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Uma História de Empreendedorismo e Perseverança

Carta Sindical expedida em 15 de maio de 1941, criando oficialmente o Sindicato dos Comerciantes de Automóveis e Accessórios de São Paulo, extensão da base territorial e alterações de nome

A história dos primeiros sindicatos no Brasil começa no final do século XIX, com a união de operários imigrantes que trabalhavam em fábricas e estavam insatisfeitos com as suas condições de trabalho. Anos depois, durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado o Ministério do Trabalho, em 1930, e pouco mais de uma década depois, em 1º de maio de 1943, a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), unificando as legislações trabalhistas que existiam no País.

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Desse conjunto de leis trabalhistas apresentadas por Getúlio Vargas e que disciplinou as relações capital e trabalho, empregado e empregador, bem como o conceito de representação de classe por meio de sindicatos, tanto laboriosas como patronais, foi criado oficialmente o Sindicato dos Comerciantes de Automóveis e Accessórios de São Paulo, no dia 15 de maio de 1941, com a expedição da Carta Sindical pelo Ministro de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, Waldemar Falcão.

Em realidade, essa representação começou três anos antes, em 1938, quando um grupo de 20 comerciantes autônomos de automóveis reuniu-se em uma sobreloja da rua José Bonifácio, no centro da Capital paulista, com a ideia de criar um sindicato para o comércio varejista do setor automotivo. Pouco tempo depois e com mais adeptos, agora reunindo concessionários de veículos, revendedores de veículos usados, atacadistas e varejistas de autopeças, ocorreu a primeira mudança de nome, em 1948, para Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Accessórios do Estado de São Paulo. Nota-se que, até então com atuação restrita à Capital, a partir dessa data o sindicato passou a atuar em todo o Estado.

Nas décadas seguintes, novas mudanças vieram. A primeira delas foi a saída dos concessionários do sindicato para a criação de uma entidade específica, o Sincodiv-SP, e mais uma mudança de nome. Em 1974, o Ministério do Trabalho autorizou a representação do comércio varejista de accessórios para veículos, que passou a se chamar Sindicato do Comércio Varejista de Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo.

Pouco mais adiante, os revendedores de veículos também criaram um sindicato próprio, o Sindiauto, e os atacadistas formaram o Sicap. De forma que o Sincopeças se tornou realmente um sindicato da reposição automotiva no ano de 1979, com seu nome definitivo de Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, com uma diretoria composta exclusivamente por empresários varejistas.

Hoje, o Sincopeças-SP representa 37.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, emprega 170 mil colaboradores, é filiado à FecomercioSP, que congrega 136 sindicatos patronais ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior.

PRESIDENTES

Desde a sua criação, 11 presidentes já comandaram o Sincopeças-SP. O 12º e atual presidente é Heber Carvalho.

• Joaquim de Campos Salles (1938-1941) • Alexandre Hornstein (1941-1954) • Edmar L. de Albuquerque Rabello (1954-1956) • Carlos Eduardo Rosa (1956-1958) • Armando do Valle Pereira (1958-1960) • Roberto Ferreira da Rosa (1960-1964) • Luiz Cambiaghi (1964-1968) • José Edgard Pereira Barreto Filho (1968-1971) • Gustav Willi Borghoff (1971-1977) • Luciano Figliolia (1977-2008) • Francisco Wagner De La Tôrre (2008-Licenciado em 2021) • Heber Carlos de Carvalho (Presidente)

REPRESENTATIVIDADE NACIONAL

Da percepção visionária do presidente Luciano Figliolia (1977-2008), o mais longevo à frente da entidade, nasceu a ideia de um sindicato que tivesse representação nacional. Caixeiro viajante, como era conhecido, Figliolia percorreu várias regiões do País levando essa ideia aos varejistas de autopeças, que logo aderiram ao projeto. Essa ideia germinou em 2016, na gestão de Francisco De La Tôrre, com a criação do Sincopeças Brasil, reunindo Sincopeças de todo o País. O lançamento oficial se deu na feira Autop daquele ano, realizada em Fortaleza (CE), e hoje é comandado por Ranieri Leitão, também presidente do Sincopeças-CE.

Conjunto Nacional: atual sede do Sincopeças-SP

Década de 70 primeira logomarca utilizada Logomarca utilizada na década de 80 Logomarca utilizada até o ano 2000 Logomarca utilizada a partir do ano 2000

LOGOMARCA

Também foi ideia do presidente Luciano Figliolia (1977-2008) incluir uma letra vermelha na logomarca do sindicato, mais especificamente na letra p. A inspiração veio de uma viagem que ele tinha feito para os Estados Unidos e, ao ver a capa de uma revista que destacava um nome com a letra P em vermelho, registrou a marca no Brasil e dizia que ela tinha que ser perpetuamente do sindicato.

SEDES

A primeira sede própria do Sincopeças foi no 8º andar do Conjunto Nacional, em pleno coração de São Paulo, na Avenida Paulista. Depois, a mudança foi para o edifício Numa de Oliveira, também na avenida Paulista, onde o sindicato ocupou o 1º andar e, mais adiante, o 5º andar. Desde fevereiro de 2020, o Sincopeças está novamente no Conjunto Nacional, agora no 5º andar.

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