Revista Sincopeças-SP 577

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colunista

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Novo Catálogo EGTS (Sensor de Temperatura dos Gases do Escapamento) amplia itens da Linha Diesel Complementando o seu portfólio de produtos para a Linha Diesel, a MTE-THOMSON lança mais Sensores EGTS (Sensores de Temperatura dos Gases do Escapamento), responsáveis pela leitura da TEMPERATURA dos gases do escapamento e atualiza o seu catálogo 2021. O EGTS é fundamental para o bom funcionamento do sistema de injeção eletrônica a Diesel com relação a desempenho e emissão de poluentes, pois controla a temperatura em todo o sistema de escape, localizados antes e depois do turbo, do catalisador e do filtro de partículas. O catálogo abrange novos veículos como Ranger da Ford, Daily e Stralis da IVECO, Atego e Sprinter da Mercedes-Benz, Amarok da Volkswagen e Caminhões FH da Volvo. Para entender melhor o funcionamento desse sensor, assista ao vídeo explicativo “Como Funciona o Sensor EGTS” da Oficina do Saber, no canal oficial da MTE-THOMSON no Youtube. Em breve estará disponível um curso completo sobre o sistema de exaustão dos veículos a Diesel onde será possível entender todo o funcionamento deste sistema que trabalha junto com o EGPS e a Sonda Lambda Banda Larga. Recentemente foi lançado também o Sensor Test, aparelho de diagnóstico da MTE-THOMSON que auxilia a análise e o diagnóstico destes componentes e também todos os cinco tipos de sonda lambda fabricados pela empresa. Com estes lançamentos, a MTE-THOMSON se consolida como uma especialista também no controle de temperatura e emissões nos veículos a Diesel, com a fabricação e fornecimento para o mercado de reposição dos sensores EGPS (Sensor de Pressão dos Gases do Escapamento), EGTS e a Sonda Lambda, todos com função no escapamento destes veículos. Baixe agora mesmo o catálogo específico para o Brasil .

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índice

47 entidades 57 gestão e direito 64 montadoras 72 indústrias 76 componentes

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Avenida Paulista, 2.073 - 5º andar, conjuntos 519 a 522 (Conjunto Nacional, Edifício Horsa I) Bela Vista, São Paulo- SP CEP 01311-940 Tel: (11) 3287-3033 | WhatsApp: (11) 95852-2732 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br

Diretoria Sincopeças-SP (2018-2022) Presidente Heber Carlos de Carvalho

Conselho fiscal (efetivos) Alexandre Favoretto Alexandre Lima Pereira Roger de Souza Gomes Silva

Presidente (Licenciado) Francisco Wagner De La Tôrre 1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

Conselho fiscal (suplentes) Cláudia Aparecida Lago Passos Rogério Alves Lins Israel Bovolini

2º secretário Sergio Augusto Costa Mendes

1° delegado efetivo Francisco Wagner De La Tôrre

1º tesoureiro Álvaro Pereira

2° delegado efetivo Álvaro Pereira

2º tesoureiro Edson Shosaburo Koga

1° delegado suplente Heber Carlos de Carvalho

Diretores Rui Antonio Girardelli João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra

2° delegado suplente Rui Antonio Girardelli

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP

Cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira

Reportagens Majô Gonçalves e colaboradores Editor Robson Breviglieri Diagramação Amanda Castro

Secretário Geral Administrativo Gilberto Nogueira Ferreira

Conselho editorial: Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo Impressão: Duograf Circulação na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo Publicação on-line http://sincopecasbrasil.com.br/ servicos/revista-sincopecas/

Heber Carlos de Carvalho Presidente do Sincopeças-SP

Selo SINCOPEÇAS-SP para o meio ambiente

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ma das propostas da atual gestão do SINCOPEÇAS-SP é estar alinhado com o desenvolvimento e avanço em propostas para o meio ambiente. Para tanto, a entidade pretende criar um Selo de Colaboração junto a cada município do Estado de São Paulo e, para isso, busca a participação e desempenho das empresas, bem-como de seus colaboradores. A intenção do SINCOPEÇAS-SP é desenvolver e fomentar ideias para empresas do comércio de autopeças do Estado de São Paulo que tenham interesse em participar. Entendemos que, com a participação ativa das empresas do segmento, cada uma fazendo sua parte pela conservação – como destinação correta de óleo lubrificante, baterias, materiais recicláveis, plantio de árvores etc. – é possível mudar a história das cidades onde cada empresa está estabelecida. Para isso, basta que as empresas mantenham contato diretamente com o SINCOPEÇAS-SP e apresentem suas propostas. Contamos com a participação de todos. Juntos seremos mais fortes! WhatsApp (11) 9 5852-2732 E-mail: sincopecas@sincopecas.org.br

Boa leitura

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03 editorial 06 acontece 14 fica a dica 32 capa 36 varejo 42 mercado


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acontece

Sincopeças-SP tem novo presidente Heber Carvalho assume presidência do Sincopeças-SP em substituição a Francisco De La Tôrre

Francisco De La Tôrre (esq.) licenciou-se e Heber Carvalho assumiu a presidência da entidade

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SINCOPEÇAS-SP – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, entidade patronal que representa 37.515 lojas de autopeças no Estado, 80% delas Microempresas e EPPs – Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente mais de 190 mil trabalhadores, está sob nova gestão. O 1º vice-presidente da entidade, Heber

Carvalho, assumiu a presidência em substituição a Francisco Wagner De La Tôrre, que se licenciou do cargo, mas permanece na vice-presidência da FecomercioSP. Por 12 anos De La Tôrre comandou o Sincopeças-SP e tem mandato vigente até janeiro de 2022, mas decidiu afastar-se por entender ter completado seu ciclo à frente da entidade e para promover uma renovação na atuação do

Sincopeças-SP. Também fez questão de frisar sua total confiança em Heber Carvalho, que atua há 20 anos nos quadros do Sincopeças-SP. “Heber entrou como Delegado Regional de Ribeirão Preto, chegou a 1º vice-presidente e galgou todos os degraus da entidade pela competência e lisura com que tem exercido todos os cargos e cumprido todas as missões que lhe foram atribuídas”, afirmou.


acontece

Quem é Heber Carvalho Brasileiro, casado, contador e empresário do comércio de autopeças, Heber Carlos de Carvalho formou-se bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Moura Lacerda de Ribeirão Preto, com especialização

Heber Carvalho: "Quero ouvir as empresas e abrir contato permanente para que mostrem suas necessidades e tragam ideias" tributária nas esferas Municipal, Estadual e Federal. Desde 1997 é sócio-diretor da CAP CENTRAL AUTOMOTIVA DE PEÇAS LTDA., empresa do comércio varejista de autopeças para veículos médios e pesados. É Diretor do SINCOPEÇAS-SP desde 2001, ocupando os cargos de Delegado Regional de Ribeirão Preto, Diretor-adjunto, Vice-presidente e atual Presidente. É ex-Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto e região e ex-Delegado Regional do Conselho Regional

de Contabilidade do Estado de São Paulo. É Diretor do Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto e Presidente do Conselho Fiscal do Clube de Regatas de Ribeirão Preto.

Informações Imprensa SINCOPEÇAS-SP Robson Breviglieri Jornalista - MTb 13084 11 9 9779 1091 imprensa@sincopecas.org.br www.portaldaautopeca.com.br

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Parceiro certo para gerar negócios Ao assumir a presidência do Sincopeças-SP, Heber Carvalho agradeceu a confiança do presidente licenciado e antecipou alguns compromissos da sua gestão, entre eles, o fortalecimento da entidade, trabalhando ao máximo pelas empresas de autopeças do Estado de São Paulo. “Comprometo-me a fazer o possível e o impossível para que o Sincopeças-SP realmente prospere e gere sucesso e resultados para nossos associados e entidades vinculadas. Por isso, quero ouvir as empresas representadas, abrindo espaço para que mantenham contato permanente conosco, mostrem suas necessidades e tragam ideias para a entidade, com a finalidade de promover oportunidades de negócio. Sabemos que as empresas vivem situações difíceis e o Sincopeças-SP deve ser o parceiro certo para trazer resultados e orientações sobre os mais diversos assuntos, desde aspectos empresariais, contábeis, jurídicos ou fiscais, buscando sempre gerar sucesso de negócios para essas empresas. Essa é minha missão”, assegurou o presidente.


acontece

Sincopeças-SP assina CCT 2020-2021 com comerciários da Capital Os salários serão reajustados a partir de 1˚ de novembro de 2020 mediante aplicação de 4% sobre os salários de 1˚ de novembro de 2019

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Sincopeças-SP assinou a Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2021 com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Os salários serão reajustados a partir de 1˚ de novembro de 2020 mediante aplicação de 4% so-

bre os salários de 1˚ de novembro de 2019. Os pisos salariais ficaram assim definidos: - empregados em geral: R$ 1.617,00 (um mil, seiscentos e dezessete reais)

- office-boy, faxineiro, copeiro, empacotadores em geral: R$ 1.294,00 (um mil, duzentos e noventa e quatro reais).

Clique aqui e confira a íntegra da CCT no link

Sincopeças-SP assina CCT 2020-2021 com comerciários do Interior revista sincopeças-SP

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O Sincopeças-SP assinou a Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2021 com a Fecomerciários, entidade que representa 60 sindicatos de empregados no comércio do Interior do Estado

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ela CCT, os salários fixos ou parte fixa dos salários mistos serão reajustados a partir de 01 de setembro de 2020, data-base

da categoria profissional, com a mediante a aplicação de 2,94% (Dois vírgula noventa e quatro por cento).

Clique aqui e veja íntegra da Convenção Coletiva


acontece

Sincopeças-SP e Comerciários de SP

incluem Plano de Assistência na CCT Conheça todos os benefícios que serão garantidos a partir do recolhimento do Auxílio Plano de Assistência e Cuidado Pessoal, previsto na cláusula 7ª da CCT assinada pelo Sincopeças-SP e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo

Vantagens para as empressas

- Satisfação dos colaboradores gera maior produtividade - Redução do turn-over - Vários benefícios em um único auxílio facilitam a gestão do RH; - Movimentação on-line (Inclusão, Exclusão e Alteração de funcionários e dependentes) - Demonstrativo de Fatura e Boleto On-line; - Central de atendimento e suporte; Vantagens para o trabalhador - Vários benefícios em um único plano - Permitido a inclusão de dependentes com desconto em folha - Benefícios que garantem a Segurança Familiar

- Benefícios que proporcionam acesso ao cuidado com a Saúde - Valores Diferenciados do mercado - Assistências que garantem apoio pessoal - Acesso On-line aos benefícios disponíveis Central de Relacionamento De celular e fixo (capitais e regiões metropolitanas) 4003.3764 De fixo das demais localidades Incluir DDD da Capital do Seu Estado + 4003.3764.

Clique aqui e veja a íntegra dos benefícios

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através das negociações trabalhistas que os Sindicatos e empresas discutem e pactuam condições para melhoria do ambiente de trabalho, produtividade e crescimento das empresas. Pensando na segurança, comodidade e bem-estar dos colaboradores e seus familiares, ficou pactuado na Convenção Coletiva de Trabalho vigente, a inclusão do Auxílio Plano de Assistência e Cuidado Pessoal. O auxílio é o valor que as empresas deverão recolher mensalmente, por cada trabalhador ativo, a fim de viabilizar diversos benefícios que serão contratados e geridos pelo Sindicato Laboral através da Bem Mais Benefícios, empresa especializada nesta gestão.


CUIDAR DA DA SUA SUA EQUIPE EQUIPE FAZ FAZ BEM BEM AO AO SEU SEU NEGÓCIO NEGÓCIO

aconteceCUIDAR

SEUS COLABORADORES PRECISAM SEUS COLABORADORES PRECISAM AGORA ELES TÊM AGORA ELES TÊM MOTIVOS MOTIVOS PARA SORRIR PARA SORRIR PROTEÇÃO PROTEÇÃO E SEGURANÇA E SEGURANÇA

ASSISTÊNCIA ASSISTÊNCIA E COMODIDADE E COMODIDADE

CARINHO PARA CARINHO PARA QUEM CHEGA QUEM CHEGA ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÃO EM SAÚDE EM SAÚDE

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Auxílio Auxílio Plano Plano de de Assistência Assistência e e Cuidado Cuidado Pessoal Pessoal


acontece Conheça todos os benefícios que serão garantidos a partir do recolhimento do Auxílio Plano de Assistência e Cuidado Pessoal, conforme previsto na cláusula 7ª da Convenção Coletiva de Trabalho assinada pelo SINCOPEÇAS e o SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE SÃO PAULO. Saiba como criar sua conta digital empresa e cadastrar seus colaboradores clicando no botão abaixo.

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acontece

Portaria define IVA-ST para autopeças em 41,24% O IVA-ST para o período de 01-04-2020 até 30-06-2021 será de 41,24%

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Coordenador da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo publicou, no dia 31 de dezembro 2020, a Portaria CAT n° 106, de 30 de dezembro de 2020, altera a Portaria CAT 45/17, de 29-06-2017, que estabelece a base de cálculo na saída de autopeças, a que se refere o artigo 313-P do Regulamento do ICMS. Artigo 313-P - Para determinação da base de cálculo, em caso de inexistência do preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por autoridade competente, ou do preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, aprovado e divulgado pela Secretaria da Fazenda, o percentual de margem de valor agregado previsto no artigo 41 será o Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST, divulgado pela Secretaria da Fazenda com base nas informações prestadas pelos contribuintes (Lei 6.374/89, arts. 28 e 28-A, na redação da

Lei 12.681/07, art. 1°, II e III, e arts. 28-B e 28-C, acrescentados pela Lei 12.681/07, art. 2°, II e III). O cálculo e o recolhimento do ICMS no regime de Substituição Tributário – ST (ICMS-ST), realizado na maiores dos casos pelo fabricantes e importadores responsáveis por reter o ICMS das operações subsequentes no estado de São Paulo, é regulamentado por meio de Portarias publicadas pelo Coordenador da Administração Tributária, que divulga o Índice de Valor Adicionado (IVA-ST)

Fonte: FecomercioSP

que estabelece a base de cálculo na saída de produtos sujeitos à substituição tributária. Assim, com base no artigo 1°, item 1º da Portaria publicada, nas operações internas envolvendo os produtos de autopeça, o IVA-ST para o período de 01-04-2020 até 30-06-2021 será de 41,24%.

Clique aqui para mais informações acerca da Portaria supracitados


acontece

Inspeção técnica veicular entra na agenda regulatória do Denatran Denatran publica agenda regulatória para o biênio 2021-2022. Órgão vai debater a regulamentação do drogômetro

relho similar ao bafômetro e que identifica a ingestão de drogas, mas que ainda não tem um regulamento para a implementação do aparelho nas fiscalizações de trânsito. A agenda também vai tratar da revisão do normativo sobre o exame toxicológico; das normas de segurança dos ônibus duplo piso (dois andares); da regulamentação da inspeção técnica veicular revisão; da elaboração de normativos sobre segurança de motociclistas e revisão do normativo sobre tacógrafo, entre outros temas. Segundo o Ministério da Infraestrutura, pasta a qual o Denatran

é ligado, a agenda tem por finalidade determinar as matérias de cunho regulatório ou normativo a serem estudadas pelo departamento em “períodos preestabelecidos para, em seguida, serem submetidos para apreciação e aprovação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ou em outras instâncias competentes de regulação mais adequadas”. De acordo com a portaria, caberá às coordenações do Denatran a implementação e o acompanhamento da agenda regulatória. Os temas podem sofrer ajustes, mediante indicação do Ministério da Infraestrutura. Fonte: Agência Brasil

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Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) publicou a agenda regulatória para o biênio 2021-2022. Entre os temas que terão atenção especial do órgão nos próximos dois anos está a revisão do processo de formação de condutores, a regulamentação de veículos autônomos (sem condutor) e uma nova regulamentação da aplicação de multas a pedestres e ciclistas. A portaria com a nova agenda foi publicada ontem (4) no Diário Oficial da União (DOU). A agenda do próximo biênio também vai debater a regulamentação do drogômetro, apa-


fica a dica

Estado do RS aprova manutenção do ICMS majorado por mais um ano Empresas que vendem para o RS precisam ajustar informações em seus sistemas. Executivo aderiu a emenda da oposição para garantir a votação. Acordo está atrelado aos investimentos do governo do RS na vacina contra a Covid-19 no ano que vem

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Conforme a Lei Nº 15.576, de 29/12/2020, a alíquota interna do Estado do Rio Grande do Sul foi reduzida à 17,5% neste ano de 2021, IMPACTANDO NO CÁLCULO DA ST nas operações destinadas à REVENDA. A Assembleia Legislativa aprovou a prorrogação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) majorado por mais um ano. O Projeto de Lei 246/2020 foi aprovado com 28 votos favoráveis e 25 contrários, depois de vários adiamentos de sessões e muitas negociações entre a base aliada e a oposição. No texto original, a medida previa quatro anos de extensão das alíquotas. Com as modificações, fica estendido por mais um ano e com redução da alíquota básica do imposto a 17,5% em 2021 (o governo queria manter a alíquota em 18% no próximo ano). Já o ICMS sobre telecomunicações, energia e combustíveis vai

Assembleia Legislativa do RS aprova manutenção do ICMS majorado por mais um ano (Clique aqui e assista reportagem) seguir em 30%, no ano que vem, e começa a baixar em 2002 até chegar aos 25% de 2015. "Temos uma agenda muito clara de competitividade. Com histórico de desequilíbrio nas contas públicas, tínhamos desafios de reformas sensíveis e recuperar credibilidade", comentou, em transmissão pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite. "Não é apenas

reduzir impostos, mas reduzir com responsabilidade. Mas o estado ainda tem muitos desafios a enfrentar, e não poderíamos ter uma queda tão grande na receita", acrescentou. Um dos motivos da aprovação foi a adesão do executivo à emenda do deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), que atrela a prorrogação de um ano das alíquotas a investimentos na va-


fica a dica

AL-RS aprovou prorrogação do ICMS — Foto: ALRS/Divulgação Sem essas medidas, o estado deixaria de arrecadar quase R$ 3 bilhões por ano, conforme cálculos do executivo. "Competitividade é garantir estradas, é garantir segurança,

15 Rosane de Oliveira fala sobre a aprovação da reforma (Clique aqui e assista reportagem)

Fonte: Por G1 RS

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cinação da população em 2021. A emenda foi aprovada por 29 votos favoráveis e 25 contrários. De acordo com o texto, com cerca de R$ 1,5 bilhão, o governo estadual poderia garantir a cobertura de vacinação em todo território gaúcho e ampliar a testagem para o coronavírus. "Com o quadro alarmante que estamos vivendo, garantir a vacina, em compra direta, é salvar a um só tempo as vidas e a economia gaúcha. Nesse sentido, a presente emenda visa manter as alíquotas majoradas até o próximo ano, para o enfrentamento emergencial da Pandemia e para a vacinação dos gaúchos e gaúchas", diz o texto. O governo do RS afirma que essa manutenção de impostos em índices mais altos é a forma de garantir a arrecadação e estimular a atividade econômica.

é garantir uma educação que funcione para dar mão de obra e ganhos de produtividade, é garantir saúde para os funcionários das empresas. Competitividade vai muito além de alíquotas de imposto. É crescer de forma responsável sem gerar o caos", criticou Leite. A Fecomércio contestou que não foram contemplados no texto a redução das alíquotas das chamadas blue chips (energia elétrica, telecomunicações e combustíveis), de forma escalonada, já em 2021, e o fim do diferencial de alíquotas para mercadorias importadas. A prorrogação das alíquotas majoradas, segundo a entidade, prejudica a recuperação das empresas, a criação de empregos e a recuperação da renda e do poder de consumo.


fica a dica

Receita Federal dispensa o uso do certificado digital ICP-BRASIL A nova portaria estabelece que a impugnação, o recurso e os demais atos e termos processuais produzidos eletronicamente poderão ser assinados mediante assinatura eletrônica avançada ou qualificada

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o dia 22 de dezembro de 2020 foi publicada a Portaria nº 5.002, editada pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, que altera a Portaria SRF nº 259/2006, que dispõe sobre a prática de

atos e termos processuais de forma eletrônica no âmbito da Receita Federal, que compõe o processo eletrônico (e-processo). A nova portaria estabelece que a impugnação, o recurso e os

demais atos e termos processuais produzidos eletronicamente poderão ser assinados mediante assinatura eletrônica avançada ou qualificada e serão enviados por meio do Centro Virtual de


fica a dica Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), disponível no endereço eletrônico http://www.gov.br/receitafederal/pt-br. Antes era admitido apenas documento assinado mediante utilização de certificado digital emitido no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). No caso de notificação de lançamento de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, o requerimento de impugnação elaborado no sistema e-Defesa e a respectiva documentação comprobatória poderão ser entregues de forma virtual, por meio de dossiê digital de atendimento, no Portal e-CAC, mediante autenticação por mecanismo de identificação avançado.

a) está associada ao signatário de maneira unívoca; b) utiliza dados para a criação de assinatura eletrônica cujo signatário pode, com elevado nível de confiança, operar sob o seu controle exclusivo; c) está relacionada aos dados a ela associados de tal modo que qualquer modificação posterior é detectável; assinatura eletrônica qualificada: a que utiliza certificado digital emitido pela ICP-Brasil. A FECOMERCIOSP considera a medida positiva, uma vez que a dispensa do uso de certificado digital emitido pela ICP-Brasil,

simplifica e desburocratiza os atos processuais eletrônicos, facilitando o acesso do contribuinte aos serviços públicos, evitando seu deslocamento as unidades de atendimento presencial, principalmente no atual momento de restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Apesar de a assinatura eletrônica qualificada (ICP-Brasil) ser a forma mais segura, tem um custo significativo, e a possibilidade de utilizar a assinatura eletrônica avançada, além de manter a segurança jurídica, resulta em economia para o contribuinte.

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A Lei nº 14.063/2020, em seu art. 4º classifica as assinaturas eletrônicas da seguinte forma: assinatura eletrônica simples: a) a que permite identificar o seu signatário; b) a que anexa ou associa dados a outros dados em formato eletrônico do signatário; assinatura eletrônica avançada: a que utiliza certificados não emitidos pela ICP-Brasil ou outro meio de comprovação da autoria e da integridade de documentos em forma eletrônica, desde que admitido pelas partes como válido ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento, com as seguintes características:


fica a dica

Diário Oficial da União – Seção 1 -= Nº 244, terça-feira, 22 de dezembro de 2020 MINISTÉRIO DA ECONOMIA SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL PORTARIA Nº 5.002, DE 18 DE DEZEMBRRO DE 2020 Altera a Portaria SRF nº 259, de 13 de março de 2006, que dispõe sobre a prática de atos e termos processuais de forma eletrônica no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 350 do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria ME nº 284, de 27 de julho de 2020, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 2º e nos art. 64-A e 64-B do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, no Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020, e na Portaria MF nº 527, de 9 de novembro de 2010, resolve: Art. 1º A Portaria SRF nº 259, de 13 de março de 2006, passa a vigorar com a seguinte alteração: "Art. 2º A impugnação, o recurso e os demais atos e termos processuais produzidos eletronicamente poderão ser assinados mediante assinatura eletrônica avançada ou qualificada e serão enviados à RFB por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), disponível no site da RFB na Internet, no endereço eletrônico http:// www.gov.br/receitafederal/pt-br. .................................................................................................................................. § 6º Excepcionalmente, no caso de notificação de lançamento de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, o requerimento de impugnação elaborado no sistema e-Defesa e a respectiva documentação comprobatória poderão ser entregues de forma virtual, por meio de dossiê digital de atendimento, no Portal e-CAC, mediante autenticação por mecanismo de identificação avançado, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.995, de 24 de novembro de 2020." (NR) Art. 2º Esta Portaria será publicada no Diário Oficial da União e entrará em vigor em sete de janeiro de 2021.

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JOSÉ BARROSO TOSTES NETO


fica a dica

Governo federal lança sistema para simplificar abertura de empresas São Paulo e Rio de Janeiro já aderiram ao Balcão Único

De acordo com o ministério, por meio de um formulário único e totalmente digital, empreendedores podem abrir empresas em apenas um dia e sem necessidade de percorrer vários órgãos públicos. Tudo poderá ser feito no mesmo ambiente virtual: recebimento das respostas necessárias da prefeitura; registro da empresa; obtenção do número do Cadastro Nacional de Pessoa Ju-

rídica (CNPJ) e inscrições fiscais; desbloqueio do cadastro de contribuintes; recebimento das licenças, quando necessárias; e ainda o cadastro dos empregados que serão contratados. O Balcão Único permitirá ainda que os empreendedores possam, no momento da abertura da empresa, realizar o cadastro de empregados pelo e-Social. Em nota, a pasta explicou que, segundo relatório do Banco

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Ministério da Economia lançou hoje (20) o Balcão Único, um projeto que permitirá aos cidadãos abrirem uma empresa “de forma simples e automática, reduzindo o tempo e os custos para iniciar um negócio no Brasil”. A primeira cidade a aderir ao projeto foi São Paulo, que já disponibilizou o novo sistema no dia 15. A próxima cidade a oferecer a ferramenta será o Rio de Janeiro.


fica a dica Mundial, para abrir uma empresa nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo era necessário cumprir 11 procedimentos – alguns, em órgãos distintos – o que levava, em média, 17 dias e gerava um custo que representa 4,2% da renda per capita. Esses dados colocaram o Brasil na 138ª

posição no quesito abertura de empresas, entre os 190 países avaliados pelo Banco Mundial. “A transformação digital em um Balcão Único no modelo de one stop shop fará o Brasil ganhar posições no ranking mundial quanto à facilidade de fazer negócios”, disse o Ministério da Economia.

Depois de São Paulo e Rio de Janeiro, o governo federal quer expandir o sistema para todo o Brasil. O projeto é liderado pela Receita Federal e pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital e foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Fonte: Agência Brasil

Balcão Único agiliza abertura de empresas na cidade de SP Desde o dia 15 de janeiro a abertura de empresas no Município de São Paulo conta com novo um sistema (Balcão Único) que possibilita a abertura de empresas de baixo risco com mais agilidade, sem a necessidade de passar por 6 etapas hoje necessárias

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Balcão Único reúne em um só procedimento on-line todas as etapas do processo de abertura de empresa: viabilidade, Docu-

mento Básico de Entrada (DBE), registro na Junta Comercial, pagamento de taxas, inscrição municipal e licenciamento.

Desta forma, por enquanto, somente restrito à cidade de São Paulo, Uma empresa de baixo risco poderá ser aberta de


fica a dica

Como funcionar? O Balcão Único deve ser acessado pelo Integrador Estadual VRE/REDESIM que é o sistema responsável pela integração de dados da consulta de viabilidade locacional, registro, inscrições e licenciamento da empresa. É por meio dele que é feita a troca de informações com os órgãos e entidades federais, estaduais e municipais que são responsáveis pelo processo de registro e legalização de todas as empresas do Estado de São Paulo. No Integrador passa a constar o acesso ao Balcão. Dentro do sistema é preciso informar dados da empresa e dos sócios. Posteriormente será gerado automaticamente o contrato na forma padrão, que precisa ser assinado digitalmente com o uso do e-CPF, enquanto a utiliza-

ção de assinatura avançada não for implantada. Uma das condições para abertura via este sistema é a adoção de apenas o contrato padrão, sendo que em casos específicos, que necessitem de cláusulas diferenciadas no contrato, a empresa deve usar o sistema atual. Conforme noticiado, a intenção do governo é que a modernização dos processos de abertura de registro de empresas faça com que o país dê um salto no Ranking Doing Business, que pé o levantamento do Banco Mundial que, desde 2004, realiza uma análise do ambiente de negócios em 190 países. O ranking é importante porque serve de parâmetro e critério de escolha para as análises de alocação de recursos, expansão e inovação. Muitos investidores domésticos e estrangeiros o usam como norteador de tomada de decisão. Com o novo programa, a expectativa do governo é subir até 10 posições no ranking geral. No Brasil, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são utilizadas para formulação do ranking. Cada cidade representa 61% e 39% do cálculo, respectivamente.

Desburocratização O governo do estado de São Paulo já trabalha na desburocratização para abertura de empresas desde 2019. Já foram eliminados alguns fluxos internos, além de realizar o aprimoramento da junta comercial online. Com o Balcão único, o processo de abertura de empresas de naturezas jurídicas Empresário Individual, EIRELI e LTDA serão online, gratuito e rápido. Hoje, algumas modalidades de empresas paulistas já têm seu procedimento de abertura contabilizado em três horas. A diferença agora será na abordagem metodológica adotada pelo Banco Mundial. Haverá uma integração de dados entre órgãos dos governos Federal, Estadual e Municipal para que isso seja viável. Para a FECOMERCIO SP, tal medida é um mais um grande avanço para melhorar o ambiente de negócios, na cidade de São Paulo, sendo de grande relevância que os demais municípios do nosso estado, se mobilizem para a assinatura do Convênio com o Governo Estadual (Junta Comercial) e Governo Federal.

Fonte: FecomercioSP

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forma rápida, menos burocrática e gratuitamente. O sistema pode ser usado para a abertura de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), LTDA e Empresa Individual (EI). Para o sistema chegar a outros municípios é preciso que seja feito um convênio entre a Jucesp, respectiva prefeitura e o governo federal.


fica a dica

Governo de SP define novo valor mínimo para emissão de Nota Fiscal Secretaria da Fazenda de São Paulo define valor mínimo obrigatório para emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor para o período de 1° de janeiro a 31 de dezembro do 2021, desde que não exigida pelo consumidor

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A

Diretoria de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de Dívida da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo publicou, no dia 18 de dezembro 2020, os Comunicados DICAR n° 86 e 87, divulgando os novos valores da Uni-

dade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, inclusive o valor mínimo obrigatório para emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor para o período de 1° de janeiro a 31 de dezembro do 2021, desde que não exigida pelo consumidor. Vejamos:

A. Comunicado Dicar-86, de 17-12-2020: O Diretor Substituto de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de dívida, considerando o que dispõe o artigo 603 das Disposições Finais do RICMS, aprovado pelo Decreto


fica a dica nº 45.490/2000, comunica que o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021, será de R$ 29,09 (vinte e nove reais e nove centavos). B. Comunicado Dicar-87, de 17-12-2020:

O Diretor Substituto de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de dívida, tendo em vista o que dispõe o Art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000, informa que, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021, a emissão de Nota Fiscal

de Venda a Consumidor será facultativa quando o valor da operação for inferior a R$ 15,00 (quinze reais), desde que não exigida pelo consumidor. Mais informações acerca dos Comunicados supracitados, em vigor desde o dia 1° de janeiro do corrente ano, abaixo.

Diário Oficial do Estado de São Paulo – Seção 1 Volume 130 • Número 251 • São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2020 SECRETARIA DA FAZENDA E PLANEJAMENTO DIRETORIA DE ARRECADAÇÃO, COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE DÍVIDA Comunicado Dicar-86, de 17-12-2020 Divulga o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021.

O Diretor Substituto de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de dívida, considerando o que dispõe o artigo 603 das Disposições Finais do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000 (D.O. de 1º-122000), comunica que o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021, será de R$ 29,09.

Diário Oficial do Estado de São Paulo – Seção 1 Volume 130 • Número 251 • São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2020 SECRETARIA DA FAZENDA E PLANEJAMENTO DIRETORIA DE ARRECADAÇÃO, COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE DÍVIDA Comunicado Dicar-87, de 17-12-2020

Fonte: FecomercioSP

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Divulga o valor mínimo para emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021. O Diretor Substituto de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de dívida, tendo em vista o que dispõe o Art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000 (D.O. de 1/12/2000), informa que, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021, a emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor será facultativa quando o valor da operação for inferior a R$ 15,00, desde que não exigida pelo consumidor.


fica a dica

Instrução Normativa da Receita Federal altera preenchimento da GFIP A norma estabelece que a GFIP será preenchida por meio do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – Sefip, observadas as orientações contidas no Manual da GFIP/Sefip

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o dia 24 de dezembro de 2020 foi publicada a Instrução Normativa nº 1.999, editada pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, que dispõe sobre o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP. A norma estabelece que a GFIP será preenchida por meio do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações

à Previdência Social – Sefip, observadas as orientações contidas no Manual da GFIP/Sefip. Estabelece ainda que as atualizações e novas versões do Sefip serão descritas no Manual da GFIP/Sefip, disponível no site da Receita Federal (www. gov.br/receitafederal/pt-br) e da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br). Assim, não será mais preciso a edição de atos normativos para atualizar o sistema.

Dentre as mudanças do Manual da GFIP/SEFIP – versão 8.4 de 04/01/2021, está a adequação à decisão do Supremo Tribunal Federal – STF acerca da não incidência da contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade (RE 576.967). Nos termos do Parecer SEI nº 18361/2020/ME, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional informa a tese firmada pelo STF, de que é inconstitucional


fica a dica

Q3, Q4, Q5, Q6 e Q7) a partir da competência 11/2015, página 87 do Manual versão 8.4. Como a decisão do STF tratou apenas da contribuição patronal, para a contribuição devida pela segurada não houve alteração. O mesmo ocorre em relação aos primeiros 15 dias que antecedem ao auxílio-doença, que também não integrará a base de cálculo da Previdência Social, em observância a decisão pacificada do Superior Tribunal de Justiça – STJ (Resp 1.230.957) e orientação contida no Parecer

Clique aqui e a última versão do Manual da GFIP/SEFIP está disponível

SEI nº 16120/2020/ME, conforme consta do item 4.7.5 – Afastamento temporário referente aos primeiros 15 (quinze) dias que antecedem ao auxílio-doença por motivo de doença ou de acidente (movimentações O3 e P3) a partir da competência 11/2020, página 88 do Manual versão 8.4. Com relação ao FGTS, haverá a incidência normal em ambas as verbas e, portanto, os campos “Remuneração sem 13º Salário” e “Base de Cálculo da Previdência Social” terão valores diferentes.

Seguem anexos os mencionados pareceres da PGFN. Parecer-SEI-N-16120-2020-ME Parecer-SEI-n-18361-2020-ME

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a incidência de contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade, tema nº 72 de repercussão geral, e orienta aos demais órgãos da administração se adequarem a tal entendimento pacificado. Dessa forma, o afastamento em decorrência da licença-maternidade não integrará a base de cálculo da Previdência Social, conforme consta da orientação contida no item 4.7.4 – Afastamento temporário por motivo de licença-maternidade (movimentações Q1, Q2,


fica a dica

Nova Lei de Falências permite financiamento e parcelamento de dívidas Atualização da legislação acolhe propostas da FecomercioSP e poderá ser utilizada a partir de 24 de janeiro

A

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s empresas que enfrentam crise financeira poderão recorrer, a partir do dia 24 de janeiro, à nova Lei de Falências. Sancionada com vetos pelo governo Federal, a Lei 14.112/20 possibilita a aquisição de empréstimos e aumenta a possibilidade de parcelamentos das dívidas tributárias em até 120 prestações, para empresas em recuperação judicial A atualização da legislação, apesar de não abranger um novo plano especial de recuperação para as micros e pequenas empresas, é positiva e apoiada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por reduzir os entraves no processo de recuperação e falência, além de trazer mais mecanismos para que a empresa supere a fase de crise financeira.

Muitos dos pontos sancionados atendem a propostas enviadas pela Federação podem melhorar a posição do Brasil no Doing Business, levantamento do Banco Mundial sobre o ambiente de negócios em 190 países. Neste quesito, o ranking avalia a duração, o custo e os resultados dos procedimentos de insolvência em relação às empresas nacionais e a robustez do regime jurídico aplicável a processos de reorganização de empreendimentos. As propostas da Entidade acolhidas no texto da lei são: *a Federação pedia a “suspensão de todas as ações judiciais em curso contra a empresa”. Este tópico foi atendido parcialmente, uma vez que as ações de natureza fiscal, de contratos de leasing e execuções trabalhistas foram excluídas da suspensão;

*dispensa da exigência de certidões negativas para deferimento da recuperação judicial, mas o texto final manteve a dispensa voltada para a continuidade das atividades empresariais; *tentativa de mediação e conciliação como regra antes de iniciar o procedimento judicial; *regulamentação do processo de recuperação e falências para grupo empresarial; *proibição da expropriação de bens essenciais ao desenvolvimento da atividade empresarial. Entre os outros temas aprovados que merecem destaque, estão: autorização do parcelamento de novos débitos fiscais para empresas em recuperação judicial; criação de procedimentos que possam acelerar para seis meses o processo de falência, contra o prazo médio de dois a sete anos observado atualmente;


fica a dica

Muitos dos pontos sancionados podem melhorar a posição do Brasil no Doing Business (Arte: TUTU)

Vetos Foram vetados seis pontos do projeto, a maioria referente a benefícios fiscais para as

empresas em recuperação. Entre eles, estão a permissão de venda de bens livre de ônus em planos de recuperação judiciais aprovados, a suspensão de execuções trabalhistas durante a recuperação judicial, benefícios tributários na renegociação de dívidas de pessoa jurídica em recuperação judi-

cial e, ainda, a isenção de impostos (IR e CSSL) sobre o lucro da venda de bens pela pessoa jurídica em recuperação judicial ou com falência decretada. Importante informar que estes e outros pontos vetados voltarão à discussão no Congresso, que poderá mantê-los ou derrubá-los.

Fonte: FecomercioSP

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e previsão da apresentação do plano de recuperação por credores, superando a falta de acordo quanto ao plano apresentado pelo devedor.


fica a dica

Confaz isenta ICMS sobre coleta de óleo lubrificante usado Decisão é por prazo indeterminado e tem forte impacto na proteção do meio ambiente, incentivando a logística reversa com a correta destinação do OLUC

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O

convênio firmado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que reúne os representantes de todas as secretarias estaduais da Fazenda, permite que o benefício, que já existia, agora não depen-

da mais de renovação periódica, o que significa que a coleta do Óleo Lubrificante Usado (OLUC) está isenta do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) por prazo indeterminado. A mudança nas regras da isenção do imposto era uma antiga reivindicação da Associação Ambiental para Coleta,


fica a dica

Aylla Kipper, gerente de relações institucionais e sustentabilidade da Lwart Soluções Ambientais, uma das empresas representadas pela AMBIOLUC. De acordo com uma estimativa da AMBIOLUC, com base em dados da Associação Nacional do Petróleo (ANP), todos os anos, mais de 150 milhões de litros deste tipo de resíduo não são coletados e destinados adequadamente. Esse dado preocupa, pois, segundo outro levantamento da Associação, um único litro de Óleo Lubrificante Usado e Contaminado (OLUC) é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. Além disso, para cada 10 litros de OLUC queimados são geradas 20 gramas de metais pesados, de acordo com as entidades ambientais do país. É importante destacar que a isenção do ICMS sobre a coleta e o transporte do OLUC não

traz qualquer prejuízo financeiro aos estados. Ao contrário, beneficia toda a sociedade. Com o benefício por tempo indeterminado, as empresas coletoras certificadas poderão realizar novos investimentos, aumentar a área territorial e o volume coletado e gerar novos empregos, ao mesmo tempo em que a indústria de rerrefino terá condições de investir ainda mais na produção de óleo básico. E isso proporciona uma economia de divisas na ordem de US$ 300 milhões por ano, segundo dados de 2019 da ANP, já que, como não é autossuficiente, o Brasil precisa importar esse produto. “Qualquer destino que não seja a reciclagem do óleo por meio do rerrefino é proibido por lei. Além dos danos ao meio ambiente, também prejudica o avanço econômico local” conclui Aylla.

Sobre Lwart Soluções Ambientais Empresa 100% brasileira, a Lwart Soluções Ambientais é uma das maiores do mundo no segmento de rerrefino de óleo lubrificante usado. É também a primeira rerrefinadora da América Latina a produzir óleo básico de alta performance, do Grupo II.

Como empresa que tem a transformação em seu DNA e a sustentabilidade como principal pilar, a Lwart amplia sua atuação e passa a coletar, destinar e transformar, dentro das melhores práticas da economia circular, resíduos pós-consumo do setor automotivo. A Lwart Soluções Ambientais tem uma das plantas mais modernas do mundo para produção de

óleo básico de alta performance a partir do óleo lubrificante usado. Com sede em Lençóis Paulista (SP), conta com 17 centros de coletas espalhados pelo Brasil, que atendem cerca de 45 mil clientes todos os anos. Seu processo é rastreável e sua atuação segue as mais estritas normas de compliance. Mais informações em www. lwart.com.br.

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Gestão e Rerrefino do OLUC (AMBIOLUC) e do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino). A decisão do CONFAZ representa um avanço significativo para o setor e para a proteção ao meio ambiente ao alinhar a legislação tributária à legislação ambiental brasileira, considerada uma das mais evoluídas em todo o mundo. “A isenção estimula uma atividade que preserva o meio ambiente. É um benefício que incentiva às empresas a destinarem o OLUC para a reciclagem por meio do rerrefino, impedindo que seja coletado e transportado de forma clandestina e tenha como caminho final a queima, combustão ou, até mesmo, o descarte no solo ou água, destinos altamente perigosos para o meio ambiente e toda a sociedade”, comenta


fica a dica

Denúncia espontânea e obrigação acessória trazem segurança jurídica ao contribuinte Reconhecimento da aplicação da denúncia espontânea na multa por descumprimento de obrigação acessória não autônoma trará segurança jurídica ao contribuinte

N

o dia 25 de novembro de 2020 foram publicadas a Instrução Normativa SF/SUREM nº 11, que dispõe sobre o procedimento da denúncia espontânea; e o Parecer Normativo SF nº 1, que trata da obrigação tributária acessória autônoma. A denúncia espontânea está prevista no art. 138 do Código Tributário Nacional, e permite a exclusão da responsabilidade da infração quando acompanhada do pagamento do tributo e dos juros de mora, desde que realizada antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização.

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Procedimento da denúncia espontânea – IN SF/SUREM nº 11/2020 A denúncia espontânea deve ser apresentada pelo contribuinte, antes do início de qualquer medida de fiscalização, relacionada com a infração, no Centro

de Atendimento da Fazenda Municipal – CAF, que a encaminhará à unidade competente. Para efetuar o pagamento do tributo, o contribuinte deverá cumprir a obrigação acessória correspondente, emitindo o documento fiscal. Na impossibilidade da emissão do documento fiscal, a unidade responsável deverá permitir o preenchimento de Declaração de Débitos Tributários – DDT, a fim de possibilitar o pagamento à vista ou o parcelamento do débito confessado. Na ausência de pagamento ou parcelamento do débito confessado no prazo previsto, será lavrado Auto de Infração e Intimação relativo à confissão de débito, com base nas informações do processo administrativo. Referido procedimento não se aplica às instituições financeiras obrigadas ao preenchimento da Declaração de Instituições Financeiras e Assemelhadas - DES-IF.

No caso de confissão de obrigação acessória autônoma, será lavrado Auto de Infração e Intimação, relativo à multa por seu descumprimento. Nos casos em que as alterações da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e gerarem crédito tributário em favor do sujeito passivo, a restituição deverá ser solicitada por meio de processo administrativo. Denúncia espontânea – obrigação acessória não autônoma De acordo com o Parecer Normativo SF nº 1/2020, considera-se obrigação tributária acessória autônoma aquela que não seja vinculada a nenhuma obrigação tributária principal, não tendo como finalidade a arrecadação ou recolhimento de nenhum tributo, ensejando, pelo seu descumprimento, multa de forma isolada. Já as obrigações


fica a dica

vinculante para toda estrutura da Secretaria da Fazenda Municipal, inclusive a Divisão de Julgamento e o Conselho Municipal de Tributos. Para a FECOMERCIOSP a criação de procedimento de denúncia espontânea pela Secretaria da Fazenda Municipal de São Paulo e o reconhecimento da aplicação da denúncia espontânea na multa por descumprimento de obrigação acessória não autônoma, como é o caso da nota fiscal é positiva, pois trará segurança jurídica ao contribuinte.

As multas relativas à ausência de emissão da NFS-e ou erro na sua emissão são altas e o reconhecimento do fisco municipal na aplicação da denúncia espontânea nesses casos incentivará o contribuinte a sanar irregularidades. Em contrapartida, o fisco receberá o tributo pendente, com acréscimo de juros. A título de exemplo, a multa por emissão de nota fiscal com dados inexatos equivale a 50% do imposto exigível e não recolhido, observada a multa mínima de R$ 1.606,51 (art. 14, V, a, da Lei nº 13.476/2020).

Fonte: FecomercioSP

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acessórias não autônomas são aquelas vinculadas a uma obrigação principal. No caso de descumprimento de obrigações tributárias acessórias, a denúncia espontânea somente se aplica às obrigações não autônomas, vinculadas à obrigação tributária principal, afastando a incidência da multa pelo seu descumprimento, desde que pago ou parcelado o tributo (obrigação principal). O parecer normativo tem caráter interpretativo e, portanto, se aplica a casos anteriores a sua edição; e é impositivo e


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ABNT instala comissão de estudos para qualificação de balconistas A Associação Brasileira de Normas Técnicas instalou em janeiro de 2021 a Comissão de Estudos de Qualificação de Balconistas de Peças e Acessórios para Veículos, primeiro passo para definição de aprimoramentos nos processos internos dos comércios de componentes automotivos regidos por parâmetros de qualidade e eficiência

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m reunião on-line convocada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, representantes do Sincopeças-SP, Associação dos Sincopeças do Brasil, Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças e Alvarenga Projetos Automotivos participaram da instalação da Comissão de Estudos de Qualificação de Balconistas de Peças e Acessórios para Veículos, que irá definir a primeira NBR para o varejo de autopeças e que, na

prática, representará um pontapé inicial para futuros aprimoramentos nos processos internos dos comércios de componentes automotivos regidos por parâmetros de qualidade e eficiência providos pela ABNT. O encontro para criação da CE aconteceu na Câmara Brasileira de Comércio de Peças e Acessórios para Veículos da CNC – Confederação Nacional do Comércio e teve aprovação unânime dos participantes pelo início dos trabalhos. Para coordenar a CE foi indicado o

presidente da Associação dos Sincopeças do Brasil, Ranieri Leitão, e para secretariar os trabalhos, Luiz Sergio Alvarenga, diretor da Alvarenga Projetos Automotivos e representante do Sindirepa Nacional, encarregado de liderar o processo de elaboração da norma. Como explicou Sérgio Alvarenga, a importância de uma norma para o balconista de autopeças é a criação de padrões e requisitos no campo da organização. “Do ponto de vista do profissional, o balconista já


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ABNT para serviços técnicos e a norma específica para o balconista também está ligada ao tema. “Tivemos um pioneirismo com a primeira norma de qualificação do mecânico que, de alguma forma, entra no campo de algumas habilidades e capacitações necessárias

que a norma do balconista irá seguir, como por exemplo recomendações de nível de instrução e capacitação, que não são técnicas, mas conferem um norte sobre as competências que se deve ter para assumir as funções de balconista de autopeças”, avalia.

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começa a interagir com uma palavra mágica que é a organização. Ele terá mais controle do passo a passo da atividade e do papel que ele desempenha”, diz. Segundo Alvarenga, o mercado brasileiro de reposição já está acostumado com normas


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Ganho de qualidade para empresas e profissionais Entre os benefícios imediatos que a normalização trará para esses profissionais está uma política mais clara de cargos e salários, com uma relação muita mais transparente entre empresários do varejo e seus colaboradores balconistas. “De imediato cria-se uma situação de meritocracia que pode ser construída nessa relação, como também de capacitação profissional, identificando habilidades ou deficiências que determinado profissional tenha e assim direcionar com maior assertividade sua capacitação, seja por iniciativa da empresa ou do próprio profissional, o que gera um ganho de qualidade entre as partes”, define Alvarenga. Como complemento dessa base estruturada entre profissional e empresa, Alvarenga detalha que a qualificação cria uma certificação de competências, também chamada de certificação profissional, acreditada pelo governo brasileiro, promovida pela Organização Internacional do Trabalho, onde o Brasil é signatário. “Existem vários testes para certificação de competência que proporcionarão forte impulso ao balconista e na projeção da sua ocupação, bem como na atividade do varejo de autopeças no Brasil”, acredita.

Ponta do iceberg para nova normas Para as próximas reuniões, previamente agendadas para as últimas quartas-feiras de cada mês, serão convidados a participar todos os elos da cadeia, desde indústrias, distribuidores, varejistas, oficinas, até entidades como IQA, Senai, Senac, além da imprensa especializada e do próprio profissio-

nal balconista de autopeças. Alvarenga adiantou que a CE já tem um texto-base, que é o ponto inicial para os trabalhos, e a criação dessa norma é do interesse do profissional e principalmente das lojas de autopeças porque todos ganham nesse processo. “Com isso criamos uma da cadeia de valor. O objetivo é elevar a categoria do comércio varejista de au-


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substituição de componentes e agora chegou a hora do varejo de autopeças, que manuseia e tem um grande trabalho de logística e comercialização de produtos, com extensa capilaridade no Brasil, que requer uniformização. A ideia é elevar o patamar para cima, valorizar o profissional, a atividade econômica e consequentemente o País, além de potencializar

projetos e ações de melhoria para os dois lados, seja para o empresário criar um programa de cargos e salários, seja para o profissional se capacitar melhor”, assegura Alvarenga. O presidente da Associação dos Sincopeças do Brasil, Ranieri Leitão, agradeceu a indicação e disse que é sempre uma honra contribuir com o setor, qualquer que seja a função. “Estarei sempre à disposição para avançar e contribuir. A normalização do balconista vai valorizar não somente os profissionais, mas também as empresas incluídas nesse processo. Contem comigo”, disse. O presidente do Sincopeças-SP, Heber Carvalho, parabenizou as indicações para a coordenadoria e secretaria da comissão. “Manifesto aqui minha satisfação com a escolha desses nomes para comandar a comissão. Fico muito feliz porque conheço a competência de ambos. O Sincopeças-SP está empenhado em contribuir para o sucesso desse trabalho”, afirmou o presidente. O diretor executivo da Andap, Fernando Vasconi, também concordou com a indicação do coordenador e do secretário por entender que são profissionais competentes, capacitados e aglutinadores. “São os melhores nomes para comandar essa comissão”, frisou.

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topeças e estamos iniciando esse trabalho valorizando o balconista. Essa é a ponta do iceberg para criação de novas normas do setor. Entendemos que essa é uma das formas de profissionalizar o setor. As grandes corporações sempre se valeram de normas, as oficinas de reparação andaram mais rápido porque se utilizam de muitos dados técnicos de


varejo em foco

O varejo na ótica de adversidades (Por Abram Szajman)

Após um ano repleto de dificuldades, é necessário esforço do governo para destravar o ambiente de negócios e dar continuidade à agenda de reformas

O

ano de 2020 foi marcado pela instabilidade e pelo sentimento de insegurança ao redor do mundo, comprometendo não só a saúde da população, como perspectivas e convicções. Na economia, medidas de auxílio de renda, crédito e flexibilização trabalhista evitaram que os danos fossem ainda maiores. Com medidas restritivas de isolamento e fechamento de algumas atividades, as vendas do comércio varejista de São Paulo, que antes da pandemia davam sinais de manter a recuperação de 2019, passaram a amargar resultados, chegando a registrar quedas de dois dígitos.

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Conheça as reivindicações da FecomercioSP aos governos federal, estadual e municipal A abertura gradual das atividades trouxe fôlego para a economia. Projeções da FecomercioSP estimam que o comércio varejista paulista encerre o ano com crescimento de 2%, ainda assim com desempenhos assimétricos jamais vistos na história do setor no Estado. Os segmentos voltados a

Poder Público precisa de medidas que amparem as empresas e os empregos (Arte: TUTU)

bens essenciais, como farmácias e supermercados, se recuperaram de forma mais expressiva, ao passo que os setores de vestuário e concessionárias continuaram (e continuam) caindo. É esperada uma baixa de 60 mil empregos formais no setor em relação a 2019, o pior desempenho anual desde 2010. A capacidade de sobrevivência dos negócios também foi duramente acometi-

da. O varejo paulista iniciou a pandemia com 410,8 mil empresas e ingressará em 2021 com 346,6 mil. Para 2021, é necessário esforço do governo para destravar o ambiente de negócios e dar continuidade à agenda de reformas, amparando empresas e empregos. Aos empreendedores, faz-se indispensável a habilidade de reinvenção no cenário ainda de adversidades.

Abram Szajman é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Artigo originalmente publicado na Revista Eletrolar no dia 6 de janeiro de 2021.


varejo em foco

Varejo perderá R$ 15,8 bilhões com feriados nacionais em 2021 Considerando apenas o Estado de São Paulo, previsão é de perdas em torno de R$ 6,4 bilhões; mais presença digital e promoções podem aliviar prejuízos, diz FecomercioSP

São Paulo (FecomercioSP). O montante representa 0,8% de tudo o que o setor vende ao longo de um ano – que, por sua vez, é praticamente o mesmo que ficar três dias completamente fechado.

O comércio terá mais perdas financeiras com os feriados e pontes neste ano do que as previstas no início de 2020, antes de a pandemia chegar ao País: a estimativa atual é 7,1% maior do que a do ano passa-

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varejo brasileiro deixará de faturar R$ 15,8 bilhões com os 12 feriados nacionais do calendário oficial de 2021, mostra um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de


varejo em foco

do, na comparação dos montantes absolutos. No entendimento da Federação, o aumento das perdas se explicará pelas medidas de isolamento social e pelos novos hábitos – como o trabalho remoto, que, no caso do comércio, reduzem as chamadas “compras por impulso” (só possíveis quando as pessoas circulam por entre as lojas na ida e no regresso do trabalho, ou no horário de lazer). Levando estes montantes em conta, os supermercados serão os mais atingidos pelos feriados deste ano: projeção de faturamento de R$ 8 bilhões a menos em comparação à projeção de 2020. Já considerando as variações, a perda mais significativa será do setor de móveis e decoração: 20,9% a menos de faturamento do que o previsto em 2020. Em seguida, estão as lojas de roupas e calçados (-19,6%) e as farmácias e perfumarias (-9%). No Estado de São Paulo, por sua vez, o prejuízo será da ordem de R$ 6,4 bilhões – 5,2% a mais do que o previsto no início

do ano passado. Vale lembrar que o Estado tem um feriado a mais: 9 de julho, data da Revolução Constitucionalista de 1932. Da mesma forma que os dados nacionais, os supermercados terão a maior queda monetária (R$ 3,53 bilhões a menos). Como se preparar para os feriados? Além do fato de os feriados serem datas importantes para outros setores da economia, como os serviços e o turismo, eles também podem ser produtivos para os comerciantes. Como a FecomercioSP já tem indicado há alguns meses, uma dica essencial para aproveitar as datas é ampliar os canais digitais, melhorando o atendimento online e otimizando os espaços de compras pela internet. A estimativa da Entidade é que o comércio eletrônico cresça 6% em 2021, chegando a um faturamento anual de R$ 31,1 bilhões. Para compartilhar uma fatia deste mercado, no entanto, é fundamental ter uma presença online mais robusta.

Mas há outras práticas que podem melhorar os fluxos nos feriados nacionais: criar promoções – principalmente de produtos parados no estoque – é uma alternativa comum nestas datas e que sempre dá bons resultados. Elas também podem entrar em vigor após uma comparação entre as últimas médias diárias de vendas, com o ano passado, principalmente. Outra dica interessante é promover parcerias com o setor de serviços nas quais o consumidor tenha a possibilidade de ganhar um benefício em restaurantes ou cinemas, por exemplo, na hora de adquirir determinado produto. Já para o setor do turismo, a FecomercioSP orienta que os empresários do setor deem mais atenção ao tipo de demanda em meio à pandemia: famílias que queiram se deslocar, mas cujos membros vão continuar trabalhando em regime home office e procuram por lugares com distanciamento social. Para atraí-las, as estadias devem ser flexíveis e as tarifas precisam ser mais atrativas.

Sobre a FecomercioSP Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com

o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que im-

pactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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varejo em foco

Datas comemorativas podem potencializar vendas da loja Confira dicas e um calendário com as principais celebrações do primeiro semestre de 2021

Empresas podem aproveitar as datas comemorativas para impulsionar as vendas (Arte/Tutu)

dade, há diversas outras datas que podem impulsionar o faturamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços, desde que o empreendedor saiba ex-

plorar e divulgar as particularidades de cada ocasião. O calendário anual é repleto de celebrações que, embora pareçam formais – como o Dia

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Dia das Mães e o Natal, entre outras datas comemorativas, são exemplos que potencializam as vendas no comércio. Ainda que em menor intensi-

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varejo em foco

do Bolo de Chocolate (27/1), o Dia do Esportista (19/2), o Dia do Turismo Ecológico (1/3), o Dia do Disco (20/4) e muitas outras –, servem não só de estímulo para as vendas, como, em períodos de baixa na economia, para minimizar eventuais prejuízos.

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Como aproveitar as datas comemorativas A fim de incrementar as vendas em datas celebrativas, é importante que a empresa trace, previamente, um planejamento das ações que serão implementadas na semana ou especificamente no dia comemorativo. Em decorrência da pandemia e das eventuais restrições regionais às atividades presenciais, além do fato de o consumidor ter passado a utilizar mais o comércio eletrônico, o planejamento deve prever tanto ações no estabelecimento físico como nos canais de vendas digitais.

Confira algumas recomendações a seguir. • Decore a loja ou o estabelecimento de serviços de uma forma que enalteça a ocasião especial. Este tipo de ação pode funcionar em datas como o Saint Patrick’s Day (17/3) e o Dia da Imigração Japonesa (18/6). • Organize a vitrine evidenciando produtos relacionados à data comemorativa. • Faça uso das redes sociais para divulgar as ações previamente – confira um passo a passo sobre como montar um perfil nessas plataformas. • Realize promoções para atrair clientes e mover estoques parados. • Tendo em vista que o consumidor pode não ter se preparado previamente para gastar, disponibilize alternativas de pagamento que facilitem as compras. • Alguns dias comemorativos também são feriados. Sendo assim, é importante avaliar o

fluxo de consumidores no estabelecimento nessas datas, de modo a decidir se não vale a pena somente realizar ações nos meios digitais – veja aqui como montar uma operação de comércio eletrônico. • Caso realize uma ação na loja física, analise se será preciso reforçar o atendimento. Um recurso bastante interessante para “encorpar” o quadro de funcionários de forma pontual é o trabalho intermitente – confira um e-book sobre como efetuar este tipo de contratação. Para ajudar os empreendedores a aproveitar as datas comemorativas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) elaborou um calendário com as principais celebrações do primeiro semestre de 2021. Basta preencher o formulário abaixo para acessar o material. Fonte: FecomercioSP


varejo em foco

Nova loja Tito da MercadoCar registra mais de mil clientes por dia no primeiro mês após a inauguração A loja Tito da MercadoCar recém-inaugurada, que abriu as portas no dia 03 de dezembro, na zona leste da capital paulista, tem recebido uma média de mil clientes por dia e aos finais de semana 1.700 pessoas.

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Com relação aos serviços rápidos executados na MercadoCar Tito, os principais atendimentos têm sido de troca de óleo e balanceamento de pneus. A nova unidade, com estacionamento gratuito para 306 vagas, veio para atender a demanda de uma região da cidade de São Paulo com frota circulante estimada em 450 mil veículos. A MercadoCar, que é o maior shopping automotivo da grande

São Paulo, completará meio século em 2021 e programa a abertura de pelo menos duas lojas neste ano. Atualmente, com a loja Tito, a empresa possui oito unidades e oferece a maior gama de autopeças e acessórios automotivos do varejo nacional, contando com 130 mil itens. A loja Tito está localizada na Rua Marechal Tito, 5.699, no Itaim Paulista, zona leste da cidade de São Paulo.

Sobre MercadoCar Maior shopping de autopeças e acessórios automotivos do Brasil. Fundada em 1971, a MercadoCar

se tornou referência e se destaca como o mais completo varejista do segmento. Atualmente, possui oito unidades, duas centrais de dis-

tribuição, 130 mil itens, entre peças e acessórios e emprega mais de 3.000 colaboradores, com forte presença na Grande São Paulo.

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movimento está dentro do esperado, considerando o momento atual de pandemia, segundo Rodrigo Carneiro, CEO da MercadoCar. Para o gerente da unidade, Marcos Alves, os clientes têm se mostrado satisfeitos com a infraestrutura e ambiente agradável e bonito da loja, portfólio de produtos e atendimento, principalmente porque agora podem encontrar variedade em peças em um mesmo local, tornando prática e ágil a escolha das peças e acessórios. Na lista dos produtos mais vendidos durante o primeiro mês de funcionamento da loja estão óleo lubrificante, aditivo, lâmpada, água desmineralizada, pneus, artigos de conveniência, entre outros. Já no caso de peças mecânicas, as que tem mais procura são amortecedores avulsos e kits, itens de suspensão e embreagem.


mercado

Venda de veículos automotores tem queda de 8,16% em janeiro Redução foi registrada na comparação com igual mês do ano passado

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quantidade de veículos automotores - automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários - vendida no país em janeiro foi de 274.093 unidades, 8,16% a menos do que ao registrado no mesmo mês do ano passado. Em relação a dezembro de 2020, as vendas tiveram retração ainda maior, de 24,52%. Os dados, divulgados hoje (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), estão baseados em informações do

Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). “Já vínhamos acompanhando as dificuldades que as montadoras, de forma geral, estão enfrentando com relação ao fornecimento de peças e componentes. Esse gargalo se intensificou em janeiro, diminuindo, ainda mais, a oferta de produtos. Outros fatores relevantes impactaram nos resultados, como a segunda onda da pandemia da covid-19”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Em janeiro, as vendas do segmento de automóveis e comerciais leves totalizaram 214.265 unidades, 11,7% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Em relação a dezembro de 2020, houve uma queda ainda maior, de 30,1%. “Historicamente, o mês de janeiro costuma apresentar uma pequena retração nas vendas, já que os gastos das famílias aumentam nesse primeiro mês do ano com matrículas e materiais escolares, IPVA, entre outras despesas”, disse Alarico Assumpção. Fonte: Agência Brasil


mercado

Venda de caminhões tem crescimento tímido em janeiro em relação a 2020 De acordo com a Fenabrave, alta foi de 1,1%; já em relação a dezembro houve queda já esperada de 24,7%

enfrentando a escassez de componentes, que limitam a oferta. Observamos que a demanda se mantém aquecida, tanto pelos resultados das commodities, quanto pela boa oferta de crédito para o segmento; já se trabalha com a programação de entrega, de alguns modelos de caminhões, para o mês de julho”, declarou Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave. Se o resultado do segmento foi positivo em relação a janeiro de 2020, a comparação com dezembro passado mostra queda de 24,7%, já que foram emplacadas 9.639 unidades no último mês do ano passado. É

importante lembrar, contudo, que esse recuo já era esperado, não só pelo fato de o período do fim de ano tradicionalmente registrar melhores resultados, mas principalmente pelo fato de dezembro passado ter sido não apenas o melhor mês de 2020, como também por ter registrado números melhores até do que na época antes da pandemia, com alta de 15,7% em relação a dezembro de 2019. Com esse desempenho, janeiro de 2021 ocupa a 9ª colocação no ranking histórico, que classifica todos os meses de janeiro, desde 1957 no segmento de caminhões. Fonte: Automotive Business

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Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias de veículos do País, divulgou na terça-feira, 2, seu balanço mensal de vendas de caminhões. De acordo com o relatório, o segmento fechou janeiro com vendas totais de 7.262 veículos, o que corresponde a um leve crescimento de 1,1% em relação ao mesmo mês de 2020, quando foram licenciados 7.181 unidades. O comunicado da entidade destaca que o setor de caminhões vem atendendo à forte demanda por veículos novos praticamente sem estoques. “O setor de caminhões, assim como os demais segmentos, vêm


mercado

Vendas de ônibus registram nova queda acentuada em janeiro Segmento segue impactado pelas medidas de contenção à pandemia; recuo foi de 38,6% em relação a janeiro de 2020

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e acordo com os números divulgados pela Fenabrave na terça-feira, 2, os emplacamentos de ônibus somaram 1.324 unidades em janeiro, número que significa um recuo acentuado de 38,6% na comparação com o mesmo mês de 2020, quando foram vendidos 2.158 veículos. Apesar de expressiva, essa nova queda nas vendas – o setor já vem registrando retração há vários meses – não surpreende, já que

o segmento de ônibus continua sendo o mais afetado pelas medidas restritivas para tentar conter o aumento da transmissão da Covid-19 no País. “O segmento de ônibus foi o mais atingido pelos efeitos da pandemia; as restrições de circulação e o cancelamento de viagens afetaram muito as empresas do setor, desmotivando a compra de novas unidades”, explicou Alarico Assumpção Jú-

nior, presidente da Fenabrave. Se o recuo nas vendas em relação a janeiro de 2020 foi grande, a comparação com dezembro registra queda um pouco menor, de 14,6%, já que foram emplacadas apenas 1.551 unidades no último mês do ano passado, um dos piores resultados do setor nos últimos tempos. No ranking histórico, que classifica todos os meses de janeiro desde 1957, janeiro de 2021 está na 12ª posição.

Fonte: Automotive Business


mercado

Venda de motocicletas inicia o ano com retração de 6,4% Paralisação de produção em Manaus e baixos estoques explicam recuo; média diária ficou em 4,3 mil emplacamentos

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porte pessoal e de carga, dado o incremento das vendas do e-commerce, além da boa oferta de crédito pelas instituições financeiras, que estão aprovando 45% das propostas apresentadas”, garante Assumpção Júnior. O ano de 2020 terminou com 915,5 mil motocicletas licenciadas e queda de 15% ante 2019 (veja aqui). Para 2021 os concessionários esperam crescimento de 17,6%, o que resultará em pouco menos de 1,1 milhão de unidades licenciadas (leia aqui). YAMAHA CRESCE QUASE 10%; HARLEY RECUA 63% Neste início de ano, a vice-líder de mercado, Yamaha, emplacou 15,5 mil unidades e cresceu 9,8%

na comparação interanual. Nestes 12 meses sua participação de mercado cresceu 2,66 pontos porcentuais, para 18,04%. A chegada de um novo scooter de 250 cc no ano passado e a renovação do NMax 160 ajudam a explicar o bom momento da fabricante. A líder Honda anotou em janeiro 65,5 mil motos entregues, recuando 8,9% ante janeiro de 2020. Chama a atenção a expressiva queda nas vendas da Harley-Davidson. Apenas 151 motos da marca foram licenciadas no mês, ante 409 em janeiro do ano passado. A retração foi de 63,1%. As vendas da BMW também recuaram em janeiro, mas apenas 8,3%, para 732 unidades. Fonte: Automotive Business

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venda de motos em janeiro somou 85,8 mil unidades, registrando queda de 6,4% na comparação com o mesmo mês de 2020. O confronto com dezembro indica queda ainda maior, de 13,1%. Os dados se referem aos emplacamentos no período e foram divulgados na terça-feira, 2, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários. A média diária de licenciamentos no mês ficou em aceitáveis 4,3 mil unidades, número que se situa entre as médias de janeiro de 2020 (4,2 mil) e de dezembro recente (4,5 mil). Janeiro foi impactado pela paralisação da produção das unidades fabris localizadas em Manaus (AM) por cerca de dez dias, além do problema gerado pela falta de peças e componentes, que já se estende pelos últimos meses”, afirma o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. O dirigente também informa que os estoques nas concessionárias têm estado extremamente baixos. Para alguns modelos a espera chegaria a 60 dias. “A demanda segue aquecida, fomentada pela consolidação da moto como veículo de trans-


mercado

Financiamentos de veículos têm queda de 15,7% em janeiro na comparação com 2020 Vendas a crédito de autos leves, motos e pesados, novos e usados, somam 450 mil unidades em janeiro, menor volume para o mês desde 2017

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s vendas financiadas de veículos em janeiro de 2021 somaram 450 mil unidades. Com isso, o mês registra uma queda de -15,7% na comparação com janeiro do ano passado. O número, que engloba novos e usados – incluindo motos, autos leves e pesados de todo o Brasil – é o terceiro menor para o primeiro mês do ano desde o início da série histórica, em 2021. As quedas mais expressivas foram observadas entre os financiamentos de veículos 0km.

No caso de autos leves novos, as vendas a crédito de janeiro de 2021 foram 30% menores do que no mesmo mês de 2020. Motos novas, na mesma base de comparação, tiveram redução de 35,5% nos financiamentos. “Apesar da diferença de dias úteis entre os meses de janeiro de 2021, com 20 dias úteis, e janeiro de 2020, com 22 dias úteis, a redução da atividade da indústria automobilística – com notícias sobre fechamentos de plantas, paralisações e menor produção – pode ser um dos

fatores que contribuíram para o menor volume de financiamentos para o primeiro mês de 2021, sobretudo se considerarmos o impacto maior sobre veículos novos”, pontua Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3. Os números são da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil. Fonte: B3


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Autopeças atingem 75% de uso da capacidade instalada É o melhor resultado da série histórica mensal divulgada pelo Sindipeças (Por Alzira Rodrigues )

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anterior, com retração de apenas 0,46%. O dado positivo nesse contexto todo é a recuperação dos empregos a partir de julho, com crescimento por cinco meses consecutivos. Entre outubro e novembro a alta foi de 1,39%, mas no acumulado de 2020 a perda no número de postos de trabalho na indústria de autopeças no penúltimo mês do ano ainda estava em 8,9%. O estudo do Sindipeças, que leva em conta um grupo de empresas com maior repre-

sentatividade no setor, revela apenas índices e não números absolutos de vendas, emprego e demais dados. Indicam, por exemplo, que no acumulado dos primeiros 11 meses de 2020 as exportações, em dólar, recuaram 31,6%. Com relação ao uso da capacidade instalada, os índices mais baixos foram registrados em março e abril de 2020, quando ficaram na faixa de 42% a 43%, com recuperação gradual a partir de maio até chegar aos 75% constados em novembro. Fonte: AutoIndústria

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om recuperação acima da esperada no início da pandemia da Covid-19, a indústria brasileira de autopeças atingiu 75% de ocupação do seu parque fabril em novembro, o melhor resultado da série histórica da pesquisa conjuntural realizada mensalmente pelo Sindipeças. Conforme levantamento divulgado esta semana pela entidade, o faturamento líquido do setor cresceu 4% no comparativo de novembro com outubro e 18% em relação ao mesmo mês de 2019. As vendas para as montadoras tiveram altas de, respectivamente, 7,5% e 13,1%. As exportações em dólares, por sua vez, subiram 1,13% na passagem mensal e caíram 0,46 na interanual No acumulado dos primeiros 11 meses do ano a indústria de autopeças registra decréscimo de 21,% na receita líquida, sendo que as transações com as montadoras caíram 28,9%, enquanto as vendas de autopeças para o mercado de reposição praticamente se igualaram ao do ano


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Anfavea contesta protecionismo às indústrias automobilísticas Estudo da entidade contesta que setor automotivo seja muito subsidiado e gere poucas contrapartidas à sociedade

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anúncio do fechamento de algumas fábricas nos últimos dois meses levantou discussões sobre a viabilidade de se incentivar o setor automotivo no Brasil, e teses de que este segmento industrial seria um dos mais protegidos do país, sem gerar as devidas contrapartidas à sociedade. Porém, estudo apresentado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com base em dados oficiais, revela justamente o contrário. "Somos exageradamente tributados, pouco incentivados e geramos retornos espetaculares ao país sob todos os ângulos de análise", afirmou o Presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, durante coletiva de imprensa. Enquanto a desoneração fiscal sobre arrecadação tributária de todos os setores econômicos no país foi de 18% na última década, para o setor automotivo foi de 8%. Com isso, esse segmento apresentou a melhor relação entre todos os setores da economia, com R$ 11,1 arrecadados para cada R$ 1 desonerado pelo

governo, sempre levando em conta dados coletados pela Receita Federal do Brasil (RFB). Entre 2011 e 2017, últimos dados divulgados pela RFB, o setor automotivo jamais representou mais do que 2% de toda a desoneração fiscal realizada pelo governo federal. Por desoneração, entenda-se a redução dos impostos por conta de políticas setoriais ou regionais de estímulo à industrialização ou a investimentos em produto e desenvolvimento (P&D). "É importante frisar que o governo não tira dinheiro do bolso ou dos contribuintes para doar a

indústrias. Ele abre mão de parte da arrecadação de impostos para compensar algumas deficiências estruturais, e também para estimular regiões ou desenvolvimentos tecnológicos. Na prática, a desoneração beneficia os consumidores na forma de preços mais baixos e de produtos mais avançados, seguros, eficientes e menos poluentes", explicou Moraes. "Em certa medida, isso serve para restituir a alta carga tributária de 44% sobre o preço do automóvel, o dobro do praticado na maioria dos países da Europa e mais que isso para casos como Japão e EUA", comparou.


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ranking dos 10 países que mais investem em P&D automotivo. O estudo também separou as desonerações setoriais das desonerações regionais, que são o maior montante e nunca foram uma demanda do setor automotivo, mas sim uma política governamental para levar empresas para as regiões Nordeste e Centro-Oeste, de certa forma compensando os maiores custos logísticos de estar distante dos grandes centros urbanos e dos parques de fornecedores. "O fato é que se criou uma falsa imagem de que o setor automotivo é muito privilegiado. E é justamente o contrário. Somos tributados absurdamente, de forma que as desonerações pouco melhoram a nossa competitividade. Apesar de todos os entraves e do Custo Brasil, entregamos produtos cada vez mais modernos e eficientes, geramos empregos de qualidade em larga escala (8 indiretos para cada direto, segundo o BNDES), geramos arrecadação e divisas nas exportações, geramos renda e PIB e ainda investimos muito em tecnologias, algumas delas estratégicas para o país e que proporcionam cursos superiores e técnicos importantíssimos para nossa inserção global", enumera o Presidente da Anfavea. "Feliz o país que tem uma indústria de transformação como a que temos no Brasil, em especial a automotiva."

Números de janeiro: pouco a comemorar A Anfavea também divulgou os números da indústria automobilística em janeiro. A produção de 199,7 mil unidades cresceu 4,2% sobre janeiro de 2020, mas recuou 4,6% em relação a dezembro. Também as exportações trilharam esse caminho. Com 25 mil unidades embarcadas, o crescimento foi de 21,9% sobre o mesmo mês do ano passado, porém com queda de 34,8% em relação ao mês anterior. Já o licenciamento total de 171,1 mil autoveículos representou desempenho negativo, mesmo levando-se em conta os dois dias úteis a menos de janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado. A queda foi de 11,5% em relação a janeiro de 2020 e de 29,8% na comparação com dezembro. Luiz Carlos Moraes destacou que ainda há fatores preocupantes no horizonte, como a falta de alguns insumos (em especial semicondutores), o baixo estoque de veículos e o agravamento da pandemia, que prejudica atividades industriais e comerciais em algumas regiões do país. Fonte: Anfavea

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Contrapartidas à sociedade em todos os níveis Um dos exemplos de contrapartida apresentados no estudo da Anfavea se refere ao investimento feito no programa Inovar-Auto (2013 a 2017), que melhorou a eficiência energética (economia) de todos os motores de veículos nacionais. Na prática, a desoneração tributária de R$ 6,8 bilhões no período de 5 anos resultou em uma economia anual de R$ 7 bilhões (ou R$ 35 bilhões nos 5 anos de vigência do Inovar-Auto) em combustíveis aos donos desses novos veículos, e ainda a redução das emissões de CO2 em 2 milhões de toneladas por ano, equivalente ao plantio de 14 milhões de árvores. Além disso, a elevação do padrão tecnológico nesse período proporcionou aumento de competitividade internacional, acesso a novos mercados e contribuiu para elevar as exportações de 443 mil (2012) para 766 mil unidades (2017). Políticas industriais como o Inovar-Auto e o Rota 2030, iniciado em 2019, condicionam a desoneração fiscal a investimentos em P&D, o que tem colocado a indústria automobilística na segunda posição dos setores que mais investem em projetos tecnológicos no país, e na liderança dos que utilizam mais empregados nesses desenvolvimentos, todos altamente especializados e bem remunerados. Desde 2015, o Brasil passou a figurar no


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Associadas à Abeifa iniciam ano com queda de 0,4% Na importação, com 2.010 unidades emplacadas, associadas amargaram redução de 16,5% em janeiro 2021. A produção nacional compensou o desempenho da entidade. Com licenciamentos de 2.899 unidades, obteve alta de 14,9%

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s quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 4.909 unidades, das quais 2.010 importadas e 2.899 veículos de produção nacional, anotaram em janeiro último queda de 0,4% ante igual período de 2020, quando foram comercializadas 4.930 unidades. Na importação, as 2.010 unidades vendidas significaram redução drástica de 16,5% ante as 2.407 unidades de janeiro de 2020; enquanto na produção nacional – com 2.899 unidades – houve aumento de vendas de 14,9% ante as 2.523 unidades de 2020. Ante o mês de dezembro de 2020, os veículos importados registraram queda de 17%. Foram 2.010 unidades em janeiro de 2021 contra 2.422 unidades de dezembro de 2020. De outra parte, os licenciamentos de veículos aqui produzidos por associadas à Abeifa caíram

34,7%. São 2.899 unidades ante as 4.440 unidades de dezembro último. “O ano de 2020 foi extremamente difícil para o nosso setor, por conta da pandemia e da desvalorização do câmbio. Agora o ano começa, para a importação, ainda muito lento, registrando reduções expressivas de vendas sobre bases fracas do ano passado”, analisa João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa. Nesse sentido, a entidade reforça e insiste em seu pleito de redução da alíquota do imposto de importação, passando dos atuais 35% para 20%, porcentual equivalente à Tarifa Externa Comum do Mercosul, diante do panorama persistente de alta do dólar e do euro, principais moedas de negociação internacional de importação.

Participações Em janeiro último, com 4.909 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 3,02% do mercado total de autos e comerciais leves (162.567 unidades). Se consideradas somente as unidades importadas, as associadas à entidade responderam por 1,24% do mercado interno brasileiro.

Downloads, acesse: Emplacamento por marcas Janeiro 2021 (PDF) Emplacamento por modelos Importados Janeiro 2021 (PDF) Emplacamento por modelos Nacionais Janeiro 2021 (PDF)


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Abraciclo projeta crescimento tímido de 10% na produção de motos em 2021 Fábricas de Manaus afetadas pela pandemia seguem produzindo abaixo da demanda (Por Pedro Kutney, AB )

Linha de montagem da Honda em Manaus: nova paralisação do maior fabricante afeta desempenho do setor

pós um ano de muitas restrições causadas pela pandemia de coronavírus, que inviabilizaram o atendimento integral da demanda por motos em todo o País e ainda geram filas de espera, a produção de motos no Polo Industrial de Manaus

(PIM) voltou este mês a enfrentar os efeitos do alastramento descontrolado da Covid-19 no Amazonas, com suspensão das atividades na maior fábrica, a Honda, e trabalho reduzido a um turno nas demais. O cenário adverso fez a Abraciclo,

que reúne os fabricantes do setor de duas rodas, reduzir suas expectativas em relação a 2021. A entidade divulgou na quarta-feira, 27, os resultado finais de 2020 e projeções de crescimento tímido para o setor este ano.

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A entidade projeta que a produção no PIM deverá superar por margem estreita a marca de 1 milhão de motos, chegando a 1,06 milhão, atingindo assim expansão de apenas 10,2% em comparação com as 961.986 unidades produzidas em 2020 – que re-

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presentaram queda de 13,2% sobre 2019. O volume também ficou 7,2% abaixo de 2018, mas ficou acima de 2016 e 2017, quando as fábricas de Manaus produziram menos de 900 mil motocicletas em cada ano. Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, lembra que os fa-

bricantes estavam recuperando o ritmo e esperavam produzir pouco mais 1,1 milhão de motos em 2020, mas tiveram um ano de apenas dez meses, com a paralisação quase completa da produção no PIM em abril e maio. Sem essa interrupção, 2020 teria sido quase igual a


entidades 2020 foi motivada pelas paralisações em abril e maio. Se as fábricas tivessem funcionado nesses meses, o ano teria sido igual a 2019, mas a pandemia não permitiu. Agora a nova onda da Covid impõe dificuldades adicionais para 2021”, avalia Marcos Fermanian. O presidente da Abraciclo aponta que as novas paralisações ou redução no ritmo de produção já causam retração

nas fábricas do PIM. “Este mês esperávamos produzir cerca de 100 mil motos, mas com as novas restrições janeiro deve fechar com metade disso, cerca de 50 mil”, observa. Ele acrescenta que toda a cadeia foi impactada pela imposição de restrições à circulação e toque de recolher em Manaus, o que prejudica o acesso dos empregados e levou os fabricantes a

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2019, quando foram fabricadas quase 1,11 milhão de unidades. Nos sete meses que se seguiram a partir de junho com o retorno ao trabalho sob restrições nas fábricas em Manaus, em cinco o total de motos fabricadas ficou acima do registrado nos mesmos meses do ano anterior, e em setembro e novembro a diferença a menor foi pequena. “Toda a queda de produção em


entidades trabalhar em apenas um turno, ou interromper as atividades, como fez a Honda, que decidiu suspender o trabalho por toda a última semana de janeiro.

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MAIS CONTRATAÇÕES E MENOS PRODUTIVIDADE EM MANAUS Fermanian destacou que no momento não há perspectivas de demissões nas fábricas de motocicletas dos 10 associados da Abraciclo. “Muito ao contrário, precisamos contratar para aumentar a produção e atender a demanda, que continua aquecida este ano, só não podemos fazer isso agora por causa das restrições trazidas pela nova onda da pandemia”, afirmou. O dirigente lembrou que o setor, mesmo produzindo menos, não demitiu e contratou em 2020. No último ano o nível de emprego cresceu 5,2% nas fábricas de motos do PIM, de 12.159 empregados no fim de 2019 para 12.794 em dezembro passado. “Foi necessário contratar para aplicar os protocolos de maior distanciamento entre as pessoas nas linhas de produção, mas com isso a produtividade caiu de 91 motos produzidas por funcionário em 2019 para 75 no ano passado”, explicou Fermanian. MERCADO DE MOTOS SEGUE AQUECIDO, MAS SEM ATENDIMENTO A Abraciclo trabalha com cenário de crescimento do mercado

brasileiro de motos este ano, mas devido às restrições já colocadas à produção em Manaus, a estimativa é que novamente não será possível atender toda a demanda. Assim a entidade estima que as vendas vão crescer apenas 7,1%, para 980 mil unidades vendidas no varejo. A expectativa é 10 pontos porcentuais mais baixa do que a projetada no início do mês pela Fenabrave (associação dos distribuidores autorizados), que prevê 1,08 milhão de emplacamentos de motocicletas em 2021, um incremento de 17,6%, sobre as 915 mil comercializadas em 2020, o que representou queda de 15% sobre 2019. Com a pandemia, o mercado de motos em 2020 foi aquecido pelo aumento expressivo das vendas de produtos on-line, o que alimentou a expansão dos serviços de entrega por motofrete. Como consequência direta, essa tendência estimulou a demanda por motocicletas novas e usadas de baixa cilindrada, em muitos casos compradas por pessoas que ficaram desempregadas e buscaram uma fonte de renda. As restrições à produção e o aquecimento da procura acabou provocando um descompasso entre oferta e demanda que em muitos casos se traduz em filas de clientes esperando por mais de três meses por uma moto. Não faltam reclamações de clientes que já têm financiamento aprovado ou que foram contemplados ou pagaram lances em consórcios, mas não conseguem receber o bem. Fonte: Automotive Business

EXPORTAÇÕES DE MOTOS SURPREENDEM As exportações de motos somaram 33.750 unidades em 2020, em retração de 12,6% sobre 2019, que pode ser considerada pequena diante do quadro adverso nos principais mercados compradores do Brasil. Apesar de pequeno, o volume surpreendeu e ficou 5.750 unidades acima do que previa a Abraciclo no início do ano, antes da pandemia, quando a entidade estimava vender apenas 28 mil motocicletas a outros países. “Nosso maior mercado externo, a Argentina, já vinha em queda acentuada, o que fez a participação do país no total de nossas exportações cair de 69% em 2018 para 47% em 2019 e 35% em 2020, quando as vendas dos nossos associados para o mercado argentino caíram 39,5% em relação ao ano anterior. Mas essa queda acabou sendo parcialmente compensada pelo crescimento dos embarques para outros países como Colômbia, Austrália e México”, explicou Fermanian. A Abraciclo projeta que em 2021 as exportações do setor vão continuar crescendo, devendo somar 40 mil motos, o que representa avanço de 18,5% sobre 2020.

Clique aqui e faça aqui o download dos dados de produção, vendas e exportação da Abraciclo


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Fenabrave projeta alta de 15,8% na venda de veículos leves em 2021 Entidade faz previsão conservadora, estima 2,26 milhões de emplacamentos no ano (Por Pedro Kutney, AB )

pós fechar 2020 com 1,95 milhão de veículos leves vendidos, o pior resultado em 14 anos, contabilizando queda de 26,6% sobre 2019 (conforme já antecipado aqui), a Fenabrave (associação dos distribuidores autorizados) apresentou na terça-feira, 5, os números consolidados de emplacamentos do ano passado

com base nos dados do Renavam e divulgou suas projeções para 2021. Apesar de o mercado apontar ritmo anual de 2,5 milhões de automóveis e comerciais leves para este ano, a entidade optou por uma previsão mais conservadora, estimando a venda de 2,26 milhões de unidades, o que representa moderada alta

de 15,8% sobre o ano anterior – boa parte das consultorias estima desempenho bem melhor, com crescimento de 23% a 28%. “Esperamos poder recuperar aos poucos o mercado, mas ainda há incertezas e fatos que podem repercutir nas nossas projeções”, adverte Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave.

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Projeções Fenabrave: Emplacamentos em 2021 TOTAL 2020

PROJEÇÃO%

TOTAL 2021

Automóveis e Comerciais Leves

1.950.889

15,80%

2.259.129

Caminhões

89.207

21,70%

108.565

Ônibus

18.219

8,20%

19.713

Motos

915.502

17,60%

1.076.630

Segundo comunicado da associação, a nova projeção anual foi feita em momento que ainda conserva alta volatilidade do mercado, com expectativa de crescimento do PIB de 3,5% este ano, o que ainda é pouco para recuperar todos os estragos econômicos causados pela pandemia de coronavírus, que continua ativa. O desempenho da economia brasileira permanece incerto diante de variáveis como desvalorização cambial, esperada alta da inflação e dos juros e aumento substancial do desemprego.

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RESULTADO DE 2020 MELHORES QUE OS PROJETADOS Na primeira divulgação de resultados de 2021, a Fenabrave comemorou o fato de ter errado suas projeções de 2020 revisadas pela última vez no início de outubro passado. Na época a entidade estimou que os emplacamentos de veículos leves no ano deveriam cair quase 30% em

relação a 2019, somando 1,88 milhão de unidades, número 70 mil unidades abaixo do que foi efetivamente realizado (1,95 milhão e queda de 26,6%). “Os principais fatores que influenciaram nessa melhora, principalmente a partir do segundo semestre, foram a manutenção da taxa de juros em um patamar baixo e o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência. Com isso, melhorou a oferta de crédito, favorecendo a tomada de decisão para a aquisição de veículos”, explica o presidente da Fenabrave. Assumpção Jr. destacou ainda que os desempenhos de 2020 e de dezembro (o melhor mês do ano) poderia ter sido melhor, não fosse pela falta de produtos, o que contribuiu para segurar a recuperação do mercado em relação a 2019. Fonte: Automotive Business

“Apesar de o último trimestre ter sido positivo e ter demonstrado uma forte reação de todos os segmentos, essa recuperação não foi suficiente para superar os resultados do último trimestre de 2019. Isso se deve, entre outros fatores, à falta de disponibilidade de automóveis e comerciais leves no mercado, causada pela falta de componentes e pelo reflexo da pandemia, que retraiu a produção na indústria”, avaliou o dirigente. Contudo, Assumpção Jr. reconhece que o mercado tem condições favoráveis para evoluir melhor em 2021. “Vale ressaltar que a oferta de crédito para os todos segmentos de veículos continua abundante e a demanda permanece aquecida”, destaca o presidente da Fenabrave.

Clique aqui e faça aqui o download dos dados da Fenabrave


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O trabalho na próxima década É indispensável disponibilizar mecanismos para apoiar os trabalhadores e requalificar os mesmos para que se ajustem às exigências dos novos trabalhos (Por José Pastore )

Além disso, serão necessárias novas mudanças nas instituições do trabalho para dar flexibilidade à contratação (Arte: TUTU)

gias. No início, os analistas se preocupavam em determinar o balanço entre emprego destruídos e empregos criados. Hoje, a preocupação maior é com as transformações que ocorrem nas várias

profissões, emergentes e declinantes. Disso decorre a inadiável necessidade de educar os trabalhadores de modo a prepará-los para requalificações ao longo de toda a sua vida profissional.

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uando há um hiato temporal muito longo começa, hoje, uma nova década. O que será do trabalho humano? O trabalho tem passado por grandes transformações em decorrência das novas tecnolo-


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É claro, muitas atividades continuarão demandando trabalhadores de qualificação limitada. Mas, ao longo da nova década, esse grupo será declinante. O que exige mais qualificação, será crescente. Li dois estudos recentes sobre o assunto: The work in the future, Cambridge: MITWork, 2020 e The future of jobs report, Genebra: World Economic Forum, 2020. Em ambos há um posicionamento otimista segundo o qual, ao longo desta década, a entrada das novas tecnologias criará muitos empregos ao lado dos destruídos. O balanço será positivo. Mas, nesses estudos, há o reconhecimento da ocorrência de dois problemas no processo de destruição-criação de empregos. O primeiro refere-se ao hiato temporal que ocorre entre a destruição e a criação —o timing. O segundo refere-se ao ajustamento das habilidades requeridas pelos empregos criados — o matching. Quando há um hiato temporal muito longo entre a destruição e a criação de qualquer tipo de trabalho, os trabalhadores ficam desempregados ou trabalhando de forma precária no mercado informal. Quando os trabalhadores não têm as habilidades requeridas pelos novos empregos ocorre o mesmo problema. Daí a conclusão que é encontrada na maioria dos estudos sobre o tema: em todos os países, é imperioso disponibilizar mecanismos para apoiar os trabalhadores no caso de hiato temporal prolongado e para requalificar os

mesmos para que se ajustem às exigências dos novos trabalhos. No primeiro caso, impõe-se o acionamento e aperfeiçoamento do seguro-desemprego. No segundo, os programas de requalificação. Neste campo, os programas mais eficientes são os que articulam as escolas com as empresas. O Fórum Econômico Mundial lançou uma campanha para a requalificação de um bilhão de trabalhadores até 2030 e já conta com mais de 500 empresas desenvolvendo programas de requalificação contínua, inclusive na área comportamental. Além disso, serão necessárias novas mudanças nas instituições do trabalho para dar flexibilidade à contratação e garantir que uma boa parte do aumento de produtividade gerado pelas novas tecnologias seja transferida para os trabalhadores. A erosão dos sindicatos laborais e as repetidas recessões em vários países têm conspirado contra o poder de pressão dos trabalhadores para capturar os ganhos de produtividade.

Mas novas formas de organização e pressão estão surgindo. Multiplicam-se as assembleias sindicais virtuais com uma participação de empregados muito superior às assembleias presenciais. Os trabalhadores estão ganhando força de pressão por meio das tecnologias digitais (Internet, whatsapp, redes sociais, etc.). Elas permitem uma comunicação permanente com os representados e o exercício de pressão sobre as empresas. Em muitos casos, até greves são detonadas pela via do whatsapp. Lembremos dos caminhoneiros em 2018 que praticamente pararam o país por mais de 10 dias. Ou seja, as novas tecnologias estão “emponderando" os trabalhadores e fazendo surgir um novo tipo de sindicalismo. Tudo indica que, ao longo da década, surgirão movimentos para aumentara participação do trabalhador nos resultados das empresas e da própria economia de cada país. Estou confiante. Teremos muitas boas novidades no campo do trabalho.

*José Pastore é Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP. Fonte: FecomercioSP


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Mundo perdeu 255 milhões de empregos na pandemia OIT diz que perdas equivalem a 4,4% do PIB global

dade, e não pela falta de vagas. Ou seja, 81 milhões de pessoas deixaram o mercado por não conseguirem trabalhar, seja por restrições impostas durante a pandemia, seja por terem parado de procurar uma ocupação. No total, 114 milhões de pessoas foram afetadas. Setores Os setores mais afetados foram os de hospedagem e alimentação. Nas duas áreas, houve redução de mais de 20% do emprego. Os setores do varejo e da indústria aparecem em seguida. Por outro lado, houve aumento de emprego nos setores de informação e comunicação e finanças e seguros nos segundo e terceiro trimestres de 2020. Recuperação As últimas projeções da OIT mostram que “a maioria dos países experimentará uma recuperação relativamente forte no segundo semestre do ano”, considerando o início da vacinação em vários países. A entidade apresentou três cenários, um pessimista, um otimista e um de referência.

No cenário pessimista, de vacinação lenta, a jornada de trabalho diminuiria 4,6%, enquanto no cenário otimista, a queda seria de 1,3 %. No cenário de referência (que se baseia nas previsões do Fundo Monetário Internacional de outubro de 2020), projeta-se perda de 3% das horas de trabalho globalmente em 2021 (em comparação com o quarto trimestre de 2019), o que equivale a 90 milhões de empregos em tempo integral. Tudo dependerá de a pandemia estar sob controle e de haver uma renovada confiança entre consumidores e empresas, alerta a Organização Internacional do Trabalho. A OIT faz recomendações para a recuperação do emprego, entre as quais destacam-se a manutenção de “políticas macroeconômicas flexíveis” em 2021 e em anos subsequentes, com incentivos fiscais e a adoção de medidas que estimulem a renda e o investimento; e a adoção de medidas específicas de apoio aos setores mais afetados e promoção do emprego nos setores em que os avanços são mais rápidos. Fonte: Agência Brasil

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m relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que a pandemia de covid-19 causou a perda de 8,8% das horas de trabalho em todo o mundo, o equivalente a 255 milhões de empregos em tempo integral. O cálculo da OIT foi feito em horas de trabalho perdidas, considerando as jornadas de trabalho reduzidas e também aquelas pessoas que perderam o emprego. A comparação foi com o último trimestre de 2019. A OIT estima que a renda caiu em US$7 trilhões em todo o mundo, o equivalente a 8,3% da renda global do trabalho, ou 4,4 % do Produto Interno Bruto (PIB) global. As mulheres foram mais afetadas que os homens na pandemia. Para elas, a perda de emprego ficou em 5% e, para eles, em 3,9%. Entre os jovens, também houve forte impacto, ou por saírem do mercado de trabalho, ou por adiarem sua entrada nele. A perda de emprego entre os jovens (15-24 anos) foi de 8,7% e de 3,7 % na população adulta. De acordo com o relatório, 71% das perdas de emprego ocorreram por causa da inativi-


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Brasil encerra 2020 com geração de 142.690 empregos formais Preservação de empregos é o responsável pelo resultado

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Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB [Produto Interno Bruno - soma de todos os bens e serviços] caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva virtual de divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para ele, o Benefício Emer-

gencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado pelo governo federal durante a pandemia de covid-19, é um dos responsáveis pelo resultado, já que evitou a demissão de cerca de 10 milhões de pessoas durante o ano passado. Pelo programa, empregadores e funcionários fizeram acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos. Como contrapartida, o governo pagou, com recursos do Fundo

de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido. “O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] também soltou dado que confirma esse avanço, essa recuperação da economia brasileira em V [forte queda seguida de forte alta], quando anunciou quase 4 milhões de aumento na população ocupada, quando compara o trimestre de setembro/


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Demissões em dezembro Após cinco meses de saldo positivo, em dezembro, o número de demissões superou o de contratações no Brasil, com o fechamento de 67.906 postos de trabalho. De acordo com o ministério, dezembro é um mês “de ressaca” no mercado e essas perdas são comuns. O ministro Paulo Guedes destacou ainda que essa é a menor perda de empregos desde 1995. “Essas perdas são sazonais. Então vamos comparar com dezembro de 2015, quando o PIB caiu 3,5% no ano, foi uma recessão autoimposta e nós perdemos 596 mil empregos”, disse. Em dezembro de 2019, por exemplo, também foram fechadas 307 mil vagas. Na avaliação do ministério, o compromisso de manutenção de empregos promovido pelo BEm também contribui para

que essa queda em dezembro fosse menor. No mês passado, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos. Continuidade do BEm De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o governo avalia, “em conjunto com a evolução dos acontecimentos [da pandemia]”, se deve ou não lançar mão novas medidas emergenciais. “Isso sempre esteve na prancheta, em momento algum deixamos de lado esse pensamento. Mas, obviamente, isso demanda análises das circunstância e políticas que estamos fazendo com o ministro Paulo Guedes e o presidente da República [Jair Bolsonaro]”, explicou. Além disso, segundo ele, o Ministério da Economia continua trabalhando em medidas estruturantes, como a melhoria do ambiente de negócios, desburocratização e revisão de normas. “Soltamos duas consultas públicas relativas a reestruturações de legislações trabalhistas para facilitar seu manuseio, retirar burocracia, reduzir o custo de contratação e, assim, gerar oportunidade”, contou. Dados isolados No acumulado do ano de 2020, apenas o setor de serviços teve saldo negativo nos empregos, com o fechamento de 132.584 postos de trabalho. A construção e a indústria lideram o ranking de contrata-

ções, com a criação de 112.174 e 95.588 empregos, respectivamente. Já no mês de dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo, com mais 62.599 empregos. Das cinco regiões do país, quatro tiveram saldo positivo no acumulado do ano, apenas o Sudeste perdeu vagas, queda de 88.785, puxado pelo Rio de Janeiro que, sozinho, fechou 127.155 empregos, enquanto Minas Gerais criou 32.717. No Norte, o destaque é para o Pará, com a criação de 32.789 postos, mais da metade dos 62.265 empregos formais gerados na região. No Nordeste, o Maranhão, com 19.753, e o Ceará, com 18.546, puxaram o saldo positivo de 34.689 de novos postos de trabalho. No Sul, que teve 85.500 vínculos a mais, Paraná e Santa Catarina geraram 52.670 e 53.050, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve Goiás como o principal criador de vagas, com 26.258 das 51.048 da região. Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 1.735,39. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 26,45 no salário médio de admissão, uma variação positiva de 1,55%. As estatísticas completas do Caged de dezembro e do acumulado de 2020 estão disponíveis na página do Ministério da Economia. Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged. Fonte: Agência Brasil

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outubro/novembro sob trimestre anterior, sendo que quase 1 milhão foi de carteira assinada”, destacou Guedes. De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.


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Comércio paulistano registra perda histórica de empregos formais Em 2020, comércio paulistano perdeu maior número de empregos formais da série histórica da FecomercioSP. Setor de serviços registrou o segundo pior resultado desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2010

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om 32.532 empregos celetistas a menos, o comércio da cidade de São Paulo fechou 2020 com a pior taxa de empregabilidade da série histórica da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde o início de 2010. O setor sofreu um enxugamento de 3,78% nos seus postos de trabalho em relação a 2019, puxado principalmente pela queda brusca das vagas formais no varejo (-22.127) – atividade mais prejudicada desde a chegada da pandemia ao País, em março do ano passado. Antes, o ano mais negativo havia sido 2015, quando o comércio também teve mais demissões do que admissões, fechando aquele período com 27,1 vagas formais a menos. O desempenho do setor de serviços paulistano, em 2020, seguiu trajetória semelhante ao do comércio: perda de 34.960 empregos celetistas ao longo do ano, o que representa o segundo pior resultado da série histórica, atrás apenas das 53.605 vagas perdidas em 2016. Os números

ruins, neste caso, foram puxados pelas atividades de alojamento e alimentação, que sofreram com as restrições de circulação ao longo do ano passado e, assim, ficaram com 49.439 postos de trabalho formais a menos. Para a FecomercioSP, apesar dos recordes negativos, a pesquisa apresenta um cenário melhor do que o previsto durante o auge da pandemia, entre os meses de

março e junho: à época, a retração significativa dos empregos fez com que muitos analistas prognosticassem o pior ano da história de ambos os setores, na cidade. No entanto, a recuperação iniciada a partir do segundo semestre foi, da mesma forma, intensa: entre junho e dezembro, o comércio recuperou cerca de 90% das perdas de empregos daquele período, enquanto os ser-


gestão e direito

Estado também registra quedas expressivas Os desempenhos negativos do mercado de trabalho do comércio e dos serviços na cidade de São Paulo foram os principais responsáveis pela queda da empregabilidade do Estado ao longo de 2020. Segundo a PESP, os comerciantes paulistas fecharam o ano passado com 29.306 vagas formais a menos do que em 2019, encabeçado quase totalmente pelo varejo, que viu sua mão de obra perder 20.531 postos. O primeiro semestre de 2020 registrou o pior desempenho desde o início da série histórica da pesquisa no Estado, com retração de 159.143 empregos formais. Os serviços também fecharam o ano passado no negativo: 41.687 vagas celetistas perdidas. Neste caso, as retrações de 101.181 postos de trabalho nas atividades de alojamento e alimentação e de 19.502 na área da educação só não puxaram o

desempenho de 2020 para um recorde histórico absoluto porque, por outro lado, o setor de saúde humana e serviços sociais abriu 33.431 novos colaboradores no mesmo período, enquanto as atividades administrativas e complementares tiveram uma expansão de 59.782 admissões no mercado de trabalho. No caso do setor de serviços, os resultados da capital foram fundamentais para o balanço negativo: o saldo de empregos na cidade correspondeu a 84% do total do Estado, de acordo com a Federação. O que esperar dos próximos meses? Se os números de 2020 não são animadores, a perspectiva para o início de 2021 também não é das melhores. No entendimento da FecomercioSP, a tendência é que a já conhecida redução de empregos no primeiro trimestre – quando as empresas demitem os funcionários temporários do fim do ano anterior – seja ainda maior agora. Isso porque a segunda onda do covid-19 limita novamente a

circulação de pessoas e, em alguns casos, obriga muitos negócios a fechar as portas por longos períodos. A maior parte das regiões do Estado de São Paulo está, atualmente, na fase vermelha do Plano São Paulo, assim como foi nos piores meses de 2020. Além dela, o fim do auxílio emergencial – que serviu como um alívio para o orçamento familiar e manteve o consumo aquecido – deixa o cenário ainda mais desafiador. No contexto econômico, os aumentos da inflação e dos juros e o desemprego, como se vê nesta pesquisa, complexificam ainda mais este início de ano. Nota metodológica A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

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viços reviram 60% das vagas que tinham sido fechadas. O setor, vale lembrar, chegou a bater um recorde de seis anos em outubro, quando as 61.849 vagas formais abertas representaram o melhor desempenho para um mês desde fevereiro de 2014. Para o comércio paulistano, depois do varejo, as atividades que mais perderam postos de trabalho foram as lojas de vestuário e acessórios (-8.725), seguidas pelos atacadistas (-6.496) e pelas concessionárias de veículos (-3.909).


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GM celebra 96 anos de Brasil com 17 milhões de veículos produzidos Liderança nas vendas pelo quinto ano também foi comemorada; Brasil é o segundo maior mercado da Chevrolet no mundo

Fábrica da GM em São Caetano do Sul: a mais antiga em operação no Brasil

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General Motors comemorou na terça-feira, 26, 96 anos de fundação da subsidiária brasileira com uma importante marca: 17 milhões de veículos produzidos em suas três fábricas de automóveis – em São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP)

e Gravataí (RS). Por meio de comunicado, a fabricante destacou seus principais feitos no período e não deixou de alfinetar a rival Ford, que está fechando todas as suas unidades fabris no País. “Este é um marco importante e mostra o tamanho do compro-

misso que a GM tem com o Brasil. E este comprometimento é retribuído pelos brasileiros. Temos o Onix como o carro mais vendido há seis anos e a liderança de mercado em geral há cinco”, declarou Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.


montadoras “Nas vendas de varejo, que refletem a preferência do consumidor, somos líderes desde 2013 e esta liderança vem se ampliando nestes últimos anos. Fechamos 2020 com seis pontos porcentuais à frente do segundo colocado. Como resultado de tudo isso, nossas pesquisas indicam que a marca Chevrolet nunca esteve tão bem posicionada como agora. É um aniversário carregado de conquistas e de significado", completou. No texto, a montadora ressaltou a importância do Brasil para o grupo – é o segundo maior mercado global da marca Chevrolet (atrás apenas dos Estados Unidos), e somou mais de 338 mil veículos licenciados no ano

passado. Também foi destacada a retomada do investimento de R$ 10 bilhões em suas fábricas localizadas em São Paulo, assim como alguns fatos curiosos registrados durante esses quase 100 anos de história. Em termos de evolução, por exemplo, a empresa recorda que se passaram sete meses desde o início de suas operações no Brasil até que a marca de 25 mil veículos produzidos fosse alcançada, enquanto hoje, esse total é produzido em 22 dias. Um fato curioso é que além de caminhões, ônibus, carrocerias e diversos componentes automotivos, a GM produziu geladeiras – da marca Frigidaire – no Brasil. Também chama a atenção o fato de a GMB possuir

a mais antiga fábrica de automóveis do País ainda em atividade (em São Caetano do Sul) e a mais eficiente do grupo no mundo (em Gravataí). Atualmente, as três fábricas de veículos da empresa no Brasil têm capacidade para produzir cerca de 740 mil unidades por ano. As operações da GM no Brasil também envolvem a fábrica de motores de Joinville (SC), a planta de componentes estampados e soldados em Mogi das Cruses (SP), que produz também para o mercado de reposição, e o centro de distribuição de peças em Sorocaba (SP). Em São José dos Campos, além de montar carros, são produzidos motores, transmissões e componentes.

GM anuncia plano para neutralizar emissões de carbono até 2040 Grupo também se comprometeu a lançar 30 veículos elétricos em todo o mundo até meados desta década um esforço mundial que reúne agências da ONU e líderes empresariais e industriais para trabalharem com o objetivo de evitar o aquecimento global. “A General Motors está se juntando a governos e empresas globalmente, trabalhando para

criar um mundo mais seguro, mais verde e melhor”, afirmou Mary Barra, CEO da empresa. “Nós encorajamos outros a seguir este exemplo e causar um impacto significativo em nossa indústria e na economia como um todo”, acrescentou.

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General Motors anunciou, por meio de comunicado oficial, que pretende se tornar neutra em emissões de carbono até 2040, e para isso se comprometeu a adotar metas baseadas na ciência, além de ter assinado o Business Ambition Pledge for 1,5 °C,


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Um dos primeiros passos da GM para atingir o objetivo será zerar as emissões de seus veículos leves novos até 2035 por meio da eletrificação. A empresa garante que vai trabalhar para oferecer modelos de emissão zero de várias faixas de preço e em conjunto com diversas entidades para oferecer a infraestrutura de postos de recarga e atuar no trabalho de esclarecimento do público sobre as vantagens dos carros elétricos. “Com este extraordinário passo à frente, a GM está deixando claro que tomar medidas para eliminar a poluição de todos os veículos leves novos até 2035 é um elemento essencial do plano de negócios de qualquer fabricante de automóveis”, afirmou Fred Krupp, presidente do Fundo de Defesa Ambiental americano, uma das entidades com as quais a GM estabeleceu parceria.

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UM VEÍCULO ELÉTRICO PARA CADA CLIENTE Outra medida anunciada pela GM é a oferta de 30 modelos totalmente elétricos em todo o mundo até meados desta década, assim como o compromisso de que 40% dos veículos à venda nos Estados Unidos até o final de 2025 sejam elétricos a bateria (BEV). A companhia está investindo US$ 27 bilhões em modelos elétricos e autônomos nos próximos cinco anos, incluindo o de-

senvolvimento da bateria Ultium e a atualização de fábricas para a produção de veículos elétricos usando componentes de origem global. A meta é bastante ousada: oferecer, nos próximos anos, um veículo elétrico para cada cliente, de crossovers e SUVs a sedãs e picapes. O investimento em elétricos, contudo, não significa que a GM vá abandonar os motores a combustão. Pelo contrário, segundo o comunicado, a empresa seguirá trabalhando para aumentar a eficiência dos veículos com propulsores convencionais, de acordo com a economia e com os regulamentos de emissões de cada país. Assim, sistemas eletrô-

nicos (como Start-Stop), aprimoramentos aerodinâmicos, downsizing de motores, transmissões mais eficientes, redução de peso e pneus com menor resistência ao rolamento continuarão sendo pesquisados. A GM também precisa neutralizar as emissões de suas instalações, e para tanto quer fornecer 100% de energia de fontes renováveis para as suas fábricas nos Estados Unidos até 203 e em todo o mundo até 2035. Além disso, vai incentivar sua cadeia de fornecedores a também investirem na sustentabilidade, por meio de conselhos para compartilhar as melhores práticas e criar padrões para toda a indústria. Fonte: Automotive Business


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Ford encerra produção de veículos no Brasil Empresa encerrará a produção nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE) durante 2021. A companhia manterá no Brasil a sede administrativa da América do Sul, o Centro de Desenvolvimento de Produto e o Campo de Provas

Fábrica do Ford Ka, em Camaçari — Foto: Divulgação

Uruguai e outros mercados, ao mesmo tempo em que a Ford Brasil encerra as operações de manufatura em 2021. A Ford atenderá a região com seu portfólio global de produtos, incluindo alguns dos veículos mais conhecidos da marca como a

nova picape Ranger produzida na Argentina, a nova Transit, o Bronco, o Mustang Mach 1, e planeja acelerar o lançamento de diversos novos modelos conectados e eletrificados. A Ford mantém assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças

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Ford Motor Company anunciou hoje que atenderá os consumidores na América do Sul com um portfólio empolgante de veículos conectados, e cada vez mais eletrificados, incluindo SUVs, picapes e veículos comerciais, provenientes da Argentina,


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de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo. “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro.” A empresa irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção. “Nosso dedicado time da América do Sul fez progressos significativos na transformação das nossas operações, incluindo a descontinuidade de produtos não lucrativos e a saída do segmento de caminhões”, disse Lyle

Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes. Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo." A Ford está constantemente avaliando seus negócios em todo o mundo, incluindo a América do Sul, fazendo escolhas e alocando capital de forma a avançar em seu plano de atingir uma margem corporativa EBIT de 8% e gerando um forte e sustentável fluxo de caixa. O plano da Ford prevê o desenvolvimento e a oferta de veículos conectados de alto valor agregado e qualidade – cada vez mais eletrificados –, com serviços acessíveis a uma gama mais ampla de consumidores. A empresa se move rapidamente, com o objetivo de: - Transformar seu negócio automotivo – competindo de maneira desafiadora, simplificando e modernizando todos os aspectos da empresa; e - Crescer alavancando os pontos fortes já existentes, desafiando o negócio automotivo convencio-

nal e realizando parcerias para expandir eficiência e conhecimento. “Trabalharemos intensamente com os sindicatos, nossos funcionários e outros parceiros para desenvolver medidas que ajudem a enfrentar o difícil impacto desse anúncio”, continuou Watters. “Quero enfatizar que estamos comprometidos com a região para o longo prazo e continuaremos a oferecer aos nossos clientes ampla assistência e cobertura de vendas, serviços e garantia. Isso se tornará evidente ao trazermos para o mercado uma linha empolgante e robusta de SUVs, picapes e veículos comerciais conectados e eletrificados, de dentro e fora da região.” Watters acrescentou que, além da confirmação da produção da nova geração da Ranger, da chegada do Bronco, do Mustang Mach 1 e da Transit, a Ford também planeja anunciar outros modelos totalmente novos, incluindo um veículo híbrido plug-in. “Isso se alia à expansão de serviços conectados e de novas tecnologias autônomas e de eletrificação nos mercados da América do Sul.” A produção será encerrada imediatamente em Camaçari e Taubaté, mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte continuará operando até o quarto trimestre de 2021. Como


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veis para partes interessadas adquirirem as instalações produtivas disponíveis. Em decorrência desse anúncio, a Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021. Aproximadamente US$

1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.

Sobre a Ford Motor Company A Ford Motor Company é uma companhia global sediada em Dearborn, Michigan. A companhia projeta, fabrica e comercializa uma linha completa de carros,

picapes, SUVs, veículos eletrificados e veículos de luxo da marca Lincoln, além de fornecer serviços financeiros através da Ford Motor Credit Company, e está buscando posições de liderança em eletrificação; soluções de mobilidade,

incluindo serviços de condução autônoma; e veículos conectados. A Ford emprega aproximadamente 187.000 pessoas em todo o mundo. Para mais informações e notícias sobre a Ford Brasil, visite o site https://media.ford.com.

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resultado, a Ford encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas em outros mercados da América do Sul não serão impactadas. A Ford continuará facilitando alternativas possíveis e razoá-


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Artigo Reflexos do fim da produção da Ford Coluna Fernando Calmon nº 1.132

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Decisão da empresa de encerrar a produção de veículos no Brasil tem implicações negativas de curto prazo. Mas não deve levar a um cenário de desindustrialização do setor automobilístico. Existem alguns aspectos históricos a ressaltar. Em 1986 a Ford esteve perto de sair do País em meio à conhecida década econômica perdida. As importações de veículos estavam proibidas, não existiam alternativas. Contudo, a união com a Volkswagen, na Autolatina, deu-lhe fôlego para continuar nove anos depois do “divórcio”. Na Argentina houve desistência industrial da GM, que anos depois retornou. Fiat e Peugeot se fundiram, se separaram e voltaram cada uma para seu lado. Renault da mesma forma: entrou, saiu e voltou. No Brasil há os casos da Alfa Romeo, Audi, Chrysler, Jeep, Renault e Mercedes-Benz. A Ford ainda produz automóveis na Europa, Índia e China, mas na América do Norte e agora do Sul, nada. Não há um prazo para focar apenas em SUVs, crossovers e picapes, conforme anunciou em 2018. Estes são bem mais lu-

crativos e os compradores americanos mantêm confiança nas marcas domésticas, em especial nos modelos maiores. Um aspecto pouco observado é que a empresa decidiu manter o centro de desenvolvimento, na Bahia e o campo de provas, em São Paulo. Exportará serviços e alguns empregos qualificados serão salvos. Porém, terá que devolver incentivos fiscais e indenizar empregados e concessionárias. Para tanto alocou US$ 4,5 bilhões (R$ 24 bilhões). A GM, ao contrário, enviou grande parte dos engenheiros brasileiros para a China, mas descongelou agora R$ 10 bilhões de investimentos nos próximos cinco anos para novos produtos. Obviamente a participação de mercado da Ford vai cair para um patamar bem inferior ao qual terminou em 2020. O tíquete médio dos carros que venderá será muito mais alto, mas a empresa quer garantir a rentabilidade que garantirá sua sobrevivência não só aqui, mas no mundo. Isso, no entanto, não deve afetar a recuperação do mercado brasileiro este ano (leia abaixo).

O Brasil é um país dos compactos. Hatches e sedãs representam cerca de 45% das vendas totais. Com o avanço das novas tecnologias, ainda caras, fica bastante mais difícil diluir os custos em modelos menores e de lucratividade limitada. A saída natural seria importar componentes e aumentar a exportação. Para tanto o País teria de investir muito em infraestrutura, além de uma reforma tributária que realmente melhorasse a eficiência econômica e desonerasse os produtos exportados, como os outros países fazem. Esse mau hábito de gerar créditos tributários e nunca restituí-los ou compensá-los, realmente não funciona. Por suas dimensões continentais e densidade de habitantes por veículo ainda inferior à da Argentina e do México, por exemplo, o Brasil ainda tem o que avançar. De 2010 a 2014 o País figurou como quarto maior mercado interno do mundo, atrás de China, EUA e Japão. Por sua imensa população a Índia vai se consolidar à nossa frente. Mesmo assim, uma quinta colocação no ranking mundial continuará sen-


montadoras

O QUE ESPERAR DO MERCADO EM 2021 A economia brasileira foi fortemente atingida pela pandemia do covid-19, em 2020. Ainda assim a queda do PIB (em torno de 4,5%) ficou em patamar bem menor que o previsto até pelo FMI. Na indústria automobilística não foi diferente. Contra números previstos de até mais de 40% de redução do mercado interno de veículos leves e pesados, o tombo ficou em 26%. Em 2015, mesmo sem pandemia, as vendas já haviam caído nessa mesma magnitude. Nada comparável a 1981, quando as vendas derreteram 40% frente a 1980.

Na produção que inclui os números de exportação, principalmente para a Argentina, a queda atingiu 31%. O total de empregados na indústria sofreu uma contração de 4% (5.000 funcionários a menos). Os estoques nas fábricas e concessionárias caíram para apenas 12 dias (um terço do habitual), o menor em toda a séria histórica da indústria. Para este ano a Anfavea demonstrou cautela na recuperação das vendas (15%), exportações (9%) e produção (25%). A Fenabrave também projetou os mesmo 15% de avanço na comercialização, uma coincidência que não é tão comum. Nesse ritmo a volta aos níveis de 2019 (ano sem efeito da pandemia) só ocorreria em 2023. Para complicar ainda há o desastrado aumento do ICMS no Estado de

São Paulo, tanto para veículos novos quanto para usados. Deverá impactar as vendas, embora ainda não seja possível avaliar os estragos. Por outro lado, apesar dos percalços políticos em Brasília, a economia brasileira crescerá este ano no mínimo 3,5% até por uma base comparativa baixa em relação a 2020. A vacinação de parte da população deve ajudar como reação positiva. O dinheiro retido no ano passado pelo cancelamento de viagens e outros gastos entre os que podem comprar automóveis, deve ser aplicado para este fim. Então, há um potencial de voltar aos números de 2019 já em 2021, o que significaria um incremento nas vendas em torno de 35%. Otimismo exagerado? É o que vamos conferir em 31 de dezembro deste ano.

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do atraente. Como produtor de veículos já fomos o sétimo (hoje, o nono), mas existe potencial de ser o sexto colocado.


indústrias

Caio completa 75 anos de produção de ônibus Comemoração coincide com os 20 anos do Grupo Caio Induscar, formado por mais seis empresas

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Companhia Americana Industrial de Ônibus, mais conhecida como Caio, maior encarroçadora de ônibus urbanos do Brasil, está completando 75 anos de operações neste mês. A história da companhia, fundada em dezembro de 1945, no bairro da Penha, em São Paulo, se confunde com a evolução do transporte público de passageiros no País, onde produziu seu primeiro modelo,

a Jardineira, já no mês seguinte, em 10 de janeiro de 1946 (veja galeria de fotos logo abaixo). Com o crescimento das cidades, a Caio iniciou um processo de desenvolvimento e fornecimento de ônibus para todas as regiões do Brasil, consolidando sua liderança no mercado de ônibus urbanos. Após mais de sete décadas, a marca mantém sua relevância e termina 2020 com

cerca de 40% de participação no mercado. Atualmente a companhia mantém um complexo industrial em Botucatu (SP). Os 75 anos completados das operações industriais da Caio neste mês coincidem com os 20 anos da criação do Grupo Caio Induscar, que ocorreu após a Caio ter decretado falência em dezembro de 2000, resultado de um ano crítico de dificuldades


indústrias

PORTFÓLIO Ao longo de sua história, a Caio se tornou referência no segmento de ônibus urbano, com um portfólio diversificado. Atualmente, a lista de produtos conta com modelos urbanos do tipo padrón e articulados, mídis, micros e minis. Além destes, também fazem parte do portfólio da marca os veículos especiais para atender à demanda de grandes centros urbanos, tais como ônibus hí-

Fábrica da Caio na Rua Guaiaúna, no bairro da Penha, em São Paulo

Jardineira, primeiro modelo produzido pela Caio em 1946

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Estrutura metálica substitui as de madeira nos ônibus em meados da década de 50

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conjunturais econômicas, gerando crises e retração do mercado interno. Após um processo de recuperação exemplar, que envolveu desde funcionários veteranos da Caio, até sindicato, juízes, promotores, advogados e empresários, o negócio foi retomado com a Induscar, que pertence ao Grupo Ruas, e que recebeu autorização da Justiça para assumir a massa falida da Caio, em janeiro de 2001. O conglomerado é formado por mais outras seis empresas: CPA (Centro de Processamento de Alumínio); Fiberbus (fabricante de peças em fibras); GR3 (Centro de Distribuição de Alumínio); Inbrasp (fabricante de peças de plásticos automotivas, com três fábricas, duas em Botucatu/SP e uma em Betim/ MG); Tecglass (fabricante de vidros temperados) e mais recente a Busscar, tradicional marca na produção de ônibus rodoviários no Brasil.


indústrias

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bridos e os 100% elétricos, além dos modelos utilizados em sistema trólebus, que completam o mix de produtos. Breve resumo de 75 anos de história da Caio Dezembro de 1945: O contrato de oficialização de abertura da encarroçadora Caio – Companhia Americana Industrial de Ônibus é assinado por dois entusiastas e empreendedores que, em janeiro de 1946, iniciam as operações da empresa com a produção do primeiro ônibus: a Jardineira. Na década de 50, a Caio foi a pioneira na produção de ônibus movido por tração elétrica (trólebus), micro-ônibus e ônibus articulado. Em 1957, a empresa revolucionou a construção de carrocerias, substituindo a madeira por estrutura inteiramente metálica. Mais tarde, houve substituição das chapas de aço comum por galvanizadas, depois por duralumínio. Em 1964, a Caio se tornara a maior fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil, tendo fabricado mais de 10 mil unidades desde sua fundação e já com capacidade produtiva de 150 unidades mensais. Produzia carrocerias urbanas, rodoviárias e de turismo, com motor traseiro, além de modelos do tipo lotação. Na década de 70, a Caio incorporou na estrutura das carrocerias o uso de peças de fibra de vidro. O material fez uma

Ônibus Papa-filas de 1954

Ônibus Caio Amélia, de 1982

Ônibus Caio Apache VIP, geração 1


indústrias

Ônibus Caio Apache VIP, geração 2

Ônibus Caio Apache VIP, geração 3

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Ônibus Caio Apache VIP, geração 4 Fonte: Automotive Business

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nova revolução na produção de ônibus. A fibra de vidro e o plástico tornaram os veículos mais leves; o piso também sofreu várias mudanças no decorrer dos anos: de assoalho de madeira pesada para compensado e mais tarde, alumínio. Todo o processo de pintura era feito à mão, as colunas de ônibus eram estampadas, o piso de chapa lavrada era rebitado e a lateral não era colada. Nos anos 80, os chassis eram mais adequados para ônibus, não necessitando mais adaptações e improvisações para montar as carrocerias. Já nos anos 90, a Caio participou dos programas federais de modernização dos trólebus e das carrocerias urbanas, que deram origem ao projeto padron, com iniciativas que definiriam as normas técnicas básicas e de dimensionais, que passariam a ser atendidas pelo transporte urbano de passageiros. Em 25 janeiro de 2001, a Caio é assumida pela Induscar, que pertence ao Grupo Ruas, formando assim um novo conglomerado, o Grupo Caio Induscar, com outras empresas. No primeiro trimestre de 2001, seu primeiro lançamento após a reestruturação foi o Apache Vip, ônibus urbano para chassis com motor dianteiro, que se tornou um dos carros-chefe da marca, hoje em sua quarta geração.


componentes

Cofap supera marca de 1,5 mil tipos de amortecedores disponíveis no País Líder no segmento, empresa atende mais de 98% da frota circulante no Brasil e possui 65% de participação no mercado

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Cofap, líder no segmento de amortecedores e itens de suspensão do mercado de reposição nacional, anunciou que superou, em dezembro passado, a marca de 1,5 mil códigos ativos de amortecedores automotivos no Brasil. O número foi de exatos 1.529 códigos, o que confirma a liderança da empresa na categoria. A Cofap, de acordo com o comunicado, produz componentes que atendem 98% dos veículos que compõem a frota circulante do

País, e detém 65% de participação no mercado. A empresa, que integra o grupo Marelli Cofap Aftermarket, oferece amortecedores para os veículos das principais montadores presentes no País, com características similares de qualidade e desempenho. Os produtos da marca são certificados pelo Inmetro, atendendo a regulamentação brasileira, o que garante mais segurança aos reparadores e demais usuários.

O catálogo de produtos Cofap possui peças para veículos de passeio, comerciais (caminhões e ônibus), motocicletas e até implementos agrícolas e industriais, incluindo amortecedores de suspensão, de direção, de cabine, de bancos e molas a gás para tampas de porta-malas, entre outros. A empresa também oferece outros itens de suspensão no mercado de reposição, como kit de reparo de amortecedores, bandejas, bieletas, juntas homocinéticas, buchas e coxins, entre outros. Fonte: Automotive Business


componentes

Dunlop supera marca de 30 milhões de pneus produzidos no Brasil Em ano atípico, Empresa encerra 2020 com boas perspectivas para 2021

Fachada da fábrica da Sumitomo Rubber do Brasil

ultrapassando a marca de 30 milhões de pneus produzidos na fábrica de Fazenda Rio Grande, no Paraná, desde o início das operações em 2013. Os números acima são frutos do planejamento para todo o ano e comprovam mais uma vez a solidez da Sumitomo Rubber do Brasil no mercado nacional. Preocupada com todas as ações para mitigar eventuais

casos de contágio da Covid-19, a fábrica foi além de utilização de máscaras, álcool em gel e a aferição de temperatura, adotando também medidas de prevenção inovadoras e criativas como a criação de um comitê de prevenção com patrulhas e mapas de controle, cartilha com todos os cuidados que os funcionários devem ter e a produção de um vídeo de

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pesar do forte impacto econômico e social causado pela pandemia do novo coronavírus, algumas empresas conseguiram manter o ritmo de produção e alcançaram bons resultados em 2020. A Sumitomo Rubber do Brasil, detentora das marcas Dunlop, Falken e Sumitomo, por exemplo, produziu mais de 5 milhões de pneus para veículos leves, caminhões e ônibus em 2020,


componentes

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conscientização com a participação dos filhos de alguns funcionários dando dicas de como se prevenir contra o vírus. Para Tufik Kairalla, gerente de Produção, “o momento exigiu flexibilidade para se adequar e minimizar o impacto desse ano difícil e desafiador. Nos preparamos com ações de prevenção e controle de risco, o que nos permitiu voltar a plena capacidade produtiva após um período de paralisação da fábrica. Seguimos a produção de 2020 dentro de nossas metas e estratégias, mantendo o equilíbrio entre saúde, emprego e negócio, o que nos trouxe resultados muito positivos”. Ações estratégicas: ao longo de 2020, a Sumitomo Rubber do Brasil apostou em diversas iniciativas que foram fundamentais para garantir estes bons resultados. A inauguração de lojas containers em pontos estratégicos

espalhados pelas principais rodovias brasileiras, novo modelo de negócio para a comercialização de pneus para caminhões e ônibus, a ampliação do número de lojas parceiras e o lançamento de novos produtos foram algumas das ações adotadas durante o ano. “Apesar de todas as dificuldades, durante todo o ano de 2020 trabalhamos para seguir oferecendo produtos de qualidade para nossos clientes. Sempre atentos à segurança dos nossos colaboradores, ficamos contentes em saber que conseguimos alcançar números expressivos mesmo com as adversidades enfrentadas”, diz Rodrigo Alonso, gerente sênior de Marketing e Vendas da Dunlop.

Em 2021, a Sumitomo Rubber do Brasil completa 10 anos de atuação no país. Com uma das mais modernas fábricas do Grupo Sumitomo Rubber do mundo instalada no Paraná, a empresa tem muito o que comemorar e já planeja diversas ações para marcar a data.

Sobre a Dunlop A Dunlop é uma marca do grupo Sumitomo Rubber Industries, com sede mundial no Japão, onde possui um moderno centro de P&D e três campos de prova. Os pneus Dunlop são produzidos em doze fábricas e estão presentes em mais de 100 países, incluindo Estados Uni-

dos, Japão, Indonésia, Tailândia, China, Turquia e Europa. A fábrica da Dunlop no Brasil, que também produz os pneus Falken e Sumitomo, é a mais moderna unidade fabril de pneus do País, sendo a única a produzir os pneus com a tecnologia TAIYO (Sun) System, Sistema de Fabricação de Pneus Sem Emendas,

garantindo maior precisão e segurança. Localizada em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, recebeu mais de R$ 1,42 bilhão em investimentos desde sua inauguração em outubro de 2013 e suas expansões. A empresa comercializa pneumáticos para veículos de passeio, vans, SUVs e caminhões.


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Negócio lucrativo e simples. Essa é a sua oportunidade de investir ou converter sua empresa em um modelo de comércio, oferecendo mais segurança nas transações comerciais e nos processos dos órgãos de trânsito! Se o que você quer é empreender e abrir um negócio ainda este ano, confira 4 dicas que a Emplacarro preparou para te ajudar na tomada de decisão:

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As franquias de serviços automotivos estão buscando parceiros para ampliar sua presença pelo País, pois há uma tendência de ganho de escala por parte das marcas; Para ter um negócio de sucesso neste segmento, ter afinidade por carros, por exemplo, é primordial. Mas, tenha também uma visão generalista com nas áreas comercial, financeira, recursos humanos, gestão de estoques, entre outros. Mas, se não tiver, aproveite a capacitação e participe efetivamente dos treinamentos oferecidos pela franqueadora; Você já deve ter visto por aí vários carros circulando com a nova placa modelo Mercosul. Sabia que é possível ter um negócio, a franquia de emplacamento? Sim, pois este é um formato de livre concorrência, que não tem definição de preços por parte do Governo Federal, em que as unidades do Detran estão credenciando empresas capacitadas para estampar e vender a nova placa ao consumidor final.

Se até aqui você gostou do que leu, então apresento uma oportunidade de investir ou converter sua empresa em um modelo de comércio, oferecendo mais segurança nas transações comerciais e nos processos dos órgãos de trânsito: a Emplacarro.

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Se você busca um negócio lucrativo e simples, torne-se um franqueado do segmento de prestação de serviço automotivo: o brasileiro é apaixonado por carro e, em cidades como São Paulo há quase o mesmo número de habitantes/carros. Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota de veículos em circulação no Brasil chegou a aproximadamente 94 milhões de unidades em 2017, o que gera muita demanda por serviços voltados ao mercado automotivo;


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A peça que faltava: Valorizando o Seguro Patrimonial! O Sincopeças tem buscado auxiliar as empresas do setor em diversas frentes e agora também no Seguro Patrimonial. Esse tema ainda não havia sido desenvolvido e visa melhorar a condição das lojas de auto peças associadas.

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Por que o Sincopeças escolheu a FBN Seguros?

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A FBN inicia a parceria oferecendo seguros empresariais com coberturas bem abrangentes, modelos flexíveis de contratação e consultoria para contratar e para obter atendimento em caso de necessidade. Com duas unidades de negócios, a FBN atende nas áreas de seguros empresariais, com foco em seguros patrimoniais e conta com uma equipe de alto nível liderada por Jaqueline Viana e Elaine Bianchini. Na unidade de Benefícios, atuam com seguros de pessoas ( Vida, Saúde, Odontologia e entre outros) com uma equipe especializada e coordenada por Gabriela Carvalho.


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Quem é o Grupo FBN A FBN foi fundada por Kleber de Paula, que está no mercado há 23 anos e foi Diretor da Central de Serviços da FIESP onde aprendeu a desenvolver campanhas com foco associativo através da criação de relevância para as empresas. Um time de ponta para ajudar a sua empresa a ter mais proteção com excelente custo benefício.

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