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Adversidades dos Planos Econômicos
Um dos maiores problemas do Brasil no início dos anos 1980 era o descontrole inflacionário, que chegou a registrar 230% a.a. entre os anos de 1983 a 1985. Em épocas de descontrole de inflação no País, era comum os governos proporem e implementarem vários planos como solução. Um deles, em 1986, foi o Plano Cruzado, durante o governo de José Sarney.
As principais medidas do Plano Cruzado eram: congelamento de preços, substituição da moeda corrente de cruzeiro para cruzado e gatilho salarial com aumento dos salários toda vez que a inflação atingisse 20% ao mês. Esse aumento fez com que Sarney tivesse que buscar apoio político entre os grupos conservadores para a aprovação de novos planos econômicos.
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Posteriormente vieram o Plano Cruzado II, em 1986, Plano Bresser, em 1987, Plano Verão, em 1989, com objetivo de controlar os gastos públicos, conter a forte inflação e renegociar a dívida externa. E mais uma moeda surgiu, o Cruzado Novo, sem nenhum resultado para conter a inflação. Em março de 1990 a inflação alcançou o recorde de 84,23% ao mês e um índice acumulado nos doze meses anteriores de 4.853,90%.
fontes:
www.suno.com.br/artigos/plano-cruzado/#:~:text=No%20passado%2C%20 em%20%C3%A9pocas%20de,se%20encontrava%20nos%20anos%2080. www.suno.com.br/artigos/urv-unidade-real-de-valor/ https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-sarney.htm
PLANO COLLOR
Entre todos os mirabolantes planos econômicos que o Brasil enfrentou até o Plano Real, em 1994, o que mais impactou o Sincopeças foi o Plano Collor. Da noite para o dia, a poupança foi confiscada, em 16 de março de 1990, de forma que os depósitos nos bancos acima de 50 mil cruzados seriam retidos por um prazo de 18 meses. O Plano Collor pretendia congelar os preços e salários, mas ficou mais conhecido pelo confisco da poupança.
Nos meses seguintes, o Sincopeças não tinha dinheiro nem para pagar a conta de luz. Na época, o sindicato entrou com uma ação para garantir os direitos para que as empresas do comércio varejista de autopeças pudessem manter o fluxo de caixa e continuar ativas.
TRANSIÇÃO PARA O PLANO REAL
Para tentar controlar a inflação, no dia 27 de fevereiro de 1994, o governo brasileiro aprovava a medida provisória de número 434, da qual criaria a Unidade Real de Valor (URV). Ela foi lançada no período de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, para servir como uma espécie de estágio para a implementação da nova moeda. A URV foi uma espécie de moeda paralela que convertia preços e valores em um novo padrão monetário, para tentar controlar a inflação da economia. O grande papel da URV era garantir uma estabilização dos valores dos produtos, funcionando como uma referência de preços, embora ela sofresse uma variação diária.
Em meados dos anos de 1990, o Cruzeiro Real passava por um processo de corrosão, apresentando uma inflação de 40%. A equipe de economistas do presidente Itamar Franco decidiu lançar o Plano Real, um programa de combate à inflação que, basicamente, teve três etapas: - Período de equilíbrio das contas públicas, com redução de despesas e aumento de receitas; - Criação da URV para preservar o poder de compra da massa salarial; - Lançamento do novo padrão monetário chamado Real.
O Plano Real foi o 13º plano econômico executado desde 1979.