Revista 570

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editorial

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br Diretoria Sincopeças-SP (2018-2022) presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho

conselho fiscal (efetivos) Roger de Souza Gomes Silva Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto

1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

conselho fiscal (suplentes) Cláudia Aparecida Lago Passos Rogério Alves Lins Israel Bovolini

2º secretário Sergio Augusto Costa Mendes

1° delegado efetivo Francisco Wagner De La Tôrre

1º tesoureiro Álvaro Pereira

2° delegado efetivo Álvaro Pereira

2º tesoureiro Edson Shosaburo Koga

1° delegado suplente Heber Carlos de Carvalho

diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra

2° delegado suplente Rui Antonio Girardelli

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira

reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

Um programa para melhorar

a competitividade

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Programa ROTA 45 nasce para promover capacitação, qualificação e certificação de lojas de autopeças e oficinas mecânicas, empresas identificadas com CNAE 45, cadastro nacional de atividade empresarial. É uma iniciativa do Sincopeças-SP e do Sindirepa-SP para implantação de uma Política Setorial que incentive e promova o desenvolvimento do aftermarket automotivo a partir dos varejos de autopeças e das empresas de reparação de veículos, e conta com atuação direta do Sebrae-SP para capacitação e do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva para qualificação e certificação das empresas. O ROTA 45 visa a dar suporte às empresas e gerar credibilidade e sustentação em um mercado altamente competitivo, principalmente neste momento, com a entrada de novas tecnologias. Nosso mercado sempre foi visto e pejorativamente chamado de mercado paralelo e, por ser um mercado em franco processo de consolidação e profissionalização, somente com gestão e boas práticas é que as empresas conseguirão se perenizar. O Sincopeças-SP, através de sua força institucional, em parceria com o Sebrae e o IQA, objetiva viabilizar o pequeno empresário na trajetória de consolidação do seu negócio, por meio de boas práticas, de gestão eficiente e de ferramentas modernas. Em um mercado tão agressivo e de forte concorrência é fundamental que o varejista busque suporte gerencial. A profissionalização e otimização da gestão das empresas varejistas de autopeças e de reparação de veículos enriquece o mercado e são fundamentais para oferecer credibilidade ao consumidor final e para uma sociedade que exige, cada vez mais, boas práticas por parte das empresas, justamente o que o Sincopeças-SP, juntamente com outras entidades, busca oferecer a partir do Programa ROTA 45.

Boa leitura

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03 editorial 06 acontece 16 gestão e direito 20 fica a dica 26 capa 38 giro 40 varejo em foco 42 mobilidade 44 especial online 48 tecnologia 50 veículos


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editorial • CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL • PESQUISA ROLAND BERGER • LEI DO DESMANCHE • NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

• PARTICIPAÇÃO COM MAIS DE 12 CARAVANAS NA AUTOMEC • ACESSO ÀS INFORMAÇÕES RETIDAS PELAS MONTADORAS • REALIZAÇÃO DE FÓRUNS • INMETRO

CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

• ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL • REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL

IARC - BERLIN | AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS | AUTOMECHANIKA - FRANKFURT | AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

• PESQUISA MVA • ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO • APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

• PROJETO LOJA LEGAL • ROTA 45

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acontece

Agenda do Presidente 2019 Pela transparência na gestão do Sincopeças-SP-SP, o presidente Francisco De La Tôrre divulga os compromissos cumpridos no decorrer de 2019

JANEIRO

MARÇO

Reunião no SESC – SP. 29/01/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. I Fórum 2019 – Recuperação Tributária. 29/01/2019 às 19h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Entrevista para Revista Pellegrino. 29/01/2019 às 17h na Sede do Sincopeças-SP-SP.

Reunião Referente ao Seminário da Reposição Automotiva 2019. 13/03/2019 às 13h na Sede do Sicap / Andap Reunião do Grupo GMA. 13/03/2019 às 14h na sede do Sicap / Andap. Reunião do Conselho Arbitral – FecomercioSP. 15/03/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. 54º Encontro SESC Bertioga – SP. De: 20 a 24/03/2019 no SESC – Bertioga – SP. Reunião CCV – SP. 22/03/2019 às 16h no Auditório do Sesc – Bertioga – SP. Reunião Plenária – FecomercioSP. 25/03/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Reunião do SESC – SP. 26/03/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. Reunião da Diretoria Executiva - FecomercioSP. 26/03/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP.

FEVEREIRO

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Reunião do GMA. 13/02/2019 às 9h na Sede do Sicap / Andap. I Reunião de Diretoria Sincopeças-SP-SP. 13/02/2019 às 15h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião com Júlio referente a Automec 2019. 19/02/2019 às 13h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião Plenária e Assembleia Geral Extraordinária – FecomercioSP. 25/02/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. Reunião com a Tristar – Leilão das Peças. 26/02/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião do SESC – SP. 26/02/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião Diretoria Executiva – FecomercioSP. 26/02/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Reunião Parceria Leilão das Peças x Sincopeças-SP-SP. 26/02/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião Sobre o Seminário Que Ser Realizara na Automec 2019. 28/02/2019 às 10h no Escritório do Dr. Paulo Ribeiro & Advogados.

ABRIL Evento no Banco SICRED. 04/04/2019 às 18h na Agência da Av. Paulista. Evento Harvard Business Week. 09/04/2019 às 8h na Sede da FecomercioSP Reunião no SESC – Rio de Janeiro – RJ. 16/04/2019 às 11h na Sede do SESC. Evento Automec – 2019 - 22/04/2019. Encontro da Ind. De Autopeças – Sindipeças e Abertura Oficial da Feira - 23/04/2019 Seminário Sincopeças-SP Recuperação Tributária – dás 9 às 13h.


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MAIO Reunião de Parceria com Sr. Denílson da Dasco – Despachante Aduaneiro Importação x Exportação. 14/05/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião com Zenix. 15/05/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião com o Sicred x Parceria Sincopeças-SP. 15/05/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Almoço com Sr. Rodrigo Carneiro – Presidente da ANDAP. 15/05/2019 às 13h. Reunião do Conselho Arbitral na FecomercioSP. 21/05/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião Canal da Peça. 22/05/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP. Reunião com Sr. Roberto Gandra na Mercadocar. 22/05/2019 às 14h na Sede da Mercadocar Tucuruvi – SP. Reunião Plenária na FecomercioSP. 27/05/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Reunião do SESC – SP. 28/05/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião da Diretoria Executiva no Gabinete da Presidência. 28/05/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Evento Sindirepa – SP / Os Melhores do ANO. 28/05/2019 às 19h na Sede da FIESP – SP. Reunião com Paula Takeshi Assessora Jurídica da FecomercioSP. 29/05/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião com a Tristar – Leilão das Peças. 29/05/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP.

JUNHO Reunião da Comissão de Diretores da FecomercioSP. 03/06/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. Reunião com Assessoria FecomercioSP, sobre Parcerias. 12/06/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião do CCV Plenária x Eleições. 13/06/2019 das 10 às 17h na Sede da FecomercioSP. Jantar da Pit Stop. 13/06/2019 às 19h na Oficina Flacht Motorsport. Reunião no Sincomércio de Guarulhos – SP. 17/06/2019 às 9h na Sede do Sincomércio Guarulhos – SP. Reunião na Empresa América Energia S/A. 18/06/2019 às 9h na Sede da América Energia S/A. Reunião Plenária x Assembleia Ordinária FecomercioSP. 24/06/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. Reunião SESC-SP. 25/06/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião Diretoria Executiva – Gabinete da Presidência. 25/06/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP Reunião na AutoZone. 26/06/2019 às 14h na Sede da AutoZone. Evento Belgian Day. 27/06/2019 das 9h às 12h na Sede da FecomercioSP. Reunião na Sincomérciarios SP / Sr. Patah. 27/06/2019 às 17h na Sede dos Sincomérciarios de SP.

JULHO Reunião no Sincomerciários de São Paulo – SP. 01/07/2019 às 9h na Sede do Sincomérciários – SP. Reunião com a Reeds – Automec 2019. 03/07/2019 às 14h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião no CINTEC-SP. 10/07/2019 às 17h na Sede do CINTEC-SP. Evento Maiores e Melhores em Distribuição de Autopeças – 2019. 10/07/2019 às 19h no Hilton São Paulo Morumbi. Reunião no CCV – São Paulo. 11/07/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Almoço com Sr. Elias Mofarej. 23/07/2019 às 12h Reunião no CINTEC-SP. 25/07/2019 às 17h na Sede do CINTEC-SP. Reunião no SESC – SP.

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Reunião de Diretoria Sincopeças-SP às 15h Stand Sincopeças-SP - 24/04/2019. Visitação a Feira e Representação Sincopeças-SP 25/04/2019. Coquetel Sindipeças às 17h. Encontro Rede Ancora às 19h. Reunião Plenária FecomercioSP. 29/04/2019 às 16 h na Sede da FecomercioSP. Reunião no SESC – SP. 30/04/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP Reunião de Diretoria Executiva – FecomercioSP. 30/04/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP.


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30/07/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião com Srs. Edio e Silvio – Livro 80 anos Sincopeças-SP–SP. 30/07/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP.

Almoço com Sr. Sérgio Alvarenga – Projeto Associativismo. 28/08/2019 às 12h na Avenida Paulista.

AGOSTO

Reunião Roberto / Danilo da Fraga Banco de Dados. 02/09/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião com Carla do Marketing. 04/09/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião CINTEC - SP. 19/09/2019 às 11h na Sede da Fecomercio - SP. 6ª Reunião Ordinária do CCV. 19/09/2019 das 1400h às 16h na Sede da Feocmercio – SP. Reunião com Sr. Sérgio Alvarenga Projeto Associativismo. 20/09/2019 às 10h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião Plenária – Fercomercio – SP. 23/09/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Reunião do SESC – SP. 24/09/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP Reunião da Diretoria Executiva – Fecomcercio – SP. 24/09/2019 às 16h no Gabinete da Presidência.

Reunião no Sincomerciarios de São Paulo – SP. 01/08/2019 às 15h na Sede dos Sincomerciarios – SP. Reunião Ordinária do CCV – SP. 05/08/2019 dás 10 às 16h na Sede da FecomercioSP. Inauguração da FENTRAN – SP. 06/08/2019 às 10h no Auditório Transamérica Expo Center. Representando o Sr. Abram Szajman – FecomercioSP. Reunião no GMA. 07/08/2019 às 14h na Sede do Sicap / Andap. Palestra – Brasil Rumo a Abertura Comercial. 08/08/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião Ordinária SESC – Rio de Janeiro – RJ. 09/08/2019 às 15h na Sede do SESC – Rio de Janeiro – SP, Reunião com Fecomerciários-SP. 13/08/2019 às 9h na Sede dos Fecomerciários-SP Almoço na Mercadocar com Sr. Rodrigo e Sr. Roberto Gandra. 13/08/2019 às 12h na Mercadocar do Tucuruvi – SP, III Reunião de Diretoria Sincopeças-SP-SP. 14/08/2019 às 15h na sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião CCV e Negociações Coletivas Sind. Varej. Da Capital. 15/08/2018 dás 14 às 16h na sede da FecomercioSP. Reunião Plenária na FecomercioSP. 19/08/2019 às 16h na Sede da FEcomercio – SP. Reunião No SESC – SP. 20/08/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião da Diretoria Executiva – Fercomercio – SP. 20/08/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Almoço com Sr. Edson Brasil. 21/08/2019 às 13h na Avenida Paulista. Almoço com Sr. Elias Mufarrej. 26/08/2019 às 12h na Avenida Paulista. 4ª Reunião Geral frente Parlamentar do Empr. Reforma Trabalhista – FecomercioSP. 26/08/2019 dás 13h às 17h na Sede da FecomercioSP.

SETEMBRO

OUTUBRO Reunião no CINTEC – SP. 21/10/2019 às 8h na Sede do CINTEC – SP. Reunião do Conselho Arbitral – FecomercioSP. 22/10/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião com Sr. Ricardo Patah – Sincomerciarios – SP. 28/10/2019 às 10h na Sede dos Sincomerciarios – SP. Reunião Plenária – FecomercioSP. 28/10/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Reunião na AutoZone São Paulo – SP. 29/10/2019 às 10h na Sede da AutoZone – SP. Reunião do SESC – SP. 29/10/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. Reunião da Diretoria Executiva – FecomercioSP. 29/10/2019 às 16h na Sede da FecomercioSP. Jantar no Palácio do Governo – Representar FecomercioSP. Mobilização pelo Emprego e Produtividade, 30/10/2019 às 20h no Palácio do Governo do Estado de São Paulo – SP.


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NOVEMBRO Reunião com Balcão Automotivo Sobre Livro Sincopeças-SP 80 anos 05/11/2019 às 9 na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião no Sesc – Rio de Janeiro – SP. 07/11/2019 às 10h na Sede da CNC – Rio de Janeiro – RJ. Reunião com o Consultor do GMA. 12/11/2019 às 9h na Sede do Sincopeças-SP-SP. Reunião do Conselho Arbitral – FecomercioSP. 19/11/2019 às 14h na Sede da FecomercioSP. 56º Encontro do CCV – Em Bertioga – SP. 20 à 24/11/2019 na Colônia de Férias do SESC de Bertioga – SP. Reunião CCV. 22/11/2019 no auditório do Sesc em Bertioga – SP. Reunião Plenária e Assembleia Geral FecomercioSP. 25/11/2019 às 15:45h na Sede da FecomercioSP Jantar de Confraternização Fercomércio-SP. 25/11/2019 na Sede da FecomercioSP. Reunião no SESC – BÉLEM. 26/11/2019 às 11h no Plenário da Administração Geral. Reunião do SESC-SP. 26/11/2019 às 14 na Sede da FecomercioSP Reunião da Diretoria Executiva na FecomercioSP. 26/11/2019 às 16h no Gabinete da Presidência – FecomercioSP. Prêmio INOVA – Balcão Automotivo. 28/11/2019 às 10h no Hotel WTC. Reunião Extraordinária com Rogério Marinho na FecomercioSP. 28/11/2019 dás 16h às 18h na Sede da FecomercioSP.

DEZEMBRO Reunião no Fecomerciários de Guarulhos – SP. 02/12/2019 às 10h na Sede dos Fecomerciários – Guarulhos – SP. Jantar de Confraternização Sicap / Andap. 04/12/2019 às 18h no Buffet França. Reunião com Comerciários da CAPITAL. 05/12/2019 às 10h na Sede dos Comerciários-SP. Reunião da CINTEC – SP. 10/12/2019 às 13h na Sede da FecomercioSP. Reunião do SESC – SP. 10/12/2019 às 15h na Sede da FecomercioSP. Jantar de Confraternização Final de Ano SINDIPEÇAS – SP. 11/12/2019 às 18h na Sede da FIESP – SP. Coquetel de Inauguração Nova Sede do IQA – SP. 12/12/2019 às 19h na Sede do IQUA-SP. Grupo Comolatti – Inauguração do Sino Paróquia NSA. SRA. Da PAZ - Liberdade – SP. 16/12/2019 às 18h na Paróquia NSA. SRA. Da Paz – Liberdade –SP. Reunião da CINTEC – SP. 18/12/2019 às 10h na Sede dos Comerciários – SP. Almoço Sr. Francisco / Ricardo Patah / Marcio Costa e Renato Giannini. 18/12/2019 às 12 na Av. Paulista – SP.

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Francisco Wagner De La Tôrre, presidente Sincopeças-SP

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Representar a FecomercioSP no Evento do Ministério da Economia. Mobilização pelo Emprego e Produtividade, 31/10/2019 às 10h na Sede da FecomercioSP. Reunião na ALESP – Dia do Comerciário. 31/10/2019 às 19h na Sede da ALESP.


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Fras-le compra Nakata A transação reforça a posição da Fras-le entre os principais fornecedores do mercado de reposição independente do Brasil

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Fras-le expande sua atuação no mercado de reposição ao anunciar, nesta data,17/12/2019, a compra integral das ações da Nakata Automotiva, sediada em São Paulo, incluindo suas unidades nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A empresa, consolidada entre as líderes do setor, fabrica e comercializa componentes destinados a veículos leves, pesados e motocicletas, incluindo um amplo portfólio de produtos para suspensão, direção, transmissão, freio e motor. A transação, no valor de R$ 457 milhões, envolve todas as operações e negócios. Tanto a gestão, quanto os 416 funcionários serão mantidos. A conclusão da aquisição está condicionada, dentre outros, à aprovação da Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da Fras-le, a ser agendada, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), bem como dos demais órgãos de defesa da concorrência em outras jurisdições, conforme aplicável. A expectativa da Companhia é de que o negócio seja consolidado no segundo trimestre de 2020. Segundo Sergio L. de Carvalho, CEO da Fras-le e COO da Divisão Autopeças das Empresas Ran-

Em São Paulo,os CEO’s da Nakata, Jorge Schertel, e da Fras-le, Sergio Carvalho, formalizaram o negócio (Crédito foto: Bruna Coelho) don, a aquisição reflete a sinergia com os planos estratégicos de crescimento da empresa: “Com a Nakata, a Fras-le adiciona itens de suspensão, direção e powertrain aos produtos do sistema de frenagem que já integram o atual portfólio, podendo aumentar significativamente sua penetração no mercado de reposição nacional. Se beneficia tanto a empresa, que ganha diferencial competitivo, quanto o cliente, que conta com maior diversidade de produtos”, declara. Embora atue mais focada na reposição da linha leve, a Nakata

também tem opções para a linha pesada. Seus principais produtos, entre outros, incluem amortecedores, terminais e barras de ligação e direção, juntas homocinéticas, juntas universais, bombas, componentes de eixos, de tração leve e sistemas de direção. Jorge C. Schertel, CEO da Nakata mencionou que “o time da Nakata Automotiva se sente muito honrado pela união com uma das mais importantes empresas do setor de autopeças. São duas empresas líderes e complementares que produzirão relevantes resultados para seus funcionários, acionistas,


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da China e, ainda, instalou um escritório de vendas e um centro de distribuição na Colômbia. Perfil Nakata Automotiva Há quase sete décadas, a marca Nakata se confunde com a história da indústria automotiva brasileira, participando ativamente da evolução e consolidação desse setor. Dadas as características únicas e necessidades crescentes da Reposição Independente nos últimos 15 anos, dedica-se exclusivamente a este mercado, com linhas completas e produtos líderes nos segmentos de suspensão, direção e transmissão, além de soluções em freios e motopeças. Com produtos de elevada performance, associados a serviços únicos no aftermarket, Nakata é sinônimo de qualidade e confiança. Pesquisa & Desenvolvimento, excelência em manufatura, marketing e distribuição fazem com que os produtos Nakata estejam disponíveis não só em todo mercado nacional, mas também no exterior. Comprometida com o aftermarket e, visando fornecer conforto e segurança a seus consumidores, a Nakata tem na inovação e excelência em produtos e serviços, sua razão de ser.

Perfil Fras-le Integrante das Empresas Randon desde 1996 e com fábricas no Brasil, Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai e Índia, centros de distribuição na Argentina, Alemanha, Estados Unidos e Colômbia e operações comerciais no Chile, México, Emirados Árabes e África do Sul, a Fras-le possui capacidade produtiva e estrutura comercial capaz de atender às demandas internacionais de maneira rápida e eficiente. Com um portfólio de mais de 14.000 referências em produtos em diversas marcas, sua linha é formada por pastilhas e lonas para freio de veículos pesados, pastilhas, lonas e sapatas para veículos leves. Também produz revestimentos de embreagem, pastilhas e sapatas para motocicletas, pastilhas para aeronaves, pastilhas e sapatas para trens e metrôs. Outra linha é a de lonas moldadas e trançadas, placas universais, discos e tambores para freios, produtos para o segmento de freio hidráulicos como cilindros mestre, de roda e embreagem, kits de reparo, líquidos de freio e radiador, filtros, dentre outros. Além do Brasil, atualmente a Fras-le comercializa seus produtos em mais de 126 países.

Sobre as Empresas Randon Com 70 anos de história, as Empresas Randon são referência global em soluções para o transporte, atuando nos setores de reboques e semirreboques, veículos fora-de-estrada, autopeças e serviços financeiros. Por meio das empresas Randon Implementos, Randon Veículos, Fras-le, JOST Brasil, Master,

Suspensys, Suspensys WE/Castertech, Randon Consórcios, Banco Randon e suas controladas, o grupo se tornou líder em diversos segmentos, apostando no forte investimento em tecnologia e pesquisa e desenvolvimento. Além disso, possui ampla atuação no ecossistema de inovação, através do Instituto Hercílio Randon, e trabalha

na transformação social por meio do Instituto Elisabetha Randon. Faz parte do Nível 1 de Governança Corporativa da B3, figurando entre as maiores empresas privadas brasileiras, e, a partir da sua sede em Caxias do Sul (RS) e das unidades espalhadas pelo mundo, exporta para mais de 100 países, em todos os continentes.

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clientes e fornecedores. Com valores e princípios éticos similares e a combinação entre as melhores práticas e soluções, toda a cadeia de clientes será beneficiada”. A Nakata soma-se a um portfólio recente de aquisições e negócios voltados ao mercado de reposição brasileiro e exportação. Em 2018, a Fras-le comprou a Fremax, tradicional fabricante de discos de freio. No mesmo ano, assumiu o controle da Jurid do Brasil, dedicada à produção de pastilhas de freio. Em 2012, adquiriu a Controil, que fabrica componentes para sistema de freio hidráulico. Em sua trajetória de mais de 65 anos, a Fras-le sempre olhou para o mercado externo. O processo de globalização, entretanto, se intensificou mais recentemente. O ano de 2017 foi um dos períodos de maior expansão, notadamente no mercado internacional. A Companhia realizou importantes aquisições e associações envolvendo três empresas da Argentina e do Uruguai. Na Índia, por meio de uma joint venture com a ASK Automotive (P) Ltd, criou a ASK Fras-le Friction para fornecimento aos mercados da própria Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka. Também duplicou a unidade fabril


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Governo define valor do salário mínimo Valor nacional é de R$ 1.039 desde o dia 1º de janeiro, mas 5 estados terão piso próprio e não seguirão decreto federal neste ano

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omeçou a valer no dia 1º de janeiro o novo salário mínimo nacional, de R$ 1.039. A partir de 1º de fevereiro, no entanto, esse valor sobe novamente, para R$ 1.045. O valor a partir do segundo mês do ano representa uma alta de 4,7% em relação aos R$ 998 vigentes ao longo de 2019. A maioria dos estados brasileiros segue o valor estabele-

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cido pelo governo federal, que é usado como referência para remunerar 49 milhões de trabalhadores no país, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mas alguns estados adotam um piso regional, superior ao valor nacional. Em 2020, cinco estados terão seu próprio salário mínimo: São Paulo, Rio de Janei-

ro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apenas o Paraná, porém, já definiu qual será novo o valor. Veja os valores atuais por estado no final da reportagem. O salário mínimo regional serve de referência, sobretudo, para os trabalhadores do setor privado que pertencem a categorias não contempladas em acordos coletivos ou convenções, como domésticos.


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Fórmula do salário mínimo Segundo o Ministério da Economia, o valor do salário mínimo definido para 2020 foi corrigido apenas pela inflação medida pelo Índice Nacional de

Preços ao Consumidor (INPC) e não contempla ganho real. Como só será possível saber no início deste ano a variação do INPC de 2019, o governo usou uma previsão para propor o aumento –

considera os valores apurados para os meses de janeiro a novembro e, para o mês de dezembro, a mediana das projeções de mercado levantadas pelo último Boletim Focus do Banco Central.

Salário mínimo passa para R$ 1.039 a partir de 1º de janeiro O cálculo do novo salário, porém, foi feito sobre R$ 999,91 e não sobre R$ 998. A diferença entre os dois valores é uma compensação feita pelo governo porque a inflação de 2018 ficou ligei-

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ramente acima da prevista para aquele ano até a data da definição do salário que vigorou em 2019. O cálculo do novo salário, porém, foi feito sobre R$ 999,91 e não sobre R$ 998. A diferença entre os dois

valores é uma compensação feita pelo governo porque a inflação de 2018 ficou ligeiramente acima da prevista para aquele ano até a data da definição do salário que vigorou em 2019.


acontece

Veja os valores do salário mínimo por Estado: • Acre: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

em 2019, com faixas de rendimento que vão de R$ 1.306,80 a R$ 1.509,20.

• Alagoas: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

•Pernambuco: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Amapá: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Piauí: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Amazonas: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Bahia: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Rio de Janeiro: não segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. Ainda não foi definido o piso estadual para 2020. Vigora atualmente no estado o piso adotado em 2019, com faixas de rendimento que vão de R$ 1.238,11 até R$ 3.158,96.

• Ceará: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Rio Grande do Norte: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Distrito Federal: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Rio Grande do Sul: não segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. Ainda não foi definido o piso estadual para 2020. Vigora atualmente no estado o piso adotado em 2019, com faixas de rendimento que vão de R$ 1.237,15 a R$ 1.567,81.

• Goiás: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Maranhão: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Mato Grosso: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Mato Grosso do Sul: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Rondônia: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Roraima: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. • Santa Catarina: Piso estadual será definido até março. Vigora atualmente no estado o valor adotado em 2019, com faixas de rendimento que vão de R$ 1.158 a R$ 1.325.

•Pará: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• São Paulo: não segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal. Ainda não foi definido o piso estadual para 2020. Vigora atualmente no estado o piso adotado em 2019, com faixas de rendimento que vão de R$ 1.163,55 a R$ 1.183,33.

•Paraíba: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Sergipe: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

•Paraná: Piso estadual será definido após 13 de janeiro. Vigora atualmente no estado o valor adotado

• Tocantins: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

• Minas Gerais: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.

Fonte: G!1.com.br

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• Espírito Santo: segue o valor do salário mínimo fixado pelo decreto federal.


acontece

Prefeitura atualiza valores do IPTU 2020 Decreto Nº 59.158, de 23 de dezembro de 2019 - Atualização dos valores do IPTU 2020

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Prefeito do Município de São Paulo, Bruno Covas, aprovou o Decreto n° 59.158, de 23 de dezembro de 2019, atualizando, para o exercício de 2020, os valores unitários de metro quadrado de construção e de terreno constantes da Planta Genérica de Valores, de terreno de imó-

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veis residenciais verticais e os valores das multas, relativas ao Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, bem como concede desconto para pagamento à vista desse imposto. Basicamente o valor do IPTU para o exercício de 2020 foi reajustado com base nos índices oficiais

da inflação em 3,5% (três e meio por centos), inclusive os valores das multas provenientes da prática de ilícitos administrativos tributários. Por fim, caso o pagamento do imposto seja realizado à vista o desconto será de 3%. Veja abaixo íntegra do decreto.

Diário Oficial da Cidade de São Paulo Ano 64, Número 242, São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 2019 DECRETO Nº 59.158, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 Atualiza, para o exercício de 2020, os valores unitários de metro quadrado de construção e de terreno constantes da Planta Genérica de Valores, o valor-limite de metro quadrado de terreno de imóveis residenciais verticais e os valores das multas, relativas ao Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, bem como concede desconto para pagamento à vista desse imposto. BRUNO COVAS, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, CONSIDERANDO o disposto no § 2º do artigo 5º da Lei nº 11.152, de 30 de dezembro de 1991, no § 3º do artigo 3° da Lei nº 13.879, de 28 de julho de 2004, e nos artigos 19 e 39 da Lei nº 6.989, de 29 de dezembro de 1966, na redação que lhes foi conferida pelo artigo 17 da Lei nº 14.256, de 29 de dezembro de 2006, D E C R E T A: Art. 1º Ficam atualizados em 3,5% (três e meio por cento), para o exercício de 2020, os valores em vigor no exercício de 2019 a seguir relacionados: I - os valores unitários de metro quadrado de construção e de terreno, utilizados para apuração da base de cálculo e correspondente lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, estabelecidos pelo artigo 1º da Lei nº 16.768, de 21 de dezembro de 2017; II - os valores unitários de metro quadrado de terreno fixados na forma do parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 10.235, de 16 de dezembro de 1986; III - o valor unitário de metro quadrado de terreno estabelecido no artigo 10 da Lei nº 15.889, de 5 de novembro de 2013; IV - os valores das multas provenientes da prática de ilícitos administrativos tributários e os valores venais de referência estipulados no § 1º do artigo 3º da Lei nº 13.879, de 28 de julho de 2004. Parágrafo único. Dos valores apurados na forma do “caput” deste artigo serão desprezados os centavos de real. Art. 2º Fica concedido desconto de 3% (três por cento) para o pagamento à vista, até a data de vencimento normal da primeira parcela, do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU do exercício de 2020. Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2020. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 23 de dezembro de 2019, 466º da fundação de São Paulo. BRUNO COVAS, PREFEITO PHILIPPE VEDOLIM DUCHATEAU, Secretário Municipal da Fazenda ORLANDO LINDÓRIO DE FARIA, Secretário Municipal da Casa Civil RUBENS NAMAN RIZEK JUNIOR, Secretário Municipal de Justiça MAURO RICARDO MACHADO COSTA, Secretário de Governo Municipal Publicado na Casa Civil, em 23 de dezembro de 2019.

Fonte: FecomercioSP – Assessoria Técnica


acontece

Lei prorroga prazo de apropriação de crédito do ICMS Lei Complementar nº 171, de 27 de dezembro de 2019 – Altera a Lei Kandir para prorrogar prazos de apropriação dos créditos do ICMS

de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). De forma geral, os contribuintes do ICMS só poderão usar os créditos decorrentes das mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, incluindo os gastos com energia elétrica e serviços de comunicação, a partir de 1º de janeiro de 2033.

Já é a sexta alteração promovida no artigo 33 da Lei Complementar n° 87 de 1996, conhecida como Lei Kandir. A maioria dos Estados alegam que por estarem atravessando grandes dificuldades fiscais, permitir aos contribuintes aproveitarem os créditos impactaria negativamente na arrecadação do imposto. Veja abaixo a íntegra da lei.

Diário Oficial da União – Seção 1 - Nº 251, segunda-feira, 30 de dezembro de 2019 ATOS DO PODER LEGISLATIVO LEI COMPLEMENTAR Nº 171, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2019 Altera a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), para prorrogar prazos em relação à apropriação dos créditos do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1o O art. 33 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte: I – somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1º de janeiro de 2033; II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento: (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) d) a partir de 1º de janeiro de 2033, nas demais hipóteses; IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: c) a partir de 1º de janeiro de 2033, nas demais hipóteses.” (NR) Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 27 de dezembro de 2019; 198o da Independência e 131o da República. JAIR MESSIAS BOLSONARO Paulo Guedes

Fonte: FecomercioSP – Assessoria Técnica

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oi aprovada a Lei Complementar n° 171, de 27 de dezembro de 2019, pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de dezembro do mesmo ano, prorrogando o prazo em relação à apropriação dos créditos do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações


fica a dica

Tribunal nega adicional por acúmulo de funções Caixa de supermercado não tem direito a adicional por acúmulo de funções

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egundo a doutrina especializada, para a caracterização do acúmulo de funções (excesso de trabalho), há de haver os exercícios dessas, de tal forma que o empregador deixe de contratar outro funcionário, pois o obreiro labora por duas pessoas (Francisco Ferreira e Jouberto de Quadro, in Direito do Trabalho 2019). A discussão em torno do assunto é grande quando estamos diante de atividades exercidas por empregados do comércio, tais como caixas, vendedores, comissionistas, dentre outros, em razão da dinâmica das atividades desenvolvidas para o empregador eis que é muito comum a confusão entre desvio de função e acúmulo função.

O desvio ocorre quando o empregado, exerce outras atividades com remuneração mais elevada. Prática comum em períodos de férias de gerentes, gestores etc. Acúmulo de função, por sua vez, envolve o exercício de outras atividades que vão além das contratadas pelo empregador, o que levaria, em tese, ao acréscimo salarial. Sob o aspecto do acúmulo de função, recentemente a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho – TST, entendeu ser indevido o acréscimo salarial requerido por uma operadora de caixa de supermercado. No caso analisado, a operadora de caixa alegou que por exercer, também, as atividades de empacotadora e repositora de mercadorias, era devido o adicional por acúmulo de função.

Contudo, fundamentando em sua própria jurisprudência, que tem entendido que, no caso dos operadores de caixa, há compatibilidade entre as funções adicionais, o TST entendeu que as tarefas de empacotar compras e de repor as mercadorias nas gôndolas não exigia mais experiência ou responsabilidade para a trabalhadora, tampouco demandaria maior carga de trabalho incompatível com a natureza do contrato de trabalho. Assim, por decisão unanime decidiu que caixa de supermercado não tem direito de receber adicional por acúmulo de função.

Clique aqui para fazer download do material.


fica a dica

eSocial tem novo cronograma Os eventos que seriam obrigatórios a partir de janeiro de 2020, eventos periódicos para o grupo 3 e eventos de SST para o grupo 1, foram prorrogados

DESMEMBRAMENTO DO GRUPO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS O grupo 4 – órgãos públicos, foram desmembrados em três grupos. Agora o grupo 4 compreende os entes públicos federais e as organizações internacionais, o grupo 5 os entes públicos estaduais e o Distrito Federal e o grupo 6 os entes públicos municipais, as comissões polinacionais e os consórcios públicos. Dessa forma, os grupos do eSocial estão assim definidos: • Grupo 1: entidades empresariais com faturamento anual em 2016 acima de R$ 78 milhões; • Grupo 2: entidades em-

presariais com faturamento anual em 2016 inferior a R$ 78 milhões e não optantes pelo Simples Nacional (situação em 01/07/2018); • Grupo 3: optante do Simples Nacional (ME ou EPP), MEI, empregador pessoa física (exceto doméstico), entidades sem fins lucrativos; • Grupo 4: entes públicos federais e as organizações internacionais; • Grupo 5: entes públicos estaduais e o Distrito Federal; e, • Grupo 6: entes públicos municipais, as comissões polinacionais e os consórcios públicos. DESMEMBRAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DA FASE 3 PARA O GRUPO 3 Considerando o grande número de empresas pertencentes ao grupo 3, foi estabelecido um escalonamento para a obrigatoriedade dos eventos periódicos (folha de pagamento), definido pelo último dígito do

CNPJ básico (8 posições), conforme prazos descritos a seguir: • a partir das 8h de 8 de setembro de 2020, referentes aos fatos ocorridos a partir de 1º de setembro de 2020 pelas pessoas jurídicas cujo último dígito do CNPJ básico termine com "0", "1", "2" ou "3"; • a partir das 8h de 8 de outubro de 2020, referentes aos fatos ocorridos a partir de 1º de outubro de 2020 pelas pessoas jurídicas cujo último dígito do CNPJ básico termine com "4", "5", "6" ou "7"; • a partir das 8h de 9 de novembro de 2020, referentes aos fatos ocorridos a partir de 1º de novembro de 2020 pelas pessoas jurídicas cujo último dígito do CNPJ básico termine com "8" ou "9" e pelas pessoas físicas. Segue abaixo o novo cronograma de implantação do eSocial, considerando as alterações promovidas pela Portaria nº 1.419/2019.

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Portaria nº 1.419, publicada dia 24 de dezembro de 2019 e editada pela Secretaria de Previdência e Trabalho, dispõe sobre o cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).


fica a dica

CRONOGRAMA DO ESOCIAL

Fase 1

Grupo

1

(grandes empresas)

2

(médias empresas)

Fase 2

4

(órgãos federais)

5

(órgãos estaduais)

6

(órgãos municipais)

Fase 4

Eventos não periódicos (dados do trabalhador e vínculos)

Eventos periódicos (folha de pagamento)

Dados de Segurança e Saúde do Trabalhador

08/01/2018

01/03/2018

01/05/2018

08/09/2020

16/07/2018

10/10/2018

10/01/2019

08/01/2021

10/01/2019

10/04/2019

08/09/2020: CNPJ final 0, 1, 2 ou 3 08/10/2020: CNPJ final 4, 5, 6 ou 7 09/11/2020: CNPJ final 8 ou 9 e pessoa física

08/07/2021

08/09/2020 08/03/2021: S-1010

09/11/2020

10/05/2021

10/01/2022

Abril 2021

Ato específico

Ato específico

08/07/2022

Novembro 2021

Ato específico

Ato específico

09/01/2023

3

(MEI, ME, EPP, pessoa física e sem fins lucrativos)

Fase 3

Cadastro do empregador e tabelas

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Fonte: FecomercioSP – Assessoria Técnica


fica a dica

Prazo para médias empresas migrarem para eSocial é prorrogado Dados de segurança do trabalhador passam a ser inseridos no sistema

Também foi anunciado o desmembramento do grupo 4 (dos órgãos e entidades federais). Com a alteração, ficaram no grupo 4 os entes públicos de âmbito federal e organizações internacionais. No grupo 5, os entes públicos estaduais e Distrito Federal. E no grupo 6, os municipais, as comissões polinacionais e os consórcios públicos. Clique aqui e veja o calendário dos grupos 4,5 e 6. O empregador que não cumprir os prazos estipulados para a adesão ao eSocial estará sujeito a punições previstas na legislação. O desrespeito ao cronograma poderá prejudicar os trabalhadores, que terão dificuldade para receber benefícios sociais e

trabalhistas, caso o empregador não preste as informações nas datas corretas. Administrado pela Receita Federal, o eSocial elimina 15 informações periódicas que os empregadores eram obrigados a fornecer ao governo. Adotado para empregadores domésticos em 2015, o eSocial está sendo expandido gradualmente para todas as empresas e organizações até 2023. A adesão das grandes empresas foi concluída em agosto do ano passado, quando as contribuições para a Previdência Social e o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço passaram a ser feitos pelo sistema.

Fonte: Agência Brasil – E dição: Liliane Farias

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istema informatizado de prestação de informações de empresas e trabalhadores, o eSocial será obrigatório para os médios empregadores a partir de setembro deste ano. O prazo foi recentemente alterado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Cerca de 1,24 milhão de médias empresas, que faturam até R$ 78 milhões por ano, deverão inserir os dados de saúde e de segurança de 21 milhões de trabalhadores na ferramenta até o dia 8 de setembro de 2020. Essa é a última etapa que falta para as médias empresas concluírem a migração para o eSocial, que reduz a burocracia e elimina a manutenção de arquivos em papel.


fica a dica

eSocial passa a substituir livro de registro de empregados Parte das empresas terá até um ano para se adaptar a processo

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s empregadores que aderiram ao eSocial, sistema eletrônico de registro de dados, usarão a ferramenta para substituir o livro de registro de empregados. A mudança consta de portaria publicada no Diário Oficial da União. O livro de registro contém os dados profissionais do trabalhador – como data de admissão, função, cargo – e eventos como férias, afastamentos, licenças médicas e acidentes de trabalho. Os empregadores que optarem registro eletrô-

nico de empregados poderão começar a inserir os dados no eSocial imediatamente. Quem não optar pelo registro eletrônico continuará a fazer o registro em meio físico, mas terão um ano para adequarem os livros e fichas ao eSocial. Os dados de registro devem ser informados ao eSocial até a véspera do dia de início da prestação de serviços pelo trabalhador. Dessa forma, o empregado que começar a trabalhar no dia 5 deverá ser re-

gistrado no sistema até o dia 4. Nos últimos meses, o governo tem ampliado o uso do eSocial para o registro de informações e obrigações trabalhistas. Há duas semanas, uma portaria determinou que as contratações e demissões passem a ser inseridas no eSocial a partir de janeiro. Gradualmente, esses dados deixarão de ser preenchidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Fonte: Agência Brasil – Edição: Fernando Fraga


fica a dica

Contratações e demissões passarão a ser comunicadas pelo eSocial Registros sobre empregados deixarão de ser feitos por Caged e Rais

A mudança vai atingir 4,2 milhões de empresas. Segundo o Ministério da Economia, os empregadores serão beneficiados porque deixarão de abastecer três bases de dados sobre o mesmo assunto, o que, muitas vezes, gerava inconsistências por diferenças de informações prestadas. As admissões e os desligamentos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2020 terão de ser informados pelo eSocial. As declarações da Rais de 2020 (ano-base 2019) terão de ser preenchidas na mesma ferramenta. Transição gradual A mudança só vale para as empresas privadas. Por enquanto, órgãos públicos e entidades internacionais, ainda não obrigados a

usar o eSocial, continuarão a usar o Caged para comunicar as contratações e demissões. No caso da Rais, além dos órgãos públicos e entidades internacionais, estão excluídas da portaria os empregadores enquadrados no grupo 3 do cronograma de implantação do eSocial. Essa categoria abrange micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional, empregadores pessoa física (exceto doméstico), produtor rural pessoa física e entidades sem fins lucrativos. Esses empregadores deixarão de usar os cadastros atuais assim que completarem a migração para o eSocial. Segundo o Ministério da Economia, a expectativa é de que ninguém mais precise preencher o Caged em 2021 e a Rais em 2022. Fonte: Agência Brasil – Edição: Aline Leal

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partir de janeiro, as empresas passarão a registrar as contratações, dispensas e informações sociais do trabalhador na Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Esses dados deixarão de ser preenchidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). As mudanças constam de portaria do Ministério da Economia, assinada na última segunda-feira (14) pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Segundo a pasta, a ideia é unificar todas as bases de dados para as estatísticas do trabalho no eSocial.


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Programa ROTA 45 capacita lojas de autopeças e oficinas mecânicas Programa Setorial Automotivo ROTA 45 promove Capacitação, Qualificação e Certificação para Lojas de Autopeças e Oficinas Mecânicas (CNAE 45)

automotivo, seja nos veículos e na forma de usá-los, seja na forma de produzi-los, o que certamente irá impactar o mercado de reposição, afetando diretamente as oficinas reparadoras de veículos e os comerciantes varejistas de autopeças, empresas cadastradas com CNAE 45. Para o presidente do Sincopeças-SP e vice-presidente da FecomercioSP, Francisco De La Tôrre, a iniciativa é importante para dar suporte às empresas e gerar credibilidade e sustentação em um mercado altamente competitivo, principalmente neste momento, com a entrada de novas tecnologias. “Nosso mercado sempre foi visto e pejorativamente chamado de mercado paralelo e, por ser um mercado em franco processo de consolidação e profissionalização, somente com gestão e boas práticas é que as empresas conseguirão se perenizar. O Sincopeças, através de sua

força institucional, em parceria com o Sebrae e o IQA, objetiva viabilizar o pequeno empresário na trajetória de consolidação do seu negócio, por meio de boas práticas, de gestão eficiente e de ferramentas modernas”, afirma. De La Tôrre alerta que, em um mercado tão agressivo e de forte concorrência, é fundamental que o varejista busque suporte gerencial. “O Sebrae tem demonstrado ser a melhor entidade que atende essas necessidades, inclusive com viabilidade financeira porque o varejista que buscar uma consultoria isoladamente terá de arcar com custos que se tornam insuportáveis para a sua realidade financeira”, garante. Na visão do presidente do Sincopeças-SP, a profissionalização e otimização da gestão das empresas varejistas de autopeças e de reparação de veículos enriquece o mercado. “Isso é fun-

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Programa ROTA 45 – Capacitação, Qualificação e Certificação de Lojas de Autopeças e Oficinas Mecânicas (CNAE 45) é parte da estratégia elaborada pelo Sincopeças-SP e Sindirepa-SP para implantação de uma Política Setorial que incentive e promova o desenvolvimento do aftermarket automotivo a partir dos varejos de autopeças e das empresas de reparação de veículos. O programa conta com atuação direta do Sebrae-SP para capacitação e do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva para qualificação e certificação das empresas, além de apoio do Cesvi Brasil, IAA - Instituto da Administração Automotiva e Automec Feira, entre outras entidades que se integrarão ao longo do processo. O Programa ROTA 45 foi elaborado a partir do Programa Rota 2030, que sinaliza profundas transformações para o setor


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damental para oferecer credibilidade ao consumidor final e para uma sociedade que exige, cada vez mais, boas práticas por parte das empresas, justamente o que o Sincopeças, juntamente com outras entidades, busca oferecer a partir do Programa ROTA 45”, assegura De La Tôrre.

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Melhoria da competitividade Na linha de frente para disseminar o programa junto a toda cadeia automotiva, o diretor da Alvarenga Projetos Automotivos e Conselheiro do IQA, Luiz Sergio Alvarenga, ressalta que o ROTA 45 tem objetivo de aumentar a competitividade das micro e pequenas empresas do aftermarket automotivo, por meio da sua capacitação, qualificação e certificação, e carrega como pressupostos princípios da qualidade para melhoria da competitividade. “De forma complementar, as políticas de estímulo ao uso de consultorias dedicadas visam a dotar as microempresas com ferramentas que lhes permitam alcançar a capacitação e posteriormente a certificação, conferindo-lhes condições de competitividade no mercado”, diz.

Alvarenga adverte que não se trata simplesmente de ampliar a competitividade somente via redução de custos, mas também por meio da organização gerencial, identificação de processos e de vendas. “A importância da política de estímulo por meio da qualificação ou certificação justifica-se pelo fato de que o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira está atrelado às grandes montadoras globais, cujos centros de decisões estão em suas matrizes, fora do Brasil, o que dificulta a pronta reação do mercado de reposição. Além disso, o investimento em qualidade é bem menor que o custo da não-qualidade”, garante. Em seu entender, o governo federal preocupa-se com setores extrativista e primário, em função de exportações, importações, balança comercial, com toda estruturação de segurança envolvendo veículos automotores


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no mundo, e consequentemente no Brasil, que tira da zona de conforto tudo o que vínhamos fazendo nos últimos 50 anos, seja quanto à venda da peça pelo varejista, seja quanto aos serviços do reparador com a manutenção dos veículos”, comenta. Segundo Alvarenga, um programa de longo prazo como o ROTA 45 prevê todas essas mudanças. “Capacitar e trabalhar um público de mais de 200 mil empresas é algo que realmente tem que ter um programa de longo prazo, com efeito viral contaminante muito forte e apoio das indústrias de autopeças, seguradoras, concessionárias, montadoras, enfim, toda cadeia de valor que tem um grande interesse nessa base de varejistas e oficinas como propulsionador dos negócios de peças e serviços e das marcas no País. Entendemos que esses são os pilares e a essência do Progra-

ma ROTA 45, e o único palpável do ponto de vista da acreditação porque envolvemos duas instituições muito acreditadas que são o Sebrae – focado na micro e pequena empresa, com vasta experiência e bem capilarizado inicialmente no Estado de São Paulo e depois pelo Brasil – e o IQA, um organismo extremamente acreditado no setor automotivo e junto ao Inmetro, que vem coroar esse trabalho com começo, meio e fim. Dessa forma, começamos uma capacitação com o Sebrae e concluímos com a certificação do IQA ao final. Assim, entregamos algo consistente à sociedade, então, quem ganha é a sociedade e a cadeia de valor que vai conseguir encontrar empresas elegíveis para possíveis projetos de cooperação, redes de negócios e situações que movimentem comercialmente esse mercado de 100 bilhões de reais”, conclui Alvarenga.

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e autopeças. “Nada mais justo, mas, no entanto, ele sinaliza que, para baixo, o mercado de pós-venda tem de se autorregular e as instituições entenderam que deveriam criar um projeto de longo prazo, similar ao Rota 2030 das montadoras, para levar as micro e pequenas empresas rumo a um caminho mais seguro, calcado em capacitação e com atestado de certificação, ou seja, o programa contempla muitos assuntos ligados à gestão, bem-como possíveis não-conformidades técnicas, que permitem à empresa estar competitiva nesse mercado de mudanças, seja do ponto de vista da mobilidade, com a mudança do perfil do consumidor, como também das inovações tecnológicas, cada vez mais com eletrônica e telemetria incorporadas aos veículos automotores, além das rápidas mudanças que estão acontecendo


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O Programa O ROTA 45 visa a solucionar dificuldades enfrentadas pela reposição automotiva, tais como: • baixa competitividade das microempresas de reparação de veículos e varejistas de autopeças, que resulta na imagem junto aos consumidores; • risco de enfraquecimento de investimentos por parte da indústria e distribuidores de peças, devido às constantes devoluções/garantias de autopeças; • capacitação empresarial face às transformações da mobilidade, que precisa ser direcionada para esses novos tipos de consumidores; • risco de perda do acompanhamento no desenvolvimento de tecnologias que utilizam biocombustíveis e eletrônica, com impactos na cadeia produtiva. Partindo de ampla discussão e análise do Sincopeças-SP, Sindirepa-SP, Sebrae-SP e IQA, o Progra-

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ma ROTA 45 – Capacitação, Qualificação e Certificação de Oficinas e Lojas de Autopeças foi pensado como Política Setorial de longo prazo, divididos em três momentos. O Programa possui e explicita metas objetivas e mensuráveis e dota as empresas de instrumentos e estímulos para viabilizá-las. Trata-se de uma política que confere a previsibilidade necessária para que as empresas possam se adaptar e programar os seus investimentos. O Programa ROTA 45 tem como público-alvo as microempresas de reparação de veículos e varejistas de autopeças, entretanto, seus resultados serão externados à cadeia de valor formada por indústrias de autopeças, montadoras de veículos, concessionárias, distribuidores, seguradoras e toda sociedade, especialmente por meio do abastecimento adequado de autopeças para a manutenção dos veículos em circulação.

Estrutura da estratégia 1-Requisitos da Capacitação – A empresa será direcionada para a trilha de consultoria e capacitação e dará o primeiro passo para atingir o objetivo de qualificação ou certificação, com todos os conceitos básicos da qualidade inseridos. 2-Requisitos da Qualidade Os referidos requisitos são relativos a qualificação e certificação estabelecidos junto ao Instituto da Qualidade Automotiva, organismo acreditado pelo INMETRO: • Diagnóstico prévio – É realizado um diagnóstico na empresa de reparação de veículos ou varejista de autopeças para identificar sua situação atual e orientar sobre o caminho a seguir – qualificação ou certificação; • Qualificação – A empresa que atingir a condição máxima de requisitos estabelecidos nesta modalidade, confirman-


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mente no fornecimento adequado de autopeças pelas lojas, devido à sintonia com programas de estímulo de empresas seguradoras; • Consultorias independentes como do IAA – Instituto da Administração Automotiva disponibilizarão soluções rápidas e práticas, todas em sintonia com o objetivo de capacitação ou certificação das empresas. Por fim, as empresas obterão os certificados de qualificação ou certificação, credenciais que, além de melhoria interna, permitirão maior visibilidade junto ao mercado.

de autopeças, montadoras de veículos, distribuidoras de autopeças, concessionárias, seguradoras, fornecedores de equipamentos, tintas, insumos etc. Todas as empresas que participam do aftermarket podem participar do Programa ROTA 45, basta entrar em contato com o Sincopeças-SP ou Sindirepa-SP.

Grupo de acompanhamento Sincopeças-SP, Sindirepa-SP, Sebrae-SP e IQA acompanham o Programa ROTA 45 e estimulam a aproximação da cadeia de valor por meio de reuniões customizadas junto a indústrias

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do seus controles de gestão, recebe sua credencial e aproxima-se da certificação; • Certificação – A empresa que atingir a condição máxima de requisitos da qualidade estabelecidos nesta outra modalidade, confirmando seus controles de gestão, torna-se elegível aos novos negócios e recebe sua credencial. 3-Consultoria Empresas cadastradas devem realizar dispêndios controlados de consultoria face ao diagnóstico prévio e contarão com ampla assistência nos diversos segmentos de atuação, conforme abaixo, além de outras que se engajarem. • A trilha já subsidiada do Sebrae-SP solucionará parte das não-conformidades eventualmente encontradas no diagnóstico prévio; • Os serviços do CesviBrasil encontrarão ambiente adequado para atuação nas empresas de reparos por colisão e consequente-


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Setor da reparação automotiva ganha incentivo para competitividade

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m programa setorial de longo prazo começa a ser desenhado com o propósito de fomentar a competitividade do mercado da reparação automotiva, inicialmente, no Estado de São Paulo. Trata-se do ROTA 45, cuja finalidade é preparar, capacitar, qualificar e certificar as oficinas de reparação mecânica de veículos e lojas de autopeças – empresas cadastradas com a CNAE 45, em preparação para as profundas mudanças do setor automotivo que já estão em curso, sinalizadas pelo programa federal Rota 2030 e por legislações federais como Lei da Liberdade Econômica, nova legislação trabalhista, nova previdência social, desburocratização da máquina pública e, principalmente, o novo perfil de cliente com a conexão por meios digitais. São mudanças significativas que certamente terão impacto direto no aftermarket automotivo. O ROTA 45 foi idealizado pelo Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios) e pelo Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios para Veículos), em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e o Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), além de contar, no momento, com o apoio da Automec Feiras e as consultorias do Cesvi Brasil e do IAA (Instituto da Administração Automotiva). Nesta parceria, o IQA, organismo acreditado pelo INMETRO, oferece serviços de qualificação e certificação que fomentam a melhoria

(Por Alexandre Xavier)

contínua da qualidade de cada empresa na medida em que ampliam o conhecimento em relação aos novos processos de gestão e proporcionam condições de competitividade e maior visibilidade junto ao mercado. O IQA, atento às mudanças do mercado e na vanguarda dos processos da gestão da qualidade com foco na eficiência do negócio, entendeu o quão importante é esta iniciativa para o setor. Todo o trabalho se inicia com o diagnóstico sobre a situação da empresa, a partir do qual o gestor da oficina mecânica de veículos ou loja de autopeças recebe orientação sobre ações necessárias para melhoria dos processos, indicadas para a qualificação ou a certificação da qualidade. Assim, o ROTA 45 representa a ampliação do trabalho de incentivo à qualidade realizado no aftermarket por meio do PIQ (Programa de Incentivo da Qualidade), dedicado à certificação de oficinas, uma vez que agrega também lojas de autopeças, que terão mais possibilidades de serem certificadas com diversos benefícios, promovendo a qualidade de dois atores – oficinas e autopeças – fundamentais da cadeia, que precisam trabalhar em sinergia e estar preparados para as novas tecnologias automotivas e os avanços nos processos de gestão, a fim de proverem serviços de qualidade e com agilidade para um mercado cada vez mais exigente e qualificado. Uma empresa certificada tem to-

das as condições de desenvolver negócios sustentáveis. Da mesma forma que a oficina de reparação mecânica de veículos precisa ter eficiência desde a recepção do cliente até a entrega do veículo, o varejista de autopeças precisa investir na melhoria contínua dos processos internos, do registro de produtos ao atendimento no balcão, de modo que possa entregar as autopeças corretas com a devida agilidade às oficinas para redução de erros nos processos de reparação automotiva. Esta é uma oportunidade para o empresário revisitar o negócio com base nos pilares que sustentam um sistema de gestão orientado para a qualidade. Com a empresa certificada, o gestor passa a ter o controle dos processos com métodos de trabalho mais eficientes e colhe uma série de resultados, como aumento da produtividade, redução de custos e desperdícios, ampliação do faturamento e participação em licitações e tomadas de preço de organizações públicas e privadas. Do Estado de São Paulo para o Brasil. Esta é a expectativa para o ROTA 45, cujo movimento de inclusão será progressivo, de modo que microempresas de reparação de veículos e varejistas de autopeças de todo País serão inseridas e preparadas para a competitividade do setor automotivo, com reflexos positivos em toda cadeia de valor e sociedade, a partir da adequada manutenção dos veículos em circulação.


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DPK apoia Programa ROTA 45 (Por Jader Mantellato)

Alinhados com esses conceitos, nós da DPK Distribuidora unimos força com o SINDIREPA e SEBRAE -SP, apoiando o projeto ROTA 45, estendendo os treina-

mentos aos clientes pertencentes a nossa rede MAXXISERVICE do Estado de São Paulo em 2020, buscando qualificar ainda mais o reparador paulista.

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os dias de hoje os reparadores deram um grande salto, deixando aquela imagem de oficina suja e desorganizada. Entendendo que os desafios agora são outros, veículos com mais tecnologias, internet das coisas, novos ferramentais e principalmente consumidores mais inteligentes e atualizados. Os profissionais da reparação do futuro terão que aprender e empreender em seus negócios constantemente, buscando sempre as melhores ROTAS que os façam aperfeiçoar suas técnicas, gerando mais lucros a suas empresas.


varejo em foco

Comércio varejista deve faturar 6% a mais em 2020 FecomercioSP tem perspectiva positiva para o varejo neste ano, quando faturamento real deve atingir R$ 783 bilhões

Estimativa leva em consideração o desempenho da indústria, o possível avanço nas taxas de emprego e a queda na inadimplência (Arte: TUTU)

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m 2020, o ritmo das vendas no varejo paulista tende a seguir um comportamento similar ao observado no ano passado, e o faturamento do comércio pode ser 6% superior aos números previstos para 2019 – estimado em R$ 741,4 bilhões pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado

de São Paulo (FecomercioSP). Se assim for, o comércio vai lucrar R$ 42 bilhões a mais e bater o faturamento real de R$ 783 bilhões. A estimativa da Entidade leva em consideração a melhora do desempenho da indústria e as expectativas de redução de gastos públicos por meio de medi-

das que acelerem concessões e privatizações de determinadas estatais, além do possível avanço nas taxas de emprego e a queda do índice de inadimplência. A FecomercioSP ressalta apenas que os empresários fiquem atentos a fatores externos, como as eleições presidenciais dos Estados Unidos e a guerra


varejo em foco

Projeção Conforme dados da PCCV, a projeção de crescimento do faturamento real para a ativida-

de do comércio de autopeças e acessórios no Estado, no ano de 2019, é de 11,5% sobre 2018 e de 9% em 2020 sobre 2019.

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comercial entre americanos e chineses, o que pode influenciar no preço de produtos importados desses países.


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Desempenho em 2019 O crescimento econômico esperado para o primeiro trimestre de 2019 foi adiado em razão do atraso na votação da Reforma da Previdência. Em compensação, a economia passou a melhorar no segundo trimestre, o que se estendeu ao longo dos meses. Todas as regiões do Estado e os nove segmentos analisados tendem a fechar o ano com dados positivos. Destaque para os bens duráveis, que devem apresentar alta de 8%, enquanto os semiduráveis e não duráveis podem registrar elevação em torno de 5%. O grupo de supermercados deve deixar a maior contribuição para o setor em 2019, com mais de R$ 244 bilhões de faturamento. Caso as perspectivas se confirmem, o setor terá faturado R$ 40 bilhões a mais em 2019 em comparação com o ano anterior. Se esse desempenho se concretizar, será o maior crescimento do comércio varejista nos últimos oito anos.

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Acompanhe a FecomercioSP Para saber mais sobre as atividades de advocacy da FecomercioSP ou conhecer as atividades dos conselhos da FecomercioSP, fale conosco pelo e-mail ri@fecomercio. com.br. Se você ainda não é associado, clique aqui e conheça as vantagens. Fonte: FecomercioSP


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Feriados derrubam faturamento Varejo brasileiro deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 em decorrência dos feriados nacionais. Levantamento da FecomercioSP considera os setores do varejo mais sensíveis a compras por impulso e prevê perda 53% maior do que em 2019 de desconto para compras antes do feriado; para os negócios com mais disponibilidade financeira, é possível ainda buscar parcerias para conceder benefícios em serviços no feriado que estejam atrelados às vendas (cinema, parque, restaurante etc.). Apesar dessa queda no varejo, a Federação enfatiza que setores como serviços (transporte, restaurantes e bares, por exemplo) e turismo tendem a apresentar um fôlego maior nessas datas. O estudo separa os setores do varejo e o nível de perdas que devem ter no próximo ano apenas em detrimento do fator “feriado nacional”. O setor classificado como “outras atividades” é o que deve contabilizar a maior perda: em torno de R$ 4,48 bilhões, com alta de 47% em relação a 2019. Esse grupo inclui os comércios de combustíveis, joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros. As perdas nas atividades de supermercados (R$ 3,2 bilhões) e farmácias R$ (1,87 bilhão) devem ser superiores em 58% e 59% em relação às de 2019. Juntos, ambos os setores devem responder por 43% do total das perdas estimadas neste estudo para 2020. Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os fe-

riados e pontes são: vestuário, tecidos e calçados (-46%), com R$ 1,1 bilhão; e móveis e decoração (-61%), com R$ 1 bilhão. Todos esses setores avaliados geralmente são aqueles mais sensíveis à compra por impulso, como locais em que o consumidor geralmente frequenta durante horário de almoço ou no fim no expediente. São diferentes daqueles onde a compra é programada – os de bens duráveis –, setores que não perdem com feriados nacionais, já que o consumidor tende a efetuar a compra em outro dia. Nesse estudo, a FecomercioSP não considerou os feriados estaduais e municipais – que também prejudicam a atividade comercial. Na análise da Entidade, ainda que esses R$ 11,8 bilhões pareçam um enorme dano ao varejo, o valor representa 0,6% (ou o equivalente a dois dias de comércio completamente fechado) do faturamento total desse setor em um ano, que é de cerca de R$ 2 trilhões. A FecomercioSP ressalta que o estudo tem como objetivo apenas mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista, sem considerar características sazonais e regionais.

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varejo nacional deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa de feriados nacionais e pontes ao longo do ano. O total é 53% maior do que a perda prevista para 2019, de R$ 7,6 bilhões. Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o aumento se deve à maior quantidade de feriados em dias úteis e mais pontes de emendas em 2020. No próximo ano, serão 11 feriados em dias úteis – em comparação a sete neste ano. Considerando os índices econômicos que apontam para uma recuperação da atividade produtiva, tanto o comércio quanto o varejo devem se beneficiar de mais vendas em 2020, em uma média diária, o que faz com que cada feriado ou ponte em dia útil leve a uma perda financeira maior para os setores, aponta o levantamento. Nesse cenário, o empresário pode calcular com antecedência a queda nas vendas causada pelo feriado e estabelecer uma meta mensal no negócio para reduzir o impacto dessas datas na atividade, compensando com o faturamento nos dias com mais movimentação no estabelecimento. Isso pode ser feito com ofertas


varejo em foco

APIs revolucionam

formas pagamentos Como as novas formas de pagamento, consideradas uma revolução para o setor financeiro, esbarram na tecnologia das APIs (Por Fábio Rosato)

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agamentos via aplicativo de celular, QR Code, criptomoedas, carteira virtual, biometria, entre outros. Há alguns anos era impossível imaginar que o consumidor teria tantas opções para realizar pagamentos. Hoje, a chamada revolução digital do setor financeiro já é uma realidade, e os modelos Open estão cada vez mais presentes. De acordo com um estudo da Accenture, divulgado em setembro de 2019, os bancos tradicionais irão perder, até 2025, 15% de sua receita global de pagamentos, ou seja, US$ 280 bilhões, em razão das novas tecnologias oferecidas, na maioria das vezes, por fintechs. O estudo mostra ainda que, a receita global de pagamentos provavelmente crescerá a uma taxa anual de 5,5% ao

ano: de US$ 1,5 trilhão em 2019 para mais de US$ 2 trilhões até 2025. Por essa razão, a Accenture prevê que os bancos que mudarem seus modelos de negócios, irão capturar uma parte dos US$ 500 bilhões em crescimento incremental de receita. Nesse cenário, o Open Banking, movimento que é considerado uma das principais mudanças no setor financeiro dos últimos anos e está sendo implementado no Brasil pelo Banco Central, pode ser uma chance para que os bancos tradicionais ou até mesmo os que já nasceram na era digital, se reinventem e tracem novas estratégias de negócios para acompanhar as inovações das formas de pagamento. Tanto as novas formas de pagamento como o Open

Banking em si esbarram na tecnologia das APIs, já que elas são fundamentais para criar ecossistemas que conectam pagamentos e outros canais digitais de maneira escalável, além de possibilitar transações financeiras através de uma plataforma aberta e sem burocracias. Muito mais do que atender uma regulamentação, os grandes bancos, fintechs e demais empresas do setor devem começar a traçar estratégias de como ampliar as oportunidades de negócios, através das APIs. Novos meios de pagamentos: QR Code e carteira digital As novas formas de pagamentos como o QR Code da Cielo ou da PagSeguro e o Wallet Digital da Via Varejo


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é considerada um pilar fundamental, está sendo consolidada dentro de um grande programa de Open Payments da Cielo para que ela organize melhor os produtos baseados em APIs e crie uma experiência melhor para os desenvolvedores. A Elo também é um exemplo de empresa voltada para vertente de pagamentos. A estratégia deles, com o uso de APIs é bem clara: se posicionar como uma plataforma aberta e trazer soluções de pagamentos. Para isso, o trabalho de engajamento para o uso das APIs começa dentro de casa, com os times comerciais, que investem bastante esforço no portal de desenvolvedores para engajar outras soluções a utilizarem serviços da Elo. Definição do modelo de negócios, design, funcionamento e segurança também estão garantindo a escalabilidade dessas APIs. No futuro, padronização pode ser necessária A quantidade de novas formas de pagamento que estão surgindo do mercado podem se tornar um problema no futuro. Várias empresas como Cielo, Mercado Livre, Rappi querem criar seu próprio modelo de QR Code. Há no mercado uma discussão sobre criar uma padronização desse modelo de pagamentos, ou seja, criar algo que seja único para todos. Novamente, as APIs estariam envolvidas.

Isso se faz necessário porque, para o varejista, no futuro pode ser que seja complicado ter um cartaz para cada QR Code. A ideia é que ainda está sendo amadurecida e que, obviamente tem uma relação com o Open Banking, é que as empresas se resolvam entre si para que somente um meio de pagamento via QR Code sirva para todos. As APIs como forma de integração A concorrência pelos serviços financeiros está aumentando a cada dia e deixando os bancos tradicionais cada vez mais sob pressão. Além do surgimento das novas fintechs e bancos digitais, novas regulamentações como o Open Banking trazem a ideia da abertura de dados dos clientes, por meio das APIs. Neste cenário, há duas opções para estes bancos: tratar o Open Banking como apenas mais uma regulamentação e, correr o risco de perder cada vez mais mercado ou, apostar em APIs como forma de integração para investir em novos negócios. A expectativa é que, a obrigatoriedade de os bancos abrirem as informações de seus clientes para outras instituições financeiras aumente a concorrência pelos serviços, diminua os preços para os consumidores e crie novos produtos, serviços e formas de pagamento.

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são exemplos interessantes de como as APIs estão por trás das novas tecnologias. Até pouco tempo, pagar suas compras nos estabelecimentos era limitado pelo uso de cartão e senha, quando muito, o pagamento poderia ser realizado por aproximação. Hoje, todas as maquininhas da Cielo já incorporam uma solução de pagamentos por QRCode. A plataforma QR Code™ Pay, criada com base nas APIs da Sensedia para integrações, já nasceu com 40 milhões de potenciais usuários e, o meio de pagamento é 100% digital. Como esse é um ecossistema aberto, habilitado através de APIs, é possível ter outros parceiros utilizando, como por exemplo, Bradesco ou Quick Pay. É possível também ter seus dados cadastrados no Quick Pay ou até mesmo no app da Cielo e, em vez de usar o cartão, o cliente pode utilizar um desses apps. Através da câmera, o celular lê o código que está na maquininha e com isso, ela efetua o processo de pagamento normalmente. Isso abriu um leque muito grande de possibilidades, como por exemplo, os pagamentos via QR Code que foram testados na TV, durante uma edição do programa Teleton. Além de pagamentos, foi possível fazer doações para instituições. Todo esse conjunto de iniciativas, onde a estratégia de API


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Confiança é prioridade para o consumidor Relatório Global de Tendências 2020 da Ford mostra a confiança como prioridade para o consumidor

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Ford divulgou o seu novo estudo de tendências globais, mostrando os assuntos que mais devem influenciar o comportamento do consumidor no próximo ano. Segundo o Relatório de Tendências Ford 2020, uma das preocupações principais será a busca pela confiança: na era da conectividade, as pessoas se sentem mais sozinhas que nunca e acham difícil confiar nos outros e nas empresas (veja aqui a versão completa em português). “O ritmo das mudanças tem aumentado globalmente e, sem confiança nas instituições, marcas e parceiros, a maioria das pessoas se sente extremamente sobrecarregada”, diz Sheryl Connelly, gerente de Tendências Globais de Consumo e Futuro da Ford. “Os consumidores querem

acreditar que as empresas estão fazendo a coisa certa, mas as empresas também precisam dar uma razão clara para isso. Na Ford, continuamos profundamente focados em melhorar a vida dos consumidores e das comunidades para continuar tendo um relacionamento confiável que nos leve juntos para frente.” A pesquisa feita em 14 países das Américas, Ásia, Europa e Oriente Médio mostra que a capacidade de confiar nos parceiros, comunidades e empresas tem um impacto crucial na vida diária das pessoas. Outras tendências de consumo reveladas no relatório são: · Todos sós: a solidão tornou-se uma epidemia de proporções globais. Ela está presente principalmente entre os jovens – 62% da Geração “Z” concor-

dam com a afirmação: “Sinto-me sozinho regularmente” e 50% concordam com: “Muitas vezes sinto-me sozinho quando estou perto de outras pessoas”. · Abaixo da superfície: há um interesse crescente nos elementos invisíveis da construção da confiança do consumidor. O consumidor quer acreditar que as empresas estão fazendo a coisa certa, mas precisa ver para crer. Globalmente, 67% dos adultos concordam que: “Quando uma marca perde minha confiança, não há como voltar atrás”. · Chamada à mudança: as pessoas estão pedindo às marcas para mudar de uma mentalidade baseada em produtos para outra focada em valores – embora isso nem sempre tenha impacto na decisão de compra:


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das pessoas não estão mudando seu comportamento para ajudar a combater as mudanças climáticas e não acreditam que podem fazer a diferença. · A identidade importa: as conversas e a linguagem em torno da identidade estão evoluindo – mais especificamente, o entendimento de que a identidade é construída por atributos visíveis e invisíveis, como identidade sexual, ancestralidade, religião e outros. Apenas 67% dos adultos afirmam: “Eu entendo o conceito de fluidez de gênero”.

· Segunda vida: novas empresas de “upcycle” no mundo modernizaram as compras de segunda mão. O chamado movimento de “re-commerce” está crescendo entre compradores sofisticados e conhecedores do mercado, dando vida nova a peças de moda, eletrodomésticos, eletrônicos, utensílios domésticos e outros produtos usados – e cada vez mais consumidores estão optando por isso. Globalmente, 60% dos adultos dizem: “Estou mais aberto a comprar bens usados do que há cinco anos.”

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59% dos adultos dizem se preocupar mais com a conveniência de compra do que com os valores da marca. · Grandes expectativas: com o crescimento do comércio pela internet, aumentam também as expectativas em relação às marcas. 67% dos adultos concordam com a afirmação: “Eu espero mais das marcas do que no passado.” · O paradoxo verde: em todo o mundo, os consumidores estão cada vez mais preocupados com as mudanças climáticas. Mas isso não se traduz em urgência: 64%


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Mulheres no comando Pilkington garante que todas as suas lojas tenham uma mulher como instaladora de vidros automotivos. O objetivo é desmistificar a lenda de que oficina mecânica não é lugar para mulher

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Pilkington é uma empresa global, pioneira e líder na fabricação de vidros originais automotivos e está presente no Brasil há mais de 50 anos. Desde 2017, a empresa tem investido em sua própria rede de serviços com o objetivo de se aproximar do público final. A rede de serviços destaca-se pela alta tecnologia, elevado padrão de atendimento e quadro de funcionários, pois a Pilkington decidiu investir na empatia e se orgulha de ser a primeira empresa do segmento a garantir que todas as suas lojas tenham uma mulher como instaladora de vi-

dros. O mercado de trabalho, até então dominado por homens, passa a sentir a diferença de ter mulheres na linha de frente. “A consumidora fica mais segura e se sente mais acolhida com a presença de uma instaladora na loja. Além do mais, as mulheres são mais cuidadosas e detalhistas no serviço. Com certeza, estamos quebrando paradigmas e pré-conceitos”, comenta Neala Marques, primeira mulher instaladora de vidros na multinacional Pilkington, que atualmente é Coordenadora das lojas em todo Brasil, multiplicadora do projeto

“Rede de Lojas” e instrutora do centro de treinamento em Caçapava, interior de SP. O carinho pela área automotiva vem desde os dez anos, quando começou a retificar alto falantes na oficina do pai em Minas Gerais. A empresa leva para o mercado de vidros automotivos o conceito de oficinas limpas e organizadas, confortáveis para o consumidor: todas as lojas possuem salas de esperas climatizadas, com sofás confortáveis e café quentinho, pátio de serviços limpo e organizado. Assim, torna as lojas mais amigáveis para o


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público feminino, além de quebrar o mito preconceituoso de que “serviço automotivo é trabalho para homem”. Na Pilkington não há qualquer tipo de distinção entre os gêneros. A empresa oferece ferramentas adaptadas e modernas, que diminuem o esforço físico da colaboradora, e investe em treinamentos constantes. Além disso, nos processos seletivos, a empresa oferece oportunidades iguais para homens e mulheres nas entrevistas e não há desigualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. “Optamos por colocar mulheres em posições estratégicas não só porque acreditamos na igualdade de gênero; mas também para mostrar que a mulher pode estar e trabalhar onde ela quiser, como ela quiser. Infelizmente, ainda hoje em dia há muito preconceito em relação à presença feminina no mercado automotivo, seja como profissional ou como consumidora. Essa situação nos entristece demais, por isso resolvemos agir”, finaliza Luciana Alves, Coordenadora de Marketing da empresa.

dos Campos (SP); Sorocaba (SP); São Bernardo do Campo (SP); São José do Rio Preto (SP); Santos (SP); Porto Alegre (RS); São José (SC); Curitiba (PR); Londrina (PR); Rio de Janeiro (RJ); Belo Horizonte (MG); Goiânia (GO); Natal (RN); Maceió (AL); Recife (PE); Salvador (BA), Fortaleza (CE) e, em breve, em Aracaju (SE).

A rede Pilkington oferece serviços como instalação e reparo de para-brisas, troca de palhetas de limpadores e de máquinas de levantamento de vidros, dentre outros serviços para automóveis e caminhões, incluindo a calibração do sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems).

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Sobre a Pilkington A Pilkington possui mais de 1,5 mil clientes lojistas pelo País, 15 unidades de distribuição e sete plantas automotivas no Brasil. As lojas da rede de serviços Pilkington podem ser encontradas em São Paulo (SP) com quatro unidades; Guarulhos (SP); Osasco (SP); Campinas (SP); São José


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O empresário no fio da navalha (Por Renata Soares Leal Ferrarezi*)

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ausou perplexidade à comunidade jurídica o desacerto da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou crime o não pagamento d o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devidamente declarado, ou seja, o ICMS próprio. O ICMS é a principal fonte de receita dos Estados e a maioria dos ministros do STF seguiu o voto proferido pelo Relator, o

Ministro Luís Roberto Barroso, que manifestou entendimento no sentido de que o ICMS não faz parte do patrimônio da empresa, que é mera depositária do valor, devendo repassá-lo à Receita estadual. A decisão teria se pautado em informações enviadas ao STF pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Consefaz), segundo a qual todos os estados possuem devedores

contumazes do ICMS, ou seja, contribuintes que não repassam o tributo rotineiramente, e que, segundo aquele órgão, em 2018, representaria uma dívida de R$ 4,6 bilhões, no Maranhão; de R$ 2 bilhões, no Rio Grande do Sul; e mais de R$ 1 bilhão no Rio de Janeiro. A inusitada decisão causa perplexidade á classe jurídica e empresária, principalmente por se tratar de ICMS próprio e não


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zação do não pagamento do ICMS próprio. Isto porque, em relação ao ICMS ST não há dúvida de que o não pagamento caracterizaria crime, porque neste caso o empresário cobra o imposto em nome do fisco e o não repasse do valor aos cofres públicos certamente configura crime. Todavia, tal não ocorre com o ICMS próprio, pois nesta hipótese o contribuinte é o próprio empresário, ou seja, ele não retém ou recebe o tributo de terceiros, mas o ICMS é devido por ele mesmo. O ICMS próprio tem caráter de preço e não de imposto retido ou cobrado, eis que embora seja destacado na Nota Fiscal , tal destaque constitui simples informação destacada do valor do tributo que compõe o preço do produto, não retirando a condição de contribuinte próprio do empresário, nos termos do art. 13, parágrafo 1º, I, da Lei Complementar 87/1996. Por óbvio, o ICMS próprio diverge do ICMS ST, pois na substituição tributária a responsabilidade pelo recolhimento do imposto a transferida, ou seja, o empresário apenas repassa o tributo e neste caso caberia a criminalização do não pagamento, tendo em vista que o tributo não está na esfera de disponibilidade do empresário, não sendo ele o contribuinte originário, mas por substituição. Já o ICMS próprio no ICMS próprio compõe o preço da

operação e, portanto, está sob a esfera de disponibilidade do empresário, configura propriedade deste. O entendimento pela criminalização não faz qualquer sentido e, aliás, contraria o entendimento daquela mesma Corte manifestado em 2017 no julgamento do RE 608.872/MG, quando deixou de reconhecer imunidade de ICMS para entidades filantrópicas na aquisição de bens ou serviços, justamente sob o fundamento de que o ICMS destacado na nota fiscal não configura pagamento do imposto, ou seja, é preço e não tributo. Por conseguinte, essa desastrosa decisão deve ser revista, pois não há como ser enquadrado como crime de apropriação indébita o mero inadimplemento de tributo, principalmente se considerarmos, como já se falou, que os estados possuem mecanismos eficazes para cobrança e recebimento dos valores devidos pelo empresário. Restam evidentes os efeitos nefastos que a criminalização do não pagamento do ICMS próprio poderá trazer para a classe empresária, para a qual não restará outro caminho a não ser andar no fio da navalha, na qual de um lado está a responsabilidade por crime de apropriação indébita, caso declare o tributo devido e não pague, e do outro a responsabilização pelo crime de sonegação, caso não declare o tributo devido.

*Renata Soares Leal Ferrarezi, advogada tributarista e consultora de empresas em São Paulo

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do ICMS Substituição Tributária, pois o entendimento é tecnicamente equivocado e injusto, eis que criminaliza o que caracteriza mera inadimplência fiscal, já que as fazendas estaduais mecanismos eficazes de cobrança de tais dívidas, com a possibilidade inclusive de promover o protesto das certidões de dívida fiscal. A controvérsia diz respeito à apropriação indébita tributária, que pode ocorrer quando há desconto do tributo, como na apropriação indébita previdenciária, e a decorrente do regime de substituição tributária, como ocorre no ICMS ST. Tanto a apropriação indébita previdenciária como o não pagamento do ICMS ST poderiam, e tese, caracterizar crime, pois na apropriação indébita o empresário efetua o desconto e retém o valor do imposto que deverá ser recolhido aos cofres públicos, e no ICMS por substituição tributária o empresário cobra além do preço do produto e dos tributos nele embutidos (os tributos próprios), um valor em separado a título de ICMS ST. A legislação que trata dos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/1990) caracteriza em seu art. 2º, II, como crime deixar “de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação tributária…”. Neste contexto, surgiu a discussão em torno da criminali-


gestão e direito

Opção do trabalho

temporário

Trabalho temporário é opção para aumentar o quadro de funcionários em períodos de maior demanda. Modalidade permite suprir a necessidade de pessoal nas áreas de atendimento e produção

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o decorrer do ano, alguns setores da economia têm de enfrentar uma alta considerável da demanda por seus bens e serviços em determinados períodos, o que, não raro, exige que as empresas “encorpem” o quadro de funcionários nas áreas de atendimento ou produção para dar conta de atender à expansão pontual do volume de clientes. Nessa situação, contratar funcionários parece ser a saída mais óbvia, mas não é a ideal, uma vez que se trata de um aumento sazonal das atividades da empresa. Logo, ao término do período aquecido, os estabelecimentos, retornado ao ritmo habitual, se veriam obri-

(Por Eduardo Vasconcelos)

gados a dispensar os funcionários recém-contratados. Diante disso, no entanto, há uma saída bastante interessante para empreendedores e empregados: o trabalho temporário. Disponível especificamente para períodos em que há aumento significativo da demanda – como o último trimestre do ano para o setor varejista –, a modalidade temporária tem como característica principal a celebração de um contrato com data prevista de encerramento. Ou seja, serve para suprir a necessidade pontual de pessoal, como ocorre neste fim de ano no Empório Santa Maria, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo.

“Trabalhamos com temporários em novembro e dezembro. Como temos cestas de Natal diferenciadas no período, fazemos contratos de 60 dias e alocamos o pessoal para dar conta dessa campanha”, explica o gerente de recursos humanos do grupo St. Marche, dono do Empório Santa Maria, Douglas Wanderley. Segundo ele, no momento, o grupo conta com 35 temporários nas vendas de cestas de Natal e outros 25 no centro de distribuição, atuando na montagem dos produtos. Diferentemente da contratação efetiva de um funcionário, que ocorre de forma direta entre empresa e empregado, o trabalho temporário necessita


gestão e direito

Trabalho temporário serve para suprir a necessidade sazonal de pessoal ou para substituir um profissional afastado (Arte/Tutu) tabelecimento no qual presta serviço – o que não impede que este lhe dê ordens dentro do seu campo de atuação. “A vantagem do trabalho temporário é que você já sabe o seu custo. Então, você põe o gasto com isso dentro do que espera obter de receita no período”, avalia Wanderley, que conta que a convocação de temporários é prática comum nos fins de ano na rede St. Marche. Além dos períodos de alta demanda, que variam conforme o setor, a legislação permite recrutar temporários para substituir provisoriamente um

Fonte: FecomercioSP

profissional efetivo afastado, como durante férias ou licença de qualquer natureza. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disponibiliza aos empreendedores um e-book que explica em detalhes as regras do trabalho temporário, bem como os prazos e as responsabilidades de cada uma das partes com esse modelo de serviço.

Veja vídeo clicando aqui.

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de um intermediário. A legislação impede que as empresas contratem temporários diretamente. Desse modo, o estabelecimento interessado na modalidade deve procurar uma empresa de trabalho temporário, a qual, mediante um contrato de prestação de serviço, lhe disponibilizará empregados em caráter temporário. Com isso, o vínculo de emprego do temporário é com a empresa de trabalho temporário, que fica responsável por pagar os salários e arcar com os encargos trabalhistas e previdenciários, e não com o es-


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Entenda como funciona a questão de vaga temporária com a nova regulamentação Carlos Eduardo Ambiel explica que o modelo de trabalho tem legislação própria e o empregado temporário tem praticamente os mesmos direitos do funcionário efetivo

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odo final de ano a possibilidade de encontrar uma vaga temporária enche o brasileiro de esperança para voltar ao mercado de trabalho. Não é à toa que 570 mil vagas serão preenchidas nos setores de Comércio e Serviços, segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTEM), oferecendo uma oportunidade para quem está desempregado voltar a trabalhar. Com a nova regulamentação, em vigor desde outubro de 2019, as empresas que optam por contratação de temporários, em períodos de Festas para suprir a demanda de final de ano, também terão que cumprir algumas regras que foram publicadas no Diário Oficial da União. A partir de então, o empregado deverá ser contratado por uma empresa de trabalho temporário, que

o colocará à disposição de uma tomadora de serviços. Além disso, o prazo de duração do contrato não poderá ser superior a 180 dias corridos, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, por apenas uma vez. O trabalho temporário tem legislação própria e o empregado tem praticamente os mesmos direitos do funcionário efetivo: • Salário equivalente da categoria; • Jornada de 8 horas; • Horas extras; • Adicional por trabalho noturno; • Repouso semanal remunerado; • Seguro acidente de trabalho; • Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); • Férias e 13º salário proporcionais; • Contribuição previdenciária. Carlos Eduardo Ambiel, especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Ambiel,

Manssur, Belfiore & Malta Advogados, explica que o decreto publicado atualiza a lei do trabalho temporário de acordo com as alterações propostas pela reforma trabalhista. “As mudanças ocorridas em 2017 sobre ampliação de contrato, que era de 90 dias, agora propõem uma contratação de 180 dias com oportunidade de prorrogação por mais 90 dias adequando ainda os direitos desses trabalhadores, estipulando critérios de pagamento adicional de hora extra de 50% e adicional noturno”, esclarece o especialista, ressaltando que geralmente a duração máxima da jornada de trabalho é de 8 horas, mas o decreto também prevê possibilidade de extensão de acordo com a necessidade da empresa, inclusive 12x36”.

Sobre Ambiel, Manssur, Belfiore & Malta Advogados Sociedade formada a partir do AMVO Advogados, fundado em 2008 por advogados com sólida formação acadêmica e longa experiência prática em renomadas bancas brasileiras. Com o ingresso de um novo sócio e a mudança de nome, Ambiel, Manssur, Belfiore &

Malta Advogados inaugura (em agosto de 2017) uma nova fase de atuação, mais adequada às demandas dos clientes, principalmente na área empresarial. Além da prevenção e solução de conflitos judiciais e extrajudiciais nas áreas cível, trabalhista e tributária, assessora clientes na realização de diversos projetos e negócios, desde a

constituição de uma sociedade e a formalização de investimentos estrangeiros no Brasil, quando necessárias, passando pela modelagem do plano de negócios, elaboração e formalização dos instrumentos jurídicos necessários, negociações com os mais diversos stakeholders e controle das obrigações contratuais dos clientes.


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Reforma Tributária e o impacto no mundo corporativo Como entender quais impostos incidem sobre seus produtos e serviços

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om tantas mudanças em debate para a Reforma Tributária aumenta a expectativa para os impactos esperados pelo empresariado. Mas o consenso é que simplificar a arrecadação tributária no Brasil é uma demanda antiga do mercado e que se torna cada dia mais urgente. O Congresso Nacional promete alterar o sistema em 2020 e independente da reforma a ser aprovada, aos empresários a recomendação é entender quais impostos impactam de forma mais abrangente na gestão das suas empresas. Como existem muitas mudanças em discussão, a principal delas propõe a unificação de cinco impostos que seriam substituídos por um único. Se efetivada essa regra, o novo tributo poderá aglutinar três contribuições federais: IPI, PIS, Cofins, além do imposto


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estadual ICMS e o ISS, que é um imposto municipal. Apesar de unificar a forma de pagamento, as empresas irão continuar contribuindo com as cinco referências, ou seja, com a mesma carga tributária, afetando pouco ou nada a quantidade de impostos pagos, mas a eficiência estará em tornar o sistema menos burocrático. “Apesar disso, parecer singelo, a simplificação dos impostos poderá reduzir o tempo gasto pelas

empresas e mesmo diminuir os erros cometidos devido a infinidade de regras tributárias que existem hoje”, avalia Luiz Lanzini, estrategista em gestão empresarial, sócio da Trajetória Consultoria. Outro resultado da unificação de impostos é acabar com a guerra fiscal entre estados. Hoje, cada unidade federativa disputa de quem deve ser o imposto arrecadado. Existem diferenças e as contribuições se dividem entre o estado que

produz ou o estado que comercializa os produtos. A tendência da reforma tributária é passar a cobrar o imposto no destino do produto, de forma não cumulativa. “Os gestores dos estados usam essas diferenças como forma de atração de empresas, indústrias e os mais diversos investimentos, é mesmo uma concorrência direta e as ofertas de incentivos para atração dessas grandes indústrias se dão de forma desmedida”, avalia Lanzini.


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Luiz Lanzini estrategista empresarial, sócio da Trajetória Consultoria complexidade do sistema tributário. Não raramente a estrutura de pessoal qualificado, processos e avaliação do que realmente importa ao negócio é submetido à cadência, prazos, obrigações e restrições do excesso de regras tributárias, que em outras palavras significa que as empresas investem muitos recursos financeiros e não financeiros (como tempo, pessoas, softwares, contratação de auditorias, entre outros) na necessidade de cumprir as normas tributárias, sob o risco de algum erro de apuração ou fraude trazer danos ainda maiores aos resultados, em detrimento de uma gestão de negócio voltada a proposta de valor ao negócio.

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Ao empresariado, vale ressaltar a importância de conhecer quais impostos incidem sobre seus produtos, e ou serviços, e fazer o planejamento tributário adequado para otimizar os resultados financeiros das empresas. “Nesse entendimento é importante conhecer os impostos que incidem sobre o seu faturamento como PIS, Cofins, ICMS entre outros, o que significa um custo variável, ou ainda os impostos que impactam os resultados das empre-

sas independentemente do nível da sua atividade, que são classificados, neste caso, como despesas fixas”, explica Luiz Lanzini. Para esta última situação, destacam-se os impostos sobre a propriedade como veículos ou imóveis em nome da empresa, que exigiriam uma análise frente a estes investimentos ou suas alternativas. Na busca para minimizar os riscos de um efeito tributário, nos últimos anos ocorreram programas de incentivo pelo governo, como a desoneração da folha de pagamento, que na prática significa uma troca de uma despesa fixa ou despesa não evitável por um tributo cuja alíquota incide sobre a receita bruta, portanto variável. Essa medida procurou favorecer alguns setores da economia, principalmente os segmentos que empregam um número significativo de trabalhadores. No entanto, a reforma como um todo tem potencial de aquecer o mercado e trazer benefícios para a economia. O assunto merece muita atenção, principalmente a possibilidade de redução da carga tributária, que permitirá melhorar a competitividade global para as empresas locais. Outra situação que a reforma pode contribuir é diminuir a


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Empresas buscam se adaptar à LGPD Grande parte das empresas ainda procura informações sobre como se adaptar às novas regras de proteção de dados no Brasil, que entra em vigor em 16 de agosto de 2020

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Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um dos temas mais debatidos deste ano. Em 2020, o olhar sobre o tema será intensificado, pois é quando a legislação entra em vigor. As empresas que colhem e tratam dados de clientes têm até 16 de agosto para estarem aptas às novas normas, mas, apesar da proximidade dessa data, a LGPD ainda preocupa grande parte das empresas brasileiras. Levantamento da Serasan Experian feito com 508 pequenas, médias e grandes empresas mostra que 85% delas não se consideram preparadas para garantir os direitos e deveres em relação ao tratamento e coleta de dados pessoais

em conformidade com a lei. A pesquisa ainda revela que 72% das companhias com mais de cem funcionários pretendem contratar serviços terceirizados para auxiliar na adaptação à lei. Atenta a essa necessidade, a Darlin Lingerie, com 11 lojas no Estado de São Paulo, procura se adaptar e, apesar de ressaltar a importância da legislação, a empresa encontrou um empecilho para a adequação à LGPD. “Nunca tivemos um banco de dados consolidado, porque o consumidor de roupa íntima feminina costuma passar informações pessoais apenas quando realiza a troca de mercadoria. Ainda assim, como a lei é para todos, estamos em contato

com o departamento jurídico para implementar as mudanças necessárias. O único problema nesse primeiro momento envolve o aumento de custos”, afirma o diretor, Ronald Masijah. O proprietário da Drogamax, Messias Cardoso, também procurou o setor jurídico para saber como documentar a autorização para a coleta dos dados dos clientes de acordo com a LGPD, pois os relativos à saúde são considerados sensíveis e precisam de um tratamento mais rigoroso. LGPD Os conceitos estipulados na Lei de n.º 13.709/2018 são inéditos no Brasil e estabelecem princí-


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Lei inspirada no regulamento da União Europeia prevê sanções administrativas com multas que podem chegar a R$ 50 milhões (Arte: TUTU) sas que negligenciarem a necessidade de adotar medidas de segurança para tratamento adequado dos dados pessoais de seus consumidores. Orientação O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Renato Opice Blum, e seu vice-presidente, Rony Vainzof, especialistas em Direito

Digital, tiraram dúvidas sobre a LGPD no webinário organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Clique aqui e veja como acessar o vídeo completo do webinário e fique por dentro da LGPD. Ler o ebook elaborado pela FecomercioSP sobre o tema é outra forma de se inteirar sobre o assunto.

Fonte: FecomercioSP

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pios, direitos e deveres que deverão ser observados por empresas públicas e privadas de todos os portes no tratamento de dados pessoais de pessoas físicas. A lei foi inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR, na sigla em inglês) e prevê sanções administrativas com multas que podem chegar a R$ 50 milhões para as empre-


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Prazos para adequação à LGPD Novos padrões para a coleta e tratamento de dados pessoais requerem atenção, planejamento e suporte jurídico para serem cumpridos pelas empresas até agosto do próximo ano, quando a Lei começa a vigorar

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Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que deve entrar em vigor no país no segundo semestre de 2020, chega para modificar a forma como os dados pessoais serão coletados e tratados pelas empresas e estabelecer, ainda, padrões sobre a gestão da privacidade de informações, tornando esses processos mais transparentes e seguros. O processo para adequação de uma empresa passa, na prática, por três fases: preparação, implementação e gerenciamento. Portanto, é complexo e requer o devido suporte jurídico. Dessa forma, para orientar empresários, empreendedores, juristas e controladores de dados, entre outros, sobre o assunto, o Marcelo Tostes Advogados, escritório que tem mais de 20 anos de atuação com foco na advocacia empresarial e em negócios, traz algumas dicas importantes e lançou ainda um E-Book sobre LGPD. Seguindo o exemplo de outros países, como aqueles que fazem parte da União Europeia (UE), que desde 2018 já conta com uma legislação sobre

o assunto, o Brasil passa a ter a sua lei específica para proteção de dados, além de um órgão – a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) – para definir regulamentações e fiscalizar a aplicação da Lei. O principal direito garantido ao titular pela LGPD é o de revogar o consentimento sobre a coleta e a utilização de suas informações dado a qualquer tempo. Além disso, a lei permite ter um maior controle sobre os próprios dados pessoais (como nome/apelido, telefone, e-mail, endereço, localização, dados comerciais, número de IP e instalação de cookies). A partir de agosto de 2020, a adoção de medidas de segurança de tratamento de dados se torna obrigatória para as atividades de empresas (de qualquer porte) e também para pessoas físicas, uma vez que agora será preciso esclarecer o motivo da coleta e do uso de dados pessoais, além de se obter autorização para a captação dos mesmos. O cumprimento da legislação traz segurança jurídica e reduz possíveis conflitos.

Já a multa pelo seu descumprimento é de até 2% em relação ao faturamento da empresa por infração, tendo como teto 50 milhões de reais. “A LGPD vai afetar muitas pessoas e gerará novas responsabilidades para as empresas. É preciso muita atenção para se planejar sobre como atender essas exigências”, aconselha o advogado Marcelo Tostes, sócio fundador do escritório Marcelo Tostes Advogados. “Não apenas as empresas serão afetadas, mas também o Poder Judiciário como um todo, já que teremos uma nova onda de consumidores indo para a Justiça buscar seus direitos quando uma empresa infringir as Leis, o que gerará uma sobrecarga. Isso será uma revolução no consumo e as empresas precisam se preparar, pois terá uma proporção gigantesca”, analisa o especialista.

Para saber mais informações sobre a LGPD clique aqui.


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Confira abaixo algumas dicas do especialista para começar o processo de adequação da sua empresa à LGPD e não perder o prazo para o cumprimento da Lei:

2- FAÇA UM MAPEAMENTO DE MÉTODOS E PROCESSOS É essencial mapear todos os métodos e processos da empresa para que as regras de coleta e tratamento de dados impostas pela LGPD sejam aplicadas, além de se definir uma nova metodologia de adequação à lei.

4- NÃO SE LIMITE A TRATAR DADOS DE CLIENTES A LGPD não traz apenas orientações sobre como tratar os dados dos clientes. É preciso mapear os outros públicos com os quais a sua empresa lida no dia a dia, como colaboradores e fornecedores.

Sobre Marcelo Tostes Com vinte anos de atuação no Direito Empresarial, Marcelo Tostes é sócio fundador, CEO e CFO do Marcelo Tostes Advogados, um dos maiores e mais respeitados escritórios de advocacia do país, comprometido em fazer a interconexão da inovação com a inteligência jurídica. Sempre co-

3 - TENHA O SUPORTE JURÍDICO NECESSÁRIO Toda Lei, principalmente as que surgiram recentemente, tem particularidades que requerem análises de especialistas para serem cumpridas efetivamente, a fim de evitar que erros de interpretação gerem prejuízos para a empresa.

5 - NÃO SUBESTIME A COMPLEXIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS NOVAS REGRAS Tudo que é novo exige tempo, cautela, pesquisa e revisão de processos. Portanto, não ache que esse processo pode ser feito rapidamente. Ele requer planejamento, mudanças em métodos e processos, investimentos em soluções para assegurar o sigilo de informações, assim como testes de implementação. A dica de ouro é não deixar isso para a última hora.

nectado às novas tecnologias, aplica sua expertise na solução de problemas na área do Direito promovendo a transformação digital nesse meio e no mundo corporativo. Iniciativas como a fundação da Marcelo Tostes Tech (MTTECH) - Núcleo de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento de Softwares do Escri-

tório - e a D’Acordo - plataforma online que auxilia na mediação de acordos e processos em andamento - tornaram a cultura do escritório 100% voltada ao desenvolvimento de novas soluções para aplicação da tecnologia em prol da redução de custos e agilidade em processos jurídicos.

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1 - NOMEIE UM LÍDER O projeto de adequação é complexo e, portanto, requer uma liderança responsável para defini-lo na empresa. É necessário que esse profissional seja um profundo conhecedor de todos os métodos e processos da empresa, e se aprofunde na LGPD com suporte jurídico, para realizar corretamente o planejamento do projeto e acompanhar a sua execução.


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A Lei Geral de Proteção de Dados é desafio de startups e PMEs Hermes de Assis é especialista em Direito Digital e sócio de Urbano Vitalino Advogados

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m meio a discussões legislativas que cogitam seu adiamento, pelo que hoje está posto, a Lei Geral de Proteção de Dados entrará em vigor em agosto de 2020 e preocupa as empresas dos mais variados portes. Grandes corporações, empresas de médio porte, pequenos empresários e, claro, as startups possuem em sua frente o desafio de ter seus processos e produtos em conformidade com este novo paradigma de defesa da privacidade. E justamente em função da diversidade de tamanho, estrutura e capacidade de investimento das organizações que o princípio da proporcionalidade ganha relevo e apresenta-se como fator indispensável para a acomodação da própria LGPD no ordenamento jurídico. Aplicação de regras com rigor desproporcional, por exemplo, no ambiente de startups tende a imputar custos de regulação incompatíveis com sua realidade de caixa e disponibilidade de investimento. Dimensionar a aplicação da LGPD no contexto destas e de outras pequenas e médias empresas é indispensável para conseguir conformar a LGPD ao sistema jurídico vigente.

Importante notar que desde as regulações concorrenciais no âmbito do CADE, o compliance ligado ao regramento anticorrupção, obrigações tributárias, contratação com a administração pública, dentre outras possíveis relações importantes em nossa sociedade são enquadradas numa perspectiva que leva em consideração as variáveis de: importância social do setor vs. capacidade operacional de adequação vs. dimensão financeira para investimento em conformidade. Resumindo: o porte da organização é fator indispensável para se ponderar esta análise de conformidade. Vale notar que a LGPD, por si só, já demonstra espaçadamente esta preocupação, notadamente quando delega para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) a competência para dispensar nomeação de encarregado de dados (DPO) em função do porte da empresa ou ainda estabelece diferente grau de rigor nas políticas de governança de dados para entidades de menor porte e, portanto, com impacto social reduzido na proteção de dados pessoais. Assim, um fator de ponderação indispensável para projetar-

Hermes de Assis é especialista em Direito Digital e sócio de Urbano Vitalino Advogados mos nossa realidade a partir de agosto do ano que vem, caso não haja novo adiamento, decorre de como se comportará a ANPD. Há um papel importantíssimo que foi a ela delegado e que, executado com destempero, pode iniciar um processo pernicioso de engessamento de ações inovadoras. Muitos de nós temos assimilado a importância da proteção da privacidade, mas a maioria de nós também passou a apreciar um mundo no qual a inovação poderia ocorrer de modo difuso e descentralizado. O equilíbrio desta ponderação é fundamental para que o compliance com LGPD não signifique frustração da capacidade criativa de pequenos e médios empreendedores.


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O potencial do m-commerce O m-commerce cresceu 41% em 2018, enquanto o e-commerce como um todo registrou apenas 12% no mesmo período

em boa parte pela facilidade e comodidade que o celular proporciona, mas também pelo aumento do tempo gasto nesses aparelhos. Segundo dados da Statista, empresa global de estatística, o brasileiro é o campeão mundial de tempo gasto no smartphone - a média nacional é de quatro horas e 48 minutos por dia. Lideramos o top 5 ao lado de China, Estados Unidos, Itália e Espanha, que não passam de três horas de conexão. Evolução rápida rumo ao mobile Podemos afirmar que o smartphone é o dispositivo preferido dos consumidores para acessar a internet, e é também onde passam a maior parte do tempo, superando a TV, rádio e veículos impressos. Se o cliente é “mobile”, as marcas que conseguirem explorar este canal de mídia da melhor forma certamente verão o impacto imediato na performance de suas campanhas.

André Dylewski, country manager da RTB House no Brasil A boa notícia é que tanto anunciantes quanto fornecedores já estão se preparando para este cenário. Segundo o estudo Digital AdSpend, produzido anualmente pela IAB Brasil, foram investidos R$ 16,12 bilhões em publicidade digital no Brasil em 2018. Sendo que 67% foram destinados ao mobile e 33% para desktop e tablets. Ainda de acordo com o IAB, os investimentos em mobile no Brasil (67%) já ultrapassaram os gastos no mercado americano (65%) e do Canadá (52%), segundo dados da IAB Brasil. Essa

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Ser digital é premissa básica para quem quer ser competitivo, e identificar as mudanças do comportamento dos consumidores é a primeira regra para entrar nessa nova era. Quer uma prova? O m-commerce cresceu 41% em 2018, enquanto o e-commerce como um todo registrou apenas 12% no mesmo período, conforme dados do 39º Webshoppers, principal relatório sobre comércio eletrônico, realizado pela EBit. Os varejistas estão de olho nesses números e na evolução do mercado de aplicativos. Se o m-commerce (ou e-commerce móvel) passou a ser uma grande oportunidade de negócios para as empresas do setor, o desafio agora é entender como explorar esse potencial no Brasil. Afinal, investir em mobile me trará sucesso no curto prazo? Para chegarmos a esta resposta precisamos antes analisar melhor alguns fatos. A tendência de crescimento no volume de transações via dispositivos móveis se explica

(Por André Dylewski, country manager da RTB House no Brasil)


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realidade reflete que o mercado vem se adequando às mudanças dos consumidores, e já percebeu que é necessário estabelecer novas conexões com esse público.

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Publicidade móvel também exige personalização Uma das estratégias já bem conhecidas por alavancar o engajamento e as conversões das vendas online, o retargeting, também vem se mostrando bastante poderoso no ambiente mobile. O objetivo do retargeting móvel é impactar os consumidores em seu smartphones e guiá-los novamente para dentro do App do anunciante. Na indústria da publicidade, as soluções baseadas em inteligência artificial estão se tornando obrigatórias para superar a concorrência. Os algoritmos de IA, sobretudo o deep learning, tornaram-se a resposta para o maior desafio do profissional de marketing: entender o potencial de conversão do usuário e seus interesses, para conseguir atrair sua atenção de forma relevante e não-invasiva. Com o uso da inteligência artificial é possível ajustar inúmeros parâmetros da campanha, como frequência, conteúdo dos criativos e produtos exibidos, tudo isso de acordo com o perfil de cada consumidor. Esses anúncios segmentados e altamente personalizados são uma ferramenta poderosa para reengajar usuários e impulsionar as receitas via app.


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WhatsApp é a principal fonte de informação dos brasileiros Especialista em Marketing Digital explica os motivos da preferência pelo aplicativo

instrumento de trabalho. Nos dias em que apresenta erros, os usuários ficam desesperados”, lembra a professora de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, Maria Carolina Avis. Para a especialista, o sucesso do aplicativo está na comunicação, que é pessoal e cada vez mais próxima. “A verdade é que pessoas acreditam em pessoas, o aplicativo acaba sendo uma fonte de informação confiável, embora saibamos que as fake news são facilmente distribuídas por lá também”.

As mídias sociais são versáteis e estão em constante transformação, por isso, não há como garantir a preferência do público por muito tempo. “Como existem muitos escândalos de compartilhamento de dados pela empresa Facebook, que operacionaliza o WhatsApp, pode ser que nos próximos anos as pessoas passem a usar com mais frequência outras redes sociais. Já existe o Telegram que é muito parecido com o Whats, mas a adoção ainda é muito tímida no país”, explica Maria.

Sobre o Grupo Uninter O Grupo Uninter está entre os maiores players do segmento educacional, e é a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curiti-

ba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com polos

de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade.

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m aplicativo gratuito, funcional, de uso intuitivo e com recursos interessantes para pessoas e empresas. Essas podem ser algumas das respostas para a pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, que revelou o WhatsApp como principal fonte de informação dos brasileiros. Nela, 79% dos entrevistados afirmaram receber notícias por meio da rede. O WhatsApp possui mais de 136 milhões de usuários no Brasil, é tão popular quanto o Facebook. “Essa ferramenta é tão importante que já é até


mercado

Grandes lançamentos

em 2020 O

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ano de 2019 foi muito bom para a indústria automobilística brasileira, mas poderia ter sido melhor. O mês de dezembro, por exemplo, alcançou a melhor média diária de vendas em seis anos, com 13.173 unidades. Isso ajudou a baixar o estoque total nas fábricas e concessionárias de 38 dias em novembro para 33 dias em dezembro, ligeiramente abaixo da média considerada normal de 35 dias. No entanto, as previsões iniciais para 2019 eram de crescimento entre 11 e 12% e acabou fechando em 8,6%. As 2.787.850 unidades de veículos leves e pesados vendidas em 2019 foram suficientes para o Brasil subir de oitavo para sexto lugar entre os mercados mundiais. Porém ainda distante dos 3,8 milhões de 2012, quando o País foi o quarto maior do mundo. Produção total foi prejudicada pela queda das exportações, basicamente em razão da Argentina. Crescimento foi de apenas 2,3% sobre 2018 para 2,94 milhões de veículos.

Não houve mudanças na posição das 10 principais marcas. Chevrolet (18%), VW (16,3%), Fiat (13,4%), Renault (9,5%), Toyota (8,5%), Ford (7,6%), Hyundai (7,5%), Jeep (4,6%), Honda (4,5%) e Nissan (3,9%). Os SUVs desbancaram pela primeira vez os sedãs na preferência dos compradores, ficando apenas atrás dos hatches. Os motores de 1 litro, graças às versões com turbocompressor, subiram sua participação para 39%, a maior dos últimos oito anos. O que esperar de 2020? Tradicionalmente, Fenabrave e Anfavea fazem suas previsões logo no começo de janeiro. Ambas confiam no crescimento da economia duas vezes maior, inflação controlada, oferta de crédito em ascensão, financiamentos com juros menores, consumidor mais confiante e nível de emprego em leve recuperação. Em geral, a entidade das concessionárias é mais conservadora nas projeções, porém para este ano estimou aumento nas

vendas de automóveis e veículos comerciais leves e pesados de 9,6%. A Anfavea espera números fracionalmente menores com o mercado interno 9,4% maior que 2019 e 3,050 milhões de unidades vendidas. O ano de 2020 também terá muitas novidades, o que ajuda a aquecer o mercado e animar o consumidor a ir às compras. Será um período de grandes lançamentos e renovações em maior ou menor escala. Haverá produtos inteiramente novos, mudanças de geração de modelos existentes, versões inéditas de carros já no mercado e atualizações de ano-modelo. No primeiro grupo enquadram-se SUV compacto com linhas de cupê VW Nivus, SUVs médios Ford Territory e Escape, sedã compacto Kia Rio, picape média Jeep Gladiator, SUV médio Chevrolet (ainda sem nome), SUV crossover Citroën C5 Aircross, Porsche Taycan, SUV clássico Land Rover Defender e da Chery SUV de sete lugares Tiggo 8, sedã médio


mercado

ALTA RODA PICAPES pesadas, até agora, dependiam de oferta superlimitada e restrita à marca Ram, da FCA. Mas, o grupo ítalo-americano vai importar no segundo semestre a nova 1500, bem maior que as picapes médias atuais (em média

meio metro mais comprida). Rivais diretas Ford F-150 (esta já em pré-venda na Argentina) e Chevrolet Silverado também poderão chegar ao Brasil. VANTAGEM da Ram 1500 é que não exigirá Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de profissional, além do preço um pouco menor. No caso da Ram 2500, antes importada a conta-gotas, sempre se tornou um limitador de vendas seu peso bruto total de 4.500 kg. Isso obriga a portar a mesma CNH de motorista de caminhão, que poucos estão dispostos a obter. PEUGEOT 2008 turbo, com câmbio automático de seis marchas, destaca-se por acelerações bem rápidas e o prazer proporcionado pelo volante de menor diâmetro entre os SUVs compactos. Interior bem acabado e iluminado por teto solar panorâmico também agradam, além de numerosos itens de série e seis airbags. Es-

paço no banco traseiro é o seu ponto fraco. VOLKSWAGEN implanta agora no mercado europeu, a partir do novo Golf de oitava geração, plano de manutenção com intervalos estendidos de 12 para 24 meses. Progressivamente será aplicado ao resto da linha. Limites de quilometragem percorrida continuarão sendo considerados, para quem roda acima da média. Boa economia de custos, além de conveniência. MAIS um golpe de frentistas de postos. Quando pedem para verificar nível do óleo, aproveitam para abrir a tampa do vaso expansor do sistema de arrefecimento. Isso leva a uma leitura errada do nível do fluido (água destilada e etilenoglicol) e aproveitam para vender “reposição” por até R$ 100. Para checar o nível, não precisa abrir a tampa. Reclame e não volte a este posto.

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Arrizo 6 e SUV de luxo Exeed. Mudanças de gerações também serão numerosas como hatch compacto Peugeot 208, SUV compacto Chevrolet Tracker, Honda Fit, sedã compacto Nissan Versa, picape compacta Fiat Strada e SUVs compactos Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA. Entre as versões inéditas estarão Polo e Virtus GTS, Onix hatch RS e picape média Amarok de 258 cv. Das atualizações de ano-modelo destaques para SUV compacto Renault Duster e talvez o subcompacto Kwid, picape média Chevrolet S10 e SUV médio-grande Trailblazer.


montadoras

Fiat e Peugeot anunciam acordo para fusão Parceria vai criar o quarto maior fabricante de automóveis do mundo, com 400 mil funcionários e venda de 8,7 milhões de veículos por ano

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grupo ítalo-americano Fiat Chrysler e o francês PSA, controlador das marcas Peugeot e Citroën, assinaram um acordo vinculativo para avançar com a fusão entre as companhias. De acordo com a declaração conjunta feita nesta quarta-feira, 18, os grupos procederão à união de suas atividades para "criar o quarto maior fabricante de automóveis do mundo". O trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas, é atualmente composto pela alemã Volkswagen, a aliança franco-japonesa Renault-Nissan e a japonesa Toyota japonesa. A nova entidade, com mais de 400 mil funcionários, terá faturamento de quase 170 bilhões de euros e vendas anuais de 8,7 milhões de veículos, com as marcas Fiat, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot e Vauxhall.

No Brasil, o grupo combinado deve ultrapassar General Motors e Volkswagen em vendas de veículos. No acumulado de janeiro a setembro, Fiat Chrysler e PSA registram 395,5 mil licenciamentos ante 345,75 mil da GM e 304,6 mil do grupo Volkswagen, segundo dados da Fenabrave. No País, maior mercado da Fiat fora da Itália, a companhia tem duas fábricas de veículos - em Betim (MG) e Goiana (PE) - com capacidade total para cerca de 1 milhão de carros por ano, além de duas fábricas de motores capazes de produzir 1,4 milhão de propulsores a cada ano. A PSA tem um polo automotivo em Porto Real (RJ), incluindo fábricas de veículos e motores. O texto divulgado nesta quarta pelas empresas diz que a parceria fornecerá "recursos de investimento reforçados para a nova entidade, a fim de enfrentar os desafios de uma nova era

de mobilidade durável". "A conclusão da fusão deve ocorrer em 12 a 15 meses", afirmou o comunicado. A sede da empresa mãe da nova entidade ficará na Holanda, mas continuará sendo listada em Paris, Milão e Nova York. John Elkann, atual presidente da Fiat Chrysler e herdeira da família Agnelli, presidirá o novo conselho de administração, e Carlos Tavares, até agora presidente do conselho do grupo PSA, será o diretor-geral do novo grupo. "Nossa fusão representa uma oportunidade formidável para adquirir uma posição mais forte na indústria automobilística, quando realizamos uma transição para uma mobilidade limpa, segura e durável e queremos oferecer aos nossos clientes produtos, tecnologias e serviços do melhor nível", afirmou Tavares, em teleconferência com a imprensa. "É a união de duas empresas de marcas emblemáticas e trabalhadores muito com-


montadoras

Carlos Tavares, da Peugeot, e John Elkann, da Fiat Chrysler, dividirão comando da nova empresa. Foto: Daniel Roland e Bill Pugliano/AFP respondendo ao desafio dos regulamentos sobre emissões de CO2", disseram os dois grupos. Antes da fusão, a Fiat distribuirá aos acionistas um dividendo excepcional de 5,5 bilhões de euros, enquanto a PSA repassará aos seus acionistas os 46% que possui no capital do fornecedor de equipamentos Faurecia, segundo o comunicado.

As montadoras anunciaram em 31 de outubro que haviam chegado a um acordo unânime sobre o princípio de uma fusão, no qual os acionistas dos dois grupos dividiriam o capital igualmente 50/50, após várias operações financeiras, para formar uma nova gigante automobilística global, sem o fechamento de fábricas. Fonte: VEJA

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prometidos. As duas empresas passaram por tempos difíceis e se tornaram grandes grupos ágeis e inteligentes", disse Mike Manley, presidente executivo da Fiat Chrysler. A economia gerada pelas sinergias permitirá, paralelamente, "investir maciçamente nas tecnologias e serviços que irão modelar a mobilidade do futuro,


sustentabilidade

Autopeças com palha de café Ford faz parceria com o McDonald's para uso da palha de café em peças automotivas. Projeto faz parte das ações de sustentabilidade das empresas, substituindo materiais derivados de petróleo

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Ford firmou uma parceria com o McDonald's nos Estados Unidos para aproveitar a palha de café – casca seca do grão que sobra no processo de torrefação – na fabricação de peças de automóveis (veja o vídeo). O projeto pode dar novo destino a boa parte das milhares de toneladas de palha de café que são geradas por ano, normalmente usadas como adubo ou carvão. A Ford e o McDonald’s descobriram que a palha de café tem propriedades capazes de reforçar certos tipos de peças, criando um material durável. Quando é aquecida a altas temperaturas sob baixo oxigênio e misturada com plástico e outros aditivos, ela dá origem a um granulado que pode ser moldado em vários formatos. Segundo a Ford, os componentes feitos com esse composto são cerca de 20% mais leves e consomem até 25% menos energia no processo de

moldagem. A sua resistência ao calor também é sensivelmente melhor que a do material usado atualmente, favorecendo a aplicação em peças como carcaças de faróis e outros componentes no compartimento do motor. “O compromisso do McDonald’s com a inovação nos impressionou e se encaixa com a nossa visão de futuro e ações para a sustentabilidade”, diz Debbie Mielewski, líder técnica do time de sustentabilidade e pesquisa de novos materiais da Ford. “Esta é uma prioridade para a Ford há mais de 20 anos e um

exemplo de avanço na economia de circuito fechado, onde diferentes indústrias trabalham juntas e trocam materiais que de outra forma seriam descartados.” “Como o McDonald's, a Ford está comprometida na redução do desperdício e estamos sempre buscando maneiras inovadoras de alcançar esse objetivo”, diz Ian Olson, diretor de sustentabilidade global do McDonald's. A parceria da Ford com o McDonald's é um exemplo das abordagens inovadoras das empresas para o gerenciamento do produto e do meio ambiente. O


sustentabilidade

projeto envolve também a Varroc Lighting Systems, fornecedora de faróis, e a Competitive Green Technologies, processadora da palha de café.

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Materiais sustentáveis Desde a virada do século, a Ford pesquisa alternativas para substituir os plásticos à base de petróleo por materiais biológicos e subprodutos agrícolas. Ela foi, por exemplo, a primeira fabricante de veículos a usar espuma à base de soja. Acompanhe o avanço no uso desses materiais e suas aplicações: 2007 – Espuma à base de soja em bancos e forros; 2008 – Garrafas plásticas recicladas em tapetes, caixas de roda e tecidos; 2009 – Palha de trigo em porta-objetos e porta-copos; 2010 – Algodão reciclado de roupas em forro acústico de portas e porta-malas; 2011 – Pneus reciclados em vedações e juntas; dente-de-leão em tapetes, porta-copos e peças internas de acabamento; 2012 – Papel moeda reciclado em porta-objetos e planta kenaf em forro de portas; 2013 – Casca de arroz em chicotes elétricos; 2014 – Casca de tomate em suportes de fiação e porta-objetos; 2015 – Casca de celulose em aplicações no compartimento do motor; 2016 – Fibra de agave em porta-copos e porta-objetos; 2017 – CO2 capturado para produção de espumas e enchimentos; 2018 – Bambu em compostos plásticos de peças internas e no compartimento do motor.


tecnologia

Carros viram smartphones Como as gigantes de tecnologia estão ajudando a transformar carros em smartphones (Por Jane Lanhee Lee e Stephen Nellis)

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mpresas de tecnologia transformaram smartphones e televisões em fontes contínuas de receita. Agora, tais empresas querem trabalhar com montadoras para fazer o mesmo pelos carros. Com a disseminação generalizada de veículos autônomos ainda a alguns anos de distância, as duas indústrias convergiram para desenvolver a ideia de carros fornecerem serviços e recursos entregues “over the air” - ou seja, nas mesmas redes sem fio usadas por smartphones. Esses serviços – streaming de vídeo, atualizações de desempenho do veículo, comércio eletrônico em painéis de bordo – poderão atender a uma necessidade urgente das montadoras. Elas precisam aprender a utilizar seu hardware para obter recei-

ta por um longo tempo depois que os veículos são vendidos. As empresas de tecnologia veem os carros e o tempo que as pessoas gastam neles como uma nova fronteira de crescimento. As empresas de automóveis e de tecnologia usaram a feira de tecnologia CES em Las Vegas nesta semana para demonstrar sua determinação em tornar realidade a visão de veículos como máquinas conectadas geradoras de receita. Os gigantes da computação em nuvem Amazon e Microsoft estão na vanguarda, buscando a oportunidade de gerenciar a corrente de dados que fluem de e para veículos conectados. “É absolutamente enorme”, disse em dezembro o presidente da General Motors, Mark

Reuss, sobre a oportunidade de gerar receita após a venda de um veículo, fornecendo serviços de streaming e atualizações por redes sem fio, facilitadas pelo novo sistema elétrico de alta capacidade da GM. A mudança ocorre no momento em que montadoras globais buscam novas fontes de receita, à medida que as vendas diminuem e os custos crescentes para cumprir padrões mais rigorosos de emissões ameaçam as margens de lucro. As ações de montadoras, como a Ford Motor e a GM, ficaram muito abaixo dos índices de mercado mais amplos em 2019. O contraste é a Tesla, cujo valor de mercado na quarta-feira excedeu pela primeira vez o total combinado da Ford e da GM.


tecnologia

Vos, vice-presidente de tecnologia da fornecedora de automóveis Aptiv. A Solução da Aptiv: uma nova arquitetura de veículos inteligentes que consolida a maioria das funções computadorizadas. A Harman, uma unidade da Samsung Electronics, também está desenvolvendo uma plataforma digital semelhante para controlar o fluxo de dados dentro e fora dos carros. Um sistema centralizado, disse o presidente-executivo Dinesh Paliwal, ajudará a proteger o carro contra hackers, que teriam apenas um caminho em vez de dezenas. A Harman, que fornece parte da tecnologia que montadoras, incluindo a Tesla, usam para oferecer atualizações sem fio, planeja vender seu novo siste-

ma de computação para veículos com recursos de segurança cibernética incorporados - mas alguns consumidores terão que pagar para ligá-lo. A NXP Semiconductors está trabalhando em um chip que servirá como uma conexão entre o carro e a nuvem, para ajudar as montadoras a lidar com a enorme quantidade de dados que os sensores e os sistemas digitais criarão. Esses dados devem ser armazenados e gerenciados, e é aí que entram os fornecedores de computação em nuvem, como a Amazon Web Services. A AWS anunciou na CES uma parceria com a BlackBerry para desenvolver uma nova plataforma de software para veículos conectados..

Fonte: Agência Reuters

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A Tesla foi pioneira no modelo de cobrança por atualizações por meio de redes sem fio, agora pedindo aos clientes que pagassem 6 mil dólares para ativar a opção completa de direção autônoma. Empresas e fornecedores de tecnologia querem acelerar a transformação de veículos em máquinas prontas para serviços de assinatura, ajudando as montadoras a separar o emaranhado de chips de computador que tornam a maioria dos veículos atuais difíceis ou impossíveis de atualizar por redes sem fio. A atual mania de processadores de veículos “não é econômica, e torna difícil de obter (veículos) desenvolvidos e lançados para que tudo funcione o tempo todo”, disse Glen De


tecnologia

Baterias Real investe em certificação da qualidade Em Realeza, Paraná, empresa implantou sistema de gestão da qualidade conforme a norma ISO 9001

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om fabricação de placas e baterias automotivas em Realeza, na região sudoeste do Paraná, a Baterias Real adotou sistema de gestão da qualidade conforme a norma ISO 9001 e investiu na certificação da empresa por meio do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo acreditado pela CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação) do Inmetro. De acordo com Renan Casaril, diretor industrial da Baterias Real, o objetivo da certificação foi a oportunidade de melhorar os processos administrativos, uma vez que os produtivos já contavam com o selo de qualidade emitido pelo IQA. “Temos a expectativa de crescer as vendas e fortalecer a marca, com abertura de novos clientes”, conta o executivo. Entre as principais iniciativas para conquistar o selo de qualidade, a Baterias Real investiu na documentação dos processos. “A principal mudança foi a

Em paralelo à certificação, empresa investiu em projeto de energia limpa, com instalação de 1.896 placas solares documental, o que é de suma importância para a melhor organização empresa. Com a documentação, você cria planos de ações com prazo definido para cada tarefa”, aponta o diretor industrial. Em paralelo à certificação, a empresa investiu em projeto de energia limpa, com instalação de 1.896 placas solares, que geram 850 mil kWh/ano, o que representa 45% do consumo atual. “Queremos contribuir cada vez

mais com o meio ambiente e ser exemplo para outras empresas aderirem este modelo de energia limpa”, diz o diretor-executivo Paulo Casaril. Com 40 anos de mercado em Realeza, a empresa está instalada numa área de 10 mil m², onde atua na fabricação de placas e baterias automotivas em grande escala, com atendimento a clientes de diversos estados, que vão desde o ponto de venda até o distribuidor.


giro

Calendรกrio 2020 Pirelli apresenta em Verona Procurando Julieta, o Calendรกrio 2020 assinado por Paolo Roversi

Foto: Yara Shahidi, por Paolo Roversi

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rocurando Julieta”, Calendário Pirelli 2020 realizado por Paolo Roversi, foi apresentado no Teatro Filarmônico de Verona. Com inspiração no drama clássico de Shakespeare, Paolo Roversi foi à procura da “Julieta que existe em cada mulher”, com Claire Foy, Mia Goth, Chris Lee, Indya Moore, Rosalía, Stella Roversi, Yara Shahidi, Kristen Stewart e Emma Watson como protagonistas desta 47ª edição do The Cal™. Esta edição representa a primeira vez em que o Calendário funde fotografia com cinema, já que vem acompanhado de um curta-metragem. Em 18 minutos, Paolo Roversi interpreta a si mesmo como um diretor de cinema entrevistando candidatas ao papel de Julieta, que passam, uma a uma, pelas lentes do diretor para retratar a multifacetada Julieta com uma ampla gama de emoções e expressões. A história se desenrola em duas etapas. Na primeira, as protagonistas foram retratadas ao chegar na sessão, sem maquiagem, nem figurinos. Foram filmadas enquanto conversavam com Paolo a respeito da produção para a qual gostariam de serem escolhidas; elas revelaram as próprias vivências e visões de Julieta. As protagonistas abriram-se para um conto íntimo e pessoal. Na segunda


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etapa, elas vestiram os figurinos desenhados para transformá-las nas intérpretes do drama shakespeariano. O efeito é uma história em que realidade e ficção se misturam e cujas fronteiras, bem como algumas das imagens, perdem o contorno. “Eu estava procurando uma alma singela, repleta de inocência, força, beleza, ternura e coragem. Vislumbrei-a no olhar, nos gestos e nas palavras de

Emma e Yara, Indya e Mia. Nos sorrisos e nas lágrimas de Kristen e Claire. Nas vozes e nas canções de Chris e Rosalía. E em Stella, vislumbrei a inocência. Porque há uma Julieta em cada mulher e a procurarei por toda a minha vida” - declarou Paolo Roversi. Clicado em maio, o Calendário Pirelli 2020 é o primeiro a ser realizado por um fotógrafo italiano cujos cenários foram a cidade de Verona, terra na-

tal de Julieta, e Paris, a cidade onde ele vive há mais de quarenta anos. Grande apaixonado por música lírica, Paolo Roversi realizou uma produção com uma forma gráfica incomum e fortemente inspirada em um libreto de ópera. O Calendário 2020 tem 132 páginas, com o anuário na capa, trechos de Romeu e Julieta e 58 fotografias a cores e preto e branco, que retratam as protagonistas e a cidade de Verona. A capa abre-se desvendando o desenho de um firmamento que representa o universo e que, idealmente, abrange e envolve a história de Julieta, tornando-a eterna. Na capa e na contracapa brilha o verdadeiro calendário em letras douradas. As datas de nascimento de Julieta, de seu encontro com Romeu, de suas núpcias e do falecimento de ambos também estão ressaltadas. A estas datas juntam-se as datas de nascimento das protagonistas do Calendário, cujos nomes estão espalhados dentro da capa, no meio de estrelas e astros, reproduzindo uma abóbada celeste poética. Os bastidores, as imagens do ensaio fotográfico, as histórias e as personagens do Calendário Pirelli 2020 estão desvendados no site www.pirellicalendar. com, permitindo que os visitantes descubram a história de mais de 50 anos do The Cal™ por meio de vídeos, entrevistas, fotografias e textos.


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A primeira vez que li Romeu e Julieta, eu era um adolescente. Fui criado em Ravena, na Itália, próximo de onde o drama se desenrola, e, para mim, foi fácil imaginar os protagonistas em seu cenário renascentista. Apesar do drama ter sido escrito por um inglês, considero-o uma história italiana, uma história sobre o amor supremo. É uma história que fala do poder do amor, capaz de transformar as pessoas, visto que em apenas quatro dias, de moça inocente Julieta passa a ser uma rebelde, uma mulher valente - uma revolucionária

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A visão do artista “O cenário é uma Verona encantadora e envolvida em neblina. É noite e, prestando muita atenção, podem-se ouvir vozes antigas de inimigos e de amantes. Tentei achar uma linha, uma fresta de luz para me nortear na procura da minha Julieta. Mas esta não é uma peça de teatro. É como fazer o elenco de um sonho, um sonho antigo. O mesmo sonho que eu tento capturar todas as vezes que tiro uma fotografia, um sonho dentro do qual a verdade do amor e da beleza se torna visível.

pronta a cumprir, por amor, o supremo sacrifício. Julieta apaixona-se pelo inimigo, e julgo ser esta a razão da história continuar a capturar, até hoje, a nossa imaginação. Demonstra que o amor não tem fronteiras, nem limites. É uma força que vai além de tudo. Ao procurar Julieta, portanto, eu estava procurando uma alma singela, repleta de inocência, força, beleza, ternura e coragem – todas as qualidades de uma mulher apaixonada. Vislumbrei-a no olhar, nos gestos e nas palavras de Emma e Yara, Indya e Mia. Nos sorrisos e nas lágrimas de Kristen e Claire. Nas vozes e nas canções de Chris e Rosalía – e na inocência de Stella. Pois há uma Julieta em cada mulher, e irei procurá-la por toda a minha vida", declara Paolo Roversi.


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Auto-retrato, por Paolo Roversi

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Paolo Roversi, à procura do ideal O que você pensou ao receber a proposta de clicar o Calendário Pirelli? Durante anos sonhei em fazer este Calendário, pois o Calendário Pirelli é algo especial para um fotógrafo. Fico feliz que o sonho tenha se tornado realidade. É um projeto ideal: a Pirelli deixa toda a liberdade para fazer tudo o que você deseja, além do grande apoio durante a realização de um projeto de grande qualidade e de fama mundial. Vi quase todos os Calendários realizados antes de mim: todos eles são maravilhosos e clicados pelos maiores fotógrafos. E isto levou-me a aprimorar ainda mais esta produção, cujo nível é tradicional-

mente muito elevado. Como surgiu a ideia do concept? Eu queria um concept ligado à beleza e ao amor. Um concept muito simples e muito contundente. E o amor e a beleza são, há muitos anos, os ingredientes da minha busca. E sendo eu o primeiro fotógrafo italiano do projeto de uma empresa italiana, optei por uma história relacionada com a Itália. E foi assim que surgiu a ideia de achar a nova Julieta? Não há nova ou antiga Julieta... o meu ‘Procurando Julieta’ é a procura de um ideal, de um sonho. Atravessa as épocas. É o ideal de uma mulher que simboliza a feminilidade, a ternura do amor, e as qualidades de uma

mulher que une a fragilidade à força, a timidez e à rebeldia... Julieta é isto tudo. O drama que ela protagoniza representa muito bem aquela fronteira sutil que existe entre o sonho e a realidade, entre uma lágrima e um sorriso, entre a felicidade e a dor, entre o bem e o mal; sempre fui fascinado por esta fronteira tão tênue, quase uma ambiguidade. Todas as minhas fotos correm ao longo desta linha e, talvez, a própria beleza que eu ando procurando, e o mistério que eu tento desvendar, seja mesmo esta linha. E a escolha do elenco? Tentei achar mulheres de diferentes culturas e países, com diferentes trajetórias. Enfim, conseguimos um grande


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elenco. Com pessoas vindas do mundo inteiro, não foi fácil organizar as filmagens e os cliques, mas conseguimos graças ao ótimo trabalho de Piergiorgio Del Moro, o nosso diretor de elenco. São atrizes, cantoras e artistas maravilhosas, com talentos e personalidades diferentes, que entenderam profundamente o projeto e participaram com paixão da aventura da Julieta. Lendo alguns trechos do drama de Shakespeare, ou contando suas vivências e carreiras, elas trouxeram momentos de grande emoção durante o ensaio com a participação de todos.

Houve algo especial que deixou você impressionado durante a realização do Calendário? Tive muitas surpresas. A surpresa é uma coisa importante no meu trabalho. Para mim, o imprevisto, o acaso, a ousadia sempre foram elementos es-

senciais. Junto com o Calendário também realizei um filme com muitos momentos inesperados e emocionantes. Portanto, as suas celebridades também representaram? Sim. As minhas “Julietas” não somente foram retratadas nas fotografias, mas também protagonizaram um filme que foi realizado durante o ensaio fotográfico entre Paris e Verona, terra natal de Julieta, e onde o Calendário será apresentado. A realização de um filme é uma novidade, e foi uma grande alegria ser o autor: o Calendário sempre foi acompanha-

do de vídeos lindos, mas focados no backstage. O meu não é um filme ‘nos bastidores’, mas um filme que viaja ao lado do Calendário Pirelli 2020, com o qual compartilha a história com uma linguagem diferente. Você conseguiu achar a sua Julieta? Continuo procurando a minha Julieta, e a procurarei toda a minha vida, porque Julieta é um sonho que jamais se tornará realidade. É este o seu encanto, a sua beleza, o seu mistério. Espero, no entanto, que as minhas Julietas façam sonhar.

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No meio de tantas mulheres, Romeu desaparece? Não, Romeu não desaparece. Ele é parte integrante da história. Sem Romeu, nem Julieta poderia existir. E quando eles se unem, juntos tornam-se amor. A mensagem deles é uma mensagem universal de amor e de beleza; eu julgo que a beleza e o amor não têm fronteiras de cultura, nem de religião. É universal.


giro Calendários Pirelli: fotógrafos, lugares e modelos

1964

1973

Robert Freeman em Maiorca, Espanha Jane L umb, S onny F reeman D rane, Marisa Forsyth

Erica Creer, Sue Paul, Nicki Howorth, Kubi, Nicky Allen, J ane Lumb, Kate Howard, Vida, Penny Steel, Kari Ann, Elizabeth, Vicky Wilks

1965 Francesa, Sul da França Pauline Dukes, A nnabella, Virginia, Pauline Stone, Jeannette Harding

1974 Hans Feurer nas Ilhas Seychelles, África Eva Nielson,K im, Marana, Chichinou, Kathy Cochaux

1966

Peter Knapp em Al Hoceima, Marrocos Shirley Ann, Sue

1970

Francis Giacobetti em Paradise Island, Bahamas Alexandra Bastedo, A nak, Pegga, Paula Martine

1971

Francis Giacobetti n a Jamaica, G randes Antilhas Caileen Bell, Angela M cDonald, K ate Howard, Christine Townson, Gail Allen

1972

Sarah Moon em Villa Les Tilleuls, Paris Suzanne Moncurr, M ick Lindburg, Boni P feifer, Inger Hammer, Magritt Rahn, Barbara Trenthan

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1967

*Não publicado

1968

Harri Peccinotti em Djerba, Tunísia Ulla Randall, Elisa Ngai, Pat Booth, Jill LaTour

1969

Harri Peccinotti em Big Sur, Califórnia

1975 - 1983 *Não publicados 1984 Uwe Ommer nas Bahamas, A mérica Central Angie Layne, S uzy-Ann Watkins, Jane Wood, Julie Mar tin 1985 Norman Parkinson em Edimburgo, Escócia Anna, Cecilia, Iman, Lena, She rry 1986 Bert Stern em Cotswolds, Reino Unido Julia Boleno, Jane H arwood, Louise K ing, D eborah L eng, S uzy Yeo, Beth T oussaint, Gloria, Joni F lyn, Caroline H allett, Samantha, Juliet, Clare Macnamar a


giro 1991 Clive Arrowsmith na França Alison Fitzpatrick, Lynne Koester, Monika Kassner, Paola Siero, Nancy Liu, Katherina Trug, Jackie Old Coyote, Tracy Hudson, Rachel Boss, Carole Jimenez, Saskia Van Der Waarde, Rina Lucarelli, Susie Hardie-Bick 1992 Clive Arrowsmith em Almeria, Espanha Alison Fitzpatrick, Julienne Davis, Judi Taylor

1988 Barry Lategan em Londres, Reino Unido Hugo Bregman, Briony Brind, Victoria Dyer, Nicola Keen, Kim Lonsdale, Sharon MacGorian, Naomi Sorkin, Carol Straker 1989 Joyce Tennyson nos Polaroid Studios, Nova Iorque Lisa Whiting, Nicky Nagel, Dannielle Scott, Brigitte Luzar, Gilda Meyer-Nichof, Kathryn Bishop, Susan Allcorn, Susan Waseen, Rosemarie Griego, Akura Wall, Gretchen Heichholz, Rebecca Glen

1990

Arthur Elgort em Sevilha, Espanha Laure Bogeart, Laurie Bernhardt, Christina Cadiz, Anna Klevhag, Florence Poretti, Debrah Saron

1994 Herb Ritts em Paradise Island, Bahamas Karen Alexander, Helena Christensen, Cindy Crawford, Kate Moss

Robert Mitchum. 1999 Herb Ritts em Los Angeles, Estados Unidos Chandra North, Sophie Dahl, Karen Elson, Michele Hicks, Carolyn Murphy, Shirley Mallmann, Laetitia Casta, Audrey Marnay, Elsa Benitez, Bridget Hall, Angela Lindvall, Alek Wek

1995 Richard Avedon em Nova Iorque, Estados Unidos Nadja Auermann, Farrah Summerford, Naomi Campbell, Christy Turlington 1996 Peter Lindberg em El Mirage, Califórnia, Estados Unidos Eva Herzigova, Nastassja Kinski, Kristen Mc Menamy, Navia, Carre Otis, Tatjanna Patitz 1997 Richard Avedon em Nova Iorque, Estados Unidos Honor Fraser, Ling, Cordula, Sophie Patitz, Ines Sastre, Waris Dirie, Anna Klevhag, Monica Bellucci, Gisele, Kristina, Tatiana, Irina, Jenny Shimizu, Marie Sophie, Brandy, Julia Ortiz, Nikki Uberti

2000

Annie Leibovitz em Rhinebeck em Nova Iorque, Estados Unidos Lauren Grant, June Omura, Mireille Radwan-Dana, Laetitia Casta, Alek Wek, Julie Worden, Jacqui Agyepong, Marjorie Folkman

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1987

Terence Donovan em Bath, Reino Unido Ione Brown, Colette Brown, Naomi Campbell, Gillian De Turville, Waris Dirie

1993 John Claridge nas Ilhas Seychelles, África Christina Estrada, Barbara Moors, Claudie

1998 Bruce Weber em Miami, Estados Unidos Tanga Moreau, Stella Tenant, Milla Jovovich, Carolyn Murphy, Eva Herzigova, Patricia Arquette, Shalom Harlow, Kristy Hume, Elaine Irwin Mellencamp, Georgina Grenville, Kiara, Rachel Roberts, Daryl Hannah. Convidados: Dermot Mulroney, Fred Ward, Ewan Mc Gregor, Dan O’Brien, BB King, Sonny Rollins, Bono, Paul Cadmus, Francesco Clemente, John


giro

2001

Mario Testino em Nápoles, Itália Gisele Bundchen, Aurelie Claudel, Karen Elson, Rhea Durham, Marianna Weickert, Fernanda Tavares, Angela Lindvall, Ana Claudia Michael, LIsa Winkler, Noemi Lenoir, Frankie Rayder, Carmen Kass

2002

Peter Lindbergh em Los Angeles, Estados Unidos Lauren Bush, Erika Christensen, Amy Smart, Bridget Moynahan, James King, Shannyn Sossamon, Selma Blair, Kiera Chaplin, Brittany Murphy, Monet Mazur, Rachel Leigh Cook, Mena Suvari, Julia Stiles 2003 Bruce Weber no Cilento e em Paestum, Itália Isabeli Fontana, Mariacarla Boscono, Natalia Vodianova, Karolina Kurkova, Sienna Miller, Alessandra Ambrosio, Rania Raslan, Bridget Hall, Sophie Dahl, Eva Riccobono, Yamila Diaz-Rahi, Filippa Hamilton, Valentina Stilla, Enrico Lo Verso, Alessandro Gassman, Tomasino Ganesh, Marcelo Boldrini, Jak Krauszer, Stephan Ferrara, Ajay Lamas

2004

A supermodelo brasileira, Gisele Bündchen, no calendário de 2001.

2005 Patrick Demarchelier no Rio de Janeiro, Brasil Adriana Lima, Julia Stegner, Michelle Buswell, Erin Wasson, Marija Vujovic, Fillipa Hamilton, Liliane Ferrarezi, Valentina, Diana Dondoe, Isabeli Fontana, Naomi Campbell 2006 Mert and Marcus em Cap d’Antibes, França Jennifer Lopez, Gisele Bundchen, Guinevere Van Seenus, Kate Moss, Karen Elson, Natalia Vodianova

2007

Inez and Vinoodh na Califórnia Sophia Loren, Penelope Cruz, Lou Doillon, Naomi Watts, Hilary Swank

Nick Knight em Londres, Reino Unido Adina Fohlin, Amanda Moore, Jessica Miller, Natalia Vodianova, Karolina Kurkova, Mariacarla Boscono, Esther de Jong, Frankie Rayder, Liberty Ross, Dewi Driegen, Ai Tominaga, Pollyanna McIntosh, Alek Wek

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58 2008 Patrick Demarchelier em Xangai, China Maggie Cheung, Agyness Deane, Lily Donaldson, Du Juan, Doutzen Kroes, Catherine McNeil, Mo Wan Dan, Sasha Pivovarova, Coco Rocha, Caroline Trentini, Gemma Ward

2009 Peter Beard em Abu Camp/Jack’s Camp, Botswana Daria Werbowy, Emanuela De Paula, Isabeli Fontana, Lara Stone, Rianne Ten Haken, Malgosia Bela, Mariacarla Boscono

2010

Terry Richardson na Bahia, Brasil Daisy Lowe, Georgina Stojiljokovic, Rosie Huntington, Eniko Mihalik, Catherine McNeil, Ana Beatriz, Abbey Lee Kershaw, Marloes Horst, Lily Cole, Miranda Kerr, Gracie Carvalho


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2014 Comemoração do 50˚ aniversário do Calendário em Milão, Itália Calendário 1986 de Helmut Newton, em Mônaco e Chianti Antonia Dell’Atte, Susie Bick, Betty Prado

Bianca Balti, Eliza Sednaoui, Freja Beha Erichsen, Isabeli Fontana, Magdalena Frackowiak, Anja Rubik, Abbey Lee Kershaw, Lakshmi Menon, Heidi Mount, Erin Wasson, Natasha Poly, Lara Stone, Daria Werbowy, Iris Strubegger, Jeneil Williams, Baptiste Giabiconi, Sebastian Jondeau, Brad 2012 Mario Sorrenti em Murtoli, Córsega, Itália Isabeli Fontana, Natasha Poly, Saskia De Brauw, Lara Stone, Joan Small, Guinevere Van Seenus, Malgosia Bela, Edita Vilkevictiute, Kate Moss, Milla Jovovich, Margareth Made, Rinko Kikuchi

2013

Steve McCurry no Rio de Janeiro, Brasil Isabeli Fontana, Adriana Lima, Sonia Braga, Marisa Monte, Elisa Sednoui, Petra Nemcova, Hanna Ben Abdesslem, Liya Kebede, Karlie Kloss, Kyleigh Kuhn, Summer Rayne Oakes

2015 Steven Meisel em Nova Iorque, Estados Unidos Karen Elson, Anna Ewers, Isabeli FonAdriana Lima, Sasha Luss, Cameron Russel, Joan Smalls, Natalia Vodianova, Raquel Zimmerman 2016 Annie Leibovitz em Nova Iorque, Estados Unidos Yao Chen, Natalia Vodianova, Kathleen Kennedy, Agnes Gund and Sadie Rain Hope-Gund, Serena Williams, Fran Lebowitz, Mellody Hobson, Ava Duvernay, Tavi Gevinson, Shirin Neshat, Yoko Ono, Patti Smith, Amy Schumer 2017 Peter Lindbergh em Berlim, Los Angeles, Nova Iorque, Londres e Le Touquet Jessica Chastain, Penelope Cruz, Nicole Kidman, Rooney Mara, Helen Mirren, Julianne Moore, Lupita Nyong’o, Charlotte Rampling, Lea Seydoux, Uma Thurman, Alicia Vikander, Kate Winslet, Robin Wright, Zhang Ziyi . Special guest Anastasia Ignatova

A personagem principal, Alice, traliana, nascida no Sudão, Duckie Thot: “Parece que estou vivendo meu próprio conto de fadas”.

2018

Tim Walker em Londres, Reino Unido Adut Akech, Adwoa Aboah, Alpha Dia, Djimon Hounsou, Duckie Thot, Jaha Dukureh, King Owusu, Lil Yachty, Lupita Nyong’o, Naomi Campbell, RuPaul, Sasha Lane, Sean “Diddy” Combs, Slick Woods, Thando Hopa, Whoopi Goldberg, Wilson Oryema, Zoe Bedeaux

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2011 Karl Lagerfeld em Paris, França


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2019

Albert Watson em Miami e Nova York Laetitia C asta, M isty Copeland, J ulia Garner, Gigi H adid, Sergei P olunin, Calvin Royal III, A lexander W ang e Astrid Eika

2020

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Paolo Roversi em Paris e Verona Claire Foy, Mia Goth, Chris Lee, Indya Moore, Rosalía, Stella Roversi, Y ara Shahidi, Kristen Stewart e E mma Watson

Para ver imagens e vídeos do ensaio, clique aqui.


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