Ev8 u1 luz cor 1

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A cor

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Luz e cor

A cor resulta da existência da luz. Sem luz não existem cores. Na ausência total de luz, o que vemos é o negro. Foi no século XVII que o físico Isaac Newton descobriu que a luz branca do Sol é constituída por várias luzes coloridas. A experiência de Newton é basicamente a seguinte: Numa sala escura deixa-se passar luz solar por uma pequena abertura. Coloca-se um prisma triangular, em vidro transparente, de maneira que a luz incida numa das suas faces. Acontece que a luz que sai do prisma fica decomposta em várias cores que podem ser projetadas numa superfície branca. Essas são as cores do arco-íris. raios X

ultravioletas espetro visível

ondas de radar

ondas curtas de rádio

ondas médias de rádio

A experiência de Newton mostrou que a luz do Sol contém várias cores, ou seja, diferentes tipos de radiação. Cada radiação tem um comprimento de onda próprio. O conjunto de todas estas radiações constitui o espetro eletromagnéfico. No entanto, apenas uma pequena faixa de radiação, situada entre os 400 e os 700 nm lnanórnetrosl. é captada pelos nossos olhos - espetro visível. Este é constituído pelo conjunto de radiações coloridas que podemos observar no arco-íris. Isto significa que as restantes radiações não são visíveis para os nossos olhos.

Esquema da experiência de Isaac Newton. Decomposição da luz branca em diferentes radiações de cor.

Espetro eletromagnético O espetro eletromagnético é constituído por um conjunto de radiações que constituem a luz solar. Como podes observar. a parte do espetro que é captada pelos nossos olhos, espetro visivel, é muito pequena.


A luz incide nos objetos, que absorvem todas as radiações do espetro visível exceto aquela, correspondente à sua cor, que é refletida.

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ê incidir nas superfícies, ::;2~e absorvida. Apenas é 2 a radiação corresponê cor da sua superfície.

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Os esquemas mostram-te como as superfícies coloridas dos objetos absorvem e refletem as radiações coloridas. Uma superfície é vermelha porque, ao ser iluminada, reflete apenas a radiação correspondente ao vermelho. Ela tem uma composição molecular que absorve todas as radiações solares, exceto a vermelha. Na realidade, a superfície é incolor e é necessário que haja luz para que ela pareça vermelha. Uma superfície é branca quando reflete toda a luz que nela incide. Pelo contrário, uma superfície preta absorve toda a luz. Assim, uma superfície clara torna-se mais fresca do que uma escura.

As ondas luminosas propriamente ditas não apresentam cor. A cor só nasce no interior do globo ocular, ao ser captada pelas células sensíveis à luz, que existem na retina. A cada cor corresponde um determinado comprimento de onda e a cada comprimento de onda luminosa corresponde, na nossa visão, uma impressão colorida.


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Qualidades da cor As qualidades saturação.

da cor são fundamentalmente

três: tom ou matiz, valor e

Tom ou matiz É a qualidade lhe dá nome. chinês, verde, -ultramarino,

mais importante porque é a coloração da cor, aquela que Conforme o tom, assim se diz que é: vermelha, vermelhão verde-garrafa, verde-esmeralda, azul, azul-cobalto, azulazul-ciano, etc. Repara como o tom do azul mais escuro no interior das formas circulares da cauda do pavão é próximo do azul de Klein.

Yves Klein [1928-19621. "IKB190", 1959. Pintura monocromática na tonalidade azul Klein.

Valor o valor

de um tom está relacionado com o seu grau de luminosidade. O branco é luminoso e o preto não tem luz. Quando um tom se apresenta sem mistura de branco ou preto diz-se que é um tom puro. Por exemplo, o vermelho é puro enquanto o cor de rosa não o é, porque resulta da mistura de vermelho com branco. No entanto, o cor de rosa é mais luminoso do que o vermelho puro porque tem mistura de branco. A cor pura mais luminosa, mais clara, é o amarelo e a de menos luminosidade é o violeta. A luminosidade de um tom pode ser alterada com a mistura de branco tornando-o mais claro - ou preto - tornando-o mais escuro. Assim, um tom de violeta pode ficar com o mesmo valor de luz do que o verde-claro, se o aclarares, juntando-lhe branco.

o pintor

francês Yves Klein, aplicou, em muitas das suas pinturas, um tom de azul muito saturado e luminoso, próximo do azul-ultramarino. Pesquisou misturas de pigmentos até encontrar esta tonalidade que se designa azul Klein.


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Saturação Uma cor atinge a saturação máxima quando corresponde primento de onda no espetro visível. Neste caso, dizemos tom puro.

ao seu comque tem um

Modulação de cor Por mistura de cores entre si ou com branco ou com preto, podemos fazer variações graduais de tons - modulação cromática. Assim, . modificamos o tom da cor, a sua saturação e a sua luminosidade.

Eduardo Nery (1938-20131. "Desenvolvimento rítmico I", 1969/70, pormenor de tapeçaria em lã tecida pela Manufatura de Tapeçarias de Portalegre. A composição tem por base modulações cromáticas das cores entre si e ainda com branco e preto.

Pierre Bonnard (1867-1947], "O banho". As cores desta pintura são muito claras e luminosas dando-nos a sensação de que a figura feminina está num espaço iluminado pelo sol.

" Observa e experimenta! Modulação de cor: tom e valor

f1\ ~

Desenha 5 tiras retangulares de 15 cm de comprimento de altura. Divide-as em quadrados de 3 cm de lado.

por 3 cm

Na primeira tira, pinta, com guache, uma sequência de vermelhos que, partindo do tom puro, vais aclarando com mistura de tinta branca. Na outra tira, vais repetir o mesmo processo, mas partindo do amarelo puro. As três tiras restantes vão ser pintadas partindo de tons de cor de laranja encontrados a partir da mistura do amarelo com o vermelho. {';;\ ~

Depois de secas, recorta e cola as tiras com a modelação de valor de tom, de maneira a obteres um quadrado de 15 cm de lado. No quadrado, podes observar uma modelação de tom [do amarelo para o vermelho, por exemplo] e uma modelação de valor de claro-escuro. Podes fazer este exercício, partindo de vários pares de cores.


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Mistura aditiva Em certas condições atmosféricas, vemos o arco-íris porque a luz do Sol incide nas gotas de água da chuva que, tal como no prisma de vidro da experiência de Newton, provocam a dispersão da luz e formam um arco colorido. Esta experiência é completada quando, com a ajuda de outro prisma triangular de vidro, obtemos novamente uma projeção de luz branca mistura aditiva. Mistura aditiva é, pois, a mistura de luzes coloridas que formam o espetro visível. Podes fazer a experiência da mistura aditiva com focos luminosos. Se projetares, num ecrã branco, luz vermelha e a esta sobrepuseres o verde, obténs a cor amarela. Se sobre estas projetares o azul-violeta, obténs o branco. Chama-se aditiva a esta mistura porque com cada soma de duas cores vamos obtendo outra, mais luminosa, até obtermos o branco: vamos adicionando luz. Também podes obter uma mistura aditiva de cores se fizeres um disco colorido como o da imagem. Se fizeres girar rapidamente o disco, vês que a sua superfície colorida se altera e fica com uma cor clara e uniforme, próxima do branco. Isto acontece porque a nossa visão não consegue acompanhar o movimento de cada uma das cores e faz a mistura ótica de todas elas - mistura aditiva.

Os três focos de luz sobrepõem-se e no centro obtemos o branco.

RGB!Red;

Disco de Newton. Se fizermos girar o disco com velocidade, dá-se uma mistura ótica das cores. A cor resultante é um cinzento muito claro.

Green; Bluelé

a designação do sistema que usa a mistura aditiva de cores: luz colorida. É utilizada em dispositivos eletrónicos como os monitores de computador ou TV,e as câmaras fotográficas digitais. A sua designação vem das iniciais, em língua inglesa, das três cores primárias da mistura aditiva: vermelho; verde e o azul violeta. A combinação destas três cores em . várias intensidades, permite formar todas as outras cores. Sobrepondo as três cores primárias obtemos a luz branca.


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Paul Signac [1863-1935], "Pinheiro em Saint-Tropez", pintura pontilhista. Nas pinturas pontilhistas podemos ver pequenas pinceladas de diferentes tons colocadas lado a lado e demasiado pequenas para serem lidas separadamente. O resultado é uma mistura ótica de cor - mistura aditiva. O público que visitava as exposições era aconselhado a observar os quadros a uma certa distância para captar esse efeito visual.

As cores provocam no observador diferentes reações. A sensação de calma e repouso ou excitação e alegria são dadas por cores distintas. Assim, a escolha da cor na arquitetura de interiores influencia o ambiente do espaço.

P~raA

saUerv

Pesquisa o simbolismo e fisiologia da cor no site www.raizeditora.pt/verde senharcriar789-alu no

Na mistura aditiva, se ao violeta sobrepuseres o vermelho, obténs o magenta, se lhe sobrepuseres o verde, obténs o azul-ciano.

Cores primárias e secundárias da mistura aditiva As três cores primárias da mistura aditiva são: vermelho, verde e violeta. As três cores secundárias, que resultam da mistura de duas primárias, são: magenta, amarelo e ciano.

Vermelho + violeta = magenta Verde + vermelho = amarelo Violeta + verde = ciano Como já foi referido, se sobrepusermos primárias, obtemos o branco.

o princípio

três focos de luz com as 3 cores

da mistura aditiva é utilizado na impressão de imagens coloridas. As superfícies coloridas resultam da mistura de pequenos pontos, que têm vários tons, só visíveis através de ampliação. Da mistura ótica desses tons obtém-se a cor pretendida.


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Observa,

com uma lupa, as cores

Cada cor da imagem

de uma imagem

é, na realidade,

com duas ou mais cores. Estes pontos, zida, não conseguem tom resultante

Numa boa impressão centímetro

ser captados

é feito pela mistura

formada

colorida

por minúsculos

por serem

separadamente

de dimensão

pontos tão redu-

a olho nu. Assim

ótica da luz colorida

podem existir

impressa.

o

refletida.

mais de 14000 pontos impressos

por

quadrado.

Pormenor de imagem impressa

CMY !Cyan; Magenta; Yellowl é a designação do sistema de cor pigmento. A sua designação vem das iniciais, em língua inglesa, das três cores primárias da mistura subtrativa: ciano; magenta; amarelo. É utilizada em impressão de imagens. Cada cor é impressa separadamente e sobreposta a outras cores em diferentes graus de concentração de ponto minúsculos, para obter todas as outras cores.

Imagem ampliada de um cartão de publicidade do estilista Yohji Yamamoto [no 1943].

" Observa e experimenta! Pintura pontilhista Observa e desenha, no teu diário gráfico, um fruto - maçã. banana, pera, etc. Amplia ligeiramente a dimensão da forma real. Observa a cor da casca desse fruto e vê se é regular ou texturada.

t::'\ \.!J

Com marcadores coloridos dá cor ao desenho, utilizando a técnica de pintura utilizada pelos pontilhistas, ou seja, pintando vários pontos coloridos em duas ou mais cores. Procura dar a sensação do volume, à representação da forma, através de pontos de diferentes cores. Afasta o desenho de modo a que não possas distinguir coloridos. A forma apresenta um tom que resulta da mistura nosos coloridos correspondentes aos pontos.

os pontos

de raios lumi-

Achas que conseguiste captar a cor carreta? Se o resultado não te satisfaz, tenta sobrepor mais pontos, repetindo uma das cores anteriores ou juntando uma nova cor.


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71 Observa e experimenta! Pião ótico Como primeira tarefa, vais fazer o eixo de rotação do teu pião. {,\

\..!..I

Observa o esquema. Pega na folha de papel A4, enrola-a pelo lado maior no sentido da diagonal. Vais usá-la como um eixo [fica com a forma de uma palhinhal. Aperta bem o papel para não ficar solto e prende-o com um pedaço de fita-cola.

f2\

Coloca este eixo no orifício de um CO. Se estiver lasso é porque precisa de mais papel.

{;\ ~

Quando estiver com a espessura ideal, corta com o x-ato o tubo de papeh de maneira a que a parte inferior fique sensivelment~ mais pequena. Desta forma é mais eficaz a utilização do pião. E a ponta mais pequena do tubinho de papel que vai permitir que o pião deslize sobre a mesa.

\V

A segunda tarefa tem a ver com a realização do disco colorido.

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\!..J

t::\ ~

Utiliza o CO como molde para desenhares, numa folha de papel cavalinho, a forma do teu disco na medida correta. Recorta-o. Com marcadores coloridos faz um esquema duma composição com formas em diferentes organizações [linhas concêntricas, pontos pequenos aglomerados ou dispersos, espirais, linhas em ziguezague, polígonos, etc.1 e em variadas relações cromáticas [contrastes de cor, cores quentes, cores complementares].

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Recorta as formas da composição que idealizaste em papel de lustro e cola-as no disco de papel. Cola umas sobre as outras, primeiro as formas maiores, depois as menores.

(;\ ~

Não te esqueças de cortar o círculo central do disco de papel para o encaixe do eixo. Prende os discos [o de papel e o COI ao eixo com os elásticos.

\V

Podes agora experimentar cores! Vais surpreender-te

o teu pião, pô-lo a girar e descobrir as novas

com a mistura ótica que o movimento provoca.

Nota: Também podes realizar os círculos coloridos do pião ótico no computador. Será uma forma nova de pores a tua imaginação a funcionar! Existem à venda etiquetas próprias para os CO, papéis brilhantes, mates, transparentes, etc. Enfim, um mundo de misturas cromáticas e novas organizações formais, à tua espera!


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Mistura subtrativa As tintas contêm pigmentos coloridos. Os pigmentos têm uma capacidade seletiva em relação à luz que neles incide. Ou seja, um pigmento é azul porque possui uma capacidade de absorção de todas as radiações luminosas, exceto as correspondentes ao azul que reflete. Se juntares tinta azul com tinta amarela, obténs o verde - uma cor menos luminosa do que qualquer uma das outras duas que a formaram. Se ao verde juntares tinta vermelha, a tinta resultante não consegue refletir nem o verde nem o vermelho. É pardacenta e escura porque perdeu luminosidade. Experimenta e confirma estes resultados. Sempre que misturamos tintas coloridas, fazemos uma mistura subtrativa. A cor resultante perdeu capacidade de refletir luz e cor.

Cores primárias e secundárias As cores primárias da mistura subtrativa por mistura de outras cores.

são as que não se podem obter

As três cores primárias da mistura subtrativa são: o amarelo, o azul-ciano e o magenta. As três cores secundárias resultantes da mistura de duas primárias são: o verde, o laranja e o violeta. Amarelo + ciano = verde Magenta + amarelo = laranja Ciano + magenta = violeta Quando pintas com guache, podes obter, a partir das três cores primárias, as cores secundárias numa enorme variação de tons.

Johannes Itten [1888-1967], "Encontro", 1916.


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" Observa e experimenta! Mistura de cores {,'\

\.!/ f2\

\V (;\ ~

Aproveitando as linhas da quadrícula do verso do papel autccolante, desenha e em seguida recorta quadrados com diferentes dimensões. Para cada cor, pelo menos 6 quadrados. Repete alguns, de forma a teres apenas 4 tamanhos diferentes. Numa folha A4, desenha um círculo, centrado na folha, com a maior dimensão possível. Organiza primeiro, sem colar, os quadrados de maneira a que se sobreponham em vários tons: as cores primárias iniciais e a secundária resultante. De seguida cola-os no círculo.

Círculo cromático Observa a figura com o círculo colorido. {,'\

\.!/

t::\ o

Com o compasso, desenha dois círculos concêntricos com cerca de 8 cm e 2 cm de raio cada e de seguida humedece a folha de papel. Molha o pincel diretamente na bisnaga de tinta e preenche três zonas opostas, entre os dois círculos, cada uma com uma cor primária. Por causa da humidade do papel, as cores primárias vão-se misturar em tons secundários. Se for necessário humedece mas zonas com um pincel e água limpa.

novamente

, algu-

Linhas ondulantes, cores saturadas {,'\

\.!/

Coloca a folha na horizontal e escolhe um tom de cor puro. Com esta cor pinta, a guache, uma linha fina e curva, de um lado ao outro do papel. Aguarda alguns minutos para que seque.

t::\ Repete este procedimento

o

de forma a obteres uma malha resultante do cruzamento de cinco linhas curvas livres com a cor que escolheste. De entre as várias superfícies livres, escolhe a que estiver mais ao centro e pinta-a com a mesma cor das linhas curvas.

(;\ ~

Pinta as quatro formas que estiverem mais próximas dos cantos da folha com 4 cores saturadas, à tua escolha. Pinta as restantes formas livres em tons mais claros, destas 4 cores, por mistura com branco.

Que título dás à tua pintura?


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Contrastes de cor Quando duas cores são diferentes existe um contraste. Essa diferença pode ser quase impercetível ou muito acentuada. Se essa diferença estiver no seu máximo, dizemos que tem um contraste polar.

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Contraste claro-escuro o contraste polar de claro-escuro é entre o branco e o preto. O azul e o amarelo, que são muito luminosos, também têm um contraste claro-escuro bastante acentuado.

Contraste quente-frio O azul, o verde e o violeta são considerados cores frias - associamo-las com o mar e com as florestas verdes. O vermelho, o laranja e o amarelo são cores quentes - associamo-las com o fogo e com o Sol. O cor de laranja e o violeta formam um contraste quente-frio. O branco, o preto e o cinzento são cores neutras.

Tapeçaria de Portalegre com cartão de Jorge Martins, (n.1940]. As formas ao centro têm cores quentes que contrastam com as restantes em tons frios.

Fotografia de Chema Madoz [n, 1958], fotógrafo espanhol. As formas nas suas fotografias têm sempre uma transformação que altera o modo como habitualmente as vemos. Qual te parece ser a alteração no caso desta fotografia?


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Contraste de cores complementares As cores complementares são as que se opõem no círculo cromático, como, por exemplo, o amarelo e o violeta. Os pares de cores complementares são sempre formados por uma cor primária e uma cor secundária. Para obtermos um contraste máximo de cores complementares, temos de utilizar tons saturados.

Contraste sucessivo

Flores de papoila. Contraste de cores complementares do vermelho com o verde.

Olha durante alguns segundos para o quadrado cinzento. Vais verificar que ele adquire um tom esverdeado. Olha, de seguida, para o quadrado branco e vais ver uma imagem residual- um quadrado esverdeado com um pequeno quadrado vermelho. Esta experiência demonstra que a nossa visão tem necessidade de criar a cor complementar daquela que observa. Existe contraste sucessivo entre todas as cores complementares.

" Observa e experimenta! Cores de inverno e cores de verão {,\

\.!.J MATERIAIS: folhas de papel cavalinho A4; imagem de revista ou fotografia com a dimensão A4; papel vegetal; régua; lápis; guaches; pincéis; godés.

o

Numa folha de papel vegetal A4, desenha um retângulo com 17 cm x 25,5 cm [menos 2 cm em cada lado, relativamente à folha A4J.

("';;'\

Coloca o papel vegetal sobre a fotografia que escolheste e decalca as linhas principais da imagem. Tem atenção aos limites da moldura que desenhaste.

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Decalca o desenho do papel vegetal para 2 folhas de papel cavalinhoA4.

~

A cada folha irá corresponder uma pintura a guache. Uma com cores de inverno e a outra com cores de verão. Para a composição com as cores de inverno, escolhe duas cores frias e a mistura desses tons com preto e branco. Para a composição com as cores de verão, escolhe duas cores quentes e igualmente a mistura desses tons com preto e branco.


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Contraste simultâneo Podemos observar, nas imagens, que o cinzento que envolve o quadrado verde parece alaranjado. O cinzento que envolve o quadrado cor de laranja torna-se esverdeado. Na realidade, os dois cinzentos são iguais, o que podemos provar tapando os quadrados coloridos. A este fenómeno de complementaridade chamamos contraste simultâneo.

As cores têm aspetos diferentes conforme o fundo onde estão colocadas. Observando a imagem, podes verificar que as tiras coloridas, verde e cor de laranja, parecem mais luminosas sobre o fundo azul. A tira violeta parece mais clara sobre o fundo amarelo.

71 Observa e experimenta! Contraste de cores complementares

o

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Recorta, em cartolina., três formas: um quadrado, um círculo e uma forma de configuração livre. A área de cada forma deve ser próxima da de um quadrado de 10 cm de lado.

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As formas recortadas vão ser.vir para molde do desenho. Na folha de papel cavalinho contorna cada uma delas, duas ou três vezes, procurando interseções de onde resultem novas formas.

{;\ ~

Atribui uma cor primária a cada um dos moldes de cartolina e nas zonas de interseção pinta a respetiva cor secundária. Esta cor secundária é a cor complementar de cada uma das cores primárias que estão próximas.


8

Os teóricos da cor A cor foi sempre considerada muito importante para a vida e para a arte. Ao longo do tempo, foram aparecendo teorias que tentavam explicar o fenómeno da cor: nos aspetos físico, sensorial e psicológico. Ao longo dos séculos, vários físicos, artistas e teóricos propuseram teorias e organizaram diagramas, ou seja, esquemas gráficos, com cores. Isaac NEWTON (1642-1727) Este físico inglês estudou a cor, do ponto de vista físico. Descobriu que a luz branca do Sol era a mistura de todas as cores. Embora vulgarmente o círculo cromático seja dividido em partes iguais, Newton idealizou o primeiro círculo cromático em que a porção de cada cor correspondia à sua extensão no espetro visível. Assim, a cor azul, por exemplo, ocupava uma porção do círculo muito superior ao cor de laranja.

Johann VON GOETHE (1749-1832) Este poeta alemão foi também um importante teórico da cor. A roda da cor de Goethe apresenta as três cores primárias e as três cores secundárias. Classificou as cores de acordo com a sua luminosidade ou valor por referência ao branco, com valor máximo de 10, e ao preto com o valor mínimo de O. Por exemplo, o amarelo tinha um valor de 9 e o azul um valor de 4. ó

Philipp Otto RUNGE (1777-1810) Foi o pintor alemão que, em 1810, publicou o livro "A esfera das cores". Neste livro, explicou a sua teoria sobre a cor e foi o primeiro a idealizar um modelo a três dimensões. As cores primárias são o vermelho, o amarelo e o azul que, misturadas, formavam mais nove tons intermédios. Estes 12 tons ficavam sobre o diâmetro da esfera e eram misturados com branco e preto, de modo a obter uma gradação de tons cada vez mais claros - para o polo com o branco - ou mais escuros - para o polo com o preto.


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Johannes ITTEN (1888-1967) Pintor suíço que se destacou pelo seu trabalho como professor na importante escola de artes Bauhaus. Escreveu um livro sobre a cor que ainda hoje é insubstituível - "A Arte da Cor" ou "Os Elementos da Cor" na versão mais reduzida. O círculo cromático de Itten apresenta um triângulo com as três cores primárias: amarelo, azul e vermelho. A mistura de cada par de primárias dá as três secundárias: verde, laranja e violeta. À volta deste primeiro diagrama em forma de hexágono, aparece o círculo cromático com todas as primárias, as secundárias e ainda as terciárias, por mistura de uma primária com uma secundária. Idealizou inúmeros exercícios em que são construídas gradações de tonalidades entre duas cores primárias e ainda escalas de mistura com branco ou preto.

Albert MUNSELL (1858-1918) Foi um teórico da cor, americano, que baseou a sua teoria na perceção da cor. A árvore da cor - diagrama tridimensipnal apresenta variação de tom e saturação, da cor, numa sequência horizontal e variação de valor numa gequência vertical. >-

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Josef ALBERS (1888-1976) Artista alemão, professor na Bauhaus, viveu e trabalhou nos Estados Unidos. O triângulo cromático com 3 cores primárias e 3 cores secundárias-e atnda 3 cores terciárias é o seu diagrama ,[fais conhecido. Estudou também, exaustivamente, as harmonias cromáticas.

cor tem uma radiação com um determinado comprimento de onda. • A cor de um objeto corresponde à mistura de radiações luminosas que a sua superfície reflete. • As qualidades da cor são: o tom, o valor e a saturação. • A mistura aditiva é a mistura de luz colorida. • A mistura subtrativa é a mistura de pigmentos. • Contraste de cor é o efeito que se obtém ao juntar duas superfícies diferentemente coloridas. Há vários contrastes e graus de contraste. • Ao longo do tempo, foram aparecendo diferentes teorias sobre a cor.

Itten considerou o vermelho como cor primária. No-entsnto, vulgarmente na mistura aditiva utiliza-se o vermelho magenta.


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