Revista sincopeças ed 548 digital

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A Albarus está de volta. Quem conheceu poderá matar a saudade. Quem não conhece, prepare-se para uma relação de confiança que nem o tempo pode apagar. Qualidade que marcou época e conquistou o coração do Brasil. Albarus. Qualidade que transmite segurança. albarus.com.br

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Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br

presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho 2º vice-presidente Israel Bovolini

conselho fiscal Heber Carlos de Carvalho Alfredo Alves da Silva Júnior 1° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Francisco Wagner De La Tôrre

1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

2° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Álvaro Pereira

2º secretário Edson Shosaburo Koga

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

1º tesoureiro Álvaro Pereira diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra Alexandre Lima Pereira EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Leandro Gatti Marcela Leite Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação online www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Publicação em migração para versão digital

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

Suporte financeiro para a

defesa do varejo de autopeças

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stamos no ano da retomada política e econômica, com um horizonte favorável, é verdade, mas também com muitas amaças. No cenário político, acredito que o País dará um passo adiante com renovação e o surgimento de novas lideranças. Porém, há que se ficar vigilante e nossa participação é fundamental para que essas eleições consolidem um avanço na construção de um País justo e com um bom ambiente de negócios. Com a nova legislação trabalhista, ficou para os sindicatos as negociações coletivas de trabalho, onde o acordado prevalece sobre o legislado. Assim, o papel dos sindicatos ganha relevância no avanço e na busca por benefícios para as empresas em suas relações trabalhistas com os colaboradores. Se o sindicato sair de cena, a empresa negociará isoladamente com o sindicato laboral, fragilizando sua posição. A implementação da inspeção técnica veicular obrigatória, determinada para 2019, é fruto da atuação sindical. Mas no dia 05 de abril de 2018 o Diário Oficial da União publicou sua suspensão temporária. Pela experiência na Capital de São Paulo, a inspeção significaria um aumento da ordem de 25 a 30% nas vendas de autopeças. Por isso é crucial nos reunirmos juntamente com Denatran, Ministério das Cidades, Secretaria do Meio Ambiente e o Detran de São Paulo para pressionar, tal implementação e isso requer recursos. As contribuições obrigatórias patrocinaram a participação ativa do Sincopeças e permitiram, dentre outras conquistas, inibir a comercialização de peças usadas do sistema de segurança dos automóveis. Soma-se a essas inciativas a ação da Anfape contra as montadoras, onde o Sincopeças participa como terceiro interessado, que, no apagar das luzes, foi arquivada pelo CADE. Há muito mais para contar e por fazer, mas o Sincopeças está impossibilitado de atuar em todas as frentes. Portanto, há que se buscar uma forma de financiamento, para que nossas empresas possam ter voz junto a sociedade, governo e Estado. Essa é a missão maior dos sindicatos e seu efetivo cumprimento depende da participação de cada um de nós. Boa leitura.

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03 editorial 06 gestão e direito 12 varejo em foco 21 mercado 22 capa 28 giro 38 especial online 42 colunista 44 sustentabilidade 46 acontece


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CONHEÇA O

SINCOPEÇAS-SP

O SINCOPEÇAS-SP atua há 76 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveu criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.

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editorial ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO

LEI DO DESMANCHE

APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP

REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL

NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

PESQUISA MVA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO

ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL

INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL

REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL

ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS

PESQUISA ROLAND BERGER revista sincopeças-SP

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gestão e direito

Os pilares dos negócios em família Poucas empresas familiares resistem em ficar nas mãos de uma mesma família por mais de três gerações. Os conflitos humanos e divergências de todas as espécies são as grandes causas deste insucesso, levando à venda ou quebra dos negócios Por Thomas Lanz*

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inha experiência no trabalho com famílias empresárias tem apontado que, em geral, elas não sabem se estruturar como uma “equipe” de trabalho coesa e unida. Ou impera o estilo autocrático de gestão do fundador da empresa ou permeiam a desordem organizacional e confusão de mando. A história empresarial tem mostrado que, tanto as empresas familiares como as não familiares dependem de boas equipes para se desenvolver e se perpetuar.

Surge, portanto, o grande desafio para as empresas familiares: como fazer com que a família ou as famílias sócias de um negócio trabalhem e performem como uma boa equipe? Para que isto aconteça, as famílias e seus negócios precisam estar estruturados em torno de “pilares”, que criam as condições de um trabalho de equipe efetivo. Constantemente escutamos falar, que nos conflitos ou desavenças familiares, impera a emo-

ção em detrimento da razão. Desde cedo, na educação dos filhos, os pais precisam zelar e mostrar que divergências de opiniões são muito salutares, mas que estas precisam ser resolvidas de forma pacífica e com o emprego da razão. No mundo dos negócios, divergências entre irmãos, onde a emoção se sobrepõe à razão, nos remetem aos seus tempos de criança / juventude, onde brigas físicas e emotivas emolduravam


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a contenda. Portanto, o Pilar da Emoção precisa ser constantemente trabalhado, pois ele pode quebrar e arruinar o negócio da família. Existe uma constante preocupação entre irmãos, em relação à herança: o quanto caberá para cada um do negócio da família. Brigas sucessórias são famosas, sendo que elas poderiam ser evitadas se a estrutura societária da empresa familiar fosse arquitetada, definindo-se a participação na sociedade dos futuros sucessores ou fazendo doação em vida das cotas ou ações, com usufruto dos pais. Isto acontecendo antes dos filhos ingressarem nos negócios ou atingirem a sua maioridade, se consubstanciaria em outro pilar de grande relevância - o Pilar da Estrutura Societária. Envolver os filhos de forma inteligente nos assuntos relativos aos negócios familiares se constitui num outro desafio. Nem todos os filhos terão inte-

resse pelos negócios da família, escolhendo outros caminhos profissionais. Mas estes, mesmo não atuando diretamente na gestão da empresa serão seus futuros controladores ao herdarem as ações de seus pais. Decisões estratégicas e ou táticas somente poderão ser implantadas com anuência de todos os sócios (irmãos). Assim sendo, é salutar que existam desde cedo conversas entre todos os familiares sobre os negócios da família, ou que, a partir de certa idade a participação dos filhos como ouvintes em reuniões de Conselho se torne uma rotina. O Pilar Empresarial, cria um ambiente de sintonia e uniformidade entre os familiares. Em resumo, todos acompanharão e saberão o que acontece na empresa. É de suma importância que em casa se falem das coisas boas da empresa familiar e não somente de seus problemas como geralmente aconte-

ce nos lares dos empresários. Por fim, o Pilar Tecnológico também terá uma importante função. Nos dias de hoje, na maioria dos casos, os filhos nasceram digitais. Os mais jovens são atraídos pela tecnologia e novas formas de empreendedorismo. Querem fugir do tradicional. Portanto os chefes das Famílias Empresárias, precisam ter suas empresas tecnologicamente atualizadas ou criarem novos negócios, quiçá com a participação dos filhos, sustentados no Pilar Tecnológico. A retenção de talentos é um enorme desafio nos dias atuais e os filhos com certeza fazem parte deste pelotão da modernidade. Uma família alicerçada nos quatro pilares: Emocional; empresarial; societário e Tecnológico tem grandes chances de se tornar uma excelente equipe, trabalhando para o desenvolvimento e perpetuação dos negócios da Família Empresária.

* Thomas Lanz é fundador da Lanz Consultores Associados, empresa especializada em governança corporativa, gestão de empresas médias e grandes no Brasil.

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Cada conta no seu lugar A educadora Dora Ramos ensina como separar as contas da empresa e as despesas pessoais Por Dora Ramos *

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a correria do dia a dia, muitos microempreendedores têm dificuldade para separar as suas finanças pessoais das despesas do negócio. Assim, as contas acabam se confundindo e o empresário não consegue identificar o que foram gastos da empresa e quais retiradas serviram para atender as necessidades individuais ou familiares. No entanto, essa falta de organização pode ser muito prejudicial para a saúde financeira da PME, colocando em risco a sobrevivência do empreendimento. Por isso, para auxiliar os pequenos empresários, preparei algumas dicas simples e importantes para ajudá-los a administrar o orçamento e a garantir a destinação correta dos recursos. Confira:

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1. Faça um registro dos gastos e despesas. Elabore uma planilha para registrar todos os gastos do ne-

gócio e as despesas pessoais, com uma separação nítida entre as contas da pessoa física e da pessoa jurídica. Atualmente, alguns softwares e aplicativos também podem auxiliar nesse processo de uma forma mais prática e segura. 2. Tenha contas bancárias separadas. Apesar de parecer algo óbvio, muitos empresários ainda não possuem contas específicas para o negócio. Para evitar confusão e controlar as despesas, é essencial separar cartões de crédito, débito e extratos bancários. Procure o auxílio de um banco para escolher a melhor opção para a sua empresa. 3. Estabeleça um salário fixo. Evite fazer retiradas da conta da empresa para cobrir seus gastos pessoais. Estabelecer um salário fixo, com uma renda mínima mensal, pode lhe ajudar a orga-

nizar melhor as finanças do negócio. Quando a empresa faturar mais ou quando as metas forem atingidas, é possível determinar um bônus ou premiação para você e para os funcionários. 4. Faça reservas financeiras. Os momentos de alto faturamento são ideais para fazer uma reserva financeira e evitar complicações futuras. Assim, em tempos de crise, você não precisará tirar dinheiro do próprio bolso para manter o funcionamento do negócio. 5. Busque a ajuda de um contador. É sempre importante estar informado sobre os seus direitos e sobre as novidades do setor em que a sua empresa atua. Um contador especialista pode ser um ótimo parceiro para identificar oportunidades, além de ajudá-lo a organizar as finanças e a manter as contas em dia.

*Dora Ramos é educadora, coach financeira e diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial, em São Paulo (www.fharos.com.br)


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Remuneração de atividades acessórias completa cinco anos Conquista do Sindirepa-SP representa reconhecimento das seguradoras pelo trabalho desenvolvido das oficinas

veículos sinistrados. Com isso, reparadores passaram a fazer essa função que anteriormente eram realizadas pelas seguradoras, acumulando mais tarefas sem receber mais pelo trabalho. O reconhecimento por parte das seguradoras que passaram a pagar as oficinas por estas atividades só foi possível graças a um intenso trabalho da Câmara de Colisão do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional com a Fenseg. A Câmara de estudos de Colisão, com mais de 20 anos de atuação, destaca essa importante conquista para o setor e ressalta também que, mesmo que não haja adesão de 100% das seguradoras com relação ao acordo estabele-

cido, os esforços continuam para que isso ocorra. “Falando de mercado, é claro que as empresas dão opção para as seguradoras que remuneram melhor, isso faz parte do negócio”, conta Paulo Amaral, representante da Câmara de Estudos de Colisão que revela a necessidade de manter o relacionamento permanente com as seguradoras para a evolução contínua das negociações políticas e comerciais. A Câmara de Estudos de Colisão realiza uma série de atividades voltadas às áreas de gestão, meio ambiente, relacionamento com seguradoras e recursos humanos, na busca de garantir melhorias ao setor.

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Sindirepa-SP, por meio da Câmara de Estudos de Colisão, há cinco anos conseguiu uma grande vitória, em âmbito nacional, que trouxe ganhos efetivos: a remuneração denominada como “atividades acessórias”, pois, algumas operações demandavam tempo dos profissionais da oficina e que não faziam parte da atividade fim, como por exemplo, elaboração de orçamento, vistoria, atendimento técnico, revistoria, lavagem e limpeza, entre outras. Com o advento dos softwares de orçamentação, as companhias de seguro transferiram algumas tarefas às oficinas, como por exemplo, as vistorias dos


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Contran regulamenta nova placa Padrão Mercosul será obrigatório a partir de setembro para veículos novos; para os demais troca será opcional até 2023

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Denatran publicou na edição de quinta-feira, 8, do Diário Oficial da União a Resolução nº 729, do Contran, Conselho Nacional de Trânsito, que regulamenta o uso da nova placa para carros com padrão Mercosul, que terá, além de um selo federal para identificar o país de origem, um chip de identificação, cuja vida útil será relacionada à durabilidade da chapa e que será fabricado pela Casa da Moeda do Brasil. Segundo o Denatran, a resolução entrará à partir de vigor em 180 dias, ou seja, em 8 de setembro, e o uso da nova placa será obrigatória para carros novos, que ainda serão emplacados. Para os veículos já emplacados, a troca será opcional até 2023 e após essa data, todos os veículos brasileiros deverão conter a nova placa. Outros veículos emplacados, como reboques, semirreboques, triciclos, motocicletas, motonetas, ciclos elétricos, quadriciclos e tratores serão identificados apenas pela placa traseira. A regulamentação traz uma série de novas características e elementos para as placas de veículos, que segundo o Denatran, permitirão maior segurança e identificação automática, como QR Code, um número

único de ID e registro de informações como alterações no processo de fabricação das placas para coibir fraudes. Com as mudanças, a nova placa também dispensará o uso de lacres, conforme permite o Código de Trânsito Brasileiro (parágrafo 9 do Artigo 115). Por sua vez, os chips permitirão compartilhar os dados com outros órgãos, permitindo integração com as polícias Federal, Rodoviária Federal e estaduais, facilitando em ocorrências de roubos e furtos, da mesma forma, essa tecnologia facilitará com o trabalho da Receita Federal e demais receitas estaduais, em situações de evasão de divisas, permitindo fiscalização de veículos de cargas e de passageiros de forma mais ampla. Esses componentes também proporcionarão acesso a sistemas de portões e cancelas, permitindo liberação automatizada em pedágios e estacionamentos.

Outras mudanças importantes passam a valer a partir de agora, com a publicação da Resolução, entre elas, apenas o Denatran poderá credenciar as empresas fabricantes de placas, diferentemente do modelo atual, cuja responsabilidade é de cada órgão de fiscalização estadual (Detran). Com essa medida, o custo da chapa será padronizado no âmbito nacional. Ainda segundo o Denatran, o valor do custo de produção da placa será menor do que os praticados atualmente no mercado. As empresas credenciadas precisarão desenvolver produtos em conformidade com as diretrizes determinadas na Resolução, que serão apresentados a certificadoras credenciadas pelo próprio Denatran. Em caso de conformidade, é entregue ao fabricante o certificado para produção, com o envio de habilitação jurídica, regularidade fiscal e qualificação técnica ao Denatran. Fonte: AutomotiveBuss


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Tendências para o varejo no futuro Edmour Saiani comentou o maior encontro de varejo do mundo, o NRF 2018, durante evento patrocinado pela Red Lemon Agency

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correu em março o Red Insights, um evento Pós NRF 2018: Retail’s Big Show. O encontro organizado pela Red Lemon Agency, agência de comunicação, field marketing e promo&live do Grupo NVH, foi um sucesso. A palestra foi comandada por Edmour Saiani, professor da FGV-SP e Fundação Dom Cabral, que esteve no NRF desse ano e apresentou aos cerca de 150 participantes as principais tendências do varejo para o futuro.

Segundo o especialista, o mercado varejista vem mudando muito, e tudo isso se deve, sobretudo, ao comportamento do consumidor. O modo que as pessoas encaram as compras mudou junto com os seus valores sociais. “Os desavisados podem atribuir esse tipo de comportamento às vendas online, porém, 90% dos consumidores preferem comprar em lojas físicas. As compras online ainda representam apenas 9% das

compras, e isso se deve, principalmente, ao que se busca na compra”, desmistifica Saiani. De acordo com as pesquisas, as pessoas, hoje em dia, buscam comprar experiências, não apenas produtos. Por isso a tecnologia é um fator tão fundamental. O que se compra pela internet são coisas comuns, como alimentos de supermercado e outros itens cotidianos. Na compra de gadgets, por exemplo, se busca experimentar. “O consu-


varejo em foco

dimento, as opções de interatividade, o uso de tecnologia para imersão e a compreensão do que o cliente quer experimentar. “É aí que está a chave para vender mais”, completa Romero. Os nativos digitais, e tantos outros que se adaptaram ao longo dos anos, não são atraídos por lojas comuns. A loja é mídia, ela ocorre em qualquer lugar em que o cliente esteja, e é fazendo algo imersivo que se ganha o mesmo. “Por isso, o desafio do varejo é a ação de seus vendedores no PDV, que atrai e mantém”, explica o palestrante. Para tanto, é preciso ir a campo, estudar o cliente, se preparar para melhor atender às suas expectativas. “O consumidor quer amar o produto, quer manter relações positivas com a marca. A personalização, a transparência, o compartilhamento, são fatores chave para ele. As marcas que expuseram no NRF mostraram bem isso”, garante.

Segundo Saiani, para encarar o futuro do varejo é preciso ser Phigital. “Antes o consumidor queria comprar um produto que o atendesse, hoje ele quer viver experiências que fiquem em sua lembrança. O Phigital é a união da loja física e digital, é onde se gera o Big Data, o analisa e o aplica”. As relações começam em um dos dois lados, mas se mantém no outro, em uma relação que se retroalimenta. “Por fim, é preciso valorizar quem está na ponta do processo, quem se relaciona diretamente com o cliente”. É quem está no PDV que tem maior chance de fidelizar pelo atendimento. Produtos podem ser copiados, melhorados, superados, mas os laços emocionais criados por um atendimento realmente personalizado, de relacionamento, são fatores que garantem a fidelidade do cliente. “Essa é a grande lição do NRF desse ano”, finaliza.

Sobre a Red Lemon Agency A Red Lemon Agency é uma empresa do Grupo NVH que atua de forma integrada em três áreas complementares: field marketing, comunicação e ações promocionais. Com isso, desenvolveu o conceito do-

Twist and Sell, que mistura planejamento estratégico, inteligência de negócio, capacidade operacional e criatividade. Junto a sua equipe multidisciplinar, leva aos clientes um caminho em que os resultados são alcançados de maneira inteligen-

te, mensurável e direcionável. Os mais diversos serviços são oferecidos pela agência, entre eles, auditoria e comunicação no PDV, campanhas institucionais, mídia on e off-line, redes sociais, branding, experience marketing, ativações e eventos.

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midor quer aproveitar para curtir, compartilhar, viver aquela compra”, defende André Romero, diretor da Red Lemon. Um exemplo interessante é o da Amazon, um dos maiores players do comércio online do mundo, que recentemente abriu uma loja física. Isso se deu justamente pela compreensão que eles possuem do comportamento de seu cliente, além de fomentar a relação no PDV, e captar informações sobre o mesmo. Esses dados são usados, posteriormente, para vender mais, justamente por eles conhecerem melhor para quem estão vendendo. O comportamento do consumidor muda, e é preciso entender suas motivações para acompanhá-lo. Quando o pensamento muda, o varejo deve estar adequado a dar uma resposta à altura. O que faz a diferença é o que proporciona a experiência de venda. É o aten-


varejo em foco

A nova definição sobre o que é “loja” Na última NRF Retail’s Show, que aconteceu em Nova York, um dos assuntos mais discutidos pelos varejistas do mundo todo foi qual o novo significado da palavra “loja” frente a tantas transformações que o setor vem sofrendo

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ma conclusão foi unânime, o significado da palavra mudou e encontra-se ainda em definição. Seria um ponto de venda? Ponto de compra? Ponto de entrega? Ponto de logística? Ponto de serviços e soluções? Espaço de aprendizado, inspiração, experimentação, convivência e experiência? Ambiente digital do e-commerce faz parte da loja? A definição pode ser a resposta a uma dessas perguntas ou a todas elas ao mesmo tempo. Frente a todas essas discussões, os varejistas acabaram ficando assustados com a complexidade que este segmento está tomando. Mas uma frase do Steve Dennis, presidente da Sage Berry Consulting, que palestrou em Nova York, colocou todo mundo para pensar: “Não é um mal momento para estar no varejo. É um mal momento para quem é monótono”. Outra coisa que se ouviu muito por lá é que o varejo se torna cada vez mais complexo na retaguarda, mas tem que se tornar cada vez mais simples na linha de frente. O que eles chamam de “baixo atrito”, principalmente na hora de efetuar o pagamento. Pontos de atrito fazem o consumidor desistir da compra.

Porta-vozes da DMCard que estiveram na NRF participando dessa discussão, a trouxeram para ser debatida com os varejistas brasileiros durante o SuperFórum. Nessa visita à NRF, a nova definição de “loja” foi apenas uma das tendências que as empresas, principalmente o varejo, vão encarar em um futuro próximo. 1º SUPERFÓRUM Em janeiro, uma delegação de executivos da DMCard seguiu para Nova York, onde participaram da NRF Retail’s Show 2018, o maior evento de troca de experiências, tendências e inovações para o varejo do mundo. O propósito da visita ia muito além do que desenvolver seus próprios negócios e colaboradores. A administradora de cartões de marca própria assumia o desafio de fazer um recorte de tudo que fosse aplicável ou destinado ao setor supermercadista, e compartilhar o que aprendeu com os varejistas de todo o país. Para isso, criou o 1º SuperFórum, o maior encontro pós-NRF já realizado no Brasil e o único destinado majoritariamente ao segmento de supermercados.

“Nós somos especialistas em varejo. Colaborar para o desenvolvimento e crescimento desse setor e prepará-lo para o futuro é uma forma de investir em uma realidade da qual nós também fazemos parte”, diz Denis César Correia, Diretor Executivo da DMCard, justificando a criação do evento e adiantando sua continuidade e entrada para o calendário do varejo nacional. “Nosso auditório lotado e os executivos saindo da sala impressionados e cheios de vontade de colocar em prática o que aprenderam foi a prova do grande sucesso do 1º SuperFórum, que deve voltar em breve”, completa. Palestrantes convidados de grande reconhecimento em suas áreas de atuação apresentaram os maiores insights de interesse para o setor, trouxeram cases internacionais e conectaram tudo isso com as perspectivas do cenário político e econômico do Brasil em 2018. Entre eles, Donald Fitzgerald, com o case da rede americana Mariano’s; Neils Stern, especialista em varejo e planejamento estratégico que falou sobre o futuro do varejo de alimentos;


varejo em foco

Maiores tendências do varejo mundial Confira a seguir os oito maiores destaques que foram falados no 1ºSuperFórum para os quais é essencial que o varejo brasileiro volte sua atenção. 1. Um varejo global por uma nova perspectiva Neste tópico, um dos destaques é a movimentação do

ranking das 10 maiores varejistas do mundo. O primeiro lugar ainda pertence ao Wallmart, porém outras gigantes que sempre ocuparam o topo, como Carrefour e Home Depot vêm perdendo posições enquanto a Amazon, com seu DNA online, sobe degraus a cada ano. Além disso, um importante fenômeno que está tomando conta do mundo e deve ser observado é o e-commerce crossboard. O consumidor final brasileiro compra cada vez mais de outros países, principalmente da China, como no AliExpress. No entanto, os varejistas brasileiros ainda vendem muito pouco diretamente ao consumidor final no exterior por meio de plataformas como o TMall, fazendo o caminho inverso, levando produtos daqui para os chineses. A plataforma TMall tem tido crescimento notável e já conta com lojas online de 75% das marcas mais valiosas do mundo, evidenciando que o e-commerce crossboard é uma tendência do mercado atual.

2. Pagamento móvel e criptomoedas O processo de pagamento é um ponto de atrito do varejo e uma prática que deve desaparecer ou, ao menos, se tornar cada vez mais imperceptível, assim como são feitos os pagamentos das viagens de Uber, por exemplo. Contudo, esse futuro não está nas criptomoedas, cujo processo de conversão pode levar horas. A atenção do varejo deve se voltar para o conceito de blockchain. Por enquanto, apenas as criptomoedas fazem suas transações por meio das blockchains. Trata-se de um meio digital de autenticação e validação de documentos, uma plataforma dentro da internet que vai permitir as transações entre empresas e pessoas com nível de custo mais baixo e facilidade infinitamente maior. 3. Bespoke retail Traduzindo o termo literalmente do inglês, bespoke significa

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Rogério Chér, que foi diretor corporativo de RH da Natura; Vera Magalhães que apresentou o atual cenário político do país; e Ricardo Amorim, que falou sobre como se comporta o varejo frente ao momento econômico do país. Alberto Serrentino, consultor de varejo e consumo e fundador da Varese Retail, e Eduardo Terra, Presidente da SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo foram os responsáveis em apresentar os destaques para os quais é essencial que o varejo brasileiro volte sua atenção.


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5. Amazon invade o varejo físico A Amazon tem sido um símbolo da inovação do varejo e, por isso, mereceu um insight apenas com o que ela tem desenvolvido. A empresa diversifica cada vez mais seu mix de produtos e serviços, o modo como se relaciona com o consumidor oferecendo uma experiência de baixo atrito e a chegada de sua rede de lojas físicas. Ela tem se consolidado cada vez mais como uma inspiração, ou, pode-se até afirmar, uma pressão na concorrência para a inovação.

7. Nova definição do que é “loja” A loja física é cada vez mais desafiada pelo meio digital, e ela tem se transformado em algo que mudou a definição do que seria uma “loja”. Não se trata mais como um local para compra e venda, mas um lugar de experiências, aprendizados, lazer, etc. E, retomando o conceito trazido no item 2, diminuindo cada vez mais os pontos atrito com o consumidor.

4. Tecnologias emergentes Neste tópico, um dos destaques são os robôs de inteligência artificial, a nuvem e o aparelhos com comando de voz, tecnologias nas quais as fabricantes de smartphones e até a Amazon estão investindo alto.

6. Transformação digital e ecossistemas É importante lembrar que o digital não se limita apenas à venda, trata-se de um universo de possibilidades infinitas, transformando as empresas em ecossistemas diversificados ultrapassando os limites de sua área de atuação e

8. Liderança digital Cada vez mais, serão exigidas dos líderes novas funções e habilidades que estejam em sinergia com a transformação digital. Essa transformação não é feita pela tecnologia, mas sim por pessoas que sejam capazes de viabilizar de forma eficiente essa transição.

Sobre a DMCard A DMCard é uma administradora de cartões private label que nasceu em 2002, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A empresa viabiliza à redes de supermercados e de materiais de construção, a possibilidade de oferecerem aos seus consumidores um cartão de crédito de marca própria que, além de aumentar as vendas, fideliza seus clientes.

O grupo nasceu de uma pequena operação de cartões de fidelidade de uma rede varejista. Denis César Correia, Diretor Executivo da empresa, explica o sucesso e os diferencias da DMCard: “Somos uma empresa especialista em varejo, por isso podemos atender às necessidades específicas do segmento”. A DMCard possui uma completa e integrada estrutura de administração e processamento

de operações, e atua em diversas regiões do Brasil. A empresa já ultrapassou a marca de 2 milhões de cartões emitidos para mais de 160 redes e 2.000 lojas, incluindo Sonda, Cobal, Barbosa, Spani, Semar, Royal, Unissul, Docelar, Joanin, Simpatia e Ricoy. A DMCard também foi responsável pela realização do 1º SuperFórum, o maior evento pós-NRF do Brasil e o único destinado ao segmento supermercadista.

“feito sob medida”. Contudo, o conceito vai além, buscando um relacionamento cada vez mais personalizado. Por exemplo, em um prazo muito curto, o cliente de um supermercado que seja vegetariano não vai se identificar com a loja ao receber um encarte de ofertas no qual estejam presentes itens do açougue. Um alerta importante deste insight é que antigamente o consumidor é quem perseguia os produtos, porém, a partir de agora, o produto é quem precisa perseguir o seu consumidor.

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Clique aqui para ver o resumo do que foi apresentado

se transformando em verdadeiras produtoras de conteúdo.


varejo em foco

Atenção aos preços com descontos diferenciados A diferenciação de preços conforme a quitação via cartão de débito ou crédito, dinheiro ou cheque deve ser informada em local e formato visíveis ao consumidor

to, respeitando as normas instituídas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo a FecomercioSP, os erros mais comuns cometidos pelos lojistas e comerciantes são: deixar de informar, em local e formato visíveis, eventuais descontos oferecidos em função do prazo ou meio de pagamento; expor informação escrita na vertical ou em outro ângulo que dificulte a leitura; e atribuir preços diferentes para o mesmo item. A Entidade reforça que a afixação de preços com descontos diferenciados deve ser objetiva e com informações verdadeiras que não enganem

o consumidor e que ele entenda imediatamente e com facilidade, sem nenhuma abreviatura que dificulte sua compreensão, tampouco necessite de qualquer interpretação. Além disso, é preciso que caracteres, letras e números estejam visíveis e que não possam ser apagados. A maneira de afixar os preços diferenciados é um dos assuntos abordados na nova versão da Cartilha de Afixação de Preços e Fiscalização, elaborada pela FecomercioSP, em parceria com a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP).

Sobre a FecomercioSP A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 143 sindicatos patronais e administra, no

Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo respon-

de por cerca de 30% do PIB paulista - e quase 10% do PIB brasileiro -, gerando em torno de 10 milhões de empregos.

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Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) orienta o empresário do varejo a ter cuidado ao expor preços diferenciados em função do prazo ou meio de pagamento oferecidos. A Entidade reforça que eventuais descontos exibidos devem ser informados de maneira clara, legível e precisa ao consumidor. A Lei nº 13.455/2017, autorizou a diferenciação de preços de bens e serviços ofertados ao público em função do instrumento de pagamento utilizado, e por esse motivo o comerciante deve estar atento ao expor os preços em seu estabelecimen-


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A voz do cliente Algoritmo permite identificar reclamação do cliente antes dela acontecer, identificando padrões de comportamento e apontar causas-raiz de reclamações

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a era digital as empresas investem na construção e manutenção de uma boa reputação e conquista de clientes, mas não escapam às reclamações. Com a velocidade da difusão de ideias e opiniões por meio das redes sociais, outros canais, além do SAC e do Procon, passaram a ser importantes caminhos para que os consumidores externem as suas insatisfações, como o Reclame Aqui ou até mesmo as próprias páginas das empresas. Historicamente, as reclamações são entendidas como um ponto de estrangulamento para as empresas, porque além de disporem de recursos – seja para resolver o problema ou consertar o que não foi entregue à contento – sofrem ainda prejuízo na sua imagem, uma vez que passam a ser associadas certo uma experiência ruim. Foi em meio a esse cenário que a consultoria Ekantika, especializada em catalisar processos e potencializar modelos de gestão, enxergou o SAC como uma ferramenta estratégica para aprimorar processos e que permite agir reativamen-


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programado para isso – que a partir das medições realizadas e milestones ao longo de processos, identifica padrões complexos de comportamento, permitindo elaborar indicadores que refletem não apenas o comportamento observado, mas também o potencial de possíveis reclamações por meio de cada canal. “Enxerga-

mos um grande potencial de transformar o modelo tradicionalmente reativo de atendimento ao cliente em algo muito mais dinâmico, proativo e preditivo, usando princípios de inteligência artificial. O impacto para as empresas e para os clientes podem ser enormes”, afirma Boris Leite, sócio fundador na Ekantika.

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te diante dos problemas. A consultoria, a partir da revisitação com princípios de processos, criou um novo modelo, que deu origem a um algoritmo que trabalha como uma machine learning– ou seja, que a partir da ingestão de dados aprende a tomar decisões e a desenvolver diagnósticos precisos, sem ser explicitamente


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Entenda o algoritmo O algoritmo trabalha, basicamente, com duas fontes de informação: pontos de monitoramento de processos e reclamações de diversos canais (SAC, Reclame Aqui, Procon, entre outros). Dentro do processo de compra, o sistema utiliza como insumo informações sobre a data do pedido, a aprovação do pagamento, a entrega do produto para a transportadora, entre outros. A partir dos marcadores, juntamente com um algoritmo de machine learning (autoaprendizagem do sistema) padrões de comportamento começam a ser criados. Somado a isso, o algoritmo faz também um acompanhamento dos registros do SAC. O resultado da união de todas essas informações, aliadas a um bom entendimento dos dados, possibilita que a empresa comece a antever um problema já na sua origem. “Para o varejo, por exemplo, já conseguimos monitorar compras realizadas sem qualquer problema, compras realizadas com erro e que geraram reclamação e ainda compras com erro que não geraram nenhum tipo de contato do cliente” explica Leite “Com isso estamos criando padrões que já permitem saber qual será o resultado final de uma compra, mesmo no meio de um processo”, conclui. “Não desligue, sua ligação é muito importante para nós” Saber o que vai acontecer é importante para que as empresas possam atuar de forma ativa, seja para corrigir o processo em tempo ou até mesmo acionar

o consumidor e alertando-o do que irá acontecer, minimizando assim a insatisfação do cliente. Na forma tradicional, as informações do SAC costumam ser pouco elucidativas quanto à real origem do problema. “Normalmente os departamentos de SAC são compostos por um grupo de profissionais temporários e terceirizados, com altíssima taxa de rotatividade, o que gera uma comunicação bastante confusa e abre espaço para as mais variadas interpretações, tanto de quem está reclamando, como de quem está consolidando ou analisando as informações. Com um monitoramento bem feito é possível ter um raio-x do que os clientes estão comentando, com que frequência, quais as dores mais comuns, qual o perfil desses clientes, entre outros aspectos”, conta Cesar Cavini, head para estratégias digitais na Ekantika. Com esse raio-X do comportamento do cliente em mãos, e uma análise coerente, as empresas conseguem interagir no momento certo, da forma e com a linguagem adequadas, antes que a percepção não possa mais ser alterada. “Por meio desse novo modelo é possível agir preventivamente e surpreender o cliente com uma ligação, um cupom promocional ou algo semelhante. Esses pequenos gestos podem mudar a percepção do cliente e até ser um agente que o faria voltar a comprar em determinada empresa, diferentemente de uma proposta de SAC que degrada a marca/empresa porque não está apto a oferecer uma boa experiência”, conclui Cavini.

Resultados esperados por empresas que adotam o SAC como ferramenta estratégica Fidelização – a antecipação de um problema permite a rápida tomada de providências. Clientes sem problemas são clientes satisfeitos. As chances desse cliente voltar a comprar com aquela empresa são muito grandes. Já a chance do cliente que se sente insatisfeito, em qualquer etapa do processo de compra, voltar a fazer negócios com determinada empresa, mesmo que o seu problema seja resolvido, são mais remotas; Reputação – o cliente insatisfeito, poderá seguir algumas alternativas: (a) falar mal daquela empresa que não fez corretamente aquilo que esperava ou (b) após ter um problema resolvido e uma experiência de compra “renovada”, falar bem sobre isso para sua rede de contatos ou ainda (c) neutralidade. Matematicamente, as alternativas são sempre favoráveis desde que uma reclamação seja resolvida rápida e facilmente. Redução de custos – um processo de compra eficiente, mais próximo do ideal, significa redução nos custos com serviços de atendimento ao cliente, que normalmente para as grandes empresas é terceirizado, e cobrado por ligação/atendimento realizado. Outro aspecto importante é a redução dos custos legais com processos judiciais, decorrentes das reclamações e problemas não solucionados.


mercado

Frota brasileira cresce só 1,4% em 2017 Aumento do número total de veículos sobre 2016 foi inferior a 900 mil unidades

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Automóveis respondem por 62,6% da frota nacional veículos efetivamente em circulação aqueles sem débitos de mais de dois anos seguidos na documentação (IPVA e DPVAT). A maior frota é a do Estado de São Paulo, com 18,9 milhões de unidades, 28,8% do total. A segunda é de Minas Gerais, com 8 milhões de veículos, 12,3%. No recorte por automóveis, São Paulo concentra 32,3% da frota brasileira. E reúne 21,8% das motos em circulação. O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veí-

culos Automotores (Sindipeças) publica anualmente um estudo bastante detalhado sobre a frota circulante, com subdivisões por combustível, faixas etárias e idade média dos veículos. Estima-se que os números da entidade com a atualização de 2017 tragam 56,6 milhões de veículos, ou 10,2 milhões a menos do que revela o novo levantamento IBPT/Empresômetro. A atualização da frota circulante pelo Sindipeças deve chegar em cerca de um mês. Fonte: Automotive Business

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m novo estudo indica que a frota brasileira em circulação tem 65,8 milhões de veículos na soma de carros, motos, comerciais leves, caminhões e ônibus. O levantamento foi feito Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) em parceria com a Empresômetro Tecnologias. O levantamento mostra que a frota nacional aumentou pouco nos últimos três anos como consequência da crise econômica. Em 2017 foram acrescentados menos de 900 mil veículos, levando a um aumento de apenas 1,4% sobre 2016. No caso das motos houve redução de 15,3 milhões para 15,1 milhões na frota brasileira (-1,3%). Do total em circulação, 41,2 milhões são automóveis (62,65%), 15,1 milhões são motocicletas (23,01%),7 milhões são comerciais leves (10,67%), 2 milhões são caminhões (3,09%) e 376,5 mil são ônibus (0,57%). O estudo cruzou dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e considerou como


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Denatran suspende a

inspeção veicular Inspeção Técnica Veicular é adiada por tempo indeterminado. Denatran alega ‘’necessidade de debate mais aprofundado’’ para aplicar a medida

grama necessário para realização dos procedimentos. De acordo com o diretor do Denatran, Maurício Alves, a definição dos requisitos para elaboração do cronograma é um dos motivos que dificulta a implementação da resolução. “Estamos sempre atentos às demandas dos Detran’s, que são nossos parceiros na fiscalização das leis de trânsito, e entendemos que esse processo precisa passar por um debate mais aprofundado, para que possamos aplicá-lo da melhor maneira possível, com o mínimo de transtorno à população”. O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, ressaltou que a Pasta está atenta aos anseios da sociedade. “Os condutores do país podem ter a certeza de que estamos, cada vez mais, atentos às necessidades da fro-

ta brasileira, pensando e executando as melhores decisões para tornar o trânsito um lugar mais seguro, harmonioso e eficaz para todos os brasileiros. No Ministério das Cidades, a população sempre será ouvida para a tomada de decisões”. Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), ficou bastante desapontado com a decisão. “O adiamento é frustrante. Como representantes do setor, vamos falar com este e com o próximo governo para estabelecer a volta da inspeção em 2019. Achamos que já tivéssemos superado essa discussão no ano passado”, lamenta o executivo. “Defendemos a inspeção e temos expectativa de que ela faça parte inclusive do Rota 2030”, conclui Megale.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social – Ministério das Cidades | Automotive Business

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Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) decidiu suspender, por tempo indeterminado, a Resolução nº 716, de 30 de novembro de 2017, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tornaria obrigatória a Inspeção Técnica Veicular (ITV) para renovação do licenciamento anual. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Pela resolução, os condutores seriam obrigados a submeter seus veículos às ITV’s como parte do processo de renovação do licenciamento e obtenção do Certificado de Registro e Licenciamento Veicular (CRLV). As inspeções teriam validade de dois anos, com início previsto para 1º de julho, data limite para os departamentos de trânsito estaduais (Detran’s) enviarem ao Denatran o crono-


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CADE arquiva ação

contra montadoras O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivou o processo administrativo que julgava se as montadoras Fiat, Ford e Volkswagen abusaram do seu direito de petição ao acionarem, na Justiça, fabricantes de autopeças que produziam parte de carros, sem licenciamento prévio, para vende-las no mercado de reposição. O processo estava há 11 anos no órgão antitruste. O Sincopeças participa da ação como terceira parte interessada

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Associação Nacional de Fabricantes de Autopeças (Anfape) defende que os registros feitos pelas montadoras no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) aplicam-se apenas ao mercado de carros zero quilômetro e não ao de autopeças. Assim, fabricantes de autopeças poderiam produzir partes cujo desenho industrial é registrado no INPI sem pagar royalties. Os grupos automotivos discordam e dizem que a lei de propriedade intelectual garante às companhias os direitos sobre os desenhos que desenvolveram inclusive no mercado secundário e que os interessados só podem produzi-las caso sejam licenciados.

O relator do caso, o conselheiro Paulo Burnier, votou pela punição das montadoras, entendendo que o registro do desenho industrial aplicava-se apenas ao mercado de carros novos. Ele votou pelo fim da prática e por um pagamento de multas somadas de R$ 4,6 milhões. Entretanto, a maioria do conselho entendeu que não é responsabilidade do Cade decidir até onde se estende o direito de uso de uma propriedade industrial. O processo chegou ao Cade em 2007, depois de uma representação da Anfape e dividiu opiniões ao longo de sua tramitação. A procuradoria da autoridade antitruste, por exemplo, chegou a se posicionar

pela punição das montadoras, mas mudou o seu entendimento ao longo do processo. No último posicionamento, o procurador federal junto ao Cade, Márcio Barra Lima, saiu em defesa das montadoras. Em sua manifestação, ele disse que o Judiciário vem reconhecendo o direito das empresas sobre as peças e que liberar a fabricação e a venda por terceiros poderia configurar uma falsificação legalizada. Já a área técnica do órgão antitruste havia se posicionado contra as montadoras. O argumento foi de que as ações impetradas na Justiça tinham como objetivo garantir o monopólio sobre o mercado de peças de reposição, o que seria


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O caso foi pautado pela primeira vez no plenário da autoridade antitruste em novembro. Na ocasião, Burnier votou pela condenação das montadoras e o conselheiro Mauricio Bandeira Maia pediu vista do processo. O processo retornou a pauta, com Bandeira Maia abrindo uma

divergência e votando pelo arquivamento do caso. O seu posicionamento foi seguido pelas conselheiras Cristiane Alkmin, Polyanna Vilanova e Paula Azevedo. Já João Paulo Resende e o presidente do conselho, Alexandre Barreto, seguiram o posicionamento de Burnier.

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prejudicial aos consumidores. Havia também uma interpretação de que a mitigação da propriedade industrial em defesa do interesse da população está entre as atribuições do Cade, o que justificaria uma decisão favorável aos fabricantes de autopeças.


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GMA contribui para a obrigatoriedade

da Inspeção Veicular

Reunindo todas as entidades do setor de reposição automotiva, o GMA realizou trabalho consistente ao longo dos anos para sensibilizar órgãos do governo sobre a importância da Inspeção Técnica Veicular, a fim de reduzir acidentes de trânsito e a emissão de poluentes

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ão é de hoje que o GMA - Grupo de Manutenção Automotiva, vem lutando para que a Inspeção Técnica Veicular fosse implantada em todo o território nacional. É um tema permanente da pauta de trabalho do grupo que reúne as entidades do setor de reposição automotiva, como Sindipeças, Andap, Sicap, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP. Os esforços da ação conjunta de todas as entidades, que agora trazem resultados com a divulgação da Resolução nº 716 do CONTRAN (Conselho Nacional do Trânsito), de 30 de novembro de 2017, são frutos de todo o trabalho desenvolvido que teve início lá trás. “Só foi possível graças ao empenho e o trabalho conjunto de todas as entidades. Foi uma longa caminhada para chegar até aqui e agora precisamos dar continui-

dade e acompanhar o processo de implantação da Inspeção Técnica Veicular em todo o Brasil”, destaca Elias Mufarej, coordenador do GMA e conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição. Ele aproveita para destacar a participação e atuação de todos os representantes das entidades envolvidas que sempre estiveram à disposição para colaborar.

O pleito do setor para que a Inspeção Técnica Veicular fosse implantada, conforme consta no Código de Trânsito Brasileiro de 1997, foi oficialmente encaminhado ao então Ministro das Cidades, Marcio Fortes, com cópia ao diretor do DENATRAN, Alfredo Peres, à época em agosto de 2010, logo após o Seminário da Reposição Automotiva que promoveu debate sobre a im-


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movendo reuniões junto aos órgãos do governo para mostrar a importância da inciativa que visa garantir mais segurança no trânsito e reduzir a emissão de poluentes. Em resposta a toda essa mobilização, o CONTRAN encaminhou, no final do ano passado, ao atual presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, a Resolução que prevê a implantação da ITV

em 2020 para todo o Brasil. Além disso, Mufarej lembra também que o site do DENATRAN recentemente cedeu espaço para a visualização de banner do aplicativo do Carro 100%, bem como reconhece a importância do programa como forma de orientar o motorista sobre a importância da manutenção preventiva.

Sobre o GMA Grupo de Manutenção Automotiva reúne as entidades que representam o setor de reposição: Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores),

Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes da Indústria e para Ve-

ículos no Estado de São Paulo), Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo) e Sindirepa Nacional (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios).

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portância da inspeção e contou com a presença de Peres. O documento foi assinado por todos os presidentes das entidades, incluindo Sindipeças, Andap, Sicap, Sincopeças-SP, Sindirepa-SP, AEA, SAE e IQA. Ao logo de todos os anos que passaram, o GMA manteve permanente discussão sobre a Inspeção Técnica Veicular, pro-


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Carro flex: 15 anos com 30,5 milhões de unidades Volkswagen abriu a porteira em 24 de março de 2003 com ajuda da Marelli

A VW dividiu o mérito daquele Gol com a Magneti Marelli, com a qual desenvolveu o primeiro sistema flexível em combustível. “O Software Flexfuel Sensor (SFS) é um marco na história automobilística brasileira. É uma tecnologia que se estabeleceu definitivamente e que se adapta a veículos movidos por novas matrizes energéticas, como os híbridos”, recorda o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Magneti Marelli, Gino Montanari A tecnologia que se tornou comum nos dias atuais representava bem mais que a simples liberdade de escolha na hora de abastecer naquele começo da década passada. O sistema pôs fim à dificuldade enfrentada nos anos 1980 e 1990 pelos consumidores de carros movidos exclusivamente a álcool, como falta do produto nas bombas e grandes

variações de preço para cima. Também em 2003, no mês de outubro, a Volkswagen lançou no Fox o primeiro motor 1.0 flex. Nos anos iniciais o sistema bicombustível enfrentou críticas pelo fato de os motores não alcançarem a mesma eficiência que seus equivalentes movidos exclusivamente a gasolina ou a etanol, mas o aprimoramento tecnológico atenuou o problema. No ano de lançamento, os modelos flex representaram 3,6% dos automóveis e comerciais leves emplacados no Brasil. Cinco anos depois a participação já passava a 87,2%. Passados dez anos, atingiu 88,5% das vendas totais, praticamente o mesmo nível registrado em 2017 (88,6%). Só não se aproxima mais dos 100% por causa da importância que o diesel tem entre os comerciais leves.

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á 15 anos, em 24 de março de 2003, a Volkswagen do Brasil apresentava o carro flex, que pela primeira vez possibilitava o abastecimento com etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção. Era um Gol com motor AP 1.6 que produzia 97 cavalos com gasolina e 99 cv com álcool. O lançamento coincidiu com a comemoração dos 50 anos da VW do Brasil, agora com 65 anos. A soma de todos os automóveis e comerciais leves bicombustíveis nacionais e importados emplacados até os dias atuais já passa de 30,5 milhões. Somente da montadora de origem alemã foram 6,7 milhões de unidades. “O sistema flex se tornou parte integrante da vida dos brasileiros”, afirma o presidente e CEO da VW para a América do Sul e Brasil, Pablo Di Si.


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Do Primeiro Gol flex (acima) aos dias atuais a VW produziu 6,7 milhões de veículos bicombustíveis

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AVANÇOS DO FLEX Para lançar o primeiro flex de 2003 foi preciso algo mais do que desenvolver um software e sensores capazes de identificar e quantificar a mistura entre álcool e gasolina. Naquele Gol, a Volkswagen eliminou o distribuidor do velho motor AP 1.6, utilizou velas exclusivas, injetores de combustível com maior vazão, novas válvulas e sedes de válvula com material anticorrosivo, entre outras mudanças. O sistema de partida a frio usava o pequeno reservatório ou subtanque de gasolina herdado dos carros a álcool. Em 2009, a VW lançou o Polo E-Flex, primeiro carro bicombustível sem esse tanquinho. A Bosch forneceu o sistema pioneiro,

capaz de aquecer o etanol nos bicos injetores antes da partida. Hoje a Magneti Marelli também fornece a tecnologia. Em 2009 começava também a venda da primeira moto bicombustível, a Titan Mix. Nesses nove anos, Honda e Yamaha juntas venderam mais de 6 milhões de motocicletas bicombustíveis Em abril de 2009, a Nissan lançou o Tiida flex, primeiro modelo importado do México a adotar motor bicombustível. Meses depois o Nissan Sentra também passou a vir de lá com a tecnologia. Em 2011, a Kia começava a trazer o Soul flex, primeiro da marca com motor bicombustível. Hoje o sistema flex está presente até em motores com turbo e injeção direta de carros

montados no Brasil, como os Audi A3 Sedan e Q3, BMW Série 3 e X1, Mercedes Classe C e GLA, Volkswagen Up!, Golf e Polo. Nesta semana a Toyota mostrou detalhes do primeiro híbrido flex, que já roda em testes no Brasil. Também é importante recordar o esforço da Nissan. A partir do uso de etanol a montadora desenvolve o e-Bio Fuel-Cell, veículo movido por Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC). Ele funciona com energia elétrica gerada a partir do etanol. Em vez de um sistema de célula de combustível convencional, que converte hidrogênio armazenado sob alta pressão em eletricidade, a tecnologia produz o próprio hidrogênio a partir do etanol. A minivan elétrica


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Fonte: Automotive Business

Em sentido horário, a partir do alto: em outubro de 2003 a VW lançou no Fox o primeiro motor 1.0 flex. Nissan Tiida foi primeiro importado mexicano com a tecnologia e o Soul, o primeiro da Kia

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Para outras nóticias sobre esse assunto, clique aqui.

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NV200 adaptada ao sistema teria autonomia superior a 600 quilômetros com apenas 30 litros de combustível. Segundo a Nissan, estaria disponível a partir de 2020 se houvesse incentivos fiscais. O futuro da tecnologia flex se apoia no fato de que a cana-de-açúcar utilizada para a produção de etanol captura gás carbônico (CO2) quando cresce, compensando as emissões desse mesmo gás pelos motores em funcionamento. “O uso intensivo do etanol nos veículos flex evitou a emissão de mais de 450 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), principal causador do aquecimento global e mudanças climáticas”, recorda Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da União Nacional da Cana de Açúcar (Unica). “A emissão evitada é suficiente para neutralizar a emissão anual combinada de CO2 da Argentina, Chile e Colômbia”, ressalta. Na Conferência do Clima de Paris, a COP 21, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de CO2 em 43% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Para isso terá de elevar a participação do biocombustível na matriz energética veicular dos atuais 30% para 50%, o que significaria ampliar a produção dos atuais 28 bilhões de litros/ano para 50 bilhões.


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É hora de acelerar o desenvolvimento humano Como vários setores da economia, a indústria automotiva atravessa agora uma fase positiva no Brasil, com anúncios de novos aportes realizados por montadoras e fornecedores, que desejam localizar cada vez mais componentes no País

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odo esse cenário, que é acompanhado por uma retomada nos volumes de produção e venda, traz ganhos também para a qualidade. É imperativo que a qualidade deixe de ser encarada como departamento para ser o princípio das empresas, presente em todas as ações. Fazer qualidade no financeiro, por exemplo, significa realizar bem os aportes; na engenharia, envolve desenvolver cada vez mais produtos

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Por Richard Schwarzwald*

sob a ótica do cliente; na manufatura, demanda modernas tecnologias; e assim por diante. Uma vez que desenvolver um produto altamente complexo, como um veículo, requer tempo, ter visão de futuro é essencial para fazer qualidade, sobretudo no atual contexto disruptivo da indústria, que acompanha uma evolução acelerada das inovações em direção a uma mobilidade sustentável, seja terrestre, aérea

ou marítima, que contribua para a qualidade de vida das pessoas. Proporcionar essa mobilidade mais sustentável e adequada ao cliente, inclusive como serviço, é hoje um dos fatores-chave para o desenvolvimento de produtos e processos de excelência, bem como para a construção de relacionamentos igualmente excelentes no pós-vendas. Para acompanhar saltos tecnológicos de maneira consisten-


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te, a indústria brasileira precisa investir em capacitação porque a sustentabilidade do desenvolvimento de um país – e temos vários exemplos no mundo que demonstram isso – começa na educação. Nesse contexto estão escolas técnicas de excelência, universidades e centros de desenvolvimento de tecnologia. O grande desafio é desenvolver a capacidade de inovar constantemente, não só em relação aos produtos, mas também aos processos de manufatura e serviços. Uma empresa pode criar os melhores produtos, mas não será sustentável, se não dispuser dos melhores processos para produzir de forma igualmente sustentável. Tão importantes quanto os cursos de mestrado e doutorado, que permitem o desenvolvi-

mento de inovações que apresentam grande competitividade no mundo, são os cursos técnicos, os tecnólogos e as especializações, bem como cursos mais específicos, como aqueles oferecidos por instituições como o IQA, que promovem o compartilhamento do conhecimento. São instituições que têm a valiosa condição de estarem abertas ao mundo, com parcerias no exterior, o que permite receber profissionais de fora para condução de treinamentos, assim como oferecer sempre as normas mais atuais, utilizadas em diversas partes do mundo, para trazer, o quanto antes, para dentro do Brasil, o que se pratica de mais moderno lá fora. É motivador o caminho a ser trilhado pelo Brasil, que possui empresas conectadas com o

mundo, capazes de trazer novas tecnologias e desenvolver inovações junto às universidades e aos centros de tecnologia. Neste país – rico em recursos, profissionais e instituições que promovem o conhecimento – basta pisar no acelerador do desenvolvimento de pessoas.

*Richard Schwarzwald é diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)

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As redes sociais no recrutamento e seleção Em tempos de mídias sociais, o trabalho dos Recrutadores e Headhunters à procura de talentos vem passando por algumas transformações, através de uma busca mais ativa em redes como o LinkedIn, por exemplo Por Fernanda Andrade*

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ocado em conectar pessoas entre si e com as empresas, essa rede vem desenvolvendo novas soluções na busca de profissionais, se tornando aliado para a área de Recrutamento e Seleção, bem como para os usuários em busca de novas oportunidades.

As redes sociais nos dias de hoje são parte da estratégia de contratação, tornando o trabalho mais efetivo e focado. Elas auxiliam a encontrar candidatos mais alinhados às necessidades da empresa, tanto ativos quanto passivos. Para que a empresa tenha visibilida-

de nessas redes, torna-se importante desenvolver a marca como empregadora. Ao utilizá-las para divulgar suas oportunidades de trabalho, poderá apresentar sua cultura, políticas e processos, bem como objetivos organizacionais, interesses e desafios, atraindo candidatos

* Fernanda Andrade é Gerente de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.


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é um ótimo local para construir e desenvolver relações estratégicas de longo prazo. Através da plataforma é possível se conectar com os profissionais mais difíceis de encontrar com o uso de meios convencionais. Seu maior benefício para Recrutamento e Seleção é o desenvolvimento e expansão de uma rede pessoal de profissionais, onde há o contato direto com possíveis candidatos. Desde que foi lançado, em 2003, ele vem contribuindo para a conexão de profissionais de todo o mundo. Esses, buscam o êxito e a promoção de seus perfis nas redes sociais virtuais, bem como visibilidade e relacionamento. Para promover o perfil é importante que o profissional mantenha foto atualizada, experiências relevantes, não somente a empresa, cargo e período de atuação, mas também citar os resultados mais re l e v a nte s que mostram que

contribuiu para o sucesso da empresa. Vale lembrar que o comportamento na rede social também é avaliado, sugerindo algo que vai muito além de seus currículos e experiências. Muitos deles possuem um comportamento típico dentro da rede social: seus relacionamentos, textos e mensagens que postam, grupos dos quais participam, prioridade que dão ou não em determinados pontos de sua carreira. Tudo isso aponta para uma imagem e características pessoais que podem ser lidas e avaliadas pelo recrutador na hora de contratar e influenciam a tomada de decisão dos mesmos.

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e afastando aqueles que não se identificam com a companhia. Além disso, as mídias sociais abriram a possibilidade de avaliar, antes de uma entrevista, aspectos mais pessoais do candidato, objetivos de vida e carreira, rede de contatos, aspirações, entre outros relevantes aspectos. As redes têm possibilitado ainda chegar mais facilmente a um contato e identificar possíveis candidatos. Com isso, o processo de busca de profissionais acaba por tornar-se mais rápido, e as etapas seguintes de um processo seletivo são cumpridas em um menor espaço de tempo. Ressaltamos que as redes sociais são um recurso a mais no processo de recrutamento. Através dessa abordagem, o contato pode evoluir para uma entrevista presencial e até à recolocação do profissional. Por isso, é importante sempre manter um perfil atualizado, construído com muitas recomendações e avaliações de competências. As redes têm se tornado uma excelente ferramenta utilizada pelos Recrutadores e Headhunters para a busca de profissionais, que atualmente gastam parte de seu tempo diário atualizando seu perfil e já se acostumaram à abordagem constante de recrutadores, oferecendo vagas que, muitas vezes, eles nem sabiam que estavam abertas. O LinkeIin, a maior rede profissional do mundo na internet,


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Crédito empresarial: herói ou vilão? Tomar crédito com bancos e financeiras é uma prática recorrente em muitas empresas Por Marcos Guglielmi*

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s motivos podem ser variados, como investir em novos equipamentos ou na expansão da empresa. Entretanto, 90% das vezes essa medida é tomada para tirar as contas do vermelho em tempos difíceis. De acordo com o Serasa, a demanda das empresas por crédito cresceu 5,1% de dezembro de 2017 para janeiro de 2018. Se comparado somente janeiro, nos dois anos, o avanço foi ainda maior, 11,9%. A alta vem das necessidades das micro e pequenas empresas, já que as médias e grandes apresentaram queda na busca por crédito. Apesar disso, há de se considerar diversos fatores antes de se requisitar o crédito. Isso porque o que deveria ser uma solução, pode ampliar o problema. O primeiro passo é analisar alguns relatórios financeiros chave. É preciso saber onde estão os problemas de fluxo de caixa para que outras medidas possam ser tomadas antes da contratação do crédito, impedindo que essa ação seja meramente paliativa, ou se for, que seja pelo menor tempo possível. O empresário precisa analisar relatórios como o fluxo de caixa,

o demonstrativo de resultados e o balanço da empresa. Infelizmente, há empresas que nem possuem esses documentos, e para elas o primeiro passo é organizá-los. Há também aquelas que possuem os documentos, mas não os utilizam ativamente - ou não se preocupam tanto em entender por completo o que cada informação significa. É preciso saber o que é um ativo e um passivo dentro do negócio. Conhecer o caminho do dinheiro que entra e que sai. Muitas vezes, existem saídas e entradas que o empresário não se preocupou em colocar na documentação. Isso faz com que relatórios de resultados fiquem incompletos. Um exemplo comum é quando o empresário não faz distinção entre seu pró-labore e a retirada de lucro. Empresas familiares sofrem muito com isso. Na maioria das vezes, a


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atendidas pelo lucro, inclusive investimentos e emergências. Outro aspecto importante é saber a diferença entre faturar, vender e receber. Muitas empresas não analisam isso e acabam não sabendo qual a diferença entre vender e receber, se um valor acompanha exatamente o outro, e em quanto tempo. Isso é crucial para tomada de decisão de solicitar, ou não, crédito. Ainda deve-se entender muito bem qual a margem de contribuição que a venda está proporcionando para a empresa. Esta margem é um dos principais fatores do acúmulo, ou falta de caíxa que, no final, influencia na decisão de tomar crédito ou não. Se o empresário não souber sua margem de contribuição, não saberá praticamente nada para gestão financeira do negócio.

Infelizmente há uma enorme confusão entre conceitos de margem, assim é necessário aprender corretamente qual, e como, aplicar. Mas, será que mesmo tomando esses cuidados, ainda é preciso contratar o crédito empresarial? Urgências existem, e é preciso lidar com elas, então, se esse é o seu caso, é preciso analisar as melhores opções. Alternativas como investir capital próprio, de maneira organizada, a juros baixos é uma boa opção. Trazer um investidor de fora pode ser outra. Existem, também, linhas de fomento, como o crédito do BNDES. De toda forma, é preciso estar bem alinhado com a relação entre prazo e taxa de juros para que se faça um bom negócio. Cheque especial e cartão de crédito são sempre as piores opções. Os juros são muito altos. I”sso parece óbvio, mas conheço muitos empresários que por falta de análise e planejamento pagam juros muito caros”, afirma Marcos. Se você tiver mesmo que recorrer a um banco, busque um crédito empresarial com juros mais baixos, ou fixos, produtos que nem sempre estão à vista, mas o contador e o gerente podem lhe informar a respeito. Esse passo precisa ser bem planejado. Leia muito bem o contrato e certifique-se da relação entre prazo e taxa de juros. Se não houver saída a não ser essa, que seja com o menor impacto para a empresa. Só assim o crédito será uma solução e não um problema.

* Marcos Guglielmi é treinador de empresários, empresário e sócio fundador da ActionCOACH São Paulo.

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conta bancária, pessoal e empresarial, é a mesma. O pró-labore é uma despesa da empresa. É o salário do proprietário, o mesmo que ele pagaria para outro profissional ficar em seu lugar. Já a retirada de lucro é o que resta após todas as despesas - incluindo o pró-labore. Ele pode retirar algo daqui? Sim, claro, mas esse não é seu salário, ele não ganha mais ou menos de acordo com o lucro da empresa. A empresa também tem necessidades a serem


especial online

O crescimento do e-commerce 37ª edição do relatório Webshoppers estima um crescimento nominal de 12% no e-commerce brasileiro em 2018. Espera-se que 60 milhões de consumidores comprem no comércio virtual neste ano, alavancando o faturamento para R$ 53,5 bilhões

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esmo em um cenário econômico de relativa estabilidade, onde reina o otimismo dos especialistas, o ano de 2018 terá uma faceta desafiadora para o comércio eletrônico. Se, por um lado, a Copa do Mundo deverá ser um gatilho de vendas para muitas categorias, por outro, a eleição presidencial poderá frear o consumo no segundo semestre. Ainda assim, as previsões da Ebit, empresa referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro, são otimistas. O comércio on-line deverá continuar apresentando um crescimento nominal acelerado, de 12%, com faturamento de R$ 53,5 bilhões. Assim como já aconteceu em 2017, a boa notícia para o setor é que o crescimento continuará sendo impulsionado pelo aumento do número de pedidos. No auge da crise, em 2015 e 2016, a expansão do faturamento teve como vetor o aumento dos preços, que impulsionou um tíquete médio mais alto. Como a cesta de produtos do e-commerce registrou de-

flação em 2017 (de acordo com o Índice FIPE Buscapé), o valor médio gasto pelo consumidor aumentou em menor proporção, fechando em R$ 429, expansão de 3%. Também deverão continuar impulsionando os números do setor a migração de usuários do varejo físico para o on-line e, principalmente, a expansão do uso de dispositivos móveis. Em 2017, 27,3% das compras foram realizadas via smartphones ou tablets. Ao passo que, para o final de 2018, o share deve representar um crescimento robusto de 37% das compras no último trimestre. “Quem já acessava redes sociais, serviços bancários e geolocalização pelo celular, em 2017, definitivamente também adotou a versão mobile para fazer compras”, comenta André Dias, Diretor Executivo da Ebit. O ano passado também foi marcado pela consolidação das vendas por meio de marketplaces. Levando-se em conta o mercado total de bens de

consumo, incluindo sites de artesanato e sites de vendas de produtos novos/usados, o setor registrou um crescimento de 21,9% em 2017, atingindo R$ 73,4 bilhões. O Diretor Executivo da Ebit, André Dias também destaca que: “O sucesso do modelo de marketplace no Brasil depende da equalização de três fatores fundamentais, que são a fácil e rápida integração de lojistas, gestão da qualidade de atendimento e serviços destes parceiros e excelência nos processos operacionais para gestão de estoque, frete e entrega, garantindo assim uma melhor experiência para os consumidores”. A categoria de Moda e Acessórios manteve a liderança e aumentou a sua participação nas vendas com 14,2% dos pedidos. Já no volume financeiro de vendas on-line, a categoria de Telefonia/Celulares atingiu a primeira posição do comércio eletrônico, atingindo 21,2% do share de faturamento do e-commerce. Presente no mercado brasilei-


especial online

OUTROS DESTAQUES DO WEBSHOPPERS 37 RUMO AO HEXA: A Copa do Mundo deve impactar positivamente a venda de produtos, como televisores, bebidas e artigos esportivos. CROSS BORDER: 22,4 milhões de brasileiros fizeram compras em sites internacionais e gastaram, em média, US$ 36,8 (cerca

de R$ 117,8). EMPODERADAS: As mulheres lideraram compras no e-commerce em 2017 e fizeram 1,4 milhão de pedidos a mais que os homens. SEM PARCELAS: Praticamente metade das compras feitas no comércio eletrônico em 2017 foi paga à vista, apesar da importância do uso do cartão de crédito como o maior agente financiador de compras. MARKETPLACE: Impulsionado pela expansão do Mercado Livre, o faturamento proveniente das vendas via marketplaces, incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões em 2017, alta de 21,9%. MADE IN CHINA: Sites chineses continuaram sendo os queridinhos entre os brasileiros que fizeram compras internacionais em 2017. A pesquisa Cross Border aponta que 54% dos consumidores fizeram compras no Aliexpress, mostrando um crescimen-

to de 9 pontos percentuais. NA LIDERANÇA: Smartphones/celulares ultrapassaram os eletrodomésticos, sendo a categoria mais vendida no e-commerce em 2017 em volume de faturamento. Destaque também para alimentos e bebidas, que entram pela primeira vez no ranking das dez principais categorias do e-commerce. FRETE GRÁTIS: Varejistas aumentaram a oferta de frete grátis nas compras on-line. Entre o 4T16 e o 4T17 houve um aumento de 6 pontos percentuais (36% para 42%), influenciado pelo incentivo ao uso de aplicativos e à retirada de produtos em lojas físicas. E-CONSUMIDORES: Mais de 55 milhões de consumidores brasileiros fizeram pelo menos uma compra virtual no ano passado, alta de 15% ante 2016. Em 2018, a Ebit estima mais de 60 milhões de compradores virtuais.

Sobre a Ebit Presente no mercado brasileiro desde 2000, a Ebit acompanha a evolução do varejo digital no País desde o seu início, sendo a maior referência em

inteligência competitiva para o e-commerce. Através de um sofisticado sistema, que coleta dados diretamente com o comprador on-line, a Ebit gera informações detalhadas sobre

o mercado diariamente. São mais de 10 mil pesquisas respondidas por dia, 25 mil lojas avaliadas até o momento e 30 milhões de pesquisas acumuladas desde 2001.

Saiba mais em www.ebit.com.br.

Para consultar a 37ª edição do relatório Webshoppers, clique aqui.

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ro desde 2000, a Ebit acompanha a evolução do varejo digital no País desde o seu início. Através de um sofisticado sistema, os dados são coletados em tempo real diretamente com o comprador on-line. São mais de 30 milhões de pesquisas realizadas em mais de 25 mil lojas virtuais conveniadas. Anualmente, o relatório Webshoppers é divulgado no evento do Prêmio Ebit, que elege as Melhores Lojas do E-commerce e as Lojas Mais Queridas do E-commerce em 2017.


especial online

Canal da Peça triplica giro financeiro em 2018 Com novos negócios, ambiente virtual deve movimentar R$ 600 milhões em componentes para veículos

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s sócios Vinícius Dias e Fernando Cymrot podem dizer que acertaram o alvo na mosca. Desde que lançaram o Canal da Peça em 2012, o ambiente virtual de negociação de autopeças vem registrando crescimento anual de 240%, com giro financeiro de R$ 200 milhões, em média. Mas nada se compara ao salto esperado para este ano, que deve multiplicar por três o valor movimentado, graças ao fornecimento crescente de serviços de construção e aplicativos de venda para alguns fabricantes e distribuidores de peças. “Esperamos movimentar R$ 600 milhões em negócios dentro de nossas plataformas este ano”, afirma Vinícius Dias, CEO da empresa. O Canal da Peça é uma plataforma digital de compra e venda de peças que reúne mais de 500 varejistas de todas as regiões do País. Juntos, eles oferecem no ambiente virtual

Vinícius Dias (esq.) e Fernando Cymrot fundaram o Canal da Peça em 2012 um estoque de mais de 700 mil peças para veículos (carros, motos, caminhões e motos) hoje avaliado em torno de R$ 3 bilhões em valor. “Nosso objetivo é no futuro ter na plataforma todo o estoque de componentes do aftermarket brasileiro”, destaca Dias. O mercado de reposição de autopeças movimenta aproximadamente R$ 20 bilhões por ano, em

escala sempre crescente, acompanhando a expansão da frota no País, que soma cerca de 43 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo levantamento mais recente do Sindipeças. Por isso, mesmo com a redução na produção e venda de veículos observada nos últimos anos, o aftermarket segue avançando para abastecer os usados em circulação.


especial online

Diversificação dos negócios Atualmente, as negociações de autopeças representam algo como 70% a 80% do faturamento do Canal da Peça, que mais recentemente também começou a negociar em sua plataforma componentes industriais, máquinas e ferramentas, óleos, baterias, pneus e até partes para aviões. “Ado-

tamos o foco de colocar à venda qualquer peça móvel, every moving parts”, explica Dias. Ele conta que os principais clientes do Canal da Peça são as oficinas mecânicas. A plataforma oferece a qualquer pessoa que acesse o portal um grande estoque de produtos por diferentes preços e prazos de entrega, mas também são vendidas assinaturas para grandes compradores, como frotistas de caminhões, por exemplo, que pagando cerca de R$ 150 por mês têm acesso a uma gama maior e mais detalhada de ofertas, com possibilidades ampliadas de negociação, frete grátis e descontos promocionais, entre outros benefícios. Mais recentemente a empresa vem multiplicando seu faturamento ao fornecer serviços de construção de aplicativos de venda de peças para grandes clientes do setor, fabricantes como Bosch, SKF, Delphi, MTE-Thomson, Mahle e Schaeffler, ou mesmo distribuidores como a DS, entre outros, que usam a plataforma digital do Canal da Peça para rodar os

seus próprios canais virtuais de aftermarket. “Nos transformamos em fornecedor de serviços de venda de peças na internet”, resume Dias. Um novo cliente é a Ipiranga, que irá utilizar a plataforma do Canal da Peça para distribuir combustíveis, lubrificantes e peças, em uma espécie de programa de fidelidade: frotistas que comprarem combustível pelo canal poderão ganhar pontos para trocar por descontos no preço das peças. O Canal da Peça já emprega cerca de 100 pessoas e com o crescimento acelerado está de mudança para um escritório mais amplo na esquina das avenidas Juscelino Kubitschek com Faria Lima, um dos endereços empresariais mais caros e cobiçados e São Paulo. O comando dos negócios é dividido entre os dois sócios: o economista Fernando Cymrot é o CFO, cuida das finanças e captação de recursos, enquanto o administrador de empresas Vinícius Dias, como CEO, lidera a área comercial.

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Fonte: Automotive Business (PEDRO KUTNEY, AB)

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“É um mercado que apresenta crescimento inelástico e contínuo ao longo dos próximos anos”, observa Dias, para explicar porque ele e o sócio Fernando Cymrot escolheram o aftermarket de peças para investir quando deixaram o banco de investimentos no qual trabalhavam para fundar o negócio próprio. E desde então já captaram cerca de R$ 23 milhões de 60 investidores que também acreditam no potencial do segmento e decidiram aplicar recursos no Canal da Peça. Entre eles estão Romero Rodrigues, fundador do site Buscapé, e membros do alto escalão do banco Goldman Sachs.


colunista

Dicas para o sucesso no marketing digital Concessionárias têm muitos recursos para melhorar a performance on-line Por Edmardo Galli*

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corrida para se tornar a maior concessionária em vendas de todo o mundo (ou pelo menos em sua região) está cada vez mais acirrada. Dito de outra maneira, nunca foi tão importante encontrar novas maneiras de avançar e vender mais carros. E o marketing digital pode ajudar. Não se trata de nenhuma novidade, mas o fato é que o marketing digital mudou muito nos últimos anos. Confira abaixo algumas táticas que podem ser implantadas em uma estratégia digital coesa e eficiente.

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SEARCH ENGINE OPTIMIZATION (SEO) Figurar entre os primeiros resultados dos sites de busca, destacadamente no Google, é um sonho de muitas marcas. Nesse sentido, um aliado fundamental é o chamado SEO (Search Engine Optimization), conjuntos de técnicas e estratégias que atuam para melhorar o posicionamento de um site nas páginas dos buscadores, sem ter de investir

em patrocínio (busca orgânica). O SEO fornece elementos que auxiliam na construção do rank de uma determinada página. Quanto maior for o rank de um site, maiores as chances de ele figurar organicamente entre os resultados de busca e, por consequência, maior as chances de um produto ou serviço vender mais. Por isso, é fundamental para o sucesso do negócio uma boa estratégia de SEO. Um projeto eficiente de SEO deve começar pela análise dos objetivos a serem alcançados que irão definir o que precisa ser feito (necessidades) e a estratégia a ser aplicada. Em seguida, são realizadas pesquisas para identificar os hábitos dos usuários que se pretende atingir. O conjunto dessas informações é que ajudará a determinar as palavras-chave e a estrutura necessária para a otimização do site, e é feita a implementação do SEO. Por fim, faz-se o monitoramento, em que o profissional de marketing acompanha os resultados e a

eficiência da estratégia aplicada, fazendo ajustes, caso necessário. LEAD NURTURING O termo parece ser complicado, mas a técnica é simples. Algumas vezes, as pessoas que leem o conteúdo de uma marca podem não estar prontas para comprar um produto. Mas isso não significa que a conversão não possa ocorrer em um segundo momento, mais propício. É aí que entra o lead nurturing que, por meio de um conjunto de técnicas avançadas, maximiza as potencialidades do banco de dados de clientes, ao identificar aqueles com potencial de conversão futura e criando um fluxo de comunicação com eles – e-mail marketing, por exemplo – para mantê-lo em contato com o produto desejado, estimulando dessa forma uma possível conversão. Este é apenas um dos motivos que justifica alimentar e manter atualizado continuamente o banco de dados dos consumidores e candidatos a clientes.

* Edmardo Galli é CEO Latam da IgnitionOne


colunista

tados diferentes designs novos. As modificações que aumentarem o tráfego ou as conversões dos visitantes podem ser aplicadas em definitivo à página. DISPLAY ADVERTISING Uma concessionária pode ter o site mais otimizado e de melhor design de toda a indústria automotiva, mas isso de nada adiantará se os esforços de marketing não forem voltados ao públicoalvo correto. O investimento em recursos como o Facebook Ads e anúncios de display (aqueles colocados em sites) conseguem posicionar uma concessionária no momento certo muito perto daquelas pessoas que quer impactar, o que aumenta, em muito, as taxas de vendas. E como isso acontece? Pela personalização. O marketing digital permite coletar dados online e offline dos consumidores e montar perfis. Com essas informações, são criados anúncios diferentes para cada tipo de pú-

blico. E para uma concessionária, esta é uma ótima maneira de impactar aquele indivíduo que apresenta todos os indícios de que vai comprar o novo veículo da marca. NÃO HÁ RECEITA ÚNICA Mas o leitor pode perguntar: quais dessas técnicas devem ser utilizadas? Todas? Uma combinação de algumas? Quais? Infelizmente, não há uma receita pronta, uma vez que cada situação é distinta. Primeiramente, é preciso definir os objetivos da campanha de marketing digital, levando em conta o contexto em que a empresa está inserida, as condições que enfrenta e o momento pelo qual ela passa. Todos esses fatores sempre devem ser estudados à luz do posicionamento da empresa no mercado. Essa postura faz com que mesmo um plano aparentemente mirabolante se torne viável. A partir daí a marca está pronta para traçar as estratégias ideais de marketing digital para atingir seus objetivos.

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OTIMIZAÇÃO DA TAXA DE CONVERSÃO A otimização da taxa de conversão (CRO, sigla em inglês) é uma tendência de marketing digital que gera excelentes resultados para os varejistas. A técnica leva ao aumento do volume de visitantes, conversões e vendas realizadas por meio do site da empresa. A CRO conta com testes detalhados, que ajudam a conhecer melhor os visitantes de um site, uma vez que conseguem revelar, com bastante exatidão, como esses indivíduos interagem com a página. São pessoas que apenas bateram os olhos nos novos modelos de veículos da empresa? Chegaram perto de fazer uma compra? Deixaram o “carrinho de compras” pela metade? A CRO ajuda a responder essas questões. Um exemplo da CRO em ação: se uma determinada página do site não estiver gerando os resultados esperados, podem ser tes-

Fonte: Automotive Business


sustentabilidade

Pneu verde faz até fotossíntese Goodyear cria protótipo que contém musgo na lateral e produz oxigênio quando roda

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expressão pneu verde, até então aplicada a modelos com baixa resistência ao rolamento, acaba de ganhar uma nova conotação. É que a Goodyear criou um protótipo de pneu capaz de produzir oxigênio enquanto roda porque contém musgo em sua lateral. A invenção está no Salão do Automóvel de Genebra, que ocorre até o dia 18 de março na Suíça. Chamado Oxigene, o pneu tem uma estrutura que permite que o musgo viva ali e libere oxigênio pelo processo de fotossíntese. O protótipo é formado por uma estrutura aberta e interligada à banda de rodagem, que permite a absorção de água do pavimento e mantém o musgo vivo, dando continuidade aos ciclos de fotossíntese e liberação de oxigênio. O processo de fabricação do Oxigene utiliza impressoras 3D e matéria-prima produzida a partir de borracha reciclada. Outra criação presente em Genebra, neste caso próxima a se tornar realidade, é um novo modelo da família Goodyear Efficient Grip criado para carros elétricos. Chamado Performance Electric Drive, ele será aplicado em automóveis à venda na Europa já em 2019.

O modelo foi criado a partir de demandas específicas para veículos elétricos. Testes da Goodyear revelaram que pneus tradicionais podem sofrer desgaste até 30% mais rápido em carros elétricos por causa do torque instantâneo desse tipo de motorização e do grande peso das baterias. De acordo com a Goodyear, a construção do novo pneu é muito leve e resistente e sua banda de rodagem tem resistência ultrabaixa ao rolamento. A fabricante de pneus levou também ao Salão de Genebra o chamado “pneu inteligente”, que inclui um sensor capaz de com-

partilhar informações com uma nuvem. Isso compõe um sistema ideal para aplicação em frotas como a de locadoras, por exemplo, já que pode informar em tempo real, a partir de um aplicativo, a temperatura e calibragem de cada um dos quatro pneus do carro e gerar alertas sobre pressão baixa ou incorreta. A tecnologia também permite identificar o desgaste e o estado geral dos pneus por meio de algoritmos desenvolvidos pela Goodyear. As informações são permanentemente atualizadas e partilhadas com os operadores de frota.


sustentabilidade

Plataforma inclui eletroeletrônicos A Plataforma de Logística Reversa da FecomercioSP conta agora com mais um sistema: o de resíduos eletroeletrônicos

Clique aqui para maiores informações

• Câmeras Fotográficas digitais, câmeras de segurança, webcam; e análogas; • Smartwatches, equipamentos e assessórios eletrônicos para uso desportivo e outros “wearables”; • Impressoras/copiadoras de uso doméstico (laser ou jato de tinta);

• Acessórios de Impressão - Cartuchos de tinta ou tonner; • Videogames e Consoles de jogos de vídeo portáteis, Óculos de Realidade virtual e similares; • Telefones em geral; atendedores automáticos, interfones, telecopiadoras (fax) e similares.

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s resíduos sujeitos a esse sistema são apenas os produtos da linha verde, a saber: • Computadores pessoais de uso doméstico - Desktops; Notebook, Netbook, Laptop, Tablet, Notepad, e-readers e similares; • Acessórios de Informática – CPU (Unidade Central de Processamento); mouse; teclado; telas; monitores; modens; roteadores; reprodutores de mídia; scanners, projetores de vídeo; HD externo; no breaks; Estabilizadores de tensão; e similares; • Telefones celulares de uso doméstico em geral; • Acessórios de telefonia celular em geral como caixa de som, carregadores, adaptadores, câmeras; dentre outros similares; • Fones de ouvido e autofalantes em geral;


acontece

Perda no mercado - Falece Theo Jaggi Theophil Bernhard Jaggi, 70 anos, ex-conselheiro do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), faleceu em 28 de março, no município de Cotia, SP

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heo, como era conhecido, foi um dos fundadores da União pela Modernização da Indústria de Autopeças, movimento de empresários preocupados com a inserção da indústria de autopeças no cenário de competitividade global. Esse grupo assumiu a direção do Sindipeças nas eleições de 1992. Antes, Theo já havia concorrido à presidência da entidade, em eleição vencida por Pedro Eberhardt, em 1989. Dentre suas principais características estava a facilidade de comunicação e capacidade de “vendedor” das autopeças brasileiras, que sempre divulgou e defendeu. Suíço de nascimento, tinha a clara visão de cidadão do mundo e de indústria globalizada. O SINCOPEÇAS-SP - Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, e toda sua diretoria, expressa seu mais sincero pesar e sentimento a todos os familiares e amigos,

pois, em momentos como esse, é junto a eles que buscamos forças para superar essa perda. Ao longo de toda a sua trajetória profissional, Theo Jaggi dedicou-se ao empreendedorismo, à ética, à transparência e à qualidade de produtos e serviços que tanto dignificam e fortalecem o segmento de autopeças no País. Sua vida e trabalho servirão para sempre como exemplo de conduta e respeito mútuo, baseados em princípios éticos que balizam com dignidade as relações entre todos os integrantes do nosso setor. Estamos certos que cada dia vivido foi uma conquista para o desenvolvimento, o fortalecimento e o engrandecimento do mercado automotivo e de toda sociedade brasileira. Descanse em paz. Com sinceros sentimentos, - Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do SINCOPEÇAS-SP


ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO

NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

LEI DO DESMANCHE

APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP

INMETRO

REALIZAÇÃO DE FÓRUNS

CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO

DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL

PESQUISA MVA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO

ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL

INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL

REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL

ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS

PESQUISA ROLAND BERGER

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SINCOPECAS/



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