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“Novo Normal é Digital” foi tema de palestra da Fiep aos sindicatos associados

Foto: Executivos dos sindicatos associados à Fiep receberam informações com o objetivo de descomplicar o ambiente digital. Crédito: Divulgação

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Tornar o ambiente digital mais acessível e descomplicado para o meio sindical industrial foi o objetivo do webinar que a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) promoveu em 29 de julho. A palestra “O Novo Normal é Digital”, gratuita e online, foi dirigida exclusivamente a sindicatos filiados à Fiep.

A proposta foi desmistificar o ambiente digital e apresentar formas para sensibilizar e engajar as indústrias associadas, bem como captar novas empresas nas plataformas digitais. A palestra ficou a cargo de Sabrina Levinton, consultora em gestão da inovação do Sistema Fiep.

Agora mais do que nunca a transformação digital é essencial para a sobrevivência dos negócios. Se isso já era necessário antes, neste cenário de pandemia ficou evidente e se tornou muito mais enfático. Quem não for digital, simplesmente vai deixar de existir. A afirmação, do gerente de negócio do Instituto Senai de Inovação do Sistema Fiep, Felipe Couto, abriu o webinar “O Novo Normal é Digital”, realizado pela gerência de Relações Sindicais da Fiep na última quarta-feira, 29 de julho. A iniciativa teve o objetivo de desmistificar o tema ‘transformação digital’ para os sindicatos filiados à Fiep.

“Percebemos que o uso de ferramentas digitais é algo que os sindicatos não dominam. Já havia um interesse no tema e, com a pandemia, isso cresceu exponencialmente”, destaca a gerente de Relações Sindicais, Juliana Bacarin. “Nosso intuito é apoiar os sindicatos a se reinventarem nesse período”, afirma. A gerente explica que não só por conta da pandemia, mas pela própria necessidade de sobrevivência financeira, imposta pelo fim da contribuição sindical compulsória, essa reinvenção é fundamental. Para ela, o primeiro passo é a transformação digital. “Os sindicatos que são vistos como entidades de valor por seus associados são aqueles que apresentam a informação num formato eficiente, que chega onde tem que chegar. Desta forma, as ferramentas online

são muito mais adequadas”, destaca. “A gerência de Relações Sindicais está à disposição para apoiar os sindicatos neste sentido”, acrescenta.

Experimentação – No webinar, a consultora em gestão da inovação do Sistema Fiep, Sabrina Levinton, provocou os participantes a experimentarem. “Criem esse desafio para vocês, testem. O momento é de experimentação, não existe inovação se a gente não testar”, ressaltou. Segundo ela, não precisa adotar todos os procedimentos em um único momento, mas pode começar com o que é viável e o que é pontual. “A realização de um webinar, por exemplo, é algo alcançável. A digitalização de documentos é um pouco mais complexa, mas também possível”, disse. De acordo com a consultora, o importante é permitir que mais pessoas gerem conteúdo e conhecimento e, ao mesmo tempo, se alcance um número maior de pessoas neste contexto.

A palestra abordou três tópicos: Tendências, Conexões e Como fazer um webinar. Foram esclarecidos conceitos como ‘chat bot’ (canal de comunicação com o cliente) e ‘inbound’ (conteúdo). “O webinar tem sido uma das ferramentas mais usadas. Trata-se de um seminário para fins comerciais ou educacionais transmitido por meio de uma plataforma online”, esclareceu Sabrina. Durante a apresentação, os sindicatos receberam um passo a passo de como realizar seu próprio webinar, como: escolher a plataforma, definir um tema, estabelecer uma data e horário, criar uma landing page e fazer um roteiro.

Participação – O webinar “O Novo Normal é Digital” teve a participação de 58 sindicatos, o que representa 60% das entidades filiadas à Fiep. O presidente do Sindicato da Indústria da Madeira de Imbituva (Simadi), Paulo Pupo, diz que o desafio para os sindicatos aumentou. “Se reinventar usando ferramentas digitais será fundamental para o reforço e consolidação de cada sindicato”, destaca. Segundo ele, o webinar foi muito importante porque nivelou as informações a todas as entidades. “Todos estamos aprendendo, é uma novidade, um desafio e eventos como este são de grande valia para o setor sindical”, pontua.

Projeto da Fiep apresenta áreas da entidade aos sindicatos

Com o objetivo de mostrar aos sindicatos as soluções que cada setor oferece para as indústrias, a gerência de Relações Sindicais da Fiep vem desenvolvendo a série “Por Dentro do Sistema Fiep”. São encontros mensais, sempre com o detalhamento de uma área do Sistema. O primeiro dos encontros aconteceu em 4 de setembro, com a apresentação da área de Relações Governamentais. O executivo do Sigep, Rubens de Campos, e a gerente de Marketing, Manoella Pinheiro Machado, participaram do encontro, que contou com 71 participantes.

“É uma série para que os sindicatos conheçam o potencial que temos aqui no Sistema Fiep, com todos os serviços que oferecemos”, disse Juliana Bacarin, gerente de Relações Sindicais. “Temos muito material que é produzido internamente e pode ser muito útil aos sindicatos e suas indústrias associadas. É muito importante que os sindicatos conheçam”, reforçou.

A apresentação da área, de forma virtual, foi feita pela coordenadora de Relações Governamentais, Letícia Rezende. Ela destacou a interface com o Poder Público e, em especial, o acompanhamento de todos os projetos de lei que podem impactar o setor industrial como as principais ações da área de Relações Governamentais da Fiep.

Anualmente, a área elabora a Agenda Legislativa, um compilado dos projetos de lei que estão em tramitação e que podem ser convergentes ou divergentes com os interesses da indústria. A partir deste levantamento, a equipe de Relações Governamentais atua diretamente junto ao Legislativo, levando as preocupações e os pleitos do setor industrial. Este relacionamento já contribuiu para mudanças na legislação, melhorando o ambiente de negócio.

Aliado ao acompanhamento do Poder Legislativo, a área também promove interface junto ao Poder Executivo, participando da construção de políticas públicas que visam garantir maior competitividade para as indústrias paranaenses.

Leticia Rezende destacou outros temas, como lobby, mitos e verdades. “Antes de tudo é importante esclarecer os mitos e verdade sobre a palavra lobby”, disse Letícia Rezende. Segundo ela, “no Brasil a palavra ganhou uma conotação pejorativa,

mas lobby nada mais é do que a defesa de interesse, o que é legítimo”. Ela contou que o termo surgiu na Inglaterra, quando pessoas do povo aguardavam nos lobbies dos hotéis para falarem com as autoridades e apresentarem suas reivindicações. “Foram batizados de lobistas”. No Brasil, a profissão foi regulamentada em 2018, e os lobistas passaram a ser reconhecidos como profissionais de relações institucionais e governamentais. “É isso o que a nossa área faz”, informou.

Quanto vale uma informação?

Com uma equipe enxuta, composta por apenas três profissionais (Letícia Rezende, Diego Lima e Marcos Andrey Nascimento), a coordenação de Relações Governamentais da Fiep disponibiliza, sem custos para todos os sindicatos filiados, o acompanhamento do Diário Oficial da União, do Diário Oficial do Paraná e a íntegra e análise dos projetos de lei que impactam o setor industrial. “Empresas do mercado oferecem este trabalho ao custo mensal que varia de R$ 4 mil a R$ 12 mil. Nós oferecemos sem custos aos sindicatos e com a vantagem de ser uma informação mais ágil e qualificada, com toda a contextualização sobre o impacto das medidas”, destaca Letícia. “Estas informações permitem que os sindicatos atuem preventivamente, evitando que projetos de lei que possam prejudicar o setor sejam aprovados, por exemplo”, explica. O encontro contou também com a apresentação de cases de sindicatos, que conseguiram resolver problema em função do apoio da Coordenação de Relações Governamentais e Institucionais. Um deles foi o Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep). “O plástico é visto como vilão, como inimigo do meio ambiente. Por conta disso, um número muito grande de projetos de lei sobre o tema tramita no Legislativo. Muitos desses projetos, se aprovados, vão inviabilizar o setor, determinando o fechamento de muitas empresas e o consequente desemprego”, disse Maria Solange Marecki Pio Veira, do Simpep. Ela contou que, com o apoio da área de Relações Governamentais da Fiep, foi promovido, em fevereiro deste ano, um encontro com assessores dos parlamentares para esclarecimentos sobre o tema.

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