Breve Panorama da Educação Farmacêutica no Ceará Apresentação O Ensino de Farmácia no Brasil e seus desafios Qualidade da Formação Acadêmica O Ensino de Farmácia no Ceará e seus desafios Qual o futuro do mercado farmacêutico? Cursos de Graduação no Ceará Cursos de Pós-Graduação no Ceará Conheça a História do Sinfarce
SINFARCE - Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Ceará
Apresentação Dados do Conselho Federal de Farmácia - CFF, de 2013, estimavam que o Brasil tinha, à época, 179.266 farmacêuticos e 75.441 farmácias e drogarias. Em 2015 esse número saltou para 195.022 farmacêuticos. Considerando que o país possui pouco mais de 200 milhões de habitantes, segundo o IBGE, podemos concluir que há, no Brasil, entre 3 e 4 farmácias para cada grupo de 10 mil pessoas. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 1 farmácia para cada grupo de 8 a 10 mil habitantes, sendo obrigatória a presença do profissional farmacêutico durante todo o período de funcionamento do estabelecimento. Em consonância com essa observância, o Brasil consolidou, em 2014, a Lei 13.021 que transforma a Farmácia em Estabelecimento de Saúde e reitera a obrigatoriedade da presença permanente do farmacêutico nas farmácias. Essa inciativa assenta a importância da profissão Farmacêutica em nosso país e faz justiça ao relevante trabalho realizado pelos profissionais na assistência e no cuidado à saúde. Diante deste cenário verificamos exponencial aumento no número de Faculdades que passaram a ofertar o Curso de Farmácia, além do interesse no aprendizado por essa ciência secular. São, hoje, no Brasil, 529 cursos de Farmácia. Acreditamos que a pujança da profissão no Brasil seja reflexo indubitável da contribuição notável para a saúde do povo brasileiro, permitindo que muitas pessoas possam ter alívio às suas dores e o conforto durante suas enfermidades. No Ceará, o Sindicato dos Farmacêuticos tem destacada influência nas ações realizadas nacionalmente, juntamente com a Federação Nacional dos Farmacêuticos. Este Panorama da Educação Farmacêutica no Ceará, elaborado pelo SINFARCE, busca contribuir com o debate em torno das melhores práticas e iniciativas na construção do conhecimento na área farmacêutica, propondo novos caminhos e soluções com objetivo fundamental de fomentar o ensino crítico e vigoroso da Farmácia. Esperamos que esse material seja engrandecedor e colabore, definitivamente, para a reelaboração do conhecimento! SINFARCE – Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará
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O Ensino de Farmácia no Brasil e seus desafios O livro “Os Desafios da Educação Farmacêutica no Brasil”, produzido, em 2008, pelo Conselho Federal de Farmácia e pela Comissão de Ensino do Conselho Federal, analisou o panorama da educação na época. A publicação destacou que em 1960 o país contava com apenas 21 cursos de Farmácia. Em 2016, um pouco mais de meio século, 55 anos depois, esse número aumentaria, tendo um avanço significativo e chegando a quase 2.500% de procura pelo curso. De acordo com Karla Bruna, coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Católica de Quixadá, a procura pelo curso vem crescendo a cada semestre. “No último vestibular, o curso ficou em quarto lugar dos mais procurados e concorridos da Instituição”, pontua. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia foram instituídas através da Resolução n.02 de 2002 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e definiu que todas as Instituições de Ensino Superior deveriam formar farmacêuticos “...capacitados ao exercício de atividades referentes aos fármacos e aos medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade”. Embora o texto, acima citado, demonstre a importância do Ensino de Graduação, é possível destacar os desafios intrínsecos do conhecimento nesta área. A qualidade da formação vem sendo debatida em vários fóruns nacionais e estaduais, além do Congresso Brasileiro de Educação Farmacêutica, importante espaço de encontro e debate. O professor do Departamento de Farmácia da UFC e Membro da Diretoria Colegiada da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica, Paulo Sérgio Dourado Arrais, destaca vários fatores que dificultam a melhoria na qualidade do Ensino. O especialista destaca: ausência de definição de padrões mínimos de infraestrutura das instituições; número mínimo insuficiente de horas para formação e uma disputa por vagas nos cenários de prática no Sistema Único de Saúde (SUS). “Apesar das dificuldades apontadas existe um compromisso, por parte das instituições de ensino superior, de que o profissional farmacêutico que estamos formando termine a faculdade capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos, e aos medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos. Para tal, os cursos buscam espaços no SUS para aproximar os estudantes da vivência profissional”, explicou o professor. Breve Panorama da Educação Farmacêutica no Ceará
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Assim, o profissional de Farmácia poderá exercer suas atividades em várias áreas do SUS: trabalhar na organização da logística e na dispensação de medicamentos, desenvolver a prática de cuidados farmacêuticos, nas unidades básicas de saúde, nos Centros de Atendimento Psicossocial, nos hospitais; trabalhar nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família; nos Laboratórios oficiais de produção de medicamentos; nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública, nos Hemocentros, nos Centros de Atendimento Toxicológicos, nos Bancos de leite, na análise e controle de qualidade de alimentos; em laboratórios de análises clínicas e toxicológicas, em banco de órgãos, tecidos e células; em equipes de transplantes.
Qualidade da Formação Acadêmica Ao longo dos anos, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) mudaram e destacamos que a mais significativa mudança ocorrida foi na formação do farmacêutico, no fomento à ampliação da visão – e a não fragmentação - das suas áreas de atuação. Intensificando a sua competência, focando no aluno como sujeito de aprendizagem e apoiando-se no professor como facilitador e mediador do processo desse ensino-aprendizagem. O aluno pode, por exemplo, realizar estágios desde o início do curso, participando da oferta de atividades complementares, por meio de estudos e práticas independentes, presenciais ou à distancia, além de participar de trabalhos de iniciação científica, extensões e realizando o trabalho de conclusão do curso. Para Arrais ainda existem dificuldades de execução de uma matriz curricular que contemple todas as "competências específicas" descritas nas atuais DCN. São elas: interdisciplinaridade; formação interprofissional; aproximação ensino-serviço; e a desatualização das DCN em relação aos serviços clínicos farmacêuticos. “Muito temos que fazer para alcançar uma formação com qualidade.”, finalizou.
O Ensino de Farmácia no Ceará e seus desafios Aqui no Ceará, os farmacêuticos dispõem de vários cursos de pós-graduação para seu aperfeiçoamento profissional, podendo estes serem de especialização (latu sensu) ou de Mestrado e Doutorado (strictu sensu). Os cursos de especialização possuem no mínimo 360 horas, onde, ao final, o profissional é certificado. Os cursos de mestrado e doutorado possuem respectivamente dois e quatro anos de duração. Ao final, os profissionais são diplomados mestres ou doutores. Na Universidade Federal do Ceará - UFC existe o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, ofertando vagas para mestrado e doutorado, tendo como áreas de atuação a Farmácia Clínica e a Farmácia Experimental e Tecnológica. Além disso, também existe o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos ofertando vagas para o Doutorado e tem como estudo a área de concentração e inovação tecnológica em medicamentos.
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Esse programa funciona em associação com outras instituições de ensino federais (UFRN, UFRPE, UFPB). Para a coordenadora Karla Bruna, do curso de Farmácia do Centro Universitário Católica de Quixadáa, a pós-graduação objetiva tornar o profissional de saúde capaz de reconhecer problemas, desenvolver e atuar preventivamente, promovendo a qualificação destes profissionais e sua interação com os pacientes e técnicas estabelecidas. Na Unicatólica são ofertadas pós-graduações nas áreas da farmácia clínica e prescrição farmacêutica e na área de analises clínicas e toxicológicas. Seu diferencial é a carga horária que chega a 522h, dando ênfase as metodologias baseadas na realidade. Retomando a problemática inicial podemos, a partir do contexto apresentado, apontar para algumas possibilidades Como a demanda pelo curso tem se apresentado cada vez maior, é possível que as orientações da OMS sejam cumpridas. Porém, se tomarmos o contexto atual de desemprego estrutural não podemos descartar a possibilidade de formação de um mercado de reserva. Contudo, de qualquer modo, vislumbramos um vasto e diversificado campo de atuação para o farmacêutico, o que nos leva a considerar que a perspectiva de trabalho para esse profissional, a despeito da grande procura pelo curso, será exitosa.
Qual o futuro do mercado farmacêutico? “Além da preocupação com a integralização do conhecimento relativo às ciências farmacêuticas, surge a perspectiva da preparação de farmacêuticos para atuação no cuidado farmacêutico, voltado ao indivíduo, sua família e a comunidade, através da oferta de serviços farmacêuticos que garantam a integralidade do cuidado e a promoção do uso racional de medicamentos. Devemos contribuir para formar profissionais capazes de trabalhar em equipe, integrando os acadêmicos nas redes de atenção à saúde do SUS, nos diversos níveis, em ambientes multiprofissionais e interdisciplinares.”
Paulo Sérgio Dourado Arrais – Professor do Departamento de Farmácia da UFC. Membro da Diretoria Colegiada da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica - ABEF. “A Farmácia brasileira está passando por grandes mudanças nos últimos anos devido principalmente, à regulamentação das atribuições do farmacêutico, como atribuições clínicas do farmacêutico por meio da Resolução/CFF nº 585/2013 e a prescrição farmacêutica por meio da Resolução/CFF nº 586/2013; além da Lei nº 13.021/2014 que transforma a farmácia em estabelecimento de saúde. Todas essas ações só reforçam ainda mais a importância do profissional farmacêutico na sociedade. Precisa-se que o novo perfil do farmacêutico e suas atribuições sejam atendidas no âmbito acadêmico, através da reformulação da grade curricular do curso. Como estudante da Universidade Federal do Ceará, vejo que nosso currículo detém uma carga horária bastante extensa, fazendo com que os alunos não tenham horário para outras atividades como estágios extra-curriculares, atividades de pesquisa e extensão, por exemplo. A sociedade está passando por transformações e o farmacêutico precisa estar preparado para essa realidade.”
Luanna Loyola – 7º Semestre – Estudante de Farmácia da Universidade Federal do Ceará
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Cursos de Graduação no Ceará Centro Universitário Católica de Quixadá – Unicatólica Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará – FAECE Faculdade Metropolitana de Fortaleza – Fametro Faculdade Maurício de Nassau Faculdade de Juazeiro do Norte – FVJ Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ Instituto Superior de Teologia Aplicada – Inta Universidade Federal do Ceará – UFC União Cearense das Associações de Ensino Superior - UNICE Universidade de Fortaleza – Unifor Estácio FIC – Juazeiro do Norte
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História do Sinfarce Fundado em 5 de junho de 1938, o Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará "SINFARCE" completa 78 anos de história e teve papel importante no fortalecimento da categoria. Neste período enfrentou turbulências históricas, mas sempre teve um posicionamento marcante na luta em defesa da profissão farmacêutica e da saúde pública brasileira. O sindicato é a instituição que atua vigorosamente na defesa dos direitos farmacêuticos. Condições dignas de trabalho, assistência farmacêutica de qualidade, negociações salariais, mercado de trabalho, bem como as lutas mais amplas dos trabalhadores são algumas das várias atividades do SINFARCE. Nos dias atuais, os farmacêuticos vêem sua atuação reconhecida e exigida cada vez mais pela população e por políticas governamentais. O SINFARCE decorre neste cenário se consolidando com ações efetivas que buscam valorizar a função social do farmacêutico, conseguindo dar destaque e nova visibilidade à profissão, além de inserir a categoria nas discussões sobre a saúde pública. Os profissionais farmacêuticos passaram a ser respeitados pelas autoridades e por outras instituições sociais. A atual Diretoria deseja ter um sindicato forte, unitário, democrático, politizado, independente e de luta, que prepare os farmacêuticos para os embates políticos, sindicais e econômicos, tendo como princípios básicos os interesses elementares dos trabalhadores: salário digno e vida honrada. Venha se unir a esta causa!!!
Expediente Diretoria SINFARCE PRESIDENTE – JOSÉ MÁRCIO MACHADO BATISTA VICE-PRESIDENTE – LAVINIA SALETE DE MELO MAIA MAGALHÃES SECRETÁRIO GERAL – FRANKLIN BARBOSA DE ALMEIDA TESOURARIA – FRANCISCO IELANO VASCONCELOS MESQUITA DIRETOR DE ASSUNTOS JURÍDICOS – MARIA DO SOCORRO NOGUEIRA SOUSA DIRETOR DE ASSUNTOS INTERSINDICAIS – MARIA IRACEMA ROCHA DE ANDRADE DIRETOR DE ASSUNTOS CIENTÍFICOS – ALDIRA DE MEDEIROS MAGALHÃES DIRETOR DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO – ANDRÉ NUNES CAVALCANTE
Assessoria de Comunicação Simmetria Comunicação
Jornalista Responsável:
Saulo Lobo - MTB 3405/CE Projeto Gráfico e Diagramação: Julyta Albuquerque Email: contato@simmetriacomunicacao.com.br
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