Revista
Ano 45 . Edição 531. Out/16
Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos
a mídia oficial do setor
22º Seminário da Reposição Automotiva Seminário inicia a pauta do impacto tecnológico no aftermarket
gestão e direito
reportagem
especial online
Convenções coletivas concluídas em inúmeros municípios do estado
Energetic Baterias completa 40 anos com expansão e profissionalismo
Conectividade revoluciona transporte de carga e passageiros
índice
editorial
03 editorial 04 reportagem 06 gestão e direito 08 capa 13 mercado 14 especial online
Francisco Wagner de La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP
A decisão é do consumidor
Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@sincopecas.org.br
presidente Francisco Wagner de La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho 2º vice-presidente Israel Bovolini 1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes 2º secretário Edson Shosaburo Koga 1º tesoureiro Álvaro Pereira 2º tesoureiro João Gomes da Silva Neto diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro
João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra Alexandre Lima Pereira conselho fiscal Heber Carlos de Carvalho Alfredo Alves da Silva Júnior 1° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Francisco Wagner de La Tôrre 2° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Álvaro Pereira 1° delegado suplente junto à FECOMÉRCIO: João Gomes da Silva Neto secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira
EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP
cursos e palestras Gerson Pinheiro - Sincopeças-SP
conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade reportagens Majô Gonçalves e colaboradores Francisco Wagner de La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo projeto gráfico, marketing e comercial impressão: Duograf INSIGHT TRADE Circulação: 27.000 Amanda Castro exemplares na base territorial Carla Norcia do Sincopeças-SP Felipe Luppi no estado de São Paulo Patricia Navarro Renata Campos www.insighttrade.com.br
A revista Sincopeças-SP é distribuída pela Door to Door. Periodicidade mensal
Boa leitura!
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Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo
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Seminário da Reposição Automotiva é o evento mais importante do mercado independente de reposição de autopeças. Sua longevidade comprova isso. Realizamos em outubro a 22ª edição do evento e o Sincopeças-SP teve o privilégio de coordenar esse encontro juntamente com Sindipeças, GMA, Sicap / Andap e Sindirepa. Ao longo dos anos, o Seminário tem adotado um modelo de apresentação que balanceia assuntos macros dos cenários político e econômico e assuntos específicos da reposição. Neste ano, as palestras políticas e econômicas ganharam significado maior por conta da crise que enfrentamos, a maior da história da república deste País. Mas os painéis pertinentes ao negócio da reposição mereceram relevada importância por conta da atual evolução que o automóvel vem apresentando. Essa evolução, além de modificar o pacote tecnológico ofertado pelos veículos, também vai modificar profundamente a relação do usuário final com o automóvel e aproximá-lo diretamente das montadoras, oferecendo acesso em tempo real às informações sobre o estado de conservação do veículo. Por isso, se o mercado independente de reposição de autopeças não se posicionar firmemente frente a essas questões, correremos o risco de ver nossos negócios ameaçados e encurtados, com uma perda significativa de mercado. Europa e Estados Unidos têm legislações que garantem às empresas independentes acesso às informações do automóvel, mas no Brasil não temos legislação específica. Portanto, ou criamos um marco legal que também nos dê garantia de acesso às informações que o automóvel – já na mão do usuário final – passará a fornecer diretamente para as montadoras ou correremos o sério risco de perder muito espaço dentro do negócio da reposição. É papel do mercado, através de suas entidades representativas, desenvolver um trabalho junto ao poder público para construir uma legislação que dê ao consumidor final o poder de decisão e a livre escolha de onde fazer a manutenção de seu veículo, onde comprar suas peças e onde consertar seu carro. Esse é o desafio da reposição independente.
reportagem
Energia para CRESCER Energetic Baterias completa 40 anos de atividade com expansão de venda e aperfeiçoamento profissional
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Energetic Baterias foi inaugurada em 04 de fevereiro de 1976 por José Roberto Antonini e dois primos. A opção em trabalhar com baterias veio do histórico da família, que sempre trabalhou de alguma forma com carros e autopeças. Quando adolescente, ainda em sua cidade natal, Torrinha, Interior do Estado, José Roberto trabalhou como mecânico, o que na época era referência ao trabalhador que consertava o carro em todos os seus aspectos, um “faz tudo”, também eletricista e técnico generalista em manutenção de carros e caminhões. Aos 20 anos, José Roberto deixou sua cidade para trabalhar na Capital e, até os 26, trabalhou como mecânico na região do Paraíso. Em 1976 inaugurou a Energetic Baterias, com dois nichos de atuação: a venda de baterias (novas e seminovas) e a compra e venda de sucatas de baterias. No início, vendia de 15 a 20 baterias por mês, trabalhando de domin-
go a domingo. Depois de cinco anos, passou a vender 100 baterias por mês. Desde então a empresa se mantém em constante crescimento, posicionando-se como um dos maiores varejistas de baterias do Brasil. Identidade visual fortalecida Na década de 80, os primos de José Roberto desistiram do negócio e ele passou a ser o único sócio. Até o ingresso de seus filhos na empresa, José Roberto abriu duas filiais com sócios que, com o passar do tempo, não ti-
veram afinidade com a atividade. Em abril de 2011, o filho Luis Augusto Antonini, o Guto, assumiu uma das lojas e passou a conduzir diretamente parte dos negócios. Com muita energia, Guto implementou uma nova filosofia na Energetic Baterias. As lojas foram reformadas, modernizadas e hoje mais se parecem com um shopping de baterias. Concretos deram lugar a porcelanatos e azulejos branco, pallets que armazenavam baterias deram lugar a prateleiras com espaço para pa-
reportagem
Trabalham na empresa quatro gerentes e quatro operadores de caixa, para cada um dos estabelecimentos, 22 vendedores especializados para atendimento em suas lojas, três motoboys para entrega e instalação de baterias, dois motoristas para entrega e retirada para destinação nos termos da legislação ambiental, e seis funcionários para atendimento de internet. Aperfeiçoamento dos profissionais O aperfeiçoamento profissional é fundamental e constante na Energetic Baterias. A cada dois meses, dois funcionários da empresa, incluindo operadores de telemarketing, são encaminhados às fabricas, em parceria da empresa com os fabricantes de baterias, para cursos especializados em baterias. Em 2013 e 2016, em parceria com a Sincopecas-SP, a empresa ofereceu o curso “Treinamento Varejista para Vendedores’’. Os sócios acreditam que, nos tempos atuais, de crise e grande concorrência, um atendimento e um serviço especializado e diferenciado fazem toda a diferença. “Dessa forma, a experiência do Sincopecas no mercado e a fixação nos funcionários de alguns conceitos importantes no atendimento ao cliente, possibilitam a empresa oferecer um bom atendimento, o que resulta na fidelização de clientes e na manutenção de um crescimento constante, mesmo em tempos de crise”, asseguram os irmãos Antonini. A Energetic busca, tanto no atendimento em suas lojas físicas como no atendimento deli-
very, oferecer rapidez e agilidade, sempre aliados a conhecimento e segurança nos procedimentos de venda e instalação. Como sugestão de sucesso, os sócios acreditam que é importante dar atenção aos processos e ao fluxo do trabalho dentro da empresa. “Dessa forma é possível segmentar os setores, desenvolver e capacitar melhor cada um deles e seus respectivos funcionários, identificar com mais clareza os problemas e mais rapidamente resolvê-los. Em caso de crescimento, a descentralização fica mais fácil de acontecer, sem que o empresário perca o controle do negócio. Afinal, o olho do dono engorda o gado”, ensinam os irmãos Antonini. Energetic Baterias www.energeticbaterias.com.br Loja 1: Av. Itaquera nº 3.200 – Jd. Maringá, CEP: 03526-000 – SP Fone/Fax: (011) 2746-8221 / (011) 2746-8204 / (011) 2742-3533 Loja 2: Av. Rio das Pedras nº 4.170 - Jd. Itamarati, CEP: 03930-300 – SP Fone/Fax: (011) 2724-8540 / (011) 2724-0679 / (011) 2253-8079 Loja 3: Av. São Miguel nº 3.782 – Ponte Rasa, CEP: 03870-000 – SP Fone/Fax: (011) 2042-2608 / (011) 2042-3707 Nextel: (011) 7867-6631 / ID: 80*59703 Whatsapp: (011) 99916-5991 / (011) 97089-2021 / (011) 97563-2121
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trocínio de parceiros e fornecedores, a identidade visual da loja foi fortalecida e passou a ser mais reconhecida, as lojas deixaram de ter pinturas na parte externa para impactarem com novas fachadas, dentre outras diversas melhorias que foram implementadas. Em outubro de 2012, Rafael, filho mais velho de José Roberto, também passou a atuar no negócio. Nessa data, a empresa abriu mais uma unidade, em Itaquera, que hoje, é a maior loja do grupo. Em abril de 2016, a Energetic abriu mais uma loja, em São Miguel, também na cidade de São Paulo. Ao todo são quatro grandes lojas, todas na Zona Leste, com atendimento em toda Capital, região metropolitana, Interior e todo o Brasil. A modernidade trazida pela nova geração também se refletiu em novos focos de atuação, que está muito atenta a demanda de pedidos via internet. No início de 2016, a empresa contratou seu primeiro funcionário para estruturar um novo departamento de internet. Em sete meses de atuação já conta com gerente de operação, cinco atendentes de telemarketing, três motoboys e um motorista. “Apesar dessa estrutura, ainda não atingimos 0,5% do mercado nacional”, afirmam os irmãos Antonini. Atualmente, a Energetic Baterias atende todo o Brasil vendendo baterias para as mais diversas aplicações, com destaque para carros, ônibus, caminhões, tratores, motos, empilhadeiras, barcos, jet-ski, lanchas, alarmes, iluminação de emergência, som, geradores, sistemas de energia solar, eólica, telefonia, entre outros.
gestão e direito
Sincopeças-SP conclui mais um acordo salarial O Sincopeças-SP celebrou Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Sumaré e Hortolândia
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reajuste salarial acordado foi de 9,62%, a partir de 1º de setembro de 2016, incidente sobre os salários já reajustados em 1º de setembro de 2015. Também assinam o acordo o Sicap - Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo e Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos do Estado de São Paulo. Os salários normativos para 44 horas semanais de trabalho nas empresas com até 10 empregados ficam assim: - Empregados comerciários em geral R$ 1.215,00 - Operador de caixa R$ 1.412,00 - Faxineiro e Copeiro R$ 1.106,00 - Office-boy e Empacotador R$ 965,00 - Garantia do Comissionista R$1.473,00 Os salários normativos para
44 horas semanais de trabalho nas empresas com mais de 10 empregados ficam assim: - Empregados comerciários em geral R$ 1.322,00 - Operador de caixa R$ 1.486,00 - Faxineiro e Copeiro R$ 1.166,00 - Office-boy e Empacotador R$ 965,00 - Garantia do Comissionista R$ 1.548,00 O comerciário que exercer a função de Operador de caixa
terá direito à indenização por “quebra-de-caixa” mensal, no valor de R$ 64,00 (sessenta e quatro reais). As empresas que não descontam de seus empregados comerciários as eventuais diferenças de caixa não estão sujeitas ao pagamento de indenização por “quebra-de-caixa”. A Convenção Coletiva terá vigência de 12 meses, contados a partir de 1º de setembro de 2016 até 31 de agosto de 2017.
gestão e direito
Aditamento altera Contribuição Assistencial Convenções Coletivas com sindicatos de Americana, Nova Odessa e Cosmópolis, e de Santa Bárbara D’Oeste alteram a cláusula
petência Outubro/2016 e 7% de sua remuneração no mês de Julho/2017, limitado cada um desses descontos ao valor de R$ 92,00 (noventa e dois reais). No caso de Santa Bárbara D’Oeste, o desconto não poderá ultrapassar R$ 110,00 (cento e dez reais) e acontecerá nos seguintes meses e percentuais:
Mês de desconto
Percentual (%)
Outubro/2016
7% (sete por cento)
Janeiro/2017
3% (três por cento)
Abril/2017
3% (três por cento)
Junho/2017
3% (três por cento)
Agosto/2017
3% (três por cento)
Fonte: Aditamento Americana, Nova Odessa e Cosmópolis e Santa Bárbara D’Oeste
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or essa cláusula, os empregadores de Americana, Nova Odessa e Cosmópolis se obrigam a descontar em folha de pagamento e recolher de seus empregados comerciários beneficiários da CCT, integrantes da categoria profissional, à título de contribuição assistencial, o percentual de 7% de sua remuneração do mês de com-
gestão e direito
Mais uma vitória do Sincopeças-SP Justiça julga improcedente ação movida em São Vicente pelo Sindicato dos Metalúrgicos sobre pagamento de contribuição sindical
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Sincopeças-SP venceu ação que o Sindicato dos Metalúrgicos de Cubatão moveu contra o Centro Automotivo GFC para cobrança da contribuição sindical. A juíza do Trabalho, Adriana Cristina Baccarin, acolheu a defesa do Sincopeças-SP, elaborada pelo escritório Paulo Ribeiro Advogados Associados, considerando que a atividade preponderante da empresa é de comércio e não de indústria. Segundo a decisão, na análise do contrato social, verifica-se que o objeto social da ré é comércio varejista de peças e acessórios para veículos automotores com prestação de serviços automotivos. “Ainda que sejam efetuadas trocas de peças, tal fato em nada se confunde com a atividade de indústria, sendo certo que o Oficial de Justiça constatou que 70% da atividade refere-se à comércio e 30% a serviços”. A juíza do Trabalho concluiu: “Dessa forma, entende este juízo que o Sindicato-autor não é o legítimo representante dos empregados da ré, que, por sua vez, está vinculada ao Sindicato-Denunciado, devendo efetuar o recolhimento da contribuição-patronal ao Sindicato do Comércio Varejista, e o repasse da contribuição de seus empregados ao Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Varejista, e não ao Sindicato-autor”. Para o advogado Paulo Ribeiro, esse é um precedente contra even-
tuais novas demandas que envolvam o Sincopeças-SP, e integra a melhor doutrina sobre o tema, consolidando uma jurisprudência em nossos Tribunais. Veja a íntegra da decisão: Disponibilização: segunda-feira, 24 de outubro de 2016. Arquivo: 208 Publicação: 7 2ª Vara do Trabalho de São Vicente Sentença Processo Nº RTOrd-1000643-46.2015.5.02.0482 RECLAMANTE SINDICATO DOS TRAB. INDS. SID MET EL ELETR DE CUBATÃO ADVOGADO LUIS FERNANDO MORALES FERNANDES (OAB: 258205/SP) RECLAMADO G.F.C. CENTRO AUTOMOTIVO LTDA-EPP ADVOGADO SOLANGE CORREIA (OAB: 119673/SP) RECLAMADO Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo ADVOGADO PAULO ROGERIO FREITAS RIBEIRO (OAB: 132478/SP) ADVOGADO MARCELO JORDAO DE CHIACHIO (OAB: 287576/SP) Intimado(s)/Citado(s): - G.F.C. CENTRO AUTOMOTIVO LTDA-EPP - SINDICATO DOS TRAB. INDS. SID MET EL ELETR DE CUBATAO - Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo
PODER JUDICIÁRIO ||| JUSTIÇA DO TRABALHO 02ª Vara do Trabalho de São Vicente-SP ATA DE JULGAMENTO Processo nº 10006434620155020482 Aos 21 dias do mês de outubro de 2016, na sala de audiências desta Vara, ausentes os litigantes: SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS SIDERÚRGICAS, METALÚRGICAS, MECÂNICAS DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO, INDÚSTRIA NAVAL DE CUBATÃO, SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, PRAIA GRANDE, BERTIOGA MONGAGUÁ, ITANHAÉM, PERUÍBE E SÃO SEBASTIÃO - STISMMMEC, autor, e GFC CENTRO AUTOMOTIVO LTDA-EPP e SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, réus, pela Juíza do Trabalho Substituta ADRIANA CRISTINA BACCARIN foi proferida a seguinte: S E N T E N Ç A: SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS SIDERÚRGICAS, METALÚRGICAS, MECÂNICAS DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO, INDÚSTRIA NAVA L DE CUBATÃO, SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, PRAIA GRANDE, BERTIOGA MONGAGUÁ, ITANHAÉM, PERUÍBE E SÃO SEBASTIÃO STISMMMEC, qualificado nos autos, ajuizou AÇÃO DECLARATÓRIA DE ENQUADRAMENTO SINDICAL C/C
MATÉRIA COMPLETA
gestão e direito acessórios para veículos automotores com prestação de serviços automotivos”. Da própria leitura do objeto social já se constata que a atividade preponderante da reclamada é o Comércio, não a Indústria. Assim, seus empregados estão vinculados ao Sindicato do Comércio e não ao Sindicato Autor, que, como já mencionado, representa trabalhadores da Indústria. Não obstante, este juízo determinou a constatação, por Oficial de Justiça, da real atividade desempenhada pela ré, uma vez que poderia divergir da constante no objeto social. O auto de constatação, fls. 189 e seguintes, comprova que a atividade da ré está relacionada ao comércio. Ainda que sejam efetuadas trocas de peças, tal fato em nada se confunde com a atividade de indústria, sendo certo que o Oficial constatou que 70% da atividade refere-se à comércio e 30% a serviços, nada mencionando acerca de atividade industrial no local. Dessa forma, entende este juízo que o Sindicato-autor não é o legítimo representante dos empregados da ré, que, por sua vez, está vinculada ao Sindicato-Denunciado, devendo efetuar o recolhimento da contribuição-patronal ao Sindicato do Comércio Varejista, e o repasse da contribuição de seus empregados ao Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Varejista, e não ao Sindicato-autor. Diante disso, não há falar em pagamento de contribuição sindical pela ré ao Sindicato-autor, motivo pelo qual julgo improcedente o pedido. DA JUSITÇA GRATUITA Por se tratar de pessoa jurídica, a gratuidade judiciária tem por fundamento a previsão inserta no art. 5º, LXXIV, da Constituição da Repú-
blica, que condiciona a concessão do benefício à efetiva comprovação da insuficiência de recursos, não bastando a mera declaração de hipossuficiência econômica. Tal entendimento se aplica inclusive as entidades sindicais, pois o fato de não auferir lucros, por si só, não pressupõe incapacidade financeira para comparecer a juízo. Nesse sentido, a jurisprudência do TST. No caso, a demandante não comprovou a sua insuficiência financeira. Indefiro. DISPOSITIVO EM FACE DO EXPOSTO, decido: JULGAR IMPROCEDENTES os pedidos formulados nesta ação, com resolução do mérito (artigo 487, do Código de Processo Civil) para absolver os réus GFC CENTRO AUTOMOTIVO LTDA-EPP e SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, dos pedidos formulados por SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS SIDERÚRGICAS, METALÚRGICAS, MECÂNICAS DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO, INDÚSTRIA NAVAL DE CUBATÃO, SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, PRAIA GRANDE, BERTIOGA MONGAGUÁ, ITANHAÉM, PERUÍBE E SÃO SEBASTIÃO - STISMMMEC, conforme fundamentação supra, parte integrante deste dispositivo, como se aqui estivesse literalmente transcrita. Custas processuais pela parte autora no importe de R$640,00 calculadas sobre o valor atribuído à causa de R$32.000,00. Intimem-se as partes. Nada mais. SAO VICENTE, 21 de Outubro de 2016 ADRIANA CRISTINA BACCARIN Juiz do Trabalho Titular
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PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL em face de GFC CENTRO AUTOMOTIVO LTDA-EPP, postulando, com fundamentos de fato e de direito, o que consta na Petição Inicial. Juntou documentos. A reclamada, regularmente citada, compareceu à audiência, conforme ata de fl. 170, oportunidade em que defesa e documentos previamente protocolados no sistema foram recebidos pelo juízo. Foi acolhido, na oportunidade, pedido de Denunciação à Lide do SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Provas produzidas. Propostas conciliatórias infrutíferas. Razões finais oportunizadas. Encerrada a instrução processual. É o relatório. D E C I D O: DA APLICAÇÃO DO ARTIGO 400 DO NCPC A título de esclarecimento, registro que a penalidade do art. 400 do NCPC só terá sua incidência se descumprida a ordem judicial de juntada de documentos, e jamais, por requerimento da parte. Eventual ausência de documento importante ao feito será matéria apreciada em cada tópico respectivo neste decisum, não gerando, por si só, os efeitos pretendidos pelas partes. DO ENQUADRAMENTO SINDICAL É pacífico o entendimento de que o enquadramento sindical dos trabalhadores vincula-se, em regra, à atividade econômica preponderante do empregador. No caso dos autos, o Sindicato autor é representante de trabalhadores de indústrias. Da análise do contrato social trazido aos autos pela ré, mais especificamente na cláusula 3ª, verifica-se que o objeto social da ré é “Comércio varejista de peças e
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22º Seminário da Reposição
Automotiva
O aftermarket do amanhã e a influência de novas tecnologias
22º Seminário da Reposição Automotiva projeta o futuro diante das mudanças tecnológicas dos veículos e do comportamento das novas gerações com relação ao uso do automóvel
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omo será o mercado de reposição automotivo com a conectividade e compartilhamento de veículos autônomos, elétricos e híbridos? Essa foi a tônica da 22ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, que aconteceu em 11 de outubro, em São Paulo, no teatro da Fiesp, e que reuniu centenas de participantes, entre representantes de entidades do setor, fabricantes de autopeças, distribuidores, varejo e reparadores. O evento destacou as mudanças que já estão acontecendo no setor automotivo em vários países e seus reflexos para o mercado de reposição, como novos combustíveis (hidrogênio, nitrogênio líquido, ar comprimido, entre outros), carros híbridos, elétricos e autônomos, além da valorização da conectividade. Promovido pelo Grupo Photon e
organizado pelo GMA – Grupo de Manutenção Automotiva formado pelas entidades Sindipeças, Andap, Sicap, Sincopeças-SP e Sindirepa Nacional, levantou pontos importantes sobre o futuro do mercado, a partir dos novos conceitos que surgem e mudam a relação do consumidor com o carro. “Não se sabe quanto tempo vai demorar para que os carros autônomos, híbridos e elétricos cheguem ao Brasil, contudo, o setor precisa estar preparado para atendê-los”, salientou Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, a quem coube a coordenação dessa edição do evento. Outros temas abordados foram garantia, evolução da frota, geração de demanda, manutenção preventiva, inspeção veicular, cenários econômico e político e a
força da reposição, que reage positivamente em momentos de crise. Painel destaca as mudanças do mercado Em seu pronunciamento, Francisco de La Tôrre afirmou que a maior preocupação com relação a essas mudanças, que já são realidade em outros países, é a falta de uma legislação específica no Brasil que determine e dê o direito ao consumidor reparar o seu veículo onde desejar. “Com a conectividade cada vez mais presente nos automóveis, a montadora terá todas as informações com relação à frota e consequentemente terá mais interatividade com o dono do carro. Não se pode esquecer que o mercado de reposição está presente em todos os munícipios do País e
capa to da Oracle, nos Estados Unidos, porque a empresa de tecnologia estava estudando o desenvolvimento de serviços para a indústria automobilística. Uma apresentação chamou sua atenção justamente porque destacava a relevância dos aplicativos na vida das pessoas. “Aquilo parecia distante, mas hoje é totalmente factível e faz parte da nossa rotina. Quem é que não tem aplicativo no celular, seja para serviço bancário, gastronomia, viagem e outras infinidades de coisas?”, indagou Mufarej. Para José Arnaldo Laguna, presidente do Conarem e vice-presidente do Sindirepa-SP, o segmento de retíficas de motores será bem afetado com a chegada de veículos híbridos e elétricos. Ele relatou que quando ouviu a palestra de Lúcia Moretti, à época presidente global da Delphi, durante uma edição anterior do seminário, onde ela destacava a interatividade cada vez mais presente no carro e novos combustíveis, resolveu conhecer melhor esse assunto e nos dois últimos anos visitou várias fábricas de autopeças e montadoras na Europa, Estados Unidos e Japão, e pode conferir como essas novas tecnologias estão avançando. Em sua opinião, o segmento de veículos leve mudará rapidamente nos
próximos anos, quando os carros elétricos e híbridos entrarem no mercado, e as retíficas terão menos serviços. Para os veículos pesados, a tendência mundial é seguir com o diesel, ainda que cada vez mais evoluído para diminuir as emissões de poluentes. “O setor precisa estar fortalecido e, para isso, é importante preservar o associativismo e ter as lideranças unidas para estudar soluções que envolvem as necessidades de cada elo da cadeia produtiva do setor de reposição para garantir que o aftermarket permaneça com os 80% de participação na manutenção da frota circulante dos veículos. Fiola aproveitou para complementar que associativismo pode ser, neste caso, sinônimo de conectividade. Em razão da importância do tema sobre os impactos para o mercado com as novas tecnologias, Antonio Carlos Paula, diretor da Andap, propôs que na próxima edição do seminário seja apresentado um planejamento estratégico do segmento. A ideia foi referendada por Mufarej: “O setor está consolidado e vamos fazer o planejamento e também apresentar cases de empresas que já estão em processo mais evoluído com relação às novas tecnologias”, disse. Ele também considerou muito impor-
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é responsável pela manutenção de 80% da frota em circulação, estimada em 42,5 milhões de unidades. Na Europa e Estados Unidos, por exemplo, existe legislação que garante ao proprietário fazer a revisão em qualquer lugar que desejar, seja no canal da montadora ou do mercado independente. Ou criamos um marco legal que também nos dê garantia de acesso às informações que o automóvel – já na mão do usuário final – passará a fornecer diretamente para as montadoras, ou corremos sério risco de perder muito espaço dentro do negócio da reposição. É papel do mercado, através de suas entidades representativas, desenvolver um trabalho junto ao poder público, para constituirmos uma legislação que dê ao consumidor final poder de decisão e a livre escolha de onde fazer a manutenção do seu veículo, onde consertar seu carro e comprar suas peças”, afirmou de La Tôrre. Em uma visão otimista, o presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP, Antonio Fiola, acrescentou que, se a frota de carros elétricos se tornar uma realidade no Brasil, é viável que as oficinas independentes, que possuem capilaridade e estão presentes em todo o território nacional, possam ser postos de abastecimento e serviços para atender esses veículos. “Não podemos esquecer que quando chegou a injeção eletrônica nos veículos, no começo da década de 90, o setor de reparação se deparou com algo novo na época e conseguiu transpor todas as barreiras, adaptando-se rapidamente à nova forma de reparar, e isso é uma constante com a evolução e diversificação da frota”, apontou. Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA, lembrou que, em 2002, foi convidado para participar de um even-
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tante a união entre as entidades e o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo GMA, com atuação, principalmente junto aos órgãos governamentais. O painel teve como mediador Antonio Fiola e contou com a participação de Elias Mufarej, Antônio Carlos de Paula, Francisco de La Tôrre e José Arnaldo Laguna, garantindo a representação de todos os elos da cadeia: indústria, distribuição, varejo e reparação, respectivamente.
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Perfil do novo consumidor e os reflexos para o setor automotivo Com relação às novas gerações, elas terão outro tipo de experiência com o uso dos automóveis. O interesse em adquirir um carro perderá força, uma vez que o conceito de compartilhamento começa a ser disseminado pelos jovens em várias partes do mundo. Na palestra sobre “Inovação na Mobilidade”, Ricardo Awad Saad, sócio da Deloitte, informou que o consumidor está mais fortalecido por causa das redes sociais e as montadoras deverão estudar meios para atrair o consumidor a comprar, seja por um modelo que polui menos, personalização dos veículos ou conectividade, já que o conceito do
carro próprio deverá perder relevância em um ambiente cada vez mais conectado e com pessoas preocupadas com questões que podem minimizar o impacto ao meio ambiente. Saad contou que o setor automotivo precisa repensar a forma de atuar a partir das mudanças de comportamento do consumidor. “As causas que levam à transformação do mercado são encarecimento do transporte tradicional, desperdício de tempo com congestionamentos, cidades poluídas e barulhentas, longos percursos, uso de transportes alternativos como bicicleta e baixa fluidez e ineficiência do transporte público. “Tudo isso, na visão dos jovens, leva ao desapego pelo carro próprio”, complementou. Reposição em destaque Com a queda abrupta das vendas de veículos novos nos últimos dois anos, Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, comentou durante a cerimônia de abertura do evento que houve aumento da participação da reposição no setor autopeças. “Reposição e exportação ganharam participação nesse período. A intenção é promover a inserção do Brasil nas exportações, o que também beneficiará a reposição, pois é um canal para as
empresas negociarem os seus produtos em outros países”, revelou. Devido à postergação da troca do veículo usado por um novo, Fiola destacou que a oficina entrou na programação dos gastos da família, o que não acontecia até então porque o consumidor preferia trocar de carro em um período mais curto. Falou também que a situação dos veículos pesados é bem diferente e espera que haja recuperação. Rodrigo Carneiro, vice-presidente da Andap e Sicap, representando o presidente Renato Giannini, disse durante a abertura do seminário que há um mês estava na feira mais importante da Alemanha observando os avanços tecnológicos e os novos modelos de negócios que estão chegando, como a comercialização cooperativa, bem como as fusões que estão acontecendo. Também viu de forma positiva a bem elaborada articulação do governo para retomada de crescimento do Brasil e pontuou que o mercado de reposição pode colaborar para isso. Frota circulante dobrou em 15 anos O estudo da frota circulante realizado pelo Sindipeças indica que o número de veículos dobrou nos últimos 15 anos, atingindo 42,5 milhões de unidades. Thiago Nogueira, analista do setor de reposição do Sindipeças, apresentou dados que mostram o universo da frota em circulação que gera demanda para a reposição. “Além do crescimento de quantidade de veículos houve também aumento do número de marcas que saltaram de 45 para 85 no mesmo período, o que amplia ainda mais o volume de peças para aplicação”, citou. Aplicativo Carro 100% para difundir a manutenção preventiva Como dispositivo criado pelos
Ferramenta faz simulação de demanda por cidade e produto Saber onde está a demanda de cada produto do mercado reposição é informação estratégica para toda a cadeia. Por isso, a Cinau – Central de Inteligência Automotiva, empresa pertencente ao Grupo Oficina Brasil e que realiza várias pesquisas junto a reparadores de todo País para avaliar o consumo das oficinas, ticket médio e outras informações, vai lançar simulador de demanda, uma ferramenta gratuita que estará disponível gratuitamente para consulta no site www.oficinabrasil.com.br nos próximos meses. O anúncio foi feito por Marcelo Gabriel, diretor do Grupo Oficina Brasil. Ele explicou que será possível identificar o consumo de produtos por cidade. Automec 2017 em novo espaço e setorizada Maior feira de autopeças, acessórios, equipamentos e serviços da América Latina, a Automec 2017, que acontecerá de 25 a 29 de abril, volta a unir linhas leve, pesada e comercial leve, desta vez em novo local, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, um espaço totalmente adaptado para feiras, climatizado e com estacionamento fechado para 4.500 veículos. A feira será setorizada por áreas para facilitar a visitação: peças e sistemas, acessórios, reparação e manutenção e serviços. Além da Oficina Modelo serão implementadas a Loja Modelo e a arena de capacitação e qualificação. Todas essas novidades foram apresentadas por Pau-
lo Octávio, vice-presidente Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa responsável pela organização a feira. Projeto de norma ABNT para garantia
Para reduzir o fluxo de garantia na reparação e minimizar custos da operação, Luiz Sergio Alvarenga, diretor executivo do Sindirepa Nacional, apresentou como solução a criação de norma técnica ABNT de garantia para autopeças no Brasil. Entre os benefícios resultantes da iniciativa ele citou a melhoria da imagem do setor de reparação com relação aos consumidores, diminuição do risco dos fabricantes devido a possíveis garantias indevidas, redução do fluxo de fontes de envio e marcas de autopeças junto aos varejistas e distribuidores, e criação da cultura da garantia técnica e não comercial, valorizando a qualidade dos fabricantes. “A proposta é fazer um procedimento antes de atuar a garantia comercial”, ressaltou Salvador Parisi, coordenador da Comissão de Estudos de Serviços, Manutenção e Reparação do Comitê Brasileiro Automotivo da ABNT e vice-presidente do Sindirepa-SP, explicando que a norma tem como objetivo a comunicação de forma segura, a melhoria das relações comerciais, a simplificação com a redução da variedade de procedimentos, a economia mediante a diminuição dos custos com a sistematização de processos e a proteção dos consumidores. Segundo Parisi, com a medida haverá mais organização do mercado, linguagem única, aumento da produtividade, redução de custos e melhoria da qualidade dos produtos e serviços. Parisi convidou todos a participarem do projeto para elaboração da norma, com a criação de uma comissão de estudos. Também apresentou uma iniciativa positiva da Gates, fabricante de correias, que destacou a norma de serviço de aplicação do produto em sua embalagem para levar informação ao aplicador. Hoje existem 25 normas ABNT para serviços automotivos e muitas delas estão sendo atualizadas.
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programas Carro 100%, Caminhão 100% e Moto 100%, o aplicativo Carro 100% é gratuito e está à disposição dos reparadores, que devem utilizá-lo como ferramenta de convencimento dos clientes sobre a importância da manutenção preventiva. O motorista pode fazer um check-up gratuito do veículo. O aplicativo, lançado em 2015, já tem seis mil usuários e também é fonte de base de dados para o setor.
capa Entidades vão pleitear volta da inspeção veicular na cidade de São Paulo Durante sua participação na cerimônia de abertura, Antonio Fiola salientou que o Sindirepa-SP entrou na justiça com Ação Civil Pública contra a Prefeitura de São Paulo, solicitando a volta da inspeção ambiental veicular na cidade de São Paulo, e que o processo está em andamento. Também há outra iniciativa das entidades, juntamente com o GMA, e outros institutos de vários setores, que culminou na entrega de documento que comprova os benefícios para o trânsito e redução de acidentes e meio ambiente com a implantação da inspeção veicular de forma mais ampla, abrangendo, além de emissões, itens de segurança dos veículos. O trabalho deve continuar com apresentação da proposta ao prefeito eleito João Doria. O pior já passou no cenário econômico “Chegamos ao fundo do poço e começamos a visualizar uma melhora. Pelo menos, vamos subir a partir de 2017. O PIB estimado será de 1,5% contra 3,2% em 2016
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e 3,8% negativo em 2015, a maior recessão dos últimos 100 anos”, falou o economista Antonio Evaristo Teixeira Lanzana, presidente do Conselho Superior de Economia da Federação do Comércio do Estado de São Paulo – Fecomercio-SP, em sua apresentação do painel “Cenários econômicos e ambiente de negócios”. Mas, para garantir a retomada de forma consistente ainda que lenta, ele enfatizou a aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional dos gastos públicos, como iniciativa importante e necessária. Contudo, também será imprescindível fazer a reforma da previdência, o que, em sua análise, não será tarefa fácil para o governo. “As despesas com INSS subiram de 3,3% do PIB em 1991para 8% do PIB em 2016. Sem reformas, atingirá 17,2% do PIB em 2060”, alertou. Na sua avaliação, a fase de transição difícil está se encerrando e a recuperação será modesta em 2017, mas a política econômica está no caminho correto. Crise política e suas consequências O professor, historiador e co-
mentarista da Rádio Jovem Pan, Marco Antonio Villa, prendeu a atenção da plateia quase duas horas ao retratar fatos importantes da política brasileira. Falou sobre a atuação de vários governos até chegar ao momento atual, para ele, “a pior recessão da história republicana do Brasil”. Contou fatos marcantes e como o governo Lula e Dilma atuaram para se manter no poder e as consequências e todo o estrago deixado pelas duas gestões nos últimos 13 anos e cinco meses. Villa ressaltou também que as manifestações da população e a operação Lava Jato da Polícia Federal foram essenciais para desencadear o impeachment de Dilma Rousseff, propiciando a condenação e a prisão de empresários influentes e políticos, um fato sem precedentes no Brasil. Sorteio de brindes Ao final do evento foram sorteados 15 brindes para os participantes, entre tablets, smartphones, malas e mochilas, oferecidos pelas empresas patrocinadoras.
mercado
Cariocas se preocupam mais com o carro De acordo com levantamento da startup Easy Carros, cariocas estão à frente de paulistanos e mineiros quando o assunto é cuidados com o carro
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destaca Fernando Saddi, CEO da Easy Carros. Os serviços mais pedidos no Rio de Janeiro são os de lavagem ecológica e o de higienização interna, em São Paulo essas são as modalidades mais requisitadas também. Já em Minas Gerais, a maior demanda depois da lavagem ecológica é o enceramento. “É interessante perceber que o brasileiro se preocupa com a
Sobre a Easy Carros Disponível para Android, iOS e web, a Easy Carros é uma plataforma de serviços sob demanda que conecta donos de carro aos melhores profissionais de serviços automotivos. Pela Easy Carros o usuário consegue solicitar, no local de sua prefe-
rência, serviços como: lavagem ecológica, enceramento, polimento, troca de óleo, entre outros. Fundada em janeiro de 2015, com o objetivo de gerar facilidades e disseminar a economia compartilhada, a empresa está presente em 32 cidades e 4 estados brasileiros.
estética do carro, em manter o carro limpo, seja internamente ou externamente. Existe, de fato, uma preocupação dos motoristas com a higiene de seu automóvel”, analisa Saddi. A startup atende não apenas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas está presente também no Rio Grande do Sul e, nos próximos meses, pretende expandir para todo o Brasil.
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erviços automotivos como lavagem ecológica, troca de óleo, polimento, hidratação de bancos, higienização, entre outros, são de maior interesse de cariocas, frente paulistanos e mineiros. É o que mostra estudo da Easy Carros, startup de serviços automotivos que conecta consumidores a profissionais da área. De acordo com a base de dados de comportamento dos mais de cinco mil usuários do aplicativo, Rio de Janeiro fica em primeiro lugar em número de serviços, seguidos de São Paulo e Minas Gerais. “Cidades litorâneas tendem a sujar mais o carro, seja pela areia ou pela maresia. Acreditamos que este seja um dos principais motivos que o no Rio de Janeiro as pessoas se interessaram mais pelos serviços automotivos, além da própria praticidade e comodidade que a Easy Carros oferece”,
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Conectividade revoluciona transporte de carga e passageiros *por Renato Florence
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pode tudo. Muito menos dispensa a análise das demandas e necessidades dos clientes globais e locais, bem como das condições de cargas, que precisam ser medidas e transferidas para especificações de engenharia. Isso é imprescindível à evolução de soluções inovadoras na dinâmica desses mercados. Nesse sentido, montadoras trabalham para produzir veículos globais mais robustos, energeticamente eficientes e confortáveis, a fim de atender motoristas e frotistas com qualidade, otimização do custo total de propriedade e do ciclo de vida do produto. Em parceria com as matrizes para o desenvolvimento de um futuro caminhão global, a engenharia local está presente na pesquisa e coleta de dados empíricos e estatísticos para o mapeamento do uso de veículos de carga em nosso território nas mais diversas
condições de rodagem das estradas. Paralelamente, a chamada Indústria 4.0 promove uma revolução mundial nos processos de fabricação, na digitalização de produtos e serviços, na semi-automação de veículos e na comunicação em tempo real entre as fábricas físicas. Isso faz com que decisões complexas possam ser tomadas mais rápida e assertivamente. A transformação de sistemas convencionais em cyber-físicos cria novos tipos de cadeias de valor, remove barreiras entre empresas, fornecedores e clientes, e maximiza o resultado operacional. A análise de grandes quantidades de dados pode aperfeiçoar processos de fabricação e acelerar o time-to-market. Toda essa tecnologia favorece o desenvolvimento de novos modelos de negócios e melhora a gama de produtos para os consumidores do seg-
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século 21 marca o início da era da conectividade no planeta. Os smartphones, cada vez mais acessíveis, são hoje computadores pessoais sofisticados que dão acesso aos mais variados aplicativos e bancos de dados, os chamados Big Data. No segmento de transporte, a telemetria torna possível o monitoramento remoto da frota. Passamos de indivíduos conectados para sistemas conectados. Uma das características mais valorizadas pelas empresas de alta performance, a entrega do produto ao cliente em prazo recorde e com eficiência, é uma realidade que a adoção da tecnologia de frotas conectadas proporciona via gestão do ciclo de vida dos veículos e otimização do custo operacional, com maximização de resultados no transporte de carga e passageiros e redução do consumo de combustível. Mas tecnologia, só, não
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toristas em tempo real. Essa é a chave para operações mais eficientes, com redução de custos que vão do consumo ao desgaste de pneus, além de controle da jornada de trabalho, adicionando segurança para o motorista. Os aplicativos para smartphones conectam condutores autônomos às empresas que precisam transportar a carga e aceleram os tempos entre a busca do frete e a disponibilidade de equipamentos. Mediante cadastro das características do caminhão e rotas alternativas, o motorista recebe ofertas de carga e escolhe a melhor para ele. As empresas, por sua vez, podem localizar motoristas disponíveis com o registro online da origem e destino do frete, tipo da carga e a especificação do caminhão de que precisa. Então envia a oferta de frete e acerta o serviço com o caminhoneiro por meio de chat. Essa ferramenta facilitará controles importantes para serviços rotineiros do caminhoneiro em breve futuro. Essas inovações podem desempenhar papel fundamental também no transporte
coletivo de passageiros, com conveniências para usuários de todas as classes, inclusão social e acessibilidade, com conforto e segurança nos deslocamentos para o trabalho, lazer e compras, e ênfase no equilíbrio entre o transporte público e privado. No campo da segurança ativa a conectividade entre motoristas de ônibus e caminhões, atua na prevenção de acidentes. Estudos feitos em parceria por montadoras e institutos de pesquisas biomecânicas já apontam resultados no desenvolvimento de dispositivos de distração mecânica, como por exemplo, a poltrona que prolonga o estado de alerta do motorista e sinaliza as fases de sonolência e fadiga por meio de estímulos no assento. O projeto será apresentado no 25º Congresso SAE Brasil, 25 a 27 de outubro, evento onde especialistas estarão reunidos no painel de Caminhões & Ônibus para debater conectividade e sistemas inteligentes nos veículos de transporte de carga e passageiros, e mostrar tecnologias e soluções para melhorar o transporte no País.
(*) Renato Florence é chairperson do comitê de Caminhões & Ônibus do Congresso SAE BRASIL 2016
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mento de transporte de carga e passageiros. Muito aplicado em mercados desenvolvidos e que começa a ser disponibilizado em nossa região é o sistema de frotas compartilhadas. Por meio dele, um mesmo caminhão pode carregar produtos de diversos fabricantes ou de centros logísticos, levando-os até os pontos de distribuição finais e de clientes. Esse sistema logístico pode gerar economia significativa no consumo de combustível e redução de emissões de CO2, bem como a racionalização de recursos humanos e de equipamentos com economia e segurança, respeitando prazo de entrega e legislação trabalhista. Por meio da tecnologia de informação, as soluções de inteligência em gestão de frotas conectam milhares de dispositivos na coleta de dados para, em tempo real, apresentar soluções que auxiliam na tomada de decisão. Os sistemas são capazes de entender o comportamento do mercado de transportes inteligentes, dando visibilidade ao desempenho dos veículos e dos mo-
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