Ações do Curso Técnico em Enfermagem na REBRAENSP

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RENATA TAVARES FRANCO RODRIGUES ROSEMEIRE DE FÁTIMA FERRAS SHIRLEY DA ROCHA AFONSO (ORGANIZADORAS)

AÇÕES DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE Estratégias para Segurança do Paciente


AÇÕES DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE Estratégias para Segurança do Paciente

1ª EDIÇÃO CENTRO PAULA SOUZA 2018


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Governador Márcio França Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Ricardo Bocalon

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Diretora-Superintendente Laura Laganá

Vice-Diretor-Superintendente Luiz Antonio Tozi

Chefe de Gabinete da Superintendência Luiz Carlos Quadrelli

Coordenadora da Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa Helena Gemignani Peterossi

Coordenador de Ensino Superior de Graduação André Alves Macêdo

Coordenador do Ensino Médio e Técnico Almério Melquíades de Araújo

Coordenadora de Formação Inicial e Educação Continuada Clara Maria de Souza Magalhães

Coordenador de Infraestrutura Hamilton Pacífico da Silva Coordenador de Gestão Administrativa e Financeira Armando Natal Maurício

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Coordenador de Recursos Humanos Elio Lourenço Bolzani

Coordenador da Assessoria de Inovação Tecnológica Mauro Zackiewicz

Coordenador da Assessoria de Desenvolvimento e Planejamento Luiz Antonio Tozi

Coordenadora da Assessoria de Comunicação Gleise Santa Clara

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REDE INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM EM SEGURANÇA DO PACIENTE - RIENSP Coordenadores de países María Cristina Cometto - Argentina Rosa Zarate Amarilis - México Carmen Falconi - Ecuador

REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE REBRAENSP Coordenação Nacional da REBRAENSP Antônio José de Lima Junior - MG Luiza Maria Gerhardt - RS

Coordenação REBRAENSP - Polo São Paulo Maria Regina Lourenço Jabur Carla Patrícia Denser

Coordenação Núcleo São Paulo (Numesp) Liliane Bauer Feldman

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AÇÕES DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO TRABALHO: ESTRATÉGIAS PARA SEGURANÇA DO PACIENTE

Comissão Organizadora RENATA TAVARES FRANCO RODRIGUES ROSEMEIRE DE FÁTIMA FERRAZ SHIRLEY DA ROCHA AFONSO (Organizadoras)

Comissão Científica Jenny Del Carmen Arcentales Herrera Mariana Felipe Bullara Valeriano Paula Maria Corrêa de Gouveia Araujo Talita Pavarini Borges de Souza

Editora Centro Paula Souza Revisão de texto Shirley da Rocha Afonso Criação, Projeto Gráfico e Diagramação Jefferson Jeanmonod de Azevedo Santana

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Ações do Curso Técnico em Enfermagem na Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente: estratégias para segurança do paciente [livro eletrônico] / Renata Tavares Franco Rodrigues; Rosemeire de Fátima Ferraz; Shirley da Rocha Afonso (autoras e organizadoras); Adriana Figueiredo Monteleone [et al.]. – 1.ed. --- São Paulo : Centro Paula Souza, 2018. 1 Livro digital. 222f. : il. Inclui bibliografia

Vários autores. ISBN 978-85-7118-001-7

Livro eletrônico – 1. Segurança do Paciente. - 2. Higienização das mãos. - 3 Ações coletivas de saúde à população. – 4. Ações coletivas de saúde à comunidade escolar. – 5. Métodos de ensino. I. Rodrigue, Renata Tavares Franco. II. Afonso, Shirley da Rocha. III. Ferraz, Rosemeire de Fátima. IV. Monteleone, Adriana Figueiredo [et. al.] V. Centro Paula Souza. Cetec Capacitações. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Palavras-chave: Segurança do Paciente; Ações coletivas de saúde; Higienização das Mãos; Técnico em Enfermagem. CDD B610.7 CDU. 616.08/613 (075.2)

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Agradecimentos Neste livro reunimos os projetos desenvolvidos pelos enfermeiros docentes das Etecs do Centro Paula Souza, que após curso de capacitação foram instigados a elaborar práticas docentes implementadoras das diretrizes de Segurança do Paciente no currículo de enfermagem de nível médio. Esses projetos são resultados de um esforço empregado pela Cetec Capacitações, em parceria com a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente, para torna-los acessíveis à comunidade de enfermagem. É um esforço conjunto de pessoas ao qual as organizadoras desta obra gostariam de expressar o seu profundo reconhecimento pelo apoio, encorajamento e confiança recebidos. Expressamos nossa gratidão aos autores que, além da dedicação ao desenvolvimento do projeto, prática docente de implantação das diretrizes de Segurança do Paciente em sala de aula, já por si meritória, aceitaram o nosso convite para somarem-se conosco à realização dessa jornada em prol do conhecimento e romperam barreiras para partilhar suas experiências nessa publicação. Agradecemos também Jenny Del Carmen Arcentales Herrera, Mariana Felipe Bullara Valeriano, Paula Maria Corrêa de Gouveia Araujo e Talita Pavarini Borges de Souza pela participação e auxílio. Ao Professor Jefferson Santana, pelo trabalho minucioso de edição dos textos, no âmbito da Editora Centro Paula Souza, e pela encorajadora acolhida à nossa proposta editorial. Aos Centro Paula Souza e a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente, pela inclusão do nosso livro nos registros para a divulgação do desenvolvimento da prática docente na formação profissional centradas na construção do conhecimento científico e cultural.

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Organizadoras RENATA TAVARES FRANCO RODRIGUES Graduação em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São PauloUSP. Licenciatura em Enfermagem pela Universidade de São Paulo-USP. Especialista em enfermagem em Centro-Cirúrgico, Recuperação Pós-Anestésica e Central de Material e Esterilização pela Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP. Mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo-USP. Docente na Escola de Enfermagem São Joaquim do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

ROSEMEIRE DE FÁTIMA FERRAZ Possui graduação em Psicologia pela Universidade Braz Cubas (2003), pós-graduada em Pedagogia Empresarial e Educação Corporativa pela Universidade Uninter. Atualmente é coordenador de projetos do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. SHIRLEY DA ROCHA AFONSO Possui Graduação em Enfermagem, Especialização em Enfermagem Gerontológica e Geriátrica, Pós-Graduação em Docência no ensino médio, técnico e superior na área de saúde e em Planejamento, Implantação e Gestão em Educação à Distância. Atuou como enfermeira executora e vice-presidente na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Foi coordenadora da Comissão Organizadora de Curativos, e supervisora da Comissão de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde. É professora do Curso Técnico em Enfermagem e Coordenadora de Projetos em Enfermagem na Unidade de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza. É membro associada da Associação de Aprendizagem Baseada em Problemas e Metodologias Ativas de Aprendizagem (PANPBL). Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memórias e Histórias da Educação Profissional (GEPEMHEP) e Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração de Saúde e Gerenciamento de Enfermagem (GEPAG).

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Comissão Científica JENNY DEL CARMEN ARCENTALES HERRERA Atualmente é enfermeira - Consorcio Intermunicipal do Vale do Ribeira CONSAÚDE. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Urgência / Emergência e Terapia Intensiva, atuando principalmente nos seguintes temas: urgência/ emergência, suporte avançado de vida, Assistência de enfermagem em Terapia Intensiva Adulto e Segurança do Paciente.

MARIANA FELIPE BULLARA VALERIANO Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Cidade de São Paulo (2003). Atualmente é enfermeira docente - Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência SP. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em urgência e emergência. Especialização em Docência em enfermagem no ensino técnico e superior (2014); Especialização em Saúde da Família pela Universidade Gama Filho - (2012); MBA em Administração Hospitalar (2012); Enfermagem em Unidades Críticas/ Estágio Ospedale G.B. Grassi di Ostia - Roma – Itália (2008); Gerenciamento e liderança pelo FATOR RH (2005); Especialização em Unidade de Terapia Intensiva pelo Hospital do Câncer (2004).

PAULA MARIA CORRÊA DE GOUVEIA ARAUJO Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Cidade de São Paulo (2002); Especialização em Enfermagem Hospitalar à Criança e ao adolescente (2003); Especialização em Gestão e Auditoria de Enfermagem (2007). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP (2017). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Educação Continuada (Controle e movimentação de pessoal, seleção de pessoal (elaboração e correção de provas técnicas, dinâmicas de grupo, entrevistas), treinamento admissional, acompanhamento nas avaliações de experiência e desempenho, participação na descrição de cargos, controle e assessoria nos treinamentos (solicitação, planejamento, avaliação), membro

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das comissões: Núcleo de segurança do paciente, resíduos, humanização, CCIH e organização da semana de enfermagem. Participação como Avaliadora do Programa CQH (desde 2013) - trabalho voluntário. Participação no Grupo de Estudo e Pesquisa em Avaliação dos Serviços de Saúde e Enfermagem (GEPAV - SE) vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem/UNIFESP (desde 2013).

TALITA PAVARINI BORGES DE SOUZA Doutoranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP/2015). Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP/2013). Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP/2010). Membro da Sociedade Brasileira para o estudo da Dor. Integrante do Grupo de Pesquisa em Práticas Alternativas e Complementares em Saúde da EEUSP. Docente da Escola de Enfermagem São Joaquim no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e Enfermeira do Trabalho na Prefeitura de Carapicuíba. Áreas de atuação: Pesquisa em saúde, Dor, Saúde do trabalhador, Massagem e Auriculoterapia.

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Autores colaboradores ADRIANA FIGUEIREDO MONTELEONE Graduada em Enfermagem pela UNIFESP, Pós-graduação em Obstetrícia pela FAMERP. Já atuou como professora no Serviço Nacional de Aprendizagem comercial (SENAC). Atualmente, atua como docente nas disciplinas Assistência à Saúde da mulher e da criança, Gestão, Comunicação e Biossegurança nos Serviços de Urgência e Emergência, Supervisora de estágio em U.E. na Etec Elias Nechar. Interessa-se por Imunologia e Genética.

ANA CRISTINA COSTA DE CASTRO Graduada em Enfermagem – Universidade TUIUTI – PR - 2003. Especialização em Urgência e Emergência Faculdade Cescage Ponta Grossa - PR-2005. Docência do Ensino Médio, Técnico e Superior em Enfermagem – Faculdade de Pinhais – 2009. Licenciatura – Formação Pedagógica para Educação Profissional de Ensino Médio/Técnico – CETEC/SP 2014. Mestre em Terapia Intensiva – SOBRAT/ 2015. Atualmente é docente no curso de enfermagem da ETEC Prof. Dr. José Dagnoni.

ANA PAULA MORGUETTI CAMARGO Graduada em Enfermagem pela Universidade de Marília; Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho pela UNIBEM. Atuou como enfermeira assistencial na Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo. Atualmente é docente de enfermagem na Etec Orlando Quagliato. ANDREA PAULA PITTA Formação Pedagógica (2018) pelo Centro Paula Souza; Especialista em Acupuntura (2012) pela LIBERTAS – Faculdades Integradas; Especialista em Formação de Docentes para o Ensino Profissional em Enfermagem (2009) pela Faculdade de Educação São Luís; Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (2008) pela Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos; Graduada em Enfermagem (2004) pela

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Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos; Graduada em Direito (1996) pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Professora do curso de Técnico de Enfermagem do Etec Parque da Juventude desde 2008. Enfermeira da Prefeitura de São Paulo desde 2010.

ANNE GABRIELE MARTHA LEATI Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Jales (2011). Licenciatura com ênfase em Educação Profissional de Nível Médio, pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (2016). Pós-graduanda em Formação Pedagógica para a Educação Profissional e Tecnológicas, pelo Instituto Federal de Santa Catarina (2017-2018). Atualmente é professor titular do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Educação Ensino Técnico.

CAMILA MARIA BUSO WEILLER VIOTTO Possui Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Mestre em Bioengenharia pela Universidade Camilo Castelo Branco, Especialização em Enfermagem em Cardiologia pela InCor-SP e Especialização em Formação Docente em Educação Profissional Técnica na Área da Saúde. Atua como Professora Universitária Titular da Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul e Professora/Coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem da Etec Dr. José Luiz Viana Coutinho, em Jales. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Cardiologia, tendo trabalhado no Instituto do Coração, em São Paulo.

CLAUDIA LUCIA DE LIMA Graduada em Enfermagem e Obstetrícia (2000). Especialista em: SAÚDE PÚBLICA (2001); DOCÊNCIA e PESQUISA para a EDUCAÇÃO na ÁREA da SAÚDE (2009). Licenciada em Enfermagem (2010) e Mestre em Ciências Ambientais (2013). Atualmente é Coordenadora de Projetos Pedagógico no Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) da região de São José do Rio Preto e docente na graduação do

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curso de enfermagem na Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul; ainda possui experiência na área de Enfermagem hospitalar e de Saúde Pública.

CÍNTIA PINHEIRO BROGGIO BENICASA Bacharel em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho - Uninove. Especialista lato sensu em centro cirúrgico e central de materiais pelo Centro Universitário Braz Cubas Mogi das Cruzes - SP. Especialista lato sensu em Docência no ensino médio, técnico e superior na área da Saúde pela Faculdade de Pinhais - Fapi. Professora no Curso Técnico de Enfermagem no Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza - Escola Técnica Estadual de Suzano/SP. Experiência como Professora de Biologia na Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Experiência como Supervisora de Estágio no Curso Técnico de Enfermagem - Centro de Estudos e Saúde Lopes, Suzano/SP. CYNTHIA MARIA SANTOS SOARES Enfermeira Graduada pela Escola Paulista de Medicina, com Especialização em Saúde Pública e Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Escola Paulista de Medicina, com Licenciatura pela PUC de São Paulo. Atualmente é docente de enfermagem na Etec "Jacinto Ferreira de Sá".

DENISE CRISTINA FUMIS Possui Graduação em Enfermagem pela Faculdade da Alta Paulista (2009), Licenciatura Plena em Enfermagem - FATEC - Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente (2012) Especialização em Enfermagem na área de Unidade de Terapia Intensiva - UNOESTE Universidade do Oeste Paulista (2014), Especialização em Enfermagem do Trabalho UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista (2016) Atualmente é docente e supervisora de estágios no Centro Paula Souza nas Etecs Prof. Milton Gazzetti, Prof. Massuyuki Kawano e Prof. Eudécio Luiz Vicente no curso Técnico de Enfermagem e Técnico em Segurança do Trabalho.

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ELISETE TROVAO DE SÁ Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto(1979), especialização em Especialização em Saúde da Família pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto(2003), especialização em Especialização em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto(1991), especialização em Especialização em Gestão Sanitária pela Faculdade de Saúde Pública(2001), mestrado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo(2006), aperfeiçoamento em APERFEIÇOAMENTO EM RELAÇÕES ETNICO-RACIAIS pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2010) e aperfeiçoamento em FACILITADORES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE pelo Fundação Oswaldo Cruz(2006). Atualmente é Diretora da Prefeitura Municipal de Matão e professor do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Tem experiência na área de Enfermagem. Atuando principalmente nos seguintes temas: atendimento. FABIANO FERNANDES DE OLIVEIRA Possui Graduação em Enfermagem - Centro Universitário Teresa D'Ávila - UNIFATEA, com Especialização em Enfermagem em Cuidados Pré-Natal pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, em Docência para o Ensino Técnico e Superior em Enfermagem pela Faculdade de Carapicuíba - FALC, em Enfermagem do Trabalho pela FETREMIS, Licenciado em Pedagogia com Habilitação em Gestão Escolar pela Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro - FACIC e possui M.B.A. em Gestão de Pessoas pela FACIC. Atualmente é docente na Escola Superior de Cruzeiro - ESC no curso de Graduação em Enfermagem como titular nas disciplinas de Semiologia I e II, Intervenções de Enfermagem I e II, Praticas Assistenciais I, II e III (Estágio Supervisionado); Professor no curso Técnico de Enfermagem do Centro Paula Souza - CPS, Leciona como professor convidado nos cursos de Especialização Latu Senso nas áreas de saúde e educação do Instituto Educacional do Vale do Paraíba - IEVAP. É Aluno Especial no Programa de Mestrado Profissional na Atenção Primária no Sistema Único de Saúde - MPAPS na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EEUSP. Pesquisador na área de Ensino em Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem Assistencial com

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ênfase no Atendimento Domiciliar/ Home Care, Saúde do Trabalhador, Educação em Enfermagem e Saúde e Segurança do Trabalho. GIOVANA CRISTINA SERRA D´AMICO Graduada em Enfermagem - Faculdades Integradas de Jaú - Fundação Educacional "Dr. Raul Bauab" - Jahu (2000). Especializada em Centro Cirúrgico, Centro de Materiais e Sala de Recuperação Pós-Anestésica - "Universidade do Sagrado Coração" - Bauru (2006), Especializada em Formação de Docentes para o Ensino Profissional em Enfermagem "Faculdade de Educação São Luís" - Jaboticabal (2010), Pós Graduada Lato Sensu em Enfermagem em Ginecologia e Obstetrícia - "Associação Educacional do Vale do ItajaíMirim" - Brusque (2012), Licenciada em Pedagogia pela FALC - Faculdade da Aldeia de Carapicuíba - Polo Bariri – SP (2016) e Mestre em Pesquisa Clínica - Universidade Estadual Paulista, Júlio de Mesquita Filho, UNESP - Campus de Botucatu (2018). Atuou na área de Enfermagem (1997-2008) e Educação Técnica com ênfase em Enfermagem (2001-atual). Docente do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza em Curso Técnico em Enfermagem (2008-atual).

IRACILDA SANTOS Bacharel em Enfermagem e Licenciado, especialização em Educação e Saúde da Família. É professor no Curso Técnico em Enfermagem da Etec Francisco Garcia e funcionário Municipal desenvolve atividades no Núcleo de Educação Permanente e Vigilância Sanitária.

ISABEL APARECIDA CANGEMI GREGORUTTI Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar; Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-SP) Departamento de Enfermagem; Terapeuta Corporal Neo Reichiana pelo Instituto Lúmen, Ribeirão Preto; Professora ETEC DR Júlio Cardoso, Centro Paula Souza, Franca, São Paulo.

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ISABEL CRISTINA DA SILVA DIAS Graduada em Enfermagem pela Alfenas, em 1996. Licenciada no Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes para disciplinas do currículo da Educação Profissional de Ensino Médio pela UNIMEP, em 2004. Especializada em Enfermagem Centro Cirúrgico, pela UNIMEP, em 2005, e em Urgência e Emergência em Saúde, pela Faculdade Integrada Espírita, em 2016. É mestre em Terapia Intensiva, pela IBRATI, em 2017. Atualmente é docente no curso de enfermagem da Etec Prof. Dr. José Dagnoni.

JOYCE CRISTINA LEITE SANTOS TEIXEIRA Graduada em Enfermagem pela Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos. Licenciada pelo Centro Paula Souza de São Paulo e Especialista em Saúde Ocupacional pela Universidade Nove de Julho. Tem experiência com adolescentes em grupos educativos comunitários, na saúde do adulto e idoso. Atualmente é professora no Curso Técnico em Enfermagem da Etec de Suzano.

JUCARA RODRIGUES JORGE FONTANA BASTOS Graduada em Enfermagem pela UniFAJ, Especialista em Saúde da Família pela UNIBEMSC e Licenciatura Plena pela CEETEPS. Já atuei como supervisora de uma Unidade Móvel da Unimed Amparo, Hospital Santa Casa Anna Cintra, Beneficência Portuguesa de Amparo, docente da Escola Técnica Alfa, Etec João Maria Stevanatto e Etec Pedro Ferreira Alves. Atualmente, atuo nas disciplinas de Semiotécnica, Clínica Cirúrgica, Saúde da Mulher, Saúde Coletiva e Relações Humanas na Etec João Belarmino em Amparo.

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KARINE BIANCO DA CRUZ Possui graduação em Enfermagem pela Fundação Educacional de Fernandópolis (2012). Cursando Pós-graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência e Pós-graduação em Docência em Enfermagem. Trabalhou como Agente Comunitária de Saúde na Prefeitura Municipal de Três Fronteiras de 2010 a 2013. Trabalhou como Enfermeira nem UBSF na Prefeitura Municipal de Fernandópolis de 01/2016 a 08/2016. Trabalhou com Enfermeira na Santa Casa de Urânia de 08/2016 a 09/2017. Atualmente é Enfermeira na UPA - Unidade de Pronto Atendimento de Jales-SP (desde 01/2014) e Professora do Curso Técnico em Enfermagem na ETEC Dr José Luiz Viana Coutinho de Jales-SP. Ministra aulas teóricas e práticas com ênfase em Urgência e Emergência.

LEIDEPAULA DA ROCHA BELON Possui graduação em Enfermagem pela Fundação Educacional de Fernandópolis (2004). Atualmente é enfermeira da Prefeitura Municipal de Jales e professor de ensino médio e técnico - ETEC Dr. José Luiz Viana Coutinho. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem.

LIGIA DE SOUZA PICHININ Graduada em Enfermagem pela Universidade de Marília; Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho pela UNIBEM; Pós-Graduação em Gestão Escolar pelo Centro Universitário Barão de Mauá; Pós-Graduação em Enfermagem em estética pela Nepuga. Atuou como enfermeira assistência na Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo. Atualmente é docente e coordenadora de curso de enfermagem na Etec Orlando Quagliato. MARIA NELSONITA DO NASCIMENTO AVIZ Graduação e Licenciatura em Enfermagem; Especialização em UTI; Pós-Graduação em Administração Hospitalar; Pós-Graduação em Gestão de Pessoas e Especialização em EJA. Tem experiência como enfermeira assistencial. Atualmente é docente na Etec Prof. Dr. José Dagnoni.

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MARIA RITA EVANGELISTA VICENTE Graduada em Enfermagem pela Universidade São Camilo, Especialista em Centro Cirúrgico e Central de Material pela Universidade Federal de São Paulo e Licenciada pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS). Já atuou como enfermeira de Centro Cirúrgico no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas. Atualmente atua como professor no Curso Técnico em Enfermagem da Etec Parque da Juventude.

MARIANA MAGNI BUENO HONJOYA Mestranda em Educação (UNESP). Pós-Graduada em Formação Didático Pedagógico pela Faculdade Iguaçu (2017), pós-graduada em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Inspirar (2017), Pós-graduação em Enfermagem do Trabalho pela Faculdade Inspirar (2014), Enfermeira graduada pela Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos (2012). Graduanda em Pedagogia pela UniPiaget. Atua como professora no Ensino Técnico do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Principais áreas de atuação: Segurança

do

Trabalho,

Urgência

e

Emergência/

Unidades

Especializadas,

Feridas/Feridas Crônicas, Educação, Ensino Técnico, Educação Inclusiva. NICELIA DE MORAES VALENTIM Formada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade do Sagrado Coração-USCBauru/SP (1988). Pós-graduada em Saúde Pública e Administração HospitalarUniversidade de Rib Preto-UNAERP; Especialização em Enfermagem do Trabalho ENBRAP/FAESO-Ourinhos-SP (2006-2008). Licenciada pela FIOCRUZ/2003 Atualmente, docente na Etec-Ourinhos- Centro Paula Souza/SP (desde 1998 até data atual). Já atuou como Coordenadora Pedagógica (2010-2011); Coordenadora de Área/SaúdeEnfermagem e Responsável Técnica - RT. Já trabalhou na área Hospitalar- no setor de Pediatria- como Enfermeira responsável. Concursada em Saúde Pública, ERSA-46, assumiu cargo de Assist. Téc. Direção- atuando em saúde da Mulher e da Criança, em vacinação, treinamentos e na área de Vig. Sanitária. No momento, atua na área de educação com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Componentes que ministrou aula no ensino superior: História da Enfermagem, Ética e Legislação, Socorros e www.rebraensp.com.br

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Urgência, Sistematização do Cuidar-I, Saúde do Trabalhador, Fundamentos de Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente e tutoria em EAD. Docente no Curso Técnico: componentes: Semiotécnica, Desenvolvimento de TCC, Enfermagem em Clínica Méd. Cirúrgica, Enf. Saúde Coletiva, outras.

PRISCILA PEREIRA MARTINS Possui graduação em ENFERMAGEM pela Escola Superior de Educação Física da Alta Paulista - ESEFAP (2007), Especialização em andamento: Mídias na Educação pela Universidade Federal de São João Del-Rei/MG, é Especialista em Atenção Especializada e Integral às Urgências pela Faculdade Iguaçu - INDEP (2011) e contém especialização em Formação Didático-Pedagógica em Enfermagem pela Faculdade Iguaçu - INDEP (2011) é Licenciada em Enfermagem - Esquema I pela Faculdade de Tecnologia de Ourinhos - FATEC (2012). Atualmente é professora e coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza na Etec Monsenhor Antônio Magliano - Garça/SP.

REGINA MARIA BERTOLO ZUPIROLLI Graduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Campina, em 1982, e Pedagogia pela UNIP, em 2010. Especializada em Administração dos Serviços de Saúde pela UNAERP, em 1999, Enfermagem do Trabalho pelo Centro Universitário São Camilo, em 2000, e Psicopedagogia pela IESDE/UCB, em 2005. Atualmente é diretora de escola da Etec Prof. Eudécio Luiz Vicente, em Adamantina.

ROSA MARIA VITTO Bacharel em Enfermagem e Licenciado, especialização em Educação e Saúde da Família. É professor no Curso Técnico em Enfermagem da Etec Francisco Garcia e funcionário Municipal desenvolve atividades no Núcleo de Educação Permanente.

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ROSEMEIRE PERINOTTO Graduada em Enfermagem pela Uniararas, em 1993, Licenciatura Plena em Enfermagem pela Uniararas, em 1994. Possui Pós-Graduação em Enfermagem em Obstetrícia pela Uniararas, em 2002; Enfermagem em Saúde da Família, pela Unifesp, em 2013; Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Uniararas, em 2015. Atua como enfermeira assistencial na Prefeitura Municipal de Araras, desde 1995. É docente no curso técnico em enfermagem da Etec Prefeito Alberto Feres, desde 2000. ROSSANA APARECIDA FIORUSSI GUALTIERI Graduada em Enfermagem pela APEC Presidente Prudente, Especialização em Enfermagem Obstétrica pela FEA Araras, Pedagogia Administrativa pela Faculdades Integradas Osvaldo Cruz, Especialização em Educação Lúdica pela Faculdade Cruzeiro. É docente no curso Técnico em Enfermagem da Etec Dr. Eudécio Luiz Vicente em Adamantina e docente no curso de graduação em enfermagem da FAI em Adamantina. É autora do livro Somos Mamíferos.

RUTH DE SOUSA SOBREIRA Graduada em Enfermagem. Especialização em Enfermagem Geriátrica e Gerontológica e em Docência em Educação Profissional Técnica de Nível Médio e Educação Superior com Ênfase em Enfermagem

SHEILA MARIA BARATELA Graduação em Enfermagem, Especialização em Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, Pós-Graduações em Enfermagem em Terapia Intensiva, Especialização em Saúde Pública e em MBA em Gestão em Saúde e do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes para as Disciplinas do Currículo de Educação Profissional de Nível Médio. Presidente do 8º Encontro Paulista de Enfermagem em Nefrologia. Professora do Curso Técnico de Enfermagem e Coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem na Unidade de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza Etec João Belarmino de Amparo. Participa da Comissão de Evolução Funcional e da Comissão de

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Pontuação Docente da Unidade de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza. Graduanda em Engenharia Elétrica 2014-2019.

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Prefácio Após ministrar uma aula sobre os temas segurança do paciente e higienização das mãos, aos professores das ETECs do Centro Paula Souza, curso de enfermagem, ficou marcado o segundo encontro, para o dia dezessete de outubro de 2018, e ficou a tarefa para cada professor de realizar uma ação sobre o tema, no local em que trabalham, e realizar o relato de experiência do que foi feito. E assim ficou intitulado: Seminário Ações do Curso Técnico em Enfermagem na Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-REBRAENSP, para socialização dos projetos realizados em cada escola de enfermagem, por cada professor. Motivada a multiplicar os temas segurança do paciente e higienização das mãos com os professores das ETECs do Centro Paula Souza e como consequência toda ação realizada, o resultado culminou na publicação deste livro. Faço o convite ao leitor, a acompanhar os relatos de experiência, realizados pelos professores, alunos e sociedade de cada local, todos centrados no tema Higienização das Mãos. Parabenizo os professores, pelo desempenho e dedicação ao projeto Higienização das Mãos e a multiplicação da ação e a importância da realização da mesma.

Desejo uma boa leitura.

Renata Tavares Franco Rodrigues

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Apresentação Neste livro são apresentados os relatos de experiências de enfermeiros docentes, que ao desenvolver projetos centrados no tema Higienização das Mãos cooperaram para a implantação das diretrizes de Segurança do Paciente no currículo de nível médio em enfermagem das Etecs do Centro Paula Souza. Ao descrever suas vivências a respeito do planejamento de práticas docentes ampliaram a construção de uma cultura educacional, baseada na prática de ensino consciente e significativa, agregando os valores fundamentais para o exercício em Enfermagem. Reunindo essas vivências pretendemos afirmar a importância da prática docente responsável, demonstrando passos validados que visam o ensino significativo para a valorização da formação profissional de nível médio em enfermagem. Procuramos evidenciar a variedade de procedimentos didáticos pertinentes ao ensino das diretrizes de Segurança do Paciente sob uma perspectiva inovadora. Esperamos, ainda, exemplificar que o tema Higienização das Mãos comporta apropriações para a implantação das diretrizes de Segurança do Paciente no currículo de enfermagem, de maneira que transforma um conjunto de regras prescritas em um instrumento analítico para a descoberta de novos conhecimentos e comportamentos essenciais para a Enfermagem. Com isso, decorre a apresentação dos autores e os seus respectivos relatos dos modos de práticas docentes, pela vivência acadêmica e pelo esforço empregado ao desenvolver um projeto didático.

Adriana Figueiredo Monteleone descreve em seu trabalho as ações utilizadas em projeto de ação escolar, que por meio de atividades práticas interdisciplinares incentivou alunos da comunidade escolar a manter hábitos saudáveis, especificamente ao que diz respeito sobre a higienização das mãos. Por meio do planejamento de plano de aula, a prática docente configurou em uma avaliação das competências de alunos matriculados em curso técnico de enfermagem para averiguar a aplicação do processo de ensino relacionado à orientação em saúde à população em geral. O ponto de

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destaque está na técnica utilizada para orientar a comunidade escolar sobre a importância da higienização das mãos. Os alunos matriculados no curso de enfermagem desenvolveram a prática de educação em saúde por meio de técnicas lúdicas, que envolveram todos os membros da comunidade escolar. O trabalho finaliza afirmando que, [...] “é importante reconhecer que um olhar sobre as questões pedagógicas pode possibilitar transformações individuais e sociais, contribuindo assim para a formação de sujeitos éticos e cidadãos em busca constante de uma vida melhor”.

Ana Cristina Costa de Castro, em seu trabalho, enfatiza a adesão da higienização das mãos para atenção do bem coletivo, afirmando que sua falta é uma das maiores formas para transmissão de várias infecções. Assim, sua proposta de ensino foi inserir os alunos matriculados no curso técnico de enfermagem na prática de campo, a fim de vivenciar as experiências da prática de trabalho. Por meio de palestras e treinamentos, os alunos orientaram profissionais de enfermagem, pacientes e acompanhantes sobre a importância da higienização das mãos como meio de prevenção de transmissão de infecções. Essa prática foi utilizada como método de avaliação do processo de ensino dos alunos. Em seu relato destaca-se a observação feita por alunos, durante os treinamentos, que houve mais adesão e interesse por parte de pacientes e visitantes quando comparados aos profissionais de enfermagem.

Ana Paula Morguetti Camargo e Ligia de Souza Pichinin, as professoras iniciam seu trabalho indagando o leitor a respeito da prática de lavar as mãos para destacar a importância da lavagem das mãos, como prática de vida saudável. Para promover ação educativa incentivaram os alunos a planejarem e organizarem duas ações de orientação à comunidade em dois campos de observação, sendo a própria unidade escolar e uma empresa comercial da cidade. Suas estratégias foram de mobilizar os alunos matriculados no curso técnico de enfermagem a desenvolverem a competência de educação em saúde à população e para isso, orientaram os alunos desenvolverem palestras e treinamentos dinâmicos para fidelizar a prática de higienização das mãos.

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Andrea Paula Pitta e Maria Rita Evangelista Vicente abordam o desenvolvimento da prática didática alternativa, a fim de promover autonomia de aprendizagem dos alunos em sala de aula. Destacam que, práticas inovadoras permitem avaliar o processo de agregação de novos conhecimentos além de promover o trabalho em grupo, ressaltando a respeito da consciência de responsabilidade em equipe. Com a ideia inicial para o desenvolvimento do processo de ensino baseado na prevenção de doenças, as professoras organizaram estratégias de avaliação da aprendizagem em etapas de investigação, reflexão e intervenção da realidade observada. Destacam sobre a importância de escolher o método de ensino adequado, pois, o objetivo de ensinar é permitir que “o aluno perceba sua capacidade de autoaprendizagem e autonomia na aquisição de conhecimento” além de, alertar para “é essencial que os professores estejam abertos a essas novas práticas e se arrisquem em novas metodologias e práticas interdisciplinares”.

Anne Gabriele Martha Leati Carvalho apresenta o projeto “Higienização das mãos: a saúde agradece”, que é uma ação de alunos do curso técnico de enfermagem desenvolvida para conscientizar e mobilizar a comunidade escolar sobre a importância da higienização das mãos. A professora inicia seu relato privilegiando o espaço escolar como sendo um ambiente de aprendizagem e construção de novos conhecimentos, além de destacar a escola ser um local de afetividade, cuidado e convivência entre pessoas, assim, justifica a escola como um espaço de construção de valores fundamentais para as etapas formativas. É nessa reflexão que, a professora instiga os alunos de curso técnico a desenvolverem ações em saúde para ensinar hábitos de higiene na comunidade escolar, transformando realidades e fomentando pesquisas de vivências sociais. Foi possível concluir que o trabalho de informação com vistas à prevenção de doenças através de bons hábitos é extremamente pertinente, e, possivelmente, interfere em novas atitudes. Essa atividade mostrou que a participação ativa dos alunos é fundamental para o ensino-aprendizagem.

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Camila Maria Buso Weiller Viotto traz em seu trabalho a importância da prática docente para desenvolver projetos criativos e inovadores. Destaca que essas práticas intervêm para adesão de rotinas básicas e facilitam entendimento e compreensão a respeito de novos conhecimentos. Enfatiza que, a prática docente inovadora oportuniza aos alunos autonomia para buscarem e agregarem conceitos e habilidades necessários para sua formação profissional. Finaliza afirmando que, a utilização de metodologias diferenciadas propicia mecanismos de trabalho docente para o desenvolvimento do processo de aprendizagem, “de maneira que as formas de aprender não ficam engessadas e a condução de como fazer é definida pelos alunos, despertando autonomia para tomada de decisão, o senso crítico e sistematizando suas operações mentais”.

Claudia Lucia Lima, Suzana Márcia R. Santos, Rosimeire Paula Santos e Márcio Marques Ribeiro são professores do município de São José do Rio Preto, que coordenaram uma ação educativa na comunidade escolar a fim de destacar a importância sobre a higienização das mãos. Fomentaram uma campanha de conscientização para implantar o “processo educativo” de prevenção de doenças. Destacam ser um grande desafio transformar hábitos diários com o intuito de manter uma boa qualidade de vida. A ação educativa foi realizada no prédio da escola junto à comunidade escolar, com aproximadamente 400 participantes entre funcionários, alunos e docentes, envolvendo o período diurno e noturno. O treinamento para modelar a higienização das mãos ocorreu por meio de orientações desses alunos aos participantes, os quais utilizaram um quadro ilustrativo que explicitava a lavagem das mãos.

Cintia Pinheiro Broggio Benicasa e Joyce Cristina Leite Santos Teixeira apresentam projetos desenvolvidos em unidade de saúde e unidades de ensino infantil para enfatizar a importância sobre higienização das mãos. Destacam que, as ações educativas em comunidade são ambientes norteadores para a aquisição do conhecimento e da prática efetiva do profissional de enfermagem.

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Cynthia Maria Santos Soares apresenta em seu trabalho a estratégia de ensino infantil para promoção de hábitos de higienização das mãos, utilizando atividades lúdicas como, música, teatro e fantoches. A proposta de trabalhar com crianças surge da premissa que as mesmas sejam veículo de transmissão de mudanças na sociedade, a partir do momento que repassam aos pais e familiares a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças.

Denise Cristina Fumis destaca em seu trabalho a necessidade em conscientizar alunos de curso técnico de enfermagem sobre os hábitos e a importância da higienização das mãos. Por isso, organizou atividades reflexivas e práticas em laboratório para despertar novos comportamentos nos alunos de enfermagem. Alerta que, atividades práticas são mais eficazes e proporcionam mudanças de comportamentos efetivos e deve ser adotada por todos professores envolvidos na responsabilidade em formar novos profissionais de enfermagem.

Elisete Trovão de Sá inicia se projeto destacando que a higienização das mãos não é um conceito novo e precisa assumir comportamentos conscientes, para não causar danos desnecessários no trabalho diário de atenção à saúde. Com isso, destaca a importância em promover um ensino consciente a futuros profissionais de nível médio em enfermagem para cristalizar uma ação responsável.

Fabiano Fernandes de Oliveira traz para o nosso livro dois estudos desenvolvidos com alunos de curso técnico de enfermagem, que visam a promoção para novos hábitos de vida saudável começando pela higienização das mãos. O primeiro trata da utilização de uma das estratégias de incentivo e conscientização à higienização das mãos utilizada durante o ensino interdisciplinar para os alunos do curso técnico de enfermagem e ensino médio e o segundo são estratégias de ensino criativas para promover a agregação de comportamentos conscientes durante a formação profissional de nível médio em enfermagem.

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Giovana Cristina Serra D’Amico apresenta em seu trabalho destaca aspectos da atuação dos alunos do curso técnico em enfermagem na educação em saúde em escola infantil com surto da doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus e devido à incidência de muitos casos da doença em escola infantil de nosso município, mobilizados os alunos realizaram um projeto de higienização das mãos de forma lúdica com a utilização de recurso com a caracterização de roupas divertidas e a arte de palhaço para ensinar às crianças a correta higienização das mãos e enfatizando a importância da técnica correta. Conclui-se, portanto, que os conhecimentos dos alunos sobre a importância na atuação em educação para saúde e integração e desenvolvimento com o projeto contribuindo positivamente na adesão das crianças e mobilizando as para a aprenderem correta da higienização das mãos e assim consequentemente colaborando na prevenção de doenças.

Iracilda Santos e Rosa Maria Vitto iniciam o relato de seu trabalho com a definição de transporte intrahospitalar como a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde dentro de o ambiente hospitalar. Embora seja uma prática comum, o transporte intrahospitalar ainda é bastante temido pelos profissionais. O planejamento, a participação de profissionais qualificados e o uso de equipamentos adequados de monitorização são considerados essenciais para um transporte seguro, sendo fundamentais para a diminuição de intercorrências durante esse procedimento. Com isso, o trabalho tem por objetivo implementar a segurança o paciente e profissionais com a formação de técnicos em enfermagem com conhecimento e habilidades para um transporte intrahospitalar isento de danos e riscos.

Isabel Aparecida Cangemi Gregorutti destaca que a higienização das mãos é um procedimento básico e comprovadamente um meio eficaz e eficiente de prevenir e combater satisfatoriamente a transmissão de micro-organismos e a proliferação de infecções em todos os ambientes da nossa vida, objetivou-se neste estudo, avaliar a infraestrutura e a prática da higienização das mãos na Instituição que cuida de idosos

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na cidade de Franca, SP, sendo os profissionais da enfermagem e a estrutura do local os sujeitos e fontes de informação. Em consonância com as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, elaborou-se um projeto para a melhoria das práticas referentes à higienização das mãos em uma instituição que cuida de 170 idosos na cidade de Franca, SP. Participaram do projeto professora, alunos e alunas do curso Técnico em Enfermagem do Centro Paula Souza de Franca. Por meio da devolutiva dos participantes, foi possível notar total adesão da equipe de enfermagem durante a realização das atividades e verificou-se ainda que esta ação causou inicialmente um movimento bastante positivo em relação à equipe. Sendo assim, destaca-se como necessário estimular, incentivar e desenvolver a prática habitual de higienização das mãos e orienta-se a Educação Permanente e Continuada em Saúde como uma estratégia possível para viabilização de ações como esta, garantindo o início da mudança cultural dentro da Instituição de Longa Permanência.

Isabel Cristina da Silva Dias inicia o relato de seu trabalho docente, afirmando que o procedimento de Higienização de Mãos (HM) se apresenta como uma técnica de fácil realização, porém com pouca adesão entre os profissionais. Uma outra estratégia utilizada para a HM é a utilização de preparados como álcool gel a 70% quando a lavagem das mãos se torna uma técnica difícil de ser realizada. O objetivo do estudo foi identificar a importância da higienização das mãos na assistência de enfermagem. O método utilizado foi a revisão bibliográfica tradicional através de artigos compreendidos entre 2013 e 2018 e somente uma monografia do ano de 2010 por apresentar-se relevante à uma das indagações do estudo. Identificou-se que apesar da HM ser um procedimento de fácil realização ele não é muito praticado entre os profissionais. A técnica foi apontada como relevante na prevenção de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAs). Entre os fatores de não adesão identificou-se a classe médica, o sexo masculino e os técnicos de enfermagem. Foi apontado também que a utilização de álcool gel a 70% se apresenta como eficaz na HM, porém por vários fatores ele deve ser empregado somente como coadjuvante e não como substituto da higienização das mãos com água e sabão. Enfim, inferiu-se que apesar de ser muito importante na

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prevenção de IRAs, ela deve ser incentivada pelas instituições pois protege tanto pacientes como profissionais contribuindo inclusive para o controle de custos na assistência à saúde.

Juçara Rodrigues Jorge Fontana Bastos afirma que, com o intuito de disseminar as estratégias para a segurança do paciente, foi proposto aos enfermeiros docentes do Centro Paula Souza que, juntamente com os alunos desenvolvessem um projeto com o tema higienização das mãos. O objetivo concerniu em destacar a importância da higienização das mãos para evitar a propagação dos micro-organismos. Nesta proposta os alunos em estágio supervisionado do segundo ano do curso técnico em enfermagem realizaram uma atividade lúdica referente a correta higienização das mãos com os colaboradores do setor de clínica cirúrgica na instituição da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim. Entretanto pode-se observar que a adesão ao procedimento é insatisfatória sendo necessário difundir uma conscientização para a adequada higienização das mãos.

Karine Bianco da Cruz apresenta em seu trabalho sobre a higienização das mãos é um procedimento muito importante na prevenção de infecções causadas pela assistência à saúde. A fricção antisséptica das mãos é uma alternativa prática e de fácil aplicação para promover uma antissepsia segura quando as mãos não estiverem visivelmente sujas, utilizando álcool na forma líquida ou gel em uma concentração de 60 a 80%. Este é um estudo descritivo, na forma de relato de experiência sobre um projeto que foi realizado na Unidade de Pronto Atendimento do município de Jales-SP, com a participação de 15 alunos do curso Técnico em Enfermagem da ETEC Dr. José Luiz Viana Coutinho, após verificarem em estágios a ausência do álcool gel para higienização das mãos nesta UPA. Tem como objetivo buscar na literatura os benefícios do uso do álcool gel na higienização das mãos, implementar o uso do álcool gel 70% na UPA de Jales e promover uma conscientização dos colaboradores e clientes, que frequentam a unidade sobre a importância do uso do álcool gel na higienização das mãos. Foram adquiridos e disponibilizados na unidade frascos de álcool gel 70%, colocados em locais de fácil

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acesso e visualização, juntamente com cartazes explicativos sobre o procedimento de fricção antisséptica das mãos. Além de, orientações realizadas pelos alunos aos colaboradores e clientes, que comparecem a unidade, sobre a importância da higienização das mãos. Foi observada a utilização do álcool gel pelos colaboradores e clientes, mesmo sem orientações dos alunos, mostrando que há uma boa conscientização das pessoas sobre a higienização das mãos, mas a falta de produto pode prejudicar um trabalho de qualidade.

Leidepaula da Rocha Belon traz em seu trabalho a importância da higienização das mãos em unidade de serviço, principalmente, sua prática pela comunidade leiga durante a espera por atendimentos de saúde. Assim, com o intuito de conscientizar o público das salas de espera das Unidades de Saúde e os públicos das Unidades Escolares do Município de Jales sobre a importância da higienização das mãos para a prevenção e controle de doenças, o trabalho tem também o objetivo de orientar não só profissionais de saúde, mas também a população em geral para a importância da higienização das mãos.

Maria Nelsonita do Nascimento Aviz lança do desafio de rever mudanças de hábitos, no ensino e aprendizagem de forma correta sustentável, eficiente e eficaz na vida do ser humano. Atualmente é visível a preocupação das autoridades responsável pelos serviços de saúde em conscientizar a população e principalmente os trabalhadores da área da saúde na adesão desse processo de higienizarem as mãos antes e após qualquer procedimento e ou toque no cliente/paciente. Nota-se que a ausência do habito, de lavar as mãos, agrava a saúde pública do cidadão, aumentando as ocorrências de contaminação e infecção por negligencia desse hábito de higiene. As mãos são a primeira porta de entrada dos microrganismos. Se atendo ao fato de que lavar as mãos é um ato que se pratica desde a infância, seria de grande relevância que a técnica de conhecimento da área da saúde se expandisse para a educação básica, tornando-se um ato automático, sendo assim, colaborando com a prevenção de inúmeras ocorrências

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que acabam por acontecer, muitas vezes, por ausência de praticar a técnica de lavara as mãos, no dia-a-dia.

Mariana Magni Bueno Honjoya e Priscila Pereira Martins trazem em seu artigo o objetivo de trabalhar por meio das redes sociais a conscientização de pessoas a respeito da higienização das mãos, a fim de prevenir doenças e estabelecer hábitos de higiene saudáveis. Para a realização deste projeto, foi discutida com o grupo de estágio a proposta de criação de um projeto sobre higienização das mãos que atingisse o maior número de pessoas, com isso surgiu à ideia de se criar um vídeo para postar nas redes sociais sobre a importância do mesmo.

Nicélia de Moraes Valentim afirma que, Professores de enfermagem, dispostos a desenvolver metodologias diferenciadas na promoção à saúde corresponderam positivamente à da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do PacienteREBRAENSP, que convidando professores da Escola Técnica do Centro Paula Souza-CPS, para fortalecimento do movimento em favor da “Segurança do Paciente”, sendo entrelaçada com outras instituições comprometidas com desenvolvimento de políticas públicas e práticas seguras na assistência ao paciente, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), há anos desenvolvem projetos nessa linha, como “Aliança mundial para a segurança do paciente”, que data de 2004. Nesse fluxo dinâmico, alunos da Escola Técnica, Jacinto Ferreira de SáOurinhos-ETEC, realizaram projeto, cujo objetivo foi a busca de embasamento teórico sobre higienização das mãos, infecção cruzada, surtos virais e com utilização de metodologia lúdica, realizassem a educação em saúde, no mês de maio/2018, sublinhando que dia 05 de Maio, foi instituído “Dia mundial da Higienização das Mãos,“ pela OMS, sendo propício para este projeto, o qual iniciamos em abril, encerrando em maio e cumprimos nosso objetivo de modo muito satisfatório da educação em saúde. Reforçamos que a higienização das mãos é o método mais simples e importante na prevenção de viroses gastrintestinais e respiratórias como a gripe H¹N¹, qual ceifa vidas frente a graves surtos, que por vezes, atingem territórios e nações.

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Regina Maria Bértolo Zupirolli a firma que, na ETEC Prof. Eudécio Luiz Vicente de Adamantina, a diretora é da área da saúde e apresenta uma preocupação em oferecer condições de infraestrutura na cozinha para incentivar a realização da higienização das mãos dos merendeiros ao preparar e manipular os alimentos. Atualmente com 855 alunos matriculados distribuídos entre os três períodos de funcionamento. A ETEC mantém a merenda escolar distribuída aos alunos nos intervalos das aulas, mantida através da Prefeitura Municipal e com a responsabilidade técnica da Nutricionista da merenda Escolar, que proporciona os treinamentos aos merendeiros, cardápios e orienta a equipe gestora da escola quanto as organizações dos ambientes de preparo, manipulação, confecção e distribuição dos alimentos. Os objetivos do trabalho é para demonstrar e garantir as necessidades de higienização das mãos dos merendeiros ao manipular a merenda escolar através de condições de melhoria na Infraestrutura da cozinha entre elas: Oferecer condições físicas aos merendeiros para a realização da higienização das mãos antes, durante e a pós a manipulação dos alimentos e conscientizar os merendeiros da importância da higienização das mãos ao manipular os alimentos.

Rosemeire Perinotto traz em seu trabalho, O risco de infecções adquiridas através do consumo de alimentos sem a higienização das mãos é muito alto devido a presença de microrganismos nas mãos, portanto este estudo tem como objetivo da conscientização da importância da higienização das mãos antes do consumo dos alimentos, sendo que foi realizado busca bibliográfica na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo, com referencial bibliográfico para execução de pesquisa de campo aplicada aos alunos dos cursos técnicos do período Noturno da ETEC Prefeito Alberto Feres- Araras, onde 200 alunos se dispuseram a participar. Conclui-se que deve haver adaptação ambiental dos refeitórios propiciando meios da higienização das mãos e trabalho continuo de conscientização nas escolas.

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Rossana Aparecida Fiorussi Gualtieri afirma que, escola Professor Eudécio Luiz Vicente da cidade de Adamantina, integrante da rede Etec – escola técnica do estado de São Paulo, nos últimos dez anos é escola única na formação de técnicos de enfermagem na microrregião de Adamantina, que engloba 8 cidades, portanto é a maior fornecedora de novos profissionais que integrarão a assistência de saúde às diversas unidades de atendimento. Engajados e comprometidos com a qualidade desses profissionais e principalmente na qualidade educacional, constantemente busca realizar com seus alunos e ex alunos atualizações, comprometimento e avaliações deste cuidado. Abraçando a ações efetivas de prevenção e controle prestados pelo serviço de saúde encontramos as infecções relacionadas a essa assistência, que ameaçam constantemente os pacientes e os profissionais, a qual sabemos que podem acarretar danos, sofrimento e gastos desnecessários para o sistema de saúde. Ainda podemos somar a esses danos, processos judiciais se essa assistência for negligenciada quando prestada.

Ruth de Sousa Sobreira traz em seu projeto justificativas para promover a percepção do aluno do curso técnico em enfermagem na importância da higienização das mãos; demonstrar a técnica e a importância da higienização das mãos para crianças e adolescente, alunos da rede pública do ensino de São Paulo; fazer com que os alunos do curso técnico em enfermagem continuem reflexivos sobre a importância e a necessidade da higienização das mãos para evitar agravos e transmissão de doenças no ambiente escolar.

Sheila Maria Baratela justifica a execução de trabalho a partir da capacitação “As ações do Curso Técnico em Enfermagem na REBRAENSP: Estratégias para Segurança do Paciente” promovida pelo Centro Paula Souza foi proposto aos professores que mobilizássemos os alunos para a realização de um projeto que transcendesse o ambiente escolar, afim de orientar a adequada higienização das mãos. Os alunos tomaram decisões que contribuíram para este projeto, que teve como objeto principal de orientar e mobilizar os participantes da II Feira das Profissões da Etec João Belarmino

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quanto a mudança no hábito diário de lavagem das mãos e a inclusão adequada das técnicas preconizada pela Anvisa tornando-a parte do cotidiano, aplicando assim, a prática segura da higienização das mãos, levando-a para suas residências e para as empresas que trabalham. A justificativa baseia-se na precária higienização das mãos realizada todos os dias pela maior parte da população e, isto, constatou-se durante a realização do projeto. Tendo em vista que, a adequada higienização das mãos evita várias doenças, tais como, Hepatite A, Gripes, conjuntivites entre outras, dá-se aí a importância da higienização correta das mãos. Os alunos preparam os materiais necessários e elaboraram toda a metodologia para que pudessem orientar as pessoas de forma rápida e simples através da demonstração das “mãos sujas” e das “mãos limpas”. A motivação e o entusiasmo dos alunos foram determinantes para a realização deste projeto, pois ao serem incentivados pelo professor desempenham papéis que são fundamentais para o ensino-aprendizagem que compõe toda a estrutura do projeto.

Shirley da Rocha Afonso

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 39 CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DE LAVAR AS MÃOS CORRETAMENTE: UM ESTUDO DE CASO .................................................. 43 ADRIANA FIGUEIREDO MONTELEONE..................................................... 43 RELATO DE EXPERIÊNCIA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, “A PRÁTICA SOB O OLHAR DA ENFERMAGEM” ...................................................................... 54 ANA CRISTINA COSTA DE CASTRO ......................................................... 54 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E PREVENÇÃO PARA TODOS ....................... 60 ANA PAULA MORGUETTI CAMARGO ........................................................ 60 LIGIA DE SOUZA PICHININ......................................................................... 60 A DIFICULDADE DA ENFERMAGEM NO USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ...................................................................... 66 ANDREA PAULA PITTA ............................................................................... 66 MARIA RITA EVANGELISTA VICENTE ....................................................... 66 CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTANCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO COTIDIANO DA ESCOLA ......................................................................... 72 ANNE GABRIELE MARTHA LEATI CARVALHO ......................................... 72 PRATICANDO PARÓDIA NA ENFERMAGEM ............................................... 78 CAMILA MARIA BUSO WEILLER VIOTTO .................................................. 78 TREINAMENTO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 84 CLÁUDIA LUCIA LIMA ................................................................................. 84 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: DA TEORIA À PRÁTICA. ................................ 89 CINTIA PINHEIRO BROGGIO BENICASA................................................... 89 JOYCE CRISTINA LEITE SANTOS TEIXEIRA ............................................ 89 ENSINO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA CRIANÇAS ATRAVÉS DE ATIVIDADES LÚDICAS ................................................................................... 94 CYNTHIA MARIA SANTOS SOARES .......................................................... 94 SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ........................ 99 PROJETO - Aqui não Infecção! já lavei as MÃOS ....................................... 99 DENISE CRISTINA FUMIS........................................................................... 99 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS - UMA AÇÃO CONSCIENTE .......................... 107 ELISETE TROVAO DE SA ......................................................................... 107

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TRABALHANDO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E A EDUCAÇÃO E SAÚDE NO ENSINO MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................ 115 FABIANO FERNANDES DE OLIVEIRA ..................................................... 115 UTILIZAÇÃO DE MÍDIAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 122 FABIANO FERNANDES DE OLIVEIRA ..................................................... 122 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................ 129 GIOVANA CRISTINA SERRA D’AMICO .................................................... 129 EDUCAÇÃO PERMANENTE E CONTINUADA EM SAÚDE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA ............................................... 141 ISABEL APARECIDA CANGEMI GREGORUTTI ....................................... 141 IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA ENFERMAGEM ........ 147 ISABEL CRISTINA DA SILVA DIAS ........................................................... 147 RELATO DE EXPERIÊNCIA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PARA UMA VIDA MAIS LIMPA E SEGURA............................................................................... 154 JUÇARA RODRIGUES JORGE FONTANA BASTOS ................................ 154 CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO USO DO ÁLCOOL GEL EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO ............................................ 158 KARINE BIANCO DA CRUZ ....................................................................... 158 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: CONSCIENTIZANDO EM SALA DE ESPERA ........................................................................................ 165 LEIDEPAULA DA ROCHA BELON ............................................................. 165 MUDANÇAS DE PARADIGMAS, REFLEXÃO NA IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ......................................................................... 172 MARIA NELSONITA DO NASCIMENTO AVIZ ........................................... 172 POR QUE HIGIENIZAR AS MÃOS? ............................................................. 179 MARIANA MAGNI BUENO HONJOYA ....................................................... 179 PRISCILA PEREIRA MARTINS .................................................................. 179 RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCANDO PARA SAÚDE, MÃOS LIMPAS SÃO MAIS SEGURAS ................................................................................... 182 NICÉLIA DE MORAES VALENTIM ............................................................ 182 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, UMA QUESTÃO DE INFRAESTRURA*. ....... 188 REGINA MARIA BÉRTOLO ZUPIROLLI .................................................... 188 CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS PARA ALUNOS DOS CURSOS TÉCNICOS DO PERÍODO NOTURNO DA ETEC PREFEITO ALBERTO FERES ............................................................ 195 ROSEMEIRE PERINOTTO ........................................................................ 195

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LAVAGEM DAS MÃOS UM COMPROMETIMENTO EDUCACIONAL QUE REFLETE NA SAÚDE ................................................................................... 201 ROSSANA APARECIDA FIORUSSI GUALTIERI ....................................... 201 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO COM HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PELO ALUNO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM SOB ORIENTAÇÃO DO ENFERMEIRO/DOCENTE, NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM .......................................................................................... 207 RUTH DE SOUSA SOBREIRA ................................................................... 207 RELATO DE EXPERIÊNCIA: O PAPEL DO ALUNO DO 1º MÓDULO DO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DA ETEC JOÃO BELARMINO NA MOBILIZAÇÃO PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ................................ 215 SHEILA MARIA BARATELA ....................................................................... 215

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"Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhi o branco porque quero transmitir paz. Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber. Escolhi ser Enfermeira porque Amo e respeito à vida!!!

A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes, poder-se-ia dizer, a mais bela das artes..."

Florence Nightingale – Notas sobre Enfermagem, 1859.

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INTRODUÇÃO

RENATA TAVARES FRANCO RODRIGUES

Em março de 2018, fui convidada a dar uma aula, para os professores das ETECs do Centro Paula Souza, curso técnico de enfermagem, foi uma troca de experiências sobre práticas realizadas nos cursos de auxiliar e técnico de enfermagem, sobre segurança do paciente e mais especificamente, o tema higienização das mãos e assim ocorreu o primeiro encontro para socialização de informações. Como consequência desta aula, ficou a tarefa para cada professor, realizar com os alunos, uma ação no local em que trabalham, sobre o tema higienização das mãos e realizar o relato de experiência, no formato artigo ou pôster ou apresentação oral, sobre o trabalho realizado. E assim, ficou marcado o segundo encontro para socialização das informações, para o dia dezessete de outubro de 2018, intitulado: Seminário Ações do Curso Técnico em Enfermagem na Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-REBRAENSP, para socialização dos projetos realizados em cada escola de enfermagem, por cada professor, com palestras sobre o tema no período da manhã e no período da tarde, apresentação de cada experiência realizada, em cada local no formato pôster e apresentação oral, com debates entre professores e profissionais da área da enfermagem e para isso, foram convidadas enfermeiras docentes para auxiliar e conduzir o debate.

E qual a importância do tema?

A higienização das mãos é uma ação relativamente simples e eficaz para diminuir as taxas de infecção nos serviços de saúde. A Organização Mundial da Saúde1, lançou O Primeiro Desafio Global para a Segurança do Paciente 2005–2006, intitulado: “Clean

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Care is Safer Care” - Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Segura, focou ações na melhoria nas práticas de higienização das mãos na assistência a saúde, ajudando a implantar intervenções bem-sucedidas. Ao estudar o tema segurança do paciente e observar na prática o que é realizado, notase muita divergência e quando falamos em higienização das mãos, não é diferente. Após fazer parte do Núcleo Metropolitano São Paulo - NUMESP da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente da REBRAENSP, me candidatei à coordenadora do grupo: ensino técnico e pesquisa, pertencente ao Polo São Paulo da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP e com isso, comecei a trabalhar o tema segurança do paciente e higienização das mãos, com os alunos da escola em que leciono. Desde o início passava o tema para os alunos, oferecia materiais e deixava eles bem a vontade para trabalhar o tema e as atividades tinham resultados sensacionais, todas as atividades que irei relatar, foram acompanhadas por professores. Certa vez, os alunos estudaram o assunto higienização das mão, realizaram os cinco momentos da higienização das mãos com tinta guache, para ver se realmente contemplaram cada local ou deixaram algum local sem tinta e refizeram com mais atenção, fizeram fantasias de bactéria e álcool gel, vestiram e andamos por um hospital, localizado na capital de São Paulo, os alunos aplicaram verbalmente, questões relacionadas ao tema para profissionais da saúde, funcionários administrativos, pacientes e acompanhantes e caso acertassem a resposta, ganhavam frasco de álcool gel. Em outra atividade, os alunos tiveram que realizar a tarefa na Avenida Paulista, no vão do MASP e fizeram a atividade com os transeuntes. Os alunos tiveram mais uma vez que estudar o tema, se apropriaram e explicaram a importância da higienização das mãos, os momentos em que deve ser realizada.

E qual a consequência de todo este trabalho com os alunos?

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Notei uma enorme diferença na percepção dos alunos, principalmente ao ir para campo de estágio, como levaram a sério a questão higienização das mãos, faziam a higienização nos momentos corretos e de forma preconizada e também orientavam e chamavam a atenção dos profissionais que não faziam, orientavam pacientes e acompanhantes e tudo isso por vontade própria, não houve solicitação por parte do professor. Uma outra atividade, foi solicitada aos alunos, para realizarem uma música também com o tema higienização das mãos e então, realizaram uma paródia da música “Despacitos”, que ficou sensacional, inseriram tanto a técnica como os momentos de higienização das mãos. Foi notório como entenderam a importância da ação e não faziam mais por obrigação ou por que o professor estava vendo ou cobrando e após o estágio, relatavam que viam profissionais que não higienizavam as mãos, deram inúmeras ideias para realçar o dispenser de álcool gel que fica na parede, realmente incorporaram o hábito e a importância da higienização das mãos e tornaram-se multiplicadores de tal informação. E toda essa experiência positiva realizada com os alunos, após fazer parte da NUMESPREBRAEANSP, me motivou a multiplicar tal ação com os professores das ETECs do Centro Paula Souza e o resultado culminou na publicação deste livro, faço o convite ao leitor, a realizar a leitura e acompanhar os relatos de experiência realizados em cada local, projetos desenvolvidos, centrados no tema Higienização das Mãos. Gostaria de parabenizar cada professor, aluno e aos que participaram de cada ação, pelo desempenho e dedicação ao projeto Higienização das Mãos e a multiplicação da ação e a importância da realização da mesma.

Boa leitura.

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Referência

1.Organização Mundial de Saúde [Internet]. Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos na assistência à saúde (versão preliminar avançada): resumo; [cited 20018 Set 20]; Availablefrom:https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=dow nload&category_slug=seguranca-do-paciente-970&alias=454-diretrizes-as-oms-sobrehigienizacao-das-maos-na-assistencia-a-saude-4&Itemid=965.

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CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DE LAVAR AS MÃOS CORRETAMENTE: UM ESTUDO DE CASO

ADRIANA FIGUEIREDO MONTELEONE1

Nas últimas cinco décadas, vem surgindo e ganhando força um movimento que discute a relação entre a Educação e diversas outras áreas: a fomentação política, a empregabilidade de técnicas escolares no ambiente de trabalho, as conscientizações ambiental e social, dentre outras várias intersecções. Neste trabalho, especificamente, interessa-nos a intersecção entre a Saúde e a Educação. Especificamente, o Centro de Controle e Prevenção para Doenças alterou, em 2002, o termo lavagem das mãos por higienização das mãos, a fim de garantir uma maior abrangência do procedimento, o qual não é conhecido por muitos dos alunos. Ainda acerca da relação entre a Saúde e a Educação, há uma série de questionamentos e de discordâncias. Todavia, surge, ainda assim, uma determinação: bons níveis de educação relacionam-se diretamente a uma população mais saudável assim como, uma população saudável tem maiores possibilidades de apoderar-se de conhecimentos da educação formal e informal. Este é o cenário no qual a escola tem representado um espaço importante para a interação entre a saúde e a educação, abrigando amplas possibilidades de iniciativas tais como: ações de diagnóstico clínico e/ou social estratégias de triagem e/ou encaminhamento aos serviços de saúde especializados ou de atenção básica; atividades de educação em saúde e promoção da saúde. Dentre essas várias iniciativas, optamos por uma que promova a reflexão sobre a correta higienização das mãos e os benefícios trazidos por essas ações. Com isso, em um segundo momento, as ações contribuirão para a melhoria das condições adequadas à realização do processo educacional que requer condições mínimas de saúde.

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Elias Nechar – Catanduva – E-mail para contato: dricamonteleone@hotmail.com. 1

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Trampuz e Widmer (2004) identificam que, no cenário latino-americano, marcado por desigualdades históricas, pensar na melhora dos indicadores sociais e de saúde é uma grande dificuldade. Especificamente, para a educação, os autores apontam para a universalização do acesso ao ensino fundamental persistindo, no entanto o baixo investimento dos governos. Isto resulta em condições inadequadas de trabalho e de salário para os professores o que impacta na possibilidade de construção de escolas de qualidade para todos. Este cenário acaba por dificultar práticas interdisciplinares. Assim, tentativas paliativas que contribuam para a melhoria das relações educacionais, tornando-as mais democráticas é o caminho para melhorar as práticas interdisciplinares e, como consequência, melhorar o trabalho da relação entre saúde e educação.

SAÚDE ESCOLAR

As concepções básicas, as quais subsidiam as ações de saúde como práticas pedagógicas, são baseadas tanto em técnicas específicas da área da saúde, como em concepções pedagógicas. Saviani (2004; 2005) delimita a noção de concepções pedagógicas como sendo as diferentes maneiras através das quais a educação é compreendida, teorizada e praticada. Para o autor, especialista na pedagogia da educação, há uma série de confrontos de modelos pedagógicos: (i) a tendência tecnicista, cujo enfoque é apenas produzir; (ii) a pedagogia histórico-crítica, na qual a prática social é o ponto de partida e de chegada da prática educativa. Ambas, para o autor, são pedagogias tradicionais, considerando a passividade do aprendiz. Saviani (2005), assim, defende uma concepção contra-hegemônica, por meio da qual o aluno, figurado como aprendiz, terá sua aprendizagem contextualizada, pensando-se, sempre, na realidade vivida pelo aprendiz.

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Para Schall e Struchiner (1995), o fenômeno educativo possui dimensões: a) humana: o relacionamento humano e o crescimento/desenvolvimento do indivíduo são pressupostos do processo pedagógico, portanto os elementos afetivos e cognitivos são inerentes a sua dinâmica; b) técnica: relacionado aos aspectos objetivos, mensuráveis e controláveis do processo, assim como o conjunto de conhecimentos sistematizados na forma de métodos, técnicas e recursos instrucionais; c) político-social: a educação é um processo situado num contexto cultural específico, com pessoas que ocupam posições bem definidas na estrutura social (CARVALHO, 2015, p. 1209).

Ainda hoje, há uma tendência nas escolas mais tradicionais em não assumir os papéis sociais dela. Significa dizer que, se por um lado há a necessidade de que as escolas sejam mais engajadas com outras áreas, há, por outro, uma tendência a não a sentir responsável. Especificamente no pela prática da saúde, seria considerar a escola como responsável por fomentar essas práticas em seus espaços e fora deles, como apontam Tavares e Rocha (2006). Já na última década do século passado, Silva (1997) apontava para a necessidade de a escolar capacitar o cidadão para a vida saudável. Tavares e Rocha (2006) reforçam esse posicionamento, ao trazerem à baila a necessidade de estabelecer um espaço na escola, onde seja suscitado o debate para maior compreensão da relação entre saúde e seus determinantes mais gerais, possibilitando processos de aprendizagem permanente para os envolvidos. Assim, pensar a higienização das mãos vai ao encontro dessa tendência educacional. Claramente, não se trata do único mecanismo a ser trabalhado, mas, sim, de um dos mais importantes. Destacamos a escolha pelo trabalho com a higienização das mãos uma vez que já no século XIX, em 1847, despontava essa preocupação com o médico Ignaz Philipp Semmelweiss, um dos pioneiros em controle de infecção hospitalar. Como apontam Belela-Anaclet e colaboradores (2013), o médico descobriu que, antes de entrar em contato com os pacientes, era necessário lavar as mãos, com água e sabão e uma solução clorada. Esse procedimento, considerado uma necessidade secundária, levou a uma diminuição da morte das parturientes pela febre puerperal e comprovou que a higienização das mãos constitui como medida primária para a prevenção das infecções hospitalares.

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Contudo, a falta de adesão dos profissionais de saúde a essa prática acarreta necessidade de reformulação cultural, a fim de valorizar a segurança e a qualidade da assistência. Nesse sentido, Mota e colaboradores () apontam para a necessidade de cuidar da saúde das mãos e de sua própria higienização, a fim de diminuir os riscos de contaminações. Indo ao encontro do que já apontamos anteriormente, a reformulação da terminologia para higienização das mãos englobou procedimentos antes discretos, quais sejam: (i) a higienização simples, (ii) a higienização antisséptica, (iii) a fricção antisséptica e (iv)a antissepsia cirúrgica das mãos. A literatura tem apontado para o fato de que a relação entre os profissionais da saúde e da educação é falha, carecendo de melhoras e de aprimoramentos. Segundo Penso e colaboradores (2013), em alguns contextos, há um desconforto dos profissionais da saúde com a pouca integração entre eles e os profissionais da educação. Isso decorre de uma falha na formação dos profissionais de saúde, conforme já apontaram Almeida e colaboradores (2012): a formação dos profissionais de saúde em seus cursos de graduação foi pautada no espaço hospitalar, privilegiando o modelo de atenção individualizado e especializado. Por sua vez, a formação dos profissionais de educação é pautada apenas em contextos educacionais e, muitas vezes, esses contextos são isolados de relações com outras áreas. A fim de fomentar práticas didáticas de saúde pública em escolas, procedemos a uma intervenção individualizada em alunos do Ensino Médio, público da Escola Tecnológica (ETEC) Elias Nechar, situada na cidade de Catanduva, município do noroeste paulista. Cabe destacar que a escolha por esta ETEC conjuga dois critérios: uma amostra por conveniência, dada a localidade da ETEC e a possibilidade de conseguir tutoriar a atividade, e também por julgamento, uma vez que dados do IBGE demonstram a necessidade de se pensar práticas conjuntas para o município (quase 100%, em 2010, dos jovens entre 6 e 14 anos estavam na escola, indo ao encontro de uma melhora gradual nos indicadores da saúde). Especificamente, procedemos a atividades dirigidas e orientadas junto a turmas do Ensino Médio. Para tanto, selecionamos uma turma de terceiro ano do Ensino Médio, em decorrência dos conhecimentos já adquiridos e indo ao encontro da necessidade de

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práticas interdisciplinares (POMBO, 2006). Selecionamos por amostra aleatória a turma do terceiro ano A.

RELATO DE CASO

Durante o período de maio a junho do ano de 2018, procedemos a um conjunto de atividades, as quais objetivavam fomentar e construir uma consciência da importância dada à higienização das mãos, por meio de técnicas específicas e corretas a serem utilizadas. As atividades envolveram 20 alunos da turma. Todos os alunos participaram, uma vez que a atividade foi parte constitutiva das notas dos alunos, pois se trata de atividade interdisciplinar. Incialmente, as atividades consistiram em desenvolver técnicas específicas sobre o movimento utilizado ao higienizar as mãos. Faz-se necessária essa apresentação, uma vez que, a partir de levantamento prévio e oral, cerca de 65% dos alunos afirmaram não conhecer ou desconhecer completamente as técnicas corretas, conforme mostra o gráfico a seguir.

Gráfico 1: Grau de conhecimento das técnicas de higienização das mãos.

13 10

10

8 5

5

3

3

2

0 Conhece completamente

Conhece parcialmente

Desconhece parcialmente Quantidade de alunos

Desconhece completamente

É possível observar que os alunos predominam no desconhecimento parcial das técnicas de higienização, o que pode levar a uma reflexão acerca da utilização do diálogo entre as áreas: de que forma vem sendo feito o diálogo entre o ensino de determinamos

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conteúdos e as práticas didáticas de saúde escolar? O gráfico aponta para uma falta quase completa de trabalho em anos anteriores e iniciais, momentos considerados cruciais para a construção de uma prática saudável. Dessa forma, optamos por uma formulação crítica das atividades, isto é, adotamos uma série de atitudes lúdicas. Aqui, cabe destacar que a presença do lúdico é bem mais um recurso didático do que uma mera atividade considera fundamental apenas em anos iniciais. O lúdico é parte das necessidades essenciais da natureza humana e caracterizase por sua espontaneidade e funcionalidade, o ambiente lúdico encerra uma leveza que beneficia aos alunos, despertando o interesse na aula, sua sociabilização e autoafirmação. Especificamente, o lúdico vem sendo utilizado nas práticas de Educação Física, uma vez que,

[...] uma atividade livre, conscientemente tomada como “não-séria” e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras (HUIZINGA, 2000, p. 5).

Analogamente, as atividades consideradas livres, tomadas como não-sérias, contribuem para a vivencia individual do aluno (respeitando, pois, suas particularidades). Dessa forma, ao realizar uma atividade fora dos moldes tradicionais é uma forma de contribuir para a construção de uma relação entre o aluno e o outro. Para tanto, propusemos que os alunos confeccionassem cartazes a serem exibidos na escola, colaborando com a conscientização de que lavar as mãos é uma atividade essencial, conforme as imagens a seguir demonstram (durante o processo de confecção)2.

2

Todas as imagens aqui apresentadas contam com autorização dos responsáveis para sua exibição. A autoria das fotos é da pesquisadora.

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Figura 1: Desenvolvimento da atividade lúdica direcionada.

Fonte: Arquivo pessoal.

Durante a confecção, a todos os momentos os alunos dirigiam-se ao banheiro, para lavarem as mãos, porém, muitas vezes, apenas as enxaguavam, sem quaisquer técnicas. Assim, notamos que os alunos, muitas vezes, desenvolviam as atividades sem utilizar a higienização das mãos. A situação é ainda mais gritante se analisamos momentos em que as mãos não são colocadas em situação de sujeira drástica: quase todos os alunos afirmam que não lavam as mãos após usarem banheiro e seguem com suas atividades rotineiras (abrir portas, usar celulares, entre outras atividades de contato).

Figura 2: Desenvolvimento da atividade lúdica direcionada.

Fonte: Arquivo pessoal.

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A fim de conscientizar os alunos deste comportamento, ao final da confecção dos cartazes, realizamos uma dramatização com 10 alunos. Demonstramos que a tinta guache atuava como as bactérias presentes nas mãos dos alunos e que eram transmitidas de um para o outro pelo toque. Com isso, objetivamos duração de até 10 minutos. Objetivo – Como a disseminação de possíveis doenças é tão fácil como evitalas, higienizando as mãos. A atividade foi apresentada a comunidade escolar, no dia de abertura da exposição.

Figura 3: Desenvolvimento da atividade lúdica direcionada.

Fonte: Arquivo pessoal.

Surpreendentemente, todos os membros da comunidade escolar colocaram-se em uma situação de surpresa com a relação construída: a visibilidade da tinta guache era gritante, quando comparada à invisibilidade de bactérias e de outros micro-organismos presentes. Destacamos como pontual e fundamental a participar dos funcionários do setor da cozinha, os quais viram a necessidade de fomentar, em colaboração com os professores e o corpo escolar, a higienização das mãos.

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Figura 4: Desenvolvimento da atividade lúdica direcionada.

Fonte: Arquivo pessoal.

Destacamos, à guisa de conclusão, que as atividades aqui desenvolvidas envolveram a fundamentação na literatura da área da saúde escolar. Assim, é importante reconhecer que, nas práticas pedagógicas, é fundamental a presença dos profissionais da saúde e da educação em conjunto. A presença de profissionais da educação é explicável (mesmo que não seja necessário) pelo fato de se tratar de um contexto formal de educação e de formação, no qual somente professores podem atuar. Por sua vez, a presença de profissionais da educação é necessária uma vez que os professores não têm uma forma tão ampla e não são detentores de todos conhecimentos existentes. É importante reconhecer que um olhar sobre as questões pedagógicas pode possibilitar transformações individuais e sociais, contribuindo assim para a formação de sujeitos éticos e cidadãos em busca constante de uma vida melhor. Ao atuar em escolas, os profissionais de saúde podem utilizar as práticas pedagógicas como importante ferramenta. Com efeito, uma intervenção na construção escolar leva uma modificação de posturas e de acesso ao conhecimento. Nesse sentido, o presente artigo fomenta a necessidade de que novos estudos sejam feitos, contemplando a visão dos profissionais da educação a respeito das ações de saúde na escola. À guisa de conclusão, apesar de existirem

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políticas públicas que preconizem a saúde faz-se mister que essas práticas sejam efetivamente colocadas em prática.

REFERENCIAS

ALMEIDA, M. M. de et al. Da teoria à prática da interdisciplinaridade: a experiência do Pró-Saúde Unifor e seus nove cursos de graduação. Revista Brasileira de Educação Médica. Rio de Janeiro, v. 36, n. 1, 2012. BELELA-ANACLET, A. S. C. et al. Higienização das mãos e a segurança do paciente: perspectiva de docentes e universitários. Texto Contexto Enferm. Florianópolis, v. 22, n. 4, p.901-908, 2013. CARVALHO, F. F. B. de. A saúde vai à escola: a promoção da saúde em práticas pedagógicas. Physis – Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 25, n. 4, p. 12071227, 2015. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR 2002; 51(No. RR-16). p.1-45. HUIZINGA, J. Homo Ludens. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000. IBGE. Censo das cidades. Disponível em <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/catanduva/panorama>. Acesso em 26 de agosto de 2018, às 11h45. MOTA, E. C. et al. Higienização das mãos: uma avaliação da adesão e da prática dos profissionais de saúde no controle das infecções hospitalares. Rev Epidemiol Control Infect. Santa Cruz do Sul, v. 4, n. 1, p. 12-17, 2014. PENSO, M.A. et al. A relação entre saúde e escola: percepções dos profissionais que trabalham com adolescentes na atenção primária à saúde do Distrito Federal. Saúde Soc. São Paulo, v. 22, n. 2, p. 542-553, 2013. POMBO, O. Práticas interdisciplinares. Sociologias. Porto Alegre, ano 8, n. 15, p. 208249, 2006.

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SAVIANI, D. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. Texto elaborado no âmbito do projeto de pesquisa “O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil”, financiado pelo CNPq, para o “projeto 20 anos do Histedbr ”. Campinas. 2005. SAVIANI, D. O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil: perspectiva histórica. Paidéia. Campinas, v. 14, n. 28, p. 113-124, 2004. SCHALL, V.; STRUCHINER, M. Educação no Contexto de HIV/AIDS: Teorias e Tendências Pedagógicas. In: CZERESNIA, D. et al. (org.) AIDS: Pesquisa Social e Educação. São Paulo: Hucitec/Abrasco. p. 84-105. SILVA, C. S. Escola Promotora de Saúde: uma visão crítica da Saúde Escolar. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Saúde Escolar. Cadernos de Escolas Promotoras de Saúde - I. 1997. p. 14-20. TAVARES, M. F. L.; ROCHA, R. M. Promoção da Saúde e a Prática de Atividade Física em Escolas de Manguinhos – Rio de Janeiro. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Escolas promotoras de saúde: experiências do Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, 2006. 272p. (Série Promoção da Saúde, n. 6). TRAMPUZ, A.; WIDMER, F. A. Hand Hygiene: A Frequently Missed Lifesaving Opportunity During Patient Care. Mayo Clinic proceedings, v. 79, p. 109-116, 2004.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, “A PRÁTICA SOB O OLHAR DA ENFERMAGEM”

ANA CRISTINA COSTA DE CASTRO3

As instituições de saúde são consideradas um local de assistência a clientes/pacientes, devendo garantir uma assistência humanizada e com segurança à manutenção da vida. Sendo assim, sabemos que as mãos são veículos de transmissão de infecções hospitalares e para evitarmos a infecção cruzada por microrganismos disseminados, se faz necessária a prática correta da Higienização das Mãos. No final do século XIX, na Inglaterra Florence Naghtingale teve um papel importante na contribuição e (re)organização dos hospitais, na implantação de medidas para o controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Essas medidas eram voltadas para os cuidados de higienização, isolamento dos enfermos, atendimento individual e redução de leitos no mesmo ambiente (BATISTA e HONÓRIO JUNIOR, 2012). De acordo com Padoveze e colaboradores (2014), desde meados da década de 1990, o termo “infecções hospitalares” foi substituído por “infecções relacionadas à assistência à saúde” (IRAS), sendo um conceito mais amplo que incorpora infecções adquiridas e relacionadas à assistência em qualquer ambiente. Uma das principais causas de infecções hospitalares é a infecção cruzada, que ocorrem quando o os microrganismos são transmitidos de um paciente para o outro, através das mãos dos profissionais de saúde e familiares e fômites usados na rotina clínica (ALBUQUERQUE, 2013). Segundo Oliveira (2016), a higienização das mãos é uma medida importante para a segurança do paciente e redução das grandes taxas de infecções relacionadas à assistência à saúde. É considerado um procedimento de maior impacto comprovada na prevenção de infecções, por ser uma medida simples e barata trazendo benefícios, tanto para o profissional quanto para o cliente/paciente. Sendo uma medida individual simples, utilizada para prevenir a propagação as IRAS. Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. Dr. José Dagnoni – Santa Bárbara D’Oeste – E-mail para contato: crisnurse@hotmail.com. 3

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O termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos (ANVISA, 2009).

Diversos profissionais tais como farmacêuticos, enfermeiros com o desejo de melhorar a prática para a segurança do paciente, vêm se organizando em entidades como a segurança do paciente, entre as quais se destacam a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP). A REBRAENSP foi criada em maio de 2008, vinculada à Rede Internacional de Enfermagem e Segurança do Paciente (RIENSP) como uma iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os objetivos da REBRAENSP são disseminar e sedimentar a cultura de segurança do paciente nas organizações de Saúde, escolas, universidades, organizações governamentais, usuários e seus familiares (MINISTÉRIO DA SAÚDE/FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ, 2014).

A relevância do tema se auto justifica, a contaminação cruzada é algo grave que pode ser prevenido pelo simples ato da higienização das mãos, garantindo a segurança do paciente e de todos os envolvidos no processo do cuidar. Afim de conscientizar os profissionais da enfermagem, pacientes, acompanhantes e visitantes que utilizam o serviço de saúde de forma mais efetiva, este estudo desenvolveu técnicas de ensino sobre a importância e os benefícios da utilização da técnica correta de higienização das mãos para a Segurança do Paciente.

A vivência em desenvolver ação educativa em unidade de saúde

Trata-se de um relato de experiência prático com foco descritivo. O estudo foi realizado entre os meses de abril, maio e junho de 2018, vivenciado pelo professor e 10 alunos do estágio supervisionado pertencentes ao curso técnico em enfermagem da escola técnica Prof. Dr. José Dagnoni na Cidade de Santa Bárbara D’oeste, São Paulo. O estudo foi realizado no Hospital Municipal, nas alas 3 (clínica geral e cirúrgica), 4 (maternidade) e no pronto socorro (setor de prescrição e internação), UBS (Unidade Básica de Saúde) e na Escola técnica Prof. Dr. José Dagnoni em Santa Bárbara D’Oeste, São Paulo para duas turmas de alunos do ensino médio.

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A metodologia aplicada foi a promoção de palestras e treinamentos in lócus com orientações sobre a importância da higienização das mãos, incentivando a prática da técnica correta. Por meio de cartazes e folders e demonstração da técnica correta da higienização das mãos, teve-se como objetivo levar informação de como realizar a técnica correta e os benéficos de sua utilização. Foi realizada uma dinâmica usando glitter e bala, para um entendimento mais didático de como os microrganismos se transferem através do contato e por meio de objetos. No início da palestra um dos alunos contém um pouco de glitter em suas mãos, sem que as pessoas notassem, ao entregar os folders e cumprimentar os participantes, ou através da simulação de espirro, ele oferece balas aos participantes. O palestrante explica que o glitter representa os microrganismos e que quando não há higienização correta das mãos estes microrganismos são passados através do contato. Em Seguida houve o treinamento com dois participantes em cada dia do treinamento, o qual à medida em que eles executavam a Higiene das Mãos, era explicado a forma correta da higienização das mãos. Todo o processo foi fotografado e filmado, com o intuito de discussão posterior para avaliação/autoavaliação do processo de ensino e aprendizado. No total foram realizadas 16 palestras e treinamentos in lócu, totalizando 50 participantes e foi possível perceber que essa prática tão importante, não vem sendo efetiva como deveria. A solicitação da REBRAENSP, com intuito de inserir a Higienização das Mãos como Segurança do Paciente, veio empoderar o desejo dos alunos e do professor do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Prof. Dr. José Dagnoni a trazer a conscientização para os profissionais de enfermagem, bem como dos pacientes, visitantes e acompanhantes a respeitar a vida, executando a técnica correta da higienização das mãos. No dia 09 de maio, a Coordenação e Educação Continuada do Hospital Municipal solicitaram que fosse realizada uma tarde de palestras, treinamentos somente aos profissionais da enfermagem na Semana da Enfermagem, porém, não houve adesão por

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parte do corpo de enfermagem, sendo justificado pelos próprios enfermeiros falta de RH (Recursos Humanos), tempo ou disponibilidade para estarem presentes ao treinamento. Porém, observou-se um grande interesse de visitantes, pacientes e acompanhantes, principalmente pela dinâmica realizada com a utilização do glitter. Percebeu-se que, houve através deste instrumento uma compreensão maior sobre a facilidade da transmissão de microrganismo via contato. Mediante a experiência vivenciada durante as palestras e treinamentos in lócu, que resultou no interesse dos alunos por colocar em prática o que se trabalha na teoria. Alunos, visitantes e acompanhantes motivados e interessados com a prática e a desmotivação e desinteresse dos profissionais de enfermagem em participar do treinamento. A higienização das mãos, tradicionalmente é considerada como a medida mais importante e eficaz na prevenção e controle de infecções, caracteriza-se como uma intervenção rotineira, padronizada, de baixo custo e com indicações sustentadas por fundamentação científica sólida. Entretanto, na era da prática baseada em evidências, a adesão ao procedimento ainda é descrita como insuficiente em todo o mundo (MARRA, 2016). Há mais de 150 anos, existem evidências de que as mãos dos profissionais de saúde constituem o principal vetor de transmissão de microrganismos patogênicos e que higienizá-las contribui significativamente para reduzir a incidência de infecções (FIQUEREDO, 2008). Apesar disso, níveis aceitáveis de adesão às práticas recomendadas de HM são de difícil alcance e sustentação. Em circunstâncias nas quais os requisitos básicos para promover a execução do procedimento são instituídos, questiona-se o princípio da responsabilidade moral e profissional dos indivíduos ao não aderir às condutas preconizadas (MARRA, 2016). A “responsabilidade, como exigência moral, implica em assumir, reconhecer e responder pelas consequências dos próprios atos”, estabelecendo uma relação equilibrada entre direitos e deveres (BUB, 2005). Conclui-se neste estudo uma resistência dos profissionais de enfermagem atuantes no hospital e na UBS, quanto adesão ao treinamento, entretanto os estagiários supervisionados relataram os valores adquiridos com o aprendizado da pesquisa,

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elaboração das palestras, treinamentos e da vivência nos campos de estágios por ter o professor como facilitador trouxe segurança e uma percepção ampla do conhecimento e como se portar diante das dificuldades encontrada. Que apesar das dificuldades ou falta de motivação dos profissionais de enfermagem acredita se ter plantado uma semente de alerta aos profissionais de enfermagem. Com tudo uma lição de aprendizagem para visitantes, acompanhantes, pacientes, alunos do ensino médio e dos estagiários do curso em enfermagem que como futuros profissionais, há uma responsabilidade direta com a vida dos pacientes e que somos considerados os carreadores diretos de micro-organismos, sendo assim uma reflexão sobre a mudança de comportamento para que se garanta a segurança do paciente, reforçando ainda mais a relevância do tema.

REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, A. M.; SOUZA, A. P. M.; TORQUATO, I. M. B.; TRIGUEIRO, J. V. S.; FERREIRA, J. A.; RAMALHO, M. A. N. Infecção Cruzada no Centro de Terapia intensiva à luz da Literatura, Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, São Paulo. v. 11, n. 1, p. 78-87, 2013. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Capitulo IV. Controle Da Disseminação De Microrganismos Multirresistentes. JUNIOR, J. N. A. J.; BOSZCOWSKI, Í. B.; COSTA, S. F. C. Brasília. 2009. 105p. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd164/a-importancia-da-lavagem-dasmaos.htm>. Acesso em: 8 ago 2018. BATISTA, G. T.; HONÓRIO JÚNIOR, J. E. R. Infecções hospitalares e a enfermagem. Revista Perspectiva, Faculdade Integrada da Grande Fortaleza; 2. pag 115, 2012. BUB, M. B. C. Ética e prática profissional em saúde. Texto Contexto Enfermagem. Santa Catarina; v. 14, n. 1, p. 65-74, 2005. FIQUEREDO, A. M. Éticas: origem e distinção da moral. Saúde, Ética Jus. v. 10, n. 13, p. 1-9, 2008.

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MARRA, A. R. Avanços no controle das infecções. Einstein. v. 2016. May 10];14(1):1089. 2016. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Anvisa. Higienização das mãos. 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higi enizacao_maos.pdf>. Aceso em: 20 de ago de 2018. OLIVEIRA, R C R M; OLIVEIRA, Á; DIAS, S B; VASCONCELOS, P R. O conhecimento a serviço da vida; II CONGRESSO UNIFICADO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO FAMINASBH-2016; Infecções Hospitalares Repensando A Importância Da Higienização Das Mãos. Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium; p.221-222, 2016. PADOVEZE, M C; FORTALEZA, C M C B. Infecções relacionadas à assistência à saúde: desafios para a saúde pública no Brasil. Revista Saúde Pública; v. 48, n. 6, p. 995-1001, 2014.

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E PREVENÇÃO PARA TODOS ANA PAULA MORGUETTI CAMARGO4 LIGIA DE SOUZA PICHININ5

“Sozinhos pouco podemos fazer; juntos podemos fazer muito...” Hellen Keller.

Você já lavou suas mãos hoje? Pergunta muito realizada em vários aspectos de acordo com Fuks 2018 descreve. Esta é uma frase muito repetida diariamente e que vem cada vez relevando sua importância dentro das residências e no ambiente de saúde. A importância da higienização das mãos é facilmente justificada pela capacidade da pele de armazenar microrganismos e, também devido às intensas interações das mãos com o ambiente. Este hábito tão simples representa um método muito eficaz para evitar a disseminação dos vírus e bactérias (CIENTIFICALAB, 2018). A Higienização das mãos é uma medida individual muito simples e de grande importância para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde em todos os ambientes intra e extra-hospitalar (LARSON, 2001). Este procedimento sempre foi muito abordado, desde o século passado, quando pesquisadores e filósofos constataram e demonstraram a importância da lavagem das mãos na prevenção e transmissão de doenças dentre as profissões de saúde e das demais profissões. No século atual, a higienização das mãos está sendo cada dia mais divulgado não apenas nos hospitais, mas também, em todos os locais de trabalho mostrando sua importância no cotidiano. Devido à abrangência da Higienização a OMS (Organização Mundial da Saúde) estipulou 05 de maio o dia mundial de higienização das mãos (BRASIL, 2002).

Forma de transmissão

Docentes no Curso Técnico em Enfermagem na Etec Orlando Quagliato – Santa Cruz do Rio Pardo – E-mail para contato: anapaulamorguetti@hotmail.com. 5 E-mail para contato: oi_likinha@yahoo.com.br. 4

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Os microrganismos são transmitidos por contato direto, indireto, por meio de gotículas de secreções respiratórias e pelo ar (BRASIL, 2002). Nas atividades diárias, as mãos são as responsáveis pela disseminação e a transmissão e contaminação de vírus e bactérias onde assim, se torna e fica bem evidente a importância da higienização antes e após realizar qualquer atividade com as mesmas.

Para entender os objetivos das diversas abordagens à higienização das mãos, o conhecimento da microbiota normal da pele é essencial. A pele consiste no revestimento do organismo, indispensável à vida, pois isola componentes orgânicos do meio exterior, impede a ação de agentes externos de qualquer natureza, evita perda de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno, oferece proteção imunológica, faz termorregulação, propicia a percepção e tem função secretória. A pele é um órgão dinâmico, pois a sua formação qualquer alteração resulta em aumento da proliferação de suas células. Devido à sua localização e extensa superfície, a pele é constantemente exposta a vários tipos de microrganismos do ambiente (ANVISA, 2008, p. 07).

Com isso, o trabalho teve por objetivos e identificar os aspectos relacionados à lavagem das mãos em ambiente escolar e em empresas para avaliar esta técnica e sua execução e explorar nos estudos selecionados a higienização das mãos; a importância da higienização de forma educativa. Este trabalho trata-se de um estudo com apoio em referencial bibliográfico, artigos e sites acadêmicos e foi realizado um estudo sobre a técnica de higienização, o qual contou com a participação da turma de primeiro módulo de Enfermagem 2018 desenvolvendo um trabalho de apresentação em dois locais: no ambiente escolar Etec Orlando Quagliato Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, para os cursos técnicos de: Administração, Agronegócio, Cuidador de Idoso e Informática; e na empresa SPECIAL DOG (fábrica de produção de ração para cachorros e gatos) de Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, onde foram abordados os funcionários durante sua jornada de trabalho, orientando sobre a importância da higienização das mãos. Na Etec Orlando Quagliato Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, apresentação para os cursos técnicos de: Administração, Agronegócio, Cuidador de Idoso e Informática foi elaborada por meio de palestras, centradas na importância de lavagem das mãos no cotidiano. Para isso, foi apresentada uma paródia que abordava a ausência de lavagem

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e o que pode acarretar na saúde do ser humano e depois de selecionada algumas pessoas para realizar a higienização, com uma dinâmica que iria pintando todas as mãos com os olhos vendados. Porém, pode se chegar à conclusão que muitos participantes dessa dinâmica, as mãos não ficaram totalmente coloridas nos locais importantes, ou seja, realizou a lavagem das mãos de forma inadequada onde os mesmos puderam comprovar tudo isso, após seus olhos serem desvendados. Na Empresa SPECIAL DOG (fábrica de produção de ração para cachorros e gatos) de Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, foram abordados os funcionários de diversos setores no momento em que se dirigiam para o refeitório, na hora do intervalo de almoço. Foram orientados sobre a higienização das mãos e sua importância; realização de paródia e técnica de lavagem das mãos. Os mesmos são bem conscientizados sobre esse ato de higienização, devido ao trabalho que a empresa executa. Os alunos apresentaram uma palestra de higienização das mãos em relação às rotinas diárias e formas que adquire os microrganismos e solicitaram aos funcionários da empresa executarem a higienização das mãos com água e sabão, já que antes de adentrar no refeitório a empresa tem um lavatório com quatros cubas para realizar a higienização e contudo, após passar pela porta de identificação de refeitório encontra disponível o álcool gel em dispenser pois, a empresa trabalha muito com esse tema de higienização das mãos. Podemos perceber a participação dos trabalhadores em relação a este trabalho que foi desenvolvido, os mesmos relatam que foi muito importante estar revendo esta técnica e muitos citaram a sua importância, devido muitas patologias adquiridas pelo fato de levar a “mão na boca”. Os alunos também relataram sobre a importância de higienização das mãos com a solução de álcool gel. Foi esclarecido que, a técnica deve ser igual a higienização das mãos com água e sabão, de acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde). Entretanto, nessa técnica, com o álcool gel, podemos perceber que muitos só passavam o álcool nas mãos e espalhavam somente sobre a região das palmas das mãos, sendo considerada uma técnica incorreta. Por isso, houve orientações a respeito desse

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procedimento e sua importância, além de ressaltar quando deverá realizar a higienização das mãos com água e sabão. Para obtermos resultados satisfatórios em discussão com alunos devemos sempre realizar treinamentos educacionais, que é considerada de grande importância para o desenvolvimento da estratégia, capacitando periodicamente seus componentes, revisão das técnicas de higienização, tendo como objetivo a mudança de comportamento do profissional. É objetivo central, a monitorizarão das práticas de higienização além de, ofertar infraestrutura para atender às necessidades da equipe, buscando dimensionar as mudanças, identificando as necessidades de investimentos e intervenções mais eficientes. Outra ferramenta muito importante são os lembretes nos locais apropriados para higienização das mãos, que buscam o incentivo contínuo. Figura 1: Higienização das Mãos com Água e Sabonete.

Fonte: www.anvisa.com.br.

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Figura 2: Higienização das Mãos com soluções alcoólicas.

FONTE: www.anvisa.com.br

Com esse estudo podemos detectar cada vez mais a importância da higienização em todos os ambientes, desde atenção à saúde até os ambientes domésticos, de trabalho, escolar e outros. Pois, já é comprovado que este ato de higienização previne muitas infecções. As mãos precisam ser lavadas com água e sabonete quando estão visivelmente sujas, quando houver suspeita ou confirmação de exposição a microrganismos, ou antes, e após o ato de alimentação e o uso do banheiro.

REFERENCIAS ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente. Higienização das Mãos. Brasília (Brasil): Mistério da Saúde 2008. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização e preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, 20 mar. 2002. CIENTIFICALAB, Doutora Ana Gabriela Fuks, acesso em 22 de agosto de 2018 as 16:18. http:/www.cientificalab.com.br. LARSON, E. L. Hygiene of skin: When is clean too clean. Emerging Infectious Diseases, New York, v.7, n. 2, p. 225-230, 2001.

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A DIFICULDADE DA ENFERMAGEM NO USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

ANDREA PAULA PITTA6 MARIA RITA EVANGELISTA VICENTE7

Os trabalhadores de Enfermagem, dentre os profissionais de saúde, são expostos a diversos riscos, que são causados por agentes químicos, físicos, biológicos, psicossociais e ergonômicos. Sendo o de maior exposição o material biológico pelo seu exercício profissional. Diante do risco biológico as infecções mais preocupantes são as causadas pelo vírus HIV e os vírus da Hepatite B e C. A prevenção da transmissão de patógenos no ambiente de trabalho requer diversas medidas para reduzir o risco ocupacional. As principais medidas preventivas para se evitar a exposição são as Precauções Padrão (PP) e o apropriado uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que minimizam consideravelmente os riscos, sendo ferramentas fundamentais para a prevenção de acidentes, no entanto a resistência dos profissionais em utilizá-las ou seu uso incorreto tem se mostrado a principal barreira para prevenir a exposição aos materiais biológicos (NEVES et al, 2011). Além dos riscos de acidente, outro problema bastante conhecido são as infecções hospitalares que ocorrem por diversas razões e através de diversos mecanismos, uma delas é a transmissão de microrganismos pelos próprios profissionais da área de saúde que funcionam como vetores na transmissão de patógenos a pacientes vulneráveis. Acredita-se que cerca de um terço dessas infecções possam ser prevenidas por medidas de controle de infecção, uma dessas medidas é a adequada higienização das mãos. A lavagem das mãos é, com certeza, a medida mais econômica e eficaz para a prevenção de infecções causadas por microrganismos e essa técnica é reconhecida

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Parque da Juventude – São Paulo – Email para contato: apapi.nurse@gmail.com. 7 Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Carlos de Campos – São Paulo – E-mail para contato: maria_rita01@hotmail.com. 6

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internacionalmente, devendo ser realizada antes e depois de qualquer procedimento realizado na assistência ao paciente, afinal as mãos são os principais veículos de transmissão de infecções hospitalares (FELIX e MIYADAHIRA, 2009). De acordo com Mendonça et al (2003), apesar de ser uma medida preventiva reconhecida como a mais importante para reduzir a transmissão de microrganismos por contato, vários estudos apontam que a adesão dos profissionais à prática de higienização das mãos é bastante insatisfatória. Com base nesses achados bibliográficos, na experiência profissional em ambiente hospitalar e na atenção básica, verificando as falhas na prática e no fato de que o problema não apresenta solução nem redução apesar dos esforços em ambientes de trabalho e dos órgãos públicos competentes como a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), resolvemos por incentivar os alunos no reconhecimento das falhas no uso das PP’s e dessa forma a identificação de sua importância. Para isso, fizemos uso de uma prática pedagógica diferenciada, Seminário, que promoveria maior autonomia dos alunos, desenvolveria o trabalho em grupo e permitiria que eles próprios identificassem a problematização dos temas apresentados. Segundo Veiga (1996), o Seminário é uma técnica de trabalho em grupo, desenvolvida de forma ordenada, é concebido como técnica de ensino socializado, sob um enfoque didático, que requer a participação de todos os integrantes.

O seminário possibilita que o aluno realize transformações de ordem conceitual (coleta, seleção, organização, relação e registro de informações), bem como de ordem procedimental (fazendo leituras, pesquisa, expressando-se oralmente); favorece ainda as transformações de ordem atitudinal (desenvolvimento do sentido de cooperação e autoconfiança) (SCARPATO, 2004).

Com isso, o estudo teve por objetivo identificar os motivos que possam atrapalhar ou prejudicar o uso dos EPIs e realizar uma educação em saúde com toda comunidade escolar.

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O desenvolvimento de uma prática didática alternativa

A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica, utilizada para justificar e endossar o planejamento da prática a partir da escolha do tema e o registro da vivência na aplicação da metodologia escolhida. A prática de seminário foi escolhida por desenvolver-se em várias fases e determinar diversas tarefas distintas aos alunos, permitindo que se reúnam em grupos, planejem ações, questionem afirmativas, pensem hipóteses, desenvolvam pensamento crítico e textos com base em artigos científicos e por fim apresentem seus resultados. Com isso, pretende-se que o aluno perceba sua capacidade de autoaprendizagem e autonomia na aquisição de conhecimento, além da identificação nas dificuldades de uso dos EPIs e o consequente reconhecimento de sua importância. Atividade planejada consta no Plano de Trabalho Docente (PTD) de Proteção e Prevenção em Enfermagem (PPE) e no PTD de Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, disciplinas do 1º módulo do Curso de Técnico de Enfermagem. Inicialmente, foi realizada uma aula descritiva a respeito de normas de segurança relacionando ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) em seguida, abriu-se uma discussão geral a respeito da importância desses equipamentos e as consequências de seu mau uso ou de sua ausência. Dividiu-se a turma em quatro grupos de trabalho, 2 grupos de 7 alunos e 2 grupos de 6 alunos, distribuindo aleatoriamente os quatro principais EPIs para os grupos: 1) Lavagem das mãos; 2) Luvas de procedimento; 3) Avental; 4) Mascara de proteção. Lançado aos grupos a afirmação: A enfermagem tem dificuldade no uso de EPIs. Foi solicitado, no mesmo dia, a realização da 1ª fase: que os grupos formulassem perguntas a respeito dessa afirmativa associada ao seu EPI, deu-se um tempo de 30 minutos para as discussões e em seguida, que os alunos apresentem seus questionamentos e os “por quê” dessas questões. Daí solicitado que, para a próxima aula pesquisassem bibliografias que dessem a eles uma justificativa para aquelas questões.

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Na 2ª fase foi realizada uma roda de conversa, solicitando que os alunos apresentassem o resultado de suas pesquisas e se encontraram justificativa teórica para suas questões, dessa fase resultaram questões pertinentes e outras não, que foram excluídas. A partir desse ponto, solicitado que os alunos partissem para campo e questionassem professores e alunos de outros módulos com suas questões para que eles dessem suas opiniões, isso podia ser feito por gravação, filmagem ou aplicação de questionário. A 3ª fase verificou-se os resultados das pesquisas que foram empreendidas, avaliaram a segurança dos alunos a respeito do tema e solicitaram que montassem a apresentação (slides, documentário, etc.). 4ª fase: Apresentaram em sala, debateram os resultados, corrigiram problemas que possam surgir e agendaram um dia para apresentar esses resultados para os outros alunos. Demonstrando a importância da lavagem correta das mãos, sendo ou não profissional da área da saúde. Diante disso tudo, acreditamos que, a aplicação de novas práticas pedagógicas seja sempre eficaz para melhorar as relações e estabelecer dinâmicas diferenciadas para transmissão de conteúdo. É essencial que os professores estejam abertos a essas novas práticas e se arrisquem em novas metodologias e práticas interdisciplinares. O uso da prática didática diferenciada para trabalhar temas importantes e controversos na Enfermagem traz maior consciência e noção de importância dos mesmos fazendo com que, com certeza, sejam melhores profissionais para o mercado de trabalho. A prática foi desenvolvida com sucesso, na medida em que as fases foram acontecendo e os alunos puderam estabelecer a problematização dos temas, desenvolver hipóteses a respeito dos problemas e questionar profissionais sobre a opinião dos mesmos a respeito das EPIs e dos problemas no seu uso. Em relação à higienização das mãos após as fases descritas, os alunos desenvolveram a técnica da lavagem das mãos para comprovar sua eficácia quando desenvolvida de forma adequada, feito isso ao final da pesquisa apresentaram seus resultados para todos os alunos do curso Técnico de Enfermagem, os quatro módulos, além de reforçar o conteúdo teórico com os vídeos da prática, os alunos ensinaram os outros cursos

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presentes na ETEC a realização da higienização das mãos fazendo com que todos tivessem a oportunidade de reconhecer a importância das Precauções Padrão, a problemática envolvida no uso incorreto ou na ausência do mesmo e a chance de tomar consciência e repensar a melhoria na realização de suas práticas. Acreditamos ter tido sucesso no desenvolvimento da prática, foi possível envolver e comprometer os alunos do curso de Enfermagem no reconhecimento da importância das Precauções Padrão e na problemática envolvida no desenvolvimento das mesmas. Sabemos que os maiores problemas envolvendo a prática da lavagem das mãos estão nos serviços de saúde e envolvem os profissionais desta área, mas sabemos, também, que todos eles passaram por formação específica e que uma base bem construída fará toda a diferença no futuro, pretendemos então formar alunos conhecedores de suas responsabilidades no que diz respeito a proteção do paciente e no desenvolvimento correto de uma prática segura para si e para sua clientela. Além de disseminadores de conhecimento, passando a todos a importância da lavagem das mãos, não só no âmbito hospitalar. Foi pensando em futuros profissionais que desenvolvemos as práticas com o aluno detendo autonomia e crítica para pensar essas práticas com responsabilidade e com foco na qualidade. Esperamos que em um futuro próximo esses alunos desenvolvam as técnicas com eficácia e resultados positivos e que, principalmente, possam disseminar as boas práticas ao invés de microrganismos. E que essa postura técnica e responsável alcance outros profissionais e tornem os serviços de saúde locais mais seguros.

REFERÊNCIAS

FELIX, C.C.P.; MIYADAHIRA, A.M.K. Avaliação da técnica de lavagem das mãos executada por alunos do Curso de Graduação em Enfermagem. Rev. esc. enferm. USP. V. 43. N. 01. São Paulo. Mar., 2009. MENDONÇA, A.P. et al. Lavagem das mãos: adesão dos profissionais de saúde em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Acta Scientiarum Health Scienc. 25 (2), 2003: 147- 53.

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NEVES, H.C.C. Segurança dos trabalhadores de enfermagem e fatores determinantes para adesão aos equipamentos de proteção individual. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Artigo Original 19(2) - mar-abr, 2011. SCARPATO, M. (Org). Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp, 2004. VEIGA, I. P. A (org). Lições de didática. Campinas: Papirus, 1996.

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CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTANCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO COTIDIANO DA ESCOLA

ANNE GABRIELE MARTHA LEATI CARVALHO8

A promoção da saúde na escola é um assunto de relevante impacto social. A baixa assiduidade e o baixo desempenho escolar, por consequência o baixo crescimento econômico e aumento dos gastos com a saúde, são reflexos da pouca atenção que se dá ao tema (JAEGER, 2012). A escola deve ser um espaço privilegiado de aprendizagem e construção de conhecimento, mas também deve ser um espaço de afetividade, de cuidado, de convivência, de crescimento pessoal, no qual os alunos adquirem os valores fundamentais para as etapas formativas e mais importantes de suas vidas, tem o poder de assumir um papel ímpar para o desenvolvimento da educação para a saúde. Partindo dessa problemática, os alunos do técnico em enfermagem da ETEC Dr José Luiz Viana Coutinho, apontou como necessidade, a orientação quanto à importância da prática da higienização das mãos no ambiente escolar. De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2008), “ter mãos limpas é um direito e um dever” e a para promover ações em saúde, para ensinar hábitos de higiene através de ações educativas, para promover práticas sociais de saúde. Capacitar o aluno a cuidar de si e do outro, a reconhecer a realidade social, a participar do coletivo, a transformar a realidade, a respeitar o meio ambiente, a fomentar pesquisas e construir conhecimento a partir dos saberes, dos valores e das vivências sociais (JAEGER, 2012). O processo da lavagem das mãos pode ser feito com água e sabão, sendo essa prática simples responsável pela redução de contaminação com uma parcela de microorganismos adquiridos pelo contato com pessoas e objetos, além de sujeira e substâncias orgânicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças como

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Dr. José Luiz Viana Coutinho – Jales – E-mail para contato: anne_gabi_leati@hotmail.com. 8

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a diarreia poderiam ser evitadas e reduzidas em até 40% se todas as pessoas lavassem adequadamente as mãos (SANTOS, 2016). Com isso, o projeto teve por objetivos conscientizar e mobilizar todos os alunos, colaboradores e docentes da Etec Dr José Luiz Viana Coutinho, sobre a importância da higienização das mãos para a saúde e prevenção de doenças, buscar na literatura a importância da educação em saúde nas escolas, identificar metodologias educativas enfatizando a prática de hábitos de higiene básica e demonstrar os passos da higienização simples das mãos, seguindo orientações da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA).

Uma ação para conscientizar e mobilizar a comunidade escolar sobre a importância da higienização das mãos

Este projeto foi realizado na Escola Técnica Dr. José Luiz Viana Coutinho, localizada no Centro do Município de Jales, pelos alunos do 3º módulo Técnico em Enfermagem noturno (30 alunos), componente curricular Saúde e Segurança Ocupacional, durante o mês de maio de 2018, como forma de comemoração ao mês da enfermagem e ao dia Mundial Da Higienização das Mãos, comemorado em 05 de maio. Teve como público alvo os alunos dos cursos técnicos noturnos, docentes e colaboradores. Foi proposto aos alunos do 3º módulo, elaborarem uma atividade que tivesse como tema principal a “Higienização das Mãos”, partindo dessa premissa, foi surgindo ideias e propostas, na qual chegaram num consenso de realizar uma atividade que mobilizasse todos da comunidade escolar. Surgiu então o projeto “Higienização das mãos: sua saúde agradece”. Os alunos confeccionaram cartazes e placas orientando a importância e o passo a passo da técnica da higienização das mãos (figura 1 e 2). Também observaram que para uma higienização eficaz é necessário o uso de sabonete líquido e papel toalha, no qual a instituição escolar não disponibilizava nos banheiros e nem no lavatório externo, então se mobilizaram e conseguiram doação dos dispensers de papel toalha e sabonete líquido, e de lixeiras grandes para serem colocadas abaixo do dispenser de papel toalha.

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Figura 1 e 2: Placas informativas quanto à técnica de higienização das mãos.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os próprios alunos instalaram os dispensers nos banheiros masculino e feminino e lavatório externo (figura 2.0), em seguida anexaram nas paredes as placas orientando a importância e o passo a passo da técnica de higienização das mãos. Após se dividiram e passaram em todas as salas de aula, orientando quanto à importância da higienização das mãos (figuras 3, 4 e 5), conscientizando alunos, docentes e demais colaboradores, frisando principalmente que a pratica evita diversas doenças, como a atual Gripe Influenza (H1N1), e tantas outras, sendo uma prática de prevenção rápida, barata e eficaz, e também quanto ao uso de álcool gel de bolso. Durante a elaboração da atividade os alunos também apontaram a necessidade de orientar quanto à manutenção da ordem e limpeza dos banheiros, e ao final concluíram enfatizando esse problema encontrado pelos mesmos. Para uma orientação efetiva, os alunos realizaram uma pesquisa bibliográfica, nas bases de dados SCIELO, LILACS, MEDLINE e PUBMED para levantar artigos científicos atuais e relevantes, obtendo um maior conhecimento quanto à importância da prática da higienização das mãos no ambiente escolar, com foco nas principais doenças, inclusive as sazonais, que podem acometer toda a comunidade escolar, e podendo ser prevenidas através de uma simples atitude, a higienização das mãos. Foram pesquisados também manuais e normas de órgãos governamentais. www.rebraensp.com.br

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Figura 3, 4 e 5: Instalação dos dispensers de papel toalha e sabonete líquido.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 6: Orientação dos alunos nas salas de aula.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Figura 7: Orientação dos alunos nas salas de aula.

Fonte: Arquivo pessoal.

Ao final da concretização do projeto, foi possível concluir que o trabalho de informação com vistas à prevenção de doenças através de bons hábitos é extremamente pertinente, e, possivelmente, interfere em novas atitudes. Essa atividade mostrou que a participação ativa dos alunos é fundamental para o ensino-aprendizagem. Com isso, os alunos tornaram-se estimulados a buscar novos conhecimentos, como também ampliar conhecimentos sobre o assunto abordado durante o componente curricular Saúde e Segurança Ocupacional, que objetiva trabalhar competências e habilidades que envolvam a saúde e segurança no ambiente do trabalho, e remetendo isso a escola, na qual eles estão inseridos, e que precisa ser um lugar de segurança e o mais livre possível de doenças, gerando uma mudança comportamental através da conscientização, relacionada à higiene. Os alunos ao final do projeto chegaram à conclusão o quanto a transferência de saberes e informação podem mudar toda uma comunidade e até mesmo uma população, e os saberes precisam ser realmente compartilhados, principalmente em se tratando de prevenção, promoção e cuidado a saúde. Perceberam após duas semanas que a limpeza e organização nos banheiros foram melhoradas, e observaram a pratica dos alunos quanto à higienização das mãos. Alunos relatam que chegaram a eles, outros de cursos diversos vindo tirar dúvidas e parabeniza-los pelo projeto e pela ação.

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A cada apresentação realizada nas salas de aula, os alunos mostraram mais interessados e confiantes mostrando domínio dos conteúdos a cada apresentação realizada, convencendo aos demais alunos, sobre a importância da higienização das mãos para a saúde. Isso só enfatiza que atividades como esta proporcionam uma aproximação da ciência com os alunos deixando de serem abstratos os assuntos abordados.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. Acesso em: 06 de maio. 2018. ______. Ministério da Educação. Saúde e educação, v.18, n. 12, ago. 2008. JAEGER, Maria M. H. “A lavagem das mãos no cotidiano da escola: uma atitude de promoção da saúde, Porto Alegre, 2012. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6819>. Acesso em: 25 mai 2018 LOPES, Laura. Nós lavamos mais as mãos. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI237373-15257,00 NOS+LAVAMOS+MAIS+AS+MAOS.html> Acesso em: 06 mai 2018. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Importância de lavar as mãos"; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-lavar-asmaos.htm>. Acesso em: 02 jun 2018.

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PRATICANDO PARÓDIA NA ENFERMAGEM

CAMILA MARIA BUSO WEILLER VIOTTO9

De acordo com estudos, os profissionais de saúde dizem conhecer a técnica sistematizada de higienização das mãos, no entanto, mesmo assegurados todos os recursos necessários a esta prática, a adesão ainda é baixa, comprovando que disponibilidade não significa adesão. Percebe-se que mesmo investindo em capacitação, a mudança de comportamento não é atingida, e se perde no decorrer do tempo em que o profissional de saúde presta ativamente a assistência (PRIMO et al., 2010). Dessa forma, novas intervenções são necessárias para se obter maior adesão a esta rotina tão básica que é a higienização das mãos; assim se faz necessário investir em educação continuada, supervisão imediata, aplicação de advertência ao colaborador que não executar a técnica de higienização das mãos em todos os momentos recomendados, avaliação do colaborador em suas atividades diárias, premiação ao colaborador que apresentar maior desempenho no controle de infecções, entre outras (ALMEIDA et al.,2017). Partindo desse princípio, no componente de Fundamentos de Enfermagem pensou-se em realizar uma estratégia diversificada de ensino partindo de conteúdo já exposto para melhor entendimento e compreensão da prática de Higienização das mãos através da criação de paródia. A música está presente em muitos momentos do nosso dia-a-dia, no rádio, na tv, na memória do celular, etc. Sendo assim, ela está diretamente relacionada com as nossas emoções, sua melodia associada a um fato ativa a memória, possuindo grande capacidade de auxiliar na memorização de algo. Entre as pessoas não existe quem não tenha vivido uma experiência que possa relacionar com uma música, por que toda pessoa possui uma preferência musical ou uma música preferida, independentemente

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Dr. José Luiz Viana Coutinho– Jales – Email para contato: camila.viotto3@etec.sp.gov.br. 9

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da idade. Toda música possui uma letra no qual o indivíduo relaciona com o seu estado emocional. Trata-se também de uma atividade cultural, ou seja, música é cultura, cada estilo musical está relacionado com o meio onde o cada um vive é em parte a identidade de cada um e relaciona aquilo que é ou foi vivenciado pelo indivíduo, no seu convívio tornando-se parte dele (MACHADO, 2015). As atividades com música na escola devem aproveitar o que o indivíduo conhece, se desenvolvendo dentro das condições de cada aluno o que permite trabalhar, sendo uma delas, a Paródia. Paródia é a modificação da letra original de uma música, ela é utilizada para facilitar a memorização de informações, protocolos, etapas de alguma sistemática a ser praticada ou compreendida. A paródia, de forma tendenciosa, também se pauta pela recriação de um texto, entretanto, utiliza-se de um caráter contestador voltado para a crítica, estimulando a criatividade e imaginação dos alunos (DUARTE, 2015). Com isso, o estudo tem por objetivo relatar e descrever a experiência vivenciada pela docente e pelos alunos durante a elaboração e execução do Projeto de paródia sobre o tema: lavagem das mãos, desenvolvido no primeiro módulo do Curso de Habilitação Profissional de Técnico de Enfermagem, como também enfatizar os resultados positivos ao final da prática diversificada.

A importância da prática docente para desenvolver projetos criativos e inovadores

Trata-se de relato de experiência de docente do Curso Técnico em Enfermagem, do componente curricular Fundamentos de Enfermagem da Escola Técnica Estadual Dr. José Luiz Viana Coutinho do município de Jales com o intuito de socializar os conhecimentos adquiridos com esta metodologia de ensino-aprendizagem. Foi proposto para o 1º módulo do Curso Técnico em Enfermagem a realização de Paródia sobre a importância da técnica correta de higienização das mãos. Os alunos foram divididos em 2 grupos de apresentação, tiveram tempo disponível para o preparo e elaboração das letras musicais e, em conjunto, decidir coreografia, som, disposição

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dos alunos durante a apresentação. Também foi solicitado a entrega da Letra da Paródia de forma digitada contendo todos os integrantes do grupo. Os grupos dispuseram de três semanas para o planejamento, pesquisa, elaboração e execução da estratégia pedagógica utilizando acesso digital para busca na literatura, caderno, lápis e caneta e computador. Para o dia da exposição foram necessários os seguintes materiais/recursos audiovisuais: Sala de aula disponível, equipamento de som, notebook, roupas customizadas elaboradas pelos próprios discentes e máquina fotográfica para documentar a atividade: Paródia Musical - Técnica de Higienização das Mãos. No mês de junho, foi apresentado em sala de aula a paródia de cada grupo respeitando a sequência organizada através de sorteio dos grupos. A seguir, fotos da apresentação e os integrantes dos grupos.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Fonte: Arquivo pessoal.

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Fonte: Arquivo pessoal.

Foi muito produtivo e prazeroso ver a evolução dos grupos na escolha, preparação, ensaios para a apresentação, demonstrando interesse, bom relacionamento pessoal e consolidação do conhecimento básico e a importância fundamental e vital da lavagem das mãos na atividade da Enfermagem. A realização desta metodologia diversificada de modo divertido e muito criativo, propiciou aos alunos, diferentes mecanismos de trabalhar o processo de aprendizagem, de maneira que as formas de aprender não ficam engessadas e a condução de como fazer é definida pelos alunos, despertando autonomia para tomada de decisão, o senso crítico e sistematizando suas operações mentais, motivando-os e estimulando a todos os participantes; trabalhando não somente assunto específico de enfermagem mas de forma interdisciplinar, envolvendo relações humanas e ética em grupo.

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Verificou-se que as paródias são estratégias eficazes possibilitando a construção do agir, ser, saber e fazer enfermagem pelos alunos, tornando-os atores do próprio saber em construção. Observou-se também, que através da música/ técnica da paródia sobre a importância da técnica de Higienização das mãos; os alunos foram estimulados quanto a criatividade e relacionamento interpessoal, bem como adquiriram competências, habilidades e atitudes necessárias para desempenhar papel fundamental no exercício da enfermagem com qualidade e humanização.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, ECB. et al. Ações de educação em higienização das mãos como estratégia à segurança do paciente: Relato de experiência. Revista Brasileira de Educação em Saúde.; v.7, n.2, p.68-71, abr-jun, 2017. Disponível em: <http://oaji.net/articles/2017/2628-1515434197.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. DUARTE, VMN. Paródia e Paráfrase: exemplo de intertextualidade. 2018. Disponível em: <https://portugues.uol.com.br/redacao/parodiaparafraseexemplosintertextualidade.h tml>. Acesso em: 10 set 2018. MACHADO, LAR. A paródia como objeto de aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2015. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134394/000986817.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. MITRE, SM., et.al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva (Rio de Janeiro) 2008; 13 (Supl.1): 2133-2143.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2a18.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. PRIMO, MGB et al. Adesão à prática de higienização das mãos por profissionais de saúde de um Hospital Universitário. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010 abr./jun.;12(2):266-71. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5216/10.5216/ree.v12i2.7656>. Acesso em: 10 set 2018.

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TREINAMENTO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

CLÁUDIA LUCIA LIMA10 SUZANA MÁRCIA R. SANTOS ROSIMEIRE PAULA SANTOS MÁRCIO MARQUES RIBEIRO

No dia 05 de maio é considerado o dia mundial da higiene das mãos. Ainda que a higiene das mãos seja a medida mais importante e reconhecida há muitos anos na prevenção e controle de doenças transmitidas por contato, realizar essa prática corretamente é um desafio diário que todos nós temos que enfrentar, principalmente nas estações de outono e inverno, épocas que, segundo estudos científicos, há maiores riscos de contaminações por vírus, tanto pelo contato, quanto pelo ar. Segundo a Anvisa (2013), ao realizar a higienização das mãos é possível remover sujidades, suor, células descamativas e microbiotas da pele, prevenindo, assim, infecções por rotavírus e doenças, tais como, gastroenterites, gripes, conjuntivite, entre outras. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienização das mãos. E para atender a demanda e contribuir com o controle sanitário, publicou-se a Resolução da Diretoria Colegial (RDC) nº42, de 25/10/2010 (BRASIL, 2010) que dispõe da obrigatoriedade da disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país. Infelizmente, apesar de inúmeras evidências de que a correta higienização das mãos é a medida mais importante para a redução da transmissão de microrganismos, a adesão a essa prática permanece baixa, com média, 40% de acordo com alguns estudiosos (BRASIL, 2009; HELMS, et al., 2010; DIERSSENSOTOS et al., 2010; GILBERT et al., 2010).

Supervisão Educacional Pedagógica Regional -São José do Rio Preto – E-mail para contato: claudia.lima@cps.sp.gov.br. 10

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Ademais, entre os fatores relacionados com essa baixa adesão à higienização das mãos em serviços de saúde e escolas de enfermagem, podemos destacar a deficiência de insumos como sabonete e papel toalha nas escolas e nos ambientes de saúde; falha na atitude pessoal; falta de exemplos e incapacitação dos profissionais de saúde e educação (PITTET et al., 2009). Diante desse quadro, faz se necessário nas escolas, uma especial atenção dos Gestores e Educadores em incentivar e sensibilizar as pessoas para esta questão. Toda a comunidade escolar também deve estar consciente da importância da higienização correta das mãos, visando à diminuição da disseminação de doenças transmissíveis. Nessa perspectiva, os Alunos do Curso da Habilitação Técnica em Enfermagem da ETEC Philadelpho Gouvêa Netto foram orientados pela Gestão de ensino a modelar a higienização das mãos com o gel iluminador, tendo como alvo, dessa tarefa, a comunidade escolar, a fim de conscientizar a comunidade escolar sobre a lavagem correta das mãos; evitar a transmissão de doenças por contato; diminuir a sujidade que favorece a proliferação de microrganismos; incentivar a lavagem das mãos antes de ingerir alimentos e; orientar a importância da lavagem das mãos antes e depois de utilizar o banheiro. Com isso, o trabalho trata de um relato de experiência, com observação direta, realizado pelos alunos do Curso Técnico em Enfermagem da Unidade Philadelpho Gouvêa Netto, de São José do Rio Preto. A experiência de criação de uma campanha de educação em saúde

Iniciamos a criação de um projeto escrito para situar o aluno do que seria realizado, nos dois dias de campanha (08 e 09 /05/2018), cada equipe ficou com funções distintas, levando em consideração as suas habilidades pré-existentes, tais como: escrever o projeto, lista de presença, convidar os participantes, fazer a “caixa preta” (que foi pintada de preto por dentro e branco por fora contendo três aberturas, duas frontais e uma superior), comprar e customizar o gel iluminador, mural, confecção da pipoca gourmet, plaquinhas motivacionais, óculos de plásticos, luva gigante de tecido e toda a produção.

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A ação educativa foi realizada no prédio da escola junto à comunidade escolar, com aproximadamente 400 participantes entre funcionários, alunos e docentes, envolvendo o período diurno e noturno. O treinamento para modelar a higienização das mãos ocorreu por meio de orientações desses alunos aos participantes, os quais utilizaram um quadro ilustrativo que explicitava a lavagem das mãos. Depois os discentes e partícipes treinaram a higienização das mãos, efetuando os seguintes procedimentos: “Primeiro o participante espalha o álcool gel, pigmentado com tinta neon nas mãos, a seguir as colocavam na abertura da caixa preta e com a luz negra, no seu interior, essa luz reflete o álcool gel iluminador na abertura superior, podendo ser observado os locais que não tem gel, evidenciando as áreas que não foram adequadamente higienizadas, ou seja, onde houver pontos roxos a lavagem está incorreta. E os locais sem pontos roxo, com pontos verdes demonstram a higienização correta das mãos. O tempo utilizado para a realização da técnica foi de 10 a 20 segundos para cada participante lavar as mãos. Ademais, para motivar os candidatos presentes no evento foram confeccionadas plaquinhas motivacionais, “pipocas gourmet” ensacadas em luvas estéreis que foram distribuídas a todos e por fim, em forma de brinde, foram produzidas luvas gigantes de tecido, com enchimento de manta acrílica e com detalhes em material de feltro, as quais simbolizaram as bactérias. Verificou que os alunos de enfermagem estavam envolvidos alegres, criativos e participativos, na produção que foi elaborada de maneira a descontrair o processo de ensino aprendizagem dos participantes que ali estavam; os alunos surpreenderam os docentes, com tamanha responsabilidade para o sucesso da campanha. Também não faltou colaboração da Coordenadora do Curso de enfermagem e da Auxiliar docente que se empenharam nos detalhes e na organização. A campanha de ações educativas foi realizada com 400 participantes nos períodos matutino, vespertino e noturno. O convite foi feito para toda comunidade escolar, porém, alguns não quiseram participar. Como já esperado, os alunos de enfermagem e docentes sobressaíram na lavagem correta das mãos, e os demais participantes foram orientados e reorientados ao final de cada técnica, quando necessário.

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O maior problema encontrado de acordo com os alunos, foi a fabricação da caixa de madeira (caixa preta) devido à falta de materiais, desta maneira o corte das madeiras, teve de ser realizado com serrote e lixadeira; e o mais interessante foi o trabalho em equipe e o entendimento da importância da lavagem das mãos, trazendo com isso grande contribuição no processo ensino-aprendizagem para os alunos, uma vez que puderam relacionar a teoria com a prática e a relação interpessoal com todos os colaboradores da Unidade Escolar. O estudo teve como objetivo modelar a higienização das mãos de toda a comunidade escolar, com auxílio dos alunos de enfermagem, por meio de orientação, seguida da lavagem correta das mãos, utilizando álcool gel tingidos com tinta neon. Concluímos a ação positiva, porém além de modelar, surgiu a curiosidade de acompanhar os participantes, durante o ano letivo, sendo assim, para o ano de 2019, serão realizados dois momentos; 1º momento para a lavagem das mãos com orientação e o 2º momento para acompanhamento dos resultados; ou seja, será realizada a Educação continuada e direcionada aos educadores, alunos e os profissionais de limpeza e da cantina da escola.

REFERÊNCIA BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Higienização das Mãos. Brasília, 2009. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. Acesso em: 03 maio de 2013. DIERSSEN-SOTOS, T. et al. Evaluating the impact of a hand hygiene campaign on improving adherence. Am J Infect Control, v.38, p.240-243, 2010.

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GILBERT, K. et al. Does hand hygiene compliance among health care workers change when patients are in contact precaution rooms in ICUs? Am J Infect Control, v.38, p.515-517, 2010. HELMS, B. et al. Improving hand hygiene compliance: A multidisciplinary approach. Am J Infect Control, p. 1-3, 2010. PITTET, D. Statewide hand hygiene improvement: embarking on a crusade. MJA, v. 191, n. 8, p. S5-S7, 2009.

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: DA TEORIA À PRÁTICA.

CINTIA PINHEIRO BROGGIO BENICASA11 JOYCE CRISTINA LEITE SANTOS TEIXEIRA12

Lavar as mãos, muitas vezes, é considerado um ato simples e sem grande importância. Todavia, sua higienização pode ser considerada como uma medida de prevenção contra várias doenças, podendo, inclusive, salvar vidas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças como a diarreia poderiam ser evitadas e reduzidas em até 40% se todas as pessoas lavassem adequadamente as mãos. Em hospitais, unidades de saúde ou clínicas, o termo higienizar vai muito além do que lavar as mãos com água.

Conforme Escalante e Scussiato (2016): Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.

É importante acentuar que, nesses lugares, o manejo das pessoas que sofrem com infecções é constante e, consequentemente, os cuidados devem ser dobrados. Higienização engloba adotar práticas diárias e constantes. De acordo com Locks, Lacerda, Gomes e Serratine (2011), essas infecções são impactantes porque causam um aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos, e uma prolongada incapacidade. Diante desse cenário, verificou-se a necessidade de desenvolver o projeto, visando à abordagem junto ao público frequentador de unidades básicas de saúde e instituições de ensino, sobretudo crianças e adolescentes, valendo-se do envolvimento dos alunos do curso técnico de enfermagem da Etec de Suzano, especificamente do 1º módulo.

Docentes do Curso Técnico em Enfermagem na Etec de Suzano – Suzano – E-mail para contato: cintiabroggio@yahoo.com.br. 12 E-mail para contato: joyce.cris.teixeira@gmail.com. 11

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Para isso, o objetivo geral do presente trabalho foi orientar a comunidade de uma unidade básica de saúde do município de Suzano, bem como crianças e adolescentes de três instituições escolares do mesmo município sobre a higienização correta das mãos.

Ações de saúde para a comunidade do município de Suzano

A metodologia consistiu em uma orientação aplicada nos respectivos locais sobre higienização das mãos, com duração de 20 minutos. Foram utilizados os seguintes recursos materiais: álcool em gel, sabonete líquido, papel toalha, cartazes, papel sulfite, impressora de tinta colorida. É importante ressaltar que para a obtenção desses recursos houve o devido aporte por parte da coordenadora do curso técnico de enfermagem, bem como da coordenadora pedagógica, e coordenador do curso técnico de química, prof. Cesar Tatari.

A aplicação da metodologia compreendeu três etapas: Etapa 1: divisão de quatro grupos de alunos do curso técnico de enfermagem e sorteio dos locais de acesso para a orientação; Etapa 2: realização de roda de conversa sobre o tema e depois demonstração da técnica correta de higienização das mãos; Etapa 3: emprego de dinâmica com sabonete líquido e álcool em gel para verificar se os participantes assimilaram a técnica correta de higienização das mãos.

Para tanto, o projeto foi desenvolvido com 40 (quarenta) alunos do curso técnico de enfermagem do 1º módulo, os quais foram divididos em 04 (quatro) grupos de 10 (dez) alunos cada. O 1º grupo ficou designado para desenvolver o projeto nas dependências da Etec de Suzano, para o público alvo de adolescentes entre 14 e 17 anos. O 2º grupo foi encaminhado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP, no Câmpus Suzano, também visando abordar o público adolescente. O 3º grupo foi deslocado para a EMEF Célia Pereira de Lima, onde trabalhou com crianças de 04 e 05 anos de idade. www.rebraensp.com.br

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O 4º grupo foi dirigido à Unidade Básica de Saúde da Vila Urupês, local em que atuou com toda a comunidade frequentadora daquele local. Nas unidades escolares elencadas acima, os grupos trataram de reunir os alunos nos respectivos pátios, e efetuaram palestras. Em seguida, organizaram os mesmos a que se dirigissem aos lavatórios, para a parte prática da atividade, que consistiu na lavagem das mãos, e uso do álcool em gel. A coordenadora pedagógica da Etec de Suzano, após a realização do projeto, reconhecendo a importância do tema, providenciou o fornecimento de frascos de álcool em gel, que foram devidamente disponibilizados nos banheiros, refeitório, biblioteca, secretaria e sala dos professores com uso efetivo por todos os funcionários e alunos que receberam a intervenção. Na Unidade Básica de Saúde, tendo em vista o fluxo contínuo de usuários, e para não atrapalhar o andamento das atividades dos profissionais ali instalados, não foi possível a realização de palestras, de forma que foi empreendida abordagem direta junto aos usuários daquele serviço público de saúde, apenas com a utilização de álcool em gel, além de rápida explanação sobre o tema. Cada grupo ofereceu pertinente relatório acerca das atividades realizadas. Os alunos foram convidados a apresentar seus trabalhos em desenvolvimento no modelo projeto científico na semana de enfermagem da Faculdade PIAGET, para alunos de graduação em enfermagem, fisioterapia e estética. Ainda na Faculdade PIAGET participaram também da Semana Científica junto de outros trabalhos acadêmicos. Os grupos foram muito bem recebidos em todos os ambientes para os quais foram deslocados. Houve ampla participação do público frequentador das unidades visitadas, havendo feedback no sentido de que novas ações do tipo sejam efetuadas, e solicitações para que os alunos do curso técnico de enfermagem possam oportunamente retornar àqueles locais, visando a realização das atividades mostrando a necessidade de mais investimentos em estudos e pesquisas para a melhoria deste tema. Os alunos como futuros profissionais da área da saúde puderam apropriar-se do conhecimento e principalmente da importância do ato, interiorizando o procedimento como medida primordial para segurança do paciente e pessoal.

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A Prefeitura Municipal de Suzano presenteou os alunos envolvidos com camisetas comemorativas do “Festival do Meio Ambiente”, realizado no Parque Municipal Max Feffer, na cidade de Suzano. Nesse evento em específico, os alunos do grupo que ali se encontrava foram chamados a subir ao palco de eventos, em meio às atrações musicais que eram apresentadas, e juntos passaram a realizar dinâmica com a plateia (passo-apasso da higienização). O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP Câmpus Suzano entendeu que a atividade foi muito proveitosa para o público daquela instituição, e se prontificou, através de seus coordenadores de curso, a iniciar parcerias com a Etec de Suzano. Também acabaram por presentear os alunos do grupo que lá trabalhou, com kits educacionais, compostos por bolsa, caderno, livro digital e caneta marca texto. É inegável o sentimento de satisfação com a realização do projeto ora proposto, tendo em vista o respaldo e incentivo oferecido pelas coordenadoras do curso e pedagógica, bem como pela Direção da Etec de Suzano. Além disso, a aceitação superou as expectativas, haja vista a grande participação do público em todas as unidades visitadas. A dinâmica ativa possibilitou a aquisição do conhecimento efetivo para os alunos e o interesse pela pesquisa científica. Deste modo as atividades realizadas serão temas para uma feira científica (MOC) Mostra Científica da ETEC de Suzano, realizada dentro da própria escola classificada em duas categorias, Ciências Agrárias, Biológicas e Saúde e Experiências Escolares de Excelência.

REFERÊNCIAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual orienta profissionais de saúde sobre higiene das mãos. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/editoria/saude/2016/05/manual-orienta-profissionais-desaude-sobre-a-higiene-das-maos>. Acesso em 20/07/2018. ESCALANTE, Mayara Moreira Barbosa; SCUSSIATO, Louise Aracema. Higienização das mãos. Anais do EVINCI-UniBrasil 1.3 (2016): 196-196.

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LOCKS L.; LACERDA, J.T.; GOMES E.; SERRATINE, A.C.P. Qualidade da higienização das mãos de profissionais atuantes em unidades básicas de saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre (RS) 2011 set; 32(3): 569-75. OMS – Organização Mundial da Saúde. Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos na assistência à saúde. Disponível em: <https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/WHO_Guidelines%20on%20Hand%20 Hygiene%20in%20Health%20Care.pdf>. Acesso em: 01/08/2018. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. A importância de lavar as mãos. Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-lavar-asmaos.htm>. Acesso em 25/07/2018.

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ENSINO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PARA CRIANÇAS ATRAVÉS DE ATIVIDADES LÚDICAS

CYNTHIA MARIA SANTOS SOARES13

A prevenção de doenças é fundamental na comunidade e a higienização das mãos é o primeiro passo para consegui-la. Com a higienização das mãos poderemos remover sujidade, suor, oleosidade, células descamadas, interrompendo assim a veiculação de infecções. A higienização das mãos é a medida mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções em uma comunidade. Na epidemiologia, as mãos constituem fonte e veículo de transmissão de microrganismos. Recentemente, o termo lavagem das mãos foi substituído por “higienização das mãos” devido á maior abrangência deste procedimento; englobando desde a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção e a antissepsia cirúrgica das mãos. A proposta de trabalhar com crianças surge da premissa que as mesmas sejam veículo de transmissão de mudanças na sociedade, a partir do momento que repassam aos pais e familiares a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças.

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Jacintho Ferreira de Sá – Ourinhos – Email para contato: cynthiamss@gmail.com. 13

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Segundo Santos (1999), para a criança, brincar é viver. E descreve alguns enfoques teóricos ao brincar: - do ponto de vista filosófico, o brincar é abordado como um mecanismo para contrapor à racionalidade; - do ponto de vista sociológico, o brincar tem sido visto como forma mais pura de inserção da criança na sociedade; brincando a criança vai assimilando crenças, costumes, regras, leis e hábitos do meio em que vive; - do ponto de vista psicológico, o brincar está presente em todo desenvolvimento da criança, nas diferentes formas de modificação de seu comportamento. - do ponto de vista pedagógico, o brincar tem se revelado como uma estratégia poderosa para a criança aprender.

Em primeiro lugar, foi feito contato com a EMEI Judith Leonis Vilas Boas para se trabalhar com 65 crianças com idade de quatro a cinco anos, matriculadas na escola no período vespertino. Recebido orientação para solicitar autorização da Secretaria Municipal da Educação para execução do projeto. Ofício feito e encaminhado, mas não houve retorno em tempo hábil para se desenvolver o projeto. A partir dessa primeira medida, já iniciamos o trabalho com os alunos do primeiro módulo do curso Técnico de Enfermagem, do primeiro semestre de 2018, para execução do projeto, com o intuito de demonstrar, através de atividades lúdicas, a importância da higienização das mãos, para crianças, na prevenção de doenças.

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O desenvolvimento de estratégias lúdicas para promover o processo de aprendizagem infantil

O trabalho com os alunos foi feito em sala de aula, onde surgiram discussões e acertos para se desenvolver o projeto. Foram utilizados para elaboração do mesmo o quadro branco com pincel, onde elaboraram a letra da música que seria ensinada às crianças; computador; data show. Como fundo musical foi feito uma adaptação da música do filme Rei Leão, Hakuna Matata. Utilizou-se aproximadamente quatro horas/aulas de cinquenta minutos cada na elaboração da letra e ensaio da música pelo grupo. Os alunos saiam da aula e na próxima semana traziam novas propostas e acertos para a letra da música. Os fantoches foram comprados e seriam adaptados a estória proposta. Os alunos trouxeram tecido, papelão e cola para a confecção de um palco pra apresentação, que acabou não sendo elaborado em função da falta de autorização para execução do projeto na Escola Municipal de Educação Infantil. O projeto seria contar estória com fantoches sobre a importância da higienização das mãos, cantando a música elaborada pelo grupo. Depois sujar as mãozinhas das crianças com guache para que eles desenhem as próprias mãos no papel. Enquanto o desenho é colocado para secar, os alunos ensinariam as crianças a fazerem a higienização das mãos cantando a música e mostrando que a retirada da sujidade só acontece quando a higiene é feita corretamente. As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria dando significado ao processo ensino aprendizagem, estimulando a vida social e o desenvolvimento construtivo da criança. O projeto não foi executado por falta de autorização da Secretaria Municipal da Educação. Porém, a proposta continua viva, pois poderemos executá-la em outra ocasião mudando o local e tempo de execução da mesma.

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Foi proposto por uma das alunas que fizéssemos contato com Escolas Particulares de Educação Infantil para executarmos o projeto, mas ocorreu o recesso escolar e o adiamento da execução. Como os alunos que desenvolveram o projeto estão ainda no segundo módulo do curso Técnico de Enfermagem, acredito que poderemos executa-lo em outra ocasião mudando a comunidade foco. Enfatizo que esse projeto deve ser desenvolvido com crianças na faixa etária de quatro a cinco anos; pois o grande objetivo do mesmo é que essas crianças sejam veículo de mudanças sociais, a partir do momento que repassam aos pais e familiares a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças. Quando bem aplicada, a educação lúdica pode contribuir para uma formação crítica do educando, para definir valores e para melhorar o relacionamento social em comunidade. A atividade lúdica é significativa para criança, pois permite que a mesma consiga conhecer, compreender e construir seus conhecimentos, tornando-se capaz de exercer sua cidadania com dignidade e competência. A criança estimulada e motivada com a higienização das mãos, será fundamental para mudança de postura na comunidade em que vive, e assim propiciar a interrupção da transmissão de microrganismos no meio ambiente.

REFERÊNCIAS BATHKE, J.; CUNICO, P. A.; MAZIERO, E. C. S.; CAUDURO, F. L. F.; SARQUIS, L. M. M.; CRUZ, E. D. A. Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Rev Gaúcha Enferm.; v. 34, n. 2, p. 78-85, 2013. Dallabona SR e Mendes SMS.O Lúdico na educação infantil :jogar, brincar, uma forma de educar. Instituto Catarinense de Pós-Graduação. Revista de divulgação técnico…, 2004. Disponível em: <academia.edu>. Acesso em: 10 set 2018. Neves Z, Tripple A, Souza A, Pereira M, Melo D, Ferreira L. Higienização das mãos: o impacto de estratégia de incentivo à adesão entre profissionais de saúde de uma

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unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Latino Americana de Enfermagem; v. 14, n. 4, p. 546-552, 2006. Santos SMP. Brinquedos e infância: um guia para pais e educadores. Rio de Janeiro, Vozes,1999.

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SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS PROJETO - Aqui não Infecção! já lavei as MÃOS

DENISE CRISTINA FUMIS14

As infecções associadas aos cuidados de saúde são uma ameaça à segurança dos pacientes, pois atingem milhares em todo o mundo a cada ano. Essas infecções afetam em torno de 5 a 10% dos pacientes hospitalizados e o principal meio de transmissão é através das mãos contaminadas dos profissionais de saúde. Assim, a higienização das mãos é essencial para se prevenir infecções hospitalares, proteger os profissionais de saúde bem como para prevenir a contaminação do ambiente hospitalar (OMS. 2016). Sobre a Infecção, os dados revelam que, em países em desenvolvimento como o Brasil, os casos de infecções hospitalares associadas aos cuidados de saúde são ainda maiores e as atividades que promovem a prevenção destas por meio da higiene das mãos são inferiores a 40% entre os profissionais de saúde, isso faz com que haja a disseminação de organismos multirresistentes, uma vez que contribui significativamente para surtos de infecção em hospitais e centros de saúde (OMS. 2016). De acordo com a cartilha, “Os 10 Passos para a Segurança dos Pacientes” (2010), é possível encontrar conceitos e as informações de relevância ao entendimento sobre a higienização das mãos, que são elas:

Docente nos cursos Técnico em Enfermagem e Segurança do Trabalho da ETEC “Prof. Eudécio Luiz Vicente”- Adamantina- SP e ETEC “Amim Jundi” – Osvaldo Cruz. E-mail para contato: denise.fumis@hotmail.com. 14

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Higienizar as mãos é remover a sujidade, suor, oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota da pele, com a finalidade de prevenir e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde. Quando proceder à higienização das mãos: 1. Antes e após o contato com o paciente. 2. Antes e após a realização de procedimentos assépticos. 3. Após contato com material biológico. 4. Após contato com o mobiliário e equipamentos próximos ao paciente (COREN-SP, 2010, p. 9).

Mediante os passos, verificou-se a necessidade em conscientizar os alunos do curso Técnico em Enfermagem sobre os hábitos e a importância de higienização das mãos para a prevenção de infecções relacionadas aos cuidados de saúde, visando as informações na formação daqueles que estarão em contato direto com o paciente/cliente e também porque alguns desses alunos já atuam como auxiliares de enfermagem, pensando na formação vale ressaltar que existe a Portaria nº 529 de 1º de abril 2013, que instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que enfatiza a necessidade de incluir o tema “segurança do paciente” no ensino técnico e de graduação, na pósgraduação na área da Saúde e na educação permanente dos profissionais da Saúde (BRASIL, 2013). Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo não só ir de encontro com a portaria que regulamenta esta temática, mas também desenvolver nos discentes a real conscientização sobre a Importância da lavagem das mãos, já que desde as disciplinas do I módulo do curso sempre são ensinados e cobrados com relação ao ato de lavar as mãos, uma atitude simples, mas que evita muitas complicações. Através de atividades reflexivas em sala de aula e práticas em laboratório para verificar a incidência de bactérias nas mãos sem serem higienizadas e nas mãos higienizadas foi possível conscientizar os alunos sobre a importância da higienização das mãos ao lidar com pacientes, uma vez que conseguiram observar que quando as mãos não estão higienizadas, o número de bactérias é muito superior ao das mãos bem higienizadas, sendo que nestas últimas se constatou a presença de poucas bactérias. Sendo assim, se espera trazer novos olhares para os futuros profissionais de saúde a respeito da higienização das mãos para se evitar a proliferação de infecções em hospitais e centros de saúde e até a contaminação do próprio profissional.

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Neste sentido, o trabalho tem por objetivo desenvolver nos alunos a real conscientização sobre a Importância da higienização das mãos, já que desde as disciplinas do I módulo sempre são ensinados e cobrados com relação ao ato de lavar as mãos, uma atitude simples, mas que evita muitas complicações.

Prática docente diferenciada para significar novos comportamentos em alunos de enfermagem

Estudo transversal e seccional realizado nas dependências da ETEC “Prof. Eudécio Luiz Vicente”, na cidade de Adamantina, estado de São Paulo, através de atividades realizadas em sala de aula e em laboratório no primeiro semestre de 2018, envolvendo 25 alunos do curso Técnico em Enfermagem na qual depois de aula dialogada, realizaram experiências em laboratório e elaboração de cartazes a respeito da higienização das mãos. Para a realização das atividades, num primeiro momento, em sala de aula, foram necessários canetões para a lousa, computador e uso do Datashow. No segundo momento a visualização do crescimento bacteriano em laboratório de açúcar e álcool da unidade escolar no qual foram necessários vários materiais, tais como: Swab (cotonetes), reagentes meios de cultura – Agar Nutrient e MacConkey; balança analítica; papel pardo; placas de Petri; béquer para pesagem e Erlenmeyer; água destilada; autoclave; refrigerador, estufa de crescimento microbiológico e contador de colônias. No terceiro momento foram utilizados os Canetões Coloridos; EVA´S e Cartolinas para elaboração de cartazes. Todas as atividades foram registradas utilizando celulares para tirar fotos. O Agar foi preparado no dia da aula de saúde e segurança ocupacional em dia de sexta feira, no qual em primeiro momento não obtivemos as melhores respostas para o processo de gelatificação então o processo do ágar foi repetido por três vezes sendo necessário na quarta tentativa à aquisição e mudança do tipo ágar e que deu resultado positivo, pois gelatificou bem e já deu para fazer os testes no mesmo dia de produção do ágar. Ou seja, também foi possível a realização das contaminações das plaquinhas.

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As alunas foram orientadas ao utilizarem o banheiro, que de forma comum manipulassem a descarga, maçanetas e que nesse momento não lavassem as mãos, imediatamente foi utilizado o Swab nas mãos destas discentes, passado para as placas, após fizeram a técnica da higienização das mãos e de novo o processo foi repetido com o Swab e as placas. No dia seguinte, foram analisadas as placas colocadas na estufa, no qual o resultado foi que nas placas em que as mãos não estavam higienizadas havia um grande número da bactéria do formato e tipo Escherichia Coli, enquanto que nas placas das mãos higienizadas, as bactérias eram quase inexistentes, porém ainda havia pequenas formações de colônias. Assim foi possível constatar de forma prática o quanto a higienização das mãos é essencial nos serviços de saúde para amenizar e prevenir complicações durante assistência aos pacientes/clientes e que também fornece riscos para a saúde dos próprios profissionais. Após a análise dos resultados obtidos, se constatou que é de extrema importância a conscientização dos futuros profissionais da área de saúde a respeito da higienização adequada das mãos, seguindo os momentos essenciais e as técnicas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e pelas determinações do COREN e dos governos, seja utilizando água e sabão ou álcool em gel. Isso porque, ao realizar a experiência, a bactéria encontrada foi a Escherichia Coli, que é responsável por provocar doenças, como Infecções urinárias e as complicações como o caso das pielonefrites, diarreia e também suas complicações nas gastroenterites, e ainda se revela sobre a septicemia, que é quando a infecção pela bactéria se espalha pelo sangue em todo o organismo. (FRAZÃO, 2018). Além disso, através de atividades práticas, a aprendizagem é mais eficiente e, consequentemente a conscientização, uma vez que ao realizarem a experiência em laboratório para verificar a presença de bactérias nas mãos, os alunos puderam perceber que sem uma boa higienização, a possibilidade de contaminação é maior como os mesmos observaram. (Imagens 1 e 2). Imagem 1: Alunos e docente na primeira preparação das placas de Petri com ágar para posterior análise das bactérias presentes nas mãos.

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Imagem 2: Placas com as bactérias encontradas nas mãos não higienizadas e nas mãos higienizadas com água e sabão.

Pelas imagens acima fica bem claro o quanto a higienização das mãos é importante, sendo que o ideal é após a higienização realizada a mesma passar pela higienização com álcool em gel, uma vez que pelo experimento realizado, mesmo nas mãos higienizadas com água e sabão, ainda houve a presença da bactéria (BRASIL, 2017). Foi observado, também, que ao elaborar os cartazes para serem fixados na escola, os alunos tiveram um maior comprometimento, pois estavam disseminando seus conhecimentos para outras pessoas a respeito da correta lavagem das mãos. Porém, é preciso que seja aumentado o número dessas atividades de conscientização não somente na escola como também nas dependências de hospitais e centros de saúde, uma vez que muitos profissionais, envolvidos em suas atividades cotidianas se esquecem desse procedimento tão importante, para que assim essa conscientização seja estendida para além da sala de aula. Conclui-se que os estudos realizados mostram que os profissionais de saúde devem aderir à técnica correta de higienização das mãos. A conscientização sobre a técnica de lavagem das mãos foi considerada importante por todos, e os alunos reconhecem que a técnica é fundamental na diminuição do risco de Infecção Hospitalar, proporcionando melhoria da qualidade no atendimento e assistência ao paciente bem como para a sua própria saúde.

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Foi possível compreender na prática através deste projeto, o que o COREN diz sobre a educação permanente, visto que essas ações devem voltar-se à capacitação dos profissionais em serviço de saúde, proporcionando assim, um processo de constante reflexão. Isso porque, há muitos problemas ainda a serem sanados nos serviços de saúde e a boa higienização das mãos é apenas um passo para a solução deles, uma vez que assim se evita infecções. (COREN, 2010) Desse modo, é importante o processo educativo sobre a lavagem das mãos, que deve ser contínuo, a fim de se reduzir infecções hospitalares, uma vez que um dos maiores índices de transmissão ocorre pelas mãos. Portanto, fica claro que, os alunos sabem bem a importância da técnica para o controle das infecções. Obtiveram-se, neste estudo, resultados que mostraram o crescimento de bactérias nas mãos sem higienização, pois a técnica de lavagem das mãos é considerada um hábito muitas vezes esquecido nas atividades rotineiras que envolvem profissionais x pacientes/clientes. A partir disso, sugere-se a realização de uma próxima pesquisa referente ao mesmo tema, porém através de entrevistas e até mesmo observações, uma vez que proporcionará dados mais fidedignos da realidade dos profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013. Disponível em: <www.bvsms.saude.gov.br>. Acesso em 17 ago. 2018. COREN, Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. 10 passos para a segurança do paciente. Disponível em: <www.portal.coren-sp.gov.br>. Acesso em 17 ago. 2018. FRAZÃO, Arthur. Escherichia Coli: Sintomas, tratamento, transmissão. Disponível em: <www.tuasaude.com>. Acesso em 17 ago. 2018. OMS. Organização Mundial de Saúde. Higienização correta das mãos é fundamental para garantir segurança do paciente. Disponível em: <www.paho.org>. Acesso em 17 ago. 2018.

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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília; 2017.

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS - UMA AÇÃO CONSCIENTE

ELISETE TROVAO DE SA15

A noção de segurança e de não causar danos vem desde tempos remotos, quando Hipócrates enunciava que em primeiro lugar não se deve causar danos ao tentar tratar e cuidar de alguém. Florence, em 1859, também evidenciava em seus postulados que o primeiro dever de um hospital era não causar danos ao paciente (PEDREIRA; HARADA, 2009). Nessa perspectiva, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada em 2004, vem desenvolvendo programas e diretrizes com a finalidade de orientar e facilitar atitudes seguras por todos os envolvidos no cuidado, sejam os profissionais de saúde, as instituições, e a população, procurando meios de promover a segurança do paciente, disseminando conhecimentos e fomentando a busca de ferramentas que ajudem a evitar erros e práticas inseguras no tratamento aos pacientes e seus familiares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) anualmente milhões de pacientes são vitimadas ou morrem em virtude de práticas inseguras, sendo o número muito mais significativo em países em desenvolvimento (PEDREIRA; HARADA, 2009). No Brasil, onde se reconhece a desigualdade social e a equidade é insípida, algumas iniciativas frágeis e solitárias foram executadas ao longo do tempo. Entre as iniciativas governamentais brasileiras, o Ministério da Saúde criou o Programa Hospitais Sentinelas, da Rede Nacional de Investigação de Surtos e de Eventos Adversos em Serviços de Saúde e assumiu, em 2007, durante encontro do Mercosul, o compromisso com a Aliança Mundial para Segurança do Paciente, no sentido de lutar contra as infecções produzidas pela assistência em saúde. Em abril de 2013, a publicação da Portaria nº 529, institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), baseados nos artigos das leis relacionadas à vigilância sanitária e nas considerações em relação a magnitude e relevância dos Eventos Adversos (EA). Observando as Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Sylvio de Mattos Carvalho – Matão – Email para contato: elisete.sa01@etec.sp.gov.br. 15

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recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS); ponderando a importância do trabalho integrado dos conselhos profissionais de saúde e das Instituições de Ensino e pesquisa com foco na multidisciplinaridade; atentando a gestão de riscos de forma sistemática, transparente, inclusiva, responsável, sensível e capaz de reagir a mudanças, criando estratégias e ações voltadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde que promovam segurança ao paciente e mitiguem a ocorrência de EA’s. O artigo 6º da referida portaria institui o Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (CIPNSP) que tem como uma de suas competências propor e validar protocolos, guias e manuais voltados a segurança do paciente em diferentes áreas, uma delas a de infecções relacionadas à assistência à saúde. Na enfermagem a iniciativa parte da criação da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), em 2008, com reconhecimento internacional, sendo algumas de suas propostas intermediar e promover ações que cooperem tecnicamente com todas as instituições que de alguma forma estejam ligadas a saúde, seja tanto na área de assistência de enfermagem como na formação de profissionais. Em 2010, o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP) publica e distribui aos profissionais da enfermagem, por ocasião do pagamento da anuidade, o livro Enfermagem Dia a Dia: Segurança do paciente, que retrata os desafios, fundamentos e estratégias para a segurança do paciente; cuja abordagem e destino, de acordo com os organizadores Pedreira e Harada, (2009, p. 14) é,

[...] aborda a temática segurança do paciente e é destinado especialmente a você, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem [...] têm enorme influência na promoção da segurança do paciente por comporem a maior categoria de profissionais da área da saúde no Brasil e no mundo.

Outra publicação importante elaborada por docentes e pesquisadores da enfermagem, com larga experiência prática e baseados em evidências científicas atualizadas, foi a cartilha dos Dez passos para a segurança do paciente, apresentados a seguir: 1. Identificação do paciente; 2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 3. Cateteres e sondas – Conexões corretas; 4. Cirurgia segura; 5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 6. Paciente envolvido com sua própria

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segurança; 7. Comunicação efetiva; 8. Prevenção de queda; 9. Prevenção de úlcera por pressão e 10. Segurança na utilização de tecnologia. (COREN; REBRAENSP,2010) Dentro da premissa da enfermagem ser o maior contingente de profissionais que está estritamente ligada ao cuidado, pressupõe-se, que são os profissionais de enfermagem que mais tocam no paciente ou que tocam o maior número de pacientes num ambiente de cuidados. Considerando, Barros e Nogueira (1990) desde as observações que datam de 1843 e de estudos recentes demonstra-se que as mãos são potenciais veículos de infecção, portanto, um veículo de transmissão diretamente relacionado aos EA’s. O presente trabalho pretende focar-se no segundo passo da cartilha do COREN-SP: cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos, voltando seu olhar para os alunos do curso técnico em enfermagem, que aprendem a técnica de lavagem das mãos em laboratório, no componente curricular de Semiotécnica, desenvolvido no primeiro módulo dos cursos Técnicos de Enfermagem do Centro Paula Souza, considerando que essa técnica, deverá ser executada pelo resto de sua vida profissional, portanto muito bem entendida e aplicada, cristalizando-se no aluno como uma ação consciente para garantir um cuidado seguro. Com isso, o projeto tem por objetivos desenvolver a técnica de lavagem das mãos de forma segura e consciente nos alunos do I módulo, 1º. F3 e do III módulo, 3º. F1 da enfermagem de uma ETEC do interior do Estado São Paulo, com o intuito de: - Apresentar os conceitos teóricos sobre lavagens das mãos e sua relação com EAs, enfatizando a segurança do paciente pelos alunos do 3º. F1, aos alunos do 1º. F3, de uma ETEC do interior do Estado São Paulo; - Aplicar a técnica de lavagem das mãos, segundo os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), nos alunos do 1o. F3 da enfermagem, sob a supervisão dos alunos do 3º. F1 de uma ETEC do interior do Estado São Paulo; - Analisar a ação lavagem das mãos dos alunos do 1o. F3 da enfermagem pelos alunos do 3º. F1 de uma ETEC do interior do Estado São Paulo.

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A pesquisa de campo como estratégia de ensino e promotora de atitudes conscientes

Este trabalho é uma pesquisa qualitativa de natureza aplicada, de objetivo exploratório, utilizando o estudo de campo para obter as informações necessárias seguindo conceitos de Souza (2007). A preparação e aplicação da pesquisa foi desenvolvida no primeiro semestre letivo de 2018. Foi sugerido a um grupo de seis alunos do 3º. Módulo de enfermagem que trabalhassem o tema lavagem das mãos com ênfase na segurança do paciente. O assunto foi pesquisado pelos alunos do 3º. Módulo, denominados observantes, sendo produzido material didático para apresentação aos vinte e sete alunos do 1º F1, denominados observados. Foi elaborado um termo de consentimento livre e esclarecido, apresentado e assinado pelos alunos observados. Foi ministrado aula expositiva sobre lavagem das mãos e segurança do paciente, com ênfase na Aliança Mundial para Segurança do Paciente. Em seguida, os alunos observadores, foram para o laboratório de enfermagem, prepararam o ambiente para receber os participantes do 1º F3. Os alunos do 1o. F3 foram direcionados em duplas ao laboratório de enfermagem, onde foram vendados e orientados a friccionarem as mãos com a tinta guache branca que foi depositado nas palmas de suas mãos, como se estivessem fazendo a lavagem das mãos. Logo após, foi retirada a venda e os alunos do 3º F1, observadores, analisaram junto com o aluno observado, os locais onde as mãos não tinham sido higienizadas; sendo consideradas higienizações não adequadas. Para a retirada da tinta, foi pedido ao aluno participante que lavasse as mãos, seguindo o quadro de instrução da ANVISA, fixado na parede acima da pia. Foram anotadas as higienizações adequadas e inadequadas. Com os dados obtidos foram elaborados quadros e gráficos. A turma do 1º. F3 é formada por 27 alunos. No dia da apresentação e pesquisa estavam presentes 25 alunos. Foram acompanhados 22 alunos. Além das duas faltas, 3 alunos se recusaram a participar da pesquisa. Os alunos observadores anotaram o número de alunos que efetivaram a higienização das mãos conforme padrão da ANVISA, separando

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as higienizações adequadas das inadequadas. Foram consideradas higienizações adequadas as que apresentaram todas as áreas das mãos e dos punhos tingidas com a tinta guache. Foram classificadas como higienizações inadequadas aquelas que apresentaram áreas, independentemente do tamanho, onde a tinta não tingiu. O quadro e gráficos a seguir demonstram os dados encontrados.

Quadro 1: Número de alunos com higienização adequada, inadequada segundo padrão da ANVISA, ausentes e os que se recusaram a participar.

Higienização das mãos

Higienização das mãos

adequada

inadequada

5

17

Recusaram participar da pesquisa

Faltaram no dia letivo

3

2

Total

27

Gráfico 1: Número de alunos com higienização adequada, inadequada segundo padrão da ANVISA, ausentes e os que se recusaram a participar.

3 Recusaram participar da pesquisa 11%

5 Higienização adequada 19%

2 Ausentes no dia letivo 7% Higienização Inadequada 63%

Os alunos do 3º. F1, observantes, apresentaram material teórico adequado, pertinente, com conteúdo teórico atual, enfatizando a importância de um cuidado seguro para a redução dos EA’s. Fizeram uma apresentação segura, com algumas observações feitas pelo docente presente sobre o layout. Em seguida, foi apresentado e lido o termo de

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consentimento livre esclarecido, sendo assinado por 22 dos alunos presentes. Não houve questionamento sobre o motivo de 3 não quererem participar, preservando o direito ético das pesquisas. Embora fosse notório um certo constrangimento e surpresa dos observadores, que verbalizaram a preocupação e demonstraram terem assimilado a importância de uma lavagem das mãos correta e consciente para um cuidado seguro. Logo após os alunos do 1º F3, observados, foram encaminhados para o laboratório de enfermagem e iniciaram a ação da lavagem das mãos como descrito na metodologia. Vale salientar que, todos alunos observados estavam cursando o componente curricular de semiologia e Semiotécnica tendo realizado, em algum momento formal, a técnica da lavagem das mãos. Dos 22 observados, 17 (63%) apresentaram higienização inadequada, deixando áreas das mãos e dos punhos sem a cobertura da tinta utilizada, contra 5 (19%) que conseguiram realizar a técnica de lavagem das mãos de forma adequada, em acordo com as normas e padrão da Anvisa. Estudos como o de Tipple et ali 2010 corroboram com os resultados encontrados em nossa pesquisa. No referido estudo apenas 25 (9,6%) dos acadêmicos descreveram a técnica de higienização das mãos de forma correta. Os mesmos autores salientam a necessidade de que o ensino e supervisão em relação a prevenção e controle das infecções devem continuar durante todo momento acadêmico do aluno e de acordo com as necessidades encontradas, pois os alunos aprendem a técnica de lavagem das mãos no primeiro ano de formação e a aplicação da técnica será ao longo de toda sua vida profissional. Felix e Miyadahira (2009), demonstram em seu trabalho com alunos da graduação que a média de alunos que executou a técnica de lavagem das mãos corretamente foi muito baixa, 8,8%, numa amostra de 113 alunos do 2º., 3º. e 4º. ano de graduação numa universidade pública. Diante desse resultado é necessário garantir ao máximo momentos de reflexão sobre o que se carrega nas mãos além de equipamentos médicos, cirúrgicos e materiais para procedimentos. Considerar que uma atitude simples, econômica e eficiente, como a

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lavagem correta das mãos, permite um cuidado seguro e que deve ser difundida, acompanhada e avaliada durante todo o curso técnico de enfermagem. O envolvimento de todos os docentes independente do componente curricular ministrado, seu exemplo, sua supervisão é fundamental na construção desse conhecimento, considerando que o aluno aprende formalmente a técnica de lavagem das mãos no início do curso, mas deverá executá-la corretamente o resto de sua vida profissional. Os resultados também levam a refletir sobre a eficácia das ferramentas utilizadas no conteúdo formal. Estariam sendo adequadas? Outra inquietação sentida pelo pesquisador é a não participação de alguns alunos. Quais seriam suas razões? Quais valores estariam sendo agregados por esses alunos a essa técnica? Esses questionamentos deixam explicito que não é recomendável dar por encerrado o assunto, mas promover ações que estimulem a convicção de que lavar as mãos de forma adequada é a medida preventiva mais importante para controlar as transmissões de infecções por contato.

REFERÊNCIAS BARROS, R.C.N.; NOGUEIRA, R.A. A Equipe de saúde e a lavagem das mãos no controle das infecções hospitalares. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v.43 (1,2,3/4): 64-70, jan/dez.1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v43n1-2-34/v43n1-2-3-4a10.pdf. Acesso em:25 agosto 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do paciente/Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agencia Nacional de Vigilância Sanitária- Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 40p. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO- COREN-SPREDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE-REBRAENSP-POLO SÃO PAULO.10 Passos para a segurança do paciente. São Paulo-2010 FELIX, C.C.P.; MIYADARAHIRA, A. M. K. Avaliação da Técnica de lavagem das mãos executada por alunos do Curso de Graduação de Enfermagem. Revista Escola

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Enfermagem USP. São Paulo, n.1, v.43: 139-45, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n1/18.pdf>. Acesso em: 28 agosto 2018. PEDREIRA, Mavilde da Luz Gonçalves; HARADA, Maria de Jesus Castro Sousa (Org.). Enfermagem dia a dia: segurança do paciente. São Caetano do Sul: Yendis, 2009. 214 p. SOUZA, A.C.; FIALHO, F.A.P.; OTANI, N. TCC: Métodos e Técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007. TIPPLE et al. Técnica de higienização simples das mãos: a prática entre acadêmicos da enfermagem. Ciencia y Enfermería. Chile, Universidad de Concepción Concepción, núm. 1, vol. XVI 2010, pp. 49-58. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/3704/370441804006.pdf>. Acesso em: 27 agosto 2018.

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TRABALHANDO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E A EDUCAÇÃO E SAÚDE NO ENSINO MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

FABIANO FERNANDES DE OLIVEIRA16

A higienização de mãos é a medida individual mais eficaz e menos custosa para prevenir a proliferação das infecções relacionadas à saúde. Os profissionais de saúde são a fonte mais frequente de contaminação e disseminação das infecções no ambiente hospitalar, apesar de ter embasamento teórico e prático sobre o assunto (SCHEIDT; CARVALHO.20416). A Organização Mundial de Saúde (OMS) adverte que para a higienização das mãos algumas orientações são defendidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que recomendam a utilização de água e sabonete líquido, com a finalidade de remoção de sujidades e microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, o que preveni e restringe as infecções causadas pelas transmissões cruzadas, sendo esse método uma ação individual, singela e de baixo custo. Pesquisas recentes sobre a higienização das mãos no ambiente escolar (LUBY et al.; VINDIGNI, RILEY, JHUNG 2011; LAU, et al 2012) assinalam como resultados que a lavagem correta das mãos restringe o índice de absenteísmo escolar devido às doenças contagiosas relacionadas à higiene das mãos. Em 2011 o Global Hygiene Council conduziu uma pesquisa sobre comportamento em higiene envolvendo 13 países, entre eles o Brasil. Os resultados apontaram que o Brasil é o país que mais se preocupa com a higiene pessoal e doméstica. No ranking mundial é um dos países que menos contrai infecções por contaminação (LOPES, 2012). Estudos mostram justificativas para esta baixa adesão como; falta de motivação, irresponsabilidade, falta de consciência, pouca importância ao fato da transmissão de doenças por infecção cruzada de microrganismos, ausência de pias e lavabos para

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. José SantAnna de Castro – Cruzeiro – E-mail para contato: fabianojhs@yahoo.com.br. 16

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higienização das mãos, reações alérgicas e cutâneas nas mãos, falta de tempo dentre outros (NEVES, 2015). Diante desta provocação, consideramos que os esforços para o aumento da adesão e a disseminação de informações já no período e no ambiente escolar frente ao tema da higienização das mãos devem ser socializados. Sabemos, entretanto, que uma mesma estratégia pode produzir impactos diferentes, uma vez que a adesão depende não apenas dos fatores externos, mas dos fatores internos ligados a cada cidadão na sua individualidade. O objetivo deste artigo é relatar a experiência da utilização de uma das estratégias de incentivo e conscientização à higienização das mãos utilizada durante o ensino interdisciplinar para os alunos do curso técnico de enfermagem e ensino médio.

A utilização de estratégia lúdica para promover conscientização sobre práticas de higienização das mãos

Trata-se de um relato de experiência sobre a utilização de uma estratégia lúdica realizado entre os meses de maio e junho de 2018, visando o ensino e a conscientização das práticas de Higienização das Mãos entre 40 alunos do curso técnico de enfermagem e 120 alunos do ensino médio de escola estadual no município localizado no Vale do Paraíba no interior de são Paulo. O Ministério da Saúde (BRASIL, 2009) refere que a promoção da saúde escolar deve, pela sua potencialidade em evitar agravos e promover a saúde e qualidade de vida, constituir um espaço privilegiado de atuação de profissionais tanto da área da saúde quanto de educação. No primeiro encontro aconteceu a aula com a temática da higienização das mãos, para turma do curso técnico de enfermagem, como requisito das bases tecnológica e parte do conteúdo programático da disciplina de Semiotécnica em enfermagem. Logo em seguida foi explicado como seria a dinâmica para fixação do conteúdo ministrado. Que constituiu na realização da higienização das mãos com os olhos vendados e utilizando tinta guache como substituição do sabonete líquido.

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Para enfatizar o conhecimento da técnica e observar os locais que não são higienizados corretamente. Anteriormente, a atividade com a tinta guache, os alunos foram divididos em pequenos grupos e reforçaram os passos da lavagem de mãos com álcool-gel no laboratório de enfermagem.

Figura 1 e 2: Momento da conscientização e orientação sobre a dinâmica.

Fonte: Arquivo pessoal.

Após a higiene de mãos, ao retirar a venda, era possível observar os locais que não ficaram higienizados adequadamente. A intenção da atividade não era recriminar, mas sim juntos, observar as superfícies que ficaram contaminadas, ou seja, sujas com tinta e demonstrar que geralmente a higienização das mãos não é realizada adequadamente, o que possibilita a transmissão de microrganismos e doenças infecciosas através das superfícies.

Figura 3, 4, 5, 6, 7 e 8: Resultado da experiência utilizando tinta guache.

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Logo após a experiência os alunos do curso de enfermagem, sob a supervisão do professor e monitor responsável pelo projeto, prepararam uma aula expositiva com apresentação de slides com uma palestra para orientar alunos que cursam o ensino médio na mesma unidade escolar do Centro Paula Souza, São Paulo. Foi utilizando data show com figuras e vídeos lúdico pedagógico e educativo selecionados pelos próprios alunos que integraram o projeto, de modo a problematizar o assunto, provocando-os a refletir se suas mãos estão mesmo limpas e abordaram um total de 120 alunos de ambos os sexos e idade entre 14 e 16 anos. Figura 9, 10 e 11: Momento da atividade lúdica e palestras com os alunos do ensino médio.

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Esta etapa que o aluno protagonizou foi essencial para a fundamentação dos conteúdos ministrado referente à conscientização e a importância da higienização das mãos, tanto no ambiente hospitalar como no espaço escolar. Uma estratégia de reforçar e estimular a lavagem correta das mãos. Ao final o conteúdo foi revisado com os alunos, retomando os principais pontos. Fizemos questionamentos simples para os alunos responderem oralmente acerca do hábito de lavar as mãos, de higienização do corpo, as consequências para a falta de higienização e as doenças associadas a elas. A partir da interpretação desses dados, juntamente com as opiniões dadas durante o momento da atividade lúdica, podemos constatar que tanto para os alunos do ensino médio como para os alunos do curso técnico de enfermagem a higienização das mãos é um aspecto importante, sobretudo no que diz respeito às relações interpessoais do dia a dia. Como produto deste momento, conseguidos identificar que foi retratado de forma bastante clara a importância de ser cultivar bons hábitos de higiene inclusive lavagem e higienização das mãos. A dinâmica sugerida possibilitou aos alunos ver e presenciar a maneira correta de se lavar as mãos. Juntamente com a dinâmica do guache com os olhos vendados, eles notaram que a sujeira pode permanecer nas nossas mãos se a higienização não for realizada de forma satisfatória.

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O caderno de Saúde na escola elaborado pelo Ministério da Saúde faz inferência à assertiva de que é no ambiente escolar que o trabalho de promoção da saúde com os estudantes e também com professores e funcionários, precisa ter como ponto de partida “o que eles sabem” e “o que eles podem fazer”, desenvolvendo em cada um a habilidade de interpretar o cotidiano e atuar de modo a agrupar atitudes e/ou comportamentos apropriados para a melhora da qualidade de vida (BRASIL, 2016). As expectativas foram superadas, uma vez que esperávamos alunos carentes de estímulo, desatentos e sem interesse para aprender e participar das atividades. Entretanto, eles mostraram-se motivados, acolhedores, proativos, criativos e carinhosos. Apesar da linguagem mais informal utilizada durante as aulas para alcançar melhor o público, os estudantes não desrespeitaram ou subjugaram as estagiárias, reconhecendo-as como professoras e se esforçando para realizar um bom trabalho. O procedimento adequado da técnica de higienização das mãos é fundamental para a prevenção e controle de infecções no âmbito hospitalar e escolar, e embora seja uma ação simples, a falta de comprometimento constitui um problema relevante a nível mundial. O público alvo foi atingido, entretanto faz-se necessário um reforço às informações, para que não se torne uma formação pontual sem conexão com conhecimentos a serem adquiridos futuramente. Já com relação a enfermagem o conhecimento superficial acerca do tema pode ser agravante para o aumento de doenças infecciosas. Portanto, a abordagem educativa de forma dinâmica e lúdica sobre o assunto foi relevante, pois possibilitou interação satisfatória entre os alunos do curso de enfermagem e os de ensino médio. Contribuições para a enfermagem: ações educativas propiciam interação com a comunidade, esclarecimento de dúvidas e oferta de conhecimentos entre os atores sociais envolvidos.

REFERÊNCIAS

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BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde na Escola. Cadernos de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Série B. Textos Básicos de saúde, n. 24. Brasília. 2009. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília. Anvisa, 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. Acesso em 31 de junho de 2018. LOPES, Laura. MICHELSOHN, D. Nós lavamos mais as mãos. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI23737315257,00NOS+LAVAMOS +MAIS+AS+MAOS.html>. Acesso em: 19 de maio. 2018. LUBY, S.P.et al. Using child health outcomes to identify effective mesasures of handwashing. Am. j. trop. hyg., v.85, n.5, p.882-892, nov. 2011. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22049043>. Acesso em: 15 junho. 2018. NEVES, ZCP. Higienização das mãos entre os profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal: estratégias de incentivo à adesão. [dissertação]. Goiânia: Faculdade de Enfermagem/UFG; 2005. 96p. VINDIGNI, Stephen M., RILEY, Patrícia L., JHUNG, Michael. Systematic review handwashing in low to midlle income countries: outcome measures and behavior maintenance. Tropical medicine & international health, v,16, n.4, p.466-477, abr. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed>. Acesso em: 12 junho. 2018. BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação. Proposta preliminar segunda versão revista. Abr; 24-652. Brasília. 2016. SCHEIDT, KLS, CARVALHO, M. Avaliação da prática da lavagem das mãos pelos profissionais de saúde em atividades lúdico-educativas. Rev. enferm. UERJ. 2006 ;14(2):221-5.

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UTILIZAÇÃO DE MÍDIAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA FABIANO FERNANDES DE OLIVEIRA17

Segundo a Agência Nacional de Vigilância sanitária a ANVISA, (2009), fica comprovado que a higienização das mãos provoca impacto e redução de forma eficaz na prevenção e controle de infecções no ambiente extra e intra hospitalar, sendo uma medida primordial contra a propagação e a disseminação de microrganismos, por meio da ação de limpeza das mãos, uma medida simples, porém de caráter relevante. Visando a diminuição e a eliminação da carga microbiana, é recomendado higienizar as mãos com sabonete líquido, solução alcoólica ou solução Degermante mais utilizado no ambiente hospitalar (ANVISA; 2009). Um ato simples conhecido mundialmente como um método primário na precaução das transmissões de contato direto ou indireto dos microrganismos, contemplando também as infecções cruzadas por microrganismos resistentes (OLIVEIRA; PAULA, 2013). As ações de promoção e prevenção das Infecções Relacionadas Assistência de Saúde (IRAS) tem como o objetivo de disseminar o conhecimento sobre a segurança do paciente para os profissionais que atuam nos cuidados e na assistência (BRASIL, 2013). Na tentativa de encontrar uma alternativa viável para conscientização e uma forma mais eficaz para o ensino, vem sendo aplicada nos diversos serviços de saúde a utilização de cartazes informativos, que trazem o passo-a--passo da técnica correta de higienização das mãos (VALLE; FEITOSA; ARAÚJO, et al, 2008). Diante desse cenário, hoje, com a ascensão das possibilidades do uso de novas tecnologias digitais e da informação disponível na internet, a obtenção de conhecimento e informação se tornou bem mais acessível, pois o ingresso à rede é realizado de maneira simples e prática, contribuindo com o usuário e oferecendo um extenso acervo de conteúdo, na maioria das vezes com acesso totalmente gratuito, possibilitando o

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. José SantAnna de Castro – Cruzeiro – E-mail para contato: fabianojhs@yahoo.com.br. 17

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compartilhamento de informações entre diferentes grupos de pessoas (HOLANDA; PINHEIRO, 2013). No entanto uma situação que pode surgir dessa imensidão de informação que está disponível é o fato da não cientificidade da informação oferecida. A partir de tal probabilidade, emerge o seguinte questionamento: as figuras encontradas na internet que demonstram o processo de passo-a-passo da higienização das mãos, disponibilizadas na base do Google imagem estão de combinação com as imagens e o ensinamento preconizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Com isso, o artigo tem por objetivo relatar uma experiência de comparar as figuras disponíveis no Google Imagens, tomando como referencial o cartaz sobre higienização das mãos disponibilizado pela ANVISA, intitulada “Higienize as mãos: salve vidas”.

Estratégia de ensino criativo para promoção do ensino consciente

Trata-se de um relato de experiência, que é um estudo revelador das ações do indivíduo como agente humano e participante da vida social. O informante conta sua história, sendo capaz de desvendar seus aspectos subjetivos (BESERRA; TORRES; BARROSO, 2008). Essa experiência foi descrita a partir de uma atividade extracurricular que abordava o tema sobre Segurança do Paciente oferecido para professores do curso técnico em enfermagem do Centro Paula Souza em parceria com a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), no primeiro semestre de 2018. O embasamento teórico adquirido durante o curso e as leituras complementares foi primordial para a atividade prática, realizada durante a disciplina de Semiotécnica de Enfermagem no curso técnico de enfermagem de uma das escolas estaduais do Centro Paula Souza, localizada no interior de São Paulo, no mês de maio de 2018, coincidentemente o mês que refletimos e comemoramos o dia mundial sobre a

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higienização das mãos. A escolha dos alunos e da disciplina se deu pelo fato do conteúdo sobre lavagem das mãos fazer parte do componente das bases tecnológicas. A pesquisa foi aplicada no laboratório de informática para com 40 alunos de ambos os sexos e idade ente 19 e 54 anos.

Imagem 1: Aplicação da pesquisa e análise das imagens do Google.

Fonte: arquivo pessoal.

A pesquisa foi realizada na página brasileira do Google, localizada no endereço virtual www.google.com.br, especificamente no link Google Imagens. A escolha do Google deve-se ao fato deste site ser considerada a principal fonte de busca na atualidade, permitindo realizar pesquisas de forma rápidas e gratuitas sobre os diversos assuntos. A busca foi realizada utilizando a palavras-chave: “higienização das mãos”. Utilizamos como referencial teórico o cartaz sobre higienização das mãos disponibilizado no site da ANVISA intitulada “Higienize as mãos: salve vidas”.

Figura 1: Cartaz "Higienize as Mãos: Salve Vidas". ANVISA (2009).

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Fonte: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf. Acesso em: 10 set 2018.

Foram incluídas as imagens que demonstraram o passo sequencial e correto da higienização das mãos, seja com água corrente e sabão líquido ou com soluções alcoólicas e as imagens com legenda no idioma em português; sendo descartadas as figuras e imagens que não exploram de forma clara os passos corretos da lavagem das mãos, tais como imagens de produtos de higiene, fotografias sem legendas, folders que continham apenas mensagens de incentivo à higienização das mãos, além das imagens repetidas. Figura 2: Análise das imagens e a comparação com a sequências correta da Higiene das Mãos.

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Fonte: https://bit.ly/2oX577e. Acesso em: 10 set 2018.

Após a análise 200 imagens encontradas pelo descritor escolhido, no sítio do Google Imagens, constataram-se que 35 delas atendiam ao critério de inclusão e exclusão previamente estabelecida. A análise comparativa entre as imagens, evidenciou-se, uma dominação das imagens que referenciam à higienização das mãos com água corrente e sabão, em detrimento das soluções alcoólicas. Cabe ressaltar que ambas as situações são consideradas medidas de redução de infecção hospitalar e que apesar de simples, apresentam grande eficácia e custo diminuído. O uso de álcool em gel é atualmente é encontrado na literatura como uma medida de comtemplar a adesão dos profissionais de saúde à higienização das mãos e, assim sendo, suavizar ao percentual de infecção hospitalar, visto que se dispensa menos tempo nessa medida, e a solução age mais rápido e de forma eficaz na erradicação e diminuição de microrganismos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). A grande maioria das imagens encontradas faz referência apenas à lavagem simples das mãos com água e sabão, outra parte das figuras são cartazes que geralmente são fixados em unidade de saúde, mostram que a higienização das mãos é uma medida primária para a prevenção de infecções no ambiente hospitalares, pois tem-se as mãos

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caracterizadas como principal mecanismo de transmissão e transporte dos microrganismos. Em relação a origem das imagens, 20 delas encontravam-se em blogs, sendo 9 deles blogs de assuntos relacionados à saúde em geral, 5 especificamente de enfermagem e 04 de nutrição. Outras 11 imagens estavam localizadas em páginas para fins comerciais sendo 4 dessas em páginas de instituições privadas de saúde e as outras dessas 5 estavam em jornais eletrônicos e outras 2 imagens localizavam-se em sítios nãoespecificado. Das 35 imagens incluídas no estudo, 15 estavam de acordo com o cartaz sobre higienização das mãos disponibilizado pela ANVISA, intitulada “Higienize as mãos: salve vidas”. O referencial que tomamos como base e o preconizado pelo pela ANVISA, enquanto as outras 20 imagens apresentavam algum tipo de inadequação, como por exemplo demonstras a lavagem das mãos fora do ambiente e do contexto hospitalar; outras por apresentar um ou mais passos da higienização correta das mãos foi/foram negligenciados ou estavam foram da ordem estipulada pelo cartaz da ANVISA, (2009). No que se fazer referência a à higienização das mãos, foi visto que a maior parte das imagens encontradas no site do Google Imagens não corresponde ao preconizado pelo Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Esse achado já era previsível, visto que o Google não é considerado como uma base para busca artigos com embasamento científico. Trabalhar a conceituação e a técnica correta de higienização das mãos como método simples e eficaz no controle de infecções, nos permite contribuir para a formação de profissionais que façam a diferença durante a atuação nos serviços de saúde. Os resultados deste estudo evidenciam que as mídias digitais utilizadas no processo de ensino e aprendizagem trazem várias contribuições para a área de educação em enfermagem como os benefícios aos alunos e aos educadores.

REFERÊNCIAS

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AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Segurança de pacientes em serviço de saúde. Higienização das mãos. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2009. BESERRA, E. P.; TORRES, C. A.; BARROSO, MG.T. Dialogando com professores na escola sobre sexualidade e doença sexualmente transmissíveis. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 9, núm. 4, out/dez, 2008, pp. 151-155 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE Ministério da Saúde/ ANVISA/ Fio cruz. Anexo 01: Protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília, 2013em: 19 JUN - 2018. HOLANDA, VR, PINHEIRO, AKB, FERNADES AFC, HOLANDA ER, SOUZA, MA, SANTOS, SMJ. Análise da produção científica nacional sobre a utilização de tecnologias digitais na formação de enfermeiros. Rev. eletrônica enferm. [Internet].2013;15(4):106877.Disponívelem:<http://www.fen.ufg.br/revista/v15/n4/p df/v15n4a26.pdf>. Acesso em: 06 JUN - 2018. Ministério da Saúde. Resolução Diretiva Colegiada (RDC)n. 42, de 25 de outubro de 2010: Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de soluções alcoólicas para a fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências. Brasília-DF: Ministério da Saúde, 2010 OLIVEIRA, A.C; PAULA, A. O. Intervenções para elevar a adesão dos profissionais de saúde à higiene de mãos: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem. out/dez; 15(4): 1052-60. 2013 VALLE, ARMC, FEITOSA, MB, ARAÚJO, VMD, MOURA MEB, SANTOS, AMR, MONTEIRO, CFS. Representações sociais da biossegurança por profissionais de enfermagem de um serviço de emergência. Esc Anna Nery Rev Enferm. 12(2): 304-09. 2008

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL GIOVANA CRISTINA SERRA D’AMICO18

A higienização das mãos é um termo geral que se refere a qualquer ação de limpeza das mãos e a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento (ANVISA, 2008). A higienização das mãos é uma das práticas de maior relevância no cuidado à saúde das pessoas (REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE, 2013). As recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) indicam a utilização de água e sabonete líquido ou soluções alcoólicas (ANVISA, 2013). Nos últimos dias, muito se ouviu falar sobre a doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês), uma doença contagiosa causada pelo vírus Coxsackie, que habita no sistema digestivo e, também pode provoca estomatite, espécie de afta que afeta a mucosa da boca. Embora possa acometer adultos, é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. Como os pequenos costumam colocar as mãos e os brinquedos na boca e nem sempre têm o hábito de lavar as mãos depois de ir ao banheiro, o vírus se dissemina mais facilmente. A transmissão ocorre através do contato direto com saliva, fezes e outras secreções e, também indiretamente por alimentos ou objetos contaminados. Para evitá-la, é importante manter a higiene: lavar sempre as mãos depois de ir ao banheiro e antes de comer ou de preparar refeições (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, 2018). Segundo o Ministério da Saúde (MS), a Educação em Saúde pode ser compreendida como processo educativo de construção de conhecimentos em saúde, visando à apropriação temática pela população e não à profissionalização ou à carreira na saúde. Trazendo-a também como conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Joaquim Ferreira do Amaral – Jaú – Email para contato: giovanaserradamico@gmail.com. 18

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autonomia das pessoas no seu cuidado, na sua relação com os profissionais e com os gestores a fim de alcançar uma atenção à saúde de acordo com suas necessidades (Brasil, 2009). Devido à incidência de muitos casos da doença mão-pé-boca em escola infantil de nosso município Escola Municipal EMEI “Zita Sajovic” – Jaú – S.P, mobilizados os alunos levantaram a proposta de realização de um projeto com atividades lúdicas para ensinarem as crianças a correta higienização das mãos. Frente a este contexto, é imprescindível que o processo de educação deva ser adotado para garantir a prevenção e engajar os alunos futuros profissionais nesta ação como promotores de saúde. Entende-se que este trabalho possa contribuir para o envolvimento de crianças e alunos do curso técnico em enfermagem com a integração e envolvimento dos mesmos na promoção e educação em saúde. O presente trabalho justifica-se, a fim de buscar resposta sobre o engajamento de crianças suscetível a adquirir doenças transmissíveis e dos alunos do curso técnico em enfermagem frente à promoção e prevenção de doenças que acometem a população. Por isso, tem por objetivos a atuação e mobilização dos alunos do curso técnico em enfermagem na promoção, prevenção e educação em saúde, por meio de: - Promover e consolidar hábitos de higiene das mãos; - Perceber como a higienização das mãos evita inúmeras patologias; - Minimizar surto de doença mão-pé-boca (vírus Coxsackie); - Colaborar com a Educação para Saúde.

A pesquisa de campo como método de promoção e consolidação de hábitos de higiene das mãos

Pesquisa de campo, o presente estudo foi realizado na Escola Municipal EMEI “Zita Sajovic” – Jaú – S.P, no dia 27 de abril de 2018 com participação de 200 crianças entre 3 a 6 anos no período da manhã e tarde.

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Os participantes na realização do projeto foram 38 alunos regularmente matriculados no 4º Módulo do curso Técnico em Enfermagem de 2018.

Etapas do projeto

1º. Caracterização dos alunos na escola. Os alunos trouxeram de casa adornos e fantasias caracterizando se como palhaços em nossa escola ETEC “Joaquim Ferreira do Amaral”.

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Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6: Alunos em caracterização.

Fonte: arquivo pessoal.

2º. No local do projeto: Apresentação as crianças com historinha sobre as doenças e a importância da higienização das mãos.

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Figura 7: Alunos apresentando história as crianças.

Fonte: arquivo pessoal.

3º. Realizaram a dinâmica com guache como sabonete e uma criança com os olhos vendados realizaram a higienização das mãos, após foi retirado a venda dos olhos observando que não havia lavado corretamente e explicamos que o guache estaria representando a sujeira e os microrganismos que causa doenças presente em nossas mãos. Figuras 8, 9 e 10: Alunos realizando dinâmica com as crianças.

Fonte: arquivo pessoal.

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4º. Os alunos demonstraram a técnica correta e todas as crianças realizaram juntos com música, utilizando álcool gel.

Figuras 11 e 12: Alunos demonstrando técnica correta de higienização das mãos.

Fonte: arquivo pessoal.

5º Finalizaram dançando com o vídeo e música de higienização das mãos (Galinha Pintadinha).

Figuras 13 e 14: Alunos finalizando o projeto com música.

Fonte: arquivo pessoal.

O presente estudo teve como objetivo a atuação e mobilização dos alunos do curso técnico em enfermagem na promoção, prevenção e educação em saúde e promovendo e consolidando hábitos de higienização das mãos para minimizar incidências de doenças em crianças na fase escolar.

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A realização do projeto no contexto da saúde reforçou que o processo educativo consiste muito mais do que o simples ato de ensinar. O processo educativo está centrado em alguém que sabe e ensina a alguém que não sabe. A lógica é a de transmissão de conhecimentos. Aquele que supostamente sabe mais assume funções como aconselhar, corrigir e vigiar quem deve aprender o conteúdo. A expectativa é que o outro mude seu comportamento em função do que lhe foi ensinado (VASCONCELOS et al., 2009).

Verificou-se a importância da educação em saúde através do relato de um aluno que diz: Vou chegar em casa e ensinar meu pai, minha mãe e meu irmão como se deve realizar a higienização das mãos e que não podemos esquecer os polegares e unhas.

Também observou se a preocupação de todas as crianças ao realizarem a técnica em seguir corretamente os passos. A adesão ao projeto foi satisfatória por todas as crianças que se prontificaram em higienizar as mãos com maior frequência e utilizando a técnica correta. Diante destas manifestações e a experiência prática dos alunos do curso técnico em enfermagem na atuação norteadora em educação para saúde, constatou se a imensa satisfação vivenciada pelos alunos em poderem colaborar na educação das crianças. Por ser uma das melhores medidas aplicáveis para a prevenção e controle de doenças em crianças na fase escolar a correta higienização das mãos utilizando como recurso a conscientização da importância de maneira lúdica e divertida facilitando a adesão pelas crianças. Neste artigo, consideramos importante procurar rotas educadoras, facilitadoras de transformação da realidade vivenciada no cotidiano. Para finalizar a realização do projeto Higienização das Mãos na Educação Infantil, contribuiu para atuação prática com a mobilização dos alunos do curso técnico em enfermagem em seu papel ativo na promoção, prevenção de saúde utilizando como ferramenta a educação perante a comunidade.

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REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR) ANVISA; Organização Mundial da Saúde; Organização Pan-Americana da Saúde, World Alliance for Patient Safety. Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos em serviços de saúde (versão avançada): as 9 recomendações-chave para a melhoria das práticas de higienização das mãos. Brasília: ANVISA; 2008. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/ controle/higienizacao_oms.htm>. Acesso em 28 jul. 2018. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. (2009). Glossário Temático: Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_sgtes.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU. Doença mãopé-boca: o que precisamos saber? Botucatu, 2018. Disponível em: <http://www.hcfmb.unesp.br/doenca-mao-pe-boca-o-que-precisamos-saber/>. Acesso em: 28 ago. 2018. REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2013. VASCONCELOS, M. et al. Módulo 4: práticas pedagógicas em atenção básica a saúde. Tecnologias para abordagem ao indivíduo, família e comunidade. Belo Horizonte: Editora UFMG – Nescon UFMG, 2009. 70 p SIMULAÇÃO REALÍSTICA EM LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM NO TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR DE PACIENTE/CLIENTE COM SEGURANÇA

IRACILDA SANTOS19 ROSA MARIA VITTO20

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Francisco Garcia – Mococa – E-mail para contato: santos_tilde@hotmail.com. 20 E-mail de contato: rosavitto@yahoo.com.br. 19

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Define-se transporte intrahospitalar como a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde em ambiente hospitalar. O transporte do paciente/cliente em ambiente intrahospitalar é regulamentado pela resolução COFEN nº 376 de 24 de março de 2011, que resolve sobre as atribuições dos profissionais de enfermagem envolvidos no processo bem como o quantitativo necessário de acordo com o nível de complexidade. Não compete ao profissional de enfermagem a condução do meio (maca/cadeira de rodas), sim ao maqueiro, profissional de apoio. As indicações do transporte intrahospitalar de clientes: admissão do cliente, realização de exames diagnósticos e de procedimentos terapêuticos e cirúrgicos, transferências entre leitos ou interunidades, encaminhamento às atividades de recreação. A garantia da integridade do paciente que necessita do transporte intrahospitalar depende dos esforços de uma equipe multiprofissional composta basicamente por médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e fisioterapeuta. Estes profissionais são responsáveis pela manutenção da vida do paciente durante o transporte, tendo umas suas atribuições individuais e em equipe. O planejamento, a participação de profissionais qualificados e o uso de equipamentos adequados de monitorização são considerados essenciais para um transporte seguro, sendo fundamentais para a diminuição de intercorrências durante esse procedimento. A segurança do paciente durante todo o procedimento é necessária a fim de contribuir para o um melhor prognóstico. Pode-se observar, desta maneira, que a existência de um instrumento que norteie as ações dos profissionais quanto à realização do transporte intrahospitalar é de suma importância para a segurança do paciente. A portaria nº 529, de 1º de abril de 2013 que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente(PNSP), em relação a transferência de pacientes entre pontos de cuidado destaca a implementação de estratégias de promoção da cultura de segurança com ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional, engajamento dos profissionais e dos pacientes na prevenção de incidentes, com ênfase em sistemas seguros, evitandose os processos de responsabilização individual; e articulação, com o Ministério da

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Educação e com o Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico, superior e de pós-graduação. As atividades de transporte e transferências durante o tratamento requerem do profissional de enfermagem que empurre, puxe, erga, carregue tanto equipamentos como o próprio paciente. Usando a mecânica corporal de maneira apropriada, podemse evitar danos ao sistema osteomuscular, redução de fadiga e risco à segurança ao cliente/paciente. Após a transferência, é fundamental o registro em suas anotações, com horário, tipo de transferência e intercorrências durante o procedimento. As habilidades em movimentação de pacientes devem ser complementadas com o estabelecimento de práticas seguras de trabalho dentro de uma estrutura ergonômica, usando-se, sempre que possíveis materiais e equipamentos auxiliares para prevenção de lesões musculoesqueléticas entre trabalhadores da saúde. Com isso, o trabalho tem por objetivo implementar a segurança o paciente e profissionais com a formação de técnicos em enfermagem com conhecimento e habilidades para um transporte intrahospitalar isento de danos e riscos.

A utilização do método de Simulação Realística para implementar a Segurança do Paciente no ensino de técnicos de enfermagem

Simulação Realística em laboratório de enfermagem, vídeo do procedimento realizado pelos alunos como material para discussão dos aspectos de ergonomia, segurança do cliente/paciente. A garantia da integridade do paciente que necessita do transporte intrahospitalar depende dos esforços de uma equipe multiprofissional composta basicamente por médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e fisioterapeuta. Estes profissionais são responsáveis pela manutenção da vida do paciente durante o transporte, tendo cada um suas atribuições individuais e em equipe, e ao Técnico/Auxiliar de Enfermagem competência em identificar e correlacionar procedimentos terapêuticos e técnicas de enfermagem indicados no atendimento do cliente/ paciente e habilidades em preparar

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o cliente, reunir e testar a integridade/funcionamento dos materiais e dos equipamentos, acompanhar o cliente no transporte de baixo, médio e de alto risco, recompor a unidade e o cliente, realizar a limpeza e desinfecção do veículo de transporte e dos equipamentos da unidade e conhecimento em suporte básico de vida. A simulação realística como metodologia de trabalho pedagógico em laboratório de enfermagem proporciona ao aluno vivenciar a realização procedimentos terapêuticos e técnicas de enfermagem no atendimento do cliente. O aluno durante o processo devolutivo da simulação realística tem a percepção dos procedimentos que antecedem o transporte e movimentação do cliente/paciente com a avaliação das condições físicas da pessoa que será movimentada, de sua capacidade de colaborar, bem como a observação da presença de soros, sondas e outros equipamentos instalados. Também é importante, para um planejamento cuidadoso do procedimento, uma explicação, ao paciente, do modo como se pretende movê-lo, como pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção. Vale apena salientar que o cliente deve ser orientado a ajudar, sempre que for possível, que não deve ser mudado rapidamente de posição e tem que estar usando chinelos ou sapatos com sola antiderrapante. Outro ponto muito importante é que a movimentação e o transporte de obesos precisam ser minuciosamente avaliados e planejados, usando-se, sempre que possível auxílio mecânico. A reflexão sobre o papel da equipe de enfermagem na segurança do paciente e do trabalho isento de danos e riscos à saúde do profissional, a capacidade na resolução de problemas que podem ocorrer durante transferências, movimentação e transporte são habilidades desenvolvidas e as competências necessárias em identificar técnicas de enfermagem e segurança do paciente/ cliente e do profissional e as normas que orientam os registros de enfermagem. O transporte intrahospitalar do paciente/cliente pode gerar riscos, com consequências para sua recuperação. Os profissionais de enfermagem envolvidos no transporte devem ter as competências necessárias para prevenir ou minimizar os eventos adversos e, sobretudo agir imediatamente para evitar as complicações.

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Adequar os equipamentos utilizados para cada transporte, saber identificar e resolver as possíveis intercorrências proporciona satisfação do cliente/paciente e familiares, além de prevenir as lesões osteomusculares decorrentes da atividade desenvolvida pelo profissional de enfermagem.

REFERÊNCIAS ALEXANDRE, N. M. C; ROGANTE, M. M. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos posturais e ergonômicos. Rev. Esc. Enf. USP, v. 34, n. 2, p. 165-73, jun. 2000. Enfermagem Básica: teoria e prática/direção projeto clínico Patrícia Dwyer Schull: [tradução Geraldo Costa Filho e Renato L. Barbieri]. São Paulo/ Rideel. GALANTE, Fátima Aparecida B. Alves; COSTA, Maria Teresinha Ferreira; ROSA, Solange Cristina Denzin. Procedimentos Básicos em Enfermagem. Campinas: Komedi, 2007 RODRIGUES, Andrea Bezerra; SILVA, Myria Ribeiro da; OLIVEIRA, Patrícia Peres de; CHAGAS, Solange Spanghero Mascarenhas. Semiotécnica: manual para assistência de enfermagem. São Paulo: Iátria, 2011. RESOLUÇÃO COFEN Nº 376/2011: Dispõe sobre a participação da equipe de Enfermagem no processo de transporte de pacientes em ambiente interno aos serviços de saúde. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n3762011_6599.html>. Acesso em: 28 ag. 2017. STACCIARINI, Thaís S Guerra. Transporte intra-hospitalar. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/documents/147715//393018/Aula_Transporte_intrahospi talar>. Acesso em 01 de abr. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente / Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 529 de 1º de abril de 2013: Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). DOE: 02 de abril de 2013.

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EDUCAÇÃO PERMANENTE E CONTINUADA EM SAÚDE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

ISABEL APARECIDA CANGEMI GREGORUTTI21

O Ministério da Saúde do Brasil por meio da Portaria nº 529, de 1º abril de 2013 instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com a finalidade de promover ações que visam a melhoria da segurança do cuidado em saúde através de processo de construção consensual entre os diversos atores que dele participam. Em seu Art. 4º para fins desta Portaria, são adotadas as definições acerca da segurança do paciente, o dano ou comprometimento da estrutura ou função do corpo, incidentes que resultaram em danos desnecessários ao paciente, evento adverso e a cultura da segurança. No que se refere ao parágrafo V, buscou-se uma configuração a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança, proporcionando caminhos possíveis que assegurem a segurança do profissional da saúde e pacientes assistidos, metas financeiras e operacionais, bem como recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança. A Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou o conceito das “Cinco indicações” que engloba as recomendações para a higienização das mãos em instituições que cuidam da saúde. Elas constituem os pontos de referência temporal fundamental para os profissionais de saúde: “Antes de contato com o paciente”, “Antes de realizar procedimentos assépticos”, “Após risco de exposição a fluidos corporais”, “Após contato com o paciente“ e “Após contato com as áreas próximas ao paciente”. Eles indicam os momentos em que a higienização das mãos é necessária para interromper eficazmente a transmissão de micro-organismos durante a assistência. O desenvolvimento contínuo e permanente de ações educativas suficientemente abrangentes em locais de trabalho, como instituições de longa permanência, relaciona-

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Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Terapeuta Neo Reichiana pelo Instituto Lúmen. Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Dr. Júlio Cardoso – Franca – E-mail para contato: bel_cangemi@hotmail.com.

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se diretamente ao tipo de qualificação da atenção à saúde. Legitimar no cotidiano tanto do profissional da saúde, quanto do estudante em formação as indicações que se relacionam com a higienização das mãos tornam-se pilares essenciais. Desta maneira, se os profissionais de saúde reconhecem estas indicações e respondem a elas com a adesão às práticas de higienização das mãos, é possível prevenir as infecções relacionadas à assistência à saúde por transmissão cruzada, provocada pelas mãos. A ação correta, no momento correto, é uma garantia de uma assistência limpa e segura ao paciente. Entendendo que a

higienização das mãos é um procedimento básico e

comprovadamente um meio eficaz e eficiente de prevenir e combater satisfatoriamente a transmissão de micro-organismos e a proliferação de infecções em todos os ambientes da nossa vida, contemplando e propiciando mais segurança no atendimento aos pacientes e

profissionais da saúde, e, em consonância com as orientações da

Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, elaboramos um projeto para a melhoria das práticas referentes à higienização das mãos em uma instituição que cuida de 170 idosos na cidade de Franca, SP. Participaram do projeto professora, alunos e alunas do curso Técnico em Enfermagem do Centro Paula Souza de Franca. Com isso tudo, o projeto tem por objetivo avaliar a infraestrutura e a prática da higienização das mãos na Instituição que cuida de idosos na cidade de Franca, SP, sendo os profissionais da enfermagem e a estrutura do local os sujeitos e fontes de informação; Propiciar a melhoria dos procedimentos referentes à Higienização das Mãos dos profissionais de enfermagem na Instituição tendo como referência os 5 momentos de higienização das mãos de acordo com a Organização Mundial da Saúde por meio da educação permanente e continuada e ampliar o nível de conhecimentos dos profissionais a respeito da Cultura de Segurança e suas 5 características conforme a Portaria do Ministério da Saúde.

Ações educativas em serviço para transformação de comportamentos

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Este estudo se configura como uma pesquisa-intervenção, pois retrata a inserção da autora, alunos e alunas no campo investigado através da participação ativa na configuração de ações da Educação Permanente e Continuada, como integrantes e como propositores desse espaço. A pesquisa-intervenção, como sua designação situa, trata-se de uma modalidade de pesquisa em que o pesquisador se insere no campo a ser investigado e produz uma intervenção, contribuindo para a transformação da realidade. Por meio da Educação Continuada e Permanente em serviço, realizou-se atividades educacionais teóricas e práticas na Instituição de Longa Permanência que cuida de 170 idosos e que possui uma ala com pacientes acamados com total dependência dos cuidados de enfermagem. Docente e discentes do curso técnico em Enfermagem do Centro Paula Souza, elaboraram cartazes que foram afixados nos vários locais objetivando que todos os atores ali presentes conhecessem, entendessem e reconhecessem a importância destes procedimentos básicos nos ambientes de trabalho e, por consequência, em outros locais do dia-a-dia. Como atividade prática efetuou-se uma simulação para demonstrar como os microorganismos estão presentes em nossas mãos. Utilizou-se tinta fluorescente, pintando as mãos dos funcionários e, logo após a secagem, foi solicitado que realizassem a lavagem das mãos como fazem no dia-a-dia; em seguida, foram expostas as mãos na luz negra que indicava os resíduos da tinta nas mãos. Posteriormente, utilizando a técnica correta para a lavagem das mãos, demonstrava-se ao participante a visível importância da utilização da técnica apropriada para a eliminação dos resíduos. Foram realizadas 32 ações, ocorrendo a participação dos funcionários da área de enfermagem e dos serviços de limpeza. As atividades aconteceram na semana de 18 de junho e utilizou-se um consultório médico, gentilmente autorizado e cedido pela Enfermeira da Instituição de Longa Permanência. Nas dependências do local encontrou-se um número reduzido de pias para a lavagem das mãos e no dia que foram propostas as ações não havia álcool gel disponibilizado, sendo prontamente instalado no dia anterior ao agendamento da atividade.

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É importante ressaltar a relevância do tema e a real necessidade de se revisar constantemente junto às equipes de saúde os conhecimentos adquiridos em um processo de educação permanente. Por meio da devolutiva dos participantes, foi possível notar total adesão da equipe de enfermagem durante a realização das atividades, indicando uma equipe proativa e com vontade e disposição para melhorar os procedimentos; assim, o Projeto em ação garante um ganho referente à ampliação da consciência dos profissionais da saúde no uso correto da técnica proposta. A prática da higiene das mãos realmente precisava ser revista e melhorada na Instituição que cuida dos idosos, desde a sua infraestrutura (que possui poucas pias para a higiene de mãos simples, dispensadores e limitado número de produtos disponibilizados para a fricção antisséptica com álcool gel) até na sua prática no contato com pacientes que comprometia a qualidade da assistência e a segurança dos pacientes e profissionais atuantes. Verificou-se que esta ação causou inicialmente um movimento bastante positivo em relação à conduta da enfermeira chefe que, prontamente, solicitou à administração os dispenser de álcool gel, sendo, assim, um primeiro passo para diminuir o risco de infecções cruzadas naqueles locais. Ao iniciar as ações, os discentes relataram sentir, de maneira geral, que estavam expondo a ausência de um procedimento básico e falta de prioridade para a realização da técnica de lavagem das mãos naquele local. Os alunos demostraram total interesse pelas atividades e, de forma lúdica e bem-humorada, realizaram um “despertar” na equipe de saúde do local, para que este procedimento seja realizado necessariamente no dia-a-dia, visando estimular e incentivar a higienização das mãos. Destacamos como necessário estimular, incentivar e desenvolver a prática habitual de higienização das mãos objetivando prevenir e reduzir as infecções causadas pelas transmissões cruzadas junto aos familiares, funcionários da Instituição e aos pacientes. Este é um esforço conjunto que deve ser realizado pela administração da Instituição e seus profissionais, com a finalidade de praticar uma cultura de segurança, conforme o artigo 4, item V da portaria do Ministério da Saúde citado neste artigo.

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Contudo, é um processo em permanente construção, pois modificar culturas dos locais de saúde e dos profissionais destes locais era – e ainda é – uma direção a ser seguida e uma resposta a ser alcançada. Aqui reside a importância da Educação Permanente e Continuada como ferramenta estratégica para trabalhar as propostas de mudança em espaços tão importantes como este.

REFERÊNCIAS

DO PRADO, Maria Fernanda; HARTMANN, Talita Priscila Scomparin; TEIXEIRA FILHO, Leône Alberto. Acessibilidade da estrutura física hospitalar para a prática da higienização das mãos. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 17, n. 2, p. 220226, 2013. MOISIANE JEZEWSKI, Goretti et al. Conhecimento de profissionais de enfermagem de um hospital privado acerca da higienização das mãos. Revista Cuidarte, v. 8, n. 3, 2017. MONTEIRO DA SILVA, Gizelda; SEIFFERT, Otília Maria LB. Educação continuada em enfermagem: uma proposta metodológica. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 62, n. 3, 2009. OLIVEIRA, Adriana Cristina de; GAMA, Camila Sarmento; PAULA, Adriana Oliveira de. Adherence and factors related to acceptance of alcohol for antiseptic hand rubbing among nursing professionals. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 51, 2017. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Manual para observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. 2008. 58p. PÉREZ-PÉREZ, Pastora et al. Higiene de las manos: conocimientos de los profesionales y áreas de mejora. Cadernos de Saúde Pública, v. 31, p. 149-160, 2015. RAIMONDI, Daiane Cortêz et al. Higienização das mãos: adesão da equipe de enfermagem de unidades de terapia intensiva pediátricas. Revista Cuidarte, v. 8, n. 3, p. 1839-48, 2017.

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SOUZA, Luccas Melo de et al. Adherence to the five moments for hand hygiene among intensive care professionals. Revista gaĂşcha de enfermagem, v. 36, n. 4, p. 21-28, 2015.

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IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA ENFERMAGEM

ISABEL CRISTINA DA SILVA DIAS22

“Criei esses procedimentos para eliminar o terror das maternidades, para manter a esposa viva para o marido e a mãe para o filho” Ignaz Semmelweis.

A higiene das mãos (HM) apresenta-se como um procedimento indispensável à prática da Enfermagem, tanto na área hospitalar quanto em saúde pública. Um procedimento simples que pode transformar a prática dos profissionais, podendo ser entendida como uma atitude que promove qualidade de vida aos pacientes atendidos pelas equipes. Os profissionais da enfermagem por estarem maior parte do tempo ao lado dos pacientes estão constantemente expostos a riscos, principalmente os riscos biológicos e mesmo sabendo da importância da lavagem das mãos para prevenção de infecções relacionadas à relacionadas à saúde (IRAS), essa prática ainda é muito negligenciada pelos profissionais, o que se faz necessário esta discussão (SANTOS et al., 2014). A HM pode ser entendida como uma das estratégias mais eficazes na prevenção das IRAs constituindo-se numa prática indicada antes e após cada procedimento, inclusive no calçamento de luvas. Enfim ela é indicada em todos os momentos da prática da enfermagem em que haja potencialidade de contato com microrganismos que possam causar infecção, por isso a importância de se estabelecer esta discussão. Para a sistematização do estudo optou-se por revisão bibliográfica pois este tipo de pesquisa permite ao autor uma familiarização com o texto, ou seja, a partir de outros textos ele se apropria de conceitos que irão contribuir para a discussão proposta. Uma revisão bibliográfica bem elaborada amplia conceitos a partir da contribuição de outros pesquisadores (FERENHOF; FERNANDES, 2016).

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. Dr. José Dagnoni – Santa Bárbara D’Oeste – E-mail para contato: isabelcristinadasilvadias@hotmail.com. 22

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Foram incluídos artigos científicos do período de 2013 a 2018 e uma monografia do ano de 2010 por estar respondendo a um dos problemas elencados pela pesquisa. Apesar do termo utilizado no trabalho ser Higienização das mãos e IRAs, as palavras chaves utilizadas foram lavagem das mãos, enfermagem, infecção e prevenção pois os dois primeiros termos não constam nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde. A análise dos artigos foi realizada por núcleo de significação sendo elencados o núcleo de higienização das mãos, adesão e prevenção de infecções. A análise final foi qualitativa.

Considerações gerais sobre a higienização das mãos na assistência de enfermagem

Não há como falar de HM sem citar o médico Ignaz Semmelweis, considerado precursor dos estudiosos de prevenção das IRAs que estabeleceu o procedimento de lavar as mãos como obrigatório para todos os médicos e estudantes de medicina. Nesse momento histórico iniciou-se a discussão acerca da importância deste procedimento. Como coadjuvante Semmelweis usou como protagonista da higienização o hipoclorito de cálcio. Apesar do produto ser extremamente tóxico para a pele provocando lesões e sangramentos, o objetivo foi atingido e a mortalidade naquele hospital diminui consideravelmente (BARALDI; PADOVEZI, 2015). A HM é um procedimento tão importante na manutenção da qualidade da assistência e na prevenção de infecções que em 2005 a Organização Mundial da Saúde através de um de seus órgãos, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, lançou um desafio mundial denominado “Cuidado Limpo é cuidado mais seguro”. Essa iniciativa englobou 87 países, ou seja, 85% da população mundial. Como instrumento do desafio foi lançada as Diretrizes sobre Higiene das Mãos na Atenção à Saúde (versão Preliminar) que contava com indicações e estratégias para a correta higienização das mãos a serem seguidas por todos os países envolvidos. Esta iniciativa não tem como base somente a saúde dos pacientes, mas também a saúde de quem cuida, os profissionais (OMS apud BELELA-ANACLETO et al., 2013).

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A discussão sobre a importância é ampla, mas a técnica em si é algo muito simples e segundo Siqueira (2013, p.343) consiste na:

[...] remoção de sujidades, visíveis ou não, por meio do uso de água e sabão que pode ou não ser antisséptico. A partir desse método é possível eliminar a microbiota transitória, que é a principal causadora das infecções hospitalares, e reduzir a microbiota residente.

Na progressão do termo, lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos e compreende a lavagem simples da mão, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos, buscando-se assim evitar infecção e contaminações, principalmente dos pacientes mais vulneráveis (CDC apud Silva et al., 2013). A HM é indicada em qualquer área que se preste atividade de saúde. No intuito de divulgar a técnica, a OMS estabeleceu o documento “Meus Cinco Momentos para Higienização das Mãos” que indica o procedimento antes do contato com o paciente, antes de realizar procedimento, após contato com fluídos corpóreos, após tocar o paciente e tocar superfícies próximas ao paciente (OMS apud OLIVEIRA; PAULA, 2013). Um fator importante na higienização das mãos pode ser considerado uma ação primária que protege profissional e paciente pois se constitui um instrumente eficaz na prevenção de IRAs. Em se pensando nas consequências dessas infecções, quando se instalam trazem tanto prejuízo para o paciente como para os hospitais ´pois determina uma permanência prolongada dos pacientes na internação onerando assim os custos da instituição (DERHUN et al., 2016). Assim, as IRAs têm uma relevância indiscutível e segundo Szilagyi apud Araújo et al. (2015, p. 46):

Em média, as infecções associadas aos cuidados de saúde afetam pelo menos 7% dos pacientes internados em hospitais de países de alta renda e cerca de 15% das pessoas de países de baixa e média rendas. Os patógenos mais comuns responsáveis por essas infecções são os bacilos gram-negativos, S. aureus, Enterobacter e Clostridium difficile. Dentre os prejuízos causados por estes patógenos nas infecções hospitalares estão uma maior resistência aos antimicrobianos, períodos de internação prolongada, deficiências em longo prazo no paciente, altos custos para os pacientes e suas famílias, um enorme

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encargo financeiro adicional sobre o sistema de saúde e o aumento da morbimortalidade no ambiente hospitalar.

Um questionamento contínuo que deve ser realizado, é que se o procedimento de higienização é algo tão relevante, o que determina sua baixa adesão? Em estudos realizados foi demonstrado que a classe médica lava menos a mão do que a classe de enfermagem. Em específico na enfermagem ficou evidenciado que os técnicos de enfermagem lavam menos as mãos do que os enfermeiros. Nos dois casos identificou-se que os homens lavam menos as mãos do que as mulheres. Quando questionados os profissionais dizem que lavam pouco as mãos, muitas vezes por falta de sabão e papel toalha. Ou fator importante demonstrado é que existe um baixo conhecimento por parte de todos acerca dos protocolos de higienização e que muitas vezes não existe uma política institucional adequada para este fim (ALEGRANZI et al., 2013). Além de todas essas atitudes, alguns profissionais relatam que as intercorrências diárias das instituições não permitem a higienização e que preferem a utilização de álcool gel 70%. De um odo geral o álcool gel 70% se apresenta como eficiente antisséptico em função de seu baixo custo, de sua grande disponibilidade e de não necessitar de lavagem prévia com água e sabão, desde que as mãos não têm sujidade (ROSA; LEITE, 2014). Ainda segundo Rosa e Leite (2014) o álcool gel se apresenta como eficaz na higienização das mãos reduzindo a microbiota da mão. Sua utilização foi comprovada como mais eficaz do que higienização simples com água e sabão comprovando que uso correto de produtos à base de álcool diminui a infecção na assistência em saúde. Apesar do álcool gel 70% ter se mostrado eficiente na HM, ele não deve substituir totalmente a técnica de lavagem, e sim utilizado como medida complementar, pois se as mãos apresentarem sujidades a utilização do álcool é contraindicada. Outro fator relacionado é o residual de gel que fica entre cada utilização, obrigando que a cada 5 utilizações de álcool gel, se utilize a técnica de higienização com água e sabão (MARTINEZ, et al., 2014). Há que se criarem mecanismos de adesão à prática de higienização das mãos. Uma das possibilidades é uma educação permanente que consiga potencializar a motivação a fim

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de que todos façam adesão à técnica, tanto individualmente quanto coletivamente. Esse motivar só irá acontecer quando os profissionais forem incorporados no processo como agente ativos de mudança e não somente como espectadores (GIORDANI et al., 2014). Corroborando com esta ideia, Silva e Souza (2016) identificam que é importante que os profissionais passem por capacitação contínua em relação à HM tendo conhecimento do número de infecções e as consequências da não realização correta do procedimento, ou seja, que se sintam compromissados coma instituição e com o paciente na busca de uma assistência de qualidade que preserve sua integridade e do paciente evitando-se assim as IRAs. Através da revisão foi possível identificar que a técnica de HM é relativamente simples, sendo extremamente importante na prevenção de IRAs, porém a adesão a este procedimento ainda é incipiente. Dentre os maiores entraves encontra-se a classe médica, principalmente a classe masculina. Entre a enfermagem encontra-se também o gênero masculino e ficou estabelecido que os técnicos de enfermagem higienizam a mão menos que os enfermeiros. A utilização de álcool gel 70% se apresentou como eficaz na HM, mas devido a algumas características como sujidade das mãos e resíduos deixados pelo gel, não deverá ser utilizado como substituto majoritário da higienização, e sim ser incorporado como coadjuvante. Umas das alternativas indicadas para a adesão dos profissionais ao procedimento é a educação permanente eficaz que consiga informar os profissionais acerca da importância de tal ato e os faça agentes de transformação e atores no processo de prevenção de infecções e não somente expectadores. Não há como negar a importância do procedimento e a necessidade de se criarem mecanismos de adesão na busca da proteção do próprio profissional e do paciente assistido por ele de forma que a assistência em saúde seja realizada de forma segura.

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Que novos estudos sejam sistematizados pois o assunto não se esgota nessa revisão, e discutir a prestação de uma assistência segura deverá ser o viés de todos os profissionais que prestam assistência à saúde. REFERÊNCIAS ARAUJO, A. P et al. análise da higienização das mãos pelos profissionais de saúde em ambiente hospitalar durante dois meses. Revista Saúde e Ciência; v. 4, n. 3, p. 44-54, 2015. ALLEGRANZI B. et al. Global implementation of WHO's multimodal strategy for improvement of hand hygiene:a quasi-experimental study. Lancet Infectious Diseases. v. 13, n. 10, p. 843-51, 2013. BARALDI, M. M; PADOVEZI, M. C. Higienização das Mãos: a evolução e o atual “Estado da Arte”. J Infect Control; v. 4, n. 3, p. X-X, 2015. BELELA-ANACLETO, A. S. C et al. Higienização das mãos e a segurança do paciente: perspectivas de docentes e universitários. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, OutDez; v. 22, n. 4, p. 901-8, 2013. DERHUN, F. M. et al. Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre lavagem de mãos. Cogitare Enferm. Jul/set; v. 21, n. 3, p. 01-08, 2016. FERENHOF, H. A; FERNANDES, R. F. Desmistificando a revisão de literatura como base para redação científica: método SSF. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, SC: v. 21, n. 3, p. 550-563, ago./nov., 2016. GIORDANI, T. et al. Adesão da equipe de enfermagem à higienização das mãos: fatores motivacionais. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 15 (Julio-Agosto); 2014. MARTINEZ, J. et al. Higienização das mãos: conhecimento de estudantes. Cienc Cuid Saude Jul/Set; v. 13, n. 3, p. 455-463, 2014. OLIVEIRA, A. C; PAULA, A. O. Intervenções para elevar a adesão dos profissionais de saúde à higiene de mãos: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem. Disponível em: <file:///C:/Users/023271/Downloads/21323-117628-2-PB.pdf>. Acesso em: 28 ago 2018.

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ROSA, G. R. L; LEITE, M. C. Efetividade de um produto à base de álcool gel. Monografia apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Diploma de Farmacêutico pelo Curso de Farmácia da Faculdade de Pindamonhangaba. Pindamonhangaba, 2010. SIQUEIRA, S. M.C. Higienização das mãos: medidas de prevenção da infecção hospitalar. Rev.Saúde.Com.; v. 9, n. 4, p. 341-347, 2013. SILVA, F. M. Higienização das mãos e a segurança do paciente pediátrico. Ciencia Y Enfermeria, v. XIX, n. 2, p. 99-109, 2013. SANTOS T. C. R. et al. Higienização das mãos em ambiente hospitalar: uso de indicadores de conformidade. Rev. Gaúcha Enferm. mar; v. 35, n. 1, p. 70-77, 2014.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: PARA UMA VIDA MAIS LIMPA E SEGURA

JUÇARA RODRIGUES JORGE FONTANA BASTOS23

A disseminações de infecções relacionadas à assistência à saúde frequentemente resulta da contaminação cruzada. O veículo mais comum que transmite esses microrganismos são as mãos dos profissionais e pacientes. O local ocupado pelos pacientes é considerado contaminado, pois é comum a presença de bactérias no leito, criado, suporte do soro entre outros equipamentos. Assim sendo todas as instituições ocorrem infecções relacionadas a saúde, a não adesão à higienização das mãos compromete a qualidade e segurança da assistência prestada que podem prolongar o tempo de internação elevando os custos para as instituições, família e sistema de saúde aumentando a tenacidade de microrganismos a antimicrobianos. As mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois é através delas que eles executam suas atividades. Assim, a segurança dos pacientes, nesses serviços, depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses profissionais. Reconhecendo que o principal veículo de transmissão de microrganismos são as mãos, pois são essenciais na assistência ao paciente devemos adotar como prioridade medidas de prevenção e controle nos estabelecimentos de saúde, e também monitorar a adesão a esta prática, com o propósito de reduzir a transmissão de patógenos e garantir uma assessoria segura. No decorrer do nosso estágio na Santa Casa de Mogi Mirim, observamos que os alguns colaboradores não realizam a higienização das mãos integrais preconizadas pela OMS relatando à falta de fornecimentos de materiais como: álcool gel, tolhas descartáveis, lavabos adequados, alergias, pele ressecada, aspectos culturais e comportamentais.

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Pedro Ferreira Alves – Mogi Mirim – Email para contato: jucara.bastos01@etec.sp.gov.br. 23

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Diante disso realizamos uma atividade lúdica para disseminar a importância da higienização correta da lavagem das mãos e os benefícios que acarreta para os pacientes, familiares, instituições, reduzindo as infecções e promovendo a segurança do paciente. Por isso, o artigo tem por objetivo demonstrar a importância da higienização das mãos para evitar a propagação dos microrganismos.

Estratégias de ensino diferenciada para o desenvolvimento de competências e habilidades de técnicos de enfermagem

Foi proposto aos docentes do Centro Paula Souza ações sobre Estratégias para a Segurança do Paciente tendo como tema a higienização das mãos. Participaram desse projeto cinco alunos do segundo módulo do curso técnico de enfermagem baseando se no fato de que nesse período eles já desenvolvem atividades práticas e possuem competências e habilidades embasando os quanto ao conhecimento sobre higienização das mãos e cinco técnicos em enfermagem colaboradores da instituição da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim que no início demostraram resistência, entretanto, aceitaram após assinarem o termo de consentimento referente a exibição das imagens. O instrumento utilizado para desenvolver o projeto além das competências e habilidades desenvolvidas no primeiro módulo foi despertar nos alunos motivação com ideias e sugestões sobre o projeto. No primeiro momento os alunos observaram como e quando ocorria a lavagem das mãos pelos colaboradores e partir disso discutiram em sala de aula quais seriam o método motivador para que os colaboradores participassem, pois, a rotina na instituição é intensa dificultando a adesão dos mesmos. Os alunos solicitaram auxílio aos colegas do curso de química que ajudaram a desenvolver um corante incolor com tinta de caneta marca texto de cor amarela e o álcool gel que permanecem incolor e quando em contato a sob a luz negra é possível visualizar a cor fluorescente.

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A proposta dessa dinâmica contribuiu para que os colaboradores participassem com proveito que foi destacar a importância da lavagem correta das mãos. Os colaboradores foram orientados pelos alunos a higienizar as mãos com o produto desenvolvido por eles e em seguida posicionar as mãos num ambiente escuro para visualizar as áreas atingidas com o álcool gel que quando expostas a luz ultravioleta apresentam se fluorescentes, com isso puderam visualizar que as áreas das mãos que não apresentaram essas características foram negligenciadas durante a higienização. A observação feita pelos alunos foi que os participantes não seguiram os passos recomendados pela Organização Mundial de Saúde, que são: retirada de adornos, abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostar na pia, aplicar na palma da mão quantidade suficiente para cobrir toda a superfície das mãos, ensaboar as palmas das mãos friccionando as entre si, esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda e vice versa, entrelaçar os dedos e friccionar os cinco espaços interdigitais, esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta e vice versa, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem, o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda e vice versa, utilizando movimento circular, friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha e vice versa, fazendo movimento circular, esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita e vice versa, utilizando movimento circular enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete e secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Posteriormente os colaboradores relataram que no início sentiram se inseguros em realizar a técnica sob o olhar de outros, por essa razão a resistência em participar do projeto. Entretanto perceberam a importância em higienizar as mãos empregando todas as fases, pois é imprescindível para que não haja transmissão de agentes patológicos nos serviços de saúde compreendendo que a enfermagem mostra diferentes formas de educar.

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A atividade lúdica desenvolvida com os colaboradores evidenciou que nenhum colaborador conseguiu atingir todas as áreas adequadamente após a higienização das mãos. No entanto os alunos perceberam que a falta de adesão dos colaboradores a prática correta da higienização das mãos também ocorre devido à falta escassez de pias, dispensadores de álcool gel nos corredores e posto de enfermagem, e falta de tolhas descartáveis no local apropriado. Contudo colaboradores e alunos comprovaram que a higienização das mãos se constitui como medida primária para a prevenção das infecções hospitalares, uma vez que as mãos se caracterizam como principal ferramenta de transmissão dos microrganismos. Foi evidenciado ainda que para alcançar a adesão dos colaboradores em seguir todos os passos preconizados pela OMS é necessário promover aprimoramento, estimulando em todas as fases do atendimento prestado.

REFERÊNCIAS

BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINI, M. A. S.; PEDREIRA, M. L. G. Hand hygiene as a caring practice: a reflection on professional responsibility. Rev Bras Enferm [Internet]. 2017. Acesso em: 21 jul 2018. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). 10 Passos para a segurança do paciente. São Paulo, SP: COREN-SP; 2010. COELHO, M. S.; SILVA ARRUDA, C.; FARIA SIMÕES, S. M. Higienização das mãos como estratégia fundamental no controle de infecção hospitalar: um estudo quantitativo. Rev. Eletrônica Enferm. Global. 2011. Acesso em: 07 jul 2018. NEVES, Z. C. P.; TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, A. C. S.; MELO, D. S.; FERREIRA, L. R.; SILVA, E. A. C. Relato de experiência: utilização de cartazes estilizados como medida de incentivo à higienização das mãos. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009. Acesso em: 14 jul 2018. OLIVEIRA, A. P. Impacto da estratégia multimodal na adesão a higiene de mãos entre a equipe multiprofissional. Belo Horizonte: 2015.

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OLIVEIRA, A. C.; DAMASCENO, Q. S. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão Rev Esc Enferm USP 2010. Acesso em: 07 jul 2018. ANACLETO A. S. C. B.; SOUSA, B. E. C.; YOSHIKAWA J. M.; AVELAR A. F. M.; PEDREIRA M. L. G. Higienização das mãos e a segurança do paciente: Perspectiva de docentes e universitários. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013. NEVES, Z. C. P.; TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, A. C. S.; MELO, D. S.; FERREIRA L. R.; SILVA, E. A. C. Relato de experiência: utilização de cartazes estilizados como medida de incentivo à higienização das mãos. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009. Acesso em: 28 jul 2018. OLIVEIRA, A. P. Impacto da estratégia multimodal na adesão a higiene de mãos entre a equipe multiprofissional. Belo Horizonte: 2015. OLIVEIRA, A. C.; DAMASCENO, Q.S. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão. Rev Esc Enferm USP 2010; Acesso em: 28 jul 2018. CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO USO DO ÁLCOOL GEL EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

KARINE BIANCO DA CRUZ24

A assistência à saúde apesar de ser benéfica, pode levar a transmissão de muitas infecções aos pacientes e essa adversidade vem sendo estudada e confrontada há muitos anos. Desde a descoberta de Ignaz Philip Semmelweis (1818-1865) em 1846, a higienização das mãos é valorizada como uma forma simples e eficaz na diminuição da transmissão de infecções na área da saúde (BRASIL, 2009). Existem quatro principais técnicas de higienização das mãos, que são escolhidas de acordo com a finalidade: higienização simples das mãos, que elimina os microrganismos e sujidades da superfície da pele; higienização antisséptica das mãos, que, além de remover as sujidades e microrganismos, diminui a carga microbiana com o uso do

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antisséptico; fricção de antisséptico nas mãos (álcool 70%), que reprime a carga de microrganismos, porém não retira sujidades; antissepsia cirúrgica ou preparo préoperatório das mãos, que elimina quase totalmente os microrganismo da pele com o uso de Antisséptico Degermante e escova (BRASIL, 2007). O álcool é o antisséptico mais utilizado na higienização das mãos, pois tem uma ação rápida, baixo custo, e é eficiente na destruição de bactérias e fungos, sendo mais eficaz na concentração de 70%. Não deve ser utilizado na presença de sujidades, pois inibem sua ação. É muito utilizado na fricção antisséptica das mãos, que é um procedimento rápido, fácil e efetivo, com duração de 20 a 30 segundos (BRASIL, 2009). Figura 1 - Técnica de Fricção de Antisséptico nas Mãos. Fonte: Anvisa (2007).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a utilização de preparações alcóolicas na higienização das mãos por profissionais da saúde para sobrepor a lavagem das mãos nas ocasiões em que as mãos não estiverem visivelmente sujas. Alguns elementos que interferem nesse procedimento são a eficiência do produto utilizado, a execução precisa da técnica, os momentos corretos para sua aplicação e a aprovação dos produtos. O produto mais recomendado e usado no Brasil é o álcool gel 70%, com ou sem glicerina, que é menos agressivo para a pele. A educação também é um fator

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muito importante para o êxito do uso dessa técnica nos serviços de saúde (PRADO; MARAN, 2014). A partir da Resolução nº 42 criada em 25 de outubro de 2010, o Ministério da Saúde por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), tornou obrigatória a presença de preparações alcoólicas para fricção antisséptica das mãos em todos os serviços de saúde do país, considerando a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica um método de higienização simples e rápido, que dispensa o enxague com água ou secagem das mãos. Podem ser usadas soluções líquidas com concentração de 60% a 80% ou sob forma de gel com concentração de 70%. Os dispensadores devem ser disponibilizados em locais visíveis e de fácil acesso. Visando a importância da disponibilização de álcool gel 70% nas unidades de saúde, foi realizado esse estudo para a implantação do produto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Jales, após ser constatado a falta do mesmo neste serviço de saúde. Além de conscientizar os colaboradores e clientes sobre a importância do uso do álcool na higienização das mãos. Assim, o artigo tem por objetivos buscar na literatura os benefícios do uso do álcool gel na higienização das mãos; implementar o uso do álcool gel 70% na UPA de Jales e; promover uma conscientização dos colaboradores e clientes que frequentam a Unidade de Pronto de Atendimento de Jales-SP sobre a importância do uso do álcool gel na higienização das mãos. Ações estratégias para implantação do uso de álcool gel em serviço

Esta pesquisa é um estudo descritivo na forma de relato de experiência, sobre um projeto realizado com os alunos do 4º módulo do curso Técnico em Enfermagem da ETEC Dr. José Luiz Viana Coutinho existente no município de Jales-SP. A iniciativa partiu de 15 alunos que fazem parte dos grupos de estágio extra no período noturno da disciplina de “Assistência de Enfermagem em Urgência e Emergência”. O projeto foi realizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Jales-SP, onde os alunos praticam os estágios, entre 21 a 25 de maio de 2018.

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Foram utilizados 11 frascos de álcool gel com válvula adquiridos com recursos próprios, preenchidos com álcool gel 70% fornecido pela unidade. Esses frascos foram espalhados pela unidade em locais estratégicos e de fácil acesso, juntamente com cartazes explicativos sobre a forma de higienizar as mãos. Esse projeto foi concretizado mediante autorização escrita do chefe administrativo da unidade, que também permitiu a divulgação do nome e local da UPA. Além do mais, foi realizada uma pesquisa bibliográfica a fim de buscar os benefícios do uso do álcool gel no processo de higienização das mãos, utilizando as plataformas Lilacs, Scielo, Pubmed e Bireme, à procura de artigos científicos atualizados, publicados entre 2010 e 2018, nos idiomas português e inglês, utilizando os seguintes descritores: desinfecção das mãos; higienizadores de mão. Foram pesquisados também manuais e normas de órgãos governamentais. No decorrer dos estágios, foi percebido pela docente e pelos alunos, a ausência de disponibilidade do álcool gel na unidade para a higienização das mãos. A quantidade e disponibilidade de pias, sabonete e papel toalha para a lavagem das mãos eram suficientes, mas não havia álcool gel disponível para os funcionários ou clientes. Visto que, o uso de álcool gel é muito importante na higienização das mãos, promovendo uma antissepsia de forma rápida e segura, decidiu-se implantar esse produto na unidade. Após a idealização do projeto, com o grande aumento de casos da gripe A H1N1, a unidade disponibilizou alguns frascos de álcool gel para os funcionários na sala de triagem, consultórios e posto de enfermagem. Mesmo assim, continuou-se com as ações a fim de disponibilizar o produto em todas as salas e para todos os clientes. Primeiramente foram adquiridos os frascos com válvula e os impressos pela docente. Os alunos auxiliaram na identificação dos frascos com o uso dos impressos e Contact em sala de aula. Imagem 1 – Frascos com válvula para álcool gel identificados.

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Fonte: Arquivo pessoal.

O álcool gel foi fornecido pela unidade e os alunos preencheram os frascos com o produto no dia 23 de maio na UPA. Os alunos identificaram os locais em que era necessário colocar os frascos para facilitar o uso pelos funcionários e pelos clientes. Os frascos com o álcool gel foram colocados em locais de fácil acesso e visualização, como: recepção, sala de triagem, sala de inalação, sala de reidratação, sala de observação adulto e infantil, corredor, sala do enfermeiro e sala de emergência. Foram colocados juntamente com os frascos um cartaz com orientações sobre a correta higienização com álcool gel. Após o posicionamento dos frascos pela unidade, os alunos fizeram orientações aos colaboradores sobre o uso do álcool gel e sobre os frascos que foram disponibilizados. Abordaram também alguns clientes durante aquela semana para demonstrar a utilização do produto e orientar sobre a importância da higienização das mãos. Foi observado que os colaboradores aderiram ao uso do álcool gel, utilizando-o frequentemente, e que vários clientes que frequentam a unidade higienizaram suas mãos com o produto mesmo sem orientação dos alunos.

Imagem 2 – Frasco de álcool gel e cartaz na pia da sala de reidratação.

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Fonte: Arquivo pessoal.

O álcool gel 70% é um produto de grande importância no contexto da higienização das mãos, pois promove uma antissepsia rápida e eficiente, garantindo a segurança do paciente e a qualidade da assistência. Os alunos participaram ativamente do projeto, auxiliando em sua execução e fazendo as orientações. O contato com os profissionais e os clientes foi muito satisfatório, permitindo uma troca de experiências e aumentando a confiança dos alunos. Observamos que os clientes realizaram a higienização das mãos utilizando o álcool gel de forma espontânea, mesmo sem nossas orientações. Concluímos que a maioria das pessoas está bem orientada quanto a importância da higienização das mãos, assim como os funcionários da unidade, mas a falta do produto prejudica uma assistência de qualidade. Após colocarmos nossos frascos de álcool gel, a higienização das mãos está sendo realizada de forma mais eficiente tanto pelos funcionários como pelos clientes da UPA de Jales.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em:

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<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2018.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências. Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0042_25_10_2010.pdf/94 2e06e7-a3fb-4f23-8c91-f795d0f7cc7d>. Acesso em: 12 jun. 2018.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos. Brasília: Anvisa, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higi enizacao_maos.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2018.

PRADO, M. F.; MARAN, E. Desafio ao uso das preparações alcoólicas para higienização das mãos nos serviços de saúde. Esc. Anna Nery, v. 18, n. 3, p. 544-7, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n3/1414-8145-ean-18-03-0544.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2018.

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A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: CONSCIENTIZANDO EM SALA DE ESPERA

LEIDEPAULA DA ROCHA BELON25

O significado de Educação em Saúde está alicerçado no conceito de promoção da saúde, que se refere aos processos que abrangem a participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana e não apenas das pessoas sob o risco de adoecer, bem como envolve também a concepção de saúde como estado positivo e dinâmico de busca de bem-estar, que integra os aspectos físicos, ambientais e psicossociais. As ações educativas são capazes de motivar a autoestima e o autocuidado dos membros das famílias, promovendo reflexões que possam acarretar modificações nas atividades e comportamentos, refletindo na saúde individual e coletiva. A promoção da saúde, por meio da educação em saúde, é uma das formas de se efetivar uma assistência integral ao usuário. A Política Nacional de Promoção da Saúde (BRASIL, 2015), tem como objetivo geral promover a qualidade de vida, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzir as vulnerabilidades, riscos e danos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais. A atividade de sala de espera se constitui em uma estratégia de realizar a promoção da saúde nas unidades de saúde, em que a aproximação dos profissionais de saúde com a comunidade oportuniza o cuidado integral e humanizado aos usuários, considerando as necessidades destes usuários. Veríssimo e Valle (2006) mencionam que o grupo de sala de espera é caracterizado como uma forma produtiva de ocupar um tempo ocioso nas instituições, com a transformação do período de espera pelas consultas médicas em momento de trabalho; espaço esse em que podem ser desenvolvidos processos educativos e de troca de experiências

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Dr. José Luiz Viana Coutinho – Jales – E-mail para contato: leidepaula.belon@etec.sp.gov.br. 25

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comuns entre os usuários, possibilitando a interação do conhecimento popular com os saberes dos profissionais de saúde. Nesta direção, os grupos de sala de espera podem funcionar como “espaço potencial”, sendo um território onde ocorrem trocas entre o indivíduo e o meio. No mesmo sentido, o processo de educação pode estimular nos pacientes a responsabilidade do autocuidado, gerando a interpretação de que muitas situações são preveníveis, sem ter a necessidade de buscar atendimento especializado. Pensando na necessidade do assunto ser abordado para diferentes públicos, além dos profissionais de saúde, o ambiente de sala de espera foi selecionado. É por meio da sala de espera os profissionais da área da saúde tem a oportunidade de estar desenvolvendo atividades que extrapolam o cuidado, como a educação em saúde, auxiliando na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Assim, com o intuito de conscientizar o público das salas de espera das Unidades de Saúde e os públicos das Unidades Escolares do Município de Jales sobre a importância da higienização das mãos para a prevenção e controle de doenças, o trabalho tem também o objetivo de orientar não só profissionais de saúde, mas também a população em geral para a importância da higienização das mãos.

Projeto de ação na escola sobre higienização das mãos

O trabalho foi desenvolvido a partir de proposta lançada em sala de aula: os alunos deveriam idealizar um projeto de ação na escola, sobre higienização das mãos para ser aplicado a um público alvo. Trata-se de um estudo descritivo na forma de relato de experiência, sobre um projeto realizado com 31 alunos do 3º módulo do curso Técnico em Enfermagem da ETEC Dr. José Luiz Viana Coutinho, no município de Jales-SP, idealizado a partir da necessidade de se discutir sobre higienização das mãos e aplicar essas orientações para a prática da segurança do paciente. O grupo optou por não desenvolver atividade em ambiente hospitalar, visto que sempre se prioriza este espaço, deixando de lado outros ambientes de circulação de pessoas e doenças. Foi lançada a ideia de se trabalhar com grupos em

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ambientes de Unidades escolares e de Saúde através da construção de um videoclipe a partir de uma música também criada pela turma, incentivando a prática da lavagem das mãos, para que fosse utilizado como material educativo em ambiente de sala de espera das referidas unidades.

Figura 1 – Construção do material educativo.

Fonte: Arquivo pessoal. Figura 2 – Construção do material educativo.

Fonte: Arquivo pessoal.

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O projeto foi então intitulado de: Uma Lavada Especial - conscientizando sobre a higienização das mãos em ambientes de sala de espera, e passou a ser discutido pelos alunos como uma proposta diferente. O grupo optou por não desenvolver a atividade em ambiente hospitalar, visto que sempre se prioriza este espaço, deixando de lado outros ambientes de circulação de pessoas e doenças. Foi lançada a ideia de se trabalhar com grupos em ambientes de Unidades escolares e de Saúde, com o objetivo de orientar não só profissionais de saúde, mas também a população em geral para a importância da higienização das mãos. Decidiram construir um videoclipe a partir de uma música também criada pela turma, incentivando a prática da lavagem das mãos, para que fosse utilizado como material educativo em ambiente de sala de espera e unidades escolares.

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Parodiaram uma música, abordando a importância da higienização das mãos, que recebeu o título de Lavada Especial:

“Mandando ver, no início da lavada Esses germes vou combater Mas pra isso acontecer, você tem Que aprender Que com esses intrusos, não se Deve conviver Vem aprender (2x) Refrão (2x) Vamos lavar Com água e sabão nossas mãos Higienizar As bactérias bem feiosas Embora vamos mandar Mas pra isso acontecer, não Podemos esquecer De higienizar.”

Os alunos idealizaram fantasias para serem utilizadas no videoclipe, e construíram as mesmas durante os horários de aulas, intervalos das aulas e estágios, além de utilizarem suas horas de descanso para construir a ideia, otimizando todo o tempo na execução das tarefas. Foi criada uma coreografia para ser executada junto com a música cantada pelo grupo, e a sala então realizou ensaios periódicos objetivando construir uma sincronia na execução dos passos. Em meio a dança, optaram por identificar grupos de profissionais e pessoas, dando ênfase à importância da higienização das mãos, independente da área de atuação, ou mesmo no ambiente doméstico. A canção, a dança e as fantasias foram utilizadas na gravação do videoclipe, gravado em um abrigo para idosos e em uma Unidade Básica de Saúde.

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O videoclipe vem sendo reproduzido e aplicado nas salas de espera de várias Unidades de saúde e escolares com finalidade educativa para a população em sala de espera.

Figura 3 – Fantasia confeccionada para o vídeo educativo.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os alunos se dedicaram de forma surpreendente, com muito capricho e carinho em cada etapa do processo. Todo o público envolvido abraçou a ideia do grupo com muito carinho, inclusive pela importância de se falar do assunto fora do ambiente hospitalar. O vídeo está sendo aplicado nas Unidades, e a resposta tem sido bastante satisfatória. A ideia de trabalhar higienização das mãos em Unidades de Saúde e unidades escolares

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surpreendeu e alcançou diversos públicos, trazendo impacto positivo e incentivo para dar continuidade nas ações em sala de espera com os alunos.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente – higienização das mãos. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf>. Acesso em: 30 ago 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. TEIXEIRA, E.R.; VELOSO, R.C.; O grupo em sala de espera: território de práticas e representações em saúde. Texto contexto – Enfermagem, Florianópolis, v.15, n.2, p. 320-5. abr/jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010407072006000200017&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 28 ago 2018.

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MUDANÇAS DE PARADIGMAS, REFLEXÃO NA IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

MARIA NELSONITA DO NASCIMENTO AVIZ26

A realização desse artigo identificou a ocorrência de inúmeras maneiras bem diversificadas de como ocorre a higienização das mãos não só na forma como no hábito demonstrando ser cultural, onde se percebe que só cresce a cada segundo os agravos de velhos, novos casos bem como a recidiva dos casos já erradicados. A forma que se encontrou como meio de solução e ou minimizar a endemia de doenças transmitidas a traves das mãos, é se apoiar na educação das crianças para quando adultos a cultura higienização ser apoderada de êxito e seguridade a todos. Observa que desde os primórdios que vem sendo estimulado, a consciência com o intuito de prevenir e controlar as infecções hospitalares relacionadas a assistência à saúde (IRAs), visando a segurança do cliente/paciente, profissionais e os demais envolvidos na prestação de cuidados com a saúde, sendo atualmente o termo mais aceito no cenário de prevenção ao combate de invasão microbianos é a higienização das mãos (HM), que vem num conflito constante no combate das infecções hospitalares, que a cada momento só aumenta os índices de morbidade e mortalidade mundial, já se criaram portarias, programas, conferencias, e outros inúmeros meios para disseminar a higienização das mãos, sendo mostrados constantemente por vários estudiosos e pesquisadores que essa forma é ainda o caminho a ser seguido, como barreira mais eficaz, econômica e simples para solucionar as epidemias de invasão de germes patogênicos que só cresce se tornando mais resistente e dispendioso para o avanço nos tratamentos de saúde.

Em 2018, o tema da Campanha Mundial Salve vidas: higienize suas Mãos, estimulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e apoiado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é: ESTÁ EM SUAS MÃOS PREVENIR A SEPSE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE (ANVISA, online).

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. Dr. José Dagnoni – Santa Bárbara D’Oeste – E-mail para contato: maria.aviz@etec.sp.gov.br. 26

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Essa campanha em parceria com a Anvisa mostra a preocupação incansável com mediadas primordial na prevenção, redução e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAs). Nos últimos anos a crescente preocupação na saúde brasileira são as bactérias multirresistentes, que podem ser levados aos clientes/pacientes através de contato direto com mãos contaminadas dos profissionais da saúde e os demais colaboradores com os cuidados assistenciais e ou por contato indireto como ambientes, superfícies, materiais, equipamentos, contaminados. Os microrganismos multirresistentes podem se tornar parte da microbiota transitória da pele, sendo facilmente removidos pela higienização das mãos, se as mãos apresentarem perda de tecido de continuidade como dermatite, e outras lesões teciduais, as bactérias multirresistente podem se alojar e ficar persistentemente colonizadas (BOYCE et al, 2002). Todos os estudos científicos e registros literários evidenciam direto ou indiretamente a transmissão de infecção cruzada como fonte de surto de infecção relacionada à assistência à saúde por falta de adesão à higienização das mãos (PESSOA-SILVA et al, 2002). Florence Nightingale (1820-1910), e sua equipe de enfermeiras introduziram várias medidas para organizar enfermaria, como higiene pessoal de cada paciente, utensílios de uso pessoal e individual, instalação de cozinha, lavanderia e desentupimento de esgotos conseguiram reduzir a taxa de morbidade e mortalidade (RODRIGUES, 1997).A reorganização de enfermarias partiu de observação de higiene inadequada quando em 1854 a precursora e pioneira de prestação de cuidados assistenciais Florence Nightingale foi convidada a trabalhar com soldados feridos na guerra da Criméia, e encontrou as enfermarias em precária situação de desconforto total de higiene, escassez de medicamentos, roupas sujas, sem água potável, vários casos de infecção, esgotos a céu aberto e o porão infestado por insetos e ratos. Florence deixa o legado que a higiene é imprescindível em todas as ações de cuidados com o ser humano não só em situação de doença mais sim em todo o seu ciclo vital como: um ambiente limpo, arejado, higiene pessoal entre paciente e cuidador, alimentação e entre outros;

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portanto a limpeza previne contaminação de microrganismo, diminui infecção, promove recuperação com qualidade, reduz gastos financeiros, físicos, biopsíquicosociais, não só para as instituições de saúde como para toda a sociedade. O estudo de um médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis (1818-1865), determinou aos seus estudantes de medicina a prática de lavagem das mãos com solução clorada ao sair da sala de autópsia e antes de examinar as pacientes na clínica obstétrica, ele comprovou uma relação de febre puerperal com os cuidados médicos ao sair da sala de autópsia com odores desagradável nas mãos, atentou que fosse “ partículas de cadáver” o transmissor de tantas febres puerperal que atingiam as parturiente(A.T.FERNANDES; M.O.V.FERNANDES; RIBEIRO FILHO, 2000; TRAMPUZ; WIDMER, 2004), um mês após a intervenção, reduzido a taxa de mortalidade 12,2% para 1,2% (MACDONALD, 2004).

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Finalidade de higienizar as mãos

Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato;

Água e sabão

Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. •

Ao iniciar o turno de trabalho.

Após ir ao banheiro.

Antes e depois das refeições.

Antes de preparo de alimentos.

Antes de preparo e manipulação de medicamentos.

Higienizar as mãos com solução alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas. A relevância do tema estudado contempla que só com consciência, educação mudanças de hábitos cultural e persistência se consegue atingir a transmissão de microrganismo que eleva a cada segundo os agravos na saúde individual e comunitária na vida dos seres humanos, com um simples ato e tão significativo e corriqueiro no cotidiano, a higienização das mãos. Por isso, o projeto tem por objetivos demonstrar e orientação da população de qualquer faixa etária a consciência, sobre a importância e como realizar a correta higienização das mãos, utilizando das técnicas aprendidas e reconhecer que educar na infância a abrangência da segurança se torna quantitativa e qualitativa na vida da população tornando uma sociedade mais saudável comprometida com si e todos os envolvidos na saúde individual e comunitária. Abordagens diferenciadas para o ensino correto e sustentável da vida do ser humano

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Operação de abordagem I

Realizada no dia 01 de junho de 2018, tendo início as 8h:00min da manhã, nas dependências do parque dos Jacarandás, localizado no município de Santa Barbara d’Oeste no estado de São Paulo; objetivamente criado para domínio público com o objetivo de lazer, descanso e atividade física. Nesta operação, os alunos do módulo 1 do curso técnico de enfermagem da escola Etec Prof. Dr. José Dagnoni, abordaram a população que ali se encontrava, sem distinção de faixa etária, sendo desde crianças a adultos e idosos; realizando demonstrações dispondo da utilização de tintas guaches, cartazes falando da importância da higienizar as mãos com a intenção de melhor visualização da população, chamando a atenção para a correta técnica de higienização das mãos, e na falta dela não é possível retirar toda a sujidade e microrganismo que se encontram em nossas mãos e não conseguimos ver ao olho nu. O grupo conclui que nesta operação a aceitação pública foi abrangente, havendo grande adesão da maior parte dos participantes.

Operação de Abordagem II

Realizada no dia 10 de Junho de 2018, tendo início as 9:30hs da manhã, nas dependências da EMEI Manaí, localizada no Bairro Parque Novo Mundo, Município de Americana, que atende crianças populares dos bairros ao seu redor, nas faixas etárias de 4 e 5 anos de idade, sendo jardim I e II. Nesta operação, foi desenvolvida atividade interativa com os alunos da EMEI, que foram conduzidos ao pátio central de convívio comum da escola; utilizando de acessórios confeccionados manualmente pelos alunos da ETEC, dispondo de cartolinas e palitos; com objetivo de recriar o formato de mãos sujas e limpas. Demonstrando as mãos sujas, cheias de bactérias, foi realizado debate com as crianças sobre as complicações da falta de higiene correta das mãos e suas consequências em permanecer com as mesmas sujas

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e ou mal lavadas. E após demonstração das técnicas corretas de higienização das mãos, a demonstração das mãos agora limpas e livres de sujidades e bactérias. Grupo comenta grande interação das crianças na apresentação e adesão ao aprenderem corretas técnicas de higiene das mãos.

Operação de abordagem III

Realizada em rotina cotidiana através de observação, que as pessoas não têm hábitos de higienizar as mãos, e quando lavam é de forma incorreta, podendo concluir que é cultural. Por fim conclui-se que para que haja uma mudança nos indicadores de saúde é necessário que se pratique de maneira mais concisa o habito de higienização das mãos tanto em ambientes de trabalho hospitalar quanto nos diversos ambientes que permeiam a vida humana. E para que se mantenha uma cultura mais consciente de sua prática é necessário a institucionalização pedagógica de higienização particularmente das mãos, resultando na atenção as gerações mais novas para que sejam devidamente apresentadas ao este preceito de saúde social.

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REFERÊNCIAS

FERNANDES, A. T.; FERNANDES, M. O. V.; RICEIRO FILHO, N. As bases do hospital contemporâneo: a enfermagem, os caçadores de micróbios e o controle de infecção. In: FERNANDES, A. T. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu, 2000. P. 56-74. DE ALMEIDA JUNIOR, João Nóbrega et al. Higienização das mãos: Evidencia da transmissão de patógenos por meio das mãos. [S.l.: s.n.], 2007. p. 25. OLIVEIRA, R C R M; OLIVEIRA, Á; DIAS, S B; VASCONCELOS, P R. O conhecimento a serviço da vida; II CONGRESSO UNIFICADO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO FAMINASBH-2016; Infecções Hospitalares Repensando A Importância Da Higienização Das Mãos. Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium. p.221-222, 2016 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Higienização das mãos - Anvisa. 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higi enizacao_maos.pdf>. Acesso em: 29 ago 2018. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Capitulo IV. Controle Da Disseminação De Microrganismos Multirresistentes. JUNIOR, J N A J; BOSZCOWSKI, Í B; COSTA, S F C. Brasília. 2009. 105p. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd164/a-importancia-da-lavagem-dasmaos.htm>. Acesso em: 29 ago 2018. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/introducao.htm 30/08/2018>. Acesso em: 28 ago 2018.

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POR QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?

MARIANA MAGNI BUENO HONJOYA27 PRISCILA PEREIRA MARTINS28

Para Santos a higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante no controle de infecções em serviços de saúde. Porém não devemos nos preocupar apenas com os serviços de saúde, pois, a higiene das mãos é uma pratica de promoção diária a saúde e prevenção de doenças. A utilização simples de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de doenças, como Santos volta nos dizendo. Belela-Anacleto et al (2017) diz que, entretanto, estudos apontam que a adesão ao procedimento é insatisfatória em todo o mundo e evidenciam baixas taxas de adesão. E é parte fundamental da equipe de enfermagem a orientação a certa de procedimento do autocuidado e promoção a saúde, não apenas no ambiente hospitalar como fora dele também, atuando na atenção primária. Assim, por meio das redes sociais o projeto tem por objetivo conscientizar o maior número de pessoas sobre importância da higienização das mãos na prevenção das doenças virais e bacterianas, além de ser um hábito de higiene indispensável. Para isso, pretende-se: - Abordar a população através das redes sociais para a prevenção de doenças transmissíveis pelo contato; - Utilizar instrumento para ensinar a técnica correta conforme orientação da Anvisa; - Estimular os alunos a adquirem metodologia diferenciados para a promoção da saúde; Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Monsenhor Antonio Magliano – Garça – E-mail para contato: marianahonjoya@gmail.com. 28 E-mail para contato: priscilapemartins@hotmail.com. 27

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- Estimular os alunos a promoverem ações na atenção primária.

A utilização de mídias sociais para promover o hábito de higienização das mãos

Para a realização deste projeto, foi discutida com o grupo de estágio a proposta de criação de um projeto sobre higienização das mãos que atingisse o maior número de pessoas, com isso surgiu à ideia de se criar um vídeo para postar nas redes sociais sobre a importância do mesmo. Em outro dia nos reunimos no laboratório de enfermagem para a realização das técnicas e planejamento do conteúdo do vídeo, eles fizeram pesquisas na internet e utilizaram como base os dados da Anvisa. Com isso este trabalho foi desenvolvido com a realização de levantamento bibliográfico mais desenvolvimento do material para divulgação. Foram utilizados como recursos materiais Laboratório de Enfermagem; Água, Sabão, Papel Toalha; Câmera; Computador – Edição de Vídeo; Conta no Youtube e Facebook. O grupo escolhido para a realização do trabalho foram 10 alunos do grupo de estágio do quarto módulo de Técnico De Enfermagem da ETEC Monsenhor Antônio Magliano do município de Garça-SP. Para os alunos foi de grande importância por que reforçou a importância da higiene das mãos na prevenção de acidentes com os pacientes e da importância do mesmo para o dia a dia. Além disso os alunos puderam trabalhar de uma forma diferenciada a atenção básica e a prevenção de doenças. Com relação ao impacto nas redes sociais no Facebook a publicação teve poucas visualizações com um total de 20 curtidas e 1 compartilhamento e no Youtube, até o momento foram visualizadas 30 vezes com os dados obtidos pelo Google Analytics a Retenção do Público foi de 91% com 100% de sinalizações de gostei. Apesar dos dados obtidos, podemos observar que o número de visualizações é baixo em vista do que poderia se chegar, fazendo com que ao refletir sobre o assunto, apesar da sua importância, pouco a população aprecia, por ser considerada uma medida banal.

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Porém apesar das pessoas acharem que a higiene das mãos é um ato corriqueiro, na grande maioria das vezes ela é realizada de forma incorreta, possibilitando a transmissão de doenças. É de suma importância continuar investindo na prevenção de doenças, através da atenção primária e intensificar o estudo e a capacitação de profissionais e da população a respeito da higiene das mãos por ser a medida mais simples e eficaz. Com isso melhorando a qualidade de vida da população, pois uma vez que todos realizam uma medida preventiva de forma adequada todos se beneficiam.

REFERÊNCIAS

BELELA-ANACLETO, A. S. C.; PETERLINI, M. A. S.; PEDREIRA, M. L. G. Hand hygiene as a caring practice: a reflection on professional responsibility. Rev Bras Enferm [Internet]. 2017; v. 70, n. 2, p. 442-5. DOI: <http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0189>.

SANTOS, A. A. M. Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_mao.pdf>. Acesso em: 10 set 2018.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCANDO PARA SAÚDE, MÃOS LIMPAS SÃO MAIS SEGURAS

NICÉLIA DE MORAES VALENTIM29

De acordo a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-REBRAENSP, a OMS e demais acervos científico temos muitas informações sobre a flora bacteriana que carregamos em nossas mãos bem como da importância da veiculação de patógenos, causadores de doenças entre as pessoas seja em casa, na rua, no trabalho, escola, igrejas, hospitais e por onde trafegamos, porem na assistência a pacientes já debilitados se torna agravante. De acordo com as Diretrizes de OMS sobre Higienização das Mãos na Assistência à Saúde, a infecção cruzada ou infecção hospitalar atinge milhares de pacientes em todo globo terrestre. Tal infecção leva pacientes a patologias mais graves do que a doença base que motivou a internação, prolongando a permanência clínico-hospitalar, levando até mesmo a incapacidades e consequências socioemocionais irreparáveis. Aumentam custos financeiros inesperados ao cliente, a familiares e ao sistema de saúde público e privado. Essas infecções estão relacionadas aos sistemas e processos de atenção à saúde, interligados a educação humana que condiciona comportamento e ações. Embora vinculado a todo esse processo, sabemos que a infecção cruzada pode ser evitada, diminuindo-se riscos no processo. Há instituições coligadas e empenhadas em monitorar com eficácias as ações, seja na fiscalização, na realização de pesquisas e fomento à educação continuada, na avaliação e sequência das práticas baseadas em evidencias. Há um arsenal de dispositivos a serem testados, implantados, adaptados para minimização de riscos e dentre todas as ações, frisar sempre a equidade e solidariedade em prol da saúde humana. Com tudo a prática simples da higienização das

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Jacintho Ferreira de Sá – Ourinhos – Email para contato: nmoraesvalentim@gmail.com. 29

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mãos é uma medida básica para reduzir as infecções e ainda muito negligenciada por todos ou quase todos. De um outro lado do cenário, fora das instituições clínico-hospitalares, temos a comunidade com grande risco para infecções gastrintestinais como diarreias mais comum no verão e das viroses respiratórias, as gripes, no inverno que ocorrem, às vezes, em graves surtos. Essas gripes, a cada ano se diferenciam de acordo com a cepa viral prevalente. Neste ano 2018, tivemos a vacina trivalente com cepas de H¹N¹ mais H³ N² e influenza, segundo Yamagata, (ANVISA, 2018). Essas e outras epidemias afligem populações inteiras podendo chegar a pandemias, quando atingem mais de um continente. O Ministério da Saúde - MS (2017), por meio do Boletim Epidemiológico, coleta dados importantíssimos quanto ao número de casos registrados de gripes e suas diferentes cepas virais circulante. A vigilância de influenza no Brasil e composta por unidades sentinelas que monitoram os casos de hospitalização e óbitos com objetivo de identificar o comportamento da influenza no país para orientar a tomada de decisões que requeira posicionamento do MS e Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais. “Dentro das recomendações para estados e municípios estão, a ampla divulgação das medidas preventivas de higienização das mãos, (...) protocolo de atendimento, notificação e outras medidas” (Ministério da Saúde, 2017). Como informou a ANVISA (2018), diante dos surtos de gripe que surgem anualmente, ocorre verdadeiro desespero da população nas regiões mais atingidas com surtos e disso, surgem outras irregularidades ou barbaridades como, oferta de vacinas clandestinas por preços exagerados, sendo tais vacinas de procedência duvidosa e muitas vezes, malconservadas. Portanto mais seguro é procurar vacinas em postos e unidades de saúde do município ou credenciadas para evitar riscos. Como meio de prevenção ou minimização do surto, as Secretarias Estaduais e Municipais desenvolvem estratégias para atingir a população, por meio de diferentes seguimentos como empresas, escolas, mídia e afins. Dentre as estratégias divulgadas, a Secretaria da Saúde de São Paulo sugere o Projeto “Mãos Limpas são mais Seguras”,

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voltado à população em geral, informando-os da necessita higienizar as mãos para prevenir os males (CVE, 2018). Em virtude dessas facetas relacionadas à infecções intra e extra hospitalar, surge o presente projeto no sentido de reforçar educação em saúde para os profissionais de saúde bem como para alunos e comunidade escolar. Associamos a ideia do projeto “Mãos limpas são mais seguras” temos vinculado a aplicação de dinâmica e ludicidade que é uma maneira fácil de ensinar e de aprender como se diz: “brincando se aprende”. Partindo disso, colocamos a metodologia em pratica, onde alunos do curso técnico de enfermagem foram os atores do ensino com tema central “A Higienização das Mãos”, aproveitando que o mês de maio é mês nacional da campanha de higienização das mãos e, que alunos do 3º módulo de enfermagem-Etec-1º/2018, no mês de maio, utilizando metodologia lúdica, realizassem educação em saúde sobre higienização das mãos para profissionais de saúde e comunidade escolar da Etec-Ourinhos, por meio de: - Pesquisa sobre higienização das mãos, infecção cruzada, flora bacteriana e preparo de orientações para público alvo; - Uso de metodologia lúdica para aplicação em educação para saúde; Demonstrar a importância da higienização das mãos com água e sabão, com possibilidade do uso do álcool gel contra doenças virais e infeção cruzada.

Planejando e organizando o projeto Mãos limpas são mais seguras

Seguindo modelo proposto da OMS-Organização Mundial da Saúde e de capacitação do Centro Paula Souza, seguimos a ideia do projeto “Mãos limpas são mais seguras” para incitar profissionais de saúde e comunidade escolar na ação da higienização das mãos com maior frequência para promover saúde e evitar doenças.

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Foi realizado por alunos do 3º módulo do Curso Técnico de Enfermagem junto à comunidade escolar da Etec-Ourinhos, que utilizaram aula expositiva com apoio de slides, vídeos e conciliaram com dinâmica e ludicidade. Inicialmente, foi exposto a ideia geral e objetivos específicos aos alunos que, subdivididos em três grupos, rascunharam seus subprojetos e apresentaram a professora que fez revisão e adequações necessárias. Definiu-se os grupos e público alvo: Grupo-G-1, aplicaria para alunos do 1º e 4º enfermagem (importante citar que que muitos alunos do 4º módulo já estão trabalhando na Santa Casa, onde foram considerados profissionais da saúde; G- 2: para alunos do Ensino Médio de Informática e edificações; grupo-3: para funcionárias da limpeza. Durante as ações educativas, cada grupo poderia registrar as cenas por meio de fotofilmagem e deveriam utilizar um método de avaliar de seu trabalho para apresentar o resultado parcial e, por fim, fecharíamos com o resultado do projeto. Cada grupo apresentou seu cronograma e colocamos a seguir:

Cronograma

Data

30/março

02 à

Pesquisa Atividade Orientação gerais do Grupo

04/maio

13/abril

07/maio

Realização

do tema e da

Realização

Projeto/divisões/turma escrita do atividade-G- G-02 e G-03 projeto

Grupo:01

X

X

Grupo:02

X

X

Grupo:03

X

X

1 X

11/maio

Apresentação dos resultados /cada grupo

21/maio Apresentação dos resultados e considerações finais

X

X

X

X

X

X

x

X

Os recursos materiais foram simples: cartolina, luvas, guache, cola, caneta hidrocolor, câmera filmadora ou similar, Datashow, frascos com álcool gel, tampão ou venda para os olhos, água, sabão, e papel toalha.

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Cada grupo realizou suas atividades conforme estabelecido em cronograma. Foi muito bem elaborado, utilizaram diferentes ações aplicando método lúdico. O grupo 01, fez as orientações básicas sobre, como e quando higienizar as mãos; utilizaram vídeo como apoio e apresentaram dança com música relacionada ao tema (jingle), propondo que os ouvintes também cantassem e/ou dançassem fixando assim o conteúdo educativo. O grupo 02, utilizando-se de cartaz e vídeo, fez as orientações expositiva depois convidou os participantes para tirarem fotos no mural, segurando placas alusivas ao tema com: “eu lavei minhas mãos e você?”; “Mãos limpas, cuidado seguro”; “Mãos limpas são mais seguras” e outros dizeres. E o grupo-3, fez orientações expositiva com apoio de vídeo, convidou voluntários ouvintes que, de olhos vendados, simularam a higienização das mãos e ao invés de sabão líquido foi colocado em suas mãos, tinta guache líquida. Após esfregarem as mãos, retiraram-lhes as vendas e verificaram áreas sem esfregação que podem resultar em contaminações, caso o material manipulado for contaminado e que, em situações de surtos virais, isso pode resultar em disseminação de doenças. Atingimos o objetivo esperado, tivemos a atenção e respostas emitidas verbalmente pelos ouvintes. Os alunos realizaram com muito empenho o projeto educativo e superaram a expectativas. Fizeram inclusive lembrancinhas de álcool gel em frasquinhos para os ouvintes. Projetos desse molde, podem e devem ser continuados com possibilidades de maior criatividade e inovações e sem dúvida as fotos e filmagens registradas servirão de exemplo e motivação aos demais grupos. O saber e o ensinar sobre saúde capacita os indivíduos na obtenção, interpretação e entendimento das práticas e serviços básicos em saúde podendo acrescentar muito positivamente nas adequações sobre saúde coletiva e individual. Saúde e educação caminham juntos, o elo é o conhecimento e as ações. Importante que unidos estejamos para enfrentar o desafio de que “Uma Assistência Limpa é mais Segura”.

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REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias//asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/confira-as- vacinas-contra-gripe-autorizadaspara>. Acesso em: 21 abr 2018. Centro de Vigilância Epidemiológica. CVE. “Prof. Alexandre Vranjac”. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.alexandre- vranjac/areas-de-vigilancia/infeccao-hospitalar/projeto-maos-limpas-saomaos-mais- seguras/sobre-o-projeto>. Acesso em: 21 abr 18. Manual para elaboração do trabalho de Conclusão de Curso das Escolas Técnicas do Centro Paula Souza. Elaboração e desenvolvimento- CETEC-Centro de Gestão. Santa Efigênia, São Paulo, 1º Ed. 2015. Ministério da Saúde-Informe Epidemiológico-Secretaria de Vigilância em Saúde Monitoramento até a Semana Epidemiológica 19 de 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/19/Informe%20Epidemi olgico_Influenza%202017-SE-19.pdf>. Acesso: 20 abr 2018). OMS. Organização Mundial da Saúde e Pan-Americana de Saúde, 2005. <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&categ ory_sl ug=seguranca-do-paciente-970&alias=454-diretrizes-as-oms-sobre-higienizacaodas- maos-na-assistencia-a-saude-4&Itemid=965>. Portal Brasil, Saúde. Publicado: 06/05/2016. Última modificação: 06/05/2016 16h08. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2016/05/manual-orientaprofissionais-de-saude-sobre-a-higiene-das-maos>.

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, UMA QUESTÃO DE INFRAESTRURA*.

REGINA MARIA BÉRTOLO ZUPIROLLI30

Na ETEC Prof. Eudécio Luiz Vicente de Adamantina, a diretora é da área da saúde e apresenta uma preocupação em oferecer condições de infraestrutura na cozinha para incentivar a realização da higienização das mãos dos merendeiros ao preparar e manipular os alimentos. “A função da merendeira é de preparar e servir a refeição dos alunos nos horários estipulados e de acordo com a exigência de profissionais da saúde” (NOVA CONCURSOS, 2018?). A ETEC conta atualmente com 855 alunos matriculados, e a merenda é oferecida a todos através de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Adamantina, que realiza a compra e distribuição dos alimentos, mantém os merendeiros sob a supervisão e orientação da nutricionista da merenda escolar. Nas visitas realizadas pela nutricionista sempre são realizados relatórios das condições físicas do ambiente, condições de higiene dos merendeiros, observação da utilização dos equipamentos de proteção individual (uso de luvas ao manipular os alimentos, touca, sapato fechado, uniforme, orientação para não utilizar adornos, manter unhas curtas), armazenamento dos alimentos, preparo e manipulação da merenda. Em visita de rotina a nutricionista observou uma falha no procedimento de higienização das mãos dos merendeiros, que adentram na cozinha e não realizam o procedimento antes de iniciar a manipulação dos alimentos, mesmo já orientados em treinamento. Surgiu então a questão que poderia ser a falta de infraestrutura do ambiente, pois há apenas as pias para a manipulação dos alimentos e utensílios da cozinha e não há um lavabo para a higienização das mãos na entrada da cozinha (foto 1). Foi apresentado o relatório à equipe gestora da ETEC, que resolveu observar melhor a questão, para tomar providências sugeridas em relatório da visita da nutricionista.

30 Enfermeira, professora do Centro Paula Souza na ETEC Amim

Jundi de Osvaldo Cruz e ETEC Prof. Eudécio Luiz Vicente Adamantina. Atualmente diretora da ETEC Prof. Eudécio Luiz Vicente – Adamantina.

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Imagem 1: Cozinha: pia de preparo de alimentos.

Fonte: Arquivo pessoal.

Diante desse problema surgiu a necessidade de rever alguns conceitos e conscientizar os merendeiros, pois:

[...] os micro-organismos são os responsáveis por surtos das doenças transmitidas por alimentos, e os fatores como temperatura de conservação inadequada, baixa condições de higiene durante o preparo e o uso de alimentos de origem duvidosa são fundamentais para que o alimento tornese impróprio para o consumo (PANATH, 2016, p.16).

Com isso, o projeto tem por objetivos oferecer condições físicas aos merendeiros para a realização da higienização das mãos, antes, durante e após a manipulação dos alimentos; Conscientizar os merendeiros da importância da higienização das mãos ao manipular alimentos.

Ação educativa em serviço

As mãos possuem flora bacteriana residente que “é formada por micro-organismos que vivem e se multiplicam em camadas mais profundas da pele, que não são retiradas com a lavagem comum das mãos, mas possui baixa virulência, isto é não causam doenças” e a flora bacteriana transitória “formada por micro-organismos que sobrevivem na www.rebraensp.com.br

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superfície da pele e que tem como características a virulência (capazes de produzir a doença) e são retiradas com a lavagem das mãos”(ENFERMAGEM ESQUEMATIZADA, 2017). A lavagem das mãos deve ser um procedimento muito utilizado dentro do ambiente da cozinha, pois ela “é a remoção da sujidade e da maior parte da flora transitória das mãos reduzindo-a níveis baixos que não constituam risco de transmissão de doenças” (EBAH, 2010?).

As unhas, mãos e antebraço estão em contato direto com alimento e por isso merecem uma atenção especial. Vamos ver logo abaixo alguns momentos em que eles devem ser lavados para evitar a contaminação: – sempre que entrar na cozinha; – quando mudar de atividade durante o trabalho. Exemplo: parou de refogar um alimento e agora vai cortar os alimentos da salada; – principalmente depois de mexer com alimentos crus, pois eles possuem uma quantidade muito maior de micróbios do que os cozidos; – sempre depois de tocar em embalagens, garrafas e caixas; – sempre depois de usar o banheiro ou mexer com materiais de limpeza, lixo e alimentos estragados; – caso toque em qualquer parte do corpo (cabelos também). Lembre-se que no nosso corpo existem muitos micróbios (BERNADON, 2007, p 62-63).

Um dos aspectos importantes também abordados com os merendeiros foi sobre a propagação de doenças, e em caso de infecções os mesmos devem afastar se temporariamente das atividades para não comprometer o processo da merenda.

Nos processos infecciosos, estes microrganismos estão invadindo os tecidos e não podem ser removidos por ação mecânica e nem mesmo pela utilização de antissépticos. Desempenham um importante papel na cadeia de transmissão de infecções e por isto os profissionais de saúde portadores destes tipos de infecção só devem retomar suas atividades assistenciais após a cura do processo infeccioso (SANTOS, p. 1).

Os merendeiros foram orientados sobre a importância da higienização das mãos, conceitos sobre as doenças, contaminação dos alimentos e após as orientações foi realizado uma dinâmica para observar a técnica da higienização das mãos. Foi realizada a técnica da tinta guache nas mãos e com os olhos vedados para realizar o procedimento, com duas merendeiras conforme as fotos abaixo: Atividade 1:

1ª Merendeira

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2ª Merendeira

Fonte: Arquivo pessoal.

Outro procedimento foi a realização de cultura da mão, em placa específica no laboratório de microbiologia da escola. Primeiramente foi realizada sem a higienização das mãos e depois foi realizado o mesmo procedimento após a lavagem das mãos. O objetivo do procedimento é para que o merendeiro consiga visualizar as diferenças das placas quando é realizada a higienização e quando não é feita, pois permanece a flora transitória na pele, que são provenientes de suor, contato com a superfície contaminada.

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Fonte: Arquivo pessoal.

Atividade 1: Tinta guache – Notou-se que as duas funcionárias realizaram o procedimento correto, quando desenvolvido em um lavabo de outro ambiente da escola. Atividade 2: Cultura – Infelizmente o procedimento foi realizado, dentro da técnica, porém não apresentou os resultados no crescimento bacteriano, problemas com o reagente. A técnica será realizada novamente para que todos os merendeiros se conscientizem através da visualização dos resultados da importância da higienização das mãos. (fotos 7 a 10). Observou-se pelos resultados da primeira atividade, que as merendeiras entenderam o procedimento e mesmo na segunda atividade apesar dos resultados não serem satisfatório, foi importante o trabalho realizado, através das demonstrações. Estes resultados foram apresentados a equipe gestora da ETEC e APM (associação de pais e mestres), para solicitar a instalação de um lavabo dentro da cozinha, para que a higienização das mãos seja uma prática realizada por todos, que trabalham neste ambiente, evitando a transmissão de doenças e contaminação dos alimentos. No período de recesso escolar dos alunos em julho, já foi tomada a providência de instalar o lavabo dentro da cozinha, para incentivar a higienização. A ETEC está atendendo as necessidades de melhoria dos espaços físicos e as necessidades de

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colaborar para atender as necessidades de oferecer a merenda aos alunos em boas condições de higiene.

Fonte: Arquivo pessoal

REFERÊNCIAS

BERNADON, R. Organização e operação de cozinhas escolares. Brasília, ISBN 978-858629-97-8, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/14_cozinhas.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. EBAH. Biossegurança em Enfermagem [online]. 2010? Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAg60AA/biosseguranca-enfermagem>. Acesso em: 30 ago 2018. Enfermagem Esquematizada. Higienização das mãos nos serviços de saúde. [online]. 2017. Disponível em: <http://www.enfermagemesquematizada.com.br/higienizacaodas-maos>. Acesso em: 29 ago 2018. Nova Concursos. Merendeira. [online]. 2018? Disponível em: <https://www.novaconcursos.com.br/portal/cargos/merendeira/>. Acesso em: 30 ago 2018.

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PONATH, Fabiana Seidler; Avaliação da higienização das mãos de manipuladores de alimentos do município de Ji-Paraná, estado de Rondônia, Brasil. SANTOS, Adélia Aparecida Marçal. Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_mao.pdf>. Acesso em: 29 ago 2018.

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CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS PARA ALUNOS DOS CURSOS TÉCNICOS DO PERÍODO NOTURNO DA ETEC PREFEITO ALBERTO FERES

ROSEMEIRE PERINOTTO31

A pele possui naturalmente diversos microrganismos contaminantes, porém no decorrer do dia e das atividades, através de contato com objetos e superfícies as mãos também podem adquirir microrganismos patogênicos que podem facilmente contaminar, por contato direto, os alimentos (SANTOS, 2010?). Os micro-organismos responsáveis pelas Infecções podem ser vírus, fungos, parasitas e, mais frequentemente, bactérias. As Infecções podem ser causadas por microorganismos já presentes na pele e na mucosa do paciente (endógenas) ou por microorganismos transmitidos a partir de outro paciente, profissional de saúde ou pelo ambiente circundante(exógenas) (BRASIL, 2007; 2016). A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período e é passível de remoção pela higienização simples das mãos, com água e sabão, por meio de fricção mecânica (BRASIL, 2016). Higienização termo geral que se refere a qualquer ação de limpeza das mãos. Envolve a fricção das mãos com preparação alcoólica ou higiene das mãos com água e sabonete (líquido ou espuma) para reduzir ou inibir o crescimento de microrganismos nas mãos (BRASIL, 2007; 2016). Além da lavagem das mãos com água e sabão, o uso correto de produtos a base de álcool gel reduz os níveis de contaminação relacionados as infecções hospitalares, contaminações no manuseio de alimentos (ROSA, 2010). A higienização de mãos tem a função de remover sujidades, prevenir e reduzir a contaminação dos alimentos que causam as doenças transmitidas pelos microrganismos contidos nas mãos não higienizadas (MS, 2013).

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prefeito Alberto Feres – Araras – E-mail para contato: rosemeire.perinotto@etec.sp.gov.br. 31

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O horário de intervalo nas escolas, principalmente no horário noturno é de 15 minutos, onde os alunos consomem alimentos na cantina escolar e/ou do lanche oferecido pela unidade escolar. Observa-se que os alunos ao saírem para o intervalo não tem o hábito de higienizar as mãos antes do contato com os alimentos, sendo que apesar das mãos não apresentarem sujidades, podem estar portando microrganismos adquiridos através do contato, com objetos tais como: canetas, giz, celulares, entre outros objetos ou animais. Segundo a OMS é possível reduzir em até 40% a incidência de infecções e doenças como diarreia, resfriados e conjuntivite com a higienização das mãos (ANDREOTTI et al, 2003). Justifica-se este trabalho diante do exposto, para reduzir a probabilidade de adoecimento pelos alunos devido a ingestão de alimentos sem higienização das mãos, além de conscientizar a importância da higienização das mãos antes das refeições, para diminuir a incidências de adoecimento pela ingestão de alimentos contaminados, por meio de: - Demonstrar o nível de contaminação das mãos antes, e pós a higienização correta; - Fazer levantamento de quantas pessoas tem o hábito de higienizar as mãos antes do lanche; Demonstrar a maneira correta da higienização das mãos antes da tomada do lanche e outras refeições. Estratégia de ensino em saúde

Trabalho realizado no período de abril a junho de 2018, com pesquisas em artigos científicos sobre o assunto, nas bases de dados BVS e Scielo, onde foram selecionados 5 artigos e sites especializados. Realizado observação dos alunos dos cursos técnicos da ETEC Prefeito Alberto Feres, durante intervalo, pelos alunos do Grupo de estágio do 4º módulo de Enfermagem sob supervisão da autora, se faziam a higienização das mãos através da lavagem ou com álcool gel, e após a observação foi realizado pesquisa de campo utilizando a pergunta:

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“Tem o hábito de higienizar as mãos antes do lanche?”, Foi disponibilizado álcool gel na entrada do refeitório, juntamente com a pia, para ver se os mesmos utilizavam. Após foi realizado demonstração no refeitório, através de solução alcoólica e luz negra apresentando as falhas de higienização das mãos, e demonstração correta de como realizar a higienização sem falhas, com demonstração na prática. Ao observar as atitudes dos alunos na hora do intervalo e com a abordagem dos mesmos utilizando o questionamento sobre se os mesmos tinham o hábito de higienizar as mãos antes do lanche obtivemos o seguinte resultado: 200 alunos responderam à pesquisa dos seguintes cursos: 40 da Enfermagem; 33 de Química; 30 Açúcar e Álcool; 17 da Nutrição; 4 da Eletrotécnica; 36 da Mecânica e 40 da Mecatrônica responderam à pergunta, sendo que obtivemos o seguinte resultado:

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Quadro 1: Atitudes de alunos observadas no período de intervalo entre aulas.

CURSO

FAZ HIGIENE DAS MÃOS

NÃO FAZ HIGIENE DAS MÃOS

Enfermagem

3

37

Química

4

29

Açúcar e Álcool

5

25

Nutrição

1

16

Eletrotécnica

2

2

Mecânica

20

16

Mecatrónica

8

32

Observamos que a maioria dos alunos não realizam a higienização das mãos antes do consumo do lanche. Ao perguntar o motivo, a maioria refere que o tempo de 15 minutos de intervalo para o lanche é muito pouco pra alimentação; alguns referem não ter local próximo do refeitório para lavar as mãos, sendo que tem uma pia na entrada da cozinha onde faz a dispensação do lanche; e alguns realmente disseram que não tem o hábito mesmo sabendo dos riscos. Em relação aos cursos observamos que os alunos do curso de Mecânica são os que mais referiram higienizar as mãos, sendo que a maioria tem aulas em laboratório e utilizam tornos, sendo assim a sujidade aparente é maior em relação aos outros cursos. Todos os alunos foram orientados quando a importância da higienização das mãos na prevenção de doenças adquiridas pela contaminação das mãos e a importância da higienização correta com água e sabão e solução alcoólica em gel a 70%. Foi disponibilizado álcool Gel no balcão onde os mesmos pegam o lanche, antes das orientações poucos alunos usaram, porém após a maioria começaram a fazer o uso e higienizar as mãos, nos dias posteriores ao trabalho. A higienização das mãos é de fundamental importância no dia a dia em todas as atividades que realizamos, principalmente no âmbito hospitalar, no manuseio dos alimentos e antes das refeições.

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Neste contexto é necessário a conscientização das pessoas dos riscos que estão expostas ao não adquirir este hábito fundamental na prevenção de doenças. Sendo assim, não se pode omitir frente a negligência de muitas pessoas, devemos ter uma abordagem constante sobre o assunto, com trabalhos científicos sobre a temática e abordagem em sala de aula trazendo no contexto das aulas a rotina da higienização das mãos ao término das atividades principalmente nas aulas de laboratório. Quanto a questão ambiental dos refeitórios, ter a oferta de locais para higienização das mãos e álcool gel a 70% de fácil acesso aos alunos propiciando condições que os mesmos possam realizar a higienização das mãos antes do contato com os alimentos.

REFERÊNCIAS

ANDREOTTI, A.; BALERONI, F. H.; PAROSCHI, V.H.B., PANZA, S.G.A. Importância do Treinamento Para Manipuladores de Alimentos em Relação À Higiene Pessoal Cesumar, v. 05, n. 1, p. 29-33 – jan., 2003. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/iccesumar/article/view/67/33>. Acesso em: 10 set 2018. BRASIL, ANVISA. Higienização das Mãos, Brasília; 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. BRASIL, ANVISA. Segurança do Paciente-Higienização das Mãos, Brasilia, 2016. Disponível em: <file:///C:/Users/rose_/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/Nova%20pasta%20(2)/paci ente_hig_maos.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. MS. Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz- Protocolo Para A Prática de Higiene das Mãos Em Serviços de Saúde- Brasília 2013- Disponível em: <file:///C:/Users/rose_/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/Nova%20pasta%20(2)/prot oc_higieneDasMaos.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. ROSA, G. R. L.; LEITE, M. C. Efetividade de um Produto à Base de Álcool Gel na Antissepsia das Mãos- São Paulo 2010. Disponível em: <file:///C:/Users/rose_/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/Nova%20pasta%20(2)/Ros aLeite.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. www.rebraensp.com.br

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SANTOS, A. A. M. Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. 2010? Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_mao.pdf>. Acesso em: 10 set 2018.

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LAVAGEM DAS MÃOS UM COMPROMETIMENTO EDUCACIONAL QUE REFLETE NA SAÚDE

ROSSANA APARECIDA FIORUSSI GUALTIERI32

As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um grande desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. As infecções ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais e podem acarretar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. A atenção à segurança do paciente, envolvendo o tema “Higienização das Mãos” relacionada a assistência à saúde tem sido tratada com seriedade e como condição inicial na prestação de cuidado. A Aliança Mundial para Segurança do Paciente” 2004, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) e vários países, mantem em foco o fato de que a segurança do paciente, é reconhecida como uma questão global. Essa iniciativa se apoia em intervenções e ações que procuram reduzir os riscos e garantir a segurança do paciente. Começando pelas mãos que são consideradas ferramentas principais dos profissionais que atuam nos serviços de saúde. A segurança do paciente depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos destes profissionais. O controle de infecções nos serviços de saúde, incluindo as práticas da higienização das mãos, além de atender às exigências legais e éticas, estão diretamente ligadas na qualidade na assistência ao paciente. As vantagens destas práticas são inquestionáveis, desde a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes até a redução de custos associados ao tratamento dos quadros infecciosos. Para tanto é preciso que os profissionais de saúde tenham o conhecimento e habito da lavagem das mãos, para que isso seja um dever garantido, se faz necessário ações enfáticas na formação desse profissional, embutir em suas práticas diárias esse cuidado para si e para outros, a escola tem em suas mãos as condições que permeiam esse aprendizado e procura com que os alunos introjetem essa necessidade. São inúmeras

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Prof. Eudécio Luiz Vicente – Adamantina – E-mail para contato: rossana.gualtieri@etec.sp.gov.br. 32

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as ações educativas que se cria e se cobra para o estudante, que devolvem esses saberes na ocasião das atividades nos estágios práticos, no entanto sabemos que esse mesmo aluno que foi treinado, educado e que apresentou de fato os saberes desenvolvidos, quando profissional da área, “esquecem” e tratam as primícias elementares das precauções de higiene com descaso e falta de responsabilidade. Numa tentativa minimizar e envolver o funcionário da área da saúde, criaram-se comissões de controle de infecção, segurança profissional, educação continuada nas unidades de atendimento, treinamentos constantes, semanas temáticas, adequações de planta física e, no entanto, na primeira oportunidade o profissional não executa os saberes a eles designado. Esse é um dos nós que atam os serviços da enfermagem e que põem em risco todo o trabalho da educação profissional, segurança e vida do paciente. Ha de se incutir no profissional que não lava as mãos, que é certo que ele disseminará infecção e em algum momento ele será cobrado por sua negligencia, sofrendo de algum mal, lesionando alguém ou sua família. No decorrer de 36 meses foram desenvolvidos atividades junto aos alunos do curso técnico de enfermagem, algumas ações questionadoras: a primeira ação foi a do conhecimento, apresentando referências bibliográficas, estudo de casos e o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso focado na lavagem das mãos; outra ação relacionada ao tema e que envolve os hábitos de higiene de uma pessoa que não seja profissional da área da saúde, vivenciando a não lavagem das mãos antes da refeição noturna realizada na escola de referência deste artigo, e por último e mais significativa o levantamento de dados sobre a lavagem das mãos no início de plantão do hospital de referência de estágio para a escola de técnicos de enfermagem e que tem em seu quadro de funcionários cerca de 60% de auxiliares e técnicos formados pela mesma escola. Neste sentido, o projeto visa apresentar a importância da higienização das mãos por profissionais de saúde para controle de infecções hospitalares, identificar possíveis falhas na higienização das unidades concedentes de estágio e nas práticas diárias da nossa unidade escolar, vislumbrar ações conjuntas que aumentem a taxa de adesão a higiene de mãos e atender aos critérios da meta 5 de segurança internacional do

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paciente que discorre sobre a redução do risco de infecções associadas aos cuidados em saúde.

O campo de estágio supervisionado como instrumento para avaliação de competências

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de pesquisas retiradas de artigos científicos nos sites SCIELO, REBEN e ANVISA. A revisão bibliográfica trata-se de um levantamento de toda bibliográfica já publicada, em forma de revistas, livros e sites do Ministério da Saúde (OMS). A sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que já foi escrito sobre determinado tema e transportar para o dia a dia do estudante da ETEC Professor Eudécio Luiz Vicente. A análise de artigos somou a pesquisa de campo sobre a quantidade e qualidade da lavagem das mãos, em um dos campos de estágio do curso, onde compreendendo os dados coletados, respondemos as questões pesquisadas que são a importância da lavagem das mãos e a frequência que essa é realizada entre os procedimentos e atendimento ao paciente. Como a lavagem das mãos é um hábito saudável e deve ser cotidianamente utilizado, a pesquisa de campo também abrangeu os alunos da escola no momento da refeição noturna no hábito da lavagem das mãos antes da refeição. No gráfico 1, são apresentadas o número de alunos que lavam as mãos após ir ao banheiro na escola. São investigados no total de 130 alunos. Os alunos do curso técnico de enfermagem ficaram posicionados em uma bancada simulando a lavagem das mãos, percebemos que vários alunos saíram da fila e foram lavar as mãos, outros, no entanto apenas sorriam. Uma observação importante é de que a escola possui lavatórios no refeitório e al longo da escola, não faltam sabonetes liquido e papel toalha para a secagem das mãos. Gráfico 1: Número de alunos que lavam as mãos. Etec. Adamantina, 2018.

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130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Lavam

Não lavam

No gráfico 2, são apresentados 40% profissionais da saúde em um dos locais a qual nos concedem estágios na higienização das mãos. Na lateral esquerda consta a porcentagem específica de cada uma das características investigadas. Este gráfico foi construído por observação contínua e muda, portanto, os funcionários não sabiam que estava sendo avaliados. A Planta física é adequada e possui lavatórios no corredor e postinho de enfermagem, assim como ao longo dos corredores vários dispositivos de álcool em gel.

Gráfico 2: Número de profissionais que lavam as mãos. Unidade concedente de estágio. Adamantina, 2018.

100

Lavam as mãos

90 80

70 60

Não lavam as mãos

50 40 30 20 10 0

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Fazem uso de álcool em gel como sub. da lavagem das mãos

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É necessária uma estratégia que envolva a todos, para que possam promover capacitação dos profissionais, para complementar seus conhecimentos e garantir mais segurança aos que necessitam da assistência à saúde. Paralelamente, durante nossa pesquisa foi possível observar que poucos profissionais fazem a lavagem adequada das mãos, e os que fazem cotidianamente sofrem com o ressecamento das mãos, mas que podem ser hidratados com cremes específicos e de uso próprio para evitar o risco de contaminação. Enfatizamos que o uso de sabonete líquido é o mais adequado, pois dificilmente pode ser contaminado, ao contrário dos de barra. Para desatar o nó da transferência dos saberes teóricos ao pratico, concluo embasada na pedagogia problematizadora de Paulo Freire, taxativa quando diz que o indivíduo é o principal construtor de sua própria aprendizagem; que os saberes não se esgotam em si próprios, mas que adquirem sentido na medida que se é capaz de utilizalo para resolução de situações complexas. A educação é a única forma de reverter esse quadro. Saliento a importância do nosso papel como educador da área da saúde; que essa educação tenha um valor nascido da consciência de que o profissional que estamos formando deve apresentar grande parte das competências que a sociedade espera.

REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Higienize suas mãos. 200? Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizesuasmaos/produtos.htm>. Acesso em: 10 set 2018. ANACLETO, A. B. C. S. A.; PETERLINI, S. A. M.; PEDREIRA, G. L. M. Higienização das mãos como prática do cuidar: reflexão acerca da responsabilidade profissional. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S003471672017000200442&script=sciabstract &tlng=pt>. Acesso em: 10 set 2018. BARROS, N. C. R.; NOGUEIRA, A. R. A equipe de saúde e a lavagem das mãos no controle das infecções hospitalares. 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471671990000100010>. Acesso em: 10 set 2018.

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FELIX, P. V. C.; MIYADAHIRA, K. M. A. Avaliação da técnica de lavagem das mãos executada por alunos do Curso de Graduação em Enfermagem. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342009000100018>. Acesso em: 10 set 2018. FONTANA, T, R. As infecções hospitalares e a evolução histórica das infecções. 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/reben/v59n5/v59n5a21.pdf>. Acesso em: 10 set 2018. LOCKS, L.; LACERDA, T. J.; GOMES, E.; SERRATINE, P. C. A. Qualidade da higienização das mãos de profissionais atuantes em unidades básicas de saúde. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198314472011000300019>. Acesso em: 10 set 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 529, de 1 de abril de 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>. Acesso em: 10 set 2018.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO COM HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PELO ALUNO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM SOB ORIENTAÇÃO DO ENFERMEIRO/DOCENTE, NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

RUTH DE SOUSA SOBREIRA33

A saúde é um bem socialmente valorizado, ao qual as sociedades contemporâneas atribuem crescente importância e que a cada dia conquista maior reconhecimento como direito humano básico, de acordo como que estabeleceu a várias décadas a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Semmelweis I (1846), médico húngaro, reportou a redução no número de mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos.

Desde a década de 70, profissionais de saúde insatisfeitos com as práticas mercantilizadas e rotinizadas dos serviços oficiais e desejosos de uma atuação mais significativa para as classes populares vem se dirigindo às periferias dos grandes centros urbanos e regiões rurais em busca de formas alternativas de atuação. Iniciaram as experiências informais de trabalho comunitário (VASCONCELOS, 2001).

“A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira que incorporou teses da reforma sanitária e estabeleceu a saúde como direito de todos e dever do estado” (seção II. - Da saúde, capítulo II, art. 196). O SUS foi criado pela constituição federal em 1988 para que toda população brasileira tivesse acesso ao atendimento público de saúde. Antes do advento do SUS, a atuação do ministério da saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças.

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec Parque da Juventude – São Paulo – Email para contato: sobreira.ruth@hotmail.com. 33

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Segundo Semmelweis, I. (1846) médico húngaro, reportou a redução no número de mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos (ANVISA, 2007). Esses instrumentos normativos reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde. Entretanto, apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais de saúde ainda não segue a recomendação de Semmelweis em suas práticas diárias (ANVISA, 2007). Segundo os estudos, desde o século passado, ensina-se na formação em saúde a importância da higienização das mãos, para diminuir o agravo e transmissão das doenças. A partir da preocupação da pesquisadora surgiu a necessidade de envolver os alunos do curso técnico em enfermagem a participarem de ações educativas e preventivas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienização das mãos (ANVISA, 2007). Em outubro de 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente formulou o Desafio Global para a Segurança do Paciente e, em 2005, foi lançado o primeiro desafio intitulado de: “Uma assistência limpa é uma assistência mais segura”. Em 2007 o ministro da saúde José Gomes Temporão assinou a declaração de compromisso na luta contra as infecções relacionadas à assistência de saúde. No mesmo ano a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – lançou o manual de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Também em 2007 o Journalof Hospital Infection publicou um artigo que tratava essencialmente sobre os 5 momentos essenciais para realização da higiene das mãos (INTERNET).

Segundo Programa Saúde na Escola (2013), a educação e a saúde deve estar junto na escola. Neste sentido, são objetivos do trabalho: promover a percepção do aluno do curso técnico em enfermagem na importância da higienização das mãos; demonstrar a técnica e a importância da higienização das mãos para crianças e adolescente, alunos da rede

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pública do ensino de São Paulo; fazer com que os alunos do curso técnico em enfermagem continuem reflexivos sobre a importância e a necessidade da higienização das mãos para evitar agravos e transmissão de doenças no ambiente escolar.

Estratégias de ensino diferenciadas para desenvolvimento de competências de educação em saúde

Métodos

Tipo de pesquisa quantitativa, descritiva e experimental.

Materiais

1º Encontro: Apresentado sugestão de projeto a ser desenvolvido, no caso higienização das mãos, no C.E.I (Crianças de 1 a 4 anos) com os alunos do 2º Módulo do curso técnico de enfermagem da ETEC Parque da Juventude e alunos do Ensino médio/ modular(adolescentes) da Etec Mandaqui com os alunos do 3º Módulo do curso técnico em enfermagem da mesma ETEC.

2º Encontro: Apresentação de materiais e confecção de cartazes, com cartolinas e papel pardo com tinta guache, Xerox coloridas de figuras representando Micro Organismos, confecção de avental descartável com colagem de bichinhos feitos de lã representando bactérias, confecção de caixa preta com luz negra e luminol, feito à partir de carga da caneta marca texto, tesoura para recorte, varal educativo de mãos, fita crepe adesiva, alfinetes, roupas lúdicas(Branca de Neve, bactéria), Música apresentada ao violão, e play back produção de paródia, Rap para posteriormente se cantada no local de apresentação,

elaboração e entrega de material educativo, folhetos sobre

gastrenterite, gripe e conjuntivite, esclarecimento de dúvidas, divisão dos alunos e tarefas a serem desenvolvidas, 8 alunos da ETEC Parque da Juventude(2º Módulo-tarde)

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e 25 alunos da ETEC Mandaqui (3ºMódulo-manhã), no dia da apresentação com roteiro pré-estabelecido, tudo isso se deu num período de 6h/a.

3ºEncontro: Apresentação da atividade pré-estabelecida pelo docente anteriormente, em creche no dia 29/05/2018 em C.E.I Sagrada Família com 60 crianças de 1 a 4 anos, no pátio da escola, e dias 11 e 18/06 em ETEC Mandaqui com os alunos adolescentes do ensino médio/modular no auditório. Atividades desenvolvidas na C.E.I, demonstração e realização pelos alunos a todas as crianças, utilizando água, sabão líquido e papel toalha, cartazes e atividades lúdicas com apresentação da Branca de Neve lavando as mãos pra comer maçã ao som de violão e música, devolutiva da higienização das mãos pelas crianças e professores. Orientação dos alunos para professores sobre prevenção de: gastrenterite, gripe e conjuntivite, entrega de folhetos educativos sobre os temas citados; Na Etec Mandaqui com os adolescentes houve atividades lúdicas com paródia e rap ensinando a forma correta da higienização das mãos, depois devolutiva da técnica por todos os alunos com álcool gel, demonstração de vídeo educativo sobre a higienização das mãos e posteriormente os alunos passavam luminol nas mãos e colocava em caixa preta com luz negra observando se tinham feito a correta higienização, com supervisão do docente. Percebeu-se por meio de fotos e dos relatos descritos pela experiência vivenciadas pelos alunos a satisfação pelo trabalho desenvolvido na referida C.E.I Sagrada família e Etec Mandaqui, a interação dos alunos com o público alvo, crianças e adolescentes, foi de forma espontânea e demonstrou excelente resposta positiva no que se refere a postura profissional e boas práticas na prevenção de doenças e agravos. Imagens 1, 2, 3 e 4: Fotos do C.E.I. Sagrada Família

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Fonte: Arquivo pessoal.

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Imagens 5, 6, 7 e 8: Trabalho desenvolvido na Etec Mandaqui alunos 3° modula com adolescentes do ETIM

Fonte: Arquivo pessoal

Alguns exemplos de relato dos alunos

Relato de aluno 1- A.C.V., 2º módulo, Curso Técnico de Enfermagem da Etec Parque da Juventude: ”O estágio supervisionado que mais me marcou ocorreu na C.E.I Sagrada Família, tratamos com crianças e as professoras a importância da higienização das mãos na prevenção contra DTA’s(Doenças Transmitidas por Alimentos e Água) e Conjuntivite, esta creche atende crianças de 1 a 4 anos na região da Barra Funda, centro de São Paulo.Sou apaixonada por crianças e para mim foi uma experiência prazerosa e única! Desenvolvemos atividades lúdicas com músicas e ensinamos as crianças e as professoras a lavarem as mãos corretamente.A realização pessoal é a maior conquista de um profissional, a satisfação que nosso trabalho nos proporciona é sinal de que estamos no caminho certo e não há avanços sem levantar a cabeça, estudar com disciplina e alcançar nossos objetivos.”

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Relato de aluno 2- S.C., 3º módulo, Curso técnico de Enfermagem da Etec Mandaqui: “Um dos projetos melhores que fiz na Etec, houve a receptividade de todos, inclusive dos alunos do ETIM, que foram muito participativos. O assunto foi muito oportuno, pois no inverno a proliferação de germes é maior, e a maneira correta de lavagem das mãos é muito importante.

Com esse projeto os objetivos propostos foram alcançados, visto que houve plena satisfação, interação e comprometimento dos alunos envolvidos, tanto do segundo como do terceiro módulo do Curso Técnico em Enfermagem, buscando fazer o melhor possível, portanto em conjunto com as ações educativas desenvolvidas, também utilizamos; atividade lúdica com caracterização de personagem infantil, como a Branca de Neve, música caracterização dos alunos, decoração do ambiente com cartazes, como estratégia relacionadas à atenção e prevenção a fim de minimizar problemas/agravos à saúde levando-se em consideração, tais estratégias no envolvimento de crianças, adolescentes, professores e alunos, foram realizadas de maneira que houve uma resposta positiva tanto dos que realizavam as atividades como dos que receberam as orientações. Assim, o desenvolvimento do projeto teve o objetivo de demonstrar a técnica e a importância da higienização das mãos para crianças e adolescentes, alunos da rede pública de ensino de São Paulo, bem como fazer com que os alunos do Curso Técnico em Enfermagem continuem reflexivos sobre a importância e a necessidade da higienização das mãos para evitar agravos e transmissão de doenças no ambiente escolar. É especialmente relevante que projetos como este sejam conduzidos no contexto da saúde, podendo assim contribuir na elucidação de questões mais básicas, como adoção de medidas de prevenção.

REFERÊNCIAS

Brasil. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Brasília: Anvisa 2007. p. 52. www.rebraensp.com.br

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Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil,1988. Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: caderno do aluno: fundamentos de enfermagem/ Ministério da Saúde, Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem; Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública. – Brasília: Ministério da Saúde, Rio de Janeiro: Fio Cruz, 2001. COREN. 10 passos para segurança do paciente. São Paulo, 2011. PSE (Programa Saúde na Escola). Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Brasília, DF, 2013. VASCONCELOS, E.M. A saúde nas palavras e nos gestos: reflexões da rede de educação popular e saúde, organizador. Editora Hucitec, São Paulo 2001. p. 11-12.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: O PAPEL DO ALUNO DO 1º MÓDULO DO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DA ETEC JOÃO BELARMINO NA MOBILIZAÇÃO PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

SHEILA MARIA BARATELA34

O curso Técnico de Enfermagem da Etec João Belarmino situado na cidade de Amparo SP, propicia aos alunos atividades práticas dentro das Instituições de Saúde de Amparo e Região que se iniciam desde o 1º módulo do curso e vão sendo aprimoradas até o último semestre do curso que se dá no 4º módulo. Nestas práticas profissionais os alunos adquirem conhecimentos e conseguem desenvolver atividades tanto no ambiente escolar, como nos diversos campos de estágio, as atividades são essenciais a sua formação profissional. Os alunos têm grande participação no processo ensino-aprendizagem, demonstrandose entusiasmados, interessados e esforçados, principalmente, para que o contato com o paciente/cliente seja o mais breve e natural o possível. Motivada pelo entusiasmo e interesse dos alunos e, através da atividade proposta durante a Capacitação ocorrida em 14 de março de 2018, no Centro Paula Souza com o tema “As ações do Curso Técnico em Enfermagem na REBRAENSP: Estratégias para Segurança do Paciente”, no qual foi proposta aos professores uma atividade prática com os alunos para a realização de um projeto que transcendesse o ambiente escolar, afim de orientar a adequada higienização das mãos. A justificativa baseia-se na precária higienização das mãos realizada todos os dias pela maior parte da população e, isto, constatamos durante a realização deste projeto. Tendo em vista que, a adequada higienização das mãos evita várias doenças, tais como, Hepatite A, Gripes, conjuntivites entre outras, dá-se aí a importância da higienização correta das mãos. De acordo com a ANVISA, higienização das mãos

Docente do Curso Técnico em Enfermagem na Etec João Belarmino – Amparo – E-mail para contato: sheila.baratela@etec.sp.gov.br 34

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[...] é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde e [...] recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos[...] (ANVISA, 2007, p. 11).

A proposta deste artigo é demonstrar para pessoas que não fazem parte da área da saúde higienização simples das mãos preconizada pela ANVISA. Assim, propõe com este trabalho orientar e mobilizar os participantes da II Feira das Profissões da Etec João Belarmino de Amparo (estudantes de vários cursos das Etec’s de Amparo e Itapira e Fatec de Itapira, visitantes e profissionais das empresas de Amparo e Região, bem como docentes e funcionários da própria Etec João Belarmino) na mudança do hábito diário de lavagem de mãos e incluir a adequada higienização simples das mãos tornando-a uma rotina e; aplicar a prática segura da higienização das mãos transcendendo o ambiente hospitalar, escolar e levando-o para suas residências e empresas que trabalham.

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Desenvolvendo o projeto “cuidado limpo e cuidado seguro: higienização das mãos”

Após a Capacitação realizada em 14 de março de 2018 no Centro Paula Souza “As ações do Curso Técnico em Enfermagem na REBRAENSP: Estratégias para Segurança do Paciente”, no dia seguinte, em sala de aula, o primeiro passo foi apresentar aos 26 alunos do 1º módulo do Curso Técnico de Enfermagem da Etec João Belarmino os slides do livreto - dos 10 passos para segurança do paciente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo – COREN-SP e Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRENSP – POLO São Paulo – 2010, focando no “Cuidado Limpo e Cuidado Seguro: Higienização das mãos”. O segundo passo, ofereci algumas sugestões aos alunos para que fizéssemos algo inovador, fácil e de baixo custo. Daí por sugestão dos próprios alunos surgiu a ideia principal de realizar o projeto na II Feira das Profissões da Etec João Belarmino Amparo SP, na qual pudessem demonstrar as mãos sujas antes e as mãos ainda sujas após a higienização habitual. A comunicação entre alunos e professora deu-se por meio de aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones através da internet no qual foram enviando suas sugestões e discussões, uma delas era como mostrar às pessoas que suas mãos continuavam sujas mesmo após a higienização cotidiana? A sugestão inicial era com o uso de protetor solar que se torna visível à luz negra, mas daí surgiram dúvidas quanto à possíveis reações alérgicas. Após várias discussões e envios de vídeos com sugestões e pesquisas com professores de química, os alunos chegaram a ideia principal de aplicar nas mãos dos visitantes uma tinta à base de água fluorescente e hipoalérgica. Para confeccionar a luz negra nos celulares, os alunos pesquisaram como poderíamos confeccionar a luz negra portátil, surgindo a ideia de corta pedaços da folha de papel adesivo transparente e aplicar a caneta azul de ponta grossa em 5 folhas, colocamos sobre os flashs dos celulares ou smartphones. Os alunos, após confeccionarem a luz negra portátil e comprada a tinta à base de água fluorescente, puderam realizar em sala de aula alguns ensaios, porém uma das alunas

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sentiu a necessidade de projetar alguns slides que demonstrassem as doenças que poderiam contrair com as mãos sujas. Assim, resolvemos projetar algo rápido no qual as pessoas pudessem entender o que ocorre com as mãos sujas, como exemplo: levadas à boca, ao nariz e aos olhos. Realizaram levantamentos sobre filmes rápidos que pudessem causar impactos no público alvo e o desenho animado dublado “O Espirro” pôde ocasionar um “choque” de costumes. Os materiais e equipamentos utilizados no projeto são: projetor de mídia; computador; caixa de som; Luz negra portátil; celular ou smartphone com flash; papel adesivo transparente; caneta ponta grossa azul; tintas líquidas facial fluorescentes (amarela, verde, laranja e pink); sabonete líquido; papel toalha; pia com torneiras. Os alunos se prepararam dividindo-se em grupos de 13 alunos em 2 turnos para que pudessem também aproveitar a Feira das Profissões. Cada aluno assumiu seu papel, em dupla ou trio e saíam para “sujar” as mãos dos visitantes da feira e alunos que ficaram no laboratório de enfermagem para organização da verificação das mãos sujas fluorescentes com luz negra, encaminhamento para a lavagem das mãos após a verificação, outro verificando se a lavagem das mãos foi adequada utilizando a luz negra novamente e outras que assumiram o papel de orientação para a adequada higienização das mãos utilizando a técnica da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os alunos que andavam pela feira, cumprimentavam as pessoas dando as mãos e mostravam com a luz dos flashs dos celulares com luz negra que mãos estavam sujas fluorescentes e, assim, precisavam ir ao laboratório de enfermagem para lavarem as mãos. À medida que, as pessoas iam entrando no laboratório com meia luz, os alunos demonstravam que as mãos realmente estavam “contaminadas” por meio de luz negra e suas mãos ficavam fluorescentes e eram encaminhadas primeiramente para a pia com torneiras, sabonete líquido e papel toalha, afim de lavar as mãos da forma com que estavam acostumadas.

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Após a lavagem das mãos e para entender que o processo de higienização das mãos tem que ser levado a sério, as mãos foram expostas novamente à luz negra e, assim, as pessoas verificaram que não realizam a adequada higienização das mãos. E encaminhadas para as cadeiras como se estivessem num cinema, de frente para a tela de projeção para a apresentação do desenho animado dublado “O Espirro”. Após a projeção, os alunos iniciaram questionamentos direcionados aos visitantes e os mesmos ficaram espantados com o poder de disseminação de vírus e bactérias encontradas num simples espirro. Procedeu-se então, a demonstração da técnica de higienização das mãos preconizada pela ANVISA e os participantes acompanhavam o passo a passo da técnica. Terminando o procedimento puderam verificar que a medida de higienização das mãos é simples, de baixo custo e de pouca complexidade. O total de visitantes da II Feira das Profissões foi de aproximadamente 1300 pessoas por noite. Destas 180 pessoas passaram pelo projeto “Brilhou, contaminou!” das quais pelo menos 6 retornaram no dia seguinte afim de trazer amigos para que compartilhassem a adequada higienização das mãos. Os alunos sentiram dificuldades na abordagem dos visitantes, pois alguns não queriam "perder” tempo, pois haviam muitos stands para serem visitados. Os alunos participantes do projeto fizeram um trabalho em equipe de grande mobilização social. Diante do trabalho realizado, a diretora da Etec solicitou que este projeto seja realizado em todas as feiras do calendário escolar, pois é algo inusitado que tem o claro papel de orientação e mudança na saúde das pessoas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_ integra.pdf> Acessado em 06 abr 2018.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Disponível em: <http://www.anvisa. gov.br/hotsite/higienizacao_maos/referencias.htm> Acesso em 14 jul 2018. Como fazer luz negra caseira usando celular. Disponível em: <https://youtu.be/AJt6PJlzVNQ> Acessado em 30 mar 2018. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). 10 Passos para a segurança do paciente. São Paulo, SP: COREN-SP; 2010. Filme/desenho animado dublado: “O Espirro” – Disponível em: https://youtu.be/defTJs6eO4A - Acessado em 10 abr 2018. Guia Para Implementação: Um Guia para a implantação da estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos a observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. /Organização Mundial da Saúde; tradução de Sátia Marine – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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