto Alegre, na Cia. das Índias, dirigido por Zé Adão Barbosa, de 1991 a 1996. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1996, quando participou da Oficina de Atores da Rede Globo e do espetáculo A Dama do Cerrado, de Mauro Rasi. De 1998 a 2004 integrou o elenco de diversos espetáculos teatrais, entre eles Os Duelistas, de Jorge Fernando.

Em 2004 sofreu uma lesão medular, passando a usar cadeira de rodas. Foi quando voltou a morar em Porto Alegre. Em 2011 produziu e atuou em A Mulher sem Pecado, de Nelson Rodrigues, com direção de Caco Coelho, espetáculo vencedor do Prêmio Açorianos.

No cinema, atuou em curtas-metragens e nos longas-metragens Divino Amor, de Gabriel Mascaro, contracenando com Dira Paes, e Bio, de Carlos Gerbase - um documentário de ficção pelo qual foi indicado ao prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado.

Na TV, participou das novelas Mandacaru (1997), dirigida por Walter Avancini na extinta TV Manchete, e Meu Bem Querer (1998), com direção de Marcos Paulo, na TV Globo. Ícaro - estreia de Luciano como dramaturgo - venceu, em 2017, o Prêmio Açorianos de Melhor Dramaturgia.

Fotos: Renato Domingos

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