Revista
colunista
Ano 48 . Edição 564. Jul/19
A RIQUEZA GLOBAL Estudo de Riqueza da Capgemini 2019 aponta que patrimônio global cai após 7 anos de crescimento, mas número de ricos cresce no Brasil 1
acontece
SINCOPEÇAS-SP pleiteia aprovação da inspeção veicular
mercado
Um celular de rodas
varejo em foco
revista sincopeças-SP
Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos
a mídia oficial do setor
Direitos que os consumidores têm e não sabem
colunista ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO
NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA
LEI DO DESMANCHE
APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP
INMETRO
REALIZAÇÃO DE FÓRUNS
CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO
DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL
PESQUISA MVA
ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS
DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO
ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL
INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS
RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL
REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES
CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL
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SINCOPECAS/
índice
editorial
Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br Diretoria Sincopeças-SP (2018-2022) presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho
conselho fiscal (efetivos) Roger de Souza Gomes Silva Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto
1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes
conselho fiscal (suplentes) Cláudia Aparecida Lago Passos Rogério Alves Lins Israel Bovolini
2º secretário Sergio Augusto Costa Mendes
1° delegado efetivo Francisco Wagner De La Tôrre
1º tesoureiro Álvaro Pereira
2° delegado efetivo Álvaro Pereira
2º tesoureiro Edson Shosaburo Koga
1° delegado suplente Heber Carlos de Carvalho
diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra
2° delegado suplente Rui Antonio Girardelli
EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Marcela Leite Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br
secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira
cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/
Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP
Medidas benéficas
para todos
M
uito embora a pesquisa, recentemente divulgada pelo Sincopeças-SP sobre o desempenho de vendas do setor varejista de autopeças no Estado de São Paulo, tenha apresentado um crescimento acumulado de 8,6% nos últimos 12 meses – e esse dado é bastante robusto porque essa pesquisa é feita em parceria com a Federação do Comércio e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e reflete a emissão de todas as notas fiscais feitas por meio eletrônico – ainda existe grande expectativa de crescimento sustentável para os próximos anos. Os reflexos das reformas da Previdência e da expectativa de uma reforma fiscal, em trâmite no Congresso, ainda não repercutiram. Entendemos que esses crescimentos são frutos muito mais das expectativas do consumidor e das empresas com relação ao futuro, o que gera uma propensão, por parte do consumidor, a consumir mais, e por parte das empresas, a retomar investimentos. A efetiva aprovação da Reforma da Previdência trará segurança com a questão fiscal do governo no longo prazo, e uma Reforma Fiscal trará uma economia na ordem de 1,6% do PIB, segundo dados apresentados pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), somente com a redução dos custos de apuração dos impostos pelas empresas. Outra medida, importante de citar, que está sendo pleiteada junto ao governo do Estado pelo Sincopeças-SP, juntamente com as demais entidades do setor, é a volta da inspeção veicular como uma forma de incentivar o segmento automotivo. A inspeção veicular é um tema sério que, apesar da sua aparência impopular, deve ser enfrentado pelo Poder Público. Sem inspeção não há prevenção contra mortes por acidentes ou danos à saúde. Essa é uma medida que traria benefícios não apena para o nosso setor, mas para a sociedade em geral, haja vista o número de mortes e a quantidade de emissão que se produz nas grandes cidades, e certamente traria, sim, resultados bastante significativos na performance das empresas do nosso setor.
Boa leitura
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03 editorial 06 acontece 31 gestão e direito 38 capa 40 mercado 50 varejo em foco 55 especial on-line 62 artigo 66 sustentabilidade 68 tecnologia
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SINCOPEÇAS-SP
O SINCOPEÇAS-SP atua há 78 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveram criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.
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Reforma é o caminho certo Em artigo, Abram Szajman, presidente da FecomercioSP, analisa os pontos que comprometem a sustentabilidade do sistema previdenciário
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6 No texto, Szajman afirma que, ao tornar as regras mais claras e rígidas, a Reforma da Previdência favorece o equilíbrio fiscal (Arte: TUTU)
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com benefícios do RGPS representou 8,6% do PIB, contra uma arrecadação líquida de apenas 5,7%. Para 2019, o rombo previsto pelo governo nessa mesma rubrica é de R$ 218 bilhões, com evidente impacto negativo nas contas públicas, em especial nos recursos que poderiam ser destinados a educação, saúde e infraestrutura. Para lidar com uma encrenca desse tamanho, o governo do presidente Jair Bolsonaro optou por uma proposta abrangente. O aspecto mais positivo da iniciativa é o de que ela estabelece um ponto de contato com o sentimento revelado pela população na última eleição, favorável a um Estado menos perdulário. Apontam nessa direção o combate às fraudes e a cobrança das dívidas tributárias previdenciárias, que contribuíram para configurar o cenário caótico atual. As restrições estipuladas para evitar as aposentadorias precoces que solaparam o sistema são consistentes, pois eliminam a modalidade de aposentadoria apenas por tempo de contribuição, que não exigia idade mínima. Esta é agora estabelecida
em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, além de 20 anos de contribuição. A FecomercioSP identifica também um mérito inquestionável para a transparência do sistema previdenciário e das próprias contas públicas na exclusão das contribuições destinadas à seguridade social da incidência da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Esse artifício desvia para outras finalidades até 30% das receitas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), concebidas exclusivamente para o custeio da seguridade social. A Reforma da Previdência, ao tornar as regras mais claras e rígidas, favorece o equilíbrio fiscal e estimula a poupança privada, proporcionando ao País recursos que faltam para financiar investimentos produtivos. Outros efeitos positivos serão a redução da taxa de juros e o aumento do consumo das famílias, o que resultará na geração de emprego e renda. O caminho para a retomada do desenvolvimento está dado e precisa ser seguido, sem vacilações desta vez.
Abram Szajman é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
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Reforma da Previdência é tema recorrente no País há mais de 20 anos. A razão é cristalina: o aumento da expectativa de vida da população brasileira e a queda da natalidade causaram déficits crescentes no sistema previdenciário nacional e comprometeram sua sustentabilidade para os futuros aposentados. Apesar do consenso de que reformar é preciso, as últimas mudanças feitas apenas tangenciaram o real problema sem sequer estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, providência basilar na maioria dos países com sistema de repartição semelhante ao nosso. A parcela dos brasileiros com mais de 60 anos já representa, hoje, 13% da população economicamente ativa, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, segundo dados da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia, o déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) foi de R$ 182,4 bilhões, o equivalente a 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o buraco aumentou ainda mais: R$ 195,2 bilhões. Em 2018, a despesa
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SINCOPEÇAS-SP pleiteia aprovação da inspeção veicular SINCOPEÇAS-SP envia ofício à Assembleia Legislativa de São Paulo em apoio à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência
O
presidente do SINCOPEÇAS-SP, Francisco De La Tôrre, enviou ofício aos 94 Deputados Estaduais de São Paulo pleiteando a aprovação e implantação do PL 1187/2009, projeto de lei que dispõe sobre o Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso no Estado de São Paulo - IM/SP, em Municípios
do Estado de São Paulo com mais de 200 mil habitantes. O SINCOPEÇAS-SP entende que a inspeção veicular é um tema sério que, apesar da sua aparência impopular, deve ser enfrentado pelo Poder Público. Sem inspeção não há prevenção contra mortes por acidentes ou danos à saúde. Muito embora a maior respon-
sabilidade dos acidentes ocorra pela direção irresponsável do motorista, se ele estiver dirigindo um veículo em perfeitas condições sua capacidade de resposta no momento do acidente será mais rápida e, consequentemente, a possibilidade de evitá-lo ou minimizá-lo será maior. Veja a íntegra do ofício:
São Paulo, agosto de 2019 À ALESP – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO Att. Exmº Sr. Parlamentar nesta, APROVAÇÃO E Implantação DO PL 1187/2009 SOBRE Inspeção Veicular Ampla, Geral e Irrestrita Excelentíssimos Senhores Deputados Estaduais,
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SINCOPEÇAS-SP – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, representando 26.500 lojas de autopeças no Estado, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, entidade sindical representante de segmento da economia responsável por um significativo percentual do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro e que tem por missão promover o desenvolvimento pleno e sustentável das empresas representadas e da sociedade de modo geral, filiado à FECOMERCIO SP - Federação do Comércio do Estado
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de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior, vem mui respeitosamente à Vossas Excelências tecer considerações sobre a premente necessidade de APROVAÇÃO E Implantação DO PL 1187/2009, projeto de lei que dispõe sobre o Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso no Estado de São Paulo - IM/SP, em Municípios do Estado de São Paulo com mais de 200 mil habitantes. Em nosso entendimento, a premissa para o bom funcionamento da inspeção veicular e, consequentemente, o bom funcionamento da frota, é que seja uma Inspeção Técnica Ampla, Geral e Irrestrita sobre Itens de Emissão de Poluentes e de Segurança de todos os veículos particulares e comerciais. Ou seja, o veículo está circulando, então tem de passar por inspeção. O SINCOPEÇAS-SP ressalta que não há como isentar dessa inspeção parte da frota circulante. Todo veículo tem de ser inspecionado a partir do segundo ano de fabricação, mesmo porque é a forma de exigir que os veículos passem por uma manutenção preventiva ambiental e de segurança. Não há outro caminho. Caminhões, ônibus, outros veículos a diesel e motocicletas também devem ser inspecionados todos os anos, no mínimo a partir do segundo ano de uso. A inspeção veicular é um tema sério que, apesar da sua aparência impopular, deve ser enfrentado pelo Poder Público. Sem inspeção não há prevenção contra mortes por acidentes ou danos à saúde. Muito embora a maior responsabilidade dos acidentes ocorra pela direção irresponsável do motorista, se ele estiver dirigindo um veículo em perfeitas condições sua capacidade de resposta no momento do acidente será mais rápida e, consequentemente, a possibilidade de evitá-lo ou minimizá-lo será maior. O momento é oportuno para a implantação da inspeção veicular em todo Estado de São Paulo, por isso, rogamos aos Senhores Deputados Estaduais que recoloquem em pauta o Projetos de Lei 1187, que tramita na Assembleia Legislativa desde 2009 e que regulamenta a inspeção para todo Estado.
O intuito é priorizar ações imediatas, no sentido de implementar o PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO VEICULAR em todo País, em especial nas Regiões Metropolitanas, onde há maior exposição da sociedade e maior viabilidade de implantação. A necessidade imperiosa deste Programa fundamenta-se em fatos muito conhecidos:
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PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO VEICULAR Em ofício encaminhado em 2015 ao Governador do Estado, Geraldo Alckmin, e ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, entidades representantes do segmento produtor e do comércio de autopeças, com notório desempenho na realização de campanhas de informação, avaliações técnicas gratuitas e convencimento dos proprietários de veículos para a necessidade de adequada manutenção como fator de extrema importância para segurança veicular e do meio ambiente (Programas Carro 100%, Caminhão 100% e Moto 100%), manifestaram apoio à necessidade imperiosa de implementar no Estado de São Paulo, em especial na Região Metropolitana, o PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO VEICULAR (Programa I/M), tanto de segurança como de emissões.
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• Do ponto de vista da segurança: 45 mil mortes anuais associadas a acidentes de trânsito e seriam evitadas se os veículos estivessem em condições adequadas de manutenção. • Do ponto de vista do meio ambiente: O efeito da inspeção veicular na cidade de São Paulo foi equivalente à retirada de circulação de 1,3 milhão de veículos (leves e motos) pelo monóxido de carbono evitado. • Do ponto de vista da saúde: 559 mortes prematuras e 1.515 internações foram evitadas anualmente como decorrência da diminuição da poluição ambiental, apenas na Capital Paulista, gerando economia para os cofres públicos de cerca de US$ 79 milhões. • Do ponto de vista técnico: As inspeções realizadas na cidade de São Paulo geraram conhecimento inédito a respeito da frota circulante, importantes para estratégias de governo, para o desenvolvimento tecnológico de veículos e para a melhoria da qualidade ambiental e de segurança viária. • Do ponto de vista da fiscalização: O Programa I/M eleva o nível técnico das oficinas de reparação e induz grande redução do comércio de “peças piratas” no mercado de reposição. • Do ponto de vista da eficiência energética: Estima-se que a inspeção anual e a manutenção preventiva e corretiva promovam redução da ordem de 2% a 5% no consumo de combustível. • Do ponto de vista de ganhos sociais: O sistema implementado na cidade de São Paulo gerou mais de 800 empregos diretos com qualificação técnica. INSPEÇÃO TÉCNICA PREVISTA EM LEI DESDE 1997 Desde 1997 a Inspeção Técnica Veicular (ITV) está prevista em lei para todo o Brasil, mas, na prática, quase nada se fez, apesar de algumas tentativas. Perdeu-se muito tempo em discussões sobre se o processo deveria ser Federal ou Estadual. Venceu a opção Estadual porque o país tem diferentes realidades.
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INSPEÇÃO VEICULAR EVITOU 559 MORTES EM 2012 Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) comprova benefícios à qualidade do ar e à saúde, resultantes da Inspeção Ambiental Veicular realizada na Capital paulista. Se considerados apenas os veículos a diesel que fizeram a inspeção em 2012, 559 mortes por problemas respiratórios foram evitadas na Região Metropolitana, gerando economia de mais de R$ 74 milhões ao sistema de saúde. Considerando os últimos três anos de vigência do programa em São Paulo, a Inspeção Ambiental Veicular salvou em tese 1.395 vidas e evitou 1.813 internações, representando economia de R$ 320 milhões aos cofres do município. Segundo a USP, o ganho com a inspeção veicular equivale
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à retirada dos poluentes emitidos por uma frota de quase 1,3 milhão de veículos, sendo 1,17 milhão de automóveis, 85,5 mil motocicletas e 35 mil caminhões e ônibus, somente em 2012. BREVE HISTÓRICO DA INSPEÇÃO VEICULAR NA CAPITAL O Programa de Inspeção Veicular Ambiental começou a ser implantado na Capital desde 2007, quando foi dada a ordem de início, com vistas a minimizar as emissões de poluentes pelos veículos registrados na cidade, buscando estimular seus proprietários a fazerem a manutenção adequada e manter as emissões de seus veículos dentro dos padrões recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). O Programa de Inspeção Veicular Ambiental foi implantado pela Prefeitura gradativamente: em 2008 começou com toda a frota a diesel registrada na cidade. Em 2009 passaram pela inspeção todos os veículos diesel, todas as motos (exceto as de 2 tempos) e também os carros movidos a álcool, gás ou gasolina registrados na cidade de São Paulo entre 2003 e 2008. Em 2010, o programa atingiu 100% da frota (6,5 milhões de veículos) que será convocada para realizar a inspeção, completando assim o ciclo da progressividade da implantação. Em 2013 foi suspenso pela Prefeitura paulistana. FIM DA INSPEÇÃO VEICULAR TRAZ PREJUÍZOS ECONÔMICOS Por fim, a suspensão da Inspeção Veicular em São Paulo resultou em prejuízos econômicos para todos os segmentos da cadeia automotiva, desde o reparador, passando pelo varejo, distribuição e chegando até à indústria. O volume médio de carros revisados caiu 8,8% desde que suspenderam essa obrigação, em janeiro de 2014, segundo dados da Central de Inteligência Automotiva, que compila dados sobre o setor. Diante do acima exposto, o SINCOPEÇAS-SP roga à Vossas Excelências especial atenção à premente necessidade de APROVAÇÃO E Implantação DO PL 1187/2009, projeto de lei que dispõe sobre o Programa Ambiental de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso no Estado de São Paulo - IM/SP, em Municípios do Estado de São Paulo com mais de 200 mil habitantes, visando minimizar os impactos negativos, sociais, econômicos e principalmente de saúde pública, gerados pela ausência de um programa de controle de emissões e de segurança veicular. Certos da sua especial atenção ao nosso pleito, reiteramos nossos protestos de estima e consideração. Cordialmente,
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Francisco Wagner De La Tôrre Presidente SINCOPEÇAS-SP SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS NO ESTADO DE SÃO PAULO Vice-presidente FECOMERCIO SP FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO
acontece
Aos 10 anos, Rede PitStop foca em novo conceito em varejo Evento realizado em junho abriu comemorações oficiais dos 10 anos da Rede PitStop e reuniu os principais executivos do aftermarket automotivo nacional e internacional
A
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Rede PitStop prepara para este segundo semestre uma série de ações para as comemorações dos 10 anos de atividades que serão pautadas em mostrar o papel da rede associativista na evolução das relações entre toda a cadeia do mercado de reposição automotiva. Também é o momento de reforçar o posicionamento da Rede PitStop e levar para os associados o novo conceito em varejo que faz toda a diferença no relacionamento com o cliente final. Para abrir as ações de comemorações dos 10 anos da Rede PitStop, foi realizado um evento, em junho, que contou com as presenças do presidente do Grupo Comolatti, Sergio Comolatti, do CEO e do fundador do Groupauto International, Hans Eisner e Fernando Pardo, respectivamente, além dos
principais executivos do aftermarket automotivo nacional e dos colaboradores da Rede PitStop. O evento aconteceu no tradicional Restaurante 911, que fica no piso superior da Oficina Flatch, localizada em São Paulo e especializada em Porsches. Novo conceito – Ao longo das ações que acontecem até o final do ano será trabalhado um novo conceito para o varejo de reposição automotiva. A Rede PitStop quer disseminar entre seus associados a importância de se ter uma loja cada vez mais voltada às novas tendências de consumo, nas quais os consumidores procuram por comodidade e devem ser levados a novas experiências no momento da compra. Com isso, o objetivo é mostrar o impacto, por exemplo, de se ter espaço com foco no Auto-
atendimento, que aproxima o consumidor dos produtos, além de ajudar o empresário a colocar em destaque produtos e promoções específicas. "Queremos mostrar aos nossos associados como se adequar ao novo perfil de consumo com apoio teórico e prático, na adaptação das lojas e treinamentos para toda equipe", acrescenta o diretor da Rede PitStop, Paulo Fabiano. A Rede PitStop conta com mais de 1300 associados em mais de 550 cidades brasileiras. "Ao longo desses 10 anos, o nosso trabalho esteve pautado em desenvolver uma estrutura sólida que atendesse às necessidades do empresário do setor, oferecendo benefícios que realmente fizessem a diferença na gestão dos negócios. Agora, estamos em um momento de evolução no qual temos no-
acontece
Paulo Fabiano, diretor da Rede PitStop Também serão realizadas ações para apresentar outras inovações e fortalecer ainda mais o trabalho já realizado nos Clubes, que reúnem bene-
fícios exclusivos oferecidos aos associados como Clube da Informação, Clube da Formação, Clube da Tecnologia, Clube de Negócios e Clube Financeiro.
Sobre a Rede PitStop A Rede PitStop é uma rede associativista com operações voltadas ao fortalecimento do mercado de reposição de
autopeças no Brasil. Possui benefícios que geram grande sinergia em toda a cadeia de negócios, integrando Fabricantes, Distribuidores, Lojas de
Autopeças, Retíficas de Motores e Oficinas Mecânicas. Hoje, a Rede PitStop conta com mais de 1300 associados em mais de 550 cidades do País.
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vos conceitos que são importantes para que os associados se mantenham competitivos e continuem a crescer", detalha Paulo Fabiano.
acontece
Maiores e Melhores em Distribuição
de Autopeças 2019
Conheça os vencedores da 23ª edição da pesquisa segundo a avaliação de 500 varejistas entrevistados em todo o Brasil
É
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hora de conhecer os resultados da pesquisa Maiores e Melhores em Distribuição de Autopeças 2019, a 23ª edição do estudo em que varejistas de autopeças de todo o Brasil avaliam o portfólio de produtos e o desempenho empresarial de seus principais fornecedores. O trabalho foi realizado pela primeira vez em 1996 e desde 2012 conta com a contribuição da Ipsos, uma das três maiores empresas de pesquisa do mundo e líder no Brasil em estudos para o setor automotivo. O instituto desenvolveu uma metodologia aprimorada para o trabalho e, a partir de então, é responsável pela tabulação dos resultados da segunda fase do estudo.
PRIMEIRA FASE: PORTFÓLIO DE PRODUTOS Com a chegada da Ipsos, a pesquisa passou a ser dividida em duas etapas. Na primeira, os varejistas entrevistados em todo o Brasil avaliam seus parceiros comerciais a partir de um questionário com 20 perguntas que abrangem o portfólio de produtos dos fornecedores destas lojas. O questionário respondido pelos 500 varejistas entrevistados em todo o Brasil para a realização da primeira fase do estudo foi o seguinte: “Qual é o melhor distribuidor no seguinte segmento de produto: Acessório? Amor-
tecedor? Borracha? Correia? Embreagem? Ferragem? Filtro? Fixação? Pastilha? Peça importada? Rolamento? Vela de ignição? Qual é o melhor distribuidor para os componentes dos seguintes sistemas: Arrefecimento? Câmbio e diferencial? Direção? Elétrico? Freios? Injeção eletrônica? Motor? Suspensão? O vencedor em cada um do 20 quesito é determinado pela soma simples de todos os votos obtidos pelas empresas citadas pelos varejistas. O distribuidor mais citado na soma total de votos é considerado o vencedor da primeira fase da pesquisa.
acontece
cinco primeiros em pelo menos dois quesitos na primeira fase do estudo. Para efetivar a participação na consolidação final dos resultados, é preciso que a empresa também tenha tido representatividade de avaliações em pelo menos três regiões do Brasil na segunda fase, uma vez que o caráter da pesquisa é nacional. Definidas as empresas, voltamos a conversar com os varejistas que responderam às
20 questões de avaliação pela segmentação por produtos. Desta vez, os proprietários ou responsáveis por compras são convidados a atribuir, para cada um dos distribuidores finalistas, uma nota de 1 a 10 relativa a cada um dos atributos a serem investigados. E, na edição 2019, a pesquisa ganhou um novo grupo – Presença – composto por 3 novos atributos: competência, comunicação e compromisso.
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SEGUNDA FASE: DESTACA O DESEMPENHO EMPRESARIAL COM TRÊS NOVOS QUESITOS As 12 empresas melhor colocadas na soma total dos votos da primeira fase foram pré-classificadas para a segunda etapa do estudo e dela participaram efetivamente aqueles distribuidores que têm representação nacional comprovada por filiais em, no mínimo, três regiões do Brasil, que tenham se classificado entre os
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Produto
QUALIDADE DAS MARCAS Somente marcas idôneas e reconhecidas
VARIEDADE DAS MARCAS Trabalha com diferentes marcas para um mesmo item
DISPONIBILIDADE Tem os produtos em estoque
Comercial
ATENDIMENTO Cordialidade e resolução rápida e eficaz dos problemas
ENTREGA Prazo e quantidade combinados
EQUIPE DE VENDAS Preparo técnico e capacidade de solucionar problemas
Relacionamento
APOIO TÉCNICO Informação técnica disponível
GARANTIA Rapidez na resolução de problemas envolvendo garantia
SUPORTE PROMOCIONAL Materiais promocionais e campanhas de incentivo às vendas
Imagem
INOVAÇÃO Apresentação de novas soluções novas para o varejo
EVOLUÇÃO Melhoria nos últimos 12 meses
ADMIRAÇÃO Sentimento de admiração
Importância
FREQUÊNCIA DE COMPRA Periodicidade de colocação de pedidos
PARCERIA Proximidade de relacionamento
CONFIANÇA Comprometimento nas relações comerciais
Presença
COMPETÊNCIA Avaliação de comportamento e desempenho
COMUNICAÇÃO Ações de relacionamento e interações
COMPROMISSO Valores que determinam fidelização
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acontece
a contar também com a análise de regressão linear estabelecida pela Ipsos, que resulta em ponderação entre os grupos de atributos para o cálculo das médias totais finais dos distribuidores. A variável dependen-
Atributos
%
Presença
30%
Importância
22%
Produto
19%
Imagem
15%
Comercial
12%
Relacionamento
2%
Total
100%
Os varejos entrevistados A pesquisa Maiores e Melhores em Distribuição de Autopeças tem abrangência nacional. O estudo parte do número base de 500 varejos de componentes para veículos leves entrevistados em todo o Brasil, havendo a cada ano eventuais ajustes para que a cobertura atenda as exigências da metodologia. As entrevistas são rea-
lizadas com os proprietários ou profissionais responsáveis pelas compras das lojas. As lojas que participaram da 23ª edição do estudo foram selecionadas por sorteio no mailing de leitores do jornal Novo Varejo, composto por cerca de 30 mil empresas. O número de entrevistas por estado foi proporcional à participação de cada unidade federativa na frota
te utilizada para este cálculo foi a média de satisfação geral com as distribuidoras. Após a aplicação da metodologia de análise de regressão linear, as ponderações resultantes em 2019 foram as seguintes:
brasileira de veículos, estimada pelo IBGE. Dentro dos estados, as entrevistas foram realizadas nos municípios com 200 mil ou mais habitantes – com exceção do Rio de Janeiro, onde, devido à elevada concentração populacional na capital, o critério foi adequado a 300 mil habitantes. A divisão das entrevistas por município foi proporcional ao número de habitantes.
17 revista sincopeças-SP
Nesta segunda etapa, os vencedores são determinados a partir das médias das notas atribuídas pelos varejistas entrevistados. Desde 2014, o cálculo final das médias dos vencedores passou
acontece
Resultados
PRIMEIRA FASE CLASSIFICAÇÃO PELA SOMA TOTAL DE VOTOS DOS QUESITOS QUE AVALIAM O PORTFÓLIO DE PRODUTOS COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
7,18
2º
SAMA
5,27
3º
COBRA
4,93
4º
PELLEGRINO
4,54
5º
ROLES
4,33
6º
DPK
2,86
7º
FURACÃO
2,85
8º
EMBREPAR
2,65
9º
JAHU
2,38
10º
ROLEMAR
2,33
11º
SK
2,09
12º
COMDIP
1,88
Resultados OS MAIS VOTADOS EM CADA UM DOS QUESITOS QUE AVALIAM O PORTFÓLIO DE PRODUTOS
ACESSÓRIO revista sincopeças-SP
18
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
CHG
10,58%
1º
NEW KAR
10,58%
3º
DPK
2,99%
acontece
AMORTECEDOR COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
ROLES
13,17%
2º
COBRA
7,98%
2º
SAMA
7,98%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
31,94%
2º
METALSYSTEM
4,19%
3º
REAL e ROLEMAR
3,39%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
10,98%
2º
SAMA
9,38%
3º
ROLEMAR
6,79%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
12,97%
2º
ROLES
11,78%
3º
COBRA
11,38%
BORRACHA
CORREIA
EMBREAGEM revista sincopeças-SP
19
acontece
FERRAGEM COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
UNIVERSAL
31,74%
2º
JAHU
2,79%
3º
CHG e DPS
1,60%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
9,18%
2º
ROLES
6,39%
3º
PELLEGRINO
5,99%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
DINPAR
7,39%
2º
WURTH
3,59%
2º
DEW PARTS
3,59%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
12,18%
2º
SAMA
5,99%
3º
PELLEGRINO e ROLES
5,19%
FILTRO
FIXAÇÃO
PASTILHA revista sincopeças-SP
20
acontece
PEÇA IMPORTADA COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
ISAPA
8,38%
2º
MOTORS IMPORTS
7,58%
3º
REAL
4,19%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
COBRA
32,34%
2º
REAL
7,58%
3º
ROLES
5,99%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
COBRA
12,57%
2º
ROLES
12,38%
3º
EMBREPAR
9,58%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
8,78%
2º
SAMA
5,59%
3º
APS
4,99%
ROLAMENTO
VELA DE IGNIÇÃO
ARREFECIMENTO revista sincopeças-SP
21
acontece
CÂMBIO E DIFERENCIAL COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
PELLEGRINO
9,38%
2º
SAMA
7,39%
3º
REAL
3,59%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
SAMA
10,98%
2º
REAL
10,78%
3º
PELLEGRINO
8,58%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
FURACÃO
31,54%
2º
ELETROPAR
3,99%
3º
JAVALI
3,59%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
11,78%
2º
PELLEGRINO
7,19%
3º
SAMA
6,99%
DIREÇÃO
ELÉTRICO
FREIO revista sincopeças-SP
22
acontece
INJEÇÃO ELETRÔNICA COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
FURACÃO
15,17%
2º
REAL
7,19%
3º
SAMA
4,19%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
SAMA
10,78%
2º
REAL
9,38%
2º
PELLEGRINO
8,58%
COLOCAÇÃO
EMPRESA
%
1º
REAL
10,18%
2º
SAMA
6,99%
3º
JAHU
5,99%
MOTOR
SUSPENSÃO
revista sincopeças-SP
23
acontece
Resultados
SEGUNDA FASE AVALIAÇÃO CONSOLIDADA - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A MÉDIA FINAL DE TODAS AS NOTAS ATRIBUÍDAS PELO VAREJO NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA FINAL
1º
Real
8,02
2º
Cobra
7,90
3º
Roles
7,85
4º
Pellegrino
7,84
5º
Sama
7,74
6º
DPK
7,64
CLASSIFICAÇÃO PELA MÉDIA FINAL DAS NOTAS PARA OS ATRIBUTOS DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL – AS 5 MELHORES MÉDIAS
PRODUTO - QUALIDADE DAS MARCAS COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,61
2º
COBRA
8,48
3º
ROLES
8,47
PRODUTO - VARIEDADE DAS MARCAS revista sincopeças-SP
24
COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,40
2º
SAMA
8,29
3º
PELLEGRINO
8,18
acontece
PRODUTO - DISPONIBILIDADE COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,26
2º
PELLEGRINO
8,04
3º
ROLES
8,03
COMERCIAL - ATENDIMENTO COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
ROLES
8,60
2º
REAL
8,56
3º
COBRA
8,43
COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
COBRA
8,25
2º
PELLEGRINO
8,24
3º
REAL
8,23
PRODUTO - ENTREGA
COMERCIAL - EQUIPE DE VENDAS EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,57
2º
ROLES
8,52
3º
COBRA
8,42
25 revista sincopeças-SP
COLOCAÇÃO
acontece
RELACIONAMENTO - APOIO TÉCNICO COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
ROLES
7,46
2º
REAL
7,39
3º
COBRA
7,27
COMERCIAL - GARANTIA COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
COBRA
7,68
2º
PELLEGRINO
7,50
3º
ROLES
7,49
PRODUTO - SUPORTE PROMOCIONAL COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
6,38
2º
PELLEGRINO
6,08
3º
ROLES
5,98
COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
7,53
2º
COBRA
7,37
3º
ROLES
7,28
IMAGEM - INOVAÇÃO revista sincopeças-SP
26
acontece
IMAGEM - EVOLUÇÃO COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
7,70
2º
PELLEGRINO
7,60
3º
COBRA
7,59
IMAGEM - ADMIRAÇÃO COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,02
2º
COBRA
7,95
3º
ROLES
7,87
IMPORTÂNCIA - FREQUÊNCIA DE COMPRA COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
7,19
2º
COBRA
7,09
3º
ROLES
7,08
IMPORTÂNCIA - PARCERIA EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
7,46
2º
COBRA
7,42
3º
ROLES
7,23
27 revista sincopeças-SP
COLOCAÇÃO
acontece
IMPORTÂNCIA - CONFIANÇA COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,55
2º
COBRA
8,42
3º
PELLEGRINO
8,35
PRESENÇA - COMPETÊNCIA COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,39
2º
COBRA
8,32
3º
ROLES
8,31
PRESENÇA - COMUNICAÇÃO COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
PELLEGRINO
7,55
2º
REAL
7,50
3º
COBRA
7,40
PRESENÇA - COMPROMISSO revista sincopeças-SP
28
COLOCAÇÃO
EMPRESA
MÉDIA
1º
REAL
8,10
2º
COBRA
8,01
3º
PELLEGRINO
8,00
acontece
RESULTADOS REGIONAIS REGIÃO NORTE EMPRESA
COLOCAÇÃO
NOTA MÉDIA
REAL
1º
7,94
PELLEGRINO
2º
7,78
COBRA
3º
7,51
COLOCAÇÃO
EMPRESA
NOTA MÉDIA
AUTO NORTE
1º
8,48
REAL
2º
8,39
SAMA
3º
8,30
REGIÃO NORDESTE
REGIÃO CENTRO OESTE COLOCAÇÃO
EMPRESA
NOTA MÉDIA
REAL
1º
7,67
PELLEGRINO
2º
7,62
SAMA
3º
7,57
REGIÃO SUDESTE (EXCETO SP) EMPRESA
NOTA MÉDIA
ROLES
1º
8,26
REAL
2º
8,22
DPK
3º
8,20
29 revista sincopeças-SP
COLOCAÇÃO
acontece
ESTADO DE SÃO PAULO EMPRESA
COLOCAÇÃO
NOTA MÉDIA
COBRA
1º
8,17
REAL
2º
7,93
ROLES
3º
7,91
COLOCAÇÃO
EMPRESA
NOTA MÉDIA
ROLEMAR
1º
7,87
REAL
2º
7,79
ROLES
3º
7,67
REGIÃO SUL
TRANSOPORTADORA AS MELHORES TRANSPORTADORAS – 2019
revista sincopeças-SP
30
COLOCAÇÃO
EMPRESA
0%
1º
RODONAVES
8,78
2º
BRASPRESS
3,39
3º
SETEX
1,79
gestão e direito
Substituição do eSocial O novo sistema tributário será a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais – EFD-Reinf, que também será restruturada
lhadores como CNH, CTPS, RG e NIS devem ser eliminados. No cadastro do empregador serão excluídas informações relativas ao cumprimento de cotas de aprendizagem e deficientes, indicativo de trabalho temporário, modalidade de registro de ponto, dentre outros. O novo sistema tributário será a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais – EFD-Reinf, que também será restruturada. Como a Receita Federal é a responsável pela arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciárias do imposto de renda retido na fonte, as informações tributárias que atualmente constam no eSocial, migrarão para a EFD-Reinf, inclusive os eventos relativos à folha de pagamento.
A Receita Federal informou que especificará e implantará a inclusão dessas informações na EFD-Reinf, bem como sua integração com a DCTFWeb, para constituição do crédito tributário. Enquanto isso, tais informações, serão coletadas pelo eSocial. Por fim, cabe informar que foi editada a Instrução Normativa nº 1.900, de 17/07/2019, que alterou a IN RFB nº 1.701/2017, que instituiu a EFD-Reinf,prorrogando o início de sua obrigatoriedade para o grupo 3, que engloba principalmente as empresas optantes pelo Simples Nacional, para o dia 10 de janeiro de 2020, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2020. Antes, o prazo era 10 de julho de 2019. Fonte: FecomercioSP – Assessoria Técnica
31 revista sincopeças-SP
N
o dia 9 de julho o governo anunciou que o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial será substituído por outros dois novos sistemas: um para informações trabalhistas e previdenciárias e outro para dados tributários, que deve entrar em vigor em janeiro de 2020. O objetivo é reestruturar e simplificar as informações exigidas atualmente pelo eSocial, que apresenta excesso de detalhamento no envio das informações. Com relação ao eSocial, as informações exigidas serão reduzidas em 40% a 50% já para os próximos meses, considerando as sugestões realizadas pelas entidades representativas dos empresários, dentre elas a FecomercioSP. Dados dos traba-
gestão e direito
Menos rotatividade Gestão de pessoas reduz rotatividade e alinha funcionários às diretrizes da empresa. Atividade contribui para a manutenção de bons empregados e a execução do planejamento do negócio
Ações contribuem para reduzir a rotatividade nos pequenos e médios negócios (Arte: TUTU)
revista sincopeças-SP
32
C
ontar com uma equipe de funcionários qualificada e engajada é imprescindível para o bom funcionamento de qualquer empresa. Basta ver que as percepções dos clientes sobre o estabelecimento dependem bastante da forma que o atendimento é realizado, o que requer que a empresa
providencie orientação e, em alguma medida, treinamento para cumprimento satisfatório das tarefas. As pequenas e médias empresas que buscam aumentar o faturamento e a produtividade, portanto, não podem negligenciar a gestão de pessoas. Essa atividade, quando bem condu-
zida, contribui para elevar o desempenho do quadro funcional e reter bons empregados, além de melhorar a competitividade do estabelecimento. Por isso, é importante que pequenos negócios não limitem a relação com os trabalhadores à contratação e ao pagamento de salários. Selecionar
gestão e direito
cesso estratégico e de mudança que a empresa se propõe a realizar”, explica Ayumi. De acordo com a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ações como as feitas pela InterCement contribuem para reduzir a rotatividade nos pequenos e médios negócios. Quando elevada, a rotatividade prejudica a fidelização de clientes e a execução de projetos em andamento. De qualquer forma, ainda que não conte com um departamento de recursos humanos, é importante que os estabelecimentos tomem iniciativas – mesmo que fique sob a responsabilidade do empreen-
dedor – de orientar, ensinar e saber escolher os funcionários. Em geral, para que o planejamento da empresa seja bem conduzido, os empregados precisam estar cientes e alinhados com os rumos do negócio. Na prática de gestão de pessoas, é possível instruir vendedores sobre como realizar diferentes tipos de atendimentos, promover cursos, acompanhar a capacitação dos funcionários, impor metas factíveis, coordenar transições de lideranças, entre outras ações. Para saber como aplicar essa atividade de gestão empresarial em seu negócio, o empreendedor pode conferir material especial desenvolvido pela FecomercioSP aqui.
33
Fonte: FecomercioSP
revista sincopeças-SP
de acordo com os objetivos da empresa, providenciar treinamentos e incentivar os funcionários são ações que integram a gestão do quadro funcional. A empresa de produção de cimentos e derivados InterCement faz uso da gestão de pessoas para contratar empregados de acordo com suas diretrizes. “Além das especificações necessárias – como experiência anterior, formação e capacidades técnicas –, procuramos profissionais comprometidos com o negócio, resilientes, com vontade de aprender e que possam se adaptar rapidamente às mudanças de mercado”, comenta a coordenadora de desenvolvimento organizacional, Ayumi Haguihara. Segundo ela, a empresa abre espaço para mudanças internas de postos de trabalho e atua como uma política de promoções de cargo, o que contribui para contar com profissionais que fazem carreira no negócio. Uma ação estratégica é aproximar os líderes da gestão de pessoas. “As pessoas se movimentam de acordo com o ritmo e a direção mobilizados pelas lideranças. Dessa forma, como, quando e se atingiremos objetivos e metas dependem basicamente de como fluirá o conjunto de ações de gestão de pessoas promovidas por esses líderes. Então, entendemos que fomentar o diálogo e a reflexão constante na liderança é parte fundamental de qualquer pro-
gestão e direito
A LGPD e o impacto para as empresas Embora a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) só entre em vigor a partir do segundo semestre de 2020, os processos internos das empresas devem ser adequados desde já para haver tempo hábil de mapear os procedimentos, sanar eventuais irregularidades de segurança da informação, além de definir novas estratégias em caso de vazamento de dados pessoais (Por Alceu Machado Neto e Priscila Esperança Pelandré)*
É
certo que, hoje, os dados impactam altamente quase todos os negócios e que, aliados à transformação digital, são importantes motores para inovação. No último dia 02/07/2019 o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui a proteção de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, como direito fundamental dos cidadãos (alterando o art. 5º da Constituição Federal) e
revista sincopeças-SP
34
também estabelece ser da União a competência para legislar sobre o assunto. A proteção de dados dos cidadãos no Brasil é regida pela Lei 13.709/2018 – chamada de Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), alterada no final do ano passado pela MP nº 869/2018. A referida lei foi aprovada de forma atrasada em relação à países da América Latina como Chile e
Argentina, além da Europa, que já possuem legislações anteriores e mais avançadas sobre o tema. A legislação visa intensificar a proteção da privacidade do titular de dados, a liberdade de expressão, de informação, de opinião e de comunicação, além da inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem, buscando estimular o desenvolvimento econômico e tecnológico.
gestão e direito
Com ou sem atraso legislativo, fato é que a Lei traz grande impacto social e econômico, exigindo o atendimento de requisitos que deverão ser providenciados pelas empresas, o que demanda a movimentação dos departamentos jurídicos e especializados para revisão de políticas internas e dos contratos, adequação de processos de governança com programas mais consistentes de compliance digital, atualização de ferramentas de segurança
de dados, catalogação dos perfis, contratação de profissional especializado etc. A vacância da lei é de 18 meses, que é considerado prazo curto, exigindo das corporações imediato diagnóstico para levantar como as mesmas estão no tocante aos indicadores de conformidade e o que falta para atendimento dos controles exigidos pela lei.
*Alceu Machado Neto e Priscila Esperança Pelandré são advogados da Sociedade de Advogados Alceu Machado, Sperb e Bonat Cordeiro
revista sincopeças-SP
35
gestão e direito
Estratégia para vigilância da empresa Dez perguntas que ajudarão você a controlar a estratégia de vigilância da sua empresa (Por Cleber Martins)*
D revista sincopeças-SP
36
e cabeça: você sabe qual é a estratégia de vigilância da sua empresa? Vazamento de dados é um problema que muitas empresas enfrentam, até mais se considerarmos que esses problemas são predominantemente facilitados por funcionários. Por outro lado, não são inevitáveis. O jeito mais fácil de consertar isso é treinar os funcionários para aplicar “inteligência real” em tais situações e agir estraté-
gica e inteligentemente ao enfrentar esses problemas. Abaixo estão 10 perguntas que as empresas devem se perguntar para guiá-los ao preparar a estratégia de vigilância da empresa: 1. Seus funcionários sabem exatamente como relatar quaisquer atividades e/ou comportamento suspeitos? Se sua empresa não tiver um processo de relato pa-
drão, as coisas podem se tornar bastante desorganizadas e problemáticas quando um problema surgir. É importante ter um guia ou um procedimento estabelecido ao qual todos podem recorrer em caso de necessidade. 2. Seus sistemas são capazes de transcrever inteligência real em vigilância em tempo real repetível?
gestão e direito
4. Os seus sistemas são capazes de ajustar automaticamente os controles, aprendendo com o bom comportamento? O perfilamento positivo é uma ferramenta muito útil que pode melhorar muito o seu negócio. Com seus sistemas aprendendo com o bom comportamento, é possível evitar acessos indesejados e golpes, já que seus sistemas serão carregados com informações que reconhecem o padrão de comportamento do usuário real da conta. Se os seus sistemas podem fazer isso automaticamente, uma grande parte dos problemas podem ser prevenidos. 5. Quão rápido você reconhece a “inteligência real” oferecida por seus funcionários? Os seus funcionários são capazes de agir de maneira inteligente e coesa enquanto enfrentam problemas de segurança? Por mais que os processos se-
jam importantes para garantir que as coisas corram bem, é essencial que sua equipe saiba lidar com vários tipos de situações e tenha a liberdade de adotar diferentes abordagens que possam parecer melhores para solucionar os problemas. 6. Os seus sistemas promovem excelência em experiência do cliente e estratégias inclusivas de mitigação de riscos? Manter os seus sistemas atualizados e em constante mudança para incluir novas necessidades dos clientes é essencial para garantir que seus clientes não tenham a sensação de que você não está sendo atencioso o suficiente. Implementar estratégias que permeiam seu negócio para prevenir problemas ocasionais também é essencial. 7. Com que frequência você instrui funcionários e clientes sobre possíveis ameaças? É muito importante que seus clientes entendam os riscos que estão correndo ao compartilhar suas informações indiscriminadamente e não seguir as regras de segurança. O primeiro passo para evitar que ocorram problemas é educar os seus funcionários sobre os riscos e exemplos para que possam compartilhar esse conhecimento com os clientes. 8. Você está aproveitando a inteligência compartilhada de seus fornecedores para ficar à frente das ameaças de cybercrime? Por estarem à frente dos negócios, os fornecedores podem se
deparar com muitos novos tipos de golpes e detectar problemas, então ter conversas frequentes entre suas equipes pode ajudar sua empresa a se preparar para assimilar e lutar contra novos problemas. 9. Seus funcionários se sentem capacitados para buscar novas oportunidades de negócios ou são inibidos por muitos controles de segurança? Com os dados que seus funcionários têm em mãos, é importante que se sintam capacitados para procurar oportunidades de negócios que podem aprimorar seu crescimento como profissionais, assim como trazer valiosas parcerias para a empresa. 10. Seus sistemas estão, principalmente, apoiando ou segurando seus funcionários? Também é válido questionar se seus sistemas estão trabalhando a favor ou contra seus funcionários e em quais aspectos você pode adaptá-los para melhorar o fluxo de trabalho. Ao responder a essas perguntas, as empresas podem detectar quais são os problemas/aspectos que estão em falta nos seus atuais sistemas e funcionários e trabalhar para melhorá-los. Além disso, uma avaliação periódica dos elementos fortes e deficiências na estratégia de vigilância do negócio também pode garantir um feedback melhor dos clientes e funcionários. As coisas nem sempre correm bem, mas o trabalho constante pode compensar.
*Cleber Martins é Chefe da Payments Intelligence, ACI Worldwide. Ele tem quase duas décadas de experiência em prevenção de fraude e estratégias contra lavagem de dinheiro
37 revista sincopeças-SP
A qualidade dos serviços fornecidos pelos seus sistemas é algo que deve ser examinado. Quanto mais rápido eles transcrevem inteligência real em vigilância em tempo real repetível, melhor, porque isso irá prevenir problemas futuros. 3. Quanto tempo leva para a empresa reagir a qualquer comportamento suspeito relatado e encontrar correlações? Se for rápido, é algo que deve continuar sendo feito, mas se for lento ou não tão rápido quanto necessário, é hora de entender o que está acontecendo e como sua equipe pode melhorar o processo.
capa
A riqueza global Estudo de Riqueza da Capgemini 2019 aponta que patrimônio global cai após 7 anos de crescimento, mas número de ricos cresce no Brasil
O
revista sincopeças-SP
38
estudo World Wealth Report 2019 (WWR), publicado pela Capgemini, revela que após 7 anos de crescimento contínuo, o patrimônio total das pessoas com alta renda ou HNWIs (High Net Worth Individual) diminuiu 3% em 2018. O grupo de pessoas com, no mínimo, US$ 1 milhão de patrimônio sofreu perdas em grande parte devido à queda na riqueza na região da Ásia-Pacífico (especificamente na China), declínio que causou redução de US$ 2 trilhões em todo o mundo. O Brasil, também sentiu os reflexos dessas perdas, porém experimentou 8% no crescimento na população de alta renda, pulando de 171,5 mil pessoas para 185,5 mil, apesar do volume de riqueza cair 3%. Mesmo assim, as empresas de gestão de patrimônio mantiveram níveis estáveis de confiança e satisfação do cliente ao longo do ano, embora as melhores relações pessoais ainda sejam fundamentais para incrementar o desempenho das empresas, isto pode ser alcançado com a utilização efetiva de
tecnologias de última geração. As principais conclusões do relatório incluem: Ásia-Pacífico lidera declínio da riqueza global, enquanto riqueza do Oriente Médio cresceu. A população e a riqueza dos HNWIs diminuíram 0,3% e 3%, respectivamente, com a Ásia-Pacífico sendo a região mais afetada. O declínio em valores naquela localidade chegou ao US$ 1 trilhão entre as pessoas de alta renda, com o número de indivíduos decrescendo em 2% a partir da queda no patrimônio de 5%. A China, sozinha, foi responsável por mais da metade (53%) das perdas na Ásia-Pacífico e mais de 25% da queda na riqueza global entre os HNWIs. Enquanto isso, a riqueza dos HNWIs diminuiu em quase todas as outras regiões: 4% na América Latina, 3% na Europa e 1% na América do Norte. No entanto, o Oriente Médio contrariou a tendência, gerando um crescimento de 4% no patrimônio dos HNWIs e aumentando a
população de alta renda em 6% devido ao forte crescimento do PIB e desempenho do mercado financeiro. Similar ao ano anterior, os mercados com as maiores populações de HNWIs – Estados Unidos, Japão, Alemanha e China – representaram 61% do total da população global de indivíduos de alta renda. Ultra-HNWIs registram a maior perda financeira: O grupo dos ultra-HNWI diminuiu em 4% e o seu patrimônio despencou em cerca de 6%. Isso representou 75% da redução total da riqueza global no ano. Milionários intermediários (os HNWIs com algo entre US$ 5 milhões a US$ 30 milhões) representaram outros 20% do declínio total. E o segmento inicial, que representa HNWIs com valores entre US$ 1 milhão a US$ 5 milhões de riqueza (ou quase 90% da população das pessoas de alta renda) foi o menos afetado em 2018, já que sua riqueza caiu menos de 0,5%, sig-
capa
condição volátil do mercado acionista estimulou ainda um ligeiro aumento na alocação dos investimentos chamados de alternativos em 13%, crescimento de 4% em relação ao ano anterior.
Dinheiro fica acima das ações como a maioria dos ativos: As alocações de ativos mudaram significativamente, com o dinheiro substituindo as ações para se tornar a classe de ativos mais representativa no primeiro trimestre de 2019, representando 28% da riqueza dos HNWIs, enquanto as ações “escorregaram” para a segunda posição com quase 26% – declínio de 5%. A
Níveis de confiança permanecem estáveis, mas os gerentes de fundos de riqueza precisam evoluir a experiência do cliente: Apesar do declínio da riqueza, a confiança e a satisfação dos HNWIs nas empresas de gestão de patrimônio evoluiu 3% para cima em relação aos mais altos níveis já alcançados. No entanto, o relatório revelou uma opor-
tunidade significativa para que os fundos de wealth (riqueza) abordem de forma proativa as crescentes expectativas dos indivíduos de alta renda. Afinal, uma experiência de serviço insatisfatória foi a maior razão para a troca de gestores de patrimônio em 2018. Espera-se ainda que as BigTechs – gigantes de tecnologia como Ali Baba, Amazon, Apple, Google e Facebook – tornem-se um dos maiores desreguladores do segmento financeiro devido às suas capacidades digitais. Especialmente porque menos de 50% dos clientes, dentro os HNWIs, disseram estar satisfei-
39 revista sincopeças-SP
nificando que quase todos os declínios na riqueza e população de HNWI foram impulsionados pelos segmentos de maior riqueza – ultra-HNWI e pessoas no “nível intermediário”.
capa
tos com as atuais plataformas móveis e online e 85% demandaram uma maior interação digital ao acessar as informações do portfólio dos players. Ao mesmo tempo, apenas 62% dos HNWIs disseram estar confortáveis com as taxas do seu gestor de recursos, com muitos exigindo ofertas mais personalizadas e focadas em uma maior criação de valor.
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Segundo o relatório, o investimento em tecnologias de última geração será fundamental para aprimorar a experiência do cliente. Embora seja um consenso entre os executivos dos fundos e gestores de patrimônio de que a Inteligência Artificial é um fator relevante de mudanças, apenas 5% das empresas pesquisadas disseram ter implementado estratégias de IA em todas as áreas centrais. Para apoiar o crescimento sustentável dentro deste ambiente disruptivo, os players devem perseguir estratégias para suprir as lacunas de valor dos gestores de patrimônio e clientes, redefinindo a estratégia de TI e alavancando o ecossistema integrado. “Embora o ambiente econômico volátil de 2018 tenha levado à queda global da riqueza dos
HNWIs, os gestores de patrimônio foram extremamente bem-sucedidos em manter níveis fortes de confiança no cliente”, afirmou Anirban Bose, CEO da Unidade de Financial Services da Capgemini e membro do Conselho Executivo do Grupo. “No entanto, o sucesso futuro dependerá da agilidade das empresas de gestão de patrimônio para evoluir a experiência do cliente e encontrar novas maneiras de agregar valor por meio de serviços mais personalizados. A tecnologia de próxima geração e o gap nas expectativas ajudarão nisso, mas o cenário está mudando tão rapidamente que as empresas não devem ter medo de reformular sua estratégia e modelos de negócios, se necessário”. Metodologia de relatório: O World Wealth Report da Capgemini é o benchmark líder do setor para o tracking de indivíduos com alto patrimônio líquido (HNWIs), sua riqueza e as condições globais e econômicas que impulsionam a mudança no setor de gestão de patrimônio. A 23ª edição anual do estudo inclui pesquisas primárias aprofundadas sobre perspectivas e comportamentos dos HNWIs globais. Com base nas respostas de mais de 2,5 mil pessoas de alta renda em 19 mercados espalhados pela América do Norte, América Latina, Europa e Ásia-Pacífico, a Global HNW Insights Survey de 2019 explora
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o comportamento de investimento destes indivíduos, incluindo confiança e satisfação, nível de conforto com taxas e serviços personalizados. A pesquisa também mediu os atuais padrões comportamentais de investimentos dos HNWIs globais, incluindo suas preferências de alocação de ativos, bem como as alocações geográficas de seus investimentos.
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Sobre a Capgemini Um dos líderes globais em consultoria, serviços de tecnologia e transformação digital, a Capgemini se mantém na vanguarda dainovação, para apoiar seus clientes, de maneira abrangente, em oportunidades de nuvem, tecnologias digitais e plataformas, que estão em constante evolução. Com base em nosso sólido patrimônio de 50 anos e no profundo conhecimento específico emindústrias, apoiamos organizações na concretização de suas ambições de negócios, por meio de uma completa gama de serviçosque cobrem desde a estratégia até a operação. A Capgemini tem a convicção de que o valor da tecnologia para os negócios vem das pessoas e por meio delas. Somos uma empresa multicultural de 200 mil profissionais, distribuídos em mais de 40 países. Em 2018, o Grupo Capgemini reportou uma receita global de 13,2 bilhões de euros. Visite o site www. capgemini.com/br-pt/.
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Um celular de rodas Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, afirma que “o carro será um celular de rodas”, que a conectividade mudará a indústria automobilística e critica quem fala que redução de IPI é benefício para as montadoras
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oi com o olhar voltado para o futuro da indústria automobilística e da mobilidade – cujo presente tem se afastado do passado em, digamos assim, alta velocidade – que o economista Luiz Carlos Moraes, 59 anos, assumiu em abril a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A missão que ele mesmo se impõe é esta: preparar o setor para a revolução da conectividade. Moraes prevê que daqui a poucos anos tudo o que diz respeito aos transportes será muito, muito diferente. Apesar de isso parecer distante da realidade brasileira, o país, segundo o economista, já começa a sentir os efeitos da nova era, que será marcada pelos veículos elétricos e autônomos. As companhias, afirma Moraes, vêm se preparando para oferecer automóveis com serviços tecnológicos digitais – desde comando de voz e compartilhamento de rota até o controle a distância de vários mecanismos, visando ao confor-
to, entretenimento e segurança. “O carro vai ser um celular de rodas”, aposta ele. Na entrevista a seguir, Moraes, que também é diretor de comunicação corporativa e relações institucionais da Mercedes-Benz do Brasil, fala sobre o horizonte que se desenha para o setor, do esforço que o país precisa fazer para não ficar de fora dele e da controvérsia em torno dos incentivos governamentais para as montadoras. Acompanhe a seguir: Como o senhor vê o futuro da mobilidade para daqui a dez, vinte anos? Está acontecendo uma grande transformação na indústria automobilística. Todo mundo está investindo em tecnologia. Está se discutindo carro autônomo e carro elétrico, e, ao mesmo tempo, trabalhando em conectividade, que terá um impacto muito grande. O carro vai ser um celular de rodas. No caso de transporte de mercadorias, por exemplo, muitos aplicativos já ajudam bastante – desde a redução do custo do frete até
o aumento da segurança. Além disso, existem muitas startups que estão trazendo ideias para carros, ônibus e caminhões que não foram pensadas pela indústria automobilística. Com o avanço da conectividade nos automóveis e o uso maior de informações, como o senhor avalia a questão da proteção de dados? Esse é um desafio que todos nós vamos enfrentar – não só a indústria automotiva, mas toda a economia. O carro e o caminhão geram dados de desempenho do veículo (para manutenção preventiva, manutenção corretiva) e também do motorista (se dirige bem ou não). No caso dos frotistas, existem sistemas por meio dos quais é possível monitorar o comportamento de cada condutor, sob vários aspectos, o que poderá ser usado até para treinar o profissional e melhorar o desempenho dele. A proteção de dados será uma nova dimensão que teremos de trabalhar, eque envolve até o desempenho de logística de telecomunicações.
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Antigamente, fazíamos o veículo, e ele era a solução. No futuro, não vai adiantar apenas construir um carro supermoderno. Serão necessários outros elementos, como o investimento em tecnologia 5G. Além disso, quando se faz um veículo semiautônomo, que lê faixas, é preciso, claro, que haja a faixa! Conclusão: esse novo mundo vai gerar investimentos em outras áreas. A indústria automobilística tradicional que conhecemos hoje vai ser muito diferente daqui a dez, vinte anos. Os veículos autônomos, elétricos e híbridos já estão avançando em diversos países. Quando eles serão uma realidade para o mercado brasileiro? Alguns semiautônomos já estão sendo vendidos no Brasil, para alguns clientes de
montadoras do segmento premium. No setor agrícola, os autônomos já são uma realidade, com tratores e caminhões. E é no agronegócio que eles chegarão mais rápido, porque o ambiente permite circulação mais controlada, com maior segurança – a tecnologia ainda está em desenvolvimento, e, por isso, merece cuidados. Em relação à eletrificação e ao carro híbrido, tem muita coisa acontecendo no país. O custo, porém, ainda é alto, não só aqui como no exterior. O barateamento – como a redução do custo da bateria, que é um elemento importante – só vai acontecer quando tiver volume. E é preciso ter infraestrutura: não adianta trazer o veículo elétrico, se não houver postos de recarga.
Em que frente os elétricos terão melhor desempenho? Eles serão mais eficazes para pessoas que costumam percorrer poucas distâncias. Em países que têm um comportamento de consumidor que gosta de fazer longas viagens, é mais provável a utilização do veículo híbrido do que o elétrico – por causa das bases de abastecimento. Já aqueles que costumam fazer viagens mais curtas, dentro da cidade, tendem a optar pelo elétrico. Agora, insisto: o custo ainda precisa ser barateado; o investimento é muito alto.
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“O modelo de negócios será diferente. Em cinco, dez anos, ele vai se basear no que estará ao redor do veículo. O setor terá de investir em áreas com as quais não estava habituado”
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Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Claudio Gatti/VEJA)
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Há uma tendência de redução no número de carros nas famílias. Os jovens já não mostram tanto interesse em ter carteira de habilitação. Qual é a sua avaliação sobre o futuro do consumo de veículos? A indústria automobilística vai passar pela maior transformação da sua história dos últimos 100 anos. O modelo de negócios será completamente diferente do atual, que é linear, com fornecedor, montadora e concessionária. Em cinco, dez anos, as atenções vão se voltar para o que estará ao redor do veículo – mobilidade, aluguel, car sharing. A indústria mundial terá de investir em outras áreas, com as quais não estava habituada, como conectividade e infraestrutura. Algumas empresas já estão fazendo, por exemplo, parcerias para ter postos de recarga de carros elétricos a fim de atender esse novo consumidor. Isso traz um desafio, mas também oportunidades – de realizar parcerias com companhias de outros segmentos, como o de energia e o de mobilidade. Teremos uma transformação porque o consumidor está mudando, a sociedade está mudando e o modelo de negócio vai mudar.
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A demanda menor preocupa o setor? Não, porque vamos vender de forma diferente. Se o consumidor reduzir o consumo, vamos comercializar para grandes frotistas, que, por sua vez, ofere-
cerão os carros para as pessoas, seja no aluguel, seja no serviço de transporte por aplicativo. Sim, o modelo de negócio vai mudar, porém a necessidade de mobilidade, não. As exportações brasileiras de carro despencaram neste ano devido à crise na Argentina. Qual a importância do país vizinho para nós e como ampliar as vendas para outras nações? Antes da crise, a participação da Argentina era de 70% na nossa exportação. Diante da atual situação do país – inflação elevada, congelamento de preços e momento político pré-eleitoral –, não esperamos recuperação de cenário. As exportações brasileiras acumulam queda de 42% neste ano. A indústria também exporta para Chile, Peru, Equador e Colômbia, no entanto o peso da Argentina é grande. As montadoras estão tendo de ajustar o seu volume de produção e tentam compensar parte dessa retração com vendas para outros países, como os da África, do Oriente Médio e da Ásia. Contudo, não conseguimos avançar por causa da competitividade. A competitividade, aliás, é o principal problema hoje da indústria automobilística nacional? Um grande desafio da nossa gestão é trazer a competitividade para o setor. E esse não é só um problema da indústria automobilística, mas também da economia brasileira. A Anfavea
fez um estudo com a PwC em que foram analisadas cinco montadoras que produzem veículos iguais ou similares, tanto no México como no Brasil, e comparamos os dados. A conclusão foi de que o custo de produção no México, para as mesmas montadoras e veículos similares, é 18% mais baixo do que no Brasil. A diferença é vista nos custos do material, da mão de obra e da logística. São várias as ineficiências que o Brasil tem em relação ao México. O levantamento também mostra que os primeiros produtos da pauta de exportação daquele país são automóveis, caminhões e autopeças. Já a pauta de vendas externas brasileira é liderada pelas commodities. Os mexicanos têm conceito e sistema de produção voltados para produtos de maior volume agregado, além de terem um parceiro de importância, que são os Estados Unidos. “A primeira coisa a fazer é reduzir o custo. Depois, simplificar a carga tributária e em terceiro lugar precisaremos produzir mais. Isso é essencial para baratear o preço dos automóveis” Como aumentar a competitividade brasileira? É preciso reduzir o custo-Brasil. Além da reforma da Previdência, precisamos da reforma tributária, microrreformas, simplificação e redução da burocracia para ajudar a indústria a ser competitiva. Um exemplo
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preciso ter uma autorização do Exército brasileiro. A logística também é muito cara. E ainda há os elevados encargos sociais. O preço do carro é considerado alto no Brasil. Como barateá-lo? A primeira coisa a fazer é reduzir o custo, comparando a países que têm características similares à nossa. Depois, é preciso simplificar a carga tributária, que varia de 37% a 44%, dependendo da cilindrada do automóvel. Em terceiro lugar, precisamos produzir mais. O Brasil precisa crescer para ter volume, o que é essencial para baratear o custo de produção. A indústria automobilística é criticada porque recebe ajuda e incentivos de governos. Qual a avaliação do senhor? Vamos separar o que é incentivo do que é reparação de um custo de processo produtivo. Um exemplo é o Reintegra (Regime
Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras). Pelo sistema brasileiro, quando há exportação, não existe a possibilidade de usar todos os créditos tributários presentes na cadeia produtiva, e isso acaba embutido no custo. O Reintegra é o reembolso de parte dessa ineficiência tributária que o setor carrega na exportação. Isso não é incentivo, isso é uma reparação de um absurdo do sistema tributário. Outro ponto é que, quando se reduz o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), quem está se beneficiando não é a montadora, e sim o consumidor final. A indústria automobilística, nesse caso, acaba recebendo um benefício indireto, porque tem mais chance de aumentar seu volume. Entretanto, a redução da carga tributária não pode ser tratada como incentivo. O que a indústria busca é uma restituição de uma ineficiência do sistema tributário brasileiro.
Fonte: VEJA – Por Alessandra Kianek, André Romani
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é o sistema tributário. Além de a carga ser alta, gasta-se muito dinheiro para acompanhar e calcular impostos. Um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mostra que uma empresa gasta 1,2% de sua receita para cumprir obrigações acessórias. Ela precisa gastar em sistemas e em times de área contábil e fiscal. Além disso, têm-se interpretações diferentes: a companhia interpreta de um jeito e a área fiscal, de outro. O sistema tributário destrói empregos. Ou acabamos com esse sistema ou ele acaba com a indústria. Gostaríamos de estar gastando esse dinheiro em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que fazem parte do desafio da indústria no futuro. Perde-se muito tempo para desembaraçar uma mercadoria no porto. É muita burocracia, muito carimbo. Para importar airbag, por exemplo, que é um item mandatório no veículo, é
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A tendências das
cores
Coleção “ACT/9” reflete a abordagem dinâmica em face aos desafios futuros. Grande variedade de tons prata e um diverso esquemas de cores cromáticas. Sutil interação de tons torna futuristas as cores na América do Sul
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s Tendências de Cores Automotivas 2019-20 da BASF (ACT/9) trazem como conceito a necessidade de moldar o futuro com uma atitude proativa. Analisando as tendências tecnológicas e mudanças sociais, os designers da divisão de Tintas da BASF traduziram essa demanda em uma coleção de cores para superfícies automotivas inspiradas no futuro. As tendências globais de cores espelham o compromisso positivo de conectar as inovações digitais com as necessidades humanas. A crescente relevância da digitalização destaca a aceitação do apoio computacional.
Uma revisão decisiva da forma como vemos os recursos tem moldado novos cenários de produto e padrões de consumo. Uma ampla gama de cores sinaliza a abertura ao progresso digital Vários tons e diferentes níveis cromáticos caracterizam uma atitude aberta aos avanços na digitalização. Hoje, o apoio digital é considerado uma parte natural da vida e sua influência continua a crescer. Assim, a coloração da mobilidade futura deve adotar uma aparência mais calorosa e acessível. Cores automotivas atípicas, como off-
-tones amarelados e sofisticados metais dourados, seguem nessa direção. As variedades de metálicos refletem o compromisso do consumidor com a mudança social As tendências de cores refletem o crescente desejo de promover mudanças essenciais, como observado pelos designers, impactando não apenas os padrões e comportamentos gerais de consumo, mas também os objetivos pessoais. Os jovens raramente ficam em um emprego por toda a sua vida, portanto, as biografias diretas são substituídas por estilos de
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vas da BASF para a América do Sul. “O estudo traz um recorte para a nossa região, que reúne alguns dos mais importantes fabricantes de veículos globais”. América do Sul – potências cultivadas As cores para a região trazem marcas de uma beleza epicena (sem distinção de gênero), que transcende à tradição e à tecnologia. As interações sociais em amplos espaços são exploradas pelo uso de ferramentas preditivas que oferecem harmonia, otimismo e conforto. As tensões entre a licença poética e a dedução são superadas e resultam em cores enraizadas em novas e inovadoras formas visuais. Um laranja saturado é suavizado com um efeito mate que expande o efeito visual para vários ambientes. Sua pigmen-
tação é simples, embora rica, e traz as características óbvias da natureza. O cinza continua sendo uma cor importante para a indústria automotiva na região e uma sutil interação de tons eleva um espaço trivial a um patamar especial e futurista. América do Norte – Mudança de cores reflete tendências digitais e de estilo de vida A permanente fascinação pela tecnologia na América do Norte, aliada a uma abordagem envolvente e inovadora à propriedade e cocriação, resulta em uma mudança na paleta de cores dos anos anteriores, expressa em um efeito flip-flop mais pronunciado, em tons variáveis, ao invés de claridade/escuridão. A textura geral do efeito metálico também foi suavizada. O novo olhar para as
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vida multifacetados – o que hoje chamamos de geração “slash”. Para isso, é preciso ter atitudes flexíveis em relação aos padrões de mobilidade. A atitude da geração slash é dirigida à flexibilidade e criatividade, oferecendo o equilíbrio certo entre trabalho e lazer. Essa interação é captada por uma série de cores metálicas e sólidas, que vão de tons claros a escuros. Além disso, diversas iniciativas lideradas por consumidores e pela indústria promovem uma profunda revisão dos ciclos da vida material. “Os designers da divisão de Tintas da BASF transformam esses impulsos em conceitos inovadores de cor, que combinam estética e soluções sustentáveis”, afirma Marcos Fernandes, diretor da divisão de Tintas Automoti-
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cores abrange o entendimento emergente das interações humanas com as máquinas, a dualidade mente-corpo e a confluência entre o consciente e o inconsciente. Existe uma ênfase contínua no casamento de funcionalidade e estética. Os designs da região estão ligados às expectativas de desempenho e novidade, seja na criação de uma ampla seleção de cores para facilitar os requisitos de engenharia dos transportes futuros, seja focando no uso de pigmentos e produtos de fontes ecológicas. Ásia-Pacífico – A consciência sobre um novo escopo de ação apresenta uma paleta equilibrada de cores quentes
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O espírito dos conceitos da vida multifacetada se manifesta na consciência sobre um novo escopo de ação nas sociedades urbanas asiáticas. A tradição se funde a novos impulsos de produção sustentável e apresenta uma paleta equilibrada de cores quentes com flops calmos e saturados. Além disso, esses tons também vão além da aparência estereotipada de tons e superfícies, com pratas esbranquiçados e espaços de cores quentes mais sofisticados. Embora a mentalidade aberta à tecnologia na Ásia-Pacífico favoreça cores brilhantes flutuantes, como os metálicos neutros sedosos e azuis com uma leve mudança de cor, a face mais emocional da tecnologia
automotiva do futuro se revela em cores escuras, vitais naturais, como o cinza metálico áspero ou o roxo sensual. No fim das contas, a modesta e familiar gama de cores da Ásia-Pacífico faz com que os conceitos automotivos visionários sejam mais aplicáveis. Europa, Oriente Médio e África – definindo novos padrões As vibrações extremamente positivas são um indicativo das iminentes mudanças nas convenções sociais da região da Europa, Oriente Médio e África, onde cores singulares, como o violeta metálico, podem ficar mais comuns. Uma das facetas que enfatiza esse otimismo é a importância cada vez maior da individualidade nos conceitos
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cionalidade. Isso enfatiza ainda mais a abordagem de buscar ideias progressivas. Expertise em cores da divisão de Tintas Todo ano os designers da divisão de Tintas da BASF traduzem suas conclusões e previsões de mudança tecnológica e social em uma coleção que influenciará as cores automotivas
em três ou cinco anos. Eles conduzem intensas pesquisas de tendências futuras, que usam como base para o desenvolvimento de superfície, textura e posições de cores. Como resultado, os designers apresentam as tendências e os desenvolvimentos globais nas regiões da Europa, Oriente Médio e África, Ásia-Pacífico, América do Norte e América do Sul.
Sobre a divisão de tintas da BASF A divisão de Tintas da BASF é especialista mundial no desenvolvimento, produção e comercialização de uma vasta gama de produtos de alta qualidade para revestimentos automotivos OEM, repintura automotiva e tintas decorativas, além de tratamentos para superfície aplicada para substratos de metal, plástico e vidro em uma am-
pla gama de indústrias O portfólio é complementado pelo programa “Inovação Além da Tinta”, que visa desenvolver novos mercados e negócios.Nós criamos soluções avançadas de desempenho para que o design e novas aplicações atendam às necessidades dos nossos parceiros em todo o mundo. A BASF compartilha habilidades, conhecimentos e recursos de equipes globais interdisciplinares para
o benefício dos clientes, operando uma rede colaborativa de sites na Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia-Pacífico. Em 2017, a divisão de Tintas alcançou vendas globais de cerca de € 3,86 bilhões. Soluções além de sua imaginação - Tintas BASF. Para mais informações sobre a divisão de Tintas da BASF e seus produtos, visite www.basf-coatings.com.
Sobre a BASF Na BASF, nós transformamos a química para um futuro sustentável. Nós combinamos o sucesso econômico, proteção ambiental e responsabilidade social. O Grupo BASF conta com aproximadamente 122.000 colaboradores que tra-
balham para contribuir com o sucesso de nossos clientes em quase todos os setores e países do mundo. Nosso portfólio é organizado em seis segmentos: Químicos, Materiais, Soluções Industriais, Tecnologias de Superfície, Nutrição e Cuidados e Soluções para Agri-
cultura. A BASF gerou vendas de cerca de € 63 bilhões em 2018. As ações da BASF são comercializadas no mercado de ações de Frankfurt (BAS) e como American Depositary Receipts (BASFY) nos EUA. Para mais informações, acesse: www.basf.com.br.
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de design, que se reflete em metálicos sofisticados no espaço de cores bege e dourado. Outro aspecto da vida nesta região é a exploração das necessidades humanas no contexto de uma mobilidade cada vez mais automatizada. Portanto, a seleção de cores nessa região se caracteriza por uma aparência artificial, que exclui os efeitos, mas acrescenta fun-
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Vendas em tempos
de crise
Fatores externos que interferem no sucesso das vendas e como driblá-los
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economia brasileira enfrenta, nos últimos anos, momentos difíceis. Embora as perspectivas do varejo apontem tímidos crescimentos em dados comparativos, principalmente em relação às datas comemorativas, caminhamos ainda com cautela para efetuar novas compras, financiamentos e investimentos. Embora o cenário não seja ainda dos melhores, todos têm necessidades. E a satisfação dessas necessidades tem a ver com sentimentos, o que para o consumidor, interfere diretamente em seus hábitos de consumo. Mas quando as coisas não estão muito bem e o risco
(Por Mário Rodrigues)
está batendo à porta de todo mundo, as pessoas tendem, por uma questão de buscar segurança, a frear um pouco mais o consumo. Mas como driblar esse movimento, que é quando o consumo cai? Apesar do consumidor estar em busca de segurança, lembremos que as necessidades são infinitas e algumas delas são prioritárias. O que faz uma necessidade ser prioridade é o quanto ela incomoda. Muitas pessoas, mesmo em época de crise, gastam um bom dinheiro com coisas que seriam consideradas supérfluas. Mas o que é
supérfluo? É aquela necessidade que não incomoda tanto, mas por vezes, a forma como incomoda pode demonstrar, sobretudo, que mesmo em tempos de crise você pode e deve se dar um pequeno prazer. Algumas indústrias ou alguns segmentos que lidam com prazer ou com autoestima, por exemplo o segmento de cosméticos, costumam ter crescimento durante as crises, porque todo mundo está procurando segurança e melhora na autoestima. Então a dica é ficar atento a que tipo de necessidade ou que tipo de prazer o cliente vai buscar num momento de incerteza e conectar o seu produto ou ser-
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tempo de crise. O que difere essa pessoa das que não compram? Essa é uma pergunta mágica, então, fomente a ideia daqueles que estão comprando para aqueles que não estão comprando ainda, sugerindo o prazer e o sucesso daqueles que estão consumindo: você não gostaria de estar se sentindo assim? Veja quantas pessoas estão mais felizes que você agora. Venha você também desfrutar dessa felicidade. É possível fidelizar o cliente? Época de crise é época de oportunidade. Clientes que consumiam produtos de alto valor passam a procurar produtos semelhantes que eles consigam pagar um pouco menos. Clientes que frequentavam restaurantes caros vão procurar outros bons restaurantes, mas um pouco mais baratos. O consumidor passa a experimentar também outras marcas no supermercado, outras marcas de roupas, enfim. Se o cliente for bem atendido nessa nova experiência, ele vai se convencer de que é um bom negócio. Vai inclusive ter a sensação de satisfação por conseguir um prazer parecido àquele que usufruía em momentos que não era de crise, pagando muito
* Mário Rodrigues é diretor do Instituto Brasileiro de Vendas
menos. Quando a crise acabar, talvez esse cliente continue usufruindo daquele serviço e esteja disposto até a pagar um pouco mais. Nesse momento, a empresa pode elevar seu tíquete médio, subir um degrau e mudar o status de valor de seus produtos. Observe que no momento de crise, as classes tendem a se movimentar. Normalmente descem um degrau no consumo, buscando oportunidades de pagar menos, e experimentam um novo tipo de serviço. O desafio é oferecer o degrau para o cliente subir quando a crise passar, assim ele não deixa sua marca para voltar a consumir a de antigamente.
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viço a esse tipo de necessidade, o que certamente vai te levar ao sucesso. Afinal de contas, as pessoas buscam e consomem aquilo que dá prazer e aquilo que lhe dá segurança. Vale frisar, que estamos falando de algo que é real, as pessoas não vão comprar aquilo que elas julgarem supérfluo, até porque é um momento em que se sugere uma crise e os recursos, por serem escassos, precisam ser guardados. Mas tudo isso é uma questão de interpretação, porque aquilo que até ontem era supérfluo e hoje é algo de primeira necessidade, pode estimular o consumo e as pessoas não vão quebrar por causa disso. Na verdade, elas vão deixar de gastar com outras coisas, então o seu maior concorrente num momento de crise é aquele que se coloca como prioridade maior do que a tua, ou com prioridade maior que o seu produto, e não aquele concorrente que oferece um produto ou serviço semelhante ao seu. Por isso, é sempre importante estar atento para que sua marca esteja no Top of Mind, ou seja, na primeira lembrança do cliente. Observe que muitas pessoas continuam comprando seus produtos, mesmo em
varejo em foco
Direitos que os consumidores
têm e não sabem
Entre outras dúvidas, advogado explica que é direito do consumidor cancelar serviços sem custos e, no caso de cobrança indevida, ter o valor devolvido em dobro (Por Dori Boucault)
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ma das cenas mais comuns num estabelecimento comercial, há algum tempo, era encontrar uma placa no balcão, na parede ou em um cartaz a seguinte frase: O freguês tem sempre razão. A validade do sentido dado à frase ocorria porque vinha acompanhada da boa educação, ética e confiança entre o lojista e o consumidor. Esses valores ganharam importância nos dias de hoje, porque os
consumidores não têm somente uma frase, mas toda uma legislação que os proteges e trata de seus direitos e deveres. Por conta do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor (CDC) existem muitas abordagens sobre esses direitos e deveres, e como eles devem ser usados. O que, muitas vezes, pode dar a impressão de que o fornecedor vai sempre atacar o consumidor, criando um
ambiente de desconfiança entre as partes. Isso, claro, prejudica a relação de consumo. A opinião é do advogado especialista em direitos do consumidor e fornecedor, Dori Boucault, do LTSA Escritório de Advogados. Para ele, se existe o consumidor de boa-fé, protegido pela lei, de outro lado, existe consumidor que quer levar vantagem indevida, que age de má fé com obje-
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1 - Nome limpo em até cinco dias após o pagamento da dívida - uma decisão da terceira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que depois de pagar uma dívida atrasada, o nome do consumidor deve ser retirado dos órgãos de proteção ao crédito em, no máximo cinco dias. O prazo deve ser contado a partir da data do pagamento.
2 – Relações com construtoras - elas devem pagar indenização por atraso em obra. Os órgãos de defesa do consumidor entendem que a construtora deve indenizar o consumidor em caso de não entrega do imóvel. Algumas empresas, ao perceberem que a obra vai atrasar, têm por hábito oferecer um acordo ao consumidor antecipadamente. “Porém, o melhor a fazer é procurar orientação de um especialista para saber se o acordo é interessante”, observa o advogado. 3 - Bancos devem oferecer serviços gratuitos - o consumidor não é obrigado a contatar um pacote de serviços no banco. As instituições financeiras são obrigadas a oferecer uma quantidade mínima de serviços gratuitamente como, por exemplo, o fornecimento do cartão de débito, a realização de até quatro saques, duas transferências por mês, fornecimento de até dois extratos e de dez folhas de cheque mensais. 4 - Não existe valor mínimo para compra no cartão - a loja não pode exigir um valor mínimo para o consumidor pagar na compra do cartão. Se a loja aceita cartão, como um meio de pagamento, deve aceitar para qualquer valor nas compras à vista. A compra para o cartão de crédito, se não for parcelada, é considerada como pagamento à vista. 5 - Você pode desistir de compras feitas pela internet -
quem faz compras pela internet ou telefone, chamadas de compra à distância (compra fora do estabelecimento comercial), pode desistir da operação por qualquer motivo, sem custo nenhum, em até sete dias corridos. A contagem desse prazo inicia-se a partir do dia imediatamente posterior à contratação ou ao recebimento do produto. A regra está prevista no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, lembrando que a contagem não é nos finais de semana e nem em feriados. 6 - Você pode suspender serviços sem custos - o consumidor tem direito de suspender uma vez por ano serviços de TV a cabo, telefone fixo e celular, água, luz, sem custo. No caso do telefone e da TV a suspensão pode ser por até 120 dias, no caso de luz e água não existe prazo máximo. “É interessante procurar saber os detalhes dessa questão junto a operadora do sistema”, orienta Boucault.
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tivo de aproveitar, tentando trazer para si muito mais do que é a previsão legal. “Às vezes nem existe previsão legal e ele insiste que é direito dele, faz escândalo, reclama, coloca na internet, tudo isso sem pensar”, destaca o advogado. O problema é que agir desta forma pode atingir a imagem do comerciante que, durante dez anos ou mais, trabalhou para construir uma imagem e reputação e em uma postagem indevida – as chamadas fake news - de um consumidor pode, em dez minutos apenas, arrasar a marca, o nome e a imagem do fornecedor. No entanto, Boucault alerta que, do outro lado, o consumidor é o lado mais fraco na relação de consumo, contra o empresário que, muitas vezes, usa de seu poder para lucrar sem respeitar os desejos de seus clientes. “O que não pode ocorrer é abusar da lei para usá-la em benefício próprio, sem respaldo e ou fundamentação”, destaca o advogado. Para saber como fazer valer os seus direitos na hora das compras, o especialista compartilha a seguir algumas dicas que muitos consumidores desconhecem às vezes. São eles:
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7 - Cobrança indevida deve ser devolvida em dobro - quem for alvo de alguma cobrança indevida pode exigir que o valor pago a mais seja devolvido em dobro e corrigido. Essa regra consta no artigo 42 no CDC. Se a conta de telefone for de 150 reais, mas o cliente percebeu que, depois de pagar, o correto seria só 100 reais, ele tem o direito de receber de volta aquele valor pago a mais (no caso R$ 50 reais) calculado em dobro, o que dará a conta de 100 reais corrigidos.
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imóvel na planta, o consumidor costuma ser cobrado pelo SATI, que é o Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária, uma assistência dada por advogados indicados pela imobiliária. Essa cobrança não é ilegal, mas também não é obrigatória. “Verifique se existe essa necessidade, pois o contrato pode ser fechado mesmo sem a contratação dessa assessoria”, salienta Boucault.
taurantes e bares, ou a gorjeta do garçom, é uma forma que muitos estabelecimentos utilizam para bonificar o profissional pela atenção dada e pelo serviço bem prestado. Trata-se de uma liberalidade, ou seja, o consumidor pode optar por pagar ou não. Essa taxa deve ser informada previa e adequadamente com o devido valor descriminado na conta e a indicação de que essa cobrança é opcional para o cliente. Entretanto, deve-se ficar bem atento. É prática usual nos estabelecimentos comerciais não informarem sobre a taxa e darem até a informação que às vezes o pagamento é obrigatório. Pela lei, parte do dinheiro pago pelos clientes fica com a empresa e outra parte é dos funcionários.
8 - Você não precisa contratar seguro de cartão de crédito - as administradoras de cartão de crédito sempre tentam oferecer aos clientes seguros que os protegem contra perda e roubo. “Os órgãos de defesa do consumidor entendem que se o cartão for furtado e o cliente fizer o bloqueio, qualquer compra feita a partir dali será de responsabilidade da administradora mesmo que ele não tenha feito o seguro”, destaca o especialista.
10 - Toda loja deve expor preços e informações dos seus produtos - o artigo 6º do Código de Defesa de Consumidor diz que a informação deve ser adequada e clara sobre os diferentes produtos e os serviços, com especificação correta de quantidade, características, composições, qualidade e preço dos riscos que apresentam. “Todo produto colocado à venda sem a presença do vendedor deverá ter o seu preço identificado devidamente no produto para exame do consumidor”, destaca Dori.
9 - Quem compra imóvel não precisa contratar assessoria - quando vai adquirir um
11 - A taxa de 10% não é obrigatória - geralmente cobrada em casas noturnas, res-
12 - Os estacionamentos são responsáveis por objetos - deixados no interior do veículo os objetos são também de responsabilidade do serviço. “A súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça de número 130 fica claro”, aponta o advogado.
Sobre Dori Boucault Dori Boucault foi por mais de 25 anos Coordenador do Procon de Mogi das Cruzes, é consultor de relação de consumo e advogado especialista em direito do consumidor e fornecedor pela LTSA Advogados. Entre seus projetos está a “Fiscalização do Bem” para orientar
fornecedores sobre pequenos deslizes no dia a dia que podem acarretar multas milionárias. É consultor de redes supermercadistas e um dos profissionais mais requisitados para palestras e seminários sobre relações de consumo. Em suas apresentações, fala com desenvoltura sobre assuntos espinhosos que,
por vezes, tornam-se uma dor de cabeça para consumidores e fornecedores. Dori possui uma forma irreverente de explicar os direitos e deveres de ambas as partes – cliente final e fornecedor – de forma didática, leve e descontraída. Para saber mais sobre Dori acesse www.doriboucault.com.br.
especial on-line
A importância de awareness
para gerar vendas
Segundo dados Nielsen, marcas com awareness acima de 30% apresentam, em média, 40% de conversão em compra
Sabrina Balhes, líder de digital da Nielsen, no evento “Retail & Key Dates” da IAB
pensam. As conclusões desse estudo foram apresentadas durante palestra no evento “Retail & Key Dates”, da IAB (Interactive Advertising Bureau), que aconteceu em São Paulo
no início de julho. “Quebrar mitos é um dos lados mais divertidos de se trabalhar com dados”, brincou a palestrante Sabrina Balhes, líder de Digital Mediana Nielsen Brasil.
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e acordo com análise recente da Nielsen, estratégias de branding e conversão de vendas têm correlação direta, ao contrário do que muitos profissionais de marketing
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especial on-line
Fonte: DBE (Digital Brand Effect) | Nielsen Junho de 2018 a Junho de 2019
especial on-line
Os resultados de todas as campanhas do último ano, realizadas por clientes Nielsen que aplicaram a solução DBE, foram inseridos em uma matriz para visualizar a correlação entre awareness e conversão. Das campanhas que apresentaram awareness acima de 30%, todas tiveram conversão superior a 40%. Essas marcas são as principais em termos de intenção de compra da amostra.
“Os anunciantes acabam focando apenas em métricas e ações de conversão quando querem medir ROI e trazer resultados, mas trabalhar a saúde do funil completo de marca é essencial. O consumidor precisa passar por esse trajeto, começando pelo awareness, para aumentar as chances de comprar a marca e gerar a almejada conversão”, pontua Sabrina.
Sobre a NIELSEN A Nielsen Holdings plc (NYSE: NLSN) é uma empresa global de mensuração e análise de dados, que fornece a visão mais completa e confiável de consumidores e mercados do mundo. Nossa abordagem une dados da Nielsen com informações de outras fontes para aju-
dar nossos clientes ao redor do mundo a entender o que está acontecendo no presente e no futuro e como agir corretamente com esse conhecimento. Por mais de 90 anos, a Nielsen forneceu informações e análises fundamentadas na ciência e inovação, e desenvolveu continuamente novas maneiras
de responder às questões mais relevantes sobre mídia, publicidade, varejo e produtos de consumo (FMCG). Como uma das 500 maiores empresas de S&P, a Nielsen opera em mais de 100 países, cobrindo 90% da população mundial. Para mais informações, visite www. nielsen.com/br.
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Essa conclusão foi fundamentada por meio de uma meta-análise, utilizando a solução Digital Brand Effect (DBE). Ela mensura a efetividade das campanhas digitais dos anunciantes no funil de conversão, que considera três etapas principais: awareness, consideração e, por fim, a venda. Com o DBE, é possível medir o desenvolvimento de performance da marca em cada etapa do processo de quem foi exposto à ação de comunicação.
especial on-line
Nada mais é como antes Como atender aos desafios de supply chain na Era Digital? Base de dados pode ser uma saída para um atendimento de demanda efetivo (Por* Ricardo Ekerman)
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transformação digital trouxe mudanças irreversíveis para o setor de varejo. Hoje, os clientes conseguem fazer uma pesquisa rápida entre as marcas concorrentes de um mesmo produto (TVs, por exemplo) e encontrar aquela que entrega o melhor conjunto de atributos para suas necessidades. Ou seja, se você quer garantir a sobrevivência de seu negócio de varejo, é preciso entender que a tecnologia é um enabler fundamental da visão estratégica de seu negócio. De modo geral, o que tenho observado no Brasil é que a evidência que a “onda” de Transformação Digital tomou o meio dos negócio se gerou a consciência da necessidade de usar as novas ferramentas tecnológicas disponíveis para buscar produtividade e eficiência nos processos de planejamento e execução do Supply Chain. Porém, o que se
observa é que a grande maioria das organizações ainda dependem de planilhas e ferramentas de tecnologia ultrapassadas para fazer o planejamento da demanda e operações (processo de S&OP) e para realizar análises para tomada de decisão. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), apenas 35% do varejo brasileiro adota estratégias digitais em seus negócios. Um exemplo é o uso corrente das ferramentas de planejamento de demanda que utilizam modelos estatísticos, tipicamente baseado em análise de séries históricas. O uso de ferramentas que usam Machine Learning ainda é insipiente. Os diagnósticos baseados em séries históricas são naturalmente superiores a não usar nada (plano de demanda ba-
seado no “entendimento” da força de vendas), mas com as ferramentas disponíveis hoje, que nos permitem combinar dados e entender de fato o nosso público, por que não ir além? Ferramentas mais modernas abandonam a abordagem do entendimento do passado histórico dos produtos e focam no entendimento do comportamento dos atributos dos produtos. Para exemplificar, atributos de uma calça jeans podem ser tonalidade do tecido, altura da cintura, se tem rasgos ou não. Com o modelo de atributos a demanda é estimada com base em como comporta-se a combinação destes atributos em um produto. Ou seja, o que se estima é a venda de uma combinação de atributos, que pode ser semelhante para SKUs distintos. Uma camisa diferente, numa
*Ricardo Ekerman, Principal Digital & Value Engineering
g da Infor
especial on-line
no local correto, a baixo custo. Com o incremento do uso de Inteligência Artificial, modelos matemáticos sofisticados e Machine Learning é possível incrementar significativamente o desempenho operacional do varejo. Um exemplo recente, vindo dos EUA, foi a compra pela IBM da The Weather Channel. Com a aquisição, a gigante de tecnologia pretende usar sua base de dados climáticos para ir além de dizer as atuais condições climáticas atuais numa localidade e prever o tempo. Um exemplo é oferecer os dados a uma loja que vende artigos de cama, mesa e banho, o que permitirá usar a previsão de variações climáticas para ajustar o plano de vendas e reabastecimento, antecipando-se à mudanças de demanda por questões meteorológicas. Mas qual o caminho dessa jornada? Agora que ficou claro a importância de adotar inovação em seu negócio, o primeiro passo é entender onde sua empresa quer chegar. Saiba a direção que seu negócio precisa tomar e defina quais as ferramentas que irão gerar diferenciais competitivos. Isso vai contribuir para levar o desempenho operacional a um nível signi-
ficativamente superior que o atual. Uma outra questão que precisa ser avaliada é se a sua empresa possui os profissionais corretos para o novo momento do negócio. Uma vez traçado o caminho, é preciso que haja comprometimento da gestão e engajamento dos times. A questão de Change Management torna-se vital. As mudanças em processos e atividades baseadas em Transformação Digital são enormes, o que pode causar grande desconforto entre os colaboradores, gerando reatividade e medo. O tema do impacto de novas tecnologias no emprego hoje é discutido amplamente. Isto faz com que as mudanças sejam vistas com desconfiança. Portanto é preciso fazer as pessoas entenderem que com os novos modelos e ferramentas, aliado à disponibilidade e interesse pelo aprendizado, elas irão realizar trabalhos mais interessantes e com maior valor agregado. A Era Digital impõe à área de varejo uma renovação, com clientes mais exigentes, com poder de influência que nunca se viu antes. Investir na tecnologia para otimizar o supply chain é fator chave para garantir ao varejo um lugar ao sol nesse momento disruptivo.
Sobre a Infor A Infor é líder global em negócios em nuvem especializado por
indústrias. Com 17.300 funcionários e mais de 68.000 clientes em mais de 170 países, o software
da Infor foi projetado para o progresso. Para saber mais sobre a Infor, visite www.infor.com.
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nova coleção, porém com conjunto de atributos semelhantes a uma camisa da coleção passada, deve ter uma demanda semelhante. A não ser que haja uma tendência de queda de demanda de um atributo específico. Modelos de Machine Learning não apenas entendem como os atributos se relacionam, mas também qual a tendência de demanda destes atributos. Isto possibilita criação de modelos preditivos muito mais precisos e flexíveis. Este modelo naturalmente exige a criação de uma base de dados mais ampla e complexa. A tecnologia também pode endereçar desafios no que tange à localização dos pontos de venda. Uma rede de farmácias, por exemplo, que possui unidades em diferentes zonas de São Paulo, com dinâmicas de demanda e perfis de consumo completamente distintos. A localização da loja e seu entorno é analisado com base nos atributos de localização: poder aquisitivo do bairro, lojas da concorrência e próprias no raio de atuação do ponto de venda. Agora pode-se não só prever a demanda dos produtos, mas sua demanda por tipo de localidade O objetivo do supply chain é disponibilizar e entregar o produto certo, no momento certo,
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Peças de reposição para carros autônomos são seguras? Pesquisadores da Kaspersky analisaram a tecnologia para este nicho, já que representa uma área totalmente nova para o cibercrime
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s tecnologias para carros autônomos aprimoram a experiência de direção, mas esta área é totalmente nova para o cibercrime. E os ataques são inevitáveis: basta a tecnologia se tornar essencial para que os problemas com segurança aumentem. Frente a este cenário, os pesquisadores da Kaspersky decidiram investigar se os relatórios de segurança em dispositivos IoT tiveram algum impacto nos fabricantes de dispositivos inteligentes para a indústria automotiva. Os especialistas da empresa analisaram vários dispositivos selecionados aleatoriamente, incluindo um OBD dongle, sistema de monitoramento de temperatura e pressão dos pneus, um sistema de alarme inteligente, um rastreador GPS e um dashcam controlado por aplicativo. As descobertas foram uma surpresa: embora o setor de IoT tenha sido considerado vulnerável, esses dispositivos inteligentes no setor automotivo mostraram-se bastante seguros, pois não apresenta-
ram grandes vulnerabilidades. No entanto, foram detectados outros problemas de segurança: acesso remoto aos dados dinâmicos de condução utilizando ferramentas de exploração, manipulação de sinais do sistema de monitoramento de pneus e, o mais alarmante, abertura das portas utilizando o sistema de alarme. No entanto, todos esses pontos são de difícil implementação ou não oferecem um resultado óbvio ou imediato ao criminoso. “Os dispositivos que examinamos atendem muitas políticas de segurança e foram satisfatórios neste quesito, com exceção de alguns pequenos problemas. Isto se deve em parte à limitada funcionalidade destes dispositivos, à falta de graves consequências no caso de um ataque bem-sucedido por meio deles e também graças à atenção dos fabricantes. Ficamos felizes em ver que eles investiram para tornar esses dispositivos mais seguros, um bom sinal para a indústria automotiva. No en-
tanto, isso ainda não é motivo para relaxar: com base em nossa experiência, quanto mais inteligente o dispositivo, maiores as chances de que problemas de segurança ocorram. É por isso que a segurança deve ser considerada desde os estágios iniciais do desenvolvimento do produto, especialmente à medida que uma nova geração de dispositivos inteligentes chega ao mercado”, observa Victor Chebyshev, especialista em segurança da Kaspersky. Para manter esta vigilância nos dispositivos automotivos, a Kaspersky aconselha: 1. Ao aprimorar uma parte do veículo com peças inteligentes, avalie os riscos de segurança. Pense duas vezes se o dispositivo tem algo a ver com a telemetria do carro ou acesso ao que se pode chamar de "cérebros"; 2. Antes de comprar um dispositivo, pesquise na internet por notícias de quaisquer vulnerabilidades. É provável que o dispositivo que você vai comprar já tenha sido examinado por pesquisadores de seguran-
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4. Sempre considere a segurança no aspecto “remoto” do dispositivo, especialmente se você usar um celular Android. Os apps geralmente são úteis e facilitam a vida, mas, depois que um smartphone é atingido por malware, muita coisa pode dar errado; 5. Para superar o desafio da cibersegurança de dispositivos inteligentes, a Kaspersky desenvolveu o Kaspersky OS, amplamente utilizado em hardware e software de fabricação perso-
nalizados. Este sistema pode ser usado em dispositivos móveis e PCs, dispositivos IoT, sistemas de energia inteligentes, sistemas industriais, telecomunicações e sistemas de transporte. Ainda há oportunidades adicionais para este sistema no setor automotivo. Para saber mais, acesse o site da empresa. Para acessar a análise detalhada dos dispositivos inteligentes para carros autônomos, acesse o relatório completo no Securelist.
Sobre a Kaspersky A Kaspersky é uma empresa internacional de cibersegurança fundada em 1997. Seu conhecimento detalhado de Threat Intelligence e especialização em segurança se transformam continuamente em soluções e serviços de segurança inova-
dores para proteger empresas, infraestruturas industriais, governos e consumidores finais do mundo inteiro. O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segurança especializada para
combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução. Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky e ela ajuda 270.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles. Saiba mais em www.kaspersky.com.br.
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ça e seja possível descobrir se algum problema foi encontrado e se já foi corrigido; 3. Produtos recém-lançados representam um risco maior. Juntamente com os bugs comuns encontrados em novos produtos, esses dispositivos podem conter problemas de segurança que ainda não foram descobertos pelos pesquisadores de segurança. A melhor opção é comprar produtos que já tiveram atualizações de software;
artigo
Elétricos são viáveis no Brasil? Ricardo Takahira, chairperson do 8º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos (Por* Ricardo Takahira)
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m sintonia com a tendência mundial a evolução do transporte elétrico no Brasil pode ser dada como certa no contexto dos negócios relacionados à mobilidade, em toda a sua abrangência. Os sinais são evidentes no País pela presença -
maior a cada ano - de produtos e soluções em veículos, eletropostos e subsegmentos eletrificados, como patinetes e bicicletas, além de iniciativas de startups e importadoras que só fazem aumentar com a eletromobilidade.
No quesito tecnologias, a eletrificação começa agora avançar para modais como a aviação. Não é de hoje que isso acontece. O programa SORA-e gerou o primeiro avião elétrico tripulado de dois lugares produzido
artigo
co de passageiros e de cargas é o que se mostra mais propício à criação de rotas e ao uso de estrutura planejada. No entanto, a infraestrutura para recarga de baterias de uma frota de ônibus elétricos é outro desafio a ser resolvido, no mínimo quanto aos seus custos, implicações para o entorno e a própria manutenção do sistema. Mundo afora, os países que decidiram pela adoção dos propulsores elétricos antes de nós ainda trabalham na tarefa de descobrir soluções locais para fazer do elétrico um negócio rentável. É assim que deve ser. Soluções são sempre o melhor que se pode fazer por um determinado tempo, até que novas saídas sejam necessárias. Enquanto o governo alemão introduziu bônus ambiental para fomentar a compra de carros elétricos para alcançar a meta de 1 milhão de veículos no país até 2020, a qual está longe de conseguir, a Noruega ostenta a maior concentração mundial de carros elétricos em relação ao número de habitantes. Por aqui a cadência é outra, e as oportunidades também. São imperativas neste momento a discussão, atualização e análise do estado da arte do mercado com as novas iniciativas e lançamentos, perante o panorama industrial e econômico, a política
industrial representada no ROTA 2030 e o envolvimento do setor elétrico em projetos e modelos de negócio para eletromobilidade no País. Esse será basicamente o foco do Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos, agendado para 13 de agosto, em São Paulo. Enquanto isso, o movimento brasileiro rumo à eletromobilidade segue seu curso. Duas montadoras presentes no País instalaram suas manufaturas de VE’s por aqui, uma para a fabricação de veículos leves (híbridos-etanol flexfuel) e outra para pesados - ônibus (híbrido-elétrico flexfuel), e caminhão (puro elétrico), já em operação em uma distribuidora de bebidas parceira no projeto. Sim, os elétricos são viáveis no Brasil.
Ricardo Takahira, chairperson do 8º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos, é engenheiro eletricista, consultor sênior na Research & Technology, sócio fundador da Startup Key Advanced Technology, professor Universitário de Pós graduação na FACENS e no Instituto Mauá de Tecnologia, nas cadeiras de Veiculos Elétricos, Mobilidade e Conectividade, tendo prestado serviços para o Projeto de Cooperação Internacional em Eletromobilidade em Brasília em parceria com ministérios.
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na América Latina, que fez seu primeiro voo sobre São José dos Campos (SP) em 2015. Porém, atualmente grandes grupos do segmento anunciaram o início de atividades efetivas para o desenvolvimento de aeronaves elétricas tripuladas. Possibilidades à parte é preciso considerar que a infraestrutura de recarga para a mobilidade terrestre está entre os desafios a que os veículos elétricos tenham seu uso intensificado no Brasil, na medida da necessidade de uma nação como a nossa, de dimensões continentais. A dificuldade é real, mas iniciativas como o Corredor Elétrico Sul, que estabelece condições de recarga entre Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), já estão em prática com o objetivo da criação de uma malha de estações capaz de tornar viáveis as viagens em trechos de longos percursos intermunicipais e interestaduais. A importância da criação de eletrovias é indiscutível, mas essa é apenas uma parte do complexo universo sinérgico que envolve a eletromobilidade no Brasil, onde, diga-se, faltam usuários. Ainda carecemos de medidas capazes de alavancar a introdução massiva de veículos leves e pesados propelidos por eletrificação na frota local. Nessa ótica o transporte públi-
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Técnicas para melhorar a conversão na loja online
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maior desafio de quem opera uma loja online está, sem sombra de dúvida, na Taxa de Conversão. Esse é um indicador que aponta o percentual de visitantes únicos que, em um espaço de tempo, fez uma compra na loja virtual. No e-commerce brasileiro, a Taxa de Conversão gira em torno de 1,5%. O índice é muito baixo se compararmos com o restante do mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a taxa é de 4,4% em todo o mundo. No mercado britânico, chega a 4,45% e no norte-americano, a 3%. Nosso percentual acaba sendo duas vezes menor do que o mundial. Porém, isso não significa que não possamos mudar o cenário. Antes de falar de técnicas que podem ajudar a aumentar a conversão da sua loja online, precisamos pensar em fatores que podem afetar direta ou indiretamente essa tarefa. É claro que é importante que a economia nacional melhore para que, assim, as pessoas tenham maior
(Por* Felipe Rodrigues)
poder aquisitivo e possam consumir mais produtos e serviços. Também é importante avaliar o seu próprio mercado. Em quase todas as áreas existe um período do ano que representa pico de vendas, por exemplo. Outro aspecto a ser considerado é a concorrência. O que eles estão fazendo? Seus produtos são similares? Qual o seu diferencial na comparação com ele? E o que ele tem de características positivas que poderia ser considerado por você? Depois de todas essas análises e ajustes na sua operação, podemos pensar em outros aspectos que vão ajudar no aumento da Taxa de Conversão da sua loja. Algumas opções são: investir na otimização do design e da usabilidade; avaliar o mix de produtos; criar um sistema de wishlist, para ajudar o cliente a não perder as promoções de vista; aprimorar a apresentação dos produtos, com mais qualidade em todos e descrição; acrescentar avaliação dos clientes nas páginas dos produtos; etc.
Quero me ater, no entanto, a três itens. Considero-os bastante importantes para uma boa operação de e-commerce e já acompanhei verdadeiras transformações na performance de algumas lojas que fizeram uso estratégico de ambos: uso inteligente de e-mail marketing, uma boa ferramenta de recuperação de carrinhos abandonados e fidelização de clientes utilizando cashback. Algumas pessoas torcem o nariz à simples menção do e-mail marketing. Isso normalmente acontece quando, em experiências anteriores, a ferramenta não foi utilizada de forma eficiente. Para começar, não adianta comprar listas de e-mails. É muito mais interessante ter um mailing com contatos qualificados, uma boa base de dados para extrair informações de forma rápida e eficiente e, então, fazer o uso inteligente dessas informações. Claro, isso vai demandar análises por parte da sua equipe a fim de entender quais são as demandas e pre-
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compra específica: um desconto no produto que ele selecionou, uma oferta de frete grátis, um cupom de desconto para a próxima compra, a oferta de um produto complementar com 50% de desconto? Essas são algumas alternativas que podem auxiliar no processo. O insight real vai depender das informações que você já reuniu sobre o seu cliente, da criatividade para atraí-lo de volta e das possibilidades viáveis para que seu negócio siga saudável, financeiramente falando. Por fim, vale firmar parceria com uma boa plataforma de cashback e utilizá-la para fidelizar os consumidores. Com o
cashback é possível devolver aos clientes um percentual do valor gasto nas compras realizadas na loja online. Esse retorno pode ocorrer em forma de cupom de desconto na próxima compra, por exemplo, ou até mesmo com a devolução de valores reais na conta corrente do cliente. Há diversas plataformas de cashback em operação no mercado atualmente. Boa parte delas atende as grandes lojas online. Destaco aqui o Meu Dim Dim, que é uma plataforma que se propõe a firmar parcerias para que os e-commerces de pequeno e médio portes possam oferecer cashback também. Que tal pensar em tudo isso? Boa sorte e boas vendas!
*Felipe Rodrigues é especialista em tecnologia e e-commerce, sócio-fundador do Enviou, plataforma que reúne uma suíte de ferramentas que ajudam as lojas online a vender mais.
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ferências do seu cliente, quais promoções normalmente atraem sua atenção, qual a frequência com que as compras são feitas e quais são os itens que ele adquire. Também será possível entender mais sobre o ticket médio. Claro, é importante que sejam avaliados pontos como frequência de envio das mensagens, segmentação para nichos específicos de consumidores, linguagem, etc. Com informações como essas em mãos, as campanhas de e-mail marketing tendem a se tornar mais efetivas e, automaticamente, as Taxas de Conversão tendem a subir. Com a estratégia de e-mail marketing adequada, um SEO bem feito, boas campanhas de links patrocinados, etc, você terá um fluxo interessante de clientes navegando pelo seu e-commerce. Fica claro, neste momento, que será necessário investir em uma boa estratégia de recuperação de carrinhos abandonados. Até porque, pesquisas apontam que mais de 97% dos consumidores já abandonaram carrinhos de compras em suas jornadas no e-commerce. Novamente, será importante você avaliar o comportamento de compras do cliente para entender o que o atrairia para a conclusão daquela
sustentabilidade
Reciclagem beneficiaria
toda a cadeia automotiva No entanto, apenas 1,5% dos veículos em fim de vida tem destino apropriado
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stima-se que no Brasil existam 45 milhões de veículos em circulação atualmente, com uma média de dez anos de uso. A previsão é de que, em uma década, grande parte desses automóveis seja descartada e substituída por milhões de outros modelos, que terão o mesmo destino em mais alguns anos. Esses veículos se tornam um grande problema no fim da vida útil: grande parte se torna resíduos e descartes deixados em ferros-velhos e aterros sanitários que custam bilhões de reais por ano ao governo e se tornam mais uma causa de poluição no ambiente e contaminação no solo (o custo é de R$ 8 bilhões, segundo relatório de 2017 da Abrelpe, associação que reúne as empresas de limpeza pública).
(Por* Ariane Marques)
Para diminuir a quantidade de resíduos e tornar esse ciclo de vida mais apropriado, a reciclagem e o reúso de peças automotivas são vistos como as melhores soluções para dar sustentabilidade ao ciclo de vida do veículo. Sua composição corresponde a uma média de 18% de plástico, 7% de borracha, 55% de metais e 20% de outros materiais. Assim, grande parte dos materiais pode ser reciclada e o que não passa por esse processo pode ser reutilizado em novos modelos fabricados. Na Europa essa solução já não é novidade. Cerca de 85% dos automóveis que circulam no continente têm como destino final a reciclagem ou suas peças são reutilizadas. No Brasil o cenário é bem di-
ferente. Estima-se que 98,5% dos veículos que chegam ao fim do ciclo de vida terminam em depósitos e desmanches; apenas 1,5% tem um destino mais sustentável. Como medida para tentar mudar essa realidade, em 2010 o Departamento de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul iniciou um projeto pioneiro no País com a reciclagem de carros a fim de reduzir o impacto ambiental causado nos depósitos e também impedir o uso e venda ilegal de peças. Em 2014 entrou em vigor em São Paulo a Lei do Desmanche (Lei 12977 - 2014) com o objetivo de combater a desmontagem ilegal, o comércio de peças usadas sem origem comprovada, regular o processo de desmontagem e o de reciclagem de metais.
sustentabilidade
consumo de água e reduzem a emissão de compostos orgânicos voláteis, entre outras inovações, a companhia contribui para o desenvolvimento de veículos mais ecoeficientes. A falta de um programa de reciclagem veicular, de leis mais duras para combater o descarte inadequado e que permitam mais agilidade na reciclagem de veículos já fora de uso, tudo isso deixa o Brasil muito atrasado na questão da sustentabilidade do ciclo dos veículos. E para que isso se torne uma realidade, como já ocorre na Europa, por exem-
plo, seriam necessárias medidas por parte do governo para estimular a população a doar seus veículos velhos para a reciclagem com algum tipo de incentivo, além de parcerias com empresas do setor para desenvolver esse processo. A reciclagem de veículos no Brasil beneficiaria o meio ambiente e a própria indústria automobilística. O uso de peças recicladas e reutilizadas sai a um custo muito menor, até mesmo por não requerer a exploração de matéria-prima, um dos fatores que encarecem a produção de novos modelos.
Ariane Marques é química e estrategista do time de indústria automotiva da Basf para a América do Sul Fonte: Automotive Business
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Essa é uma medida importante para colaborar com o ciclo de vida sustentável dos automóveis, uma vez que o roubo, desmanche e venda de peças ilegais são fatores que dificultam atitudes mais sustentáveis por parte da indústria automotiva. Em paralelo a esses projetos estaduais no Brasil, a Basf tem buscado promover a sustentabilidade no ciclo de vida dos veículos. Com sua consultoria para sustentabilidade, a Fundação Espaço ECO e a Polen, startup que atua com soluções para venda e rastreabilidade de resíduos, a Basf levou o tema para discussão em uma atividade de design thinking no fórum Automotive Business Experience, #ABX19, realizado em São Paulo. Também tem trabalhado com grandes parceiros para oferecer aos consumidores automóveis mais sustentáveis e menos poluentes. A partir de soluções inovadoras e mais ecológicas, como plásticos de engenharia e materiais que deixam os carros mais leves (promovendo eficiência energética), catalisadores que reduzem em 90% a emissão de poluentes, produtos para pintura que exigem menos
tecnologia
Projetado para mobilidade Toyota apoia a Tokyo 2020 com o veículo “APM” projetado especialmente para mobilidade
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Toyota Motor Corporation, parceira mundial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, anunciou hoje que, para apoiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, está desenvolvendo um novo produto especial, o "APM" (Accessible People Mover), um veículo de mobilidade projetado expressamente para uso nos Jogos. Através dos Jogos, a Toyota pretende proporcionar a todas as pessoas a liberdade de se movimentarem, ou o que se chama de "Mobilidade para Todos". O veículo APM leva esse desafio ao máximo, oferecendo uma solução de transporte “última milha” que ajuda a locomover o
maior número possível de pessoas para eventos e locais, incluindo atletas e funcionários dos Jogos, bem como todos os tipos de visitantes com necessidades de acessibilidade, como idosos, pessoas com deficiências, gestantes e famílias com filhos pequenos, entre outros. Prevê-se também que parte da frota de APMs seja usada para apoiar atividades de socorro em eventos/instalações durante o verão. Durante os Jogos, a Toyota utilizará aproximadamente 200 APMs para apoiar o transporte de visitantes e funcionários em várias instalações, incluindo locais
onde eventos ou competições são realizadas e outros, como a Vila Olímpica. Recursos principais 1. "Modelo Básico": para apoiar o maior comparecimento a eventos, fornece o transporte "última milha" Um veículo elétrico movido a bateria de baixa velocidade e curta distância (BEV) adequado para o transporte de visitantes e funcionários dentro do evento/local. Usado por todos os tipos de participantes dos Jogos, incluindo funcionários e atletas e
tecnologia
outros, como visitantes, incluindo idosos, pessoas com deficiências, mulheres grávidas e famílias com crianças pequenas. O APM contará com assentos de três filas. Na primeira fileira estará o banco do motorista, a segunda linha terá capacidade para três pessoas e a terceira fileira oferecerá assento duplo, totalizando seis pessoas (cinco passageiros e um motorista). Quando utilizado para transportar passageiros em cadeiras de rodas, a configuração pode ser modificada dobrando os assentos para permitir que o cadeirante entre na segunda fila.
Para aumentar a segurança, a posição do banco do motorista foi elevada e localizada em posição central, a fim de permitir que o motorista veja os passageiros e suporte suas necessidades individuais à medida que entram e saem do veículo. Os assentos dos passageiros são acessíveis de ambos os lados do veículo, e o design geral considera suas necessidades variáveis, com barras de segurança em ambos os lados para ajudar os passageiros durante a entrada e saída do veículo e equipados com placas de ancoragem e rampas para cadeiras de rodas.
2. Especificações de "Socorro”: fornecendo ajuda durante os Jogos Ao usar o modelo básico como base, metade da segunda e terceira fileiras foi preservada para comportar uma maca. Além disso, para ajudar a transportar as pessoas que precisam de ajuda de forma estável e segura, uma maca que possa ser presa no veículo será disponibilizada. O veículo também foi projetado com espaço para permitir que dois funcionários da equipe de socorro se sentem imediatamente ao lado da maca.
ESPECIFICAÇÕES ESPECIAIS Modelo
Modelo Básico
Especificações de socorro
Número de pessoas por veículo
* Motorista + 5 passageiros * Motorista + 1 cadeirante + 2 passageiros
Motorista + 2 funcionários de socorro + 1 passageiro (maca)
Dimensões (m)
Comprimento: Aprox. 3.9 x Largura: Aprox. 1.6 x Altura: Aprox. 2.0
Alcance (km)
100
Raio de Giro Mínimo (m) 4.8 19
Sobre a Toyota do Brasil A Toyota do Brasil Ltda. conta com quatro unidades produtivas nas cidades paulistas de Indaiatuba, Sorocaba, Porto Feliz e São Bernardo do Campo, cidade que também abriga um Centro de Pesquisa Aplicada e um Centro de Design. A empresa conta ainda com três centros de distribuição de veículos em Guaíba (RS), Vitória (ES) e Suape (PE), um
escritório de representação em Brasília (DF), e mais de 6000 colaboradores. Fundada em 1937, a Toyota Motor Corporation (TMC) é uma das fabricantes de veículos para passageiros e comerciais mais representativas do mundo. Com produção em 28 países e regiões e vendas em mais de 160 países, a empresa é detentora das marcas Toyota, Lexus, Daihatsu e Hino. A Toyota
possui aç& otilde;es nas Bolsas de Valores de Tóqui o, Nagoya, Osaka, Fukuoka e Sapporo (Japão), Nova Iorque (EUA) e Londres (Reino Unido) e emprega atualmente mais de 344.000 colaboradores em todo o mundo. Mais informações podem ser obtidas nos sites http://www. toyota-global.com/ e www. toyota.com.brou www.facebook.com.br/toyotadobrasil.
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Velocidade máxima (km/h)
tecnologia
O carro que responde ao humor Nova tecnologia da Jaguar Land Rover ajuda a reduzir o estresse ao volante
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Jaguar Land Rover está pesquisando uma nova tecnologia de inteligência artificial (IA) para entender o estado de espírito do motorista enquanto dirige – e ajustar as configurações da cabine para melhorar seu bem-estar. A tecnologia usa uma câmera voltada para o motorista e sensoriamento biométrico para monitorar e avaliar o humor do motorista e adaptar uma série de características da cabine, incluindo o sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado, mídia e iluminação ambiente. As configurações serão alteradas em resposta às expressões faciais do motorista para ajudar a combater o estresse. Os relatórios sugerem que 74% da população admite sentir-se estressada ou sobrecarregada todos os dias. O sistema de detecção de humor usará as mais recentes técnicas de inteligência artificial para se adaptar continuamente às nuances das ex-
pressões faciais do motorista e implementar as configurações apropriadas automaticamente. Com o tempo, o sistema aprenderá a preferência de um motorista e fará ajustes cada vez mais personalizados. As configurações de personalização podem incluir a mudança da iluminação ambiente para cores calmantes se o sistema detectar que o motorista está sob estresse, selecionar uma lista de reprodução favorita se forem identificados sinais de cansaço e baixar a temperatura em resposta a bocejos ou outros sinais de cansaço. A Jaguar Land Rover também está experimentando uma tecnologia semelhante para os passageiros do banco traseiro, com uma câmera montada no encosto de cabeça. Se o sistema detectar sinais de cansaço, poderá diminuir as luzes, tingir as janelas e elevar a temperatura nas costas, para ajudar um ocupante a dormir.
O Dr. Steve Iley, Diretor Médico da Jaguar Land Rover, disse: “À medida que nos movemos em direção ao futuro autônomo, a ênfase para nós permanece tanto no motorista quanto sempre esteve. Adotando uma abordagem holística para o motorista e implementando muito do que aprendemos com os avanços na pesquisa em torno do bem-estar pessoal nos últimos 10 ou 15 anos, podemos garantir que nossos clientes permaneçam confortáveis, engajados e alertas por trás do volante em todos os cenários de condução, mesmo em viagens monótonas de autoestrada”. O novo sistema de detecção de humor é parte de um conjunto de tecnologias que a Jaguar Land Rover está explorando como parte de sua visão "santuário tranquilo" para melhorar a experiência de dirigir. Projetado para criar um santuário dentro de cada um dos seus veículos de luxo, a fabricante está testando uma ampla gama de recursos de bem-estar para
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Novo sistema de detecção de humor é um dos conjuntos de tecnologias que a Jaguar Land Rover está explorando como parte de sua visão de "santuário tranquilo" para melhorar a experiência geral de direção O software de detecção de humor é a próxima geração das tecnologias voltadas ao motorista da Jaguar Land Rover. A tecnologia Driver Condition Monitor, que é capaz
de detectar se um motorista está começando a se sentir sonolento e dá um aviso antecipado para fazer uma pausa, está disponível em todos os veículos Jaguar e Land Rover.
Sobre a Jaguar Land Rover A Jaguar Land Rover é a maior fabricante de automóveis do Reino Unido, construída em torno de duas marcas icônicas de carros britânicos: a Land Rover, líder mundial de veículos premium com tração nas quatro rodas; e a Jaguar, uma das principais marcas de sedãs e esportivos de luxo do mundo. Na Jaguar Land Rover, somos movidos pelo desejo de entregar veículos líderes de
segmento, que proporcionarão experiências que nossos clientes vão amar por toda a vida. Em 2018, a Jaguar Land Rover vendeu 592.708 veículos em 128 países. Apoiamos cerca de 260 mil pessoas por meio de nossa rede de concessionários, fornecedores e empresas locais. Somos uma empresa essencialmente britânica, com dois grandes centros de design e engenharia, três fábricas de veículos e um centro de fabricação
de motores no Reino Unido. Também temos fábricas na China, Brasil, Índia, Áustria e Eslováquia. A partir de 2020, todos os novos veículos Jaguar Land Rover terão ao menos uma versão eletrificada, oferecendo mais opções aos nossos clientes., com um portfólio de produtos eletrificados englobando veículos elétricos, híbridos plug-in e híbridos leves, além de continuar oferecendo os mais recentes motores a diesel e a gasolina.
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motorista e passageiro, para garantir que os ocupantes estejam o mais confortável possível, enquanto o motorista permanece atento, alerta e em controle.
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Leitor de sinais de trânsito Componente da Ford Ranger 2020 é tecnologia inédita em picapes
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Ford Ranger 2020 traz uma tecnologia de segurança inédita em picapes no Brasil, que é capaz de identificar os sinais de trânsito e alerta o motorista quando ele excede o limite de
velocidade. Por acompanhar as variações de velocidade em cada trecho da via, o sistema garante uma precisão maior que os aplicativos de navegação baseados em mapas.
“Esse equipamento faz parte da proposta da Ranger de oferecer tecnologia com propósito, com recursos que realmente agregam funcionalidade para o usuário no dia a
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dia”, diz Fabrizzia Borsari, gerente de Marketing de Produto da Ford. O sistema de reconhecimento de sinais de trânsito funciona com duas câmeras de alta resolução instaladas no para-brisa, uma voltada para o horizonte e outra para o terreno. Elas rastreiam o ambiente e interpretam as imagens por meio de algoritmos para a identificação de sinais. O último limite de velocidade visualizado é exibido como um ícone no painel e fica disponível para o motorista consultar quando precisar. O sistema foi desenvolvido para operar com os padrões internacionais de trânsito da Convenção de Viena, à qual o Brasil aderiu em 1980. Antes do lançamento, ele foi intensamente testado em diferentes regiões do país e apresentou um alto índice de confiabilidade. O sistema de frenagem autônoma com detecção de pedestres, o piloto automático adaptativo e o sistema de permanência em faixa são outras tecnologias de assistência exclusivas da Ranger no segmento. Ela chega na linha 2020 sem aumento de preço, tem baixo custo de posse e também é a única com cinco anos de garantia.
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Robô inteligente faz entregas com veículos autônomos Com duas pernas e braços, o robô Digit é capaz de levar encomendas de até 18 kg do carro até a porta do cliente
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Ford apresentou um robô desenvolvido pela Agility Robotics para trabalhar junto com os veículos autônomos, que promete revolucionar o sistema de entregas a domicílio. Dotado de duas pernas e braços, o robô “Digit” se parece com um ser humano e caminha como tal para levar as encomendas até a porta do cliente. O humanoide foi projetado para se dobrar automaticamente e ser transportado na traseira do veículo, entrando em ação quando ele chega ao seu destino para completar a última etapa da entrega. “As pessoas usam cada vez mais as compras on-line e o volume de entregas expressas nos EUA dobrou nos últimos 10 anos. Os carros autônomos podem transportar tanto pessoas como produtos e os robôs oferecem uma solução para aquela que é, surpreendentemente, considerada a etapa mais difícil da entrega: o trecho final do veículo até a porta de casa”, diz Ken Washington, vice-presidente de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford. Feito de material leve, o robô Digit consegue levantar pacotes com até 18 kg, subir e descer escadas, andar em terrenos irregulares e até sofrer esbarrões
sem perder o equilíbrio. Como a maioria das residências tem acesso por escadas, sem rampas, seria difícil para um robô com rodas se movimentar nesses locais. Para mapear o ambiente e contornar obstáculos, além de câmeras e sensor óptico LiDAR, o androide usa outro recurso inovador: recebe informações sem fio do poderoso sistema de sensores e computação do veículo. Assim, consegue transitar com agilidade nos mesmos locais que as pessoas sem ter de carregar o peso de um sistema de hardware próprio.
Isso contribui também para economizar energia, um item essencial para negócios de carros autônomos que precisarão operar durante a maior parte do dia. “Nosso objetivo principal ao trabalhar com os robôs é garantir que eles sejam seguros, confiáveis e capazes de interagir com as pessoas de modo inteligente”, completa Ken Washington. “Nessa parceria com a Agility, buscamos determinar como nossos carros autônomos podem operar com o Digit da melhor forma e entender as vantagens desse futuro método de entrega.”
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