Revista
colunista
Ano 47 . Edição 554. Set/18
Novas modalidades
de trabalho
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Confira as vantagens das novas modalidades de trabalho regulamentadas pela Reforma Trabalhista e como proceder para o benefício de empregadores e funcionários
acontece
Francisco De La Tôrre assume vice-presidência da FecomercioSP
mercado
Varejo abre 2,2 mil lojas no primeiro semestre
acontece
revista sincopeças-SP
Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos
a mídia oficial do setor
Auto Geral comemora 50 anos de atividades
SERFORTE ´ colunista
EOMELHOR
CAMINHO Nas oficinas, distribuidores, lojas e estradas, os fortes podem contar com a força de Spicer.
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índice
editorial
Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho 1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes 2º secretário Edson Shosaburo Koga 1º tesoureiro Álvaro Pereira diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra Israel Bovolini
EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Marcela Leite Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br
conselho fiscal Heber Carlos de Carvalho Alfredo Alves da Silva Júnior 1° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Francisco Wagner De La Tôrre 2° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Álvaro Pereira secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira
cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação online www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/
Publicação em migração para versão digital
Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP
À disposição para informar e orientar
O
Brasil, ao longo da sua história, atravessou crises profundas, econômicas e políticas, e agora está diante da maior crise da República, mas sempre comentei que não vai crescer grama no asfalto. O Brasil tem mostrado uma grande capacidade de superar dificuldades que, aos olhos de outros Países, seriam intransponíveis. O brasileiro tem capacidade e espírito empreendedor que vem desde a época do descobrimento. Um dos entraves do nosso setor, por exemplo, é a carga tributária, que alcança aproximadamente 41% de impostos diretos e indiretos, que vão se acumulando ao longo da cadeia. Existe também um imposto indireto, que não aparece nunca, que é o custo de uma empresa para apurar o imposto devido. No Brasil, uma empresa de médio porte gasta, em média, 2.600 horas anuais para apuração dos impostos devidos, pela complexidade de cada um desses impostos, ao passo que um país como a Nova Zelândia e Inglaterra gastam apenas 105 horas anuais. O principal impacto dessa situação é o aumento da ineficiência das empresas. Ela “incentiva” a informalidade do setor, principalmente em regiões onde a ineficiência do aparato estatal para exigir o cumprimento adequado das formalidades, do pagamento de impostos por parte das empresas, é maior. Devido ao grande aumento dos custos, fica a sugestão para que as empresas avaliem, junto aos seus contadores, se não é o momento de migrar do regime de lucro presumido para lucro real. O momento é oportuno porque já estamos no meio do segundo semestre do ano e ainda há tem hábil de fazer essa opção na virada do exercício. Passado esse período das eleições, tenho plena convicção que a partir do ano que vem vamos retomar nossa trajetória de crescimento e quem aproveitar essa crise para organizar o seu negócio, enxugar, estruturar, diminuir custos e aumentar a eficiência vai sair na frente dos seus concorrentes. O SINCOPEÇAS permanece à disposição para prestar qualquer tipo de informação ou orientação às empresas. Estamos aqui para isso!
Boa leitura.
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03 editorial 06 gestão e direito 17 varejo em foco 24 mercado 40 acontece 50 artigo 52 capa 56 giro 70 fica a dica 76 especial online 80 tecnologia 82 colunista
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CONHEÇA O
SINCOPEÇAS-SP
O SINCOPEÇAS-SP atua há 77 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveram criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.
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editorial ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO
LEI DO DESMANCHE
APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP
REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL
NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA
PESQUISA MVA
ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS
INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO
ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL
INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS
RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL
REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES
CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL
ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS
PESQUISA ROLAND BERGER revista sincopeças-SP
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SINCOPECAS/
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Ressarcimento de Substituição Tributária do ICMS Portaria CAT 42/2018 estabelece nova disciplina para o Ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária. Em caso de dúvidas, consulte o seu contador
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s alterações serão feitas em duas etapas, sendo que a primeira, relativa à sistemática de apuração e mudança na demonstração dos créditos, entrou em vigor em 22 de maio de 2018, e a segunda, relativa à criação de um sistema eletrônico de pedido e acompanhamento do ressarcimento de forma online, passa a valer a partir de março de 2019. Com relação à sistemática de apuração, a principal novidade em comparação à Portaria anterior (CAT 158/15) está no fato de que os arquivos deixam de ser preenchidos no próprio SPED e voltam a ser elaborados com base nos layouts disponibilizados pela Secretaria da Fazenda, em modelo muito similar ao processo antes realizado através da Portaria CAT 17/99. Em razão disso, a metodologia de cálculo volta a ser feita com base no controle de estoque, em arquivo à parte, por item de mercadoria, substituindo o controle feito anteriormente no SPED. O destaque está no fato de que a nova metodologia volta a adotar regras de validação muito
similares às instituídas pela Portaria CAT 17/99, porém com alguns aperfeiçoamentos importantes, como por exemplo, o confronto entre os valores efetivos do imposto, ao invés do confronto pelo valor das bases, o que corrige o problema anterior da Portaria CAT 17/99 nas entradas de fora do Estado. Uma outra alteração importante está no fato de que, a partir da vigência da nova Portaria, será necessário que todas as bases de retenção sejam devidamente informadas pelos fabricantes ou distribuidores das mercadorias, não sendo permitidos os pedidos de ressarcimento para os casos onde a informação constar em branco. Outro ponto é a criação de um pré-validador, disponibilizado em formato web, onde o próprio contribuinte, ou seu outorgado, conseguirá fazer uma validação prévia do layout e consistência dos arquivos, sem precisar se dirigir presencialmente ao posto fiscal. No entanto, o fato do arquivo ser validado previamente não
altera a necessidade de uma apuração mais aprofundada pela Secretaria da Fazenda. Nesse sentido, a portaria frisa os procedimentos “pós-validação” que serão adotados após os arquivos serem “acolhidos” pelo sistema eletrônico, denominado TED. A nova Portaria produz efeitos a partir de 01/05/2018, ficando facultada ao Contribuinte a aplicação do método de apuração previsto na Portaria CAT 158/2015 em relação ao período de 01.05.2018 a 31.12.2018. Para pedidos ainda não realizados referentes à períodos anteriores à 01.05.2018, será obrigatório seguir o disposto pela nova Portaria, não sendo mais aceitos novos pedidos que não comprovem o acolhimento do novo arquivo digital, sujeito ao indeferimento sumário por parte dos agentes fiscais. Nos casos de pedidos de ressarcimento já requeridos, que estejam com análise pendente pelo Fisco, os mesmos seguirão os trâmites usuais até a aprovação para utilização dos créditos, sem aplicação da nova Portaria. Fonte: Setempresarial
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Secretaria da Fazenda informa
Observações: (*) A expressão “novo ressarcimento” tem o sentido de todo ressarcimento ainda não lança-
do a crédito na escrita fiscal ou requerido administrativamente na data de publicação da nova portaria, inclusive o valor complementar a ressarcimento já creditado ou requerido no passado. Além disso, no período de transição a transcorrer entre 01/05/2018 e 31/12/2018, poderá ainda o contribuinte valer-se, alternativamente, da sistemática de apuração prevista na Portaria CAT 158/2015 para efeito de ressarcimento referente a fatos ensejadores ocorridos nesses próprios períodos correntes de apuração (ressarcimento ensejado no mesmo período de referência da GIA entregue). Assim, por exemplo, o ressarcimento ensejado em maio/2018 poderá ser creditado na GIA dessa mesma referência, maio/2018, conforme apurado na EFD do mesmo período, segundo a sistemática da Portaria CAT 158/2015, o mesmo se aplicando aos meses subsequentes, até a referência dezembro/2018 (**) Enquanto não disponibilizada nova versão do programa Nova-GIA, que permita o lançamento a crédito do valor a ressarcir no código próprio, indicado no artigo 21 da Portaria CAT 42/2018, e no artigo 2º de suas disposições transitórias, deve o contribuinte utilizar, para esse fim, o código de ocorrência 007.99, e por meio dele informar o código eletrônico (visto eletrônico) gerado pelo Sistema, inse-
rindo-o no campo “Ocorrências” correspondente, com a seguinte expressão: “Portaria CAT 42/2018 – Visto Eletrônico n. xxxxx”; o referido visto eletrônico é requisito essencial do lançamento. Já o substituto tributário, até que esteja em operação o Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Ressarcimento - e Ressarcimento, previsto no artigo 10º da Portaria CAT 42/2018, pode continuar a lançar o crédito recebido do contribuinte substituído a título de ressarcimento nos mesmos códigos até hoje utilizados. Até que esteja em operação o novo sistema de ressarcimento, ainda em gestação no âmbito da Secretaria da Fazenda mas já denominado “Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Ressarcimento - e Ressarcimento” (artigo 10 e seguintes da Portaria CAT 42/2018), permanecem em vigor e produzindo efeitos os artigos 9º e seguintes da Portaria CAT 17/99, relativos às modalidades de utilização do valor a ressarcir ali previstas. Nessa fase de transição, o contribuinte, para transferir o valor a ressarcir a estabelecimento de fornecedor (ou de não fornecedor), enquadrado na condição de substituto tributário, ou para liquidar débito fiscal com o valor a ressarcir, em hipótese prevista na legislação, deverá dirigir-se aos Postos Fiscais da SEFAZ/SP-11, Serviços de Pronto Atendimento - SPA’s, Centrais de Pronto Atendimento - CPA’s.
Fonte: portal.fazenda.sp.gov.br
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Com a entrada em vigor da Portaria CAT 42/2018 que, a partir de 1º de maio de 2018, estabeleceu nova disciplina para o ressarcimento e o complemento de imposto retido por sujeição passiva por substituição ou de pagamento antecipado, todo novo ressarcimento(*), inclusive o realizado na modalidade Compensação Escritural ou ainda, e para que seja determinado o seu exato valor, também o ressarcimento decorrente de eventual ação judicial, deverá ser apurado de acordo com a nova sistemática, e passa a depender de código eletrônico gerado pelo Sistema (visto eletrônico), que comprove que o arquivo de dados, exigido pela portaria, foi transmitido, validado e acolhido (v. Manual de Orientação da Formação do Arquivo Digital), para poder ser lançado a crédito em GIA, tanto pelo contribuinte substituído como pelo substituto que dele recebe o crédito em transferência(**). O contribuinte terá à sua disposição um aplicativo pré validador do arquivo de dados ( clique para download), gerado e pré-validado, o arquivo será transmitido pelo aplicativo TED ( clique para download). A resposta do sistema virá pelo sistema DEC (Domicílio Eletrônico do Contribuinte).
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O que muda com a nova
nota fiscal eletrônica A NF-e 4.0 entrou em vigor em 2 de agosto e em outubro será a vez da NFC-e. Confira o que representa essa mudança
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m 2 de agosto foi desativado o modelo antigo da Nota Fiscal eletrônica – NF-e, versão 3.10, e agora só serão aceitas pelo governo as NF-e 4.0. Portanto, o modelo mais antigo está desativado. A NF-e começou a ser emitida em 2006 e era uma das bases do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), com o objetivo substituir a versão tradicional em papel, reduzir fraudes e sonegação, a partir da validade jurídica proporcionada pelo certificado digital de cada emissor. “O ponto principal, portanto, é estar com o certificado digital válido”, comenta Murilo Couto, gerente sênior de Certificação Digital da Serasa Experian. Com a nota fiscal eletrônica, o governo monitora todas as etapas do processo de circulação de mercadorias, recolhimento de impostos, melhora as informações sobre
desempenho da economia, o que resulta em maior segurança e agilidade na fiscalização. Entre as principais mudanças está a adoção do protocolo TLS 1.2 ou superior, ou seja, o protocolo SSL não será mais o padrão na comunicação, o que representa maior segurança para as empresas. Há também mudanças no layout que identificam o valor relativo ao percentual de ICMS, IPI e os campos referentes ao Fundo de Combate à Pobreza (FCP), que entra em vigor, conforme prevê a Constituição Federal, e possibilita o recebimento de recursos provenientes da circulação de mercadorias e serviços. As alterações com a NF-e 4.0 terão impacto para os profissionais de contabilidade, sobretudo no que se refere à validação de atendimento, informações sobre transporte e frete, formas de pagamento, rastreabi-
lidade do produto para os que têm restrições sanitárias e no caso de medicamentos o código da Anvisa. Há também o Indicador de Escala Relevante, outra novidade, mostrando quais bens e mercadorias não podem se submeter ao Regime de Substituição Tributária. Outra mudança relevante é a relativa a bens e mercadorias considerado como fabricado em escala industrial não relevante, quando produzido por contribuinte que atenda à determinadas condições. Todas essas alterações vigoram desde o ano passado, mas ainda não eram obrigatórias. Iniciaram em 20 de novembro de 2017 e deste então se abriu o ambiente de homologação para testes. Na prática, esse ambiente 4.0 começou a funcionar em dezembro de 2017, quanto tanto as notas fiscais na versão 3.10 quanto as 4.0 passaram a
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de 2006, quando se iniciou a emissão virtual, foram registradas 19,546 bilhões de notas fiscais. “Este é um dado que precisa ser comemorado, pois levando-se em conta que as notas em papel requeriam 4 vias, apenas em papel houve a economia de 78,184 bilhões de folhas de papel. Um ganho para o meio ambiente e para a sociedade”, destaca o gerente sênior da Serasa Experian. Serasa Experian A Serasa Experian é líder na América Latina em serviços de informações para apoio na tomada de decisões das empresas. No Brasil, é sinônimo de solução para todas as etapas do ciclo de negócios, desde a prospecção até a cobrança, oferecendo às organizações as melhores ferramentas. Com profundo conhecimento do mercado brasileiro, conjuga a força e a tradição do nome Serasa com a liderança mundial da Experian. Criada em 1968, uniu-se à Experian Company em 2007. Responde on-line/real-time a 6 milhões de consultas por dia, auxiliando 500 mil clientes diretos e indiretos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio. Constantemente orientada para soluções inovadoras, a Serasa Experian vem contribuindo para a transformação do mercado de soluções de informação, com a incorporação contínua dos mais avançados recursos
de inteligência e tecnologia. A Serasa Experian promove a certificação digital como tecnologia efetiva para desmaterializar processos e eliminar uso de papel, com atributos de validade jurídica, agilidade e praticidade, a serviço da sustentabilidade dos negócios e processos. Para mais informações, acesse: www.certificadodigital.com.br . Experian A Experian é líder mundial em serviços de informação. Nos grandes momentos da vida - desde comprar um carro, passando por mandar seu filho para a faculdade, até a crescer o negócio se conectando com novos clientes - nós empoderamos consumidores e empresas a gerenciarem seus dados com confiança. Nós ajudamos as pessoas a tomarem o controle de suas vidas e acessarem serviços financeiros, os negócios a tomarem decisões mais inteligentes e prosperarem, os credores a emprestarem de forma mais responsável e as organizações a prevenirem fraude de identidade e crime. Empregamos cerca de 16.500 pessoas em 37 países e a cada dia estamos investindo em novas tecnologias, profissionais talentosos e inovação para ajudar todos os clientes a maximizarem cada oportunidade. A Experian plc está listada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100.
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ser aceitas. Mas há uma contagem regressiva, encerrada em 02 de agosto, quando ficou apenas a versão 4.0. No caso da Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor (NFC-e), o prazo é maior para a desativação. A data para a entrada da versão 4.0 é 1º de outubro de 2018. De todo modo, adverte Murilo Couto, é recomendável fazer essa migração para o novo layout o quanto antes, pois se eliminam problemas e se evitam riscos desnecessários. A medida em relação à NFC-e garante mais segurança para empresas e consumidores e facilita a fiscalização dos órgãos governamentais. Tanto na NF-e, quanto na NFC-e, a segurança é garantida pela Certificação Digital, que comprova a identidade digital do emissor, para que não haja riscos de fraude de identificação na hora da emissão desse comprovante de venda. Outra mudança importante em 1º de outubro diz respeito às empresas optantes pelo Simples Nacional, que também estarão obrigadas a registrar suas operações por meio do documento eletrônico. Ou seja, não mais será possível emitir notas fiscais em papel, de acordo com a Portaria CAT 36/2018. Essa obrigatoriedade não se aplica ao Microempreendedor Individual –MEI. De acordo com o portal da Nota Fiscal Eletrônica, des-
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A organização financeira Especialista aponta cuidados na abertura de uma empresa, assim como principais passos para garantir a saúde financeira do empreendimento
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saúde financeira é o alicerce de qualquer negócio. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 60% das pequenas e médias empresas fecham antes mesmo de completar 5 anos de funcionamento. Esse cenário é ocasionado, principalmente, por falta de planejamento adequado e má organização de finanças. Segundo Fernando Castro, CEO da JoyPay, fintech de máquinas de cartões que oferece uma solução de pagamento mais transparente e humanizada para PMEs, antes da abertura de qualquer empresa, fazer uma projeção de custos fixos por pelo menos um ano, assim como calcular o investimento inicial necessário para manter a operação do negócio, são tarefas primordiais. Além disso, o executivo aponta que é importante também ter um plano de negócios bem estruturado, que envolve diversos pontos de gestão e manutenção da operação, assim como mecanismos eficazes de controle.
Fernando listou, então, seis principais pontos de atenção para abertura do próprio negócio, assim como dicas que podem auxiliar os empreendedores que estão iniciando nesta empreitada. Tenha um plano de negócios claro e bem definido Ter um bom plano de negócio é importante para determinar objetivos e estratégias da organização. Com ele, o empreendedor pode validar o modelo de negócio periodicamente, manter a organização financeira em ordem, traçar parcerias, mapear concorrentes e, também, medir o andamento do negócio. “Quanto mais detalhado o plano estiver, menos possibilidades de problemas na gestão e manutenção do negócio”, explica Fernando. Mensure resultados A avaliação periódica de resultados é imprescindível para manutenção do negócio. Esse acompanhamento possibilita que o empreendedor perceba
eventuais desvios de percurso a tempo, além de identificar pontos positivos e negativos do planejamento e corrigi-los. Atenção ao fluxo de caixa Ter controle de todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa é essencial para a realização de verificação e análise mais eficiente da situação atual das movimentações e, assim, manter a saúde financeira do negócio. Nesse ponto, outra dica primordial é a de nunca misturar contas pessoais com as corporativas. Estabeleça a estratégia de precificação de acordo com custos de transações Outro ponto de atenção é em relação às opções de pagamento que o estabelecimento irá oferecer. O pequeno e médio empreendedor precisa entender qual é o custo real das transações de vendas realizadas, principalmente nas modalidades débito, crédito e parcelado, para precificar seus produtos e serviços de forma correta, sem
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Realize parcerias estratégicas Além de serem importantes para geração de novos negócios e implementações de outras soluções ao negócio, as parcerias também podem auxiliar na redução de custos das empresas já que, de acordo com Fernando, podem ser oportunidades de diminuição de gastos na compra de insumos e na contratação de mão de obra, por exemplo.
Sobre a JoyPay A JoyPay é uma fintech de máquinas de cartões que oferece aos pequenos e médios negócios uma solução mais transparente e humanizada de pagamentos. A empresa apos-
ta na relação próxima com os clientes para garantir agilidade no suporte e consultoria personalizada. Além disso, oferece relatório de gestão de recebíveis transparente e objetivo, que contribui para o cresci-
mento dos negócios. Com um ano de operação, a empresa já conta com cerca de 2 mil clientes e atua em quatro estados do país - São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
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Tenha crédito para eventuais necessidades financeiras
Mesmo com as projeções de custos e do investimento inicial necessário realizadas previamente, é possível que o empreendedor tenha algum imprevisto durante a empreitada e, por isso, é essencial que tenha crédito aprovado como garantia, para evitar maiores problemas financeiros que possam inviabilizar a continuidade da operação.
prejudicar as finanças do negócio. Nesse caso, a JoyPay auxilia ao fornecer orientação gratuita em relação às taxas aplicadas, tanto por meio de um simulador disponível no portal do cliente como, também, com consultores especializados para tirar principais dúvidas.
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A difícil sucessão Sucessão: como garantir a continuidade de empresas familiares? *Por Denis Luna
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ais de 80% das 19 milhões de empresas brasileiras são administradas por famílias, segundo a Pesquisa de Empresas Familiares no Brasil, divulgada no final de 2016 pela PWC. Essas empresas constituem a espinha dorsal do setor corporativo do país, representando cerca de 50% do PIB nacional. Apesar dessas cifras, apenas 12% desses negócios sobrevivem após a terceira geração familiar assumir o comando. A grande questão é por quê? Entre os especialistas, existe certa unanimidade ao apontar duas razões principais. A primeira delas é a falta de inovação. Uma empresa precisa se renovar ao longo do tempo. Manter-se estática, inerente às transformações do mundo, é o primeiro passo para o fracasso. Produtos, serviços e principalmente o modelo de gestão de negócios, precisam de novidades capazes de acompanhar as evoluções. A segunda razão é a ausência de um planejamento sucessório consistente. De acordo com o estudo da PWC, apenas 19% das empre-
sas familiares possuem um plano para isso. E, nesse sentido, cabe destacar que sucessão não quer dizer apenas passar o bastão para filhos, netos ou outros parentes. Cada vez mais, as empresas estão buscando profissionais no mercado para garantirem a continuidade do negócio. Independentemente de ser um familiar ou não, o mais importante é que os líderes sejam pessoas muito bem preparadas para tal função. Esse é um ponto muito importante de se analisar. Muitas vezes, a empresa encontra opções de pessoas bastante capacitadas dentro da família, mas é preciso saber exatamente se o “escolhido” deseja assumir essa responsabilidade. Muitos filhos crescem ouvindo dos pais que eles serão seus sucessores, mas é necessário entender se é esse mesmo o desejo do filho. Assumir uma empresa simplesmente para atender aos anseios do pai pode não ser a melhor a alternativa. Partindo do princípio que o herdeiro quer dar continuidade à empresa, o próximo passo é verificar se ele reúne as carac-
terísticas ou habilidades necessárias para dirigir o negócio. Aí, não se deve poupar esforços no seu desenvolvimento pessoal. É preciso investir em cursos, treinamentos e, principalmente, em vivências na empresa. A combinação entre teoria e prática deve ser equilibrada. De nada adianta uma formação exemplar se não houver conhecimento sobre o dia a dia da operação. Enquanto adquire conhecimentos, o herdeiro deve fazer parte da equipe da empresa e, de preferência, passando por todas as áreas. Dessa forma, ele irá ganhar não só experiência, mas também maturidade sobre o negócio. Outro ponto importante é realizar uma estruturação geral da empresa antes mesmo de fazer a sucessão. Quem está no comando precisa garantir que o negócio esteja no caminho certo. Se assumir uma empresa que vai mal, dificilmente o herdeiro terá condições de colocá-la no caminho do sucesso. Caso não haja herdeiros interessados ou preparados, a empresa deve recorrer a pro-
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fissionais do mercado. Pode ser mais custoso, mas será a única alternativa. Nesses casos, tanto o dono quanto os herdeiros passam a fazer parte de uma espécie de “Conselho” e, certamente continuam se beneficiando dos resultados da empresa - afinal, eles são os
donos. No entanto, as decisões ficam a cargo dos executivos que comandam a operação. Mesmo com um profissional do mercado, a estruturação geral da empresa também se faz necessária antes da saída do dono do comando. O próprio profissional pode, inclusive,
auxiliar nessa estruturação, beneficiando-se do conhecimento, experiências e vivências do dono. A única coisa que não pode é simplesmente ignorar a necessidade de planejar a sucessão. Esse é um erro comum e devastador para a maioria das empresas familiares.
(*) Denis Luna é empresário, treinador de empresários e sócio da ActionCOACH São Paulo, franquia da ActionCOACH internacional, foca-se em uma abordagem bastante diferenciada: o coaching com consultoria empresarial. O método exclusivo atua diretamente em duas importantes frentes, as técnicas de gestão e de comportamento. O objetivo da empresa é alavancar vendas e lucros, desenvolver equipes comprometidas e de alto desempenho, além de melhorar a gestão do tempo para que o empresário consiga equilibrar vida pessoal e profissional. Entre as áreas abordadas estão marketing, vendas, produtividade, equipe, finanças, comportamento, entre outras que são comuns a todas as empresas. O foco de atuação é o dono do negócio.
Sinergias em movimento. de 11 a 15. 9. 2018 Nunca se viu a mobilidade de forma tão variada. Para além de equipamento, partes, acessórios, gestão e serviços, a indústria dos pneus está pela primeira vez representada em Frankfurt. Automechanika e REIFEN – duas feiras líderes a nível mundial no ponto mais internacional da Alemanha: aproveite as sinergias criadas pelos negócios dos pneus e das estações de serviço no maior evento do setor desde o princípio da Automechanika! www.automechanika.com info@brazil.messefrankfurt.com Tel. +55 11 3958-4370
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Automechanika Frankfurt
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Pagamento de verbas rescisórias na morte do empregado O falecimento do empregado constitui um dos meios de extinção do contrato individual de trabalho, extinguindo de imediato o contrato a partir do óbito
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ara determinação do cálculo das verbas rescisórias, esta rescisão se equipara a um pedido de demissão, sem aviso prévio. Os valores não recebidos em vida pelo empregado serão pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento. Os dependentes ou sucessores deverão receber do empregador do falecido as seguintes verbas rescisórias:
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Empregado com menos de 1 ano • Saldo de salário; • 13º salário; • Férias proporcionais e seu respectivo adicional de 1/3 constitucional; • Salário-família; • FGTS do mês anterior (depósito); • FGTS da rescisão (depósito); • Saque do FGTS - código 23.
Empregado com mais de 1 ano • Saldo de salário; • 13º salário; • Férias vencidas; • Férias proporcionais; • 1/3 constitucional sobre férias vencidas e proporcionais; • Salário-família; • FGTS do mês anterior (depósito); • FGTS da rescisão (depósito); • Saque do FGTS - código 23. O FGTS deverá ser recolhido normalmente no GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. Pagamento das Verbas Rescisórias O pagamento das verbas rescisórias deve ser em quotas iguais aos seus dependentes habilitados ou sucessores, no prazo máximo de 10 (dez) dias da data de desligamento (falecimento). Para isto os dependentes deverão apresentar para a empresa a Certidão de Dependentes Habili-
tados à Pensão Por Morte ou, no caso dos sucessores, a Certidão de Inexistência de Dependentes Habilitados à Pensão Por Morte, além de alvará judicial. Tais certidões devem ser requisitadas nos órgãos de execução do INSS. Havendo dúvida em relação aos dependentes ou se estes forem desconhecidos, o empregador poderá se eximir do pagamento da multa prevista no art. 477, § 8º da CLT, fazendo um depósito judicial do valor líquido das verbas rescisórias até o prazo máximo previsto na legislação para pagamento. Conforme julgados abaixo, ainda se observa a divergência jurisprudencial entre as instâncias da Justiça Trabalhista quanto a incidência ou não da multa. Entretanto, na Corte Maior desta justiça (TST) há entendimento de que a ruptura do contrato de trabalho, por força do falecimento do empregado, não está prevista nas hipóteses
gestão e direito
Jurisprudência AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ART. 477 DA CLT. ATRASO NA QUITAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. FALECIMENTO DO EMPREGADO. Caracterizada a violação do art. 477, §§ 6.º e 8.º, da CLT, merece ser processado o Recurso de Revista. Agravo de Instrumento conhecido e provido. (...) Registre-se, inicialmente, que os arestos transcritos para configurar a divergência jurisprudencial são todos oriundos de Turmas do TST, hipótese não elencada no art. 896, a, da CLT, não se prestando, portanto, para fundamentar o Recurso de Revista. A aplicação da multa de que trata o artigo 477, § 8.º, da CLT tem pertinência quando o empregador não cumpre o pra-
zo ali estabelecido para a quitação das verbas rescisórias. No caso concreto, houve atraso na quitação das verbas rescisórias por falecimento do empregado. A jurisprudência desta Corte se posiciona, em sua maioria, no sentido de que, na hipótese de extinção do contrato de trabalho em razão de falecimento do empregado, não se aplica a multa do art. 477, § 8.º, da CLT, tampouco se exige do empregador o ajuizamento de ação de consignação e pagamento para elidir a aplicação referida multa. . Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST - RR: 5960820125010067, Relator: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 21/10/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/10/2015).
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relacionadas no texto da lei. Não obstante, a dúvida quanto ao verdadeiro destinatário (herdeiro) do crédito existente, justificaria o pagamento após o prazo de 10 dias, conforme se comprova nos julgamentos abaixo: • Nada obsta que a empresa opte pelo depósito judicial no prazo legal, ficando à disposição dos dependentes ou sucessores que comprovarem estar habilitados perante a justiça, ocasião em que poderão retirar o valor depositado; • Para que os dependentes possam ter direito à pensão por morte é preciso comprovar que o falecido era empregado ou, não sendo, tenha preenchido os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria, antes da data do falecimento.
gestão e direito
Ementa EMPREGADO. FALECIMENTO. MULTA DO ART. 477, §8º, DA CLT. Aplicável a multa estatuída no art. 477, §8º, da CLT, no caso de quitação serôdia das verbas rescisórias, mesmo em se tratando de empregado falecido, já que o §6º do referido dispositivo traz disposição objetiva no sentido de que o pagamento das parcelas rescisórias deve ser feito dentro do prazo contido em suas alíneas a e b, independentemente da causa da terminação contratual. Processo 00630-2006-129-03-001 RO. Desembargador Relator Anemar Pereira Amaral. Belo Horizonte, 20 de março de 2007. MULTA PREVISTA NO ARTIGO 477, § 8º, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. FALECIMENTO DO EMPREGADO. O artigo 477, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho prevê a aplicação de multa para o não pagamento das verbas rescisórias no tempo devido, nas hipóteses de cumprimento
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do aviso-prévio ou de demissão sem o seu cumprimento, indenização do período ou dispensa do cumprimento. Não prevê o referido dispositivo a aplicação da multa para os casos de falecimento do empregado. Precedentes desta Corte superior. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 148-15.2011.5.06.0331 , Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 21/08/2012, 1ª Turma, Data de Publicação: 24/08/2012). PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE. DE CUJUS. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. POSSIBILIDADE DE
DEFERIMENTO DA PENSÃO, NOS TERMOS DO ART. 102 DA LEI N.º 8.213/91, SE RESTAR COMPROVADO O ATENDIMENTO DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA,ANTES DA DATA DO FALECIMENTO. 1. É assegurada a concessão do benefício de pensão por morte aos dependentes do de cujos que, ainda que tenha perdido a qualidade de segurado, tenha preenchido os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria, antes da data do falecimento.EREsp 524006 / MG EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL 2004/0093753-3. Relatora Ministra LAURITA VAZ. Publicação 09/03/2005.
varejo em foco
Planejamento para promoções FecomercioSP orienta empresários sobre o momento ideal para realizar um período promocional eficiente
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Para um período promocional eficiente, o empresário precisa elaborar um planejamento que inclui antecipar o fluxo de caixa e realizar a divulgação. Segundo a FecomercioSP, isso exige esforço e estudo para buscar os melhores meios de comunicação possíveis para atingir o público-alvo. O comércio varejista deve comunicar as promoções de forma clara e correta aos clientes, a fim de mostrar que elas não são “fajutas”, ou seja, que não são a “metade do dobro”, por exemplo. Além de oferecer produtos com preços mais baratos, o comércio também pode proporcionar outros tipos de ações, como brindes e sorteios. Como fazer sorteios A prática de distribuição de prêmios por meio de sorteios, vale-brindes, concursos ou operações semelhantes podem ser
feitas por pessoas físicas ou jurídicas, desde que seja requerido um certificado de autorização para realização da promoção, emitido pela Caixa Econômica Federal (CEF). Caso envolva uma instituição financeira, a solicitação também deve ser feita ao Ministério da Fazenda. As empresas devem ainda estar quites com as obrigações tributárias e ainda, com a Previdência Social. Segundo a assessoria jurídica da FecomercioSP, o descumprimento da regra poderá gerar penalidades às empresas, conforme determina a Lei Federal n.º 5.768/71 e outras normas sobre o tema, que vão desde a cassação do certificado de autorização até o pagamento de uma multa equivalente a cem por cento do valor do prêmio, além da proibição de realizar distribuição gratuita de prêmios por até dois anos. Fonte: FecomercioSP
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er um período para vender os produtos a preços mais baixos do que o costume é uma prática comum no comércio varejista brasileiro e até aguardada por muitos consumidores. Mas qual é o momento ideal para fazer promoções? O período de promoções é, essencialmente, para o ajuste de estoque, mas também pode ser usado para atrair o consumidor. De acordo com a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o empresário costuma se precaver para ter um estoque variado em datas comemorativas (como o Natal), mas geralmente precisa fazer ajustes após esses períodos. O mesmo acontece com as trocas de coleções de roupas de inverno e verão quando alguns itens da moda ficam remanescentes e/ou o varejista não tem caixa para deixá-los em estoque. Para a FecomercioSP, o período ideal para promoção depende da quantidade de estoque a ser vendido, mas não deve ser muito longo – de, no máximo, um mês – nem feito a todo tempo, pois pode dar ao cliente uma sensação de promoções permanentes e de que não há estratégia de venda.
varejo em foco
Inspiração estrangeira Varejo brasileiro deve inspirar-se em estrangeiros para diminuir perdas *Por Luiz Fernando Sambugaro
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stá se tornando cada vez mais comum vermos pesquisas voltadas para as perdas no mercado de varejo, seja no Brasil ou no mercado internacional. Só nos Estados Unidos, em 2016, mais de 438 mil pessoas, entre funcionários e furtantes, foram detidos naquele país. Os números constam na 29ª Annual Retail Theft Survey, pesquisa realizada com as 23 maiores companhias do
varejo americano, que faturam juntas US$ 370 bilhões. Em 2016, o número de funcionários detidos (53.786) cresceu 10%. Praticamente na mesma proporção, as autoridades conseguiram recuperar 9,3% dessas perdas, que representam prejuízos para as empresas em qualquer parte do mundo (muitas vezes elas repassam seus prejuízos aos preços finais
dos produtos). O problema existe e precisa ser encarado de frente, como têm feito os americanos, europeus e asiáticos. As técnicas, táticas e soluções não diferem muito de um país para outro. Culturalmente, quanta diferença. Confira cinco dicas fundamentais para que o varejista brasileiro possa reverter os prejuízos em lucro.
Lição #1
Ações de prevenção de perdas não podem olhar só para fora, ou seja, apenas para os furtantes estranhos ao ambiente da loja. É preciso pensar estrategicamente também em relação aos próprios funcionários. De acordo com cada função, deve-se avaliar o candidato ao cargo não apenas considerando sua performance profissional, mas também seu histórico anterior relacionado à ética moral e comportamental.
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Lição #2
A visão da prevenção de perda deve ser holística e engajar todos os departamentos da empresa. É preciso identificar e mapear a causa do problema, conhecer as principais vulnerabilidades, apresentar uma reposta de como combater as ameaças, aplicar a solução mais adequada com uma melhor estratégia e analisar o retorno do investimento (ROI).
varejo em foco
Lição #3
Em um bom gerenciamento das perdas é essencial considerar investimentos em tecnologia. Ela deve ser atualizada, compatível com o nível do negócio, de origem confiável e de razoável custobenefício favorável ao empreendimento.
Lição #4
Todo processo que envolva equipe, seja interna ou terceirizada, precisa ter gestão e controle. Manter uma equipe unida, com normas e procedimentos claramente definidos, selecionar e treinar adequadamente seu pessoal são algumas das formas de prevenir os furtos internos e ter um ambiente varejista mais seguro e bem estabelecido.
Lição #5
Estrategicamente, a área de prevenção de perdas atua em toda espinha dorsal de uma empresa de varejo. É o olho do dono ao planejar, colocar em prática, auditar e corrigir. Nos Estados Unidos, ela reporta-se diretamente à diretoria. No Brasil, apenas 30% dos departamentos se reportam ao primeiro executivo da empresa.
tecnologia para performance de loja (contadores de fluxo, cofres inteligentes, monitoramento de PDV e transferência de mercadorias) que contribuem para melhorar a gestão e os resultados das companhias da indústria e do varejo. A empresa, certificada com a ISO 9001 na categoria Pro-
(*)Luiz Fernando Sambugaro é diretor de Comunicação da Gunnebo
dutos e Serviços, atende redes varejistas em todo o país, como Walmart, Carrefour, GPA, Sonda, Atacadão, Besni, C&A, Riachuelo, Marisa, Lacoste, Giorgio Armani, Centauro, Kiabi, Raia Drogasil, Leroy Merlin, Livrarias Saraiva, Fnac e Lojas Americanas, Magazine Luiza, Coop, entre outros.
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Sobre a Gunnebo Com sede na Suécia, e presente em 28 países, a Gunnebo destaca-se no Brasil como fornecedora de equipamentos de proteção eletrônica para o varejo (antenas, etiquetas, cadeados, CFTV e acessórios), além de ser uma referência em soluções de
varejo em foco
O inventário de estoque Por mais trabalhoso que seja, processo é uma atividade, aliado à tecnologia, que deve estar na rotina de toda empresa do setor varejista (por Fábio Faias)
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m estoque desorganizado é caminho para o prejuízo. Por melhor que se faça a gestão do seu varejo, chega uma hora que é preciso fazer um inventário de estoque. Isso, porque, os produtos podem perder a data de validade (quebra operacional); acabar no estoque e ainda possuir demanda, causando ruptura; estar no estoque e não nas prateleiras, também ocasionando a ruptura; constar no sistema ou relação de estoque, mas não estar no estoque físico; estar no estoque, mas constar zerado no sistema ou relação de estoque. Enfim, um inventário de estoque é um ótimo aliado para a prevenção de perdas e precisa ser realizado de forma segura e eficiente. Para isso, preparei cinco dicas fundamentais para você realizar um bom inventário de estoque no seu negócio.
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Defina o tipo de inventário É importante definir qual tipo de inventário de estoque será empregado. O inventário de estoque pode ser geral (quando todos os itens cadastrados passam por contagem) ou parcial (quando apenas certo
departamento, grupo, categoria ou determinados produtos passam por contagem), dependendo da quantidade de produtos que será inventariado, ou ainda rotativo (quando o estoque passa por uma contagem em uma periodicidade ou setor fixos, por exemplo, diária, semanal ou apenas certos produtos) ou cíclico (quando a empresa determina que deve haver um inventário de estoque depois de um certo período, como fim do semestre ou ano), dependendo da periodicidade do inventário. Defina o tipo de contagem a ser utilizado Determine se os produtos serão contados na unidade ou em grandezas, como caixas ou dúzias. Avalie o modelo de negócio e a situação do estoque para tomar uma decisão. Uma forma de realizar um inventário mais completo pode ser dividir a equipe em duas funções: uma que arruma os amarrados, caixas ou paletes, e aquela que faz, de fato, a contagem. Aposte em coletores de dados Hoje, há diversas tecnologias
que ajudam no quesito precisão de um inventário de estoque. Os coletores de dados variam segundo a tecnologia usada para a contagem dos produtos. Os mais populares usam leitura de código de barras, etiquetas RFID, cartões magnéticos, etc. Além disso, há aparelhos próprios para essa atividade, assim como aplicativos para dispositivos móveis, como celulares e tablets, com a função de coleta de dados. Escolha o período de implementação Não faça um inventário no calor da emoção ou em um dia atípico e de muito movimento. Escolha um dia sem movimento, como um final de semana, feriado ou até mesmo durante a madrugada para fazer a contagem do estoque. O importante é que não haja vendas e nem entregas de mercadorias nesse período. Uma boa dica é realizar inventários parciais, só com os produtos mais importantes uma vez por mês, e um inventário total do estoque só a cada semestre. Depois de implementado, isso seguirá como uma rotina na sua equipe.
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Tecnologia aliada à gestão do seu negócio Um sistema de gestão empresarial tem muito a ajudar na operação de um negócio, inclusive durante um inventário de estoque. Isso porque essa ferramenta ajuda no controle de estoque, gestão de compras, acompanhamento de vendas e muito mais. O Bluesoft ERP, por exemplo, além dessas funcionalidades, ainda atua, de fato, no inventário de estoque. A ferramenta auxilia na contagem, realiza análises de perdas e ganhos e ainda permite corrigir o estoque entre inventários. Por mais trabalhoso que seja, o inventário de estoque é uma atividade que deve estar na rotina de toda empresa varejista, e as novas tecnologias, como o sistema de ERP e coletores de dados se mostram aliados nesse processo.
(*) Fábio Faias é gerente de estratégia comercial na Bluesoft Sistemas
tes e franquias), atacadista e distribuidor, além de postos de gasolina e operadores logísticos, de médio e grande porte do país. Entre seus principais sistemas estão o Bluesoft ERP, Bluesoft e-Commerce, Bluesoft Intelligence, Cosmos, Acelerato e diversos aplicativos para aplicativos móveis. A Bluesoft está entre as 15 me-
lhores empresas de TI para se trabalhar no Brasil, segundo a Great Places to Work, entre as mais amadas do setor, de acordo com a Love Mondays, e é destaque da GPTW com o 2º lugar entre as Pequenas Empresas para Trabalhar em São Paulo no ano de 2017. Quem está no comando da companhia é o CEO André Faria.
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Sobre a Bluesoft Fundada em 2000, a Bluesoft (www.bluesoft.com.br) foi pioneira em trazer para o mercado brasileiro o software como serviço (SaaS) e hoje é uma das principais referências no desenvolvimento de soluções de tecnologia para os setores varejista (especialmente supermercados, farmácias, restauran-
varejo em foco
Flexibilização na
logística
A importância da flexibilização na cadeia logística automotiva FecomercioSP orienta empresários sobre o momento ideal para realizar um período promocional eficiente
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sistema de produção sem estoque é empregado na grande maioria das indústrias fabricantes de veículos no mundo. A indústria automobilística no Brasil depende totalmente do transporte rodoviário, tanto para receber insumos como para manter suas linhas de produção em funcionamento, além de também usá-la para despachar os veículos fabricados. Consequentemente, esta cadeia de suprimento é diretamente atingida em situações de instabilidade e greve. No chamado sistema “Just in time” a produção de peças ocorre de acordo com a demanda. As indústrias automobilísticas utilizam a técnica adotada pelos produtores de leite nos EUA, conhecida por “Milk Run”, que pos-
*Por Mariana Zuliani Theodoro de Lima e **Gabriela Rodrigues Souza
sibilita a manutenção e melhorias no sistema Just in time, pois apresentam uma característica comum; a redução de estoques. O Milk Run é um sistema de coletas programadas de objetos que utiliza um único equipamento de transporte para realizar as coletas e entregar os objetos no destino final. Desta forma, esse sistema de coleta programada de peças permite um maior controle sobre as que são realmente essenciais e utiliza uma maior frequência de abastecimento com consequente redução de estoques, fazendo com que diversas empresas utilizem o mesmo veículo para entregar peças às montadoras. Sendo assim, o estoque das indústrias automotivas está sempre dentro dos caminhões
que, em decorrência da greve, provoca um efeito cascata em todos os setores. Com base nessa situação, a cadeia logística automotiva atual deve ser cada vez mais, além de eficiente, invulnerável, evitando interrupções em escala potencial, para sobreviver e sobressair ao “efeito borboleta” – no qual uma alteração, em qualquer ponto que seja, possa gerar consequências impactantes no mercado. Em decorrência desse contexto, os planos estratégicos de logística devem passar por indagações que considerem as tendências que estão delineando o setor automotivo: crescimento global, plataformas múltiplas, aproximação com o cliente e redução de custos.
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produção, deixando de embarcar em torno de 15 mil unidades. Tendo em vista que a queda no faturamento não acontece só no período da greve, mas também no período de retomada das atividades, que segundo as mon-
tadoras, leva em torno de 10 dias para ter tudo funcionando como antigamente, é necessário então garantir que suas cadeias globais de suprimentos sejam resilientes o suficiente para sobreviver à imprevisibilidade.
(*) Mariana Zuliani Theodoro de Lima, professora de engenharia do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie campus Campinas. (**) Gabriela Rodrigues Souza, discente de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie campus Campinas.
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E foi pensando nisso que se elaborou o sistema de operações enxutas e resilientes, do inglês Lean and Resilient, que descrevem a cadeia de suprimento híbrido para o setor automotivo, denotando a capacidade de prever e agir à crescente vulnerabilidade das cadeias de suprimentos diante de motivos como volatilidade econômica, catástrofes naturais e inconsistência política. Não obstante, a mesma não mostrou resiliência mediante à situação da greve dos caminhoneiros. Faz-se necessária, então, a revisão e aprimoramento do plano logístico de estratégias, a fim de avantajar as montadoras em situações inusitadas. Chega-se à conclusão que deve haver maior atenção aos processos e sistemas para melhor gerenciar a volatilidade e o risco. De acordo com o presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores-, houve uma perda de 70 a 80 mil unidades de
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Audi inicia produção em série de motores elétricos Evento é um marco importante no caminho da mobilidade elétrica. Membro do Conselho para Produção da Audi, Peter Kössler: “A produção de motores elétricos é estrategicamente importante para o processo de transformação da empresa”.
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ma nova era está começando na Audi Hungria. Nesta terça-feira, foi iniciada oficialmente a produção em série de motores elétricos em Györ. No contexto do ato simbólico, a operação foi posta em funcionamento por Péter Szijjártó, Ministro do Comércio Exterior e Relações Externas, Peter Kössler, membro do Conselho Administrativo para Produção e Logística da Audi AG, e Achim Heinfling, Diretor Executivo da Audi Hungria. Os motores elétricos são produzidos em um espaço de 8.500 metros quadrados com um conceito inovador: montagem modular. A empresa investiu um montante de dezenas de milhões de euros para instalar a unidade de produção e cerca de 100 pessoas trabalham nessa nova área atualmente.
“A Audi Hungria esteve envolvida na história de crescimento da marca nos últimos 25 anos. Nossa subsidiária húngara agora entra em um campo completamente novo de especialização com a produção de motores elétricos. Esse know-how exclusivo transforma Györ em nossa principal planta de motores elétricos, incorporando nossa transformação estratégica como provedores de mobilidade sustentável”, afirmou Peter Kössler, membro do Conselho Administrativo para Produção e Logística da Audi AG, durante o ato simbólico. “A Audi Hungria está assumindo um papel pioneiro na produção de motores elétricos. Estou orgulhoso dos altos níveis de especialização e motivação de nossos funcionários.
Eles iniciaram com sucesso a produção desses carros com grande comprometimento” disse Achim Heinfling, Diretor Executivo da Audi Hungria. As primeiras unidades do motor provenientes da planta serão usadas no Audi e-tron, que será o primeiro modelo totalmente elétrico da marca produzido na planta de Bruxelas. Para a montagem, a Audi Hungria instalou equipamentos inovadores e ilhas de produção em apenas um ano. Os departamentos de desenvolvimento de motores elétricos e de planejamento de produção trabalharam em conjunto com o centro de tecnologia para fabricação de protótipos em Györ, a fim de adquirir os conhecimentos necessários. A atual capacidade de produ-
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O motor elétrico de Györ oferece inúmeros novos recursos. Com o estator – um dos principais componentes do motor – o objetivo é inserir o máximo possível de fios finos de cobre esmaltado no invólucro: quanto mais forte o enrolamento, mais eficiente será a distribuição de
energia. Um novo centro de bobina e inserção torna possível enrolar a quantidade ideal de fio de cobre esmaltado de forma compacta e depois inseri-lo na caixa. O eixo elétrico consiste em outros componentes grandes, como os módulos eletrônicos de potência, que es-
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ção é de aproximadamente 400 motores elétricos por dia e pode ser aumentada gradualmente. Os atuais 100 funcionários podem crescer para mais de 130 até o fim do ano. A produção é feita em um turno, mas a operação deve mudar para três turnos em breve.
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tão localizados em seu próprio compartimento, a engrenagem e dois eixos que transmitem a potência às rodas. Os funcionários produzem dois eixos elétricos para cada Audi e-tron. Os equipamentos de produção, os robôs e a estação de aparafusamento e medição estão dispostos em posições fixas, mas não estão interligados por uma faixa linear. Em vez disso,
os funcionários produzem os sistemas de condução de acordo com um método modular em ilhas. Apesar de uma sequência de montagem pré-definida, o sistema modular permite caminhos ramificados e mais liberdade no processo de produção. Veículos autônomos, controlados por um sistema inteligente de TI, transportam as peças para as estações de trabalho.
Paralelamente à unidade de produção, a Audi Hungria instalou três bancadas de testes para motores elétricos no departamento de desenvolvimento de motores para operações de carga contínua. Os funcionários passaram por mais treinamentos para se tornarem especialistas em eletricidade no centro de tecnologia para motores elétricos.
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produzidos em 2017, com potências variando de 86 cv a 639 cv. Aproximadamente 6 mil funcionários fabricam cerca de 9 mil motores por dia para as 32 unidades de produção do Grupo Volkswagen.
são, nomeadamente, a Audi Sport GmbH (Neckarsulm), a AutomobiliLamborghiniS.p.A. (Sant’AgataBolognese/Itália) e a Ducati Motor Holding S.p.A. (Bologna/Itália). Em 2016, o Grupo entregou aos clientes 1.871 milhão de automóveis da marca Audi, 3.457 carros esportivos da Lamborghini e 55.451 motos da Ducati. No exercício de 2015, o Grupo
Audi teve um volume de negócios de 58,4 bilhões de € e apresentou um resultado operacional de 4,8 bilhões de €. Atualmente cerca de 88.000 pessoas trabalham em todo o mundo para a empresa, das quais cerca de 60.000 na Alemanha. A Audi está centrada em novos produtos e tecnologias sustentáveis com vista ao futuro da mobilidade.
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Grupo Audi O Grupo Audi com suas marcas Audi, Ducati e Lamborghini é um dos mais bem-sucedidos fabricantes de automóveis e de motos no segmento premium. Ele está representado mundialmente em mais de 100 mercados e produz em 16 unidades distribuídas por doze países. Subsidiárias a 100% da Audi AG
A Audi Hungria produziu 1.965.165 motores no ano passado, tornando a empresa uma das maiores fabricantes de motores do mundo. Na planta de Györ, seis diferentes motores a gasolina e três a diesel foram
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A transformação das concessionárias Congresso Expo&Fenabrave mostra que a saída para as revendas é tornarem-se centros de negócios automotivos
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o novo cenário automotivo mundial, as concessionárias deixam de ser apenas revendedoras de veículos e têm de investir cada vez mais em serviços, tornando-se verdadeiros centros de negócios automotivos. Foi esse o principal foco do 28º Congresso & ExpoFenabrave, realizado no Transamérica Expo Center, na capital paulista.
Tanto nos debates e palestras como na área de exposição, que reuniu cinquenta empresas, a necessidade de o concessionário se tornar um prestador de serviço foi apresentado como essencial para garantir o sucesso do negócio na área de distribuição. Mas como caminhar nesse sentido?
“Como fazer a ponte para o futuro? É essa a pergunta de 1 milhão de dólares”, destacou o vice-presidente da Toyota do Brasil, Miguel Fonseca, na palestra magna que abriu o evento ao destacar que na próxima década carros e transporte autônomos serão uma realidade no mundo.
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das – a Wings já fez parceria com a Abradit, dos distribuidores Toyota – e em breve será vendido também via site. A ferramenta foi desenvolvida em conjunto com o Cesar, centro privado de inovação que fica em Pernambuco. A Syonet apresentou na exposição do Transamérica o Syonet Leads 360. É uma plataforma integrada de CMR (gestão de relacionamento com o cliente), gestão de leads e marketing digital que direciona as informações para aumentar a lucratividade do concessionário, de modo que o produto possa transformar o conhecimento em ação de vendas. Dentre os recursos disponíveis na plataforma estão o rastreamento do percurso e custo de cada vendedor externo, via GPS, geração de leads via Google e leads indoor, distribuição e controle inteligente de leads e recursos de conectividade e processos de relacionamento que as montadoras precisam ter em seus sites. Já o Itaú Unibanco lançou na ExpoFenabrave o novo Assistente Digital, plataforma de interação com o cliente que realiza a análise e aprovação de crédito online, e o iCarros Club, um produto iCarros, canal exclusivo para a aquisição
de veículos anunciados por empresas terceiras. Rodnei Bernardino de Souza, diretor do Itaú Unibanco; diz que a instituição tem trabalhado de forma intensa para entender toda a jornada do cliente para a compra de um veículo. “Investimos em tecnologia para desenvolver soluções inovadoras, visando desburocratizar o processo de compra e venda de veículos, melhorar a experiência de consumo e, consequentemente, a eficiência de toda a cadeia automotiva”.
Fonte: Auto Indústria (Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br) Fotos: Divulgação/Fenabrave/Wings
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Um dos caminhos, segundo ele, é trazer para a rede de concessionárias as oportunidades que já estão em locadoras e reparadoras, com a prestação de serviços adicionais e apoio à renovação de frotas. Nesse contexto, os principais lançamentos na Expo&Fenabrave foram de serviços e produtos para garantir maior lucratividade às concessionárias e de novas ferramentas de relacionamento para fidelização do cliente. Presentes na mostra desde expositores da área financeira até os de acessórios, equipamentos, Sistemas & Tecnologias, suprimentos e materiais. A Wings, empresa brasileira do segmento de acessórios, aproveitou o evento para lançar um sistema de inteligência artificial que permite interação completa entre veículo e condutor, com as concessionárias tendo acesso aos dados do carro para melhor atender seu cliente. Por meio de um aplicativo, o VAI, Vehicle Artificial Intelligence, monitora todas as informações do funcionamento do carro. “O grande diferencial é que este dispositivo permanece disponível 24 horas e funciona independentemente do condutor estar presente no veículo e conectado via bluetooth ou wi-fi”, explica João Marcelo Barros, diretor da Wings. “A oferta desta tecnologia no varejo ainda é embrionária no Brasil”. O VAI será comercializado em concessionárias autoriza-
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Vendas mundiais de veículos crescem Mercado mundial de automóveis cresceu 3,6% no primeiro semestre. Vendas de utilitários esportivos foram 14% maiores no período
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pesar do conturbado quadro de incertezas e guerras comerciais entre os principais blocos econômicos, as vendas mundiais de veículos cresceram 3,6% no primeiro semestre de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Superaram 44 milhões de unidades, segundo a apuração da consultoria internacional Jato Dynamics, que contabiliza dados dos 57 mercados mais importantes de todos os continentes. Os três maiores mercados mundiais foram determinates para esse desempenho. Na China, o primeiro do ranking, as vendas de janeiro a junho atingiram 12,2 milhões de veículos, 3,9% a mais. Já os países europeus somados consumiram quase 9,8 milhões de unidades, crescimento de 3%, enquanto nos Estados Unidos foram negociados 8,6 milhões, evolução de 2% e o segundo maior volume da história do país. Com pouco mais de 1,1 milhão de automóveis e comerciais leves vendidos no mesmo período e 14% de crescimento, o Brasil aparece ainda apenas como o nono maior mercado
no levantamento da consultoria, muito também em função da estagnação dos negócios no Canadá, que apenas repetiram as 1 milhão de unidades do ano passado e mantiveram o país na décima posição.
Dentre os dez principais mercados, porém, somente a Índia, que atingiu quase 2 milhões de unidades, 16% a mais do que nos primeiros seis meses do ano passado, registrou crescimento superior ao do Brasil.
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é agora maior que o japonês. Os SUVs seguem sendo o segmento de maior ascensão em quase todo o planeta – dos principais polos automotivos, apenas no Japão eles ainda não desempenham papel tão preponderante. Foram vendidos quase 15 milhões de SUVS de janeiro a junho, 14% a mais do que em igual período de 2017 e resultado recorde. Segundo a Jato, as vendas no segmento aumentaram em dez das onze principais regiões, com evolução de dois dígitos em oito delas. Só na China esses modelos representaram 42% dos automóveis negociados no primeiro semestre. Nos Estados Unidos os negócios com utilitários esportivos subiram 13% no mes-
mo período. Na Europa, ainda mais: enquanto as vendas de carros encolheram 4%, as sUVs evoluíram expressivos 24%. A impressionante curva ascendente desses produtos não deve arrefecer tão cedo na média mundial. No entender da consultoria, se utilitários esportivos já são muito populares nos Estados Unidos e China, por exemplo, têm ainda presença tímida na América Latina, Japão e Índia, o que sugere ainda potencial de crescimento em importantes mercados. Um bom exemplo disso são os muitos lançamentos aguardados para o segmento no Brasil nos próximos três anos. Aqui, de cada quatro veículos vendidos em 2018, um foi utilitário esportivo.
Fonte: Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
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O país asiático entrou definitivamente para o grupo polos consumidores mais representativos. Fechou o semestre como o quarto maior mercado, atrás do Japão (2,7 milhões), que encolheu 2%, e ultrapassou por pouquíssima margem a tradicional Alemanha (+3%). De acordo com outra consultoria global, a LMC Automotive, as vendas de veículos na Índia devem ultrapassar as do Japão em 2021. A América Latina também teve uma primeira metade de ano positiva graças ao excelente desempenho das vendas e melhorias de automóveis no Chile e no Equador, além, claro, do desempenho brasileiro. O mercado de automóveis latino-americano, enfatiza a Jato,
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Taxação para elétricos Carros híbridos e elétricos pagarão IPI de 7% a 20%. Alíquota entra em vigor em novembro e vai variar de acordo com peso e eficiência energética
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partir de 1º de novembro o IPI de carros elétricos e híbridos passa a variar de 7% a 20% com o decreto assinado pelo governo federal no começo de julho, no mesmo dia em que foi anunciado o Rota 2030. O imposto
anterior ia de 7% a 25%, com tributação mais pesada principalmente para os modelos equipados com propulsão elétrica pura. Tabela elaborada pela Anfavea mostra como a tributação será aplicada.
Por exemplo, os veículos híbridos com motor a gasolina com eficiência energética melhor, que apresentarem consumo de energia inferior ou igual a 1,10 MJ/km, pagarão menos IPI, em três alíquotas de 9%, 10% e 11%, aplica-
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MONTADORAS AINDA NÃO REDEFINIRAM ESTRATÉGIA Por enquanto, as montadoras ainda estão calculando o impacto da medida na estratégia de veículos elétricos para o Brasil. A Renault, pioneira na oferta de modelos com a tecnologia localmente para frotas corporativas, ainda não divulga posicionamento sobre o tema. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Toyota confirmou que sua estratégia local de eletrificação seguirá focada em veículos híbridos - e está em testes o Prius híbrido com motor flex a etanol, que recolhe menos IPI do que o modelo com motorização a gasolina. A BMW foi a única marca a se pronunciar recentemente sobre o tema. O presidente da
companhia no país, Helder Boavida, declarou que o preço do i3, hatchback elétrico da marca, não vai diminuir com a mudança do imposto. “O tributo é só um componente na composição do valor que cobramos. Com a desvalorização do real, importar o carro fica cada vez mais caro”, diz. Segundo ele, a mudança não tem impacto sobre o preço do i3 porque a BMW vende no Brasil as versões REX do modelo, equipadas com um motor bicilíndrico que funciona como extensor de autonomia para o propulsor elétrico. O carro é categorizado pelo governo como híbrido e, portanto, já recolhe alíquota menor de IPI do que os 25% cobrados até então dos carros elétricos. Fonte: Automotive Business
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das a três faixas de peso: até 1.400 quilos, de 1.400 e 1.700 kg e acima de 1.700 kg, respectivamente. A alíquota vai variar em 12%, 13% e 15% no caso dos modelos com consumo de 1,11 MJ/km a 1,68 MJ/km e oscilar entre 17%, 19% e 20% para os que apresentarem eficiência menor, com demanda acima de 1,68 MJ/km. No caso dos elétricos, as tarifas são menores, mas também acompanham as mesmas três faixas do peso do automóvel. Os veículos com eficiência energética de até 0,66 MJ/km recolhem 7%, 8% e 9% de IPI. O tributo sobe para 10%, 12% e 14% quando a eficiência fica entre 0,67 MJ/km e 1,35 MJ/km. Os elétricos menos eficientes, com consumo energético superior a 1,35 MJ/km, recolhem de 14%, 16% e 18% de IPI.
mercado
Empresas otimistas projetam crescimento
Estudo realizado pela EY com empresas brasileiras de mĂŠdio porte mostra que 60% das companhias tĂŞm planos de crescimento entre 6% e 25%
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em seus negócios. O impacto da convergência da indústria está no topo da lista para 33% dos participantes, seguido pela implementação da digitalização (24%), enquanto 23% destacam as mudanças demográficas. Ainda que com maior cautela, as empresas não deixaram de investir em pessoas e inovações tecnológicas buscando crescimento de mercado local. “Os executivos brasileiros estão concentrando seus esforços principalmente no território nacional e não estão de braços cruzados diante das incertezas. Essa movimentação reflete a leve recuperação do cenário econômico no Brasil e a expectativa de um futuro mais promissor.”, afirma Leonardo Donato, líder de mercados emergentes da EY no Brasil e América Latina. O estudo ainda ressalta que entre as principais preocupações dos entrevistados brasileiros são o fluxo de caixa insuficiente (29%) e a disponibilidade de crédito (20%).
A situação também se repete nos demais países participantes do estudo. Mesmo neste ambiente de incertezas, mais de um terço (35%) das empresas brasileiras planejam fazer novas contratações, enquanto 60% devem manter seu nível de funcionários nos próximos 12 meses, e apenas 4% preveem reduzir suas contratações. Outro dado muito importante é que para 94% dos participantes, no Brasil, o uso de processos de automatização robótica (RPA) estará implementada nos próximos cinco anos, porcentagem bem acima da expectativa registrada no levantamento anterior, em 2017, quando apenas 10% dos participantes planejavam a adoção desse tipo de tecnologia nos próximos dois-cinco anos. A pesquisa também indica que o RPA é visto como um ganho de eficiência em certos processos e como complemento das competências humanas, não como um substituto.
Sobre a EY A EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Nossos insights e os serviços de qualidade que prestamos ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. Com isso, desempenhamos papel fundamental
na construção de um mundo de negócios melhor para nossas pessoas, nossos clientes e nossas comunidades. No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande por-
tes. A EY Brasil é referência na implementação de políticas de mobilidade corporativa, com destaque para o conceito de Escritório do Futuro – local que privilegia a colaboração, a flexibilidade e o engajamento das pessoas por meio de áreas comuns, rotatividade de estações de trabalho e otimização do uso de recursos tecnológicos.
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esmo com o cenário desafiador, em decorrência da incerteza associada com o momento político-econômico, as empresas brasileiras de médio porte continuam mostrando otimismo e apostam na melhoria de seu desempenho para este ano. Isso é o que mostra o Growth Barometer, estudo realizado pela consultoria EY (Ernst & Young) com executivos de mais de uma centena de empresas brasileiras. Globalmente, foram ouvidos 2.766 executivos em 21 países. De acordo com o conteúdo, 57% das empresas que participaram da pesquisa esperam um crescimento entre 6-10% em 2018, dois pontos percentuais abaixo do mesmo levantamento realizado globalmente. Enquanto 38% das empresas brasileiras planejam crescer entre 0-5%, apenas 3% preveem aumento entre 11-25%. O levantamento aponta que as forças disruptivas, elencadas pelos entrevistados brasileiros, exercem impacto importante
mercado
Varejo abre 2,2 mil lojas
no primeiro semestre Apesar do maior saldo semestral desde a segunda metade de 2013 (+16,7 mil lojas), a diferença entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais expôs a perda de fôlego da economia e as incertezas quanto à materialização de investimentos por parte do setor
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elo segundo semestre consecutivo, o número de lojas com vínculos empregatícios no varejo brasileiro registrou aumento. O saldo
entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais geradores de postos de trabalho, que havia ficado praticamente ze-
rado na segunda metade do ano passado,voltou a crescer entre janeiro e junho deste ano ao contabilizar um incremento de 2.252 lojas.
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QUADRO II ABERTURA LÍQUIDA DE LOJAS COM VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS E VOLUME DE VENDAS NO VAREJO (Milhares de lojas e variações % em relação ao ano anterior) Dentre os principais segmentos, os hiper e supermercados se destacaram positivamente em números absolutos (+1.378), seguidos pelas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (+841) e pelo ramo de vestuário (+782). Cabe ressaltar que a abertura de
de investimentos e, consequentemente, responsáveis pelo fraco ritmo de abertura de lojas verificado ao longo da primeira metade do ano. A crise no varejo brasileiro teve início em 2014, quando as vendas encolheram pela primeira vez em onze anos (-1,7% em relação ao ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Nos dois anos seguintes, o quadro se agravou, com o comércio apurando per-
das reais de faturamento de 8,6% e 8,7% em 2015 e 2016, respectivamente. Assim, o setor acumulou retração de 20% no volume de vendas naqueles três anos. Naturalmente, o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos acompanhou, com alguma defasagem, a tendência de retração nas vendas, especialmente nos anos de 2015 e 2016 e no primeiro semestre do ano passado, quando o setor acumulou a perda de 226,7 mil pontos de vendas em todo o País.
37 lojas ocorreu em seis dos dez segmentos do varejo. Por outro lado, estabelecimentos especializados
na venda de materiais de construção foram os que mais fecharam as portas no semestre (-915).
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QUADRO I ABERTURA LÍQUIDA DE LOJAS COM VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS NO VAREJO (2º semestre de 2013 ao 1º semestre de 2018) Apesar do saldo positivo de lojas ao longo do primeiro semestre do ano, o ritmo de expansão do número de pontos de venda pode ser considerado tão frustrante quanto a percepção de desaceleração no ritmo de atividade econômica. Além das paralisações ocorridas no terceiro bimestre, o ritmo fraco do mercado de trabalho, a desvalorização do real, as pressões de custos impostas pelo ritmo mais acelerado de preços administrados e, principalmente, a elevada incerteza decorrente da indefinição do cenário político podem ser apontados como os principais fatores inibidores
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QUADRO III ABERTURA LÍQUIDA DE LOJAS COM VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS SEGUNDO RAMOS DO VAREJO (Últimos 3 semestres) Regionalmente, a abertura de novos pontos de vendas se difundiu por 11 das 27 unidades da Federação, com destaque para os Estados de São Paulo (+2.468), Santa Catarina (+852) e Minas Gerais (+340). Por outro lado, o Rio de Janeiro (-1.038) foi responsável por 45% dos fechamentos entre as unidades da Federação que registraram saldos negativos.
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QUADRO IV ABERTURA LÍQUIDA DE LOJAS COM VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO (1º semestre de 2018) Diante do atual quadro caracterizado de lentidão no processo de recuperação econômica e de cautela nos investimentos, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu sua previsão anterior de +20,7 mil pontos de venda no varejo brasileiro para a +5,2 mil lojas ao final deste ano. A entidade projeta ainda alta de 4,7% no volume de vendas do setor.
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A Albarus está de volta. Quem conheceu poderá matar a saudade. Quem não conhece, prepare-se para uma relação de confiança que nem o tempo pode apagar. Qualidade que marcou época e conquistou o coração do Brasil. Albarus. Qualidade que transmite segurança. albarus.com.br
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Auto Geral, 50 anos de
trabalho, perseverança e prosperidade Sincopeças-SP e Sincomercio de Itu homenageiam Geraldo Tuvani, da Auto Geral, por seus 50 anos no comércio de autopeças
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e é de pequenino que se torce o pepino, foi de muito jovem que Geraldo Tuvani aprendeu a negociar, tomou gosto por comprar e vender e tornouse um próspero comerciante e empreendedor de sucesso. Fundador da Auto Geral emmeados de 1968, há meio século Geraldo permanece à frente da empresa e foi homenageado pelo Sincopeças-SP e pelo Sincomercio de Itu por seus 50 anos no comércio de autopeças. Atualmente, o Grupo Auto Geral conta com seis lojas em funcionamento e mais uma para ser inaugurada ainda este ano. Do alto de sua simplicidade, Geraldo afirma que o sucesso não veio sozinho: “Graças a Deus, a Auto Geral cresceu tam-
bém porque tivemos a felicidade de ter bons funcionários”. Para o presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre, a equipe é reflexo de quem está no timão do navio. “Ao longo da vida nos cercamos daquelas pessoas que, de alguma forma, temos identificação e com o passar do tempo vamos formando a equipe à nossa semelhança”, afirma De La Tôrre. Ele destacou a iniciativa conjunta entre o Sincopeças-SP e o Sincomercio de Itu, e elogiou o perfil e o espírito público de colaboração do presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Itu e Região, Carlos Alberto D’Ambrósio. “Essa homenagem à Auto Geral demonstra o espírito de represen-
tação em cumprir a verdadeira missão dos sindicatos”, disse. De La Tôrre comentou que tocar uma loja de peças por si só é uma atividade difícil e desgastante. “Lembro que quando comecei, em 1984, era preciso ter uma das duas vocações: dinheiro ou conhecimento do negócio. Com o passar dos anos, ou se conhece muito do negócio e tem-se dinheiro para investir, prosperar e consolidar o negócio, ou não sobrevive. Fazer isso ao longo de 50 anos, como o Geraldo fez, mantendo a empresa próspera, permanecendo com os filhos à frente do negócio, mostra muito a pessoa que ele é e, isso sim, é digno de homenagem. Temos que homena-
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“Debaixo do sol, nada é aleatório, tudo tem uma razão de ser” Geraldo Tuvani
Carlos D’Ambrósio, do Sincomercio Itu, Geraldo Tuvani e Francisco De La Tôrre, do Sincopeças-SP Uma vida de bons negócios A história da Auto Geral é retrato da própria trajetória pessoal de Geraldo Tuvani, de perseverança e fé no trabalho. Nascido há 77 anos no município de Porto Feliz, a pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo, ainda jovem mudou-se
para Itararé, ao Sul do Estado. “Meu pai colocou a mudança em cima de um caminhão para tentar a sorte na roça. Fomos morar num bairro de Itararé, 30 quilômetros distante da cidade. Isso foi em 1954. Mas meu pai não se deu bem porque choveu demais, perdemos a
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gear, aplaudir e mostrar para o mercado que o comércio de autopeças ainda é um grande negócio, tem futuro e vai prosperar”, assegura De La Tôrre. Para o presidente do Sincomercio, falar de Geraldo Tuvani é muito fácil. “Ele é muito amigo, temos outras passagens fora do comércio, outras atividades que ele já fez pela cidade, mas o que me encanta muito é a história dele, como começou, cresceu e hoje é um empresário respeitado no ramo. Apesar de tudo isso, manteve a simplicidade, a cordialidade e continua sendo a mesma pessoa. Hoje em dia, ter uma empresa com mais de 50 anos, sólida e administrada pela família, é uma coisa que não se encontra facilmente. Para mim, é muito gratificante poder homenagear uma pessoa como o Geraldo, um amigo querido e essa homenagem é muito merecida”, afirma D’Ambrósio.
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Cristiane, filha mais velha de Geraldo Tuvani
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lavoura e voltamos a morar na cidade”, lembra. Na cidade, o pai de Geraldo, Santo Tuvani, comprou um Ford 37 que vivia dando problema. “Eu era adolescente e como o Fordinho dava muito conserto, meu pai me colocou para trabalhar numa oficina para aprender mecânica. Trabalhei nessa oficina durante um ano e meio, de graça, para aprender a profissão porque o dono nem precisava de auxiliar. Esse trabalho me possibilitou conhecer mecânica. Logo depois voltamos para Porto Feliz, papai comprou um caminhão melhor e passamos a puxar cana da roça para a usina. Como a safra era de seis meses, nos outros seis meses do ano íamos aos sítios para comprar batata, cebola, feijão, milho e vender na cidade. Quando tirei habilitação de motorista, passei a trabalhar com o caminhão do meu pai por uns dois anos até que ele me deu um caminhão Chevrolet 51. Já entendia
Murilo, filho mais novo
de mecânica e do comércio de cereais e trabalhei até o final de 1967 puxando cana e vendendo cereais, mas fiquei com reumatismo na perna e não pude mais trabalhar com caminhão. Foi então que troquei o caminhão por uma pequena loja de autopeças em Porto Feliz, que na verdade de autopeça só tinha o nome porque não tinha estoque e a prateleira e o balcão estavam comidos de cupim”, recorda. Essa pequena loja pertencia a um grupo de Itu chamado Casa Léo. Era uma filial em Porto Feliz, em prédio alugado, sem estoque e com dois funcionários que moravam em Itu. “Convidei duas pessoas de Porto Feliz, que conheciam o ramo, para trabalhar comigo e me ensinar como comercializar autopeças. Mudei o nome Casa Léo para GT Porto Peças, Geraldo Tuvani Porto Peças, razão social Tuani & Cia. Ltda. (provavelmente por erro de gráfica). Isso foi em janeiro de 68”.
Com pouco dinheiro e sem estoque para girar o negócio, Geraldo decidiu ir a São Paulo, à procura dos fornecedores da loja que adquirira, para abastecê-la. “Fui a São Paulo porque nas fichas da loja haviam muitas em nome da Auto Importadora Pellegrino, que era um grande fornecedor das lojas de Porto Feliz e Itu. Cheguei lá com duas caixas de fichas de papel, aquele Cardex de pobre porque o de rico era o giratório (Cardex é um antigo sistema de arquivos de fichas colocadas em determinada ordem, muito usado pelas lojas de autopeças para organizar estoques). Levei lá, coloquei em cima do balcão e o balconista quis saber o que era aquilo. Disse-lhe que era o fichário da autopeça que tinha acabado de comprar em Porto Feliz. Ele perguntou o que eu queria com aquilo e respondi que precisava que ele me ajudasse a ver os itens que mais giravam para comprar. Aí ele falou que não tinha tempo
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Geraldo Tuvani: 50 anos comandando a Auto Geral Ele perguntou de onde eu era, disse que era de Porto Feliz, ele saiu da sala e telefonou para um amigo dele, José Elias Habice, grande empresário de Porto Feliz, presidente da Cooperativa, dono da concessionária Chevrolet, que também tinha uma autopeça, além de uma loja de roupas e um hotel. Menos de 10 minutos depois ele voltou ao balcão e falou para os dois balconistas: Atende esse moço aí no que ele precisar. Certamente o José Elias falou bem de mim”. Geraldo recorda que o próprio Dante começou a examinar o fichário Cardex para ver os itens que mais giravam e o que a Pellegrino havia vendido para aquela loja. “Enquanto examinávamos as fichas, apareceram no balcão o irmão do
Dante, sr. Osvaldo, e o financeiro, Artur, que também vieram conversar comigo e falaram para eu não ir embora porque iríamos almoçar juntos, no refeitório da empresa. Sentamos os quatro à mesa e eles começaram a perguntar sobre Porto Feliz e certamente queriam saber melhor quem eu era. Os três já morreram e até hoje continuo comprando da Auto Importadora Pellegrino”. Esses acontecimentos marcaram a trajetória de Geraldo no setor de autopeças. “Costumo dizer que debaixo do sol nada é aleatório, tudo tem uma razão de ser. Por que nós estamos aqui hoje? Não é por acaso e eu devo muito a existência da autopeça ao Dante Pellegrino porque ele pegou o telefone e ligou para aquela pessoa de
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para isso e eu falei que se ele não me ajudasse não poderia comprar porque não conhecia o ramo”. Enquanto Geraldo tentava convencer o balconista a ajudá-lo, um dos donos da Pellegrino, sr. Dante, ouviu a conversa. “Ele estava todo engravatado e, vendo aquela discussão, perguntou aos dois balconistas, o Valdemar e o Agostinho, o que estava acontecendo. Eles disseram: Esse moço veio de Porto Feliz com esse troço aí e quer saber o que vende para poder comprar. O sr. Dante então perguntou se eu iria comprar à vista ou a prazo. Disse que, pela ficha que tinha, era a prazo e perguntei a ele se venderia a prazo para mim. Ele perguntou se eu tinha dinheiro para comprar e eu disse que não.
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Porto Feliz, que lhe deu boas referências minhas. A partir daí comecei a comprar da Pellegrino e com essa referência passei a comprar da Autoamericano, da Borgauto no Rio de Janeiro, da Borghoff, em São Paulo, ou seja, a referência da Pellegrino serviu de abono do meu nome para outros fornecedores. Depois comecei a comprar de fábrica também e comecei a expandir o crédito”. Esse início de atividade em Porto Feliz, com a GT Porto Peças, durou dois anos, até 1970, quando um fazendeiro da região procurou Geraldo para comprar a loja, pois pretendia empregar dois genros e um filho. “Ele me perguntou se eu venderia a loja, perguntei se ele pagava à vista, ele disse que sim, eu já tinha vontade de ir para Itu, Jundiaí, Sorocaba, alguma cidade maior porque Porto Feliz era muito pequena. Nessa época já tinha seis ou sete funcionários e já havia comprado outra loja, também em Porto Feliz, que pertencia à família Belon, também de Itu. Era do Guerino Belon, que tinha oficina, posto de gasolina e autopeças. Comprei a autopeça dele e fiquei com duas lojas em Porto Feliz, em 1970, com o nome de GT Porto Peças. Por isso, antes de vender para esse fazendeiro, avisei a ele que a autopeça não ia durar muito tempo porque eu tinha outra loja na cidade e a clientela iria atrás de mim porque eu havia cativado esses clientes”.
Geraldo conta que começou a cativar sua clientela quando ainda transportava cana. “Naquele período de safra de cana, aprendi que os transportadores tinham que ficar na fila da usina até de madrugada para descarregar o caminhão, depois eles dormiam três ou quatro horas apenas, voltavam para o canavial e carregavam novamente. Então, vi de perto o sofrimento daquele povo, por isso, quando eles precisavam de peça – porque nessa época eu já era dono de autopeça – eu abria a loja a qualquer hora da madrugada, era só bater na minha porta que eu abria para atender”. Por conhecer a necessidade dos transportadores de cana, Geraldo cativou uma clientela fiel, mas não foi apenas por essa razão. “Penso que outra coisa que mais cativou esses caminhoneiros – e que adotei como princípio – foi que as peças de baixo valor eu dava de presente. Por exemplo, se o cara precisasse do parafuso de um feixe de mola, que hoje custa uns sete reais, eu abria a loja, acendia a luz, pegava a peça, punha no balcão e não cobrava. Nunca cobrei peça de baixo valor de madrugada porque, quando ele precisasse de motor, câmbio, diferencial, de quem ele iria comprar?”. Depois de contar como cativou sua clientela, Geraldo sugeriu ao fazendeiro que comprasse as duas lojas, ou não iria sobreviver. “E fui além, disse a ele para comprar as duas lojas
e também a minha casa porque aí eu iria embora para Itu. E foi o que ele fez. Assim, vim para Itu, comprei um terreno de dois mil metros quadrados, mais um imóvel na cidade de Salto para colocar uma loja nova, e fiz uma permuta com a Prefeitura. Em terreno de 7.500 metros quadrados, construí 30 garagens e uma oficina e doei à Prefeitura. O prefeito mandou um projeto para Câmara Municipal permutando quatro mil metros quadrados ao lado do terreno de dois mil metros que eu havia comprado. Doei aquelas instalações em troca dos quatro mil metros quadrados e passei a ter seis mil metros quadrados. Entre 1982 e 1984, construí o prédio onde está instalada a matriz da Auto Geral”. No período de 12 anos, entre 1970 e 1982, Geraldo montou a loja em Salto, ampliou as instalações em Itu e comprou um imóvel em Sorocaba, onde montou mais uma loja. “Essa loja de Sorocaba não tenho mais. Fui para lá por causa do Genésio, o Rei Das Peças. Ele insistiu para que fosse para Sorocaba. Ele sempre vinha pra Itu e me convidada para almoçar, e não deixava que eu pagasse a conta. O Genésio começou como motorista de táxi, depois entrou no ramo de autopeças, recondicionava motor de DKW, ganhou dinheiro e chegou a ter cinco ou seis lojas em Sorocaba, São Paulo, Osasco. Um dia ele veio almoçar comigo e disse que eu precisava ser seu
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Receita para longevidade Atualmente, a matriz da Auto Geral ocupa área de 2.300 metros quadrados, e em breve,
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vizinho e fazer concorrência com ele. Ele me vendeu um prédio que não tinha 80 metros de distância da loja dele, e montei a loja com nome de Auto Geral”. A fatalidade, no entanto, abreviou a concorrência dos amigos. Geraldo recorda que, na troca do prédio, Genésio ficou com uma perua Quantum de sua propriedade e, certo dia, voltando de São Paulo, sofreu um acidente fatal. “Genésio não fez concorrência comigo por muito tempo e seus negócios ficaram com os filhos. Foi por causa dele que fui para Sorocaba. Depois abrimos loja em Indaiatuba e uma filial em Itu e ficamos com cinco lojas, duas em Itu, uma em Salto, uma em Sorocaba e uma em Indaiatuba”. A expansão do Grupo Auto Geral ganhou um novo capítulo em 2003. “O filho daquele fazendeiro de Porto Feliz, já falecido, que comprou as duas lojas e a minha casa, me procurou e disse que estava saindo do ramo porque havia herdado a fazenda do pai e queria vender a loja. Eu não comprei, ele vendeu o estoque para outra pessoa, e as duas lojas não existem mais. Mas, no ano seguinte, construímos um prédio e voltamos para lá, 34 anos depois. Essa foi a sexta loja do grupo”.
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Geraldo deve inaugurar a sétima loja do grupo, a segunda em Sorocaba, na avenida Itavuvu. “Vamos inaugurar este ano ainda. Compramos o terreno, demolimos o que tinha em cima e já fizemos a terraplenagem. É uma área de mil metros quadrados com dois mil metros construídos, mil metros no pavimento inferior, para estacionamento e estoque, e mil metros no pavimento superior, para comércio”, diz Geraldo. Com seis unidades em funcionamento e uma para inaugurar, o Grupo Auto Geral emprega hoje 140 funcionários. E Geraldo indica a receita da longevidade. “Primeiro, a pessoa tem que gostar de trabalhar e descobrir sua aptidão. A minha
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descobri quando tinha sete ou oito anos. Papai era carroceiro e mamãe trabalhava na fábrica de tecidos, como tecelã. Eu cuidava da horta, saía da escola, ia cortar alface e saía vendendo na rua com duas cestas nos braços, era garoto e aprendi a fazer comércio, a vender, a pessoa pechinchava, eu queria vender mais e com isso aprendi a comercializar e me relacionar. Percebi que minha aptidão era no contato com pessoas para comercializar, tanto que fomos fazer lavoura lá em Itararé, mas quebramos porque não era a vocação. Como eu gostava de comércio, quando retornamos da roça para a cidade papai trazia frango, ovos, jabuticaba, melancia para que eu vendes-
se, ou seja, tinha tino comercial. Mas, além de gostar de trabalhar e descobrir sua aptidão, você deve se cercar de pessoas porque ninguém é uma ilha”. Sobre cercar-se de pessoas, Geraldo lembra do tio, que era mecânico em Porto Feliz. “Pessoa de saudosa memória, até me emociono em lembrar o nome dele, Ítalo. Ele tinha um filho, Mário, que deveria ter uns 14 anos nessa época e eu o trouxe para trabalhar comigo, depois veio a namorada dele, e depois vieram outras pessoas com pouca idade, entre 15 e 16 anos. Recentemente um deles se aposentou, o Jacinto Casagrande. Ele estava empinando papagaio, eu perguntei se ele queria trabalhar
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dia de tudo. Outro detalhe é que quando montei a loja aqui em Itu, fiz questão que todos comessem dentro da Auto Geral, junto comigo, a comida que era feita na minha casa”. Ao completar meio século no varejo de autopeças, Geraldo conseguiu encaminhar a sucessão e hoje seus três filhos atuam na empresa. O segredo? Como ele mesmo diz, não tem segredo, mas também não é tão simples. “A mais velha, Cristiane, foi estudar em Campinas, fez comunicação, formou-se, mas não gostou e resolveu fazer direito. Formouse, tirou a OAB, passaram-se oito anos e resolveu trabalhar aqui. A do meio, Letícia, foi para São Paulo, estudou na Fatec, traba-
lhou em grandes empresas e um dia falou que queria voltar para trabalhar comigo. O Murilo, mais novo, fez computação em Campinas, terminou, foi para São Paulo e, depois de trabalhar em empresa multinacional, também decidiu trabalhar comigo. Os três voltaram, mas todos passaram por experiências lá fora. Então, cada um segue seu destino. Nunca falei para que viessem trabalhar aqui, mas também nunca deixei de estimular a fazer o que eles queriam. Pai é que nem o Cristo Redentor, tem braços abertos. Hoje eles me ajudam bastante, aliás, eu que ajudo eles agora porque eles trabalham mais que eu”, reconhece Geraldo.
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comigo, para andar de bicicleta e entregar peças. Fui falar com os pais dele e ele trabalhou 47 anos comigo. O meu primo Mário trabalhou por 45 anos. A mulher dele está há 40 anos e ainda trabalhando. Outras pessoas também trabalharam mais de 40 anos comigo e aprenderam o estilo Geraldo Tuvani, o estilo Auto Geral, porque depois de um tempo a empresa virou uma escola, todas as concessionárias de Itu sempre quiseram contratar meus funcionários, pois estavam treinados, porque quem trabalhava na Volkswagen só entendia de Volkswagen, quem trabalhava na Ford só entendia de Ford, e quem trabalhava na Auto Geral enten-
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Ford e Sindirepa celebram quatros anos de parceria Para destacar os resultados da parceria entre o Sindirepa Nacional e a Ford, foi realizado o Encontro de Capacitação e Tecnologia, em julho, no SENAI Ipiranga “Conde José Vicente de Azevedo”
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evento reuniu mais de 300 reparadores de veículos independentes e destacou as novidades, como o funcionamento, diagnóstico e manutenção do motor turbocomprimido com injeção direta EcoBoost, promoções e ofertas especiais de peças de reposição Motorcraft, para carros Ford com mais de três anos, e Omnicraft, marca de peças de reposição para veículos de outras montadoras. A Ford também anunciou os lançamentos da marca Ominicraft, que inclui 13 linhas de produtos, entre eles, o óleo semissintético 15SW40, disco de freio, filtros de ar, cabine, combustível e óleo. “No segundo semestre, está previsto outros lançamentos da marca, como bateria, bomba d’água e de combustível, cabo e vela de ignição, filtros de caminhões, entre outros”, afirmou Joaquim Pereira, diretor de serviço ao cliente Ford América do Sul.
A montadora revelou outras novidades em 2018, entre elas, novo site reparador Ford, com mais de 2,5 mil informações técnicas; livro “Sistema de Injeção Eletrônica dos Motores Ford” para download; boletins informativos, vídeos técnicos e Canal do Reparador Ford YouTube, com vídeo-aula com instrutor da montadora, e plataforma de relacionamento e compra de peças, em breve. “Uma solução tecnológica completa, mais fácil, mais rápida e mais segura, uma transformação na forma de comprar peças”, ressaltou Marco Giovanella, supervisor de pós-
-vendas da Ford. Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional lembrou que a parceria entre a Ford e os reparadores completou 4 anos e gerou diversos resultados, como a adesão da Ford ao catálogo de peças. O Encontro de Capacitação e Tecnologia Ford & Sindirepa é um programa de âmbito nacional, com mais quatro edições programadas para este ano, em Goiânia, GO (16 de agosto), Ribeirão Preto, SP (13 de setembro), Salvador, BA (23 de outubro), e Porto Alegre, RS (22 de novembro).
acontece
Francisco De La Tôrre assume vice-presidência da FecomercioSP O presidente do Sincopeças-SP e vice-presidente do Sincopeças Brasil passa a integrar o quadro de vice-presidentes da Entidade para o mandato de 2018 a 2022
torização para varejos comercializarem itens recondicionados e remanufaturados, além de impedir o comércio de peças de segurança pelos desmanches. • LOGÍSTICA REVERSA – LEI ESTAUDUAL nº. 10.888/01 O SINCOPEÇAS-SP atuou para que oficinas recolham carcaças e resíduos líquidos, isentando a obrigatoriedade pelo retorno dos produtos usados comercializados pelas lojas (filtro de óleo, recipientes de óleo lubrificante, lâmpadas etc.). • PRAZO DE PAGAMENTO DO ESTOQUE ICMS-ST O SINCOPEÇAS-SP obteve ampliação do prazo de parcelamento de estoques, por meio de pesquisa de mercado para cálculo do MVA. Sobre o atual momento do País, De La Tôrre comentou: “O Brasil, ao longo da sua história, atravessou crises profundas, econômicas e políticas. Agora, estamos diante da maior crise da nossa República, mas não vai crescer grama no asfalto. O Brasil tem mostrado uma capacidade muito grande de superar dificuldades e fez isso ao longo de toda a sua história, dificuldades que aos olhos de outros países eram intransponíveis. Temos essa capacidade e um
espírito empreendedor que vem desde a época do descobrimento. Por isso, vale a pena continuar acreditando, seguir investindo firmemente na gestão e aproveitar esses momentos de dificuldades para olhar para dentro do seu negócio, identificar pontos fracos e resolver esses gargalos. Passado esse período das eleições, tenho plena convicção que a partir do ano que vem vamos retomar nossa trajetória de crescimento e quem aproveitou essa crise para organizar o seu negócio, enxugar, estruturar, diminuir custos e aumentar a eficiência vai sair na frente dos seus concorrentes a partir do momento que a curva de crescimento apontar para cima. E o Sincopeças permanece à disposição para aquelas empresas que necessitarem qualquer tipo de informação ou orientação. Estamos aqui para isso”.
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presidente da FecomercioSP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, Abram Szajman, registrou na reunião da Diretoria Plena, ocorrida em 27 de agosto, a integração de Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP e vice-presidente do Sincopeças Brasil, ao quadro de Vice-Presidentes da Entidade, nos termos dos artigos 38 e 39 do Estatuto Social da Federação, para o mandato de 2018 a 2022. Em sua gestão à frente do Sincopeças-SP, De La Tôrre já obteve grandes conquistas, entre elas: • CCTs – CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO O SINCOPEÇAS-SP é representante legal da categoria para firmar negociações salariais, reforçado pelo fato que o negociado prevalece sobre o legislado. • INSPEÇÃO VEICULAR O SINCOPEÇAS-SP trabalha para obrigatoriedade da Inspeção Veicular em todo o País. • INMETRO – CERTIFICAÇÃO DE AUTOPEÇAS O SINCOPEÇAS-SP atua na certificação das autopeças, como representante do legal do comércio. • LEI DO DESMANCHE O SINCOPEÇAS-SP obteve au-
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O marketing do pós-venda A venda como estratégia de recorrência Por Diego Cintra)
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lgo muito comum, frequentemente falado em cursos e palestras, principalmente sobre marketing de conteúdo, refere-se à aquisição de novos clientes. Porém, raramente ouvimos falar sobre estratégias de retenção ou revenda. Neste artigo vamos discutir mais sobre isto. Quando pensamos em um funil de vendas, geralmente temos algumas etapas básicas, como por exemplo: visitantes, leads, oportunidades e vendas. Essa abordagem nos dá a sensação que todo o esforço deve ser feito até chegar a conversão. No entanto, devemos lembrar que os custos de aquisição de leads estão cada vez mais altos com a popularização do marketing digital.
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Então o que devo fazer após a conversão? Gosto de fazer uma analogia do marketing pós-venda com um namoro. Nele, pode-
mos comparar a etapa de visita com o momento em que acabamos de nos apresentar a uma pessoa. Na etapa em que o visitante se transforma em lead, é quando passamos a conversar e criar conexão. O momento de oportunidade é quando as intenções são demonstradas. A conversão é quando o namoro de fato se inicia, porém, se não houver “carinhos” após o namoro, essa relação vai perdendo conexão a ponto de se romper. Agora vou citar um exemplo prático de como essa analogia deve ser aplicada na sua estratégia. Supondo que sua loja trabalhe com câmeras, após a venda, nada melhor do que enviar uma série de conteúdos como: “Dicas de iluminação para fotografias”, “Confira alguns filtros que vão deixar suas fotos mais belas”. Finalmente: “Para fotos mais estáveis, utilize um tripé”.Caso você venda o tripé também, está ai a sua
oportunidade de vender um produto complementar. Qual é o melhor momento para trabalhar o marketing de conteúdo? Não existe uma resposta exata para esta pergunta. Essa questão é muito relativa à sua estratégia e ao tipo de produto ou serviço que é oferecido. Para e-commerces B2C, talvez o melhor momento para oferecer novos conteúdos seja logo após o pedido ser entregue. Em casos de software, por exemplo, se for algo voltado para empresas, é comum que após um determinado tempo a organização passará a demandar mais recursos. É neste momento em que surge a oportunidade para oferecer mais soluções. Vou exemplificar este processo na venda de um sapato: logo após o cliente receber o produto, é um bom momento oferecer dicas de combinação com aquele tipo de calçado,
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ou então, quais são as melhores situações para usá-lo. Enfim, há um grande leque de conteúdos que podem ser disponibilizados para o cliente. Algo essencial na hora da escolha destes conteúdos, é que eles realmente possam ajudar seu cliente, e não somente oferecer conteúdo por oferecer conteúdo. Essa estratégia pode diminuir a taxa de devoluções. Pois, em alguns casos, os clientes acabam devolvendo o produto por não saber usá-lo ou em como ele será útil.
tido nenhum enviar “dicas para usar sapatênis” se um usuário comprou um coturno. Não se esqueça de tomar cuidado para que o lead não receba o mesmo material duas vezes. Em alguns casos, isso pode não ser interessante e irá transmitir uma ideia de mensagem genérica. Outros benefícios de oferecer conteúdo no pós-venda Determinados produtos possuem grau de complexidade maior e podem gerar um volu-
me alto de atendimento pós-venda com dúvidas de usuários. Que tal reunir as dúvidas mais frequentes e enviar para os clientes após a compra? Ou seja, você diminuíra o volume de atendimento e aumentará a taxa de engajamento. Um último detalhe muito importante: quando trabalhamos conteúdo após a conversão, as taxas de abertura e clique costumam ser bem mais altas. Em alguns casos, bem próximas de taxas de e-mails transacionais.
Não se esqueça de focar em ações! Assim como foi citado no tópico anterior, o foco deste trabalho deve ser de gerar valor para o seu cliente, resolver possíveis “problemas” que ele tenha após a venda, aumentar o Brand Awareness, engajá-lo e instigá-lo para continuar convertendo. Para fazer essas tarefas você precisará de um bom software de automação de marketing. Nele será possível identificar a categoria do produto adquirido ou o caminho do lead até a conversão para que o conteúdo possa ser personalizado. Lembrando que foi-se o tempo que chamar o lead pelo nome era personalização. Afinal de contas, não faz sen-
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Fonte: E-Commerce Brasil
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Novas modalidades
de trabalho Confira as vantagens das novas modalidades de trabalho regulamentadas pela Reforma Trabalhista e como proceder para o benefício de empregadores e funcionários
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Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) orienta empresários sobre como identificar a melhor forma de escolher entre os novos tipos de contrato de trabalho regulamentados pela Reforma Trabalhista. Entre as novas modalidades, a Reforma Trabalhista cria o trabalho intermitente que, nos termos da lei (artigo 452-A da CLT), é considerado o trabalho realizado por períodos determinados de tempo intercalado com períodos de inatividade, mas sempre com subordinação e sem continuidade. Assim, na prática, uma empresa poderá contratar um empregado apenas para trabalho em períodos considerados de “pico” por horas, dias da semana ou até
por meses, sendo que o empregado fica vinculado à empresa até o término do contrato que se dá após um ano de inatividade, ou seja, sem a prestação de qualquer tipo de serviços. Esse tipo de contrato deve ser firmado por escrito, com especificação do valor da hora de trabalho que não pode ser inferior à hora de trabalho do piso da categoria ou salário mínimo, quando não existente representação sindical, bem como, inferior ao valor da hora dos demais funcionários que exerçam a mesma função em atividades idênticas na mesma empresa, mesmo em trabalho intermitente. A convocação para o trabalho intermitente deverá ser feita pelo empresário/empregador ao empregado, com antecedência de três dias corri-
dos, sendo que o empregado terá um dia útil para responder se quer ou não trabalhar no dia e na jornada solicitada pela empresa, sendo o silêncio considerado como recusa, mas sem qualquer sanção ou desconto na remuneração, podendo o empregado trabalhar para outros empregadores no período
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remuneração que seria devida à outra parte no prazo de 30 dias, permitida a compensação em igual prazo. A empresa que contratar o trabalhador na modalidade intermitente sofrerá a incidência dos encargos trabalhistas de férias proporcionais mais um terço, décimo terceiro salário proporcional, repouso semanal remunerado, adicionais legais, férias + 1/3 que deverão ser pagos ao final de cada período de trabalho, como também, ao FGTS e Previdência mensalmente. Portanto, são mantidos os direitos relativos ao empregado contratado em regime regular. A diferença consiste na forma de pagamento do trabalhador intermitente, que terá a remuneração e os respectivos reflexos quando efetivamente for remunerado pelo trabalho, ou seja, somente recebe quando há prestação dos serviços, caso contrário, na inatividade, a empresa não paga nenhum valor de salário e nem tampouco recolhe FGTS e INSS.
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em que não está ativo em nenhuma empresa trabalhando. Caso o empregado aceite a oferta para comparecimento ao trabalho e descumprir o acordado, ou se empresário/ empregador desistir do trabalho ofertado ao empregado, ambas sem justo motivo, deverão arcar com multa de 50% da
Autônomo e teletrabalho O trabalho autônomo é uma modalidade comercial para prestação de serviços e pode ter contrato firmado por prazo determinado, indeterminado ou por demanda. Autônomo, por definição, é aquele que exerce atividade por sua conta e risco, capaz de determinar as próprias normas de conduta sem se submeter a imposições de terceiros e sem
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subordinação ao tomador de serviços. Portanto, goza de plena liberdade administrativa na condução de seus serviços. Os contratos firmados com o autônomo se traduzem em relações comerciais e não trabalhistas ou societárias. Pelas novas regras, mesmo se o tomador contratar um autônomo que preste serviços apenas a ele, não existirá vínculo de emprego. Da mesma forma, se o autônomo se dedicar exclusivamente a um cliente, mesmo que de forma contínua, isso não descaracteriza sua autono-
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mia nem a ausência de vínculo empregatício. Reforça-se que o tratamento jurídico atribuído ao contrato de autônomo dependerá do atendimento das formalidades legais. A modalidade de teletrabalho, ou mais conhecido como “home-office” é aquele em que a prestação de serviços se dá preponderantemente, fora das dependências do empregador, de forma remota, por meio de redes de internet e telecomunicação. É uma forma de trabalho subordinado, mas exercido à distância.
Por ser um contrato com características e detalhes específicos, tal modalidade deve constar expressamente no contrato de trabalho do empregado, onde também constará o lugar, quais atividades serão realizadas e quem será responsável pela aquisição, manutenção ou fornecimento de equipamentos tecnológicos, como também toda infraestrutura necessária para o trabalho. Importante ressaltar que o simples comparecimento nas dependências do empregado para realização de reuniões ou outras atividades específicas, não descaracteriza o regime de teletrabalho, desde que não haja habitualidade. Tal modalidade poderá ser alterada para regime presencial por determinação do empregador, garantindo ao empregado um período de adaptação de 15 dias. A modalidade de trabalho já era fundamentada no artigo 6º da CLT, mas não tinha regras específicas detalhadas na legislação. Com a Reforma Trabalhista, ele se torna um tipo de contrato especial de trabalho e ganha regras próprias. Esse formato de contratação ganhou notoriedade nos últimos tempos pela possibilidade de otimizar recursos da empresa e tempo, aproveitando vantagens tecnológicas e gerando menos impactos na mobilidade urbana. Para as partes, o contrato é vantajoso, pois, de um lado, o empregador poderá reter e
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Jornadas de trabalho A jornada de trabalho também poderá ser decidida via negociação, permitindo que as entidades sindicais definam a jornada de seus representados de acordo com a necessidade das categorias. Isso proporciona melhor gestão e mais produtividade – observados os limites constitucionais. Entre a normas que sofreram ajustes estão as jornadas 12 por 36, devidamente inseridas na legislação pelo artigo 59A, que passam a ser um novo instrumento de jornada para empregados e empregadores; e o regime parcial de trabalho, que passa a admitir até 30 horas semanais, vedada a prestação de horas extras – ou 26 horas de trabalho semanais – com a
permissão de realização de até seis horas extras por semana, podendo ser compensadas na semana seguinte (não o sendo, deverão ser quitadas na folha de pagamento). Ainda com relação à jornada parcial, houve mudança na forma de concessão das férias, que restou equiparada aos empregados regulares, ou seja, de até 30 dias, podendo converter um terço do período de férias em abono pecuniário. Para a FecomercioSP, a alteração é positiva, pois permite maior manejo das partes na implementação de jornadas e possibilita a adoção desse regime em diversos ramos de atividade, sem onerar sobremaneira os empresários com o pagamento de horas extras indiscriminadamente.
Sobre a FecomercioSP A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendi-
zagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB
paulista – e quase 10% do PIB brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.
Fonte: FecomercioSP (com a colaboração de Paulo Ribeiro Advogados Associados)
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atrair novos talentos que valorizem modelos de trabalho mais flexíveis, bem como diminuir investimentos com infraestrutura, atrasos ou até mesmo riscos de acidentes de percurso, por exemplo, podendo contar com melhor desempenho do empregado. Já para os trabalhadores, os ganhos de qualidade de vida, disponibilidade de horários alternativos e as reduções de tempo de deslocamento, gastos pessoais e estresse são fatores que contribuem para a escolha de novos trabalhos. O desenvolvimento tecnológico e o surgimento de novos modelos de negócios impulsionaram essa tendência. Por isso, tornou-se necessário que a legislação avançasse de forma a contemplar novas modalidades de trabalho.
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10 milhões de
Mustang Ford comemora a produção de 10 milhões de unidades do Mustang
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Ford comemorou a produção de 10 milhões de Mustangs, o carro esportivo mais vendido do mundo há três anos consecutivos e líder do mercado norte-americano nos últimos 50 anos. No Brasil, o “muscle car” já somou 700 unidades vendidas em seis meses de lançamento, que representam nada menos que 96% da categoria. O modelo escolhido para simbolizar o marco de 10 milhões foi um Mustang GT conversível branco Wimbledon, com motor V8 de 466 cv, câmbio manual de seis velocidades e tecnologias avançadas de assistência ao motorista, produzido na fábrica da Ford
em Flat Rock, Michigan, EUA. O primeiro Mustang de série (VIN 001) produzido em 1964 era da mesma cor e modelo, com motor V8 de 166 cv e câmbio manual de três marchas. “O Mustang é o coração e a alma desta empresa e um dos carros preferidos em todo o mundo”, disse Jim Farley, presidente de mercados globais da Ford. “Quando vejo um Mustang passar na rua em Detroit, Londres ou Pequim, sinto a mesma emoção de quando comprei meu primeiro carro – um Mustang cupê 1966 que dirigi por todos os Estados Unidos quando era adolescente. É um carro que faz todo o mun-
do sorrir em qualquer idioma.” Como parte da comemoração, mais de 60 proprietários de Mustangs de várias épocas ajudaram a escrever o número 10.000.000 com os carros na fábrica de Flat Rock, com sobrevoo de três caças P-51 Mustang. Durante seus 54 anos de história, o Mustang foi produzido também em San Jose, Califórnia, em Metuchen, Nova Jersey, e na fábrica original em Dearborn, Michigan. Ícone cultural que inspira otimismo e independência, o Mustang também é o carro que conta com o maior número de fãs no Facebook em todo o mundo.
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Ele vem com suspensão adaptativa MagneRide, freios esportivos Brembo, seis modos de condução, piloto automático adaptativo, alerta de colisão com assistente autônomo de frenagem e detecção de pedestres, assistente de frenagem de emergência e sistema de permanência em faixa com detecção de fadiga.
Painel digital configurável de 12 polegadas, escapamento com válvula ativa, registro de dados de performance Track Apps e Line Lock, que bloqueia eletronicamente as rodas dianteiras para o preaquecimento dos pneus traseiros, são outros recursos exclusivos do Mustang.
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Mustang GT Considerado o melhor de todos os tempos, o Mustang 2018 é oferecido no Brasil na versão de topo GT Premium, com motor V8 5.0 de 466 cv, transmissão automática de 10 velocidades com opção de trocas no volante e pacote de performance de série.
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Versões históricas Veja abaixo os lançamentos mais importantes que marcaram a história do Mustang: 1965 Lançamento do Shelby GT350 e estreia do Mustang 2+2 com teto totalmente fastback. 1968 O Mustang 390 GT estrela o filme “Bullitt” com Steve McQueen e o motor Cobra Jet 428 é introduzido na linha.
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1969 Lançamento dos modelos de alta performance Boss 302 e Boss 429. 1970 Introdução da entrada de ar “Shaker” no capô.
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1974 Estreia do Mustang II em meio à crise do petróleo, suspendendo a oferta do motor V8 até 1975 1976 Introdução da versão Cobra II na linha. 1979 Estreia da plataforma “Fox” do Mustang de tendência europeia. 1982 Retorno do Mustang GT após 12 anos de ausência. 1984 Estreia do Mustang SVO (Special Vehicle Operations), de produção limitada. 1993 Estreia da edição limitada Mustang Cobra SVT (Special Vehicle Team). 2000 Retorno do Mustang Cobra R SVT de competição. 2001 Estreia da edição limitada comemorativa Mustang Bullitt.
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2003 Retorno do Mustang Mach 1 com entradas de ar “Shaker” no capô. 2004 A produção do Mustang é transferida da fábrica de Dearborn para Flat Rock, após 40 anos. 2007 Volta da versão California Special. 2008 Volta do Mustang Bullitt 2011 Estreia do novo motor V8 5.0 de 417 cv no Mustang GT
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2012 Lançamento do primeiro Mustang Boss 302 desde 1971, com motor V8 de 446 cv. 2015 Lançamento do Mustang de sexta geração, o primeiro com suspensão traseira independente, e dos modelos Shelby GT350 e GT350R com motor V8 5.2 de virabrequim plano. 2018 Renovação do estilo, introdução do motor V8 5.0 de 466 cv e do Pacote de Performance II. 2019 Lançamento da edição limitada Mustang Bullitt, com 486 cv.
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Totalmente elétrico MINI apresenta design preliminar de modelo totalmente elétrico a ser comercializado globalmente em 2019
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MINI divulgou os primeiros esboços exclusivos de design do que será o primeiro modelo totalmente elétrico da história da marca britânica. Seguindo a partir do projeto-piloto MINI E, iniciado há exatos dez anos, e do modelo plug-in híbrido MINI Cooper S E Countryman All4, o MINI com bateria elétrica representa o próximo estágio nos planos de eletrificação da marca MINI. Os esboços de design serão revelados a tempo para o Festival de Velocidade (Festival of Speed ou ‘FoS’, na sigla em inglês), entre 12 e 15 de julho em Goodwood, sul da Inglaterra. O estande da MINI no FoS dará aos visitantes a chance de experimentar o MINI Electric Concept.
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Combinando o passado e o futuro Os esboços mostram a grade do carro. O segundo esboço mostra o design da roda do MINI totalmente elétrico, que foi transportado do MINI Elec-
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elétrica drivetrain chegará em 2019 - exatamente 60 anos depois que o primeiro clássico Mini foi colocado à venda. Baseado no MINI 3 portas, o modelo elétrico sairá da linha de montagem da unidade indus-
trial de do grupo em Oxford, na Inglaterra. O drivetrain será produzido nas plantas do BMW Group em Dingolfing e Landshut, na Alemanha, centros de competência do Grupo para mobilidade elétrica.
Sobre o BMW Group Com suas quatro marcas BMW, MINI, Rolls-Royce e BMW Motorrad, o BMW Group é o fabricante líder mundial de automóveis e motocicletas e também fornece serviços financeiros e de mobilidade premium. Como uma empresa global, o BMW Group opera 31 instalações de produção e montagem em 14 países e possui uma rede global de ven-
das em mais de 140 países. Em 2017, o BMW Group vendeu cerca de 2.463.500 milhões de automóveis e 164.000 motocicletas em todo o mundo. O lucro antes de impostos em 2017 foi de aproximadamente 10,65 bilhões de euros em receitas de 98,678 bilhões de euros. Desde 31 de dezembro de 2017, o BMW Group tinha uma força de trabalho de 129.932 colaboradores.
O sucesso do BMW Group sempre foi baseado no pensamento de longo prazo e em uma ação responsável. Portanto, a empresa estabeleceu a sustentabilidade ecológica e social em toda a cadeia de valor, a responsabilidade abrangente de produtos e um claro compromisso com a conservação dos recursos como parte integrante da sua estratégia.
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tric Concept - revelado pela primeira vez no ano passado - no modelo de produção. O BMW Group anunciou o desenvolvimento de um MINI totalmente elétrico em 2017. O primeiro MINI com bateria
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Escort comemora 35 anos no Brasil Ford Escort: pioneiro dos carros mundiais comemora 35 anos no Brasil
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Ford Escort, carro que foi objeto de desejo dos jovens nos anos 80, completou 35 anos de lançamento no Brasil. Além da carroceria inovadora de “dois volumes e meio”, com frente em cunha, faróis retangulares, janelas amplas e traseira curta, ele se destacava
pela agilidade e economia. E ficou famoso principalmente pela versão esportiva XR3, que oferecia a opção conversível. Lançado no Brasil em 1983, o Escort foi o primeiro carro mundial da Ford e marcou o surgimento dessa tendência, que buscava o compartilha-
mento de projetos e componentes para reduzir custos. Durante os 20 anos em que foi produzido, ele trouxe seguidas inovações para o mercado. Quando chegou ao Brasil, o Escort já estava na terceira geração na Europa, onde fez grande sucesso. Equipado com
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relógio azul no teto eram itens adicionais de requinte. A versão esportiva XR3 (de Experimental Research 3) surgiu no mesmo ano e se tornou o ícone da linha, com quatro faróis auxiliares, aerofólio traseiro, teto solar, rodas de 14 polegadas no estilo “trevo de quatro folhas” e pneus de perfil baixo – outra novidade em carros nacionais. O motor 1.6 com calibração especial oferecia 10 cv a mais de potência. A versão Escort XR3 Conversível chegou em 1985 e tornou-se o sonho de consumo da época. Em 1986 o Escort foi reestilizado, com mudanças no capô, grade, faróis, piscas e para-choques envolventes e passou a ser equipado somente com motor 1.6 e duas portas. Com a formação da Autolatina, em 1989 as versões XR3 e Ghia receberam o motor AP 1.8 e a família foi ampliada com um sedã de duas portas, o Verona. Em 1991 a linha ganhou um sedã de quatro portas, chamado Guarujá, produzido na Argentina, e a série especial Fórmula, com amortecedor eletrônico e bancos Recaro.
Em 1993, o Escort chegou à segunda geração, com uma carroceria maior totalmente nova e interior modernizado. O XR3 recebeu motor 2.0 com injeção eletrônica e a carroceria antiga continuou a ser produzida na versão Hobby para o segmento de carros populares, com motor 1.6, depois trocado pelo 1.0. Em 1996, com a criação do Mercosul, o Escort passou a ser produzido na Argentina com nova frente, motor 1.8 Zetec e o fim das versões XR3, Ghia e Hobby. No chamado modelo 1996 e meio, o hatch voltou a ter quatro portas e o nome Verona foi trocado por Escort Sedan. Foram introduzidos também a perua Escort Station Wagon e o esportivo hatch RS, com duas portas. Em 2000 o Escort ganhou a opção do motor Zetec Rocam 1.6 nacional, até o encerramento da produção em 2003. Atualmente, a Ford usa o nome Escort em um sedã médio produzido na China, que não guarda nenhum parentesco com o antigo modelo, mas também faz muito sucesso.
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motor transversal, tração dianteira e suspensão independente nas quatro rodas, calibrada para mercado brasileiro, tinha tamanho compacto (3,97 m) e o menor coeficiente aerodinâmico do país (0,385 Cx). Numa época em que ainda não havia motores flex, o Escort oferecia versões a álcool ou a gasolina dos modelos 1.3 e 1.6. O desempenho econômico, a direção leve e agradável, a ampla visibilidade, o baixo nível de ruído e o acabamento interno eram outros pontos elogiados do carro. A embreagem com ajuste automático de folga e a garantia de três anos contra corrosão eram outras novidades. O Escort foi o primeiro carro brasileiro a oferecer simultaneamente a opção de duas ou quatro portas e tinha três versões de acabamento: básica, L e GL. A versão Ghia, de luxo, chegou depois com vidros e travas elétricos, vidros com efeito dourado, limpador de pára-brisa ajustável e indicadores de desgaste do freio, nível de combustível, óleo e líquido de arrefecimento. Os bancos de veludo e o
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Detroit aquece salão com
mudança de data
para o verão A partir de 2020, o NAIAS será realizado em junho, no verão, com atrações externas
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aneiro de 2019 deverá ser a última vez que o Salão de Detroit, na Motor City, é realizado no inverno glacial do Estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos. Há cerca de dois anos, a direção do North America Auto Show (NAIAS) começou conversar com clientes e planejar mudanças para (literalmente) aquecer a exibição no Cobo Hall, após sucessivas perdas de grandes expositores. A decisão foi mudar radicalmente a temperatura do maior evento automotivo norte-americano, que a partir de 2020 será realizado em junho, no
verão, com adição de diversas atividades externas. A direção do Salão de Detroit espera que a mudança revitalize o evento e volte a atrair mais expositores e público, com redução de custo operacional e aumento de atrações, com o clima mais amigável aos pedestres no entorno do Cobo Hall – algo impossível em meio às nevascas e temperaturas abaixo de 10 graus negativos do gélido inverno de janeiro. Este ano, Audi, BMW e Mercedes-Benz anunciaram que não montarão estandes no Cobo Hall em 2019. A três marcas ale-
mãs seguiram Mazda, Mini, Volvo, Porsche, Mitsubishi, Jaguar e Land Rover, que em anos recentes desistiram da mostra norte-americana, por entender que o salão não atraia mais grande parte de seu público alvo e não compensava os altos custos envolvidos. Com a mudança da realização do evento para a semana de 8 de junho em 2020, os organizadores prometem maior retorno sobre o investimento dos participantes, pois estimam redução de 30% a 40% nos custos operacionais para exibir produtos no Salão de
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Simulação do exterior do Cobo Hall no Salão de Detroit de 2020, com a mudança da exposição para junho, no verão, quando será possível a realização de diversas atividades externas
onde têm rumado em número diversos fabricantes de veículos, mais interessados em mostrar as tecnologias mais avançadas de seus produtos do que os carros em si. “Seríamos tolos em não ver a tendência do que está acontecendo na indústria e pensar que podemos continuar a fazer a mesma coisa. Temos de reformular e reimaginar o que temos de ser. Por isso o Salão de Detroit está passando pela maior transformação das últimas três décadas”, resume Rod Alberts, diretor executivo do NAIAS.
O último Salão de Detroit, realizado em janeiro passado, atraiu cerca de 800 mil visitantes e injetou US$ 480 milhões na economia local, segundo estimativas de consultorias. A expectativa é que a mudança de data melhore o desempenho do evento. “Junho abre oportunidades que janeiro simplesmente não permite. Nós acreditamos que podemos continuar a entregar significativo impacto econômico para a cidade e oferecer um evento diferente que qualquer um já experimentou”, confia Alberts.
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Detroit, além da diminuição pela metade do tempo gasto na preparação da exibição das atuais oito semanas para apenas quatro. Isso porque janeiro é antecedido por três grandes feriados nos Estados Unidos (Ação de Graças, Natal e Ano-Novo). A nova data no meio do ano desvia dessas paralisações e evita o pagamento de horas extras ao pessoal envolvido. Outra vantagem é deixar de cruzar com a CES, a feira de tecnologia eletrônica que acontece uma semana antes do Salão de Detroit em Las Vegas, para
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NOVAS ATRAÇÕES “Mover o NAIAS para o verão abre novas oportunidades para as empresas e cria novas experiências para os visitantes”, comemorou Rick Snyder, governador de Michigan, estado que abriga a Motor City e as raízes da indústria automotiva dos Estados Unidos. Abrigar o salão sob a luz do sol e o clima ameno de junho melhora sensivelmente o ambiente depressivo, agravado pelo inverno rigoroso, da decadente Detroit após sofrer com
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anos de recessão econômica e abandono. Além da exposição tradicional no interior do Cobo Hall, no verão os participantes irão promover eventos externos para lançar veículos de forma mais criativa, test-drives, demonstrações de carros com tecnologia de direção autônoma e percursos offroad em pistas de simulação para modelos 4x4. Está prevista a realização de eventos de promoção de marcas ao longo de pontos turísticos do centro antigo de Detroit,
como Hart Plaza, RiverWalk (calçadão ao lado do rio), Campus Martius, Woodward Avenue e Grand Circus Park. Essas ações externas também poderão usar instalações automotivas históricas fora do centro e em parques públicos como o Belle Isle, uma ilha fluvial servida por linhas de barcos durante o verão. “Detroit tem agora a oportunidade de mostrar sua bela paisagem a beira-rio e o centro revitalizado durante os radiantes dias de verão, em espaços
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tivo da entidade, a partir de uma centena de reuniões em diversos países com representantes da indústria (montadoras e fornecedores) e líderes governamentais. As mudanças foram bem recebidas pelas principais montadoras dos Estados Unidos. “Reinventar o NAIAS como um festival de verão de design, velocidade e inovação irá mostrar o melhor de nossa indústria e o melhor de Detroit; em um evento imperdível para fabricantes de veículos e imprensa”, afirma
Mark Truby, vice-presidente de comunicação da Ford. Ele foi seguido em declaração similar pelo seu colega com o mesmo cargo na General Motors, Tony Tony Cervone: “Aplaudimos a DADA por pensar grande e aproveitar a oportunidade de reimaginar o salão e posicionar Detroit sob a melhor luz. Estamos animados em fazer parte da série de eventos dessa espécie de festival que irá mostrar o que acontece de melhor na indústria automotiva e Detroit”, afirmou.
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Fonte: Automotive Business
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que serão usados criativamente para lançar produtos que vão transformar a cidade em um ambiente autocêntrico”, diz Larry Alexander, presidente do centro de visitantes e convenções de Detroit. Segundo a DADA, associação dos concessionários de veículos da região de Detroit responsável pela organização do salão, as mudanças de data e formato do evento foram exaustivamente discutidas nos últimos dois anos por membros do comitê execu-
fica a dica
Cinco passos para fugir das dívidas Com o ritmo de crescimento econômico enfraquecido, o número de desempregados no país continua alto e, como consequência, a dificuldade de manter as contas em dia aumenta
Por Dora Ramos
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fica a dica
1. Compre à vista, não parcele No momento da compra, o pagamento com cartão de crédito sempre é oferecido, mas fuja. Prefira quitar suas despesas à vista, pois, além de estar criando uma dívida a prazo, utilizando o crédito você corre o risco de se enrolar e cair nos juros e taxas que estão cada vez mais abusivos.
2. Coloque todas as despesas na ponta do lápis O ideal é fazer uma relação de gastos contendo qual a despesa, o valor, a data e o grau de necessidade (utilize o nível de 1 a 5, por exemplo, sendo o 1 aquilo que pode ser descartado e o 5, o mais necessário). Recomendo que as despesas sejam relacionadas a cada se-
mana, para que, no final do mês, você tenha um relatório completo e visualize facilmente o que poderia ter poupado ou qual será a sobra de dinheiro para o próximo mês.
3. Não abuse das compras: Acredito que todos tenham iuvido a frase “Você gasta mais do que pode”. E é exatamente isso que grande parte da população faz, o que resulta em um mar de dívidas. Se você se identificou com essa situação, tome cuidado, pois é bem possível que já esteja no vermelho há algum tempo. Para mudar esse cenário, compre com consciência. Analise o que realmente está precisando e evite desespero na hora da conferência da conta corrente.
4. Pense no futuro e poupe Infelizmente, a maioria dos brasileiros não possui uma reserva financeira. O baixo rendi-
mento e os baixos salários sempre são mencionados como desculpas entre aqueles que não conseguem poupar, mas também há fatores comportamentais envolvidos nessa questão. Sendo assim, mude sua forma de pensar e veja a poupança como algo que pode se transformar na semente de um grande investimento, o que, dependendo do seu empenho e administração, pode resultar em lucro e sucesso.
5. Invista corretamente e veja sua economia crescer uma vez que tenha investido corretamente, seu dinheiro pode crescer de forma inesperada. As correções, taxa de juros e ganho de capital mostrarão mais tarde o quanto vale a pena o esforço de poupar e abrir mão de alguns gastos hoje. O investimento bem-sucedido é sinônimo de mais dinheiro em suas economias e uma vida mais tranquila.
* Dora Ramos é orientadora financeira e diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial
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ara fugir desse problema, confira cinco dicas que o ajudarão a conter o orçamento e ter mais tranquilidade na hora de colocar os seus planos em prática:
fica a dica
Pneus são itens de segurança Para aumentar a garantia ao consumidor, desde abril pneus só podem ser vendidos com etiqueta do Inmetro
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egurança viária é um assunto importante e permeia desde as condições das vias até as condições dos veículos que trafegam nelas. É por isso que realizar manutenção preventiva com regularidade em carros, motos e demais automotores é imprescindível. Entre os itens que precisam ser observados estão os pneus. Ouvido pela Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito, o engenheiro mecânico e coordenador dos cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Materiais e Nanotecnologia da PUCPR, Luís César de Carli Turco, salientou que, além da segurança, os pneus também têm responsabilidade sobre o desempenho do veículo. “São eles que transferem para o asfalto toda a potência do automóvel, seja de tração, seja de frenagem. Além disso, os esforços laterais que ocorrem quan-
do o veículo está em uma curva também só existem devido ao contato dos pneus com a via. É a força de atrito que possibilita o movimento, redução de velocidade ou mudança de direção”, esclarece o professor. Há diversos tipos de pneus disponíveis no mercado. Na hora de escolher um, o indicado é optar pelo que mais se adequa ao veículo. Porém, uma vez que o automóvel passa a circular, o desgaste é inevitável, e chegará o momento de trocá-los. “Nessa hora o importante é não alterar as propriedades originais, que são encontradas na lateral dos pneus originais e indicam as características técnicas daquele modelo”, explica Turco. Mais segurança nas vias Desde abril de 2018, todos os pneus novos do tipo radial para automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus passaram a
ser vendidos com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE),disponibilizada pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro. Na prática, o consumidor passou a ter acesso mais fácil aos níveis de desempenho dos pneus, como segurança, eficiência e impacto ambiental. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) afirma que a etiqueta pode facilitar a decisão de compra do cliente. “A etiquetagem tem o objetivo de passar ainda mais transparência ao consumidor e ajudá-lo a escolher o pneu mais adequado ao seu veículo e tipo de direção”, explica Klaus Curt Müller, presidente da ANIP. Além disso, o regulamento definiu limites mínimos de performance para três critérios - Ruído externo; Aderência ao piso molhado; e Resistência ao rolamento - que permitem apenas a entrada de
fica a dica produtos no mercado brasileiro que atendam esses limites, trazendo efetivos benefícios à saúde e segurança do usuário, bem como ao meio ambiente. Medidas que podem prolongar a vida útil O professor Carli Turco enfatiza que manter a manutenção dos pneus em dia ajuda a ampliar a vida útil deles. “Fazer um rodízio do jogo de pneus é recomendado a cada dez mil quilômetros. Lembrando que, a cada rodízio, é importante manter o sentido de giro do pneu. Fazendo isto,
quando for necessária a troca, ela deverá ser feita em todo o jogo”, orienta. Outro cuidado recomendado é guiar de maneira suave, com arrancadas e freadas progressivas. Atitude que aumenta o tempo de vida dos pneus e ajuda a reduzir o consumo de combustível. O que diz o CTB O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não tem um artigo que fale exclusivamente sobre a situação dos pneus, mas o artigo 230, em seu inciso XVIII, deixa claro que é infração grave,
com penalidade de multa e retenção do veículo, circular com automóveis em mau estado de conservação, comprometendo a segurança. Estar com os pneus carecas pode ser considerado mau estado de conservação. “Os pneus são a ligação do veículo com o solo. Assim, um pneu desgastado perde seu poder de transferir os esforços. As rodas podem virar em falso (patinar), deslizar, aumentar muito o tempo de frenagem (mesmo em veículos com sistema ABS) ou impedir que o veículo consiga fazer curvas”, reforça o engenheiro mecânico.
Pneus são elo entre veículo e asfalto e um dos itens responsáveis pela segurança do automóvel
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fica a dica
Placas e cartazes obrigatórios FecomércioSP ressalta que regras vão desde aviso de gravações de ambiente até vedações a práticas discriminatórias
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s estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo precisam ficar atentos a duas novas normas obrigatórias. No dia 9 de julho passa a valer a lei n.º 16.756/18 que obriga a aplicação do símbolo mundial da conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA), a “fita quebra-cabeça”, nas placas de atendimento prioritário nos estabelecimen-
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tos. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) entende que é importante conceder um prazo maior para a adaptação dos comerciantes. A Entidade propôs a regulamentação da lei na Assembleia Legislativa de São Paulo visando à prorrogação do prazo e espera uma medida do Estado nesse sentido.
O estabelecimento que não cumprir com a norma imposta estará sujeito à advertência por escrito na primeira autuação e, depois, multa de 50 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), aproximadamente R$1.285. No último dia 11 de junho entrou em vigor a lei n.º 16.762/18 que solicita a fixação de placas proibindo também os atos de discriminação racial. É obriga-
fica a dica dos abaixo. 1) Alvará de funcionamento. 2) Disponibilizar uma via do Código de Defesa do Consumidor para consulta. 3) Cartaz sobre emissão de nota fiscal. 4) Placa – Disque Procon 151. 5) Ofertas e formas de afixação de preços – produtos fracionados em pequenas quantidades. 6) Placa – desconto pela antecipação de pagamento de dívidas (Lei Estadual de SP n.º 14.180/2010). 7) Diferença de preços – Portaria n.º, 4 da Sunab. 8) Enquadramento no Simples – micro e pequena empresa (Lei nº 9.317/96 e Lei Complementar n.º 123/2006). 9) Placa – “O ambiente está sendo filmado” (Lei n.º 13.541/2003).
10) Cartaz – males causados pelo alcoolismo (Lei Estadual n.º 10.501/2000). 11) Placa – atendimento preferencial de gestantes, mães com crianças de colo, idosos e pessoas com deficiência (Lei Municipal n.º 11.248/1992). 12) Placa – uso de capacete em estabelecimentos comerciais (Lei Estadual n.º 14.955/2013). 13) Placa – “É proibido fumar” (Lei Estadual de SP n.º 13.541/2009 e Lei Municipal de SP n.º 9.120/1980). 14) Divulgação de mensagens relativas a exploração sexual e tráfico de crianças e adolescentes (Lei Federal n.º 11.577/2007) 15) Aviso – “Vedação a qualquer forma de discriminação” (Lei Estadual n.º 14.363, de 15 de março de 2011)
Sobre a FecomercioSP A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega
137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais
de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.
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tória a fixação do aviso em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, em pontos de ampla visibilidade – tais como ambientes de trabalho e estudo, áreas comuns de condomínios, teatros, cinemas, bares, restaurantes, supermercados, farmácias, lojas, entre outros. O descumprimento da legislação pode gerar penalidade de até 100 Ufesps às empresas, que corresponde ao valor aproximado de R$ 2,57 mil. A FecomercioSP lembra, ainda, que além das duas leis mencionadas acima, os estabelecimentos comerciais de todo o Estado de São Paulo são obrigados, por lei, a expor mais 15 placas e cartazes com avisos indicativos para o seu devido funcionamento, conforme lista-
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Pacotes para pequenos Correios estudam criar pacote de entregas para pequenas empresas Por Caio Colagrande
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s Correios afirmaram que estudam criar novos pacotes de entregas, voltados a pequenas empresas que ainda não tenham alto volume de vendas. A intenção de desenvolver os novos produtos foi informada ao E-Commerce Brasil como resposta a matéria publicada em 25 de julho. Nela, a estatal admitia a suspensão do contrato básico de envios. Segundo a nota, até que as soluções estejam disponíveis para o mercado, serão renovadas ou firmadas novas parcerias para o pacote “Encomendas 2” – cujo valor mínimo de gastos é de R$ 2 mil por mês para encomendas – ou tenham perspectiva de utilização mensal superior a R$ 1 mil, caso desejem outros serviços do portfólio.
A empresa também confirmou que essas regras se aplicam apenas aos novos contratos e renovações. Dessa maneira, os pacotes já contratados podem continuar sendo utilizados normalmente. Até agora, a estatal não definiu nenhuma data para lançamento dos pacotes específicos a pequenas empresas. Confira a íntegra da resposta da estatal: “Os Correios são o maior parceiro do e-Commerce brasileiro e ao longo dos anos vem desenvolvendo soluções que facilitam o dia a dia das pequenas e grandes empresas do setor na atuação nacional por meio das suas mais de 7.000 agências presentes em todo o país.
O acesso a esse conjunto de soluções é concedido pela aquisição de nossos serviços na modalidade de pagamento à vista ou a faturar, por meio de nossos contratos comerciais. Ao firmar um contrato comercial com os Correios, o cliente torna-se parceiro da maior empresa de logística de encomendas do Brasil e passa a ter acesso a um conjunto de benefícios associados ao cumprimento de contrapartidas específicas. Alinhado ao objetivo de melhoria contínua, bem como à oferta de soluções eficientes, o processo de formalização de novos contratos é constantemente revisado e adaptado ao cenário do mercado. Dessa forma, foram iniciados estudos internos para desen-
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- Tenham perspectiva de utilização mensal superior a R$ 1.000,00, caso desejem contratar outros serviços do portfólio dos Correios. Importante esclarecer que essas regras aplicam-se apenas aos novos contratos e renovações. Dessa maneira, a regra descrita acima não se aplica aos contratos já vigentes, os quais podem continuar sendo utilizados normalmente. Vale esclarecer também que tais regras não se aplicam aos clientes classificados como
“Órgãos Públicos”, devido ao disposto nas Leis 8.666/93 e 13.303/96. Ressaltamos também que, caso o cliente não se enquadre em nenhum desses critérios, suas postagens poderão ser realizadas na modalidade à vista em todas as nossas agências. Por último informamos que permanecemos priorizando a implantação de ações que têm como objetivo tornar nossa prestação de serviços ainda mais aderente ao mercado de comércio eletrônico.”
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Fonte: E-Commerce Brasil
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volvimento de soluções simplificadas específicas para as pequenas empresas que ainda não possuem alto nível de consumo de nossos serviços. Assim, até que tais soluções estejam disponíveis para o mercado, serão renovados e/ou firmados novos contratos que atendam aos requisitos a seguir: - Adquiram o pacote “Encomendas 2” que possui um valor mínimo de gastos de R$ 2.000,00 por mês, caso desejem contratar os serviços de encomendas; ou,
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À mão do cliente Jaguar lança aplicativo Go I-PACE para seu SUV elétrico ficar à mão dos clientes
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Jaguar, marca britânica de veículos esportivos de luxo, acaba de lançar um aplicativo inteligente que ajuda os motoristas do SUV elétrico I-PACE no seu dia a dia, antes mesmo de chegarem ao volante do veículo. O aplicativo Go I-PACE captura os dados das viagens para calcular possíveis economias, mostrar o quanto de bateria seria usada por viagem e informar quantas recargas seriam precisos em uma semana dirigindo o I-PACE. À medida que cria uma visão geral do uso do veículo, o aplicativo mostrará inclusive quantas vezes será preciso parar para carregar as avançadas baterias de íons de lítio de alta densidade energética, caso realmente seja necessário. Deslocamentos com mais de 80 km representam apenas 2% de todas as viagens do Reino Unido. Isso significa que o I-Pace, que tem uma autonomia de 480 km (no ciclo de WLTP), poderia completar 98% das viagens usando apenas uma fração de uma única carga. Ao abrir o aplicativo, o usuário pode inserir informações
reais quanto à economia de combustível do seu veículo atual e calcular quanto economizaria ao trocar o modelo pelo I-Pace. Uma vez que as viagens tenham sido registradas, o aplicativo estimará o período em que os motoristas podem atingir uma carga completa de uso. Um mapa interativo permite a busca de pontos de recarga mais próximos em uma rota escolhida ou em uma área próxima. Ian Hoban, diretor da linha de veículos Jaguar I-PACE, disse: “A mudança para um veículo elétrico é uma grande decisão. Mas temos certeza de que qualquer pessoa que testar o I-PACE apreciará sua dinâmica veicular, desempenho, praticidade e conforto. No entanto, o test-drive não mostra o custo operacional e a conveniência de viver diariamente com o nosso SUV elétrico de alta performance. O aplicativo Go I-PACE foi desenvolvido para ajudar potenciais clientes a tomarem essa decisão com base em informações reais.”
Compatível com o sistema operacional da Apple, o aplicativo Go I-PACE funciona em segundo plano e utiliza o serviço de localização do dispositivo para rastrear os trajetos individuais. Ele também pode distinguir entre diferentes modos de transporte para garantir a coleta de dados, fazendo os usuários confirmarem se as viagens foram feitas pelo veículo em rotas incomuns ou por bicicletas, por exemplo. A Jaguar juntou-se ao apresentador de TV britânico e especialista veículos elétricos, Robert Llewellyn, para demonstrar o funcionamento do aplicativo Go I-PACE. Robert Llewellyn, especialista em veículos elétricos, afirma: “Pode parecer difícil para os motoristas entenderem como um veículo elétrico se encaixaria em seu dia a dia. O aplicativo Go I-PACE torna isso possível ao fornecer informações personalizadas sobre como funcionaria com base em dados reais. Eu não tenho dúvidas que o aplicati-
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regar para aproveitar tarifas de energia mais baratas. O conjunto de tecnologias inteligentes de otimização inclui um sistema de pré-condicionamento da bateria que, quando conectado, aumentará ou diminuirá automaticamente a sua temperatura para maximizar o seu alcance antes mesmo de sair com o veículo.
Os proprietários também podem aproveitar as atualizações de software que garantem que o I-PACE esteja sempre funcionando na versão mais atual. O aplicativo Jaguar Go I-PACE é gratuito e está disponível para download. O Jaguar I-PACE deve chegar ao mercado brasileiro ainda este ano, sem data e preço definidos.
Sobre a Jaguar Land Rover A Jaguar Land Rover é a maior fabricante de automóveis do Reino Unido e possui duas marcas icônicas da indústria automotiva britânica: a Jaguar, com mais de 80 anos de história, é a marca premium que mais cresce no Brasil e agora conta com uma nova geração completa de produtos composta por veículos esportivos, sedãs e SUVs e a Land
Rover, que, desde 1948, é referência mundial em veículos todo terreno. Controlada pelo grupo indiano Tata Motors, a companhia conta com cerca de 42 mil colaboradores em todo o mundo e comercializa seus produtos em 130 países. A produção de veículos é centralizada no Reino Unido, com plantas adicionais na China, na Índia, na Eslováquia e no Brasil, localizada em Itatiaia, RJ. A par-
tir de 2020, todo novo veículo da Jaguar Land Rover será eletrificado, oferecendo aos consumidores ainda mais opções. Serão introduzidos veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in, complementando a gama de modelos atuais equipados com os motores Ingenium diesel e gasolina. Presente há mais de 25 anos no país, a Jaguar Land Rover conta com 39 concessionários no Brasil.
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vo surpreenderá muitos usuários ao informar qual será a economia de custos e mostrando que os proprietários do I-PACE fariam pequenas mudanças nos seus “hábitos de condução diários”. Os cálculos feitos pelo aplicativo têm como base fontes de dados oficiais, usando os custos nacionais e mensais de eletricidade, gasolina e diesel a partir de informações divulgadas pelo governo de cada mercado. O Jaguar I-PACE conta com carregamento rápido de 0 a 80% em 40 minutos (100kW DC) e pode atingir o mesmo nível em pouco mais de 10 horas usando uma tomada residencial comum (7kW), que é ideal para carregamentos noturnos em casa. Quando conectados, os proprietários podem até escolher a hora em que o veículo começará a car-
tecnologia
Piloto automático para
congestionamentos Ford testa a eficiência do Piloto Automático Adaptativo contra os “congestionamentos fantasma”
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Ford realizou um estudo em parceria com a Vanderbilt University, universidade privada de pesquisa do Tennessee, EUA, para comprovar se o uso do piloto automático adaptativo pode realmente contribuir para reduzir os chamados “congestionamentos fantasma”, reação em cadeia que interrompe o fluxo do trânsito quando um motorista freia sem motivo. Esse tipo de engarrafamento
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é facilmente causado por fatores humanos ¬– como, por exemplo, quando um motorista entra no fluxo sem sinalizar, dirige de forma distraída, tem tempos de reação desconexos ou freia sem necessidade. O estudo, feito em uma pista de testes fechada da Ford, contou com 36 motoristas que simularam o fluxo normal de tráfego de uma estrada em carros equipados com piloto automáti-
co adaptativo. Depois, eles repetiram o mesmo trajeto sem usar a tecnologia, acelerando e freando manualmente os veículos. A conclusão foi que, quando os veículos são equipados com piloto automático adaptativo, o impacto de uma frenagem sobre o fluxo do trânsito é muito menor. E a fluidez é beneficiada mesmo quando apenas um em cada três veículos usa essa tecnologia.
tecnologia
da Ford a usá-lo em suas viagens”, diz Torsten Wey, gerente de tecnologia de segurança da Ford Europa. “Há anos, pesquisadores e engenheiros de tráfego têm buscado tecnologias inteligentes para reduzir os congestionamentos, seja por meio da comunicação entre veículos, seja de sistemas capazes de prever
o caminho a seguir”, diz Daniel Work, professor de engenharia civil da Universidade Vanderbilt. “Essa demonstração foi uma oportunidade única para entender como tecnologias ativas de assistência ao motorista já disponíveis comercialmente podem ser usadas para influenciar positivamente o fluxo de tráfego.”
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Também conhecido como ACC (do inglês Adaptive Cruise Control), o piloto automático adaptativo é a base dos sistemas de direção autônoma. Por meio de sensores, ele acelera ou freia automaticamente o veículo para manter a velocidade selecionada de acordo com o fluxo do trânsito, sem a necessidade de intervenção do motorista. A Ford tem aprimorado continuamente essa tecnologia e recentemente introduziu o recurso “stop and go”, que permite ao carro retomar a viagem após ficar até 3 segundos parado. Nos sistemas anteriores, quando o carro para o piloto automático é desligado e precisa ser reativado para voltar a operar. Essa inovação já está disponível no Brasil nos modelos Fusion e Edge. “Acreditamos que o piloto automático inteligente é um passo para ajudar a reduzir os congestionamentos e encorajamos os proprietários de carros
colunista
Como desenvolver autoconfiança nas mulheres da empresa Colocar em prática iniciativas que as encoraje e amplie seu leque de competências pode ajudar no processo
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Que vivemos em um mercado predominantemente masculino, já sabemos. O que não sabemos ao certo, ainda, é quanto tempo levaremos para conquistar a igualdade definitiva de gêneros em todos os setores do mercado de trabalho. Oferecer um ambiente favorável que estimule provocações saudáveis de carreira e promova desenvolvimento é um excelente gerador de autoconfiança, algo que precisa ser especialmente trabalhado em nós mulheres nessa luta pela igualdade. A autoconfiança continua sendo um fator primordial para conseguirmos nosso devido e merecido espaço e reflexões sobre esse tema vêm sendo feitas ao longo dos anos. O bestseller “Nice Girls Don’t Get the Corner Office”, escrito em 2004 por Louis Frankel, colocava as mulheres em desvantagem no mercado de trabalho por causa de suas características naturais. Entretanto, felizmente hoje falamos nas vantagens que a diversidade de gêneros (assim como
Por Silvia Zwi
todas as demais) traz ao mundo corporativo, levando as mulheres a ocupar cada vez mais espaço nas áreas tradicionalmente masculinas. Em uma obra mais recente que revoluciona a discussão sobre as mulheres no mundo do trabalho, “Lean In”, Sheryl Sandberg nos desafia a inverter a reflexão sobre o que as mulheres não podem fazer para o que podem fazer e serve como um grito de guerra para que trabalhemos juntas para criar um mundo mais igualitário. Ela nos encoraja a sonhar alto, assumir riscos e nos lançar em busca de nossos objetivos sem medo. Para tudo isso precisamos de autoconfiança. Mas como reduzir a insegurança das mulheres nas empresas? Iniciativas que as encorajem e abram novas portas contribuem muito para isso. Uma prática transferível e que confirma essa linha é o Female Rotation. Nesse programa oferecemos para as participantes experiências em áreas diferentes das que atuam, com foco em operações, enge-
nharia e supply chain. Durante um ano, as profissionais passam a dedicar 20% do seu tempo semanal para desenvolver um novo projeto com autonomia. Sem qualquer investimento financeiro, apenas com a dedicação de tempo dos envolvidos, conseguimos demonstrar o potencial e capacidade feminina nesses ambientes e semear o interesse das mulheres em atuar em áreas diferentes, viabilizando movimentos de carreira que antes seriam impossíveis. Vale destacar que esse não é um processo de gestão de desempenho, mas uma iniciativa que visa ampliar o leque de competências e a versatilidade de mulheres, desmistificando eventuais preconceitos relacionados a áreas “masculinas” e “femininas”. Com isso, naturalmente, empoderamos nossos talentos femininos, mostrando o quanto elas são capazes de contribuir, significativamente, com todas as suas virtudes para o sucesso da companhia em que trabalham.
*Silvia Zwi é diretora de Recursos Humanos na Eaton para Américas do Sul e Central. Com experiência anterior na CPFL Energia, também passou por empresas como Organizações Globo, BP, International Paper e Renault. É graduada em Educação pela Unicamp com pós-graduações pela Universidade de Manchester, Inglaterra, na Universidade de Haifa, Israel, e pela FGV-SP.