Revista Sincopeças-SP 563

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Revista

colunista

Ano 48 . Edição 563. Jun/19

Sorrisos que

vendem

Brasil é o 4º país no ranking dos sorrisos, mas ainda não sabe como abordar e cumprimentar adequadamente o consumidor

acontece

A experiência de um aprendiz

sustentabilidade

Cadastro de geração de resíduos

mercado

Os impactos dos autônomos

1 revista sincopeças-SP

Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos

a mídia oficial do setor


revista sincopeรงas-SP

colunista

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índice

editorial

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho 1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

conselho fiscal Heber Carlos de Carvalho Alfredo Alves da Silva Júnior 1° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Francisco Wagner De La Tôrre

2º secretário Edson Shosaburo Koga

2° delegado efetivo junto à FECOMÉRCIO: Álvaro Pereira

1º tesoureiro Álvaro Pereira

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

diretores Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto Claudia Aparecida Lago Passo Roger Sousa Gomes Silva Rogério Alves Lins Sérgio Augusto Costa Mendes

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

Para facilitar a

tomada de decisões

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ada às novas tecnologias, a inovação no varejo impõe uma transformação acelerada no conceito de compra e venda de produto. Esse processo permite ao consumidor rápidas tomadas de decisões e também proporciona o acirramento da concorrência, na medida em que este cliente tem, em tempo real, uma comparação dos produtos em si. Com isso, muitos produtos perdem a força da marca e tornam-se commodities. Entretanto, é no varejo que se dá a relação de consumo. Por todas essas transformações temos uma mudança profunda do comportamento e das expectativas do cliente Por isso é importante valorizar o ponto de venda, para que cada vez mais o cliente não se limite apenas à relação de consumo, mas que ele ultrapasse a possibilidade de consolidar a decisão de compra e venda e possa, antes de mais nada, vivenciar de forma agradável e prazerosa a experiência do consumo. Do balcão para dentro, o empresário tem de investir fortemente no treinamento dos colaboradores, no sentido de prepará-los para prestar um atendimento na medida das expectativas desse consumidor cada vez mais exigente, preparação essa não apenas para formar bons técnicos, mas também para formar vendedores atenciosos. No aspecto da gestão, a tecnologia é uma importante parceira, na medida em que cria ferramentas que permitem maximizar e otimizar o seu negócio. A gestão é fundamental uma vez que, com a inovação tecnológica, há um acirramento da concorrência. Portanto, todos os aspectos da gestão passam a ser cruciais para obter uma performance eficiente e rentável que possibilite o atendimento às expectativas do cliente. Uma das missões do Sincopeças é apontar tendências e determinar para qual direção apontam os ventos, de forma a facilitar para o empresário varejista a tomada de decisões estratégicas. O Sincopeças sempre esteve atento às novidades e preocupado em estabelecer parcerias com empresas sérias que possam trazer soluções sustentáveis para o associado. Venha nos visitar e saiba o que o Sincopeças pode fazer por sua empresa.

Boa leitura

3 revista sincopeças-SP

03 editorial 06 acontece 14 sustentabilidade 15 gestão e direito 24 capa 30 varejo em foco 32 especial on-line 38 mercado 40 tecnologia 46 giro


índice

CONHEÇA O

SINCOPEÇAS-SP

O SINCOPEÇAS-SP atua há 78 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveram criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.

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ACESSE O SITE

WWW.PORTALDAAUTOPECA.COM.BR ACOMPANHE O RELATÓRIO COMPLETO DAS ATIVIDADES NO SITE.


editorial ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO

LEI DO DESMANCHE

APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP

REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL

NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

PESQUISA MVA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO

ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL

INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL

REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL

ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS

PESQUISA ROLAND BERGER revista sincopeças-SP

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A experiência de um aprendiz Atual presidente da ANDAP, Rodrigo Carneiro é o novo CEO do MercadoCar, tradicional grupo varejista de autopeças da capital paulista

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paranaense da gloriosa Piraí do Sul, Rodrigo Francisco Araújo Carneiro, é o novo CEO do MercadoCar, grupo varejista de autopeças fundado em 1971, que conta atualmente com sete lojas, a caminho da oitava unidade, emprega hoje em dia perto de três mil funcionários e tem faturamento anual próximo a R$ 1 bilhão com a comercialização de 149 mil itens. Oriundo do mercado financeiro, onde permaneceu por 23 anos, Carneiro ingressou na reposição de autopeças em 1995 pelas portas da distribuição, na Sama Autopeças, do Grupo Comolatti, onde adquiriu profundo conhecimento do setor. Em 2016 transferiu-se para Mogi Mirim, Interior de São Paulo, para atuar como CEO e diretor da Barros Autopeças e, em outubro do ano passado, alçou voos como dirigente sindical, assumindo a presidência da ANDAP – Associa-

ção Nacional dos Distribuidores de Autopeças. Neste ano recebeu convite do fundador do MercadorCar, Roberto Gandra, para comandar essa fase expansionista da empresa, marcada recentemente pelo investimento de R$ 60 milhões na loja de Santo André, no ABC Paulista, com 15 mil metros quadrados. Nesta entrevista, Carneiro relata um pouco da vasta experiência profissional adquirida na distribuição, seu aprendizado nessa nova empreitada no segmento varejista e suas expectativas de futuro para o mercado de reposição de autopeças. Confira. Conte um pouco sobre sua trajetória profissional e início no mercado de reposição de autopeças. Rodrigo Carneiro – Deixei o mercado financeiro após 23 anos de trabalho e tive muitas dificuldades em entender a cul-

tura de negócio, a metodologia da distribuição de autopeças e a não regulamentação. O setor financeiro no Brasil é fortemente regulamentado e evoluído tecnologicamente, o que acabou dificultando, inicialmente, minha adaptação. Por outro lado, o empreendedorismo e a adaptabilidade das empresas distribuidoras, somados à generosidade dos empresários e profissionais do segmento, permitiram que eu pudesse, após alguns poucos meses, começar a entender a dinâmica do nosso mercado. Quais diferenças encontrou entre a distribuição e o varejo de autopeças? RC – Ainda estou aprendendo sobre o varejo. Agora no MercadoCar, meu conhecimento está se aprofundando e permite identificar que tratamos de diferentes modelos de negócio. As relações no segmento B2B, tanto na re-


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lação fábrica com distribuidor e distribuidor com varejistas, têm características muito distintas daquelas relacionadas ao atendimento do consumidor final. Cite números da estrutura do MercadoCar. RC – O MercadoCar possui sete pontos de venda na Grande São Paulo – está iniciando a oitava unidade – com aproximadamente três mil colaboradores e 149 mil itens de comercialização. Não é nossa política divulgarmos dados de faturamento, mas posso assegurar que somos um player importante no segmento.

Oportunidade de conhecer melhor o comportamento do consumidor final foi decisiva para que executivo aceitasse novo desafio, seu primeiro no varejo (na foto, o executivo Rodrigo Carneiro) contribuição nas áreas de governança, gestão de processos e inteligência de negócios, mas, insisto, preciso também reaprender o negócio de varejo. Sobre a linha de produtos da empresa, quais os diferenciais e benefícios para os segmentos leve e pesado? RC – No MercadoCar estamos empenhados em buscar todos os diferenciais que tragam a satisfação real de nossos clientes, tanto da linha leve quanto

da linha pesada, sem distinção. Nosso portfólio de produtos é um dos melhores do País, a localização de nossos pontos de venda passa por uma análise de geomarketing, a busca de valor agregado é uma constante e vimos conseguindo. Nosso esforço em negociar com fornecedores a melhor condição para nossos clientes é muito forte e nosso horário de atendimento é exclusivo. Somos os únicos em todo o País a oferecer 24h de atendimento, todos os dias da semana.

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Quais seus objetivos de atuação no MercadoCar, reestruturação interna, expansão das unidades, metas de crescimento? RC – Neste momento, meu principal objetivo é aprender e aprender. Como já disse, o mundo do varejo tem uma dinâmica diferente e me permite retornar à experiência de muitos anos na indústria de cartões de crédito, onde a principal área de atuação era o varejo e o foco no consumidor final. Aqui no MercadoCar todos somos Customer Oriented e todo o esforço é no sentido de tornar a compra uma atividade prazerosa – o que não é fácil em nosso segmento –, mas nos dedicamos a isso com intensidade e penso que nossos clientes têm respondido bem a essa missão. É claro que a experiência que adquiri nas outras empresas que tive orgulho em participar me credenciam a oferecer alguma


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Como o MercadoCar se mantém atualizado e por dentro das tendências de mercado? RC – Recebemos sessenta mil visitas diárias, 50% presenciais e outros 50% por telefone (não vendemos por telefone, mas nossa central oferece todas as informações demandadas por nossos clientes sobre nossa área de atuação) e, claro, fazemos disso uma fonte de consulta a respeito das necessidades de nossa base de clientes. Nossa Diretoria de Marketing interage com os diversos públicos e instituições dedicadas ao aperfeiçoamento do varejo, nossa área de Inteligência de Mercado está atenta aos movimentos em nosso segmento e a Diretoria de TI está totalmente focada na inovação e avanços tecnológicos.

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Descreva as iniciativas da empresa nas áreas de capacitação e relacionamento com o setor. RC – Nossa área de Recursos Humanos trata o tema da capacitação a partir da prospecção de novos colaboradores e, naturalmente, trata de nosso capital humano com profundidade. Nossos três mil colaboradores identificam suas possibilidades de carreira a partir do plano de cargos e a partir das políticas e procedimentos de RH como avaliações de desempenho e programas formais de feedback e desenvolvimento, internos e externos. Naturalmente que a capacitação passa, como já expus, pela atualização e inovação tecnológica e de gestão.

Nosso fundador, Roberto Gandra, desde há muito compõe a Diretoria do Sincopeças-SP e agora, com a minha vinda, está e continuará interagindo com Sindipeças, Andap Sicap, Sincopeças, Sindirepa e GMA. É nossa decisão participar ativamente de todas as iniciativas que desenvolvam competências em nosso segmento. Como foi o desempenho da companhia nesse primeiro semestre do ano? RC – Felizmente vimos crescendo, tanto organicamente quanto pela capacidade e ações de expansão da base de clientes. Há oito meses inauguramos nossa unidade de Santo André e no primeiro semestre de 2020 ofereceremos mais um ponto de venda na Grande São Paulo. Estamos crescendo dois dígitos. Quais os próximos investimentos do MercadoCar? A empresa tem planos de expansão e aquisições? RC – Com certeza continuaremos a crescer. Essa decisão é muito clara e tem como principal incentivador o fundador Roberto Gandra. Impressiona-me seu empenho e comprometimento nesse sentido. É possível até pensar em dois novos pontos de venda no próximo ano. Estamos trabalhando nesse sentido. Não faz parte de nosso histórico a expansão via aquisição, mas novos modelos de negócio devem merecer nossa atenção no futuro.

Falando sobre mercado, o que você vê como ameaças e oportunidades para o varejo de autopeças? RC – As oportunidades são claras e de conhecimento de todos. O Brasil tem uma belíssima frota de veículos, leves, pesados, duas rodas e agrícola e o mercado de reposição independente, através do varejo, responde muitíssimo bem à necessidade de reposição dos proprietários de veículos. Costumo afirmar que a gloriosa Piraí do Sul, Paraná, cidade natal da qual tenho a honra de pertencer, não possui uma concessionária de veículos, mas tem loja de autopeças. Essa particularidade do nosso varejo, que é a presença em quase todos, senão todos, os municípios brasileiros, é inegavelmente uma vantagem competitiva e sem dúvida grande responsável pela participação do varejo de autopeças na manutenção da frota. Convenhamos, é uma capilaridade invejável. Preocupa-me a atualização tecnológica e de gestão, nesse sentido, mas entidades como o Sincopeças, por exemplo, associada às demais do nosso mercado, estão trabalhando fortemente no sentido de oferecer alternativas e acessibilidade às novas ferramentas. Mas, sem dúvida, precisamos estar atentos. Quais suas expectativas para o mercado de reposição no segundo semestre de 2019?


acontece

RC – Vou ser redundante se abordar o que está nos massacrando todos os dias na imprensa que, em parte, por vezes, não trata de alguns temas sem um viés político partidário. Mas, se nosso Congresso aprovar as medidas necessárias para gerar segurança jurídica, equilíbrio fiscal, modernização do nosso absurdamente equivocado modelo tributário e uma desburocratização do ambiente econômico, passando ainda por uma menor presença do Estado na Economia, não há por que não esperar um forte crescimento. Acredito muito em nosso segmento, em nossas instituições

e sempre fui e continuo sendo um apaixonado pelo Brasil. Somos um grande País. Sua atuação profissional sempre foi proeminente, ao ponto de levá-lo à presidência da ANDAP. Tem as mesmas pretensões de atuação sindical junto ao segmento varejista? RC – Propus-me a fazer uma gestão na ANDAP, associado à participação no SICAP, fundamentado no aperfeiçoamento das relações institucionais, na atualização, inovação e desenvolvimento de serviços aos associados. Propus-me e mantenho a decisão de cumprir ape-

nas um mandato e quero fazê-lo com integridade. Sempre estive próximo às demais entidades e, particularmente, junto ao Sincopeças-SP. A proximidade com nosso presidente, Francisco De La Tôrre, continuará permitindo que eu possa contribuir agora até mais do que antes. Minhas pretensões não passam senão por poder, com muita humildade e honestidade, contribuir em dividir a experiência obtida pelas organizações e empresas que tive a honra de representar. Quero ser lembrado apenas como quem trabalhou com seriedade pelo mercado brasileiro de reposição de autopeças.

Currículo de respeito Em 1995 mudou para o segmento automotivo, participando da diretoria da SAMA, empresa líder em distribuição de autopeças na América Latina, onde permaneceu até 2016. Atuou como CEO e diretor da Barros Autopeças, tradicional e importante distribuidor de autopeças de Mogi Mirim. Atualmente é CEO do MercadoCar, empresa líder no segmento de varejo de autopeças em São Paulo. É presidente da ANDAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças e, ao longo

de sua carreira, também participou ativamente como diretor e vice-presidente de importantes instituições como ABECS – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços; SICAP – Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo (atual vice-presidente); da ABRAPNEUS – Associação Brasileira de Revendedores de Pneus; e SICOP – Sindicato do Comércio Varejista de Pneumáticos de São Paulo.

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odrigo Francisco Araújo Carneiro nasceu em 1954, na cidade de Piraí do Sul, Estado do Paraná. Iniciou seus estudos em Administração de Empresas na PUC em Curitiba. Mais tarde frequentou a Escola Superior de Propaganda e Marketing em São Paulo e o curso de extensão na FGV. Sua carreira profissional teve início ainda em Curitiba, no mercado financeiro, onde permaneceu por 23 anos. Sua última posição foi diretor de Marketing e produtos para pessoa física em importante instituição bancária.


acontece

Pesquisa analisa indústria automotiva Reed Exhibitions apresenta pesquisa inédita sobre a indústria automotiva durante a #ABX19. Estudo realizado em parceria com Automotive Business traz informações detalhadas para incentivar novas gerações de negócios e o crescimento do setor

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Reed Exhibitions Alcantara Machado, líder mundial na organização de feiras, apresentou na Automotive Business Experience, #ABX19, no São Paulo Expo, uma pesquisa inédita sobre três diferentes áreas da indústria automotiva. As palestras foram realizadas pelos diretores da Reed e trouxeram informações detalhadas sobre a “Intenção de compra de caminhões”, o “Horizonte para a indústria de autopeças” e “O Salão do Automóvel do Futuro”. As novidades colaboram para incentivar discussões sobre a geração de novos negócios e o crescimento do mercado. A partir desta primeira edição, o plano é tornar as três pesquisas anuais. “A parceria com a Reed Exhibitions foi construída para gerar ferramentas necessárias para que a liderança atual e a futura liderança automotiva assuma o protagonismo dessa mudança e encare seus desafios mais bem-preparadas. Os dados apresentados são de suma importância

para todo o setor e colabora para discussões e tomada de decisões de toda cadeia automotiva”, declara a diretora de Automotive Business, Paula Braga. Como organizadora das principais feiras do setor automotivo realizadas no Brasil - Salão do Automóvel, Salão Duas Rodas, Fenatran, Automec, Expo Fenabrave e New Mobility -, a Reed Exhibitions apresentou as pesquisas realizadas com uma amostra de clientes e audiência que visitou esses eventos nos últimos anos, além do público leitor dos diversos canais de conteúdo de Automotive Business, o que garantiu a relevância estatística dos dados apurados. O estudo sobre a Intenção de compra de caminhões foi realizado a partir de entrevistas on-line com 114 pessoas – 13% dos respondentes eram transportadores autônomos e 65% profissionais de empresas que têm mais de um caminhão. A seguir você conhece as principais conclusões da pesquisa:

Crise O mercado de caminhões sofreu redução dramática nos últimos anos, com queda do recorde de 172 mil unidades em 2011 para 50,2 mil veículos em 2016. Depois da forte baixa, em 2018 o segmento registrou alta nas vendas: 46,8%, segundo os dados da Fenabrave, contra uma expectativa de crescimento inicial de apenas 20%. Segundo os entrevistados, o período anterior de retração, no entanto, provocou queda no volume transportado em 63% das organizações e fez com que 12% permanecessem estagnadas. Curiosamente, 26% dos respondentes registraram aumento de suas atividades nos últimos anos. Renovação O estudo revelou que a renovação da frota de caminhões já começou no ano passado, quando 51% das empresas apontaram ter investido na compra de veículos novos. Só


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Compra de caminhões Dos entrevistados, 83% sinalizaram o plano de comprar caminhão em 2019. Um índice relevante apresentado pelo estudo é que 87% pretende investir em novos veículos nos próximos cinco anos. Entre 2022 e 2023 os caminhões vendidos no Brasil passarão a ter regras mais rigorosas de controle de emissão de poluentes (Proconve 8 ou Euro 6). Quase

metade dos respondentes dizem que manterão sua estratégia de compra de caminhões inalterada apesar da mudança. Parcela de 13% declarou que pretende antecipar compras para garantir preços mais baixos, enquanto 19% disseram que aguardam para comprar caminhões mais modernos depois de 2022/2023. “O crescimento robusto da economia e a oferta de crédito barato aparecem como os fatores com maior potencial de estimularem transportadores a comprarem veículos novos. Por outro lado, os grandes e médios empresários sinalizam que uma nova retração na economia poderá interromper aquisições. Para os transportadores autônomos ou frotistas, é a falta ou dificuldade de acesso ao crédito que poderia congelar planos – o que demonstra que os desafios variam de acordo com o porte da empresa”, destaca Luiz Bellini, diretor da FENATRAN.

Crédito Para 71% dos entrevistados, as linhas de crédito ainda são caras, com juros elevados. Somente 4% acham que é fácil obter financiamento. Por isso, a maioria dos empresários do setor (62%) gostaria que o governo desenhasse um programa de incentivos aos moldes do PSI (Programa de Sustentação do Crescimento), que durou até 2013 e garantiu taxas de juros subsidiadas para as compras de veículos comerciais. “O interesse em crédito mais acessível e as taxas menores de compras recentes de caminhões entre os transportadores autônomos ou de pequeno porte indicam que existe aí uma demanda reprimida: há interesse e necessidade de comprar veículos, mas é difícil obter financiamento”, ressalta Bellini. Horizonte para a indústria de autopeças O estudo sobre o Horizonte para a indústria de autopeças:

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19% dos respondentes indicaram ter feiro isso entre 2012 e 2017, enquanto 13% declaram que a última vez que investiram em um caminhão foi até 2011, no período pré-crise. Quando analisado o perfil das empresas que compraram veículos recentemente, fica claro que este é um movimento mais presente entre médias e grandes organizações, mais capitalizadas. Só 33% dos pequenos transportadores conseguiram investir em caminhões no ano passado.


acontece

foi realizada com participantes da Automec e trouxe as expectativas de crescimento, investimento e inovação da cadeia de autopeças a partir de entrevistas com as principais lideranças que atuam no segmento, com recortes sobre a visão para o mercado original (OEM) e o de reposição. A projeção para o médio prazo é otimista, conforme apurado na pesquisa. A maior parte das empresas do segmento (45%) apostam em expansão de 16% a 25% do mercado brasileiro de autopeças nos próximos cinco anos. O estudo buscou mapear como as empresas de autopeças foram afetadas pela recente crise, suas expectativas para a recuperação do mercado e a visão sobre inovação.

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Crise A crise que contraiu as vendas da indústria automotiva nos últimos anos teve consequências severas para a cadeia de autopeças. Dos respondentes da pesquisa 52% apontam que houve queda no faturamento das empresas em que trabalham durante a crise. Para 20% a situação foi de estagnação. Para 57% dos respondentes, a crise teve impacto negativo sobre a saúde financeira da organização, aumentando ou gerando endividamento. Mas, uma parcela de 28% apontam que foram capazes de registrar expansão das receitas mesmo no cenário adverso. A maior parte dos entrevistados, 59%, apontou que o principal impacto negativo da crise foi a redução da margem de contri-

buição – o montante que sobra da receita das vendas dos produtos e serviços e é usado para pagar os custos fixos e gerar lucro. Outro efeito importante foi a paralisação dos investimentos em inovação, algo sinalizado por 48% dos entrevistados. “O contexto negativo, não impediu que os respondentes identificassem efeitos positivos da crise. O principal deles foi a redução de custos. Os gestores que participaram da pesquisa indicaram em seguida o enxugamento das equipes, sem levar em conta os custos sociais das demissões. A abertura de novos clientes e mercados também figura na lista dos improváveis efeitos positivos do momento complicado”, explica Leandro Lara, diretor do portfólio de mobilidade da Reed Exhibitions. Próximos anos A visão das pessoas que trabalham em empresas de autopeças se mostrou otimista para 2019. Para 87% haverá crescimento nas vendas este ano - e 69% afirmam que esta expansão deve chegar a 15%. O panorama para a contratação de pessoas não é tão positiva: para 31% o quadro de funcionários deve se manter estagnado. Questionados sobre a perspectiva para os próximos cinco anos, a maior parte dos respondentes, 45%, esperam que o mercado brasileiro de autopeças cresça entre 16% e 25%. Entre os entrevistados, ninguém apontou esperar contração dos negócios. As apostas também

são positivas para as exportações, com 31% dos entrevistados convictos de que as vendas externas avançaram de 6% a 15% no mesmo período. Inovação Boa parte da cadeia de autopeças demonstrou ter visão ainda restrita quando o assunto é inovação. Entre os entrevistados, 16% declararam que as novas tecnologias digitais não são vistas como um fator relevante para a organização em que trabalham – o número está longe de representar a maioria, mas ainda assim é alarmante pela relevância do tema. Apenas 26% dos respondentes apontaram que suas empresas investem amplamente em tecnologias digitais, que estão inseridas em toda a estratégia da marca. Já 35% indicaram que as empresas em que atuam não geram novas receitas com soluções inovadoras. Por outro lado, 25% dos entrevistados apontam estar criando faturamento com serviços que há pouco não existiam e 20% estão obtendo receitas com novos produtos tecnológicos. O Futuro dos Salões Automotivos O estudo sobre o Futuro dos Salões Automotivos foi realizado a partir do cruzamento de dados das expectativas dos consumidores que foram ao último Salão Internacional de Automóveis de São Paulo com as tendências e interesses das montadoras. O levantamento mapeou os possíveis cenários de evolução para


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o evento nos próximos anos. A pesquisa ouviu 3105 pessoas, entre eles 18% com até 25 anos e 63% de 26 a 50 anos. Mais de 88% já haviam completado o ensino superior, pós-graduação, MBA e/ou doutorado. Uma das conclusões é que o salão deve deixar de ser um evento “Product Showcase” para ser um evento focado em “Entertainment”. Valorizar as vivências que unam tecnologia, diversão, entretenimento, novas formas de engajamento com as marcas e experiências múltiplas. Prova disso é que segundo o estudo, mais de 87% dos entrevistados preferem ir ao salão com a família e 60% se diz apaixonado por automóveis. Entre os jovens, 70% também revelam sua paixão por diferentes tipos de veículos. Do total de respondentes, 72% acham os salões fascinantes e 51% acham um mergulho nos sonhos. As 57% das pessoas ouvidas pela pesquisa sonham com um carro novo e 88% dizem que visitar o salão motiva futura compra. Mais de 75% dos entrevistados também acham a tecnologia o tema mais interessante do salão. A grande maioria, 60% deles, gostam e simula-

dores onde possam saber mais sobre o futuro dos carros com as cidades inteligentes - futuro das ruas e carros conectados, novas possibilidades e serviços. E 87% querem participar de experiências e ter acesso a conteúdo sobre nova mobilidade e smart cities. Dos expositores ouvidos pela pesquisa, 71% pretendem apresentar soluções de mobilidade, 67% devem ampliar test-drives e experiências, 58% atrair público de todas os perfis e idades e 38% proporcionar mais atrações para público visitante. Segundo o estudo, 47% das pessoas querem ver um Salão muito parecido com os realizados em Frankfurt, Alemanha, ou Paris, na França. “O Salão estará ao lado da indústria na missão de conectá-la aos novos tempos e aos novos consumidores. Os jovens têm grande interesse em carros e cabe a nós mantermos a paixão deles e entregar a experiência que eles esperam. A mobilidade, conforme apresentou a pesquisa, é o grande tema e o salão servirá como plataforma do setor para apresentação de novos conceitos e posicionamentos. Temos a missão de criar valores além de

uma simples exposição de veículos”, comenta Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice presidente da Reed Exhibitions, durante palestra no palco principal da Automotive Business Experience. “Estar aqui na Automotive Business Experience e apresentar este estudo inédito para líderes da indústria automotiva é de extrema importância para o setor e para nós que organizamos as principais feiras do setor no Brasil. Esta parceria com a Automotive Business colabora para a maturidade da indústria e impacta diretamente na construção de produtos para o consumidor final. Uma troca muito interessante”, finaliza o vice-presidente da Reed Exhibitions. O primeiro passo do acordo de colaboração da Automotive Business com a Reed Exhibitions foi dado ainda em 2018, com a parceria para a apresentação de conteúdo na arena New Mobility, uma novidade do Salão do Automóvel de 2018. Automotive Business apresentou ali o estudo exclusivo Liderança do Setor Automotivo, um levantamento que entrevistou 600 profissionais em posição de comando nas empresas do segmento para identificar seus desafios e fortalezas.

Sobre a Reed Exhibitions Alcantara Machado A Reed Exhibitions é uma empresa líder mundial na organização de feiras e eventos com atuação em 38 países e 500 eventos distribuídos pelas

Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia. No Brasil, organiza mais de 40 feiras em todo o território nacional entre eventos de negócios e voltados ao consumidor final. Anualmente recebe mais de 5 mil expositores

e mais de 1 milhão de compradores em seus eventos. A Reed Exhibitions Alcantara Machado está comprometida com o desenvolvimento dos mercados em que atua e com a geração de negócios a toda a cadeia.

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sustentabilidade

Cadastro de geração

de resíduos

Comércios paulistanos devem fazer cadastro online na Prefeitura sobre geração de resíduos. Estabelecimentos que geram mais de 200 litros de lixo por dia devem contratar uma empresa para a coleta, transporte, tratamento e destinação correta dos resíduos

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s estabelecimentos comerciais da capital de São Paulo terão até 6 de julho para se cadastrarem no Sistema de Controle de Resíduos de Grande Gerador (CTRE – RGG). O cadastro, até então feito de forma presencial, passará a ser realizado no site www.ctre. com.br/login. O Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que a redução na burocracia facilita a regularização do comércio da capital. O cadastro pelo grande gerador é obrigatório desde 2002 pelo art. 141 da Lei nº 13.478 e, diferente da coleta domiciliar, determina que os estabelecimentos produtores de resíduos em quantidade acima de 200 L diários, contratem uma empresa privada para realizar a respectiva gestão.

Existem mais de 300 empresas de coleta, transporte, tratamento e destinação final, além de cooperativas, registradas na Amlurb (Arte: TUTU) Mais de uma empresa pode ser contratada: uma para o lixo seco (reciclável) e outra para o orgânico/rejeito (com destinação em aterro) e estas, denominadas “autorizatários”, devem constar do cadastro da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), responsável pela gestão dos resíduos e limpeza urbana no município. São mais de 300 empresas de coleta, transporte, tratamento

e destinação final, além de 24 cooperativas, registradas. A Amlurb estima que 150 mil estabelecimentos se cadastrem como grandes geradores, e aguarda o cadastramento de todas as cerca de 320 mil empresas situadas na cidade de São Paulo. A falta deste cadastro implica em multa de R$ 1.639,60. A fiscalização ficará sob a responsabilidade da Amlurb e das Subprefeituras. Fonte: FecomercioSP


gestão e direito

Desenvolvimento de pessoas,

responsabilidade das empresas

Quando se trata de desenvolvimento profissional, algo deve ficar bem claro: não há receita mágica

mesmo tempo tão gratificante! Na prática, quando entendemos nossas equipes e conseguimos extrair o máximo delas, os resultados podem surpreender. Então, vamos falar sobre como as empresas podem

apoiar o desenvolvimento de seus talentos e assim crescer junto com eles. Sabemos que os ambientes de trabalho têm mudado significativamente nos últimos anos, impulsionados pela revolução

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empre que o foco é a gestão de pessoas, devemos ter em mente que cada profissional é único e deve ter suas habilidades e competências pessoais respeitadas. É por isso que lidar com pessoas é tão difícil e ao


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digital e as novas formas de se trabalhar. Mas uma coisa não mudou: o ser humano. Temos a mesma quantidade de genes, traços comportamentais e de personalidade, as mesmas angústias, anseios e desejos de realização e reconhecimento. Com base nisso, concluímos que o melhor ambiente possível é aquele no qual as pessoas sintam-se bem e realizados. Mas não se engane pensando que é fácil criar esse ambiente – é preciso muita dedicação e esforços coordenados, porque nem sempre o que é bom para uma pessoa será bom para seu colega de trabalho.

E como resolver esse difícil dilema? Com um líder que entenda e conheça a sua equipe, e que dê condições para que cada profissional desenvolva o máximo de seu potencial. Para isso, os líderes podem contar com estratégias simples e muito eficientes. O reconhecimento é uma delas. Hoje, existem formas de reconhecer funcionários sem que isso implique em grandes investimentos. Um simples e-mail para todos da empresa parabenizando um profissional ou uma equipe por um bom trabalho é um excelente exemplo! Ou então, compartilhar com todos as

mensagens de elogios e agradecimentos dos clientes. Outra forma é incentivar novas ideias. Ninguém melhor do que seus funcionários para saber o que funciona e o que não funciona na empresa, mas muitas vezes eles têm receio de se manifestar. Uma alternativa é criar reuniões periódicas com um momento reservado para a troca de experiências. Perguntas simples como “O que podemos fazer para diminuir o consumo de copos de plástico no escritório?” ou “Quem pode sugerir uma planilha melhor de controle de despesas?” podem ajudar muito a empresa.


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Se as boas ideias forem aplicadas ou pelo menos seus idealizadores receberem o feedback da sua aplicabilidade, toda a equipe irá perceber que sugestões são bem aceitas e passará a contribuir com novas propostas, que poderão aos poucos revolucionar os negócios da companhia. Cada vez mais ouvimos dizer que a “empresa dos sonhos” é aquela na qual os profissionais têm a liberdade de aplicar na prática as suas ideias. Isso acontece porque a forma de engajamento mudou. Atualmente, mais do que saber se a empresa oferece um salário compatível com o mercado, o que os profissionais estão buscando são empresas que tenham um propósito. É isso que irá diferenciá-las na atração dos melhores talentos. Portanto, tenha um propósito claro e engajador a ponto de atrair o tipo de profissional que você procura. Mostre a todos como você quer atingir esse propósito e as ações que já estão sendo desenvolvidas nesse sentido. O principal ganho para sua empresa será contar com profissionais com potencial elevado, que vão contribuir com o crescimento dos negócios. Além disso, outros benefícios poderão ser percebidos, como melhor posicionamento de mercado, desenvolvimento de novas soluções e fidelização dos clientes. Manter os profissionais engajados e alinhados ao propósito da empresa é uma tarefa para os líderes, que precisam fomentar esse engajamento e perceber quando alguém já não está mais caminhando junto com a companhia. Dessa forma, entender o que move cada profissional e como se comunicar com eles são dois pontos fundamentais para se beneficiar do potencial de cada talento. Diversas ferramentas podem apoiar as lideranças nessa missão e impulsionar a gestão de pessoas nas empresas. A partir disso, os líderes conseguirão aprimorar a comunicação com suas equipes, o relacionamento entre os profissionais e os clientes. E por fim, os resultados poderão surpreender a todos


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Ex-funcionários ainda acessam arquivos das empresas As empresas se arriscam cada vez mais a perder dados, simplesmente porque não restringem as ações de funcionários atuais e antigos

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ncrivelmente, um terço (33%) dos profissionais ainda têm acesso a arquivos e documentos de um empregador anterior, o que coloca em perigo a integridade de dados e a subsistência da empresa, de acor-

do com a nova pesquisa da Kaspersky Lab, ‘Organizando a desordem digital nas empresas’. Antigos funcionários também podem usar esses dados para fins próprios, por exemplo, em um novo trabalho, ou

podem excluí-los ou danificá-los acidentalmente. Como resultado, a recuperação de dados exigirá tempo e esforço que, de outra forma, poderiam ser investidos em tarefas de negócios mais úteis.


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O estudo também mostrou que, por conta da desordem dos dados digitais, os funcionários perdem tempo procurando o documento ou os dados de que precisam armazenados em locais diferentes. 57% do pessoal que trabalha em escritórios acham difícil localizar um documento ou arquivo durante o trabalho. A mesma parcela (58%) também usa o mesmo dispositivo para uso pessoal e profissional, o que significa que essas informações em vários dispositivos podem estar duplicadas ou desatualizadas, causando confusão e possíveis erros no trabalho. Essa desordem digital também pode levar ao comprometimento dos dados, caso caiam nas mãos de terceiros ou até de um concorrente. As consequências disso poderiam ser multas e ações judiciais de clientes decorrentes da violação de um contrato de não divulgação ou da legislação de proteção de dados. Nesse âmbito, é importante citar a Lei Geral de Proteção de Dados que está prevista para entrar em vigor em agosto de 2020 no Brasil. Baseada no GDPR, um conjunto rigoroso de normas sobre privacidade vigente na União Europeia, a nova lei regulamenta o tratamento de dados pessoais de clientes dentro das empresas

que trabalham diretamente com isso. Por esse motivo se torna imprescindível a atenção com a disponibilidade desses dados e de quem pode acessá-los. O problema do acesso adequado a recursos de trabalho também é reforçado pelo fato de que apenas menos de um terço (29%) dos profissionais admite compartilhar suas credenciais de usuário e senha de dispositivos de trabalho com colegas. Na cultura dos escritórios de hoje, com espaços abertos e trabalho colaborativo, frequentemente os funcionários tendem a não estabelecer limites, mas compartilhar tudo com seus colegas, de clipes de papel e ideias a mesas, tarefas e até dispositivos. Hábitos ruins de uso de senhas e o excesso de liberdade em relação aos dados corporativos podem parecer inofensivos e não causar uma violação diretamente, mas certamente indicam a necessidade de um conhecimento mais amplo sobre os riscos envolvidos. “Arquivos digitais em desordem e o acesso sem controle a dados podem levar a violações e incidentes cibernéticos, mas, na maioria dos casos, provavelmente causarão apenas contratempos no trabalho, perda de tempo e de energia relacionados à recuperação de arquivos

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Atualmente, todas as empresas estão submersas em arquivos digitais, usando aplicativos de colaboração, documentos online e serviços de compartilhamento de arquivos. Assim, pode ser difícil manter o controle de quais dados estão onde, quem tem acesso a eles, quando e como. No entanto, essa falta de objetividade relacionada à ‘desordem digital’ não é a única dor de cabeça das organizações: não conseguir bloquear os dados que estão online pode representar uma desvantagem ou até mesmo uma ameaça para a empresa. O risco de acesso não autorizado a arquivos de trabalho pode estar nas pessoas mais óbvias: funcionários que não estão mais na empresa, mas não foram retirados do serviço de e-mail, do aplicativo de mensagens instantâneas ou dos documentos no Google corporativo. A situação é especialmente preocupante porque esses recursos incluem propriedade intelectual, segredos comerciais ou outros dados reservados ou confidenciais que, se liberados, podem ser usados por cibercriminosos ou concorrentes para obter vantagens. Dentre os pesquisados pela Kaspersky Lab, 72% admitiram trabalhar com documentos que contêm diversos tipos de dados sigilosos.


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perdidos. Para as empresas, especialmente as menores, que se desenvolvem ativamente e se esforçam para ser eficientes e competitivas, essa é uma situação indesejável. Combater a desordem, administrar direitos de acesso com cuidado e usar soluções de cibersegurança não envolve apenas a proteção contra ameaças cibernéticas. É uma garantia de trabalho eficiente sem interrupções, onde todos os arquivos estão no lugar certo e os funcionários podem alocar seu tempo para alcançar suas metas de negócios, com todos os dados de que precisam à disposição”, diz Sergey Martsynkyan, chefe de marketing de produtos B2B da Kaspersky Lab. Para assegurar que a desordem digital não perturbe suas práticas de segurança de da-

dos, os seguintes procedimentos podem ajudar: • Configure uma política de acesso a ativos corporativos, incluindo caixas de e-mail, pastas compartilhadas, documentos online: todos os direitos de acesso devem ser cancelados assim que um funcionário se desliga da organização; • Lembre os funcionários periodicamente sobre as regras de cibersegurança da empresa para que eles entendam o que é esperado deles e esses procedimentos se tornem quase instintivos; • Use a criptografia para proteger os dados corporativos armazenados nos dispositivos. Faça backup dos dados para garantir que as informações estejam seguras e possam ser recuperadas, caso ocorra o pior; • Promova bons hábitos de

uso de senhas entre os funcionários, como não usar informações pessoais, não as compartilhar com outras pessoas dentro ou fora da empresa. A função de gerenciamento de senhas dos produtos de proteção pode ajudar a manter as senhas seguras e seus dados confidenciais a salvo; • Caso trabalhe com serviços em nuvem, é possível escolher uma solução de cibersegurança de nuvem adequada ao tamanho de sua empresa: o Kaspersky Endpoint Security Cloud para pequenas empresas e médias empresas, e o Kaspersky Small Office Security para empresas com menos de 25 funcionários. Os produtos combinam gerenciamento simplificado com recursos de proteção comprovados para os dispositivos de todos os funcionários.

Sobre a Kaspersky Lab A Kaspersky Lab é uma empresa internacional de cibersegurança que tem mais de 20 anos de operações no mercado. A detalhada inteligência de ameaças e a especialização em segurança da Kaspersky Lab se transformam continuamente em solu-

ções e serviços de segurança da próxima geração para proteger empresas, infraestruturas críticas, governos e consumidores finais do mundo inteiro. O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segu-

rança especializada para combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução. Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky Lab, e ajudamos 270.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles. Saiba mais em www.kaspersky.com.br.


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O tortuoso caminho da Justiça A desconsideração da personalidade jurídica e a luta contra a blindagem patrimonial (Por Paulo André M. Pedrosa)

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Brasil é o país dos devedores”. Certamente você já ouviu esta frase e possivelmente até concorda com ela. Quem já precisou acionar a justiça para receber um crédito sabe o quão tortuoso é o caminho entre uma sentença de procedência da ação e o efetivo recebimento dos valores a que se faz jus. No judiciário brasileiro “ganhar e não levar” é mais comum do que se imagina, fato que não só eleva o custo-Brasil como também desacredita a já tão desgastada imagem do Poder Judiciário. As dificuldades enfrentadas para se receber valores na justiça tem vários motivos, boa parte deles relacionados com a “esperteza” dos devedores que escondem seu patrimônio em nome de terceiros, impossibilitando a justiça de acessar tais bens. Quando a devedora é uma empresa, é comum que os sócios “esvaziem” os bens da pessoa jurídica, transferindo tudo para o CPF dos sócios. Quando é feita busca de valores em conta corrente, aplicações, imóveis, veículos, absolutamente nada é encontrado no CNPJ da devedora. O caminho inverso também é comum. Quando o devedor é o próprio sócio, na pessoa física, frequentemente o pa-

trimônio é transferido e movimentado apenas em uma pessoa jurídica de titularidade do devedor, de modo que, ao se realizar penhora de bens em seu CPF, nenhum valor ou bem é localizado. Esta “blindagem” é possível pois a lei expressamente determina que, salvo algumas exceções, o patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio das empresas. Ou seja, não é possível, a princípio, penhorar bens da empresa em razão de dívida do sócio e vice-versa. Apesar desta regra, a própria lei traz uma importante solução, muitas vezes subestimada pelos credores. A desconsideração da personalidade jurídica (DPJ) e a desconsideração inversa da personalidade jurídica (DIPJ). A primeira, tem aplicação quando a devedora é a empresa (pessoa jurídica) e, na ação judicial, não são encontrados bens em seu nome, embora muitas vezes a empresa tenha atividade e visivelmente tenha faturamento. É comum nestes casos que os sócios ostentem grande patrimônio (vindo da empresa), porém está nada possua cadastrado em seu CNPJ.

Já a segunda tem espaço quando o devedor, pessoa física, “blinda” seu patrimônio em uma pessoa jurídica, muitas vezes através de estruturas complexas de holdings e off shores. É comum nesses casos que o devedor coloque em nome da empresa ou grupo de empresas todos os seus veículos, imóveis, aplicações e dinheiro, movimentando os recursos, por exemplo, através de um cartão corporativo, não deixando nada em seu CPF. Em ambas as situações, a lei determina ser possível desmontar esta “blindagem”, por meio do instituto da desconsideração. Para tanto, o credor deve comprovar no processo a existência de alguns requisitos, quais sejam o abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade (uso da empresa para cometer ilegalidades ou fraudes) ou confusão patrimonial entre sócio e empresa (como ocorre quando o sócio usa a empresa para ocultar seu patrimônio pessoal e vice-versa) Se a dívida for em razão de uma relação de consumo, relação trabalhista, ou matéria ambiental, a desconsideração da personalidade jurídica é


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ainda mais simples: basta comprovar que a empresa não tem patrimônio para arcar com suas obrigações para então atingir os bens dos sócios e vice-versa. Não é difícil concluir que a desconsideração da personalidade jurídica e a desconsideração inversa da personalidade jurídica são poderosos instrumentos à disposição do credor na luta contra a blindagem patrimonial e contra as fraudes perpetradas pelos devedores para não pagarem suas dívidas, devendo seu uso ser difundido e ampliado, reduzindo-se, desta forma, a sensação de que o Brasil é um paraíso para quem não arca com suas obrigações financeiras.

Paulo André M. Pedrosa é advogado sócio do escritório Battaglia & Pedrosa, especialista em Processo Civil pela PUC/ SP e LL.M. Master of Laws em Direito Societário pelo INSPER/SP.

tratual, Trabalhista, Tributário, Internet, e-commerce e Startups. Além disso, participou de hard cases de grande exposição e complexidade, destacando-se na efetiva solução de litígios empresariais e familiares, seja em sede negocial ou judicial. O escritório

trabalha de maneira responsável e ética com seus clientes, além de prezar por valores importantes como responsabilidade socioambiental, competência, compromisso, inovação, criatividade, evolução constante, trabalho em equipe e resultado.

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Sobre o Battaglia & Pedrosa Advogados Com mais de 20 anos de mercado, o Battaglia & Pedrosa Advogados atua nas áreas: Contencioso Cível, Família e Sucessões, Consumidor, Imobiliário, Penal Empresarial, Societário e Con-


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Sorrisos que

vendem

Brasil é o 4º país no ranking dos sorrisos, mas ainda não sabe como abordar e cumprimentar adequadamente o consumidor

sileiro que trabalha no varejo e em setores como o de serviços financeiros, lazer (cinemas, teatros, parques), saúde e beleza, hospitalidade (hotéis, hospitais, clínicas), está sorrindo mais ao recepcionar consumidores, quando comparamos os últimos 4 anos. O Brasil subiu da 25ª posição em 2015 (quando registrou 84% de atendimentos iniciados com

um sorriso) para o 4º lugar do ranking em 2018 (registrando 91% de atendimentos iniciados com um sorriso). Os Estados Unidos foram campeões de sorrisos em 2018, com índice de 93%, à frente da Islândia e da Bulgária, ambos com 92%. O país da Ásia com maior índice foi Hong Kong (56% de sorrisos) e o último país do ranking foi a Dinamarca, com 38%.

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miling Report, que analisa o processo de compra e de relacionamento com o consumidor em 57 países, também mostra que, aprendemos com a crise, a não desistir de tentar vender “um item a mais”. E isso tem funcionado. Só perdemos para os Estados Unidos em vendas adicionais. Apesar do cenário de crise econômica e desemprego, o bra-


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Já no quesito cumprimento, o Brasil subiu do 44º lugar em 2015, quando 81% dos atendimentos continham apertos de

mão, para o 17º lugar em 2018 (índice de 82%). O líder de cumprimento foi o Uruguai, com índice de 97%.

“Para o brasileiro, sorrir é um gesto que flui com naturalidade. E essa simpatia, símbolo do nosso país, subiu no ranking mundial

nos últimos quatro anos, muito pelo aumento da exigência do consumidor. O ano de 2018 foi intenso, com eleições presidenciais, movimentos sociais, o povo na rua manifestando suas opiniões, o que contribuiu para aumentar o empoderamento do brasileiro como cidadão e também como consumidor. E a tendência de um consumidor cada vez mais ativo, faz com que os lojistas precisem entregar outras vantagens além do bom preço, como: simpatia, disponibilidade, praticidade (caixa de pagamento automático, canal de vendas online, opções de entrega), além de um monitoramento constante das atitudes de funcionários envolvidos na jornada do cliente”, avalia a especialista Stella Kochen Susskind, CEO da SKS CX Consultancy, consultoria em customer ex-

perience, responsável por conduzir a pesquisa no Brasil, que abrangeu 5.780 entrevistas. O ranking é parte do Smiling Report, estudo realizado pela metodologia de cliente oculto, e produzido anualmente pela empresa sueca Better Business World Wide desde 2004, que avalia três pontos básicos no

processo de compra e relacionamento com o consumidor: o sorriso da equipe de vendas ao receber o cliente; o cumprimento na chegada ao estabelecimento e a sugestão de venda adicional, aquela que o consumidor não planejava efetivar. Em 2018, foram contabilizadas 338.871 opiniões em 57 países.


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notado e valorizado, quer sentir que o atendimento prestado foi para ele”, revela. Posso ajudar? - Abordagem muito comum em estabelecimentos de diversos segmentos, a mania de perguntar “Posso ajudar?”, em vez de cumprimentar, não é um bom hábito ao abordar um cliente na visão da especialista. “A maioria dos clientes, quando recebe essa pergunta, responde “Não, obrigado, estou só olhando”, explica Stella. Essa pergunta substitui o cumprimento e, assim, o Brasil, apesar de ter um excelente desempenho no sorriso (4º lugar), ficou em 17º lugar em

cumprimento (82%). Na média mundial, sorriso e cumprimento apresentaram, respectivamente, índices de 80% e 82%. Já em venda adicional, ou seja, aquela que o consumidor não planejava efetivar e acaba levando “algo a mais” do que estava buscando na hora da compra - o Brasil registrou uma notável subida do 39º lugar (31%) para o 2º lugar (75%), em 2018. Esse é o melhor desempenho do nosso país em sugestão de venda adicional, comparando com o índice de 51% em 2017, 31% em 2016, e 37% em 2015.

Segundo Stella, o varejo brasileiro teve uma grande representatividade nesse salto de 2018 e essa performance reflete o alto investimento dos empresários do varejo primeiro em pesquisas (que mensurem a experiência do cliente) e, depois, em treinamentos, campanhas motivacionais e bônus para as equipes baseados nas metas de vendas.

“O Brasil foi o país que impulsionou a América Latina em venda adicional, e esse desempenho também pode ser devido à iniciativa das empresas brasileiras de mostrar para as equipes que a venda adicional é essencial e pode ser harmoniosa com a venda principal, quebrando o tabu que sempre existiu de que a sugestão de venda

adicional pode fazer perder a venda principal e de maior ticket”, explica. Importante notar que a sugestão de venda adicional sempre apresentou índices baixos globalmente, em todas as edições da pesquisa – em 2018 a média mundial ficou em 49%. Na percepção de Stella, essa baixa expressão se deve a treinamentos falhos, rotatividade

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De acordo com Stella, o relatório mostra um ponto nevrálgico do atendimento no Brasil, que é a contradição entre o sorrir e o cumprimentar. Os brasileiros são sorridentes, mas ainda pouco atentos à entrada dos clientes nas lojas. “É comum vendedores com os olhos no celular, ao invés dos olhos na porta e nos clientes, não recebendo ou cumprimentando adequadamente o consumidor. O atendimento, para ser um diferencial competitivo, deve ser muito mais que um cumprimento de script. O consumidor quer ser chamado pelo nome, quer ser


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das equipes, e utilização pouco assertiva de soluções que cheguem aos responsáveis pela venda adicional. “Não adianta mensurar se não envolver as equipes em planos de ação para alavancar a venda adicional”, avalia a executiva. Segundo ela, o conceito de que o produto se vende sozinho não existe mais. Com a migração de pessoas comprando pela internet, a preocupação dos segmentos de atendimento pessoal deve ser redobrada e o investimento em relacionamento com o cliente também. O consumidor, hoje, está muito volátil e pouco fiel, em um click ele encontra onde tem o produto e onde está mais barato.

Logo, fidelizar cliente em loja física se tornou um grande desafio para as pessoas. Simplesmente atender cordialmente já não é mais um diferencial, é preciso imprimir um momento mágico e inesquecível na memória do consumidor, para que ele dê preferência a sua loja - o atendimento, hoje, se tornou uma commodity. Cliente oculto como avaliador O Smiling Report é compilado a partir de informações fornecidas pelas maiores empresas de pesquisa de mercado na Europa, Ásia, América do Norte e América do Sul, todas elas certificadas pela Mystery Shopping Providers Association

(MSPA). Quem faz as avaliações são clientes ocultos, homens e mulheres de idades variadas, que têm um perfil condizente com os hábitos de consumo de produtos e serviços que estão avaliando, e que se apresentam como consumidores e não como pesquisadores. No estudo de 2018, além do varejo, foram mensurados segmentos como: serviços financeiros, lazer (cinemas, teatros, parques), saúde e beleza (varejo e indústria), hospitalidade (hotéis, hospitais, clínicas, centros de beleza etc.), transportes (companhias aéreas, rodoviárias, serviços terrestres, cruzeiros etc.), setor automotivo (indústria e suas revendas) e governamental.

Sobre Stella Kochen Susskind Pioneira em mystery shopping na América Latina, Stella Kochen Susskind é a única profissional da América Latina premiada por três anos consecutivos como uma das 12 melhores experts em Mystery Shopping no mundo (Prêmio MSPA Elite Member). Depois de fundar duas empresas pioneiras no país, a Buy & Test e Shopper Experience, a administradora inova mais uma vez com sua nova empreitada, a SKS CX Consultancy. Sob o comando de Stella, a Buy & Test se tornou a primeira agência de pesquisa no Brasil a adotar a metodologia de testar a qualidade do atendimento por

uma rede de clientes efetivos, especialmente treinados. Na Shopper Experience, Stella inovou ao treinar clientes ocultos com deficiência visual, auditiva e motora, visando a melhoria de serviços a esse segmento da população. O público sênior (mais de 60 anos), uma faixa cada vez maior da sociedade, é outro grupo incluído por ela para avaliar a qualidade de atendimento. Mantendo o pioneirismo, a especialista sempre adotou uma metodologia parametrizada, unindo análises racionais e emocionais do consumidor. Assim, os resultados das pesquisas permitem produzir conhecimento aplicável ao negócio.

É autora do livro “Cliente Secreto – A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor” (Primavera Editorial, 2012) - o primeiro sobre o tema na América Latina. Com a sua nova consultoria em Customer Experience, SKS CX Consultancy, fundada em 2019, Stella realiza projetos customizados para cada cliente.


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SMILING REPORT EM NÚMEROS Ranking do sorriso • Estados Unidos são o líder no ranking do sorriso pela primeira vez desde 2007, com 93%, à frente da Islândia e Bulgária com 92%. O país da Ásia com maior índice foi Hong Kong com 56%; • O último país do ranking do sorriso foi Dinamarca, com 38%; • O continente com maior índice de sorrisos foi América do Norte com 92%, e o último foi Ásia/Pacífico com 52%; • O segmento de maior índice foi Lazer, com 89%, e o mais baixo foi Transportes, com 53% (queda de 23 pontos),

Cumprimento • Líder Uruguai, com 97%, seguido da Hungria (95%) e Argentina (94%) • País com menor índice foi Colômbia, com 51%; • Continente com melhor performance foi a América do Norte (90%) e o pior a Ásia (66%); • O segmento de maior índice foi o Governamental, com 96%, e o menor foi Transportes com 56% (queda de 27 pontos).

Venda adicional • A sugestão de venda adicional sempre apresentou os índices mais baixos em comparação aos cumprimentos e sorrisos. A média deste ano foi de 49%, 3 pontos a menos que o ano passadoç • O campeão foram os EUA (78%) seguido pelo Brasil (75%); • Os países de menor índice foram Peru (22%) e Chipre (25%);

• O segmento Automotivo apresentou o maior índice de sugestão de venda adicional, com 66%, apesar de ter tido queda de 10 pontos em relação ao ano passado. O de menor índice foi o Governamental, com 9%, uma queda de 19 pontos; • Transporte apresentou 55% (queda de 17 pontos), Hospitalidade e Lazer têm 55%, Serviços Financeiros 54%, Saúde e Beleza 51%, e Varejo 47%.

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• O continente com índices mais altos foi a América do Norte (71%) e o de mais baixos foi a América do Sul (42%);


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Interação com o consumidor Como proporcionar experiências para o consumidor? (Por Fábio Avellar)

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ocê sabia que as inovações tecnológicas podem refletir oportunidades positivas para a sua loja, fidelizar clientes e serem ótimas ações para encantar consumidores? Isso é possível graças às tecnologias como Omnichannel, RFID, Big Data, QR Code e inteligência artificial. O uso desses recursos pode transformar o seu negócio em um espaço de experiência exclusiva para o consumidor. Cada vez mais os clientes estão se integrando ao ambiente digital, buscando por eficiência, atendimento facilitado, qualidade nos serviços e comodidade. Tendo em vista essa realidade, podemos concluir que estamos lidando com um consumidor multicanal, que exige adaptações das marcas quanto aos seus hábitos e costumes. Desta maneira, a tecnologia pode proporcionar uma experiência de compra exclusiva e diferenciada para atender esse cliente de forma mais independente.

Para ficar mais claro na prática, separei 5 vantagens para transformar o seu negócio através das inovações tecnológicas: • Integração da loja física com online: o e-commerce é uma alternativa positiva, pois nessa modalidade o cliente pode comprar no site e retirar na loja, economizando no frete. • Duas tecnologias são eficazes para essa integração: omnichannel une os canais de vendas on-line e a loja física, enquanto os sistemas RFID podem ser incorporados no controle logístico. • Análise de dados: o Big Data proporciona um gerenciamento

de qualidade dos dados coletados. Isso acontece por meio do histórico atualizado de compras do consumidor que se obtém as características sobre o cliente. • Eficácia na gestão: aperfeiçoar os processos internos da loja cria um serviço de atendimento único e personalizado, resultando em maior conversão de vendas e fidelização do cliente. • Inteligência para a empresa: a inteligência artificial desempenha um papel de melhoria eficiente, pois a empresa poderá conhecer de fato o seu cliente e proporcionar uma melhoria na experiência do consumidor.


varejo em foco

em casa? Esta experiência também já está a poucos passos de ser implantada no Brasil. Uma vitrine como esta pode fornecer o aumento da visibilidade e atratividade da marca já que vem com elementos visuais, criando interações com ambiente externo da loja, atuando também como suporte informativo e comercial da marca. Com a implantação de ferramentas como essa, os empresários podem ter vantagens em longo prazo como a fidelização do cliente com a marca, plataforma digital sempre integrada às lojas físicas e o engajamento com inovações tecnológicas, sendo assim um canal de viralização e case de sucesso para seus consumidores.

*Fábio Avellar é executive Partner da ICX Labs, startup brasileira de tecnologia para desenvolvimento de software e hardware inovadores. A empresa trouxe o primeiro espelho interativo do Brasil, o Fitting You já em funcionamento na Hering do Shopping Morumbi, em São Paulo, e agora está lançando o Fitting You Vitrine.

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• Crescimento das vendas: através das ferramentas de gestão que medem o nível de desempenho, os KPI’s, é possível compreender toda a jornada de compra do consumidor, entendendo o que de fato é relevante para o cliente final, fidelizando a marca e convertendo em vendas. No que há de mais atual para o varejo nacional, estão tecnologias como um espelho interativo – já em funcionamento no Brasil, além da recém lançada vitrine interativa que, no final de maio, estará presente em primeira mão na Feira Brasileira de Varejo no Rio Grande do Sul. Já imaginou fazer compras mesmo com a loja fechada, escolhendo peças, cores, tamanhos, efetuando o pagamento ali mesmo e recebendo


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A melhor experiência

para todos

Clientes B2B também exigem a melhor experiência do cliente (Por Fernanda Nascimento)

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á pensou que os mesmos clientes que se acostumaram com a experiência de compra fluida e personalizada oferecidas na sua vida pessoal são os responsáveis por fazer compras B2B? Partindo desse ponto de vista, fica mais claro que eles esperam o mesmo tipo de experiência digital ao analisar especificações de produtos, definir pedidos de reabastecimento ou analisar cotações para suas empresas. A experiência do cliente ganhou uma relevância enorme nos últimos tempos quando se trata de decisões de compra, e empresas B2B precisam mudar para uma abordagem mais centrada no ser humano ao interagir com seus clientes, já que todos querem ser tratados com exclusividade. De acordo com estudo di-

vulgado recentemente pela Accenture, a experiência do cliente digital será o principal diferencial para as empresas B2B até 2020, tendo prioridade sobre preço e produto, mas mais de 90% das empresas não estão prontas para essa nova fase, a da Economia da Experiência, em que os clientes, mesmo satisfeitos com a marca, desistem de ser fiéis. Para empresas B2B, a transformação digital vem também com a responsabilidade de entender como criar um processo de experiência para seus clientes que os mantenha satisfeitos. Modelos de negócio B2B têm várias complexidades e, ainda mais, quando há muitas marcas distintas envolvidas: vendas complexas e com ciclos maiores, além de processos de pós-vendas que envolvem dife-

rentes interlocutores por parte do cliente. Fica evidente a necessidade de uma plataforma tecnológica que os apoie. Uma boa notícia que recebi no Sapphire Now, um dos maiores eventos de tecnologia e negócios, que acontece na segunda semana de maio em Orlando, nos Estados Unidos, é que já é possível, por meio de tecnologia, obter dados sobre a experiência do cliente, além dos estruturados, como os coletados em pesquisas ou através da interação com plataformas, e não estruturados, como expressões corporais e trajetos percorridos pelo consumidor. Canais suportados Corbin Murakami, executivo da Liferay – empresa de soluções com foco em experiências digitais –, defende que,


especial on-line

dificuldade da operação omnichannel pelas empresas que, ao invés disso, ainda executam estratégias multicanal, atendendo de forma diferenciada os diversos ambientes, mantendo uma conversação desconexa. Um sistema de gerenciamento de informações é exigido para que se possa reunir visões e informações. Mais do que nunca é preciso ter um cenário integrado da empresa, o que implica em operações unificadas. Isso permitirá a compreensão de todos os canais de venda e irá dispor um panorama único de inventário e da base de clientes, por exemplo. Também capacitará colaboradores – sejam de marketing, vendas ou pós-vendas – a trabalhar de forma eficaz e colaborativa, como uma única equipe. É essencial que os clientes não considerem

que estão se comunicando com departamentos isolados, mas sim, que se relacionam com uma empresa, com unidade e que oferece um time experiente que realmente colabora e apoia seus consumidores. Mas, afinal, como a experiência do cliente poderá garantir que meu cliente ficará satisfeito? Você precisa entender quem são seus clientes e quais são seus negócios. Entender os aspectos, pontos de melhoria e oportunidades de interação da sua solução no incremento de resultados. Também é importante compreender o momento da jornada de decisão em que seu cliente se encontra, para prover informações e ofertas que conversem diretamente com ele. Fonte: e-commerce brasil

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diferentemente da estrutura B2C, as negociações B2B geralmente demandam a intervenção do vendedor tradicional. Pensando nisso, as empresas devem procurar por opções que também suportem seus canais tradicionais de vendas. Permitindo, por exemplo, que os pedidos sejam vistos em todos os diversos canais e que tarefas como a geração de novas ordens de compras sejam feitas na mesma plataforma utilizada por seus clientes. A importância do gerenciamento de pedidos omnichannel aumentou. O cliente quer não só ser atendido por qualquer meio de comunicação como poder iniciar e terminar a transação comercial por diferentes canais, de acordo com a sua conveniência. Aliás, uma observação a se fazer aqui é a


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App da inspeção veicular Ferramenta desenvolvida pela insurtech Planetun é a primeira a utilizar reconhecimento de imagem para processos de seguros na América do Sul e já reduziu em 80% o tempo gasto com o processo de vistoria

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setor de seguros vive um momento de disrupção com uma demanda cada vez maior por tecnologias de última geração. Com foco em entregar mais economia e eficiência para esse mercado, a insurtech Planetun desenvolveu uma solução inédita para seguradoras utilizando o serviço IBM Watson® Visual Recognition. O App Web de Vistoria Prévia é o primeiro a utilizar o reconhecimento de imagem para processos de seguros na América do Sul e permite que a inspeção e conclusão da contratação de seguro agora sejam realizadas em tempo real. Por entregar um serviço totalmente diferenciado no mercado, a ferramenta também foi escolhida como um case global de inovação da IBM. Trabalhando em parceria com o IBM® Garage, a Planetun implementou a tecnologia de reconhecimento visual na solução com o objetivo de melhorar a taxa de sucesso dos clientes que

já utilizavam o aplicativo. Isso porque aproximadamente 30% das imagens fornecidas pelos usuários eram inutilizáveis, pois não mostravam todas as partes necessárias do veículo ou eram tiradas no ângulo errado. Hoje, apenas um mês após o início da operação da nova versão do app com inteligência artificial, o sistema já é capaz de acertar 56,4% das fotos enviadas pelos usuários em tempo real. Com isso, o processo de vistoria diminuiu de cinco dias para menos de 24 horas, uma redução de 80% no tempo gasto. Além disso, a Planetun também conseguiu restringir pelo menos 50% do retrabalho existente anteriormente por conta dos erros nas imagens. "Começamos a disponibilizar essas fotos para a seguradora em uma média de cinco horas e 30 minutos", explica Henrique Mazieiro, CEO da Planetun. "Ao utilizar o Watson no processo temos uma redução muito grande de custos porque há

uma redução do trabalho; na verdade, o retrabalho está tendendo para zero", conta. O mercado de seguros no Brasil ainda tem muito espaço para crescimento. Atualmente, apenas 30% dos automóveis, 10% das residências e 2% dos celulares são segurados. Atenta a esse movimento, a Planetun está pronta para aproveitar essa oportunidade. "Sabemos que as grandes seguradoras que atendemos precisam reduzir custos e melhorar as operações, e é por isso que elas buscam fazer parceria conosco", afirma Mazieiro. Redução de custos e retrabalho A Planetun desenvolveu o App Web de Vistoria Prévia para ajudar a agilizar o processo de inspeção de veículos para novos clientes de seguros de automóveis com o objetivo de reduzir gastos para as seguradoras que sofrem com o alto custo do fornecimento de seguros.


especial on-line

A IBM também usou a metodologia ágil para ajudar a Planetun a converter sua infraestrutura de aplicativo monolítico para microsserviços baseados em nuvem, o que proporciona maior flexibilidade ao negócio e as seguradoras que atende. Ao dividir o app em componentes menores fica mais fácil criar um novo serviço ou manter um existente. "O IBM Cloud trouxe flexibilidade, segurança e escalabilidade para todos os nossos processos", diz Mazieiro.

Incorporar a inteligência artificial no App Web de Vistoria Prévia ainda aumentou a posição e o reconhecimento da Planetun no mercado brasileiro. "Foi uma mudança radical porque conseguimos levar ao mercado a primeira solução de reconhecimento de imagem voltada para o mercado de seguros para inspeção, o que não existia antes", reforça o CEO da insurtech. Agora, a próxima etapa do aplicativo será colocar o Watson para trabalhar na classificação e no cálculo de preços da quantidade de danos que um veículo sofreu em situações de acidente.

Sobre o Grupo Planetun Há 13 anos no mercado, o Grupo Planetun oferece uma gama de serviços e soluções para o mercado segurador e automotivo com foco em facilitar e agilizar os processos de negócios desses setores. Atua em três frentes de forma integrada: Tecnologia, área

que desenvolve ferramentas voltadas para agilizar, otimizar, reduzir custos e facilitar a interação e controle dos processos de seus clientes através de tecnologia de ponta e inteligência artificial; Mediadora, empresa de e-procurement especializada na mediação do fornecimento de peças

automotivas para o mercado de reposição; e Serviços, setor que terceiriza e disponibiliza equipes capacitadas para dar suporte aos serviços contratados, reduzindo os custos das seguradoras. O Grupo Planetun tem sede em São Paulo e conta com um time altamente qualificado.

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No passado, quando um cliente solicitava o seguro, o tempo médio de espera era de cinco dias para que um inspetor fotografasse o veículo, atrasando o início da apólice. Já o app web permite que o cliente tire as fotos do veículo por conta própria e as envie diretamente para a Planetun. O serviço Watson Visual Recognition no IBM Cloud resolveu o problema das imagens inutilizáveis e permitiu que a insurtech analise os envios em tempo real e informe os usuários imediatamente se as fotos não puderem ser utilizadas, dando a eles a oportunidade de reenviá-las.


especial on-line

Onze erros do e-mail marketing Saiba quais erros podem comprometer resultados de campanhas digitais (Por Thiago Buchler)

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pesar de ser algo básico, enviar e-mail, principalmente e-mail marketing requer atenção e conhecimento. A utilização do e-mail marketing é importante

para divulgar um comércio e conquistar a fidelidade de clientes. Confira abaixo alguns dos principais erros que selecionei e saiba como não cometê-los novamente.

• Não realizar testes A/B de layouts: a identidade visual definida carrega a credibilidade da empresa/produto. Analisar qual opção tem melhor resultado;


especial on-line

Para amenizar as falhas acima é preciso contar com referências do mercado. Portanto, outros pontos necessários para o alcance de resultados satisfatórios são: • Frequência e volumetria de disparos da concorrência: estabelecer a frequência de disparos é fundamental para fortalece o relacionamento da marca com o cliente, mas a verdade é que não existe uma fórmula a seguir. Os objetivos da empresa, o segmento em que ela está inserida, o público-alvo dela e seu porte são questões que influenciam na frequência de disparos que ela deve realizar. • Palavras-chave mais utilizadas; • Abordagem da concorrência; • Layouts e mais. Ainda, para ajudar os empreendedores de e-commerces, criei uma lista do que deve conter no e-mail marketing antes dele ser disparado. Lembrando que, o checklist é estruturado com base no tipo de e-mail que será enviado. Em todo caso, selecionei pontos gerais que devem ser analisados e testados. • Assunto; • Remetente; • Conteúdo do e-mail;

• Conteúdo da imagem (no caso de uso de imagens ao longo do e-mail); • UTMs (a partir de onde a conversão de clique/venda começou); • Links (no caso do uso de links ao longo do e-mail); • Diferentes dispositivos são testados; • Testes são enviados para garantir que não vá para a caixa de SPAM; • Base/segmentação correta de acordo com o planejamento; • Porcentagem de texto e imagem (70% texto e 30% imagem). Para finalizar, digo que o importante é focar na experiência do cliente. Assim, pensar em assuntos e pré-headers chamativos que despertem curiosidade e o desenvolvimento de layouts criativos atrai o consumidor.

Thiago Buchler é fundador da plataforma E-mail Metrics, a primeira do Brasil que monitora e-mails marketing em tempo real e traz métricas de milhares de lojas do varejo nacional. Atua há 20 anos com Tecnologia/Web, como especialista em soluções de TI, gestão de pessoas e coordenação de projetos.

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• Criar e-mails sem basear-se em referências: conheça os tipos de e-mails existentes para se inspirar; • Não selecionar, estrategicamente, o produto antes de anuncia-lo; • Não limitar o número de palavras-chave: o número excessivo pode levar o conteúdo para o spam; • Utilizar o nome da empresa como remetente: deixando de criar proximidade com o destinatário; • Comprar base de e-mails: isso “suja” o domínio, já que, os destinatários não concordaram em receber conteúdo da empresa; • Não utilizar variáveis para gerar proximidade; • Escrever assuntos de e-mails grandes: o assunto precisa ser nítido a leitura em qualquer dispositivo; • Desenvolver layouts não responsivos ou poluídos visualmente: algo criativo que desperte a curiosidade do cliente; • Não analisar o histórico de preço dos produtos no mercado, desconsiderando a margem de lucro e nível competitivo que deve ser mantido: os preços e benefícios atraem os consumidores, convencendo-o de que a empresa apresenta vantagens; • Não acompanhar periodicamente o mercado para atualizar as estratégias.


mercado

Os impactos dos autônomos Enquanto não se tornam uma realidade no Brasil, os carros autônomos são foco de estudo de muitas universidades e desencadeiam avanços tecnológicos significativos

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G

raças à evolução tecnológica, conceitos como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0 estão saindo dos filmes e livros e começando a fazer parte do dia a dia da sociedade. Nesse sentido, os veículos autônomos são umas das inovações mais aguardadas e, ao se tornarem uma

realidade nas ruas do País trará inúmeros benefícios e utilidades. Porém, segundo especialistas, ainda existem algumas barreiras que impedem que estes veículos se tornem uma realidade no Brasil. Entre os especialistas, o professor Renato Giacomini, coordenador do departamento de Automação

e Controle do Centro Universitário FEI - uma das instituições pioneiras no ensino de engenharia no País – explica: "além de amadurecermos algumas tecnologias e resolvermos questões legais, como a atribuição de responsabilidade por acidentes, o mercado automobilístico também precisa


mercado

Marko Ackermann, coordenador do departamento de Engenharia Mecânica da FEI, os veículos híbridos – que possuem um motor de combustão e outro elétrico - devem se popularizar no Brasil antes dos autônomos, já que nossa tradição com biocombustíveis permitirá trabalhar com esses automóveis de forma sustentável até que tenhamos infraestrutura adequada para suportar a chegada dos transportes autônomos. Como os veículos autônomos podem influenciar na sociedade? O estudo e desenvolvimento de carros autônomos pode desencadear diversas inovações ou benefícios para diferentes setores da sociedade, desde processos de delivery, até

mesmo novas possibilidades de negócio. Segundo o professor Flavio Tonidandel, coordenador dos Cursos de Ciência da Computação e de Engenharia de Robôs da FEI, a área de Inteligência Artificial pode ser beneficiada com novos aplicativos e sistemas inteligentes que gerenciam e controlam frotas inteiras de veículos pela cidade, atendendo demandas de modo personalizado e com eficiência. "Para a área de Robótica, o carro autônomo é algo fantástico, pois ele é, em sua concepção, um robô autônomo e inteligente, que pode interagir com pessoas, ambientes e outros robôs", complementa Tonidandel.

Sobre o Centro Universitário FEI Com 78 anos de tradição, o Centro Universitário FEI é referência entre as instituições universitárias no Brasil, nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia. A Instituição, com campus em São Bernardo do Campo e na capital paulista, já formou mais de 50 mil profissionais, entre engenheiros, administradores de empresas e profissionais da área de Ciência da Computação, muitos ocupando posi-

ções de liderança nas principais empresas do País. Mantido pela Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros, o Centro Universitário FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e agrega marcas históricas de instituições de ensino de São Paulo: Faculdade de Engenharia Industrial, Escola Superior de Administração de Negócios e Faculdade de Informática. Os cursos oferecidos são Administração, Ciência da Computação e Engenharia – habi-

litações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Materiais; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e Engenharia de Robôs. Oferece ainda cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas de Gestão, Engenharia e Tecnologia; mestrado em Administração, Engenharia Elétrica, Mecânica e Química; e doutorado em Administração e Engenharia Elétrica.

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passar por uma transformação para que os carros autônomos se popularizem". O professor de Engenharia Elétrica, Fabio Delatore, lembra que, no Brasil, a sinalização viária é muito irregular e a educação do motorista brasileiro dificulta na criação de um padrão de condução que o carro autônomo irá encontrar ao seu redor. "Existem situações que não são adequadas no trânsito, tais como pedestres atravessando fora da faixa e motociclistas andando no corredor. Por outro lado, em ambientes em que as condições do meio sejam mais controladas, como agricultura, pistas e circuitos de testes para montadoras, existe muito potencial para que estes veículos sejam testados". De acordo com o professor


tecnologia

Alerta nas estradas Veículos Volvo alertam uns aos outros na Europa sobre estradas escorregadias e perigosas.

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Volvo Cars está disponibilizando em toda a Europa sua tecnologia de segurança conectada, pioneira na indústria automotiva, como mais um passo em sua ambição para melhorar a segurança no trânsito. Esses recursos permitem que os carros da fabricante sueca se comuniquem uns com os outros e alertem os motoristas sobre as

condições de estradas perigosas e escorregadias próximas por meio de uma rede baseada no sistema de nuvem. O Alerta Luminoso de Perigo e o Alerta de Estrada Escorregadia foram introduzidos pela primeira vez em 2016 nos carros da série 90 na Suécia e na Noruega. Agora, os recursos estão disponíveis nos carros da marca em toda a

Europa no ano modelo 2020, podendo ser instalados em modelos anteriores*. "Compartilhar dados de segurança em tempo real entre os carros pode ajudar a evitar acidentes", afirmou Malin Ekholm, chefe do Centro de Segurança da Volvo Cars. "Os veículos da Volvo vão contribuir diretamente para tornar as estradas mais


tecnologia

Com o lançamento desses recursos em toda a Europa, a Volvo Cars também reitera seu convite para que a indústria automobilística se junte a ela no compartilhamento de dados relacionados à segurança de tráfego nas marcas de automóveis. Compartilhar esses dados em tempo real pode fornecer um forte impulso para a segurança geral do trânsito e influenciar para mais carros conectados. Desde o ano passado, a Volvo Cars e a Volvo Trucks compartilham dados para alertar os motoristas sobre os perigos nas proximidades na Suécia e na Noruega.

"Quanto mais veículos tivermos compartilhando dados de segurança em tempo real, mais seguras se tornarão nossas estradas. Esperamos estabelecer mais colaborações com parceiros que compartilham nosso compromisso com a segurança", disse Malin Ekholm. Esse recurso da Volvo Cars foi o primeiro do tipo na indústria automotiva. Assim que qualquer Volvo equipado ligar suas luzes de perigo, o Alerta Luminoso de Perigo envia um sinal para todos os carros Volvo próximos conectados ao serviço de nuvem, alertando os motoristas e os ajudando a evitar possíveis acidentes. Isso

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seguras para outros motoristas que ativam o recurso, ao mesmo tempo em que também se beneficiam de alertas antecipados de condições potencialmente perigosas à frente". A pesquisa de segurança da Volvo mostra que o ajuste das velocidades à situação real do trânsito pode reduzir radicalmente o risco de acidentes. Ao alertar as pessoas sobre os perigos à frente de maneira oportuna e permitir que elas se adaptem com o tempo de sobra, as tecnologias de segurança conectadas podem suportar melhor comportamento do motorista e aumentar a segurança do tráfego.


tecnologia

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é particularmente útil em pontos cegos das vias e nas colinas em estrada. Enquanto isso, o Alerta de Estrada Escorregadia aumenta a conscientização do motorista sobre as condições atuais da estrada e aqueles na estrada à frente, coletando informações da superfície da via e avisando com antecedência os motoristas que se aproximam de alguma área onde a estrada esteja escorregadia.

Ainda não há previsão de chegada desse recurso nos modelos vendidos no Brasil. Recentemente, a Volvo Cars fez uma série de anúncios para apoiar um melhor comportamento do motorista e uma condução mais segura. A partir de 2020, todos os Volvos terão velocidade limitada a 180 km/h. A fabricante também instalará câmeras nos carros e outros sensores que monitoram o motorista e permitem que o carro inter-

venha se o condutor claramente intoxicado ou distraído estiver se arriscando em um acidente envolvendo ferimentos graves ou de morte. Finalmente, a Volvo Cars anunciou que, pela primeira vez, está tornando seu conhecimento de segurança facilmente acessível em uma biblioteca digital central, que incentiva a indústria automobilística a usar esses dados com o objetivo de tornar as estradas mais seguras para todos.

Sobre a Volvo Cars no Brasil A fabricante sueca de carros premium é uma das marcas mais conhecidas e respeitadas do mundo. Com produção global na Europa, Ásia e América do Norte de veículos reconhecidos pelo luxo, inovação, tecnologia

e segurança, vive forte momento de crescimento. Depois de aumentar suas vendas no Brasil em 96% no ano passado comparado a 2017 (6.836 unidades), mantém em 2019 ritmo acelerado de expansão. Entre janeiro e abril, comercializou 2.230

automóveis, um crescimento de 36,5% em relação ao mesmo período de 2018. O destaque vem da linha completa de utilitários esportivos, formada pelo XC90, XC60 e XC40. A marca espera fechar 2019 com mais de 8 mil carros vendidos.

*O Alerta Luminoso de Perigo e o Alerta de Estrada Escorregadia estarão disponíveis em todos os Volvos baseados nas plataformas moduláveis SPA e CMA a partir do ano modelo 2016.


tecnologia

Para evitar acidentes Ford cria carrinho de supermercado que freia automaticamente para evitar acidentes com crianças

A

“Carrinho Autofrenante” tem sensor que faz varredura de pessoas e objetos à frente e aplica os freios automaticamente se houver risco de colisão de permanência em faixa) e uma casinha que protege os cães do barulho de fogos (sistema de cancelamento de ruído). “O assistente autônomo de frenagem pode ajudar os motoristas a evitar ou atenuar as consequências de uma colisão. Pensamos

que mostrar como um conceito semelhante poderia ser aplicado a um carrinho de supermercado seria uma ótima forma de destacar uma tecnologia realmente útil para os motoristas”, diz Anthony Ireson, diretor de Comunicação de Marketing da Ford Europa.

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Ford apresentou na Europa o protótipo de um carrinho de supermercado equipado com sistema de freio automático para evitar que as crianças, ao brincar de correr entre as gôndolas, acabem gerando acidentes. O objetivo é tornar as compras menos estressantes quando os pais vão ao supermercado com os filhos pequenos. A criação é inspirada na tecnologia de assistência autônoma de frenagem da marca, disponível em modelos como o Fusion e o Edge ST, que usa uma câmera dianteira e um radar para detectar veículos, pedestres e ciclistas na pista e aplica os freios automaticamente se o motorista não responder aos alertas. De modo semelhante, o “Carrinho Autofrenante” tem um sensor que faz a varredura de pessoas e objetos à frente e aplica os freios automaticamente quando a possibilidade de uma colisão é detectada. O protótipo faz parte de uma série da Ford chamada “Intervenções”, que utiliza a experiência e tecnologias desenvolvidas pela marca no setor automotivo para resolver problemas do dia a dia em outras áreas. Outras criações recentes incluídas nessa série são uma cama inteligente que evita a invasão de espaço entre os parceiros (inspirada no sistema


tecnologia

Olhos na pista “Volante sensorial” ajuda a reduzir a distração do motorista, mantendo seus olhos na estrada. Motoristas que não prestam atenção quando dirigem são as maiores causas de acidentes de trânsito

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U

m novo volante desenvolvido pela Jaguar Land Rover pode ajudar motoristas a manterem os olhos na estrada – usando o calor para avisá-los quando devem virar à esquerda ou à direita. A pesquisa, em parceria com a Glasgow University, criou um “volante sensorial”, em que par-

tes dele podem ser aquecidas ou resfriadas rapidamente para informar ao motorista onde fazer a curva, quando mudar de faixa ou quando se aproximar de um cruzamento. Isso pode ser útil quando a visibilidade está comprometida por conta de tempo ruim ou pelo traçado da estrada.

A tecnologia também foi aplicada para as alertas de troca de marcha atrás do volante, indicando quando o carro passa a andar de forma autônoma ou quando o motorista deve assumir o controle, preparando para o futuro, quando os carros autônomos forem finalizados.


tecnologia

como pontos de interesse. Os avisos térmicos podem ser usados também em ocasiões em que avisos sonoros poderiam atrapalhar, como a reprodução de música na cabine ou durante conversas. Alexandros Mouzakitis, gerente sênior de Electrical Research da Jaguar Land Rover disse: “Segurança é nossa prioridade número um na Jaguar Land Rover e estamos com o compromisso de melhorar constantemente nossos carros usando os desenvolvimentos tecnológicos mais avançados, se preparando para o negócio do futuro, os carros autônomos. “O ‘volante sensorial’ faz parte dessa visão, com avisos térmicos capazes de reduzir o número de vezes que motoristas precisam tirar seus olhos da estrada”. “A pesquisa nos mostrou que as pessoas entendem facilmente as dinâmicas do aquecimento e res-

friamento para indicar direções, e uma mudança brusca de temperatura pode ser a resposta perfeita para um aviso, sem necessidade de um áudio intrusivo ou vibrações”. A pesquisa criada pela Jaguar Land Rover é parte de um estudo da PhD Patrizia Di Campli San Vito na Glasgow University como parte da Glasgow Interactive Systems Research Section (GIST). Os modelos da Jaguar e Land Rover possuem uma vasta seleção de sistemas de apoio ao motorista – Advanced Driver Assistance Systems (ADAS) – desenvolvidos para melhorar a segurança do motorista e do veículo, incluindo a nova geração do Head-Up Display (HUD) na Range Rover Velar. O Velar conta também com um volante com controles táteis para funções comuns, interagindo com o Interactive Driver Display, ajudando a reduzir as distrações para o motorista.

Sobre a Jaguar Land Rover A Jaguar Land Rover é a maior fabricante de automóveis do Reino Unido, construída em torno de duas marcas icônicas de carros britânicos: a Land Rover, líder mundial de veículos premium com tração nas quatro rodas; e a Jaguar, uma das principais marcas de sedãs e esportivos de luxo do mundo. Na Jaguar Land Rover, somos movidos pelo desejo de entregar veículos líderes de

segmento, que proporcionarão experiências que nossos clientes vão amar por toda a vida. Em 2018, a Jaguar Land Rover vendeu 592.708 veículos em 128 países. Apoiamos cerca de 260 mil pessoas por meio de nossa rede de concessionários, fornecedores e empresas locais. Somos uma empresa essencialmente britânica, com dois grandes centros de design e engenharia, três fábricas de veículos e um centro de fabricação

de motores no Reino Unido. Também temos fábricas na China, Brasil, Índia, Áustria e Eslováquia. A partir de 2020, todos os novos veículos Jaguar Land Rover terão ao menos uma versão eletrificada, oferecendo mais opções aos nossos clientes., com um portfólio de produtos eletrificados englobando veículos elétricos, híbridos plug-in e híbridos leves, além de continuar oferecendo os mais recentes motores a diesel e a gasolina.

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A distração de motoristas é o maior contribuinte para acidentes de trânsito no mundo todo, eles representam mais de 10% dos acidentes fatais apenas nos EUA*. Os pesquisadores da Jaguar Land Rover sugeriram que os avisos térmicos poderiam ser uma forma de manter os motoristas atentos à estrada. Os avisos acontecem nos dois lados do volante, indicando a direção da curva aquecendo ou resfriando rapidamente um lado, com uma diferença de até 6ºC. Para conforto, o motorista pode ajustar a oscilação de temperatura. Os estudos mostraram** instruções que, baseadas em mudanças de temperatura, podem, também, ser usadas para situações com menos emergência, em que vibrações podem ser desnecessárias para chamar a atenção, por exemplo quando a gasolina está acabando ou avisos futuros,


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175 anos de

vulcanização Goodyear comemora 175º aniversário da patente de vulcanização da borracha. Charles Goodyear recebeu a patente em junho de 1844, processo é essencial na fabricação de pneus e há mais de século

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Goodyear, fabricante que completa 100 anos de presença no Brasil, comemora durante o mês de junho o 175º aniversário da patente de vulcanização da borracha de Charles Goodyear. Em 1898, o empresário Frank Seiberling fez uma homenagem ao inventor batizando de The Goodyear Tire & Rubber Company a sua empresa recém-criada, na cidade de Akron, em Ohio, Estados Unidos. Charles Goodyear recebeu uma patente em 15 de junho de 1844 pela sua revolucionária invenção. A descoberta aconteceu por acaso, quando Goodyear deixou acidentalmente exposta ao calor uma mistura de borracha com enxofre e chumbo. Ele notou que a borracha sem tratamento derretia

no verão e congelava a ponto de se tornar sólida no inverno. O inventor então nomeou o processo de vulcanização, em homenagem a Vulcano, o antigo deus romano do fogo. A borracha utilizada no início do século XVIII tinha dois grandes problemas. Apresentava dificuldade de ser trabalhada no estado sólido e por outro lado se tornava muito mole e pegajosa quando submetida ao calor. Em tempo frio, tornava-se progressivamente rígida e, no rigor do inverno, completamente inflexível. Além disso, desenvolvia odor desagradável após pouco tempo. Por conta disso, Goodyear começou a estudar uma maneira de conquistar maior resistência diante das oscilações de temperatura. Após vários ensaios, ele conse-

guiu obter borracha vulcanizada, misturando-a ao enxofre em alta temperatura. Um século construindo histórias Há 100 anos no Brasil, a Goodyear conta com a mais completa linha de pneus do País e reúne modelos dos mais variados segmentos, sempre com produtos pensados nas principais necessidades do motorista e nas diversas situações de uso. O resultado de estar tão presente na vida dos brasileiros vem de uma das características da Goodyear, a vocação para o pioneirismo e inovação, que resultaram na sua posição de liderança tecnológica a partir do investimento em pesquisa e desenvolvimento, capacidade


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para a linha comercial está a entrega do melhor custo por quilômetro durante a vida total do pneu. Os produtos estão direcionados para atender veículos que atuam nos setores

rodoviário, regional, regional severo, urbano, misto e fora da estrada. Já nos ares, a Goodyear se destaca no Brasil por ser fornecedora das principais companhias aéreas do País.

Sobre a Goodyear do Brasil A Goodyear é fabricante de pneus para automóveis, vans, picapes, SUVs, caminhões e ônibus, pneus fora de estrada, tratores, empilhadeiras, industriais e para aviação, além de materiais para recapagem, e está presente no Brasil há 100 anos. No mundo, emprega cerca de 64.000 pes-

soas e fabrica seus produtos em 47 instalações em 21 países. Seus dois Centros de Inovação em Akron, Ohio, nos Estados Unidos e em Colmar-Berg, Luxemburgo, desenvolvem produtos e serviços com tecnologia de ponta que definem o desempenho padrão para a indústria. No Brasil, a companhia tem três unidades

industriais: a fábrica na cidade de Americana (SP), a unidade de materiais de recapagem na cidade de Santa Bárbara do Oeste (SP) e a de recauchutagem de pneus para aviação em São Paulo (SP). Além disso, a empresa conta com uma rede de revendedores oficiais e cerca de 1.000 pontos de venda em todo o País.

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técnica e treinamento de suas equipes e revendedores. A Goodyear tem um elevado padrão de qualidade, tecnologia e inovação em todos os seus produtos. Cada modelo tem características de acordo com as necessidades do público ao qual se destina. O Wrangler, por exemplo, é conhecido pela sua versatilidade e capacidade off-road. Já a linha Eagle é focada em modelos esportivos. O EfficientGrip é um pneu elaborado para oferecer alta performance, tanto em pisos molhados como secos, com um elevado grau de segurança e excelente tração. No caso do Assurance, o foco está na durabilidade e economia para carros compactos, enquanto o Direction é elaborado para aqueles que procuram conveniência. Por fim, a linha Cargo é focada nos motoristas que buscam total custo-benefício. Além de estar presente nos automóveis, a Goodyear também está nos veículos pesados, caminhões, ônibus e aviões. Entre as principais características oferecidas pela Goodyear


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Ícones sexy Ford Thunderbird e Marilyn Monroe, ícones sexy dos anos 50

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A estrela e o marido, Arthur Miller, no famoso Thunderbird 1955 que foi arrematado por US$ 490 mil em leilão


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dadeira lenda de Hollywood. No entanto, o maior valor pago por um Thunderbird continua a ser o da primeira unidade saída da linha de montagem, arrematada por US$ 660 mil em um leilão da Barret-Jackson, em 2009. Marilyn Monroe não escolheu o Ford Thunderbird por acaso – ambos eram ícones sexy da época. A versão original do carro, estilo roadster, é fruto do caso de amor que a América teve com os esportivos europeus de dois lugares nos primeiros anos do pós-guerra. O primeiro protótipo do Thunderbird foi apresentado no Salão de Detroit de 1954 como resposta ao Chevrolet Corvette. Sua primeira geração, lançada em outubro do mes-

mo ano e produzida até 1997, vendeu mais de 4,2 milhões de unidades. No total, a Ford produziu 12 gerações de “T-Birds”, incluindo os relançamentos de 2002 e 2005. Classificado como carro pessoal de luxo, o Ford Thunderbird enfatizava tanto o conforto e conveniência do motorista como a performance, criando um nicho totalmente novo no mercado automotivo americano. Com motor V8 de 225 hp e velocidade máxima de 180 km/h, era uma máquina poderosa na época. O ronco igualmente possante era acentuado pelo sistema de duplo escapamento. Tinha também transmissão automática Ford-O-Matic, direção hidráulica, vidros e bancos

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arilyn Monroe, uma das maiores estrelas de Hollywood, protagonizou cenas memoráveis dentro e fora das telas e gostava de carros. Numa de suas fotos famosas, ela aparece em um Ford Thunderbird 1955 com o dramaturgo Arthur Miller, então seu marido, rodando em Nova York. O veículo histórico da atriz foi vendido no ano passado pela casa de leilões Juliens, em Los Angeles, EUA, por US$ 490 mil. Ou seja, mais de seis vezes o preço de um Thunderbird 1956 em perfeitas condições, segundo o Hagerty Price Guide, tradicional guia de avaliação de carros clássicos do Reino Unido. Esse sobrepreço é justificado pela aura de glamour, romance e tragédia associada a uma ver-


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elétricos e pneus faixa branca. O interior luxuoso em branco e preto era complementado por capota de lona conversível e capota rígida removível com janelas vigia (uma novidade no modelo 1956). Marilyn comprou o Ford Thunderbird em 1955 e, segundo reportagens da época, o usou na cerimônia de casamento com Arthur Miller no ano seguinte. A estrela conservou o carro durante sete anos até dá-lo como presente de aniversário de 18 anos a John Strasberg, filho do diretor Lee Strasberg, em 1962. Ou seja, pouco antes de morrer em agosto do mesmo ano aos 36 anos.

“O Ford Thunderbird é um dos produtos mais emblemáticos da história do automóvel”, diz Jim Farley, presidente de Novos Negócios, Tecnologia e Estraté-

gia da Ford. “Cada geração do Thunderbird tinha uma personalidade única que marcou o início de uma nova era de inovações em design e tecnologia.”


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