Revista Sincopeças-SP 562

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Revista

colunista

Ano 48 . Edição 562. Maio/19

Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos

a mídia oficial do setor

BENEFÍCIOS AO COMÉRCIO acontece

SINCOPEÇAS-SP apoia Reforma da Previdência

varejo em foco

De olho no tráfego da loja

artigo

1 revista sincopeças-SP

Regulamentação da Empresa Simples de Crédito deve abastecer economia e expandir concessão de crédito ao comércio. Segundo o projeto, a ESC será capaz de realizar operações com crédito em âmbito municipal

Cuidado com o veículo pode salvar vidas no trânsito


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índice

editorial

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho 1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

conselho fiscal Heber Carlos de Carvalho Alfredo Alves da Silva Júnior 1° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Francisco Wagner De La Tôrre

2º secretário Edson Shosaburo Koga

2° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Álvaro Pereira

1º tesoureiro Álvaro Pereira

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

diretores Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto Claudia Aparecida Lago Passo Roger Sousa Gomes Silva Rogério Alves Lins Sérgio Augusto Costa Mendes

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

O País precisa

de reformas

O

s números gerais da economia brasileira estão abaixo das expectativas em relação ao início do ano. Estamos assistindo à possibilidade de um quadro de depressão com expectativa de inflação, que aumentou de 3,5% para 5%. A atividade econômica no geral apresentou queda das expectativas. Havia a possibilidade de crescimento em torno de 2% e hoje já se fala em 1,1%. O PIB já está se apresentando com um quadrimestre negativo e, como o varejo de autopeças tende a acompanhar o crescimento da renda e do consumo – e isso não tem acontecido, ao contrário, está estagnado – não estamos com a mesma expectativa otimista que tínhamos no início do ano. Estamos bastante reticentes com relação à boa performance do consumo do varejo de autopeças para o segundo semestre. Se não houver uma rápida aprovação da Reforma da Previdência, ainda no primeiro semestre, entendemos que no segundo semestre teremos dificuldades. Vale destacar que, mesmo com a aprovação da Reforma da Previdência, em um patamar de economia de um trilhão de reais para os próximos 10 anos, isso não bastará para que o crescimento seja retomado. Outras medidas terão de vir porque entendemos que a herança que o governo Bolsonaro herdou dos 14 anos de gestão petista é muito mais desastrosa do que imaginávamos inicialmente. O País precisa, além da Reforma da Previdência, de uma Reforma Tributária, não necessariamente no sentido de diminuição dos impostos porque não há um cenário político favorável, principalmente por conta da dificuldade de estabelecer um pacto federativo, mas que haja pelo menos uma Reforma Tributária que caminhe no sentido da simplificação e da segurança jurídica no que diz respeito à apuração dos impostos das empresas, haja vista que existem divergências bastante acentuadas entre o entendimento da atual estrutura tributária por parte das empresas e da Receita Federal e da Sefaz. Uma Reforma Tributária é crucial também para que possamos entrar em um ciclo de crescimento sustentável.

Boa leitura

3 revista sincopeças-SP

03 editorial 06 acontece 20 gestão e direito 26 fica a dica 30 capa 36 varejo em foco 44 especial on-line 48 mercado 52 artigo 56 eventos 60 giro 66 tecnologia


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CONHEÇA O

SINCOPEÇAS-SP

O SINCOPEÇAS-SP atua há 78 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveram criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.

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ACESSE O SITE

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editorial ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO

LEI DO DESMANCHE

APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP

REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL

NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

PESQUISA MVA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO

ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL

INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL

REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL

ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS

PESQUISA ROLAND BERGER revista sincopeças-SP

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SINCOPECAS/


acontece

SINCOPEÇAS-SP apoia a Reforma da Previdência SINCOPEÇAS-SP envia ofício ao Congresso Nacional em apoio à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência

O

presidente do SINCOPEÇAS-SP, Francisco De La Tôrre, enviou ofício aos 81 Senadores da República e aos 513 Deputados Federais, declarando apoio à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência apresentada pelo Governo Federal, em trâmite no Congresso Nacional.

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O SINCOPEÇAS-SP é favorável à proposta, em total consonância com o posicionamento já declarado da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por entender que a Reforma da Previdência garante o futu-

ro do sistema e seu adiamento será um retrocesso para a economia brasileira, empurrando o problema para frente, uma vez que, com o envelhecimento da população brasileira, as aposentadorias futuras ficarão comprometidas. Veja abaixo a íntegra do ofício:


acontece São Paulo, maio de 2019 Ofício SSP nº 0026/19 Reforma da Previdência – Manifestação de apoio do SINCOPEÇAS-SP Ao Congresso Nacional Att. Excelentíssimo Sr. Parlamentar nesta, Apoio à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência

Cordialmente, Francisco Wagner De La Tôrre Presidente SINCOPEÇAS-SP SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO Vice-presidente FECOMERCIO SP Federação do Comércio do Estado de São Paulo

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Excelentíssimo Sr. Parlamentar do Congresso Nacional, O SINCOPEÇAS-SP – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, representando 26.500 lojas de autopeças no Estado, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, entidade sindical representante de segmento da economia responsável por um significativo percentual do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro e que tem por missão promover o desenvolvimento pleno e sustentável das empresas representadas e da sociedade de modo geral, filiado à FECOMERCIO SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior, vem declarar seu apoio incondicional à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência apresentada pelo Governo Federal, em trâmite no Congresso Nacional. O SINCOPEÇAS-SP é favorável à proposta, em total consonância com o posicionamento já declarado da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por entender que a Reforma da Previdência garante o futuro do sistema e seu adiamento será um retrocesso para a economia brasileira, empurrando o problema para frente, uma vez que, com o envelhecimento da população brasileira, as aposentadorias futuras ficarão comprometidas. O aumento da expectativa de vida da população brasileira e a queda na taxa de natalidade, aliada ao crescente déficit na conta da previdência, tornam a reforma necessária e urgente para garantir a sustentabilidade do sistema para os futuros aposentados, haja vista que o destino do sistema previdenciário brasileiro deve ser a preocupação de todos. Para o SINCOPEÇAS-SP, a Reforma da Previdência é um passo importante para a garantia de um futuro mais sólido e equilibrado para as gerações futuras, sendo nossa responsabilidade resolver a questão fiscal. É importante lembrar que a Reforma da Previdência não é o único passo a ser dado nessa direção, mas é fundamental no sentido de destravar a economia e garantir um País viável para nossos filhos e netos. Nesse sentido, o SINCOPEÇAS-SP vem, através deste ofício, manifestar total apoio à Reforma da Previdência junto ao nobre Parlamentar. Entendemos que existem pontos na Reforma proposta pelo atual governo que devem ser revistos e melhor estruturados pelo Congresso Nacional, mas há que se considerar que também é fundamental a preservação do montante a ser economizado. Pelas razões acima expostas, a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência merece nosso total e irrestrito apoio. Desde já o SINCOPEÇAS-SP agradece a atenção de Vossa Excelência, com protestos de elevada estima e consideração, e permanece à disposição para mais esclarecimentos pelo telefone (11) 3287-3033 ou e-mail sincopecas@ sincopecas.org.br.


acontece

Em defesa do micro e pequeno empresário FecomercioSP passa a integrar Frente Parlamentar do Empreendedorismo e Combate à Guerra Fiscal de São Paulo. Representantes da Entidade apresentam propostas aos parlamentares com a intenção de melhorar ambiente de negócios no Estado

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m defesa do empresário de micro e pequeno negócio e com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de um novo ambiente empresarial – mais simples, rentável, flexível e sem entraves –, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) nomeia dois representantes à Frente Parlamentar do Empreendedorismo e Combate à Guerra Fiscal (Frepem) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o presidente do Conselho de Assuntos Tributários da FecomercioSP, Márcio Olívio Fernandes, e a assessora econômica Kelly Carvalho. Com isso, a Entidade pretende colaborar com as ações dos parlamentares para a recupera-

ção do crescimento econômico, gerando emprego e renda e atraindo investimentos para o Estado de São Paulo. Para a FecomercioSP, é preciso facilitar a atividade comercial, reduzindo a burocracia e simplificando as relações entre os setores privado e público. A Frepem conta com a participação de 50 deputados estaduais e 55 instituições. A primeira reunião do mandato 2019-2023 aconteceu na manhã desta quinta-feira, 9 de maio, sob o comando do deputado estadual Itamar Borges (PMDB). Na ocasião, a FecomercioSP apresentou ofício com propostas para melhoria do ambiente de negócios em São Paulo, entre elas a ampliação do Poupatempo do Empreendedor para todo

o Estado; a criação da certidão de nascimento da empresa; a flexibilização das exigências de concessão da licença ambiental; e os combates à pirataria e às feiras itinerantes. Completam as sugestões da Entidade a digitalização de documentos; a facilitação do acesso ao crédito pelas micros e pequenas empresas; a revisão da Lei n.º 12.685/2007 para adaptação do valor das multas ao Código de Defesa do Consumidor; e a implantação do programa Emprega Fácil para contratação de novos empregados. Durante o encontro, a Federação ainda disponibilizou seu corpo técnico, altamente capacitado, para auxiliar na implantação das propostas em parceira com a Frepem.

Sobre a FecomercioSP A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega

136 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza

mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.

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Fonte: FecomercioSP


acontece

Pela melhoria do ambiente de negócios FecomercioSP sugere revogação de leis estaduais para melhorar ambiente de negócios para comerciantes e consumidores. Entre as normas que a Federação sugere que sejam revogadas está a que impede que o comerciante estabeleça limite mínimo para compra com cartão

E

m reunião nesta quinta-feira (09) com os deputados estaduais de São Paulo Ricardo

Mellão e Sergio Victor - ambos do Partido Novo -, a Federação do Comércio de Bens, Serviços

e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) entregou propostas de revogação de al-

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Revoga Já e medidas pela desburocratização e melhoria do ambiente de negócios no Estado estiveram na pauta de discussões (Arte/Tutu)


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gumas leis estaduais com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e garantir mais poder de decisão a comerciantes e consumidores. A Federação também se colocou à disposição para estruturar projetos relativos à desburocratização. Os parlamentares são responsáveis pela iniciativa "Revoga Já – O fim das leis que atrapalham". Amostras de produtos Uma das propostas da Federação é a revogação da Lei Estadual de n.º 8.124/92, que obriga fornecedores de revistas, brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou esporte, entre outros, a manterem amostras sem lacre dos produtos expostos à venda, para exame do consumidor. A Entidade observa que esses produtos, após o manuseio ou rompimento do lacre, serão vendidos da forma em que se encontrarem – com preço abaixo do valor devido – ou serão descartados pelo comerciante. Ambos os casos incorrem em prejuízo econômico à empresa.

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Limite mínimo para compra no cartão A Lei Estadual de n.º 16.120/16 veda aos estabelecimentos comerciais a exigência de valor mínimo para compras com cartão de crédito ou débito. A Federação aponta que a lei estadual inviabiliza o exercício do comércio varejista e pode

Reunião da assessoria técnica da FecomercioSP com os deputados estaduais Heni Cukier (no canto esquerdo), Daniel José (representado pela chefe de Gabinete Nara Borges), Sergio Victor (representado pelo chefe de gabinete Erich Tavares) e Ricardo Mellão (representado pelo chefe de gabinete Marcelo Rodrigues Costa). abrir espaço para a ilegalidade quando as exigências legais são excessivas. Ressalta ainda que a escolha das formas de pagamento nos estabelecimentos comerciais e a imposição de regras para o seu uso são ferramentas utilizadas pelos empresários do comércio, de acordo com cada negócio e suas necessidades. Nota Fiscal Paulista A Lei Estadual n.º 12.685/07, dispõe sobre a criação do Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado de São Paulo,

a Nota Fiscal Paulista. A FecomercioSP explica que a lei está prejudicando o comércio, uma vez que órgãos como o Procon – SP têm expedido lotes de autuações eletrônicas contra os estabelecimentos comerciais, principalmente por falta de registro do documento fiscal ou pelo registro ter sido feito fora do prazo, com multa referente a cada documento. Outro motivo apontado foi a desproporcionalidade de algumas multas com valor de até R$ 250 mil reais, ainda que a soma de valores das notas


acontece

sabilidade pelo recebimento dos produtos pós-consumo. Dessa forma, o artigo 24 da Constituição Federal determina que uma lei federal suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrário.

Logística Reversa A Lei Estadual de n.º 13.576/09 dispõe sobre a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico, como monitores, televisores, peças de computadores, baterias e pilhas que deve ser feita pelos atores responsáveis pelo ciclo de vida desses produtos. O pedido de revogação da FecomercioSP se dá em razão dessa norma exigir que todos os agentes responsáveis pelo ciclo de vida do produto instituam um sistema de logística reversa, mas não definir uma atribuição distinta a cada um deles. A Entidade também explica que essa lei não está de acordo com a atual determinação federal. Essa lei estadual diverge da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), n.º 12.306/10, estabelecida posteriormente, que tratou da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos a ser implementada de forma individualizada e encadeada, delegando a fabricantes e importadores a responsabilidade pela destinação ambientalmente adequada, e a distribuidores e comerciantes a respon-

Prazos de entrega A Lei Estadual de n.º 13.747/09 (alterada pela Lei n.º 14.951/13) obriga fornecedores de bens e serviços localizados no Estado de São Paulo a fixar data e turno para a entrega dos produtos ou realização dos serviços aos consumidores. Os três turnos – manhã, tarde e noite – vão das 07 às 23 horas. Segundo a FecomercioSP, o pequeno comerciante tem uma logística mais apertada e a lei foi elaborada de maneira que prejudica a estratégia logística dessas empresas, já que aumenta o número de viagens que devem ser feitas para entrega dos produtos, expandindo os custos com frete. A entidade explica que, ao tentar delimitar prazos, bem como garantir a entrega de forma gratuita, o Poder Público suprime do empresário e do consumidor a liberdade de ajustarem o que desejam. Perda de inscrição no ICMS A Lei Estadual de n.º 14.496/13, estabelece a cassação da inscrição no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de qualquer empresa

que faça uso direto ou indireto de trabalho escravo ou em condições análogas. Além disso, os sócios, pessoas físicas ou jurídicas, ficam impedidos de exercer o mesmo ramo de atividade por dez anos. A FecomercioSP avalia que, muito embora a medida seja positiva e esteja de acordo com a legislação brasileira e normas internacionais sobre os direitos humanos, ela penaliza objetivamente os empresários, ferindo os princípios da presunção de inocência. Despesas processuais A Lei Estadual de n.º 15.855/15 fixou as custas judiciais devidas ao Estado de São Paulo ao valor da causa ou da condenação como base de cálculo da taxa, além de definir limites máximos e mínimos da exigência. A lei aumentou de 2% para 4% a alíquota em questão, com teto de R$ 79.590,00. A FecomercioSP entende que a norma dobrou os custos para recolhimento no Estado, o que é uma medida excessiva e desproporcional, pois não reflete o custo real que o Estado terá com o serviço judiciário, já que isso independe do valor da causa. A entidade ressalta que o valor das custas judiciais deve ser proporcional à despesa da atividade estatal e ter limites máximos, sob pena de inviabilizar o acesso de muitos ao judiciário em decorrência da quantia cobrada.

Fonte: FecomercioSP

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fiscais não ultrapasse um valor baixo, como R$ 200,00; por exemplo. Dessa forma, explica a Entidade, as empresas têm buscado o Poder Judiciário para discutir a aplicação dessas penalidades.


acontece

Sindirepa-SP premia melhores

marcas da reparação

Pesquisa com 335 reparadores de cidades do Estado São Paulo avaliou 19 categorias que abrangem autopeças, equipamentos, óleos lubrificantes, tintas e seguradoras

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riado em 2009, o Prêmio Sindirepa-SP, que elege as melhores marcas do setor de reparação de veículos, chega à 10ª edição. A revelação das marcas vencedoras da premiação em 19 categorias de produtos e serviços, segundo a pesquisa realizada pela CINAU envolvendo 335 reparadores do Estado de São Paulo, foi realizada, no dia 28 de maio, no Teatro SESI, na sede da FIESP. Para chegar ao resultado das marcas vencedoras foram avaliados vários quesitos, como qualidade, disponibilidade e atendimento. O evento reuniu representantes da indústria, entidades do setor de reposição e da diretoria do Sindirepa-SP que entregou os selos Ouro, Prata e Bronze aos vencedores de cada categoria, de acordo com as classificações: primeiro, segundo e terceiro lugares. Nesta edição, houve empate técnico nas categorias componentes para motor, equipamento de diagnóstico

de motor, farol/lanterna e filtros, o que significa que quatro empresas foram premiadas nestes casos específicos. Segundo Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessório do Estado de São Paulo), a premiação se tornou uma referência para o mercado porque valoriza as marcas que são parceiras dos reparadores por oferecerem produtos de qualidade e atendimento. “É uma forma de destacar e reconhecer as empresas que contribuem para o desenvolvimento da reparação de veículos”, acrescenta. Fiola lembrou também que quando foi realizada a primeira edição do prêmio há 10 anos, os veículos atendidos nas oficinas eram diferentes dos atuais. “Houve muita evolução tecnológica e o setor de reparação acompanhou as mudanças e continua com expressiva participação

Premiados com selo OURO

Premiados com selo PRATA

Premiados com selo BROBNZE


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tos chega a quase 60 milhões”, comenta. No ranking mundial, o Brasil é o 6° maior mercado, uma posição significativa e mostra também a importância do mercado de reposição.

Os ganhadores de cada categoria do Prêmio Sindirepa-SP, abaixo listados, poderão usar o selo durante um ano em materiais promocionais e campanhas publicitárias.

AMORTECEDORES 1º lugar COFAP 2º lugar NAKATA 3º lugar MONROE

EMBREAGEM 1º lugar LUK 2º lugar SACHS 3º lugar VALEO

PASTILHA DE FREIO 1º lugar COBREQ 2º lugar JURID 3º lugar FRAS-LE

BOMBA DE COMBUSTÍVEL 1º lugar BOSCH 2º lugar MAGNETI MARELLI 3º lugar DELPHI

EQUIPAMENTO DE DIAGNÓSTICO DE MOTOR 1º lugar NAPRO TECNOMOTOR 2º lugar BOSCH 3º lugar SUN

ROLAMENTOS 1º lugar INA 2º lugar SKF 3º lugar FAG

CABO DE VELA 1º lugar NGK 2º lugar BOSCH 3º lugar

DELPHI DAYCO

FAROL / LANTERNA 1º lugar VALEO CIBIE 2º lugar ARTEB 3º lugar

HELLA MAGNETI MARELLI

COMPONENTES DE MOTOR: Anéis, bronzina e pistões 1º lugar MAHLE METAL LEVE KS 2º lugar TAKAO 3º lugar COFAP

1º lugar 2º lugar

CORREIAS 1º lugar CONTITECH 2º lugar DAYCO 3º lugar GATES

GÁS REFRIGERANTE 1º lugar CHEMOURS 2º lugar SOLVAY 3º lugar FORANE

DISCO DE FREIO 1º lugar FREMAX 2º lugar HIPPER FREIOS 3º lugar TRW VARGA

ÓLEO LUBRIFICANTE 1º lugar MOBIL 2º lugar LUBRAX 3º lugar IPIRANGA

A premiação contou com os seguintes patrocinadores: Bradesco Seguros e Renault (patrocínio Diamante) e receberam homena-

3º lugar

FILTROS FRAM WEGA BOSCH MANN

gem como empresas parceiras da reparação, Porto Seguro e Schaeffler (patrocínio Ouro), KS Kolbenschmidt, Magneti Marelli – Cofap,

SEGURADORAS 1º lugar PORTO SEGURO 2º lugar BRADESCO 3º lugar TOKIO SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO 1º lugar DENSO 2º lugar VALEO 3º lugar DELPHI VELA DE IGNIÇÃO 1º lugar NGK 2º lugar BOSCH

1º lugar 2º lugar 3º lugar

TINTAS SHERWIN WILLIAMS PPG WANDA

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Monroe Amortecedores e Rede PitStop (patrocínio Prata) e Bosch, IQA, Solera-Audatex, Takao e ZF (patrocínio Bronze).

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sendo responsável por 80% da frota circulante de veículos do País, estimada em 44 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, somando mo-


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ARTEB é prata na categoria faróis e lanternas Fabricante, que completa 85 anos de atuação, atende montadoras e oferece amplo portfólio de produtos em sistema de iluminação no mercado de reposição, está em segundo lugar no ranking das marcas mais lembrada pelos reparadores

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Emerson Brasil, Gerente comercial da ARTEB, recebeu a premiação de Douglas Palma, diretor do Sindirepa e do IQA


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representa que a marca está atendendo a demanda com portfólio de produtos que oferece ampla cobertura à frota circulante, procurando estar cada vez mais presente no mercado de reposição. "O aftermerket é muito importante e a ARTEB tem se dedicado com muito afinco para entender e suprir as necessidades, com disponibilidade de produtos com a mesma qualidade dos originais, além de informações técnicas", comenta Emerson Brasil, Gerente comercial da companhia, que recebeu a premiação de Douglas Palma, diretor do Sindirepa e do IQA.

A reestruturação da área comercial, em meados de 2018, com a implantação de 12 escritórios regionais, participação nas principais feiras do setor e treinamentos técnicos para aplicadores, fortalecimento da rede de distribuição e programa de fidelização de cliente, tem aproximado a marca do mercado e expandido a sua atuação no aftermarket. A proposta é intensificar todo esse trabalho de relacionamento para continuar ganhando participação e contribuindo para o desenvolvimento do setor de reparação de veículos no Brasil.

Sobre a ARTEB A ARTEB é uma das principais fabricantes mundiais de sistemas de iluminação para o setor automotivo, atendendo montadoras e também presente no mercado de reposição. Empresa nacional, com atuação de mais oito décadas, desenvolve soluções e novas tecnologias

que imprimem padrão de qualidade e eficiência na fabricação de faróis, lanternas e break lights, sendo inovadora em concepção de design, tecnologia e materiais de última geração. Com parque fabril em São Bernardo do Campo-SP, onde estão localizados a matriz, centro tecnológico, duas plantas e a Arteb Tech,

que desenvolve itens eletrônicos, além da fábrica em Camaçari/BA SIAN, situada no polo plástico da cidade, próximo ao Complexo Industrial da Ford Moto, a Arteb possui 1.200 colaboradores.

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ARTEB, umas das principais fabricantes de sistemas de iluminação, acaba de conquistar o selo PRATA que equivale a segunda colocação de marcas de farol/lanterna do Prêmio Sindirepa-SP, de acordo com a pesquisa Melhores do Ano, que avaliou 19 categorias de produtos e serviços do setor de reparação na de veículos, contando com a participação de 335 profissionais de cidades do Estado de São Paulo. Para a ARTEB, que está completando 85 anos de atuação e busca inovação constante em novas tecnologias em led para faróis e lanternas, a premiação


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Nakata consolida a vice-liderança em amortecedores na avaliação dos reparadores No Prêmio Sindirepa-SP, a fabricante conquista a segunda posição da melhor marca em amortecedores

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Sabrina Carbone, gerente de Marketing da Nakata, recebe selo PRATA de Eduardo Neves, da Nipobrasileiro, e diretor do Sindirepa-SP


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peça e é formador de opinião do mercado que é o mecânico. Também faz questão de frisar o comprometimento da marca com o mercado e que estar na segunda colocação entre as marcas avaliadas representa responsabilidade de continuar a entregar as melhores soluções em produtos e serviços. Procurando se antecipar às necessidades dos reparadores, a Nakata tem investido em diversas frentes indo além do atendimento técnico e toda estrutura para dar suporte ao cliente, com catálogo eletrônico interativo e canais digitais com dicas de aplicação. Inovou e lançou plataformas exclusivas para os reparadores, como EAD com certificado digital e o Feras da Oficina onde os reparadores podem compartilhar informações técnicas ao postarem di-

cas de aplicação e ainda concorrerem a prêmios. "Queremos contribuir com atualização e a capacitação técnica dos mecânicos, oferecendo além dos treinamentos presenciais, a opção de ensino a distância para facilitar o acesso à informação e ao conhecimento e, ao mesmo tempo, valorizar o conteúdo e a experiência dos mecânicos acumulada ao longo de anos e que agora tem espaço exclusivo para ser compartilhada e divulgada", explica. É desta forma, estabelecendo relacionamento próximo e buscando estar presente no dia a dia da oficina que a Nakata vem ganhando participação e reconhecimento do mercado, comprovados pelas pesquisas realizadas com reparadores, como esta do Prêmio Sindirepa-SP.

Sobre a Nakata Automotiva A Nakata Automotiva, fabricante de autopeças para o mercado de reposição para veículos leves, pesados e motocicletas, líder em componentes undercar, vem construindo sua história de sucesso há mais de 60 anos no Brasil. Com pioneiris-

mo, qualidade e compromisso com o mercado, a Nakata Automotiva se tornou reconhecida pela alta performance de seus produtos e elevado padrão de serviços. Comprometida 100% com o mercado de reposição, oferece soluções completas de serviços

pré e pós-vendas. Possui fábrica em Diadema, sede administrativa e centro de tecnologia e desenvolvimento em Osasco e dois centros de distribuição em Extrema-MG e Santo André -SP e exporta para mais de 20 países das Américas, Europa, Ásia e Oceania.

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Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição, ganha mais uma posição de destaque no mercado ao ficar em segundo lugar entre as marcas de amortecedores mais adoradas pelos reparadores, conforme divulgado no Prêmio Sindirepa-SP, no dia 28 de maio, que traz o resultado de pesquisa de avaliação realizada com 335 reparadores do Estado de São Paulo, envolvendo 19 categorias de produtos e serviços. Esta posição de vice-liderança em amortecedores vem se consolidando e agora com o Prêmio Sindirepa-SP fica ainda mais forte. Segundo Sabrina Carbone, gerente de marketing da Nakata, o reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido vem através da avaliação do cliente, o profissional que aplica a


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NGK é eleita uma das melhores marcas de velas e cabos de ignição do aftermarket Empresa recebe Selo Ouro pela sexta vez consecutiva em premiação que elege as marcas de destaque do setor de reparação

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NGK, marca especialista em sistema de ignição, é eleita como uma das melhores parceiras do mercado de reparação de veículos nos segmentos de velas de ignição e cabos de velas, durante a 10ª edição do PrêmioSindirepa-SP - Os Melhores do Ano. A empresa recebeu o Selo Ouro em duas categorias. A premiação elege as fabricantes de autopeças, acessórios e produtos que se destacaram em 2018. No total, 335 profissionais da reparação foram ouvidos pela Cinau (Central de Inteligência Automotiva) com o objetivo de identificar as marcas de maior destaque em quesitos como disponibilidade, qualidade e atendimento. É a sexta vez consecutiva que a NGK conquista a premiação nas categorias Velas de Ignição e Cabos de Vela, em um total de 19 categorias.

"Ficamos muito orgulhosos por receber este reconhecimento, pois é extremamente gratificante chegar aos 60 anos de história no Brasil evidenciando o nosso compromisso com os clientes, oferecendo produtos de qualidade e, sobretudo, dando suporte ao reparador. Essa conquista é fruto de um trabalho intenso que, acima de tudo, visa alcançar

a satisfação do profissional e, evidentemente, do consumidor final", afirma Eduardo Hiroshi Nakasaki, gerente comercial da NGK do Brasil. O evento de entrega do Prêmio Sindirepa – Os Melhores do Ano, que acontece em São Paulo (SP), conta com cerca de 150 empresários da Reparação, além de diretores da entidade e lideranças do setor.


acontece

Renault é reconhecida pelo Sindirepa como Montadora Parceira do Setor de Reparação Independente

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dente. Nossa visão é atender todos os clientes Renault, onde quer que realizem o serviço. O título nos enche de orgulho e demonstra que estamos no caminho certo”, afirma Gustavo Ogawa.

Para o desenvolvimento conceitual e auditoria dos resultados da pesquisa, o Sindicato escolheu a CINAU - Central de Inteligência Automotiva, unidade do Grupo Oficina Brasil dedicada à pesquisa e inteligência de mercado.

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Na 10ª edição do Prêmio SINDIREPA - Os Melhores do Ano, na Fiesp em São Paulo, a Renault recebeu o título de Montadora Parceira do Setor de Reparação Independente 2019, entregue por Antônio Fiola, presidente do sindicato, para Gustavo Ogawa, diretor de pós-venda da Renault do Brasil. Essa iniciativa do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo destaca a atuação dos melhores parceiros do setor, fazendo com que os bons exemplos promovam melhoria geral do atendimento às oficinas, e, consequentemente, a prestação de serviços a seus clientes. “Esse reconhecimento é fruto da proximidade da Renault junto ao mercado indepen-


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Atenção às multas na rescisão do contrato de trabalho Empresário deve ficar atento a multas na rescisão do contrato de trabalho. Empresa que perder o prazo de pagamento das verbas rescisórias e deixar de homologar a demissão em casos que exigem o procedimento fica sujeito a penalizações (Por Eduardo Vasconcelos)

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Reforma Trabalhista facultou à CCT a obrigação de homologar a rescisão do contrato de trabalho (Arte/Tutu)


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dical e tempo disponível do trabalhador e do empregador (ou preposto) para comparecer à solenidade. “A desobrigação da homologação otimizou o tempo gasto no processo de rescisão. O empregado, às vezes, levava 60 dias para terminar todo procedimento”, comenta o superintendente de administração de pessoal da consultoria MG Contécnica, Leandro Matos. Desde a alteração da legislação trabalhista, o processo de rescisão, na maioria dos casos, é finalizado na própria empresa, reduzindo substancialmente o período de desvinculação do empregado. A homologação, contudo, ainda pode ser exigida, contanto que seja negociada entre os sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores na convenção coletiva de trabalho (CCT) que rege as relações trabalhistas da categoria profissional. “Quando há previsão em convenção coletiva, encaminhamos para homologação. Algumas determinam que o procedimento seja feito para funcionários com pelo menos seis meses de tempo de empresa”, conta o ge-

rente de Recursos Humanos na área de Administração de Pessoal do Atacadão, Marcos Tasso. De acordo com ele, para evitar multas, também é importante ficar atento ao prazo para homologar a rescisão, normalmente previsto na CCT. Além de se inteirar da necessidade de homologar a rescisão contratual, o empresário deve ficar atento ao prazo de dez dias para pagamento das verbas rescisórias e à eventual decisão de demitir um funcionário dentro do período de 30 dias que antecede a data-base da categoria, ficando sujeito, em ambos os casos, à indenização de um salário mensal. Para auxiliar os empreendedores a entender como funcionam todas as etapas do processo de demissão, as multas e as verbas rescisórias que incidem sobre cada tipo de desligamento, bem como as alterações promovidas pela Reforma Trabalhista, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) produziu um e-book especial sobre o assunto. Confira o material para se precaver de erros e penalizações.

Fonte: FecomercioSP

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pesar de não estar nos planos de nenhum negócio, a demissão de funcionários faz parte do dia a dia das empresas em função de diversos motivos. Além de ser um momento emocionalmente delicado, a rescisão do contrato de trabalho requer atenção e compreensão da lei por parte do empresário para se precaver de multas e eventuais questionamentos na Justiça. Com a Reforma Trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, algumas etapas do processo de rescisão foram alteradas, o que acentua ainda mais a importância de os empreendedores se instruírem sobre o procedimento e os encargos que recaem em cada tipo de quebra de contrato. Uma das principais mudanças diz respeito à desobrigação de realizar a homologação da rescisão do contrato do trabalhador. Antes da reforma, o funcionário que tivesse mais de 12 meses de empresa tinha que ser encaminhado ao sindicato de sua categoria profissional para formalizar a demissão. Isso exigia o agendamento de uma data com a entidade sin-


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Regras para as férias Conheça as regras para conceder férias individuais ou coletivas a seus funcionários. Empregador deve consultar as normas e instruções para a concessão das férias na CLT e na convenção coletiva de trabalho da categoria

Segundo a legislação trabalhista, as férias são concedidas por ato do empregador, e este está encarregado de comunicar ao empregado com ao menos 30 dias de antecedência (Arte/Tutu)

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mês de julho, que está próximo, é o período das férias escolares, e muitos pais aproveitam para tirar férias no trabalho. Isso tem impacto na rotina empresarial, já que as empresas precisam se planejar estrategicamente e aten-

der a essas demandas respeitando a legislação em torno do assunto. Mas além das regras previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é comum que haja alguma norma estabelecida pela convenção coletiva de

trabalho, então é importante que o empregador consulte a convenção aplicável à categoria. Tendo em vista a importância do assunto para as organizações e a quantidade de regras em torno disso, a Federação do


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Quem tem direito a férias? Todos os trabalhadores urbanos e rurais e domésticos têm direito ao período remunerado de férias, com acréscimo de um terço a mais do salário. As férias devem ser concedidas nos 12 meses seguintes à data em que o empregado tiver adquirido o direito, isto é, após 12 meses trabalhados – chamado de “período aquisitivo”. É importante que o funcionário saia de férias nos 12 meses subsequentes a essa concessão - denominado “período concessivo” -, sob pena de o empregador pagar em dobro pelas férias. Portanto, o empregador não pode deixar acumular dois períodos aquisitivos, ou seja, dois anos trabalhados sem conceder férias a seus empregados. A quantos dias o funcionário tem direito? A cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a determinados períodos de férias, variável de acordo com a quantidade de faltas injustificadas: -30 dias de férias para até cinco dias de falta injustificadas nesses 12 meses; -24 dias de férias para faltas injustificadas entre 6 a 14 dias; -18 dias de férias para faltas

injustificadas entre 15 a 23 dias; -12 dias de férias para faltas injustificadas entre 24 a 32 dias; É possível dividir as férias em períodos? Há essa possibilidade desde a Reforma Trabalhista de 2017, mas somente se o empregado concordar com isso. Sendo assim, as férias podem ser usufruídas em até três períodos; mas um deles não pode ser inferior a 14 dias corridos, e os demais, cinco dias corridos cada um. Essa possibilidade também é aplicada a menores de 18 anos e maiores de 50 anos. Quem decide o período de férias, o empregador ou o empregado? Segundo a legislação trabalhista, as férias são concedidas por ato do empregador, e este está encarregado de comunicar ao empregado com ao menos 30 dias de antecedência. Ainda assim, conforme o art. 10 da Convenção nº 132 da OIT e Decreto nº 3.197/1999, o empregador precisa consultar o empregado antes de decidir, de modo que a escolha da data leve em consideração as necessidades do trabalho e as necessidades do contratado. O ideal é que seja feito em comum acordo, porém a decisão final cabe ao empregador. As duas exceções previstas na CLT são: o funcionário estudante menor de 18 anos poderá coincidir as férias do trabalho com as férias escolares; caso os

membros da família trabalhem na mesma empresa, também poderão fazer o mesmo, se não houver prejuízo ao trabalho. As férias precisam ter início em dia útil? Sim, essa é uma novidade trazida pela Reforma Trabalhista. Além disso, é vedado pela legislação que as férias se iniciem no período de dois dias antecedentes a um feriado ou no dia de repouso semanal remunerado. Qual o valor a ser pago? O empregado tem o direito de receber a remuneração salarial mais um terço de acréscimo desse valor. Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, o empregador precisará calcular a média recebida pelo funcionário nos 12 meses anteriores. Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso também devem ser considerados no cálculo. É possível receber o adiantamento do 13º junto com as férias? Sim, desde que o empregado solicite no mês de janeiro do ano correspondente, nos termos do art. 2º, § 2º, da Lei nº 4.749/1965. Se for solicitado fora do período fixado em lei, o empregador deve avaliar se irá ou não conceder o adiantamento, que corresponderá a 50% do salário recebido no mês anterior.

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Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) respondeu as dúvidas mais recorrentes sobre o assunto. Confira.


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Qual é o prazo para pagamento das férias? A remuneração, bem como o abono pecuniário e adiantamento do 13º salário (se for o caso), precisa ser efetuada em até dois dias antes do início desse período de férias. Ainda assim, a legislação trabalhista não especifica se são dias úteis ou corridos, então, a sugestão ao empregador é de que se considere a aplicação de dias úteis para que não haja prejuízo ao empregado.

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Como devem ser concedidas férias coletivas? Nesse período, a totalidade ou parte dos trabalhadores de uma empresa saem de férias, mas esse tempo longe do trabalho não pode ser inferior a dez dias corridos. Ainda assim, esse período será descontado do saldo de férias de cada funcionário. Essa determinação de férias coletivas pode constar tanto em alguma norma interna da empresa, acordo coletivo de trabalho ou em convenção coletiva de trabalho. Micros e pequenas empresas não estão obrigadas a comunicar as férias coletivas à Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. As demais têm de comunicar com 15 dias de antecedência. Importante: se o funcionário tem menos de 12 meses de emprego, as férias coletivas serão proporcionais ao tempo de serviço.

Quando há perda do direito a férias? O empregado não terá direito a férias nas seguintes hipóteses: -Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias seguintes a sua saída; -Permanecer em gozo de licença, recebendo o salário, por mais de 30 dias; -Deixar de trabalhar por mais de 30 dias, mas ainda recebendo o salário, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da organização; -Tiver recebido prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença da Previdência Social por mais de 6 meses, ainda que descontínuos. O que é abono pecuniário? Trata-se do direito de o empregado converter um terço do período de férias a que tem direito em remuneração relativa aos dias convertidos. Confira: -De 30 dias de férias, o empregado poderá descansar em 20 dias e converter 10 em remuneração. Se tiver direito a 24 dias de férias, poderá converter 8; para 18 dias, poderá converter 6 em remuneração; para 12 dias, poderá converter 4. As normas coletivas de trabalho podem dispor sobre férias? Sim e, por isso, é importante verificar na norma coletiva aplicável se há disposições mais benéficas com relação às férias. No caso da FecomercioSP, na convenção coletiva celebrada

com o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Paulo, CCT 2018/2019, devem ser observadas as seguintes regras: – Férias em dezembro: na hipótese de férias concedidas no mês de dezembro, em período compreendendo Natal e Ano Novo e recaindo esses dias entre segunda e sexta-feira, os empregados farão jus ao acréscimo de dois dias em suas férias. – Coincidência das férias com casamento: fica facultado ao empregado gozar férias no período coincidente com a data de seu casamento, condicionada a faculdade a não coincidência com o mês de pico de vendas da empresa, por ela estabelecido, e comunicação do fato à empresa com 60 dias de antecedência. – Adiantamento do décimo terceiro salário: as empresas se obrigam ao pagamento do adiantamento de 50% do décimo terceiro salário, desde que requerido por ocasião do aviso de férias. – Garantia de emprego e retorno das férias: o empregado que retornar das férias não poderá ser dispensado antes de 30 dias, contados a partir do primeiro dia de trabalho, facultada à empresa a conversão da garantia em indenização. A FecomercioSP elaborou uma cartilha sobre férias individuais e coletivas. Clique aqui e veja os detalhes.

Fonte: FecomercioSP


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Alteração do turno de trabalho no comércio varejista (Por* Carolina Queija Rebouças)

Vale frisar que o artigo 468 da CLT determina que “nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”. Tal viabilidade de alteração é decorrente do poder direto do empregador que tem o direito de unilateralmente administrar a rotina do seu negócio, com ajustes na rotina do trabalho desempenhado, desde que isso não afete a saúde física e mental do empregado e que restem preservadas as condições essenciais do contrato de trabalho pactuado. Assim, o empregador pode fazer jus de seu poder diretivo

e efetuar as alterações e adaptações que entender devidas para o bom andamento do seu negócio. Entretanto, sem se distanciar do bom senso nas relações e ciente de que não poderá causar tais mudanças prejuízo ao trabalhador, o qual deve ter sua saúde mental e física, sempre preservadas.

*Carolina Queija Rebouças é advogada e coordenadora jurídica da área trabalhista do escritório Cerveira Advogados Associados

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dinâmica das operações no setor varejista, notadamente, o funcionamento de lojas e comércios em geral, faz surgir rotineiramente dúvidas sobre a legalidade e licitude da troca de turno de trabalho dos empregados, a fim de se adequar e atender à demanda. Em primeiro lugar, cumpre destacar que nossa Constituição Federal em seu o artigo 7º, inciso XIII, autoriza a alteração de horários e compensação de horas mediante pacto coletivo. Não obstante, a reforma trabalhista tenha trazido mais “informalidade” nas relações de trabalho, é um direito do empregador trocar o turno de trabalho de seus empregados sem que isso possa ferir o artigo 468 da CLT e desde que não represente um prejuízo na vida do trabalhador.


fica a dica

Empresa oferece assessoria

em importação e exportação Através de uma assessoria personalizada, a Dasco atua há 17 anos em importação e exportação dos mais diversos produtos para qualquer mercado

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ocada no objetivo de facilitar e orientar as operações de seus clientes, a Dasco Assessoria em Comércio Exterior possui soluções para coordenar todas as etapas do processo de importação e exportação, priorizando o compromisso de desenvolver uma parceria sólida com importadores e exportadores, fornecendo todos os serviços para atender as necessidades dos clientes. Sua equipe de profissionais conta com experiência

de mercado, que conduz todo o processo sempre com muita disposição e dedicação, evitando possíveis erros e dores de cabeça que os clientes possam ter com toda a burocracia envolvida na atividade. A Dasco tem como principal preocupação conhecer a fundo as necessidades dos clientes, para prestar um atendimento diferenciado e personalizado e assim melhorar constantemente a qualidade de serviços.

Excelência em serviços Habilitação de Radar – O Sistema Radar é uma autorização concedida pela Secretaria da Receita Federal para utilização do Siscomex. Consiste na autorização para os importadores e exportadores operarem, seja pessoa jurídica ou física, para importação ou exportação. Atualmente, o Radar possui a validade de seis meses. Existem três modalidades de Radar para os importadores. Radar Limita-


fica a dica barque aéreo, marítimo ou rodoviário e deve ser contratado antes do embarque. Desenvolvimento da melhor logística – A experiência da Dasco indica que muitos problemas podem ser evitados se importadores e exportadores receberem no tempo certo assessoria e orientações adequadas. Por esse motivo, a Dasco tem como principal preocupação conhecer a fundo as necessidades dos negócios dos clientes, com a finalidade de melhorar constantemente a qualidade de serviços e oferecer estratégias que antecipem ações e ofereçam soluções. Assessoria aduaneira – A Dasco possui excelência nos desembaraços aduaneiros de importação e exportação, pois, além de atuar em todo o território nacional e em todos os segmentos do mercado, também é especializada nas mais variadas modalidades de nacionalização, como: entreposto aduaneiro, drawback, admissão temporária, reporto, entre outras.

LCVM, LCM e CAT - A Dasco é especializada na homologação de veículos e motores junto ao Denatran para a obtenção do CAT – Certificado de Adequação a Legislação de Trânsito. Para veículos fabricados, montados ou encaroçados. Atua também junto ao IBAMA para Programa de Controle da Poluição do Ar – PROCONVE, Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor – LCVM, e Programa de Controle da Poluição de Ar por Motociclos, Ciclomotores e Similares – PROMOT. Licenças e certificações – Registros em órgãos públicos como ANVISA, MAPA, IBAMA, DENATRAN, INMETRO, EXÉRCITO E DENATRAN. Drawback – Com equipe especializada em Drawback, contamos com profissionais que orientam o cliente neste regime esclarecendo as dúvidas e assessorando no planejamento das operações de Drawback, regime que tem como objetivo desonerar os tributos nos insumos utilizados na produção de

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do, permite importar o saldo de USD 150.000,00 a cada seis meses, o Radar Ilimitado, não tem limite para importar, e o Radar Expresso, com limite de USD 50.000,00 para importar. Transporte Internacional com múltiplas escolhas, com agentes de cargas em toda parte do mundo – A Dasco conta com parceiros ao redor do mundo, para os importadores não se preocuparem com as burocracias das documentações do embarque da mercadoria, seja uma importação ou exportação. No momento da contratação do frete, a empresa retira a carga em qualquer parte do mundo e a partir desse momento, começa o trabalho de liberação e assessoria das mercadorias até a chegada no estabelecimento final do cliente Contratação de seguro para cargas - A contratação do seguro é muito importante, para evitar surpresas ou prejuízos no momento do transporte da mercadoria, seja em um em-


fica a dica bens destinados à exportação. O regime aduaneiro especial, conhecido como "drawback", consiste na suspensão ou eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado. O regime especial de drawback é concedido a empresas industriais ou comerciais, concedendo isenção ou suspensão do Imposto de Importação - II, do IPI, do ICMS, do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, além da dispensa do recolhimento de taxas que não correspondam à efetiva contraprestação de serviços, nos termos da legislação em vigor. Como a Dasco pode agregar uma experiência ao cliente “A Dasco tem como objetivo a plena satisfação de seus clientes, garantindo a segurança e a tranquilidade nas operações de importação e exportação, agilizando o desembaraço para que ocorra os processos em prol de um objetivo, reduzir o tempo gasto com burocracias. O resultado é a soma de competências para alcançar os resultados estabelecendo indicadores de desempenhos para contemplar os resultados previstos”, afirma Denilson Verona, diretor da empresa.

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fica a dica

Novidades no cartão Cartão de crédito ganha opção crediário que favorece pequenos negócios. Modalidade que alonga parcelamento reduz risco da venda a prazo e encurta período de recebimento dos valores

ca, ou conforme o número de vezes escolhido pelo cliente no ato da compra. O novo modelo surgiu de um termo de cooperação celebrado entre o Banco Central e a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Estima- -se que os juros do crediário se aproximem das taxas cobradas nos empréstimos consignados, em geral mais baixas do que as demais modalidades de crédito. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que a nova modalidade é vantajosa para pequenas e médias empresas do setor de comércio, uma vez que estabelecimentos desse porte dificilmente têm condições financeiras para oferecer seu próprio crediário ao consumidor. Além disso, a novidade tem o potencial de estimular as vendas no varejo, contribuindo para a melhora da economia.

Endividamento A FecomercioSP elabora mensalmente a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), que tem como objetivo diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor. Das informações coletadas, são apurados indicadores importantes para o empresário, como nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagar dívidas em atraso e grau de comprometimento da renda. A PEIC revela que o cartão de crédito é massivamente responsável pelo endividamento do consumidor – não necessariamente pela sua inadimplência. Prova disso, de acordo com a pesquisa mais recente organizada pela Federação, é que mais de 70% das dívidas contraídas em fevereiro deste ano foram feitas no cartão de crédito. Fonte: FecomercioSP

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ojistas que trabalham com vendas a prazo podem oferecer uma nova modalidade de pagamento a seus clientes. Ao inserir o cartão de crédito na popularmente conhecida maquininha, agora há a opção crediário, na qual o parcelamento pode ser alongado em mais vezes do que o crédito comum, com adição de juros. A principal novidade é que esse tipo de pagamento reduz o risco de inadimplência de uma venda a prazo, uma vez que quem libera a operação é a instituição financeira emissora do cartão, e não a loja. Com isso, a venda só poderá ser feita pela nova opção caso o consumidor esteja autorizado. Para o lojista, o crediário no cartão ainda traz a vantagem de receber o valor da venda em um período mais curto e isento de taxas bancárias – vale lembrar que, atualmente, os valores são repassados em 30 dias, em caso de venda em parcela úni-


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Benefícios ao comércio Regulamentação da Empresa Simples de Crédito deve abastecer economia e expandir concessão de crédito ao comércio. Segundo o projeto, a ESC será capaz de realizar operações com crédito em âmbito municipal

calizada (sede) e nos municípios vizinhos (limítrofes). Essa concessão deverá ser apenas com recursos próprios da empresa. Segundo o projeto, a ESC será uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), Empresa Individual (EI) ou Sociedade Limitada (LTDA.), mas constituída apenas por pessoas físicas, tendo como objetivo único a realização dessas operações de crédito. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a medida é bastante positiva e tem expectativa que essa nova alternativa possa facilitar e disseminar – inclusive para o interior do País – a oferta e o acesso ao crédito principalmente para as empresas de pequeno porte de forma mais ágil e barata do que ocorre hoje com

as operações efetuadas pelo sistema financeiro tradicional. A Entidade aponta que a dificuldade crônica enfrentada pelas pequenas empresas no acesso ao crédito no Brasil é um dos fatores limitadores de seu crescimento há décadas, em função do alto nível real de juros e das exigências e seletividade impostas pelo sistema financeiro nacional. Desse modo, a FecomercioSP tem sistematicamente alertado para a necessidade de se reverter esse quadro, como forma ruptura com as travas que impedem o crescimento e a expansão dos negócios nacionais. A Federação lembra que, atualmente, o total das operações de crédito livre para empresas alcançam um volume perto de R$ 800 bilhões, a um custo médio de juros em torno

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m uma tentativa de irrigar o mercado de crédito para Microempreendedores Individuais (MEIs) e Micros e Pequenas Empresas (MPEs), foi sancionado nesta quarta-feira (24) o projeto de lei complementar (PLC) que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC). O objetivo do projeto, aprovado no fim de março no Senado, é facilitar e reduzir os custos das operações de empréstimo, de financiamento e de desconto em títulos de crédito a uma empresa. Leia a íntegra. O projeto também simplifica a atuação de startups e empresas de inovação, instituindo o regime especial Inova Simples. A ESC, segundo o texto aprovado, será uma empresa capaz de realizar essas operações com crédito em âmbito municipal, podendo atuar exclusivamente no município onde ela está lo-


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A FecomercioSP aponta que a dificuldade crônica enfrentada pelas pequenas empresas no acesso ao crédito no Brasil é um dos fatores limitadores do crescimento dessas empresas (Arte:Tutu)

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de 20% ao ano, uma taxa real muito acima de qualquer padrão mundial, dos quais 13% correspondem ao spread (diferença entre o valor que os bancos pagam na captação e o que cobram na aplicação). O ex-deputado federal e atual presidente da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), Walter Ihoshi, também enaltece o resultado que a mudança pode trazer ao ambiente de negócios. “A ESC tem potencial de melhorar a economia de locais distantes de capitais, onde o crédito para empresas é escasso e há poucas opções de instituições financeiras. Mas não somente nesses locais. O pequeno comércio pode ser beneficiado até mesmo em

grandes centros. Tenho ouvido pessoas interessadas em montar essas ESCs, de modo a poder competir com banco, financeiras, fintechs e cooperativas de crédito”, pontua. Regras estabelecidas O projeto limita a receita bruta da ESC à mesma de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP), isto é, R$ 4,8 milhões, mas, ainda assim, o valor total de todos os repasses de créditos não pode ser superior ao capital declarado. As operações devem ser registradas em entidades autorizadas pelo Banco Central (BC) ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Uma mesma pessoa não pode

participar de mais de uma ESC, ainda que estejam em municípios diferentes. A ESC não poderá captar recursos em nome próprio ou de terceiros. A remuneração de uma empresa nessa categoria ocorrerá apenas com juros remuneratórios, e são vedadas as cobranças de quaisquer outros encargos ou tarifas. A empresa também não poderá se identificar como um banco. As ESCs estão sujeitas aos regimes de recuperação judicial e extrajudicial e ao regime falimentar, regulados pela Lei n.º 11.101/05, a Lei de Falências. Essas empresas deverão manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais, além de transmitir a Escrituração Con-


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tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ficou determinado o seguinte: a base de cálculo para ambos os tributos será de 38,4% da receita bruta da ESC. Além disso, a ESC não poderá recolher tributos na forma do Simples Nacional. A FecomercioSP espera que a regulamentação operacional das ESCs se faça dentro de padrões simplificados, desburocratizada e com baixo ônus tributário, em linha com a redução de amarras burocráticas no sentido de dar fluidez ao crescimento econômico e tornar o ambiente de negócios mais livre. Inova Simples O projeto cria o Inova Simples, um regime especial simplificado que concede às startups um tratamento diferenciado em razão de estimular a consolidação com agentes indutores de

avanços tecnológicos e de criação de empregos. Com a mudança, as startups terão um rito sumário para abertura e fechamento de empresas sob o regime do Inova Simples, que deverá ser feito pelo portal da Rede Nacional para Simplificação do Registro da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Após esse cadastro, o empreendedor deverá abrir uma conta bancária de pessoa jurídica para captação de recursos e integralização de capital provenientes dos titulares, investidores, linhas de crédito etc. Em eventual falência, a baixa do CNPJ será feita automaticamente após essa declaração no portal da Redesim. Nesse mesmo portal, o usuário terá acesso a um canal de comunicação com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para o registro de marcas e patentes.

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tábil Digital (ECD), por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). As ESCs também deverão providenciar a anotação em bancos de dados de informações de adimplência e inadimplência de seus clientes. A formalização de contrato deverá ser realizada por meio de instrumento próprio da empresa. Além disso, a movimentação dos recursos deve ser realizada exclusivamente por meio de débito e crédito em contas de depósito dos titulares da ESC e da pessoa jurídica que solicitou os recursos. As ESCs também foram incluídas na lista de entidades que devem ser controladas com base na Lei da Lavagem de Dinheiro (Lei n.º 9.613/1998), como as empresas de leasing e factoring. Em relação às cobranças do Imposto de Renda (IR) e da Con-

Fonte: FecomercioSP


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Competitividade no sistema financeiro Artigo de Abram Szajman e Ives Gandra da Silva Martins analisa os impactos da falta de concorrência bancária no desenvolvimento nacional

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Brasil, desde o Plano Real, adquiriu o direito de ter uma moeda estável, com inflação moderada, dez vezes menor do que a da Argentina para o período. Nesses 25 anos, o real perdeu perante o dólar menos de quatro vezes seu valor, o que para países emergentes é uma vitória. Em paralelo, a Constituição de 1988 garantiu estabilidade democrática graças à sua excelente espinha dorsal no equilíbrio entre os Poderes e no concernente aos direitos individuais, aspectos que conformam seu perfil de Lei Suprema preparada para um Estado democrático de Direito. Na ordem econômica, a Constituição encampou, pela primeira vez, a livre iniciativa e o princípio da livre concorrência (artigo 170, inciso IV), tornando facultativo o planejamento econômico para o setor privado (art. 174), além de limitar a presença do Estado na economia apenas por relevante interesse coletivo ou segurança nacional (art. 173).

O artigo 192, dedicado ao sistema financeiro, que impunha tabelamento de juros, foi revogado por emenda constitucional, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) já o ter afastado. Apesar dessas sinalizações constitucionais da liberdade econômica e competitividade, o setor financeiro brasileiro é dos mais concentrados do mundo, como recente levantamento do Banco Central sobre ativos totais demonstrou. Os números impactantes são: 82% no Brasil, 37% na China, 62% na Coreia do Sul, 36% na Índia, 70% no México e 42% em Singapura. Essa concentração de controle do sistema financeiro não existe na esmagadora maioria dos países desenvolvidos ou emergentes de relevância. Ela fere o princípio da livre concorrência e dificulta o desenvolvimento nacional por falta de opções e de competitividade. O elevado poder financeiro dos bancos possibilita que eles penetrem em outras áreas, com

efeitos perversos sobre a competição em diversos segmentos do mercado. É o caso dos cartões de crédito: os mesmos bancos controlam os emissores, as bandeiras e os credenciadores. Da mesma forma, os bancos podem adquirir instituições com novos modelos de negócios que poderiam representar mais competição no setor. Esse processo levou países como Chile, Austrália e Estados Unidos a adotarem medidas para controlar a verticalização bancária. No Brasil, também as fintechs, que inovam e otimizam serviços financeiros por meio da tecnologia, com custos operacionais reduzidos em relação aos bancos tradicionais, podem vir a ser absorvidas pelas grandes instituições. A FecomercioSP e seu Conselho Superior de Direito tem discutido a questão, que dificulta a retomada do crescimento. Os juros impostos por um sistema fechado e sem concorrência,


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“Essa concentração de controle do sistema financeiro não existe na esmagadora maioria dos países desenvolvidos ou emergentes de relevância", escrevem (Arte: TUTU) górdios de seus principais problemas estruturais. Precisamos avançar na luta pela competitividade, que tem no parágrafo 4º do artigo 173 da Constituição a sinalização dos mecanismos de combate à concentração de controle, além de proteção aos usuários de bens e serviços, na ponta do consumo. Estamos iniciando uma época em que o ideal da concorrência

passa a fazer todo o sentido, se desejarmos alcançar o desenvolvimento necessário para recuperar tudo o que já foi perdido. Nesse sentido, a saúde econômica da nação pede uma reflexão sobre a inconveniência da concentração do sistema financeiro, que, ao contrário de ser um obstáculo, deve ser o financiador da esperada expansão e do agigantamento da economia nacional.

*Abram Szajman é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e Ives Gandra da Silva Martins é presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo no dia 27 de maio de 2019. Fonte: FecomercioSP

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muito acima das taxas oficiais, garantem lucros expressivos aos poucos bancos do país. Ao mesmo tempo, impedem a atração de investimentos estrangeiros não especulativos. É bem verdade que a excessiva burocracia e alta carga tributária são também fatores importantes de desestímulo ao crescimento no país, que ainda não conseguiu cortar os nós


varejo em foco

De olho no tráfego da loja No segmento do varejo supercompetitivo, o uso de contadores de pessoas colocados na entrada das lojas é uma forma de obter insights importantes sobre o desempenho do negócio (Por Marcos Antonio F. Couto)

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o mercado de varejo hipercompetitivo, a análise da loja está ganhando força, pois ajuda os varejistas a manterem um olho próximo em seus clientes e fornece insights valiosos sobre o desempenho da loja. Ainda melhor, todos esses dados podem ser acompanhados com ações. Contadores de pessoas são fundamentais para determinar os pontos fortes e fracos do layout de loja. Os dados coletados permitirão compreender o tráfego da loja de varejo em um nível mais alto e que sejam tomadas decisões de negócios mais precisas.

Os contadores colocados nas entradas da loja não só informam quantas pessoas estão entrando no seu estabelecimento, como também indicam em quais horários e dias da semana a loja está mais movimentada. Esta informação permitirá que os empregados se programem mais eficientemente. Sabendo quais entradas são mais comumente usadas pelos compradores também irá ajudar a planejar sua entrada estrategicamente. Compreender o fluxo de tráfego da loja irá permitir melhorar seu layout, finalmente, a taxa de conversão.

A direção do tráfego do varejo afeta o sucesso das promoções na loja. Os contadores de pessoas que atuam em cada seção do estabelecimento mostrarão pontos quentes e frios. Promoções em hot-spots tendem a ser mais bem-sucedidas do que aquelas em pontos que não têm o mesmo nível elevado de tráfego. Deve-se colocar itens de alto lucro em áreas ocupadas e itens de alta demanda em áreas de circulação baixa, como na parte de trás da loja. Isso ajudará a atrair clientes em todo o estabelecimento. Um número maior de vendedores disponíveis para ajudar os clien-


varejo em foco

as pessoas de consumidores para compradores, e pode até incentivá-las a gastar mais. O que está faltando no carrinho de compras? Os varejistas sabem o que os clientes compram em sua loja. Mas eles também precisam saber o que os clientes não compraram e por quê. Por meio da aplicação de tecnologia é possível obter informações detalhadas sobre a eficácia dos displays, ações dos funcionários e outros fatores que podem ser usados para influenciar as decisões de compra. Executar um ambiente de varejo bem-sucedido significa tomar muitas decisões com base em fatores múltiplos. Saber o ROI de suas decisões e das operações diárias ao marke-

ting, é importante. Ainda mais importante é passar da percepção teórica para a ação positiva. O desempenho da loja pode ser medido em tempo real para uma melhor tomada de decisão. A tecnologia por trás das análises pode ajudar a compreender conjuntos de dados complexos. Os estudos podem ajudar as operações de varejo tradicionais a entender as necessidades dos consumidores, melhorar a eficiência dos funcionários, impulsionar o crescimento das vendas e atrair melhor os clientes. Na batalha pelos dólares dos consumidores, é mais uma maneira dos varejistas tradicionais usarem a tecnologia para sobreviver.

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tes pode ser necessário nestas áreas de alto tráfego. Lojas de varejo tradicionais estão reagindo à concorrência on-line. A implementação de técnicas analíticas pode ajudar a conquistar a clientela dos concorrentes de comércio eletrônico. Para esse fim, a análise da loja está se tornando uma parte indispensável da estratégia de operação de um varejista físico. Seus benefícios podem ser vistos em outras áreas, incluindo marketing, merchandising e prevenção de fraude. A utilização de carrinhos inteligentes com balizas de localização, câmeras tipo pin instaladas perto de prateleiras ou a rede Wi-Fi para ver quantos compradores entraram na loja, como eles se movimentaram e quais áreas-chave eles visitaram, são formas de se analisar e compreender os clientes. Quem não comprou e por quê? O que eles fizeram na loja? Este processo pode fornecer dados demográficos básicos, como sexo e faixa etária. Com base nessa informação coletada digitalmente, as análises podem conectar os pontos entre as decisões do consumidor, da loja de varejo e do comprador. Podem mostrar aos varejistas como os clientes se comportam, levando a uma experiência de compra aprimorada e a um layout de loja otimizado. Isso pode converter


varejo em foco

Experiência omnichannel fideliza consumidor Oferecer experiência omnichannel é essencial para fidelizar o consumidor 4.0 (Por Ilan Szuster, Sales Omnichannel Manager VTEX)

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a era do consumidor 4.0, ou as empresas incorporam um modelo unificado para concretizarem negócios ou ficarão definitivamente com as “sobras” daquelas que investiram esforços para derrubar as barreiras entre os universos físico e virtual (desktop e mobile). O conceito omnichannel é justamente esse: a convergência de informações, processos e experiências em multicanais, por onde o consumidor pode concretizar a compra, seja em loja física, e-commerce, aplicativo ou redes sociais. Hoje, 2/3 dos consumidores no mundo já compram utilizando diferentes canais e gastam um ticket médio 3,5 vezes maior em comparação à experiência em uma única platafor-

ma. Os dados são da National Retail Federation (NRF), considerado o maior evento do varejo mundial. Para o sucesso de uma operação sob essa régua, o primeiro ponto é se colocar no lugar desse consumidor 4.0. Estamos falando de um cliente amplamente conectado, informado e que busca por produtos e empresas que dialoguem com seus valores individuais. E para suprir essa gama de exigências, o mercado precisou evoluir. Em uma experiência apenas multicanal, a comunicação entre canais não era requisito básico. Corria-se o risco de um meio não ter acesso às informações do outro e vice e versa. Na prática, se alguém adquiris-

se um produto no e-commerce e fosse trocar na loja física, encontraria, provavelmente, barreiras de verificação, de cadastro ou, ainda pior, de competição entre os canais. Com o omnichannel, as bases de dados são integradas e os benefícios repercutem em outras pontas do negócio, como organização e planejamento de estoque. Você atinge o princípio da “prateleira infinita”, em que os pontos de operação físicos também podem acessar o estoque do ambiente online. Ou seja, se o consumidor quer um produto que não tem na loja, o vendedor pode efetuar a compra pelo e-commerce e dar como escolha a retirada na própria unidade ou a entrega na casa dele.


varejo em foco

Digital da Novo Mundo, rede de eletrodomésticos de Goiânia, apresentaram os recursos implantados para transformar a experiência de compra do consumidor dentro das lojas físicas e promover a integração de canais. A sessão foi conduzida por Fabrizio Cascianelli, diretor de Vendas Corporativas VTEX, e Ilan Szuster, Sales Omnichannel Manager TVEX. Os executivos também apontaram possíveis caminhos para as companhias que desejam implementar um novo produto ou serviço em operações Omnichannel e ainda indicaram quais erros evitar ao longo desse processo. A Omnichannel Training Session II visou, por sua vez, fo-

mentar um debate mais amplo entre diretores e gerentes de varejo atuantes no segmento da moda que possuem lojas físicas e querem criar uma operação omnichannel eficiente e estruturada para fortalecer a equipe de vendas e o poder de compra do consumidor. Alisson Calgaroto, head de projetos Estratégicos do Grupo Soma e Ricardo Azevedo, advogado da COTS, escritório jurídico que apoiou o projeto da Arezzo revelaram os desafios no controle e engajamento das lojas e os obstáculos para transformar digitalmente as franquias. A sessão teve a moderação de Raíssa Rotolo, Omnichannel Sales Director VTEX, e de Thomas Low-Beer, Projects VTEX.

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O mindset do vendedor também muda ao ter em mãos tecnologia para novas oportunidades de venda e de aumento de ticket médio, tudo isso, a partir da oferta de diferentes opções de compra e retirada do produto. Sem contar os novos modelos de comissionamento e práticas fiscais que possibilitam um ganho operacional em agilidade e no custo com logística. A partir da estratégia de omnichannel, a jornada de compra torna-se mais dinâmica, ágil e completa e as chances de abandono do carrinho diminuem consideravelmente. Ao adotá-la, o percentual de desistência da compra, um dos principais gargalos do varejo eletrônico, cai em média 82%, de acordo com o estudo E-commerce Radar 2018, realizado pela consultoria Neoatlas. Durante a Omnichannel Training Session I, que aconteceu em maio, as principais experiências de Omnichannel no Brasil foram destaque. Oderi Leite, diretor Digital do Grupo Cobasi, empresa focada em produtos para pets, Ricardo Carvalho, Head de E-commerce da Polishop, empresa de varejo conhecida por seus produtos inovadores e diferentes e Matheus Sepulveda, diretor


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Uma verdadeira experiência de compra Patricia Cotti, Diretora Executiva do IBEVAR, pondera que deve existir um equilíbrio entre tecnologia e toque humano para uma conexão mais agradável e completa

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lcançar um bom relacionamento com o consumidor final pode ser, muitas vezes, uma questão complicada. Quando se fala em novos hábitos de consumo, o assunto pode ficar ainda mais delicado. São clientes mais exigentes, que gostam de testar os produtos antes de efetivar a compra, que prezam por qualidade e que querem ter uma experiência de compra diferenciada. Muitas marcas têm investido em práticas para estreitar esse contato com o cliente e proporcionar novas experiências de compra. Ações estratégias podem impactar positivamente o cliente, como por exemplo, engajar e treinar os colaboradores, utilizar tecnologias de ponta ou investir na ambientação de loja e nos canais de comunicação. O ‘Human Touch’, aliado às novas tecnologias e tendên-

cias, contribui para uma experiência de compra mais agradável e completa. Um estudo mostrou que cerca de 59% dos consumidores sentem que as empresas perderam o toque físico e intimista diante das experiências de compra. “Na edição deste ano da NRF percebi que o toque humano voltou com tudo no varejo americano e as empresas notaram que apenas a tecnologia não é a única saída, e sim mais um elemento que pode ser utilizado, analisa Patricia Cotti, Diretora Executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR). Tecnologias como Base de Dados, Analytics e AR/VR (Realidade Aumentada e Realidade Virtual) são ferramentas inovadoras e utilizadas para empoderar os funcionários, por meio da disponibilidade de informações ‘real time’, e que permi-

tem que ele ofereça uma experiência de compra muito mais agradável ao cliente. “O digital pode facilitar a comunicação, disponibilizar ferramentas em tempo real e tornar o gerenciamento de tarefas mais eficiente”, comenta a executiva. “Na compra de móveis, por exemplo, imagine circular em um ambiente já decorado, onde é possível interagir com o espaço e mudar a mobília de acordo com as preferências individuais do usuário. A experiência de compra é isso, a real sensação em obter o produto ou um serviço, antes mesmo de efetivar a compra”, finaliza a Diretora Executiva do Ibevar.


varejo em foco

Total autonomia Em parceria com o Grupo Carrefour, Zaitt inaugura o primeiro mercado 100% autônomo da América Latina

Fachada da unidade paulista da Zaitt, localizada na Rua João Cachoeira, 382, no Itaim Bibi (Foto: Jotapê)

revolução industrial 4.0 é a Zaitt, primeiro mercado 100% autônomo da América Latina, que inicia suas operações em São Paulo a partir desta quinta-feira (21), no Itaim Bibi, movimentado bairro da capital paulista. Nesta uni-

dade, a empresa contará com a expertise e o suporte logístico e de abastecimento do Carrefour, responsável por parte do sortimento de produtos que será oferecido aos clientes na loja de São Paulo.

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eolocalização, comodidade, automação. Esses elementos estão cada vez mais no dia a dia e incentivando as pessoas a buscarem por produtos e serviços de uma maneira mais inteligente. Um ótimo exemplo da chamada


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Com foco em food service, snacks, bebidas, produtos de limpeza, higiene pessoal, orgânicos, dentre outros , incluindo produtos frescos e prontos para consumo além da possibilidade de preparação e consumo de alguns até mesmo dentro do mercado, a expectativa em relação ao início das operações é grande. “Pelo estilo de vida paulistano, que não para nunca e adora novidades, imaginamos uma aderência muito grande! O mercado será 24h e contará com um mix de produtos e serviços especialmente pensado para os moradores da cidade”, conta Rodrigo Miranda, cofundador da Zaitt. A unidade paulista é a segunda em operação – após a primeira no Espírito Santo – e traz o Carrefour como parceiro estratégico. “Estamos testando novos conceitos, inovações e tecnologias para melhorar a experiênciade compra e alcançar novos clientes. Assim como fazemos globalmente, iremos estreitar parcerias com empresas e startups que nos tragam novas tecnologias e competencias para acelerar a nossa transformaçao digital e gerar escala para serviços e soluções realmente inovadores”, destaca Paula Cardoso, CEO do Carrefour eBusiness Brasil. Cliente é o centro da experiência de compra A “mágica” para o consumidor acontece por meio do aplicativo desenvolvido pela

Zaitt, dotado de um sistema de pagamento que proporciona uma experiência sem a necessidade de caixas e filas. É o cliente que guia a sua própria jornada dentro do mercado, adicionando os produtos ao carrinho virtual e realizando a compra – tudo pelo app. Na Zaitt, os fornecedores da indústria e do varejo são os responsáveis pela reposição dos estoques. Eles são avisados periodicamente sobre o fluxo de vendas e quando devem deixar à disposição uma nova remessa de produtos. Tecnologia, tecnologia e mais tecnologia – passo a passo Para proporcionar uma experiência de compra com o menor atrito possível ao consumidor, a Zaitt conta 24h com a ajuda de muita tecnologia. Câmeras com sensores monitoram cada ação e reconhecem

quem está no mercado em tempo real. Na Zaitt, o cliente está no centro da conversa, começando pela abertura e fechamento sendo feitas por ele mesmo de duas formas após baixar o aplicativo do mercado e fazer o cadastro: pela leitura via aplicativo do reconhecimento facial ou do QR Code no tótem, ambos disponíveis ao lado da entrada. Meios de pagamento Diferentemente da primeira unidade da Zaitt, em operação no Espírito Santo que faz uso do formato Scan&Go com a leitura do QR Code do produto via aplicativo, no mercado de São Paulo o cliente conta uma nova experiência chamada RFID (Radio Frequency Identification). Trata-se de um sistema de identificação de produtos automático por meio de sinais de rádio. Por meio dele não é necessário


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o escaneamento produto por produto - eliminando qualquer atrito no processo de compra sendo todos eles identificados na última etapa antes da saída do mercado. Com os produtos em mãos, para sair do mercado o cliente escolhe, assim como na entrada, entre o reconhecimento facial e a leitura do QR Code para se abrir a primeira porta. Quando essa porta se fecha, o cliente fica entre duas portas de vidro, momento no qual a radiofre-

quência entra em ação e identifica todos os itens presentes. Com a leitura finalizada, ele só confirma a compra total em uma tela que fica à sua frente e pronto, a segunda porta é liberada e o valor total é debitado automaticamente do cartão de crédito cadastrado. “Compreendemos a unidade de São Paulo como um marco não só nacional, como também em âmbito global. Estamos radiantes com a oportunidade de trazer uma expe-

riência de compra inovadora e completa aos clientes. E, claro, termos um parceiro como o Grupo Carrefour nessa jornada nos traz ainda mais energia para continuar criando formas de revolucionar o varejo”, finaliza Miranda.

Sobre a Zaitt A Zaitt começou sua operação em abril de 2016 como mix de delivery de bebidas via aplicativo e um espaço para eventos e vendas

nas proximidades. Em dezembro de 2017 se transformou no primeiro mercado 100% autônoma da América Latina totalmente sem funcionários e com a experiência

de compra guiada pelos próprios usuários, facilitando a vida de consumidores que desejam uma nova experiência de compra, mais rápida, prática e disruptiva.

Sobre o Grupo Carrefour Brasil Há mais de 40 anos no país, o Grupo Carrefour Brasil é líder de mercado de distribuição de alimentos. A partir de uma plataforma omnicanal e multiformato, reúne operações de varejo e cash&carry, além do Banco Carrefour e sua divisão imobiliária, o Carrefour Property. Atualmente, conta com os formatos Carrefour (hipermercado), Carrefour Bairro e Carrefour Market (supermercado), Carrefour Express (varejo de proximidade), Carrefour.com (e-commerce), Atacadão (atacado e atacado de autosserviço) e

Supeco (atacado de autosserviço de proximidade), além de postos de combustíveis e drogarias. Presente em todos os Estados e Distrito Federal, sua operação já abrange mais de 660 pontos de vendas. Com faturamento de R$ 56,3 bilhões em 2018 e mais de 84 mil colaboradores no Brasil, a empresa é a segunda maior operação dentre os países nos quais o Grupo Carrefour opera. A companhia se destaca ainda por ser um dos maiores empregadores privados do país, a maior distribuidora de alimentos, o maior varejista de capital aberto e umas das 20maiores empresas listadas

na bolsa brasileira (B3). No mundo, o Grupo Carrefour atua em mais de 30 países e, nos próximos cinco anos, implementa estratégia prevista no plano Carrefour 2022, por meio da qual lidera intenso movimento de omnicanalidade, transformação digital e transição alimentar para que seus clientes consumam ainda melhor em qualquer lugar. Com mais de 300 mil colaboradores e 12 mil lojas espalhadas pela Europa, Ásia e América Latina, está presente na vida de mais de 100 milhões de clientes. Em 2018, as vendas globais da companhia totalizaram € 84,9 bilhões.

Serviço: Zaitt Endereço: Rua João Cachoeira, 382, Itaim Bibi - São Paulo (SP) Horário de funcionamento: 24 horas

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Alavancando vendas Como o marketplace pode alavancar vendas dentro e fora do e-commerce (Por Patrick Ennis Marquart, Director Corporate Sales VTEX)

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om um faturamento superior a R$ 50 bilhões em 2018, segundo dados da Ebit|Nielsen, e a entrada de novos consumidores no universo das compras online – cerca de 10 milhões somente no ano passado, o setor de e-commerce representa uma grande oportunidade para quem quer empreender e crescer no Brasil em futuro próximo. Grande parte do bom momento do comércio eletrônico brasileiro se deve ao modelo de operação adotado pelo mercado: o marketplace. Uma iniciativa que representa uma importante fonte de receita tanto para os pequenos e médios players quanto para os grandes varejistas. Ao estar inserido em um marketplace, o lojista consegue capitalizar as mercadorias para o público-alvo e atendê-lo com eficiência e rapidez, seja por meio de uma estratégia de nicho ou de cauda longa. Como modelo de negócios, o marketplace permite agregar categorias de produtos, ampliar a diversidade de ofertas; criar diferenciais competitivos;

reforçar a imagem da marca e rentabilizar com a base de clientes a partir de uma experiência de compra mais completa. Tudo isso sem a necessidade de investir em uma estrutura própria. Os aspectos tributários e logísticos ainda são grandes desafios tanto para os proprietários de plataformas de marketplaces quanto para os sellers que trabalham dentro desse modelo de negócios. No entanto, é um caminho que deve ser analisado como inevitável na busca por novos públicos e novas fontes de receita. Entender esse processo é fundamental para planejar uma operação em marketplace. Quais são os investimentos necessários? Como montar o meu time? Como definir o melhor sistema de comissionamento? Diante do meu modelo de negócios, Vale mais a pena ser um marketplace ou um seller? A visão e atuação dos shopping centers em marketplaces também são aspectos importantes para esse debate no setor, com destaque para a

estratégia utilizada no convencimento de lojistas físicos e os possíveis impactos para toda a cadeia produtiva. A Cyrela Commercial Properties, empresa que administra e comercializa imóveis comerciais, é um exemplo de como esse movimento vem acontecendo no Brasil. A companhia desenvolveu há quase dois anos uma plataforma de marketplace voltada para os que operam em seus seis complexos de compras situados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Esse espaço permite que centenas de varejistas, de diferentes segmentos, possam usufruir de um canal exclusivo de vendas webdotado de tráfego de usuários e estrutura simplificada. Embora adquirido online, todos os itens são retirados pelo consumidor na respectiva loja física. Usar loja ou lockers e envio no mesmo dia já são algumas das táticas aplicadas pelos marketplaces que buscam se diferenciar da concorrência. E no meio desse processo surgem ainda os aplicativos de entrega rápida


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oferecer entregas expressas, um recurso cada vez mais valorizado pelo cliente. As particularidades do mercado de marketplace como modelo de negócios e a movimentação dos shopping centers perante a expansão desse modelo de operação serão a base da discussão da Marketplace Training Session (dia 31/5, às 13h, na Conference Arena, no VTEX DAY). Junto com empreendedores e executivos de médias e grandes empresas de e-commerce, incluindo Thiago Alonso de Oliveira, CEO na JHSF Participações; Pedro Daltro, CEO da Cyrella CCP e Laureane Cavalcanti, diretora Executiva de Marketing e Comunicação da

SONAE Sierra Brasil, vou analisar o cenário atual do setor de marketplace no Brasil e no mundo, identificando os principais players e sellers, e refletir sobre os novos modelos de marketplace (B2C, C2C e B2B).

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como James Delivery, Rappi e DTudo que oferecem uma solução integrada de e-commerce para lojas físicas em shopping centers. Os impactos dessas novas formas de consumo deverão nortear, cada vez mais, a gestão dos marketplaces no Brasil. Os dados falam por si só. O volume de vendedores atuando em marketplaces no Brasil cresceu 90,7% no ano passado, segundo o estudo “Panorama dos Marketplaces no Brasil”. Para empresas com atuação também no varejo físico, especialmente em shopping centers, ao atuar em marketplaces, além da vantagem do domínio da geolocalização, elas podem


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Aprimoramentos da gestão de e-commerces Como o IT Mirror e o Customer Magic Quadrant podem aprimorar a gestão de e-commerces, varejo e indústrias (Por Mariano Gomide de Faria, Fundador e co-CEO da VTEX)

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mpliar as vendas e cortar os custos sem baixar a qualidade de produtos ou serviços é, sem dúvida, a busca constante de qualquer operação de e-commerce, varejo e indústria. Especificamente nas empresas que estão em contínua transformação digital, alguns dos maiores desafios se concentram em expandir o diálogo entre as áreas de negócios e de tecnologia, e descobrir como agradar o cliente de modo que seu retorno seja recorrente. Na minha visão, a reestruturação das áreas de negócios e TI e a avaliação minuciosa de compras orgânicas, proporcionadas pela aplicação das teorias do IT Mirror e pela análise do Customer Magic Quadrant, são fundamentais para superar esses obstáculos.

Do lado “interno” das companhias, proponho uma nova forma de pensar. Nela, a área de TI é eliminada do organograma e, ao lado de cada management de negócio, há um par programador ou técnico. Ou seja, os vice-presidentes teriam seu par de tecnologia que espelharia todas as suas funções e deveria também atingir todas as suas metas (com direito à mesma remuneração e bônus). Seguindo essa linha, o CEO segue ao lado do CEO IT Mirror, Diretor de Operações IT Mirror, Diretor de Vendas IT Mirror, e assim sucessivamente, para que cada área cuide de sua unidade de serviço de forma completa, decidindo o que, para ela, é melhor em termos de soluções tecnológicas. Com oIT Mirror, as empresas ganham velocidade e eficiência, e o profissional técni-

co passa a entender do negócio como um todo, além de conhecer as especificidades da gestão focada em resultados e não mais em projetos, por exemplo. Um dos ganhos é garantir que o Management e o Management IT Mirror não apenas atuem juntos, promovendo rapidez nas decisões e na escolha das melhores práticas para sua gestão em par, mas que esse movimento permita às empresas ganhar margem no bottom line, eliminar a tecnologia como área matricial, e competir neste novo mundo digital. Do lado “externo” das companhias, aposto no Customer Magic Quadrant como sendo o pote de ouro da interação no e-commerce. Sabemos que o segredo do varejo online sustentável está na capacidade de aumentar dois KPIs: O DORO –


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de compras, algo que não tem se mostrado sustentável. Marcas que valorizam os clientes e buscam entender a opinião deles criam uma relação pura de fidelidade e prosperam no mercado digital. Esses são os temas-chave que discutirei com diretores, VP’s, C-level e membros de conselho de administração de médias e grandes empresas durante o VTEX DAY 2019, na Management Training Session (dia 31/05, às 12h45, na Conference Area). Será uma sessão de imersão nos principais temas enfrentados pela gestão operacional de e-commerces entre R$ 50 milhões e R$ 3 bilhões.

Contando com a presença dos executivos Alvaro Ramirez, Business Director Chile na VTEX; Jorge Saraiva Neto, Diretor presidente e de Relações com Investidores na Saraiva; Nicolas Simone, CIO do Grupo Boticário; Paulo Correa, CEO da C&A; e Tiago Dowsley, Head de Digital do Grupo Soma, vamos apresentar os resultados produtivos esperados em operações omnichannel tendo como base os cases da C&A, Grupo Soma, Drogaria Pague Menos, Supermercados Dia e Grupo Boticário, que desenvolveu seu novo site com a plataforma VTEX IO.

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Direct and Organic Recurrent Orders, ou Pedidos Recorrentes Diretos e Orgânicos, e o AOV – Average Order Value, ou Valor Médio de Pedidos. Se os números de DORO e AOV forem bons, significa que a empresa realmente é focada nos clientes. Juntas, a média do DORO e a mediana do AOV formam um quadrante que desenha o que os clientes pensam sobre a empresa e de que maneira estão dispostos a consumir seus produtos e serviços, ou não. Se esses valores não forem essenciais para a companhia, indica que a operação está mais voltada para os produtos e receita


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Consumidor deseja

veículos autônomos Pesquisa mostra que 50% dos consumidores desejam ter uma experiência nos próximos 5 anos

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m novo estudo do Capgemini Research Institute revela que a preferência do consumidor por andar em carros autônomos deve dobrar nos próximos 5 anos. Enquanto apenas 25% dos consumidores gostariam de uti-

lizar um veículo autônomo no lugar de um carro tradicional nos próximos 12 meses, mais da metade (52%) fala que os automóveis sem motorista serão seu meio de transporte preferido até 2024.

Essas descobertas foram publicadas no relatório “The Autonomous Car: A Consumer Perspective” (em tradução livre,“O Carro Autônomo: Uma Perspectiva do Consumidor”), do Capgemini Research Institu-


mercado

mesmo fatores culturais e geográficos que estão impulsionando essa maior antecipação por carros autônomos. A Capgemini identificou dois grupos que exibem um sentimento particularmente positivo em relação aos veículos que prescindem de motorista – consumidores chineses e os millennials. No entanto, apesar do aumento no sentimento positivo do consumidor, do entusiasmo e da antecipação, as barreiras à adoção permanecem com os entrevistados dizendo que a

compra ou adoção de um veículo sem motorista depende da segurança do veículo (73%) e da segurança do sistema (72%). Markus Winkler, Diretor Global da Área Automobilística da Capgemini, afirmou: “Nosso relatório mostra um alto patamar de otimismo e entusiasmo entre os potenciais usuários de veículos autônomos. A maior parte das conversas até hoje se concentrou na evolução tecnológica dos carros sem motoristas. Por isso, é extre-

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te. A resposta positiva dos consumidores sugere que eles enxergam enormes benefícios nos veículos autônomos em termos de eficiência de combustível (73%), redução nas emissões de carbono (71%) e economia de tempo (50%). Tal é o sentimento de otimismo e antecipação, que mais da metade dos consumidores (56%) dizem que estariam dispostos a pagar até 20% a mais por um veículo autônomo em relação ao carro padrão. Os resultados também apontam para uma mudança na percepção da mobilidade, os consumidores acreditam que os carros autônomos vão assumir um papel maior em suas vidas diárias, indo além do ato de dirigir, para obter autonomia na execução de tarefas e completar tarefas domésticas. Quase metade (49%) dos entrevistados do estudo estaria confortável com carros autônomos executando uma tarefa em seu nome, e mais da metade (54%) confiaria em um veículo autônomo para deixar ou buscar amigos e familiares que não dirigem, enquanto um em cada dois (50%) espera carros autônomos para ajudá-los a economizar tempo para realizar outras atividades – tais como socializar, divertir-se, trabalhar ou simplesmente curtir uma viagem. É claro que os consumidores estão antecipando um futuro autônomo, mas existem até


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mamente encorajador ver que os benefícios potenciais que a tecnologia possibilita estão reverberando nos futuros passageiros. As expectativas dos clientes em relação às experiências autônomas afetarão não apenas a indústria automotiva, mas também outros setores como mídia e entretenimento, varejo e saúde, abrindo caminho para uma infinidade de oportunidades de negócios colaborativos”. "No entanto, permanece um grau de incerteza e preocupação, e as montadoras devem considerar as expectativas e os temores de seus futuros clien-

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tes, transformando suas próprias operações de um foco extremo em produtos para serviços e orientado aos clientes, e como eles levam os veículos autônomos para o mercado", conclui o executivo. A Capgemini identificou quatro áreas-chave como foco para acelerar a jornada rumo a um futuro autônomo: • Mantenha o cliente informado: da percepção do consumidor, o carro está agora passando de um meio de transporte para um assistente quase pessoal. Essa mudança coloca um fardo significativo de responsabilidade sobre a montadora, que deve ser

franca sobre as capacidades do veículo e evitar qualquer risco de informação errônea; • Compreender e reafirmar: o estudo mostrou que os consumidores têm uma visão clara da experiência que esperam de um carro autônomo. As empresas automotivas fariam bem em entender as expectativas do consumidor e associá-las ao próprio processo de design, ao mesmo tempo em que investem e comunicam os elementos de segurança e proteção dos veículos; • Construindo um ecossistema de serviços: as expectativas em torno do potencial de carros sem motoristas destacam a ne-


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• Investimento em software: como um setor industrializado, extremamente transformador, as empresas automotivas precisam se integrar os veículos autônomos à estratégia geral da empresa e em todas as divisões de seus negócios. Isso só pode ser alcançado com o desenvolvimento de competências de software que requerem a melhoria da qualificação da força de trabalho e o desenvolvimento de novas parcerias para garantir o domínio digital em diferentes funções de negócios.

Metodologia da Pesquisa O Capgemini Research Institute realizou a pesquisa com 5.538 consumidores em seis países da Europa, América do Norte e Ásia em dezembro de 2018. Também foram pesquisados 280 executivos de OEMs, fornecedores e empresas de tecnologia. A Capgemini também conduziu entrevistas com líderes da indústria, examinando o que os consumidores querem dos carros autônomos e como as organizações podem fornecer isto a eles.

Sobre o Capgemini Research Institute O Capgemini Research Institute é o centro de estudos da Capgemini para todas as áreas digitais. O Instituto publica pesquisas sobre o impacto das

tecnologias digitais em grandes empresas tradicionais. A equipe baseia-se na rede mundial de especialistas da Capgemini e trabalha em estreita colaboração com parceiros acadêmicos e de tecnologia.

O Instituto tem centros de pesquisa dedicados na Índia, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Foi recentemente classificado #1 no mundo pela qualidade de sua pesquisa por analistas independentes.

Sobre a Capgemini Um dos líderes globais em consultoria, serviços de tecnologia e transformação digital, a Capgemini se mantém na vanguarda da inovação, para apoiar seus clientes, de maneira abrangente, em oportunidades de nuvem, tecnologias digitais e plataformas, que estão em

constante evolução. Com base em nosso sólido patrimônio de 50 anos e noprofundo conhecimento específico em indústrias, apoiamos organizações na concretização de suas ambições de negócios, por meio de uma completa gama de serviços que cobrem desde a estratégia até a operação. A Capgeminitem a

convicção de que o valor da tecnologia para os negócios vem das pessoas e por meio delas. Somos uma empresamulticultural de 200 mil profissionais, distribuídos em mais de 40 países. Em 2018, o Grupo Capgemini reportou uma receita global de 13,2 bilhões de euros. Visite-nos em www.capgemini.com/br-pt/.

O relatório completo pode ser encontrado clicando aqui

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cessidade clara de as empresas automotivas expandirem seu escopo de ofertas ao consumidor. Os consumidores esperam uma ampla variedade de experiências dentro do carro, que vão desde entretenimento ao trabalho e serviços de saúde. Fornecer essas experiências e convertê-las em oportunidades de negócios exigirá que as empresas automotivas façam parceria com um novo conjunto de players de tecnologia, conteúdo e comércio, a fim de criar um ecossistema completo de serviços;


artigo

Como vai caminhar a humanidade Uma reflexão sobre as formas de mobilidade no futuro, quando o carro não será mais apenas carro

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ma equipe da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) se debruça sobre temas que preocupam todos os que especulam a mobilidade do futuro. Para Mateus Silveira, líder da equipe, e responsável pela área de Future Insights da FCA, trata-se de “uma reflexão sobre as cidades e aos carros”, com o objetivo de entender “para onde, ou como, caminha (literalmente) a humanidade”, que cada vez mais se amontoa em grandes concentrações urbanas e necessita novas opções de locomoção. Nos últimos dois séculos as pessoas deixaram as zonas rurais e passaram a construir cidades cada vez mais populosas. Algo como 168 milhões de brasileiros, ou 80% da população, vivem em apenas 1% do território do País, que é a área urbanizada. Os dados de venda da FCA revelam essa concentração: metade de todos os carros vendido pela Fiat está concentrada em apenas 24 cidades. No caso da marca Jeep a concentração é ainda maior: 50% das vendas são feitas em 16 municípios.

(Por Joel Leite)

Embora aglomeradas, as pessoas precisam se locomover, para atender as suas demandas: trabalho, estudo, passeios, diversão. E o planejamento urbano não dá conta de acompanhar esse frenético crescimento, criando desigualdades sociais, tornando a circulação de pessoas e mercadorias cada vez mais difícil. O caminho tem sido a valorização do ambiente digital, que ajuda na mobilidade porque muda a noção de tempo e espaço. E aí as cidades de países como o Brasil levam vantagem, porque, ao contrário de cidades europeias, que estão cristalizadas, as concentrações urbanas do chamado Novo Mundo são mais permeáveis às mudanças. Daí que se especula a transformação do carro, que deixa de ser um simples meio de transporte para se tornar um aglutinador de ações necessárias para a sobrevivência do homem urbano. É preciso criar usos que hoje não existem para o carro. Ele poderia ser também uma antena de captação de sinais, uma câmera

de vigilância na cidade, para dar segurança a motoristas e pedestres. É preciso descobrir os inúmeros atributos que o carro pode - e deve – ter. Carro e os demais meios de transporte, sejam ou não motorizados. “A cidade ideal é aquela que oferece o maior número de opções”, considera Mateus. Assim, não se trata de substituir um modal por outro, mas de ampliar a oferta de mobilidade. Carro elétrico, carro autônomo, bicicleta, patinete, skate, nenhum deles deve prevalecer, mas somar. “Quando o carro autônomo chegar, ele não será mais carro. Ele terá novas funções, vai ser a extensão do escritório, da casa, do café”, vislumbra. Fonte: Agência Autoinforme


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Cuidado com o veículo pode salvar vidas no trânsito Manutenção preventiva tem impacto positivo na sociedade

Além de reduzir as chances de envolvimento em acidentes, provocados pelo desgaste natural de componentes do carro, a manutenção preventiva geralmente envolve custos inferiores à corretiva, afinal um componente quebrado afeta o funcionamento de outras peças do veículo, que a princípio, possivelmente, não precisariam ser trocadas. Por considerar que acidentes são muito improváveis de acontecer com ele, o motorista negligencia medidas de ação preventiva que salvam vidas. Deixar de substituir pneus ‘carecas’ por achar que podem aguentar um pouco mais é exemplo. Essa percepção precisa ser mudada, porque nenhuma impressão de ‘economia’ vale mais que a vida. Vale destacar ainda que um veículo parado em via pública causa a chamada ‘onda’, isto é, o acúmulo de carros que aumenta enquanto o veículo com pane não for removido da pista, o que resulta em vários problemas, como piora da qualidade do ar, gasto de tempo excessivo no trânsito e atraso na entrega de mercadorias. Toda a sociedade perde.

*Luiz Sergio Alvarenga é diretor executivo do Sindirepa Nacional

Diante da ausência de uma legislação específica para a avaliação dos veículos no Brasil, como a Inspeção Técnica Veicular – importante medida para a segurança no trânsito já implantada em mais de 50 países –, cabe ao motorista realizar manutenções periódicas do veículo, conforme recomendações do manual do fabricante, em oficina de confiança. Esses e outros temas serão abordados no 7º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que receberá lideranças de toda a cadeia da indústria no segmento – como montadoras, autopeças, concessionárias, distribuidores, oficinas, entidades setoriais, consultorias e governo – dia 16 de setembro, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo. Participe!

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fundamental que todo motorista tenha consciência sobre a necessidade da manutenção preventiva do veículo para a segurança no trânsito. De maneira geral, o brasileiro leva o carro para uma oficina somente quando percebe algum problema, como falha mecânica ou elétrica. Trata-se de prática bastante perigosa porque coloca muitas vidas em risco. Para ilustrar, uma suspensão em mau estado de conservação pode tirar um veículo da trajetória de curva e gerar um capotamento; um sistema de freios comprometido pode não fazer uma frenagem mais brusca em caso de necessidade e provocar uma colisão; pneus com sulcos abaixo do padrão podem perder aderência em caso de pista molhada. Enquanto a manutenção corretiva é feita somente depois que um componente quebra, a preventiva, como o nome sugere, previne essa necessidade porque as peças são trocadas antes que se desgastem em demasia. Envolve procedimentos de avaliação e monitoramento, com o objetivo de garantir o bom funcionamento do veículo.

(Por* Luiz Sergio Alvarenga)


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Automóveis do futuro: mais leves e elétricos A indústria automotiva está em transição, onde processos precisam ser mais flexíveis, os materiais mais leves e o produto final, cada vez mais movido por eletricidade (Por Flávio Malaman, Diretor de Industrial Technique da Atlas Copco)

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contínua batalha contra o aquecimento global está tendo um importante impacto na indústria automotiva mundial. Grandes avanços no desenvolvimento de baterias em combinação com uma série de iniciativas governamentais estão causando impacto na transição do uso de combustíveis fósseis para veículos elétricos.

Em um estudo de 2017, a consultoria empresarial McKinsey previu que até 2030 cerca de 22% dos veículos produzidos serão puramente elétricos, enquanto 18% serão híbridos. Apesar de 60% ainda serem movidos por motores de combustão interna, a mudança é iminente. Independentemente de qual opção de motorização, outro

ponto vital para a indústria é a redução do peso dos carros. Para o caso de carros tradicionais, esse é um ponto-chave para a redução de emissões de CO2 na atmosfera – afinal, quanto mais pesado um carro, maior o consumo de combustível para movimentá-lo. Tendo em vista que o principal empecilho para os carros elétricos é o peso e ta-


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manho das baterias, há um forte incentivo para encontrar materiais e produtos cada vez mais leves para compensar essa perda. Esses dois fatores impulsionam a utilização de elementos como alumínio, compósitos de carbono e aço inoxidável. Como o atual nível de tecnologia ainda não está maduro, novos conceitos, materiais e tipos de motorização e baterias estão sendo desenvolvidos a todo tempo e ninguém sabe ainda ao certo quem irá ganhar essa corrida. Por isso, os ciclos de investimento são mais curtos e empresas estão investindo em plantas menores e mais flexíveis, que tenham a habilidade de mudar ou ajustar suas linhas de produção rapidamente. Para ganhar flexibilidade, a montadora irá precisar de equipamentos otimizados para mudanças. O conceito SMART CONNECTED da Atlas Copco, com ferramentas wireless, estações virtuais, conectividade entre os equipamentos e redução significativa de hardware é fundamental para a sobrevivência das empresas nesse novo ciclo de tecnologia. O crescimento do uso de novos materiais também significa que montadoras devem

encontrar processos inovadores de montagem. Alguns anos atrás, havia a crença que compósitos de carbono e alumínio iriam ser cada vez mais utilizados, mas as tendências voltaram atrás. O que vemos atualmente é um retorno para carroçarias de aço - de maior qualidade, com placas extremamente finas -, com o alumínio sendo utilizado em partes em que faz maior diferença. A combinação de diferentes materiais traz consigo novos desafios no que diz respeito à montagem de componentes. Juntar componentes como aço e alumínio e fixar compostos ao alumínio de forma segura pode ser um chamado para novos equipamentos e soluções. Esses desenvolvimentos criam oportunidades de negócios. Hoje, a produção de carros elétricos e híbridos representa apenas uma pequena fração da produção global. Por isso, há muito trabalho a ser feito e tecnologias a serem desenvolvidas. Nós, da Atlas Copco, entendemos os desafios da indústria e ajudamos no desenvolvimento dos processos e das soluções. Um exemplo disso foi a criação de um time de engenheiros de desenvolvimento de sis-

temas de fixação, cujo papel é trabalhar lado a lado com clientes para melhor entender suas necessidades atuais e futuras e desenvolver soluções que as resolvam. Outro exemplo, é nossa tecnologia de aplicação de adesivos, que pode ser utilizada em combinação com a solda ou parafusamentos tradicionais para ajudar a reduzir o peso total dos automóveis. Um de nossos principais focos está no desenvolvimento de novos rebites e métodos de rebitagem para a montagem de aço de alta e ultra resistência a alumínio. A variedade de ofertas de rebites tubulares está atualmente sendo expandida para cobrir uma maior gama de soluções de junção, como rebites de diâmetros menores que servem para unir flanges de largura mais estreita e, então, reduzir a quantidade de placas de metal utilizadas e aumentar o espaço do interior da cabine. Nossa principal qualidade é a capacidade de trabalhar diretamente com nossos clientes. Nós estamos familiarizados com o processo de montagem deles, sabemos quais são as melhores práticas e podemos fornecer a eles muito conhecimento para suas produções.

Sobre a Atlas Copco Grandes ideias aceleram a inovação. A Atlas Copco transforma ideias industriais em benefícios estratégicos aos negó-

cios desde 1873. Ao ouvir seus clientes e conhecer suas necessidades, a empresa entrega valor e inova com o futuro em mente. A Atlas Copco está se-

diada em Estocolmo, na Suécia, com clientes em mais de 180 países e cerca de 37.000 funcionários. Receitas da BSEK 95/9 BEUR em 2018.

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Fenatran pode gerar

R$ 4 bi em intenção de compra Valor é o mesmo registrado na edição anterior, em 2017

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Fenatran 2019, edição deste ano da maior feira do segmento de transporte de carga da América Latina, deve gerar R$ 4 bilhões em valor de intenção de compra, o mesmo volume registrado na última edição, realizada em 2017. Apesar disso, a Reed Exhibitions Alcântara Machado, organizadora do evento, estima que esta deverá ser a maior edição já realizada da

feira que reúne toda a cadeia de caminhões. O evento será realizado entre 14 e 18 de outubro do São Paulo Expo. Segundo o vice-presidente da Reed, Paulo Octávio Pereira, 400 marcas já confirmaram presença: “A expectativa é de que consigamos ultrapassar esse número de marcas e chegar a 420 ou 430, mas já é uma certeza de que será a maior Fena-

tran”, afirmou na sexta-feira, 24, em São Paulo, durante evento de lançamento do evento. Com 100% dos mais de 90 mil metros quadrados ocupados para a feira, entre as montadoras de caminhões, apenas a Ford e a Agrale não participarão da mostra. “A Ford não estará conosco, todos sabem, por motivos óbvios”, disse o diretor de portfólio de mobi-


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consistem em uma arena de conhecimento com apresentações e debates de temas relevantes para o setor ganhará uma versão para a Fenatran como New Mobility Logistics, com discussões sobre as novas soluções e tecnologias para o setor de mobilidade e transporte urbano. A feira também contará ainda outros eventos simultâneos, como a Movimat, Salão Internacional de Logística Integrada, que é incorporada à Fenatran pela segunda edição consecutiva, além do Congresso SAE Brasil, que está em sua 28ª edição com o tema Veículos e Vias Inteligentes - O Caminho para a Mobilidade Sustentável. O congresso deste ano será presidido por Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania América Latina. “Estamos animados com a Fenatran. Vejo com otimismo esse momento de crescimento

do mercado, embora seja moderado, mas se trata de crescimento. Este ano o mercado de caminhões deve chegar às 88 mil unidades vendidas contra as 76 mil de 2018. Para a Fenatran, teremos grandes surpresas nesta edição. Já vimos o que acontece no transporte da Europa e teremos novidades equivalentes aqui no Brasil em termos de produtos, serviços, tecnologia e conectividade”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes. Já Norberto Fabris, presidente da Anfir, associação que reúne os fabricantes de implementos, comemora o aumento de 80% de ocupação de área entre suas associadas. “Nesta edição da Fenatran, nossa expectativa é de que tenhamos um volume maior de negócios com relação ao que foi em 2017”. Segundo a organização, o credenciamento para a feira começará em agosto. Fonte: Automotive Business (SUELI REIS, AB)

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lidade da Reed, Leandro Lara, se referindo ao anúncio de fechamento da operação de caminhões da marca, anunciado pela montadora em fevereiro. As confirmadas são: DAF, Iveco, Mercedes-Benz, PSA (Peugeot Citroën, com comerciais leves), Scania, Volkswagen Caminhões (MAN) e Volvo. Lara explica que nesta edição a Fenatran será focada nos pilares: exposição, geração de negócios, conteúdo e experiências. Entre as atrações, a feira trará de volta o Fenatran Experience, test-drive de caminhões que será feito na área externa do São Paulo Expo. A última vez em que a Fenatran contou com essa atividade foi na edição de 2013. Por enquanto, as marcas confirmadas para os testes são Citroën, Mercedes-Benz, Peugeot e Scania. O projeto New Mobility, lançado no Salão do Automóvel de São Paulo em 2018 que


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Cinco anos de aventura Fórmula E, uma aventura que começou há cinco anos. Em 15 de maio de 2014, o chassi 20 foi entregue para a equipe ABT Sportsline

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xatamente cinco anos atrás, a aventura e história de sucesso na Fórmula E começou para Audi Sport ABT Schaeffler: em Donington, dia 15 de maio de 2014, a equipe recebeu o primeiro chassi para correr na principal competição de corridas com carros totalmente elétricos. O recorde do torneio é da Audi até hoje: em 54 corridas, a esquadra alemã conquistou 39 troféus, marcou 1.027 pontos e, como resultado, foi a equipe mais bem-sucedida na competição. A entrega do primeiro chassi à equipe cinco anos atrás entrou na era dos esportes a motor totalmente elétricos. Foi em uma breve cerimônia com o fundador da Fórmula E, Alejandro Agag, em uma coletiva de imprensa com as dez equipes principais e uma foto em grupo em frente à sede na pista de corrida em Donington no final da tarde. A Audi Sport ABT Schaeffler esteve envolvida na série desde o início: como uma equipe privada nas três primeiras temporadas e como uma equipe oficial da Audi a partir da quarta temporada.

“Este dia marcou o lançamento oficial. Um projeto planejado em casa por muitos meses tornou-se realidade”, disse Thomas Biermaier. Diretor Esportivo da ABT Sportsline, junto com o Diretor da Equipe Hans-Jürgen Abt, era encarregado do time alemão. “Para todos nós, pareceu como o primeiro dia na escola: tudo era novo e um pouco incerto, porém a emoção da antecipação era enorme.” O primeiro chassi entregue ao Audi Sport ABT Schaeffler dia 15 de maio de 2014 recebeu o número 20 – e tem um histórico emocionante: com o Chassi 20 Lucas Di Grassi cruzou a linha de chegada em Beijing dia 13 de setembro de 2014 como vencedor da primeira corrida de Fórmula E. O Chassi 20 também sofreu uma dor ocasional: dia 9 de outubro de 2016, Di Grassi destruiu totalmente o lado esquerdo em uma batida em Hong Kong e os reparos também foram necessários após um incêndio na fiação em Punta del Este em 2015. O Chassi 20 celebrou sua última vitória

em Nova Iorque dia 14 de julho de 2018 e foi entregue a Alejandro Agag como peça de museu após a temporada. “A Fórmula E experimentou um desenvolvimento surpreendente em seus anos iniciais – tanto em corridas emocionantes e muitas inovações na pista”, disse Dieter Gass, Chefe da Audi Motorsport. Em 2014, a Audi foi a primeira montadora alemã a entrar na competição após um compromisso gerado na fábrica. “Saber que muitas marcas estão envolvidas agora e mais estarão se juntando é uma excelente confirmação do espírito pioneiro da Fórmula E e de seus fundadores.” Para Audi Sport ABT Schaeffler, a entrega do primeiro de um total de quatro veículos marcou também o início de um período de trabalho intenso – nos quatro primeiros anos da Fórmula E, eram dois veículos por condutor e uma troca de veículo no meio da corrida. “Desmontamos imediatamente o primeiro veículo para determinar precisamente quais equipamentos e quais ferramentas precisávamos para


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Nas 54 corridas até hoje, Audi Sport ABT Schaeffler conquistou 39 troféus – mais do que qualquer outra equipe – e foi a primeira esquadra a quebrar a marca de 1.000 pontos, acumulando um total de 1.027 pontos. Na terceira temporada (2016/2017),

Lucas di Grassi sagrou-se o campeão da Fórmula E pela primeira vez após um terceiro e segundo lugares nas duas temporadas anteriores. Na quarta temporada (2017/2018), Audi Sport ABT Schaeffler celebrou o título na classificação da equipe.

Sobre o Grupo Audi O Grupo Audi com suas marcas Audi, Ducati e Lamborghini é um dos mais bem-sucedidos fabricantes de automóveis e de motos no segmento premium. Ele está presente em mais de 100 mercados mundialmente e produz em 16 unidades em países. Subsidiárias 100% da Audi

AG são a Audi Sport GmbH (Neckarsulm), a Automobili Lamborghini S.p.A. (Sant’Agata Bolognese/Itália) e a Ducati Motor Holding S.p.A. (Bologna/ Itália). Em 2018, o Grupo Audi entregou aos clientes cerca de 1.812 milhão de automóveis da marca Audi. No exercício de 2017, o Grupo AUDI teve re-

ceita de 60,1 bilhões de euros e resultado operacional de 5,1 bilhões de euros. Atualmente cerca de 90.000 pessoas trabalham em todo o mundo para a empresa, das quais mais de 60.000 na Alemanha. A Audi está focada em produtos e tecnologias sustentáveis para o futuro da mobilidade.

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fazer isso – afinal, antes só conhecíamos o veículo pelos desenhos”, diz Thomas Biermaier. A equipe dele se mudou para Donington por três meses para preparar os veículos antes dos testes da pré-temporada e da abertura do torneio.


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100 anos de

criatividade Goodyear faz parceria com Citroën em veículo autônomo elétrico que celebra os 100 anos da marca francesa. Fabricante de pneus marcou presença em modelos que transformaram a mobilidade e que mudaram a história do carro

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conceitual que podem ser destacadas estão as seguintes: · Estrutura com perfil baixo e banda larga: O C100 tem quase um metro de diâmetro, medida superior a maioria dos pneus oferecidos no mercado, que contam com algo próximo de 60 cm. Por ter um aro de 30 polegadas, a eficiência, o conforto e a performance são beneficiadas, assim como o melhor desempenho tanto em pisos seco como em molhados. · Desenho exclusivo: O C100 apresenta um design de piso personalizado e inspirado na natureza que proporciona benefícios de conforto e manuseio. Com quase 100 gomos a mais em sua banda de rodagem do que o pneu médio, o C100 proporcionaria um passeio muito mais silencioso, uma questão crucial para garantir o conforto em veículos elétricos. Além disso, o composto do C100 é inspirado nos atributos

de uma esponja natural, com capacidade para endurecer no seco ou amolecer no molhado, adaptando-se melhor aos percursos e oferecendo maior aderência em diversas condições. · Conectividade e inteligência: O conceito C100 foi projetado para usar tecnologia avançada de sensores. Ele tem capacidade de detectar a superfície da estrada e prever as condições meteorológicas, se comunicando com o sistema autônomo Citroën 19_19 Concept. Ele também sugere avançada tecnologia de desgaste ativo para avaliar o estado do pneu, permitindo a manutenção proativa dos pneus. Apesar de ser um pneu conceitual, muitas das tecnologias apresentadas no C100 já estão nos modelos comercializados pela Goodyear. Entre elas os pneus de perfil baixo e banda de rodagem larga e os sistemas de monitoramento.

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ara comemorar 100 anos de audácia e criatividade, a Citroën apresentou um veículo elétrico autônomo e conectado, o Citroën 19_19 Concept. Projetado para oferecer exclusividade, conforto e privacidade, o conceito está equipado com o pneu conceito Goodyear C100 em uma parceria firmada com a unidade europeia da Goodyear com objetivo de proporcionar conforto e o desempenho inteligente que este veículo exclusivo exige. "O pneu conceito C100 da Goodyear foi projetado especificamente para o veículo Concept 19_19 da Citroën", disse Mike Rytokoski, diretor de marketing de Consumer da Goodyear Europa. "Ele apresenta tecnologia para oferecer o máximo conforto e eficiência para a mobilidade elétrica e os recursos inteligentes necessários para suportar um veículo autônomo". Entre as inovações do C100


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"A Citroën é pioneira na mobilidade e ao longo de sua história desenvolveu veículos icônicos e novas tecnologias revolucionárias. Ao comemorar seu centésimo aniversário, a Goodyear tem a honra de fazer parceria com a Citroën ao escrever outro capítulo sobre o futuro da mobilidade", concluiu Rytokoski.

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Evolução em um minuto Já está nas redes sociais e em algumas emissoras de TV o filme comemorativo de 100 anos da Goodyear no Brasil. Com um minuto, o vídeo mostra toda a evolução da fabricante durante um século de história. O eixo criativo do comercial gira em torno do conceito "Mais do que medir o tempo, a gente faz o tempo". É sobre essa narrativa - com cenas que denotam um tom às

vezes histórico e outras vezes visionário - que uma locução feminina discorre um texto leve e apaixonado. No filme, o espectador pode ver desde pneus equipando carros antigos - que já não estão mais nas linhas de montagem - até modelos futurísticos equipando aviões, veículos lunares e protótipos voadores. Tudo embalado por uma trilha sonora que ao final atinge o ápice com a sensação de que "o tempo que vem pela frente ainda nos reserva muitas conquistas". A assinatura do vídeo, que também faz parte da logomarca comemorativa feita especialmente para o centenário, é "Goodyear, movidos pelo futuro, guiados pela tradição". As filmagens foram realizadas em diversas locações no Brasil e exigiram um total de mais de 80 horas de pós-produção

e quase 120 profissionais envolvidos em todas as etapas. O resultado é uma peça impactante, que causa admiração no consumidor e orgulho em quem, de alguma forma, tem o dia a dia ligado à marca. Um século de história Há 100 anos no Brasil, a Goodyear conta com a mais completa linha de pneus do País e reúne modelos dos mais variados segmentos, sempre com produtos pensados nas principais necessidades do motorista e nas diversas situações de uso. O resultado de estar tão presente na vida dos brasileiros vem de uma das características da Goodyear, a vocação para o pioneirismo e inovação, que resultaram na sua posição de liderança tecnológica a partir do investimento em pesquisa e


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desenvolvimento, capacidade técnica e treinamento de suas equipes e revendedores. A Goodyear tem um elevado padrão de qualidade, tecnologia e inovação em todos os seus produtos. Cada modelo tem características de acordo com as necessidades do público ao qual se destina. O Wrangler, por exemplo, é conhecido pela sua versatilidade e capacidade off-road. Já a linha Eagle é focada em modelos esportivos. O EfficientGrip é um pneu elaborado para oferecer alta performance, tanto em pisos molhados como secos, com um elevado grau de segurança e excelente tração. No caso do Assurance, o foco está na durabilidade e economia para carros compactos, enquanto o Direction é elaborado para aqueles que procuram conveniência. Por fim, a linha Cargo é focada nos motoristas que buscam total custo-benefício.

países. Seus dois Centros de Inovação em Akron, Ohio, nos Estados Unidos e em Colmar-Berg, Luxemburgo, desenvolvem produtos e serviços com tecnologia de ponta que definem o desempenho padrão para a indústria. No Brasil, a companhia tem três unidades industriais: a fábrica na cidade de Americana (SP), a unidade de materiais de recapagem na cidade de San-

ta Bárbara do Oeste (SP) e a de recauchutagem de pneus para aviação em São Paulo (SP). Além disso, a empresa conta com uma rede de revendedores oficiais e cerca de 1.000 pontos de venda em todo o país.

Para mais informações sobre a Goodyear, acesse www.goodyear.com.br

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Goodyear do Brasil A Goodyear é fabricante de pneus para automóveis, vans, picapes, SUVs, caminhões e ônibus, pneus fora de estrada, empilhadeiras, equipamentos industriais e aviões, além de materiais para recapagem, e completa em 2019 a marca de 100 anos no Brasil. No mundo, emprega cerca de 64.000 pessoas e fabrica seus produtos em 47 instalações em 21


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Mercedes-Benz Museum

celebra 13 anos

Museu localizado na Alemanha já recebeu mais de dez milhões de visitantes desde seu lançamento em 2006

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m 19 de maio foi celebrado o Dia Internacional dos Museus e, na mesma data, também comemorado o 13º aniversário do Mercedes-Benz Museum, localizado em Stuttgart, na Alemanha. Para marcar a ocasião, o espaço disponibilizou entrada gratuita para todos

os visitantes, promovendo uma experiência diferenciada ao público, visto que, nesta data, também foi o último dia da exposição especial "On the move since 1893", em homenagem aos 125 anos de história da agremiação esportiva alemã, VfB Stuttgart.

Durante a atração do clube esportivo, a sua tradição de 125 anos foi ressaltada em apresentação repleta de detalhes que nunca haviam sido apresentados. As exibições ofereceram uma retrospectiva de momentos emocionantes e contaram com um desfile


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de atividades e, desde que foi inaugurada, em 19 de maio de 2006, já recebeu mais de dez milhões de visitantes de todo o mundo. O tema "Museums - The Future of Living Tradition", escolhido para o Dia Internacional dos Museus de 2019, complementou o conceito da

instituição. Com um total de 16.500 metros quadrados em doze salas, a exposição permanente do Mercedes-Benz Museum – que inclui mais de 160 veículos e cerca de 1.500 peças – traz o público de volta aos primórdios do automóvel, além de abordar o futuro da mobilidade.

Para mais informações, ingressos e reservas, clique aqui

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comemorativo de fãs dirigindo seus veículos por Stuttgart. O museu celebra o automóvel inventado por Carl Benz em 1886, relatando suas histórias e as colocando nos contextos de tecnologia, vida cotidiana, história social e cultura popular. A atração internacional está sempre repleta


tecnologia

Alerta de problema Aplicativo FordPass ganha nova função de alerta de funcionamento do veículo. Aviso inclui a descrição do problema e a medida que deve ser tomada para saná-lo

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FordPass, aplicativo de serviços e conveniência da Ford que pode ser baixado gratuitamente no smartphone, ganhou mais uma função. Trata-se do Alerta de Funcionamento do Veículo (VHA), que avisa pela tela do celular quando o carro necessita de algum reparo. Em operação no Brasil desde março de 2018, o FordPass pode ser utilizado gratuitamente por qualquer pessoa, seja proprietária de um carro Ford ou não. Ele permite localizar e comparar preços de postos de combustível, estacionamentos e pesquisar pontos de interesse, como

restaurantes, entretenimento e saúde. Todas as suas funções são feitas com o uso de dados na nuvem, atualizados e fornecidos por fontes exclusivas. O Alerta de Funcionamento do Veículo do FordPass está disponível inicialmente apenas para modelos Ford equipados com a central multimídia SYNC 3. Além de trazer uma descrição do problema, ele indica as ações que devem ser tomadas para resolvê-lo. Os avisos podem incluir, por exemplo, baixa pressão do óleo do motor, falhas no sistema de iluminação, no freio ABS, controle do piloto automá-

tico adaptativo ou presença de água no combustível no caso de motores diesel. Para quem é proprietário de um veículo da Ford, o FordPass oferece também mensagens personalizadas, como avisos sobre o momento da manutenção do veículo, acesso à assistência 24 horas e agendamento online de serviços nas concessionárias. Para isso, basta adicionar o número do chassi no aplicativo. O objetivo da Ford com essa nova plataforma é atuar de forma mais próxima dos consumidores e personalizar o seu relacionamento com a marca.


tecnologia

Audi conecta veículos aos semáforos Audi Traffic Light Information começa neste ano em Ingolstadt, Alemanha. Andre Hainzlmaier, responsável pela área de desenvolvimento de cidades inteligentes: “O tráfego vai fluir melhor”

nova tecnologia, os veículos poderão capturar uma “onda verde” na cidade: os motoristas de Audi verão no painel qual velocidade é necessária para chegar ao próximo semáforo no verde. Se isto não for possível dentro do limite de velo-

cidade permitido, aparecerá uma contagem para a próxima fase verde. Assim, dirigir nas cidades será mais relaxante e eficiente. Nos EUA, os clientes da Audi já vêm usando este serviço desde o final de 2016. A Audi é a primeira montadora

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partir de julho a Audi vai integrar em rede novos modelos com os semáforos em Ingolstadt, na Alemanha, com a tecnologia Audi Traffic Light Information. Outras cidades europeias farão parte do projeto depois de 2020. Com a


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no mundo a conectar em rede seus modelos com os semáforos nas cidades. “O para e anda nas cidades é muito irritante. Ficamos felizes quando encontramos uma ‘onda verde’, mas infelizmente isso ocorre muito raramente. Com a função Audi Traffic Light Information, os motoristas têm maior controle. Eles dirigem com mais eficiência e mais relaxados, porque sabem se um semáforo a 250 metros à frente estará verde”, comenta Andre Hainzlmaier, responsável pela área de desenvolvimento de aplicativos, serviços conectados e cidades inteligentes da Audi. “Futuramente, dados anônimos de nossos veículos podem aju-

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dar a mudar os semáforos nas cidades para melhorar as fases e o fluxo do tráfego”. Nos EUA, os clientes da Audi já vêm usando a função “Tempo Até o Verde” há dois anos: se o motorista atingir um semáforo vermelho, uma contagem no Audi virtual cockpit ou head-up display conta os segundos até o próximo semáforo verde. Agora este serviço está disponível em mais de 5.000 cruzamentos nos EUA, por exemplo, em cidades que incluem Denver, Houston, Las Vegas, Los Angeles, Portland e Washington (capital). Só na capital cerca de 1.000 cruzamentos estão conectados à função Audi Traffic Light Information.

Desde fevereiro de 2019 a Audi oferece outra função na América do Norte. A finalidade é permitir especialmente a condução na “onda verde”. “Green Light Optimized Speed Advisory” (GLOSA) (Aviso de Velocidade Otimizada para o Semáforo Verde) mostra ao motorista a velocidade ideal para chegar ao próximo semáforo verde. Tanto o “Tempo Até o Verde” como o GLOSA serão ativados para início de funcionamento em Ingolstadt em modelos Audi selecionados. Eles incluem todos os modelos e-tron da Audi e o A4, A6, A7, A8, Q3, Q7 e Q8 que serão produzidos a partir da metade de julho. O pré-requisito é o pacote “Audi


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A Audi está trabalhando para oferecer a Audi Traffic Light Information em outras cidades da Alemanha, Europa, Canadá e EUA nos próximos anos. Na grande cidade oriental da China, Wuxi, Audi e parceiros estão testando redes entre os veículos e os sistemas de semáforos no contexto de um projeto em desenvolvimento. No futuro, os clientes da Audi poderão se beneficiar de funções adicionais, por exemplo, quando as “ondas verdes” forem incorporadas ao planejamento do roteiro ideal. Também se pode conceber que os modelos e-tron da Audi, ao cruzar por um semáforo vermelho, usarão cada vez mais a energia de frenagem para carregar as baterias. Acoplado ao controle de cruzeiro adaptativo preditivo, os veículos podem até frear automaticamente em semáforos vermelhos. Em longo prazo, o tráfego urbano será beneficiado. Quando os veículos enviarem dados anônimos à cidade, os semáforos poderão ser operados com mais flexibilidade.

Todos os motoristas conhecem a seguinte situação: à noite você espera em um semáforo vermelho – enquanto nenhum outro veículo é visto nas proximidades. Semáforos em rede poderão reagir de acordo com a demanda. Motoristas de outros veículos da concorrência também aproveitarão esse trabalho de desenvolvimento encabeçado pela Audi com a Audi Traffic Light Information – uma boa novidade para as cidades, que dependem dos dados anônimos de grandes frotas para obter a gestão mais eficiente do tráfego. Futuramente, tecnologias V2I (veículo para infraestrutura) como a Audi Traffic Light Information facilitarão a condução automatizada. “Uma cidade é um dos ambientes mais complexos para os veículos autônomos. Apesar disso, o veículo deve poder administrar a situação, mesmo na chuva e neve. A troca de dados com a infraestrutura de tráfego pode ser altamente relevante nesta situação, diz Hainzlmaier.

Sobre o Grupo Audi O Grupo Audi com suas marcas Audi, Ducati e Lamborghini é um dos mais bem-sucedidos fabricantes de automóveis e de motos no segmento premium. Ele está presente em mais de 100 mercados mundialmente e produz em 16 unidades em países. Subsidiárias 100% da Audi

AG são a Audi Sport GmbH (Neckarsulm), a Automobili Lamborghini S.p.A. (Sant’Agata Bolognese/Itália) e a Ducati Motor Holding S.p.A. (Bologna/Itália). Em 2018, o Grupo Audi entregou aos clientes cerca de 1.812 milhão de automóveis da marca Audi. No exercício de 2017, o Grupo AUDI teve

receita de 60,1 bilhões de euros e resultado operacional de 5,1 bilhões de euros. Atualmente cerca de 90.000 pessoas trabalham em todo o mundo para a empresa, das quais mais de 60.000 na Alemanha. A Audi está focada em produtos e tecnologias sustentáveis para o futuro da mobilidade.

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connect Navigation & Infotainment” e o opcional “reconhecimento da sinalização do tráfego baseado em câmera”. “Os desafios para a introdução em série do serviço são muito maiores na Europa do que, por exemplo, nos EUA, onde o sistema de semáforos urbanos foi planejado para uma grande área e uniformemente. Como contraste, na Europa a infraestrutura de tráfego foi desenvolvida mais localmente e descentralizada – com grande variedade de tecnologia”, explica Hainzlmaier. “Com que rapidez outras cidades estarão conectadas a esta tecnologia depende, acima de tudo, se os padrões de dados e interfaces forem estabelecidos e as cidades digitalizarem seus semáforos.” Neste projeto, a Audi está trabalhando com Traffic Technology Services (TTS) (Serviços de Tecnologia do Tráfego). O TTS prepara os dados brutos dos centros de gestão de tráfego de cidade e os transmite aos servidores da Audi. A partir daqui, a informação atinge o veículo por uma conexão rápida de internet.


tecnologia

Eixo para elétricos Solução de e-eixo da Allison está em avaliação no potente caminhão elétrico de Classe 8 da Peterbilt. Trem de força elétrico da Série AXE está equipando o Peterbilt 579EV

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m meio à busca global pela eletrificação na indústria de veículos comerciais a Allison Transmission, líder em soluções de propulsão para veículos comerciais, anunciou o desenvolvimento de eixos altamente completos e eficientes para veículos elétricos. O sistema de propulsão Allison da Série AXE entrega soluções elétricas que mudam a viabilidade da indústria para o mercado. Lançado na Advanced Clean Technology (ACT) Expo 2019, em Long Beach, Califórnia, o trem de força elétrico da Série AXE está sendo integrado

ao caminhão Peterbilt 579EV, de Classe 8, para avaliação e testes. Como resultado, o caminhão passa a desenvolver 1.475 cavalos de potência (1.100 quilowatts), oferecendo eficiência e desempenho. "A Allison está contente por estar construindo seu legado

de inovação, e acredita que este produto será um grande passo para levar a indústria ao próximo nível de eletrificação", disse David S. Graziosi, Presidente e CEO da Allison Transmission. "Valorizamos muito a oportunidade de trabalhar com um líder da indústria".

Sobre a Allison Transmission A Allison Transmission (NYSE:ALSN) é o maior fabricante mundial de transmissões automáticas para veículos comerciais médios e pesados. As transmissões Allison são usadas nas mais variadas aplicações incluindo ca-

minhões coletores de resíduos, construção, bombeiros, distribuição, ônibus, motorhomes, militares e energia. Fundada em 1915, a Allison tem sede em Indianápolis, Indiana, EUA, e emprega aproximadamente 2.900 pessoas no mundo. Com presença no mer-

cado de mais de 80 países, a Allison possui escritórios regionais na Holanda, China e Brasil e fábricas nos Estados Unidos, Hungria e Índia. A Allison também tem aproximadamente 1.400 distribuidores independentes e revendedores em todo o mundo.


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