Revista Sincopeças-SP 566

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Revista colunista

Ano 48 . Edição 566. Set/19

NO UNIVERSO DO AFTERMARKET,

O CONSUMIDOR É A ESTRELA DA VEZ

Fórum IQA discute rotas da qualidade para o futuro do mercado automotivo, que passam necessariamente pela interface com o consumidor

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acontece

MP da Liberdade Econômica agora é lei

fica a dica

Recuperação de créditos fiscais

gestão e direito

Parecer jurídico regula uso de peças em sinistros

revista sincopeças-SP

Revista mensal de informação dirigida ao Comércio de Peças e Acessórios para Veículos

a mídia oficial do setor


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índice

editorial

Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo Av. Paulista, 1009 - 5º andar | São Paulo-SP - CEP 01311-919 tel.: 11 3287-3033 fax: 11 3285-0090 Siga nossa rede social: facebook.com/sincopecas www.portaldaautopeca.com.br | marketing@insighttrade.com.br Diretoria Sincopeças-SP (2018-2022) presidente Francisco Wagner De La Tôrre vice-presidente Heber Carlos de Carvalho

conselho fiscal (efetivos) Roger de Souza Gomes Silva Alexandre Lima Pereira Alexandre Favoretto

1º secretário Antônio Carlos Sanches Nunes

conselho fiscal (suplentes) Cláudia Aparecida Lago Passos Rogério Alves Lins Israel Bovolini

2º secretário Sergio Augusto Costa Mendes

1° delegado efetivo Francisco Wagner De La Tôrre

1º tesoureiro Álvaro Pereira

2° delegado efetivo Álvaro Pereira

2º tesoureiro Edson Shosaburo Koga

1° delegado suplente Heber Carlos de Carvalho

diretores Rui Antonio Girardelli Plínio da Silva de Castro João Ribeiro da Silva Luiz Roberto Celeste Gandra

2° delegado suplente Rui Antonio Girardelli

EXPEDIENTE - produção jornalista responsável Robson Breviglieri mtb: 13.084/SP

cursos e palestras Gilberto Nogueira Ferreira

reportagens Majô Gonçalves e colaboradores projeto gráfico, marketing e comercial INSIGHT TRADE Amanda Castro Carla Norcia Caroline Schulz Tel.: +55 11 2060-1034 carla.norcia@insighttrade.com.br www.insighttrade.com.br

secretário geral: Gilberto Nogueira Ferreira

conselho editorial: Carla Nórcia – Insight Trade Francisco Wagner De La Tôrre Gilberto Nogueira Ferreira José Ap. Scarparo impressão: Duograf Circulação: 27.000 exemplares na base territorial do Sincopeças-SP no Estado de São Paulo publicação on-line www.portaldaautopeca.com.br/ revista-sincopecas/

Francisco Wagner De La Tôrre Presidente do Sincopeças-SP

Novas formas de fazer negócios e conversar com clientes

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futuro do mercado automotivo passa pela necessidade de ampliar a interface com consumidor final. Na última década, as vendas de veículos, em todas as categorias, superaram a marca de 40 milhões de unidades, um salto bastante acentuado do aumento da frota circulante que causou impacto positivo enorme na demanda da reparação e reposição das peças. Ao mesmo tempo, os veículos aumentaram o pacote tecnológico e de opcionais e isso elevou consideravelmente o ticket médio. Estamos assistindo uma verdadeira revolução tecnológica, que tem se desenvolvido com enorme velocidade, trazendo impactos significativos na forma de fazer negócios e de conversar com o cliente, principalmente porque vimos inseridos no nosso mercado um consumidor com hábitos totalmente diferentes de anos atrás. As lojas devem ficar atentas e utilizar intensamente a tecnologia, não somente na gestão do negócio, mas na comunicação com clientes e fornecedores. Hoje, a responsabilidade social e negócios sustentáveis são valores para a empresa, no que tange à percepção do seu cliente para com ela. O empresário tem de estar muito atento a esses temas e acompanhar as mudanças, principalmente preparando sua mão de obra através de treinamento contínuo para que ela esteja pronta para atender a essas demandas. Também tem de buscar acesso às informações técnicas de produtos e manter conectividade do negócio com ampla base de fornecedores, não apenas no Brasil, mas também fora do País, dependendo das características e especificidades desse varejo. A atual diretoria do Sincopeças-SP tem se empenhado em promover subsídios e oferecer ferramentas para a melhoria da gestão do comércio varejista de peças e acessórios. Estamos debruçados sobre as oportunidades, no sentido de diminuição de custos e, por isso, convidamos o empresário varejista de autopeças a participar ativamente de todas as ações promovidas pelo Sincopeças, tanto para a gestão do negócio quanto para a formação de mão-de-obra, por meio dos cursos oferecidos pela entidade, e ainda na orientação para recuperação de tributos das empresas.

Boa leitura

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03 editorial 06 acontece 30 fica a dica 36 gestão e direito 42 capa 48 mercado 58 varejo em foco 66 especial on-line 68 veículos 69 tecnologia 70 giro 72 artigo


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CONHEÇA O

SINCOPEÇAS-SP

O SINCOPEÇAS-SP atua há 78 anos como entidade representativa de 24.500 lojas de peças e acessórios para veículos no Estado de São Paulo, 80% delas EPPs - Empresas de Pequeno Porte que empregam diretamente 180 mil trabalhadores, sendo filiado à FecomercioSP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que congrega 156 sindicatos ligados ao comércio e serviços da Capital e do Interior. A história do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo, o SINCOPEÇAS-SP, remonta, oficialmente, ao ano de 1941, quando um grupo de abnegados empresários paulistas resolveram criar uma entidade que representasse os interesses da categoria e estimulasse o desenvolvimento do setor, e assim foi feito. Ao longo desses anos, seguindo a linha mestra traçada por aqueles homens de visão, o SINCOPEÇAS-SP tem participado ativamente da vida do segmento varejista de autopeças, ajudando a promover o aperfeiçoamento operacional, a defesa e a coordenação de interesses econômicos e profissionais de seus representados. O trabalho do SINCOPEÇAS-SP contempla a defesa do comércio independente da autopeça, pois dele dependem os consumidores de todas as regiões brasileiras, mesmo as mais afastadas. Todos os varejistas do setor têm seus interesses amparados pelo Sincopeças, desde pequenos lojistas estabelecidos nas pequeninas cidades do Interior, até o grande comércio de componentes em funcionamento nos grandes centros urbanos. O campo de atuação do SINCOPEÇAS-SP, limitado ao Estado de São Paulo, aloja um segmento empresarial de grande importância no contexto econômico nacional, certamente o mais importante do País. A região abriga um universo de 24.500 estabelecimentos especializados na venda de autopeças (65% deles localizados na capital e ABC), rede comercial que emprega cerca de 180 mil pessoas e é responsável por uma expressiva fatia do movimento financeiro das fábricas de componentes automotivos.

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ACESSE O SITE

WWW.PORTALDAAUTOPECA.COM.BR ACOMPANHE O RELATÓRIO COMPLETO DAS ATIVIDADES NO SITE.


editorial ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO

LEI DO DESMANCHE

APROXIMADAMENTE 200.000 EXEMPLARES DA REVISTA SINCOPEÇAS-SP PARA OS VAREJOS DO ESTADO DE SP

REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL

NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA

PESQUISA MVA

ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS

INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO

ATENDIMENTO JURÍDICO E CONTÁBIL

INMETRO PARA CERTIFICAÇÃO DAS PEÇAS

RECICLAGEM AUTOMOTIVA UM PASSO ANTES DO FUTURO VENDAS E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE NA ERA DIGITAL

REALIZAÇÃO DE MISSÃO EMPRESARIAL IARC - BERLIN AAPEX E SEMA SHOW - LAS VEGAS AUTOMECHANIKA - FRANKFURT AUTOMECHANIKA - BUENOS AIRES

CRIAÇÃO DO SINCOPEÇAS BRASIL

ACESSO ÀS PARTICIPAÇÃO COM INFORMAÇÕES vector eps10 MAIS DE 12 CARAVANAS RETIDAS PELAS NA AUTOMEC MONTADORAS

PESQUISA ROLAND BERGER revista sincopeças-SP

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MP da Liberdade Econômica agora é lei Após a tramitação no Congresso Nacional da Medida Provisória nº 881/2019, que sob o rito especial, recebeu inúmeras modificações no texto inicialmente proposto, finalmente a referida MP foi convertida na lei nº 13.874/2019, sancionada pelo Presidente da República no último dia 20/09, proporcionando uma melhoria no ambiente empresarial

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pesar do grande número de emendas apresentadas e aceitas durante a tramitação na Câmara dos Deputados, a minuta do texto final acabou sendo mais concisa, principalmente com relação aos aspectos relacionados aos direitos: civil, empresarial e trabalhista. Mesmo com o afastamento de dispositivos que poderiam ser abrangidos pelo texto da lei, subsistiram alterações importantes para o setor econômico, que acarretarão em modificações rotineiras nas grandes, médias e pequenas empresas, nos aspectos: comercial, financeiro, societário, trabalhista e sobretudo no ambiente regulatório dos negócios. No que tange a matéria trabalhista, anexamos material contendo um quadro comparativo junto a presente informação para facilitar o entendimento do leitor. Assim vejamos os pontos alterados pela Lei nº 13.874/2019: Nas relações de trabalho Conforme acima mencionado, apesar da MP ter recebido

muitas emendas durante a sua tramitação no Congresso Nacional a maior parte foi derrubada, ainda assim, foram aprovadas mudanças pontuais pela presente lei ordinária, conforme vejamos a seguir: Carteira de trabalho digital Foi determinada a expedição da Carteira de Trabalho de forma digital, sendo emitida fisicamente apenas de forma excepcional, visando facilitar o cumprimento das obrigações acessórias pelos empregadores de forma célere, eficaz, e evitar o arbitramento de multas desproporcionais. Extensão do prazo para anotação da CTPS O prazo previsto na CLT era curto, pois concedia apenas 48 horas para as empresas anotarem na CTPS de seus empregados. Com o advento do novo texto, as empresas terão 5 (cinco) dias úteis para proceder os assentamentos, devendo informar ao funcionário no prazo de até

48h após a anotação. A mudança traz segurança jurídica, uma vez que estipula prazo razoável para os registros em carteira, reduzindo a probabilidade de o empresário ser penalizado no cumprimento da lei. Obrigatoriedade de registro de ponto para empresas com mais de 20 funcionários Quanto às mudanças no controle de ponto, as empresas com menos de 20 (vinte) funcionários ficarão dispensadas do registro de ponto, o que será de grande valia para os pequenos negócios, uma vez que serão eximidos do custo para controle de jornada, seja de forma manual, eletrônica ou digital. Antes essa dispensa era exclusivamente para empresas com até 10 (dez) funcionários. Ponto por exceção Foi criado o registro de ponto por exceção, instrumento de controle de jornada laboral por autogestão que irá considerar o cumprimento fiel da jornada de trabalho, sendo necessário o


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Marcação de ponto fora do estabelecimento Esse ponto é uma das características da autogestão de jornada, que irá aumentar a confiança recíproca entre empregador e colaborador e aproveitará a gama de recursos tecnológicos existentes, a fim de garantir o fiel cumprimento da jornada de trabalho, bem como o cômputo das horas extras. Nas relações empresarias No âmbito do direito civil, o legislador buscou direcionar esforços para priorizar, a autonomia da vontade das partes e a força obrigatória dos contratos civis e empresariais, exigindo dos particulares maior cuidado e análise detalhada das condições contratuais na celebração de negócios jurídicos. Dentre essas, foram promovidas mudanças importantes, como: Liberdade contratual Foi outorgada a autorização para que as partes contratuais deliberem livremente sobre as regras de interpretação da transação comercial, respeitados os limites da função social do contrato, além de prever a paridade e simetria entre os pactuantes, afastando as interpretações judiciais desproporcionais, reforçando a autonomia da vontade das partes e promovendo mais confiança na execução dos contratos.

Intervenção mínima do Estado nas relações particulares Foi consagrado o princípio da intervenção mínima do Estado, de forma a viabilizar maior liberdade para investimento e atuação das empresas no setor privado, sem a imposição de entraves burocráticos nas relações empresariais. Desconsideração da Personalidade Jurídica Esse tema foi extraído dos entendimentos jurisprudenciais obtidos nos tribunais nos últimos anos. A conceituação da desconsideração da personalidade jurídica concede mais segurança jurídica ao desenvolvimento das suas atividades. Desta forma, somente o patrimônio social da empresa responderá por dívidas, exceto em casos de desvio de finalidade ou comprovada a confusão patrimonial. Lembrando que a desconsideração atingirá, ainda, os sócios ou administradores que tiverem praticado a fraude ou que dela tenha se beneficiado direta ou indiretamente, além de ser prevista a desconsideração inversa da personalidade jurídica, por intermédio da qual a sociedade poderá vir a ser responsabilizada por dívidas pessoais dos sócios. Constituição de empresa limitada por uma pessoa Ao disciplinar o direito societário, a Lei cria um novo tipo societário, a sociedade limitada unipessoal, possibilitando a constituição de sociedade de responsabilidade limitada (responsabilidade restrita ao valor da quota de cada sócio, mas todos respondem solidariamente pelo capital social integralizado)

por uma única pessoa, alterando assim a disposição legal que determinava a extinção da sociedade após 180 dias em caso de permanência de um único sócio. Ou seja, passa a ser permitido a constituição de empresa limitada com apenas um sócio, sem o requisito de capital mínimo, como ocorre nos casos de EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada). Desburocratização A desburocratização foi um dos termos mais utilizados durante os debates para aprovação da lei em estudo, uma vez que o país encontra sérios problemas para abrigar investidores estrangeiros, e os empresários locais estão cada vez mais desmotivados para investir na economia brasileira, fazendo com que fossem elaboradas as medidas simplificadoras, tais como: Dispensa de alvará para atividade de baixo risco Esse foi o principal fundamento para elaboração da medida provisória e aprovação da presente lei. A dispensa de autorização para o exercício de atividades de baixo risco foi uma vitória para os pequenos empreendedores, que, agora, poderão desenvolver as atividades empresariais sem maiores amarras do Poder Público. Proibição do abuso de proder regulatório Esse instrumento será utilizado como freio da atividade regulamentadora estatal, visando reduzir o favorecimento outorgado pelo Estado a determinados segmentos, promover a entrada de novos

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registro de ponto apenas em casos extraordinários, como horas extras, atrasos, folgas e férias. Frisamos que o ponto por exceção deverá ser regulado por acordo individual, coletivo ou convenção coletiva de trabalho.


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competidores no mercado nacional, e afastar os obstáculos impostos pelo excesso de regulação.

a escrituração digital das obrigações previdenciárias, trabalhistas e fiscais.

Registro de atos societários em meio eletrônico Essa medida facilitará o registro dos documentos societários nas juntas comerciais, diminuindo o volume de papel utilizado nesses órgãos, proporcionando uma melhora expressiva na prestação do serviço e reduzindo os prazos para atendimento das demandas empresariais.

Extinção do fundo soberano do Brasil O Fundo Soberano do Brasil foi extinto pela sua inutilização. Criado com a finalidade de ser uma poupança pública vinculada ao Ministério da Economia, no ano passado, os recursos foram resgatados para abatimento parcial da dívida pública e equilíbrio das contas públicas, com o intuito de amenizar os efeitos da crise.

Armazenamento digital de documentos Esse dispositivo acompanha a evolução digital de documentos, podendo armazenar altíssimo volume de documentos – entulhados em grandes arquivos físicos – em apenas um seguro e eficaz arquivo digital, reduzindo drasticamente o impacto ambiental promovido pelas demandas impressas.

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Extinção do E-Social e Bloco “K” Ambos os sistemas foram criados para facilitar o envio das informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, de forma que houvesse maior celeridade na transmissão, recebimento e processamento destas obrigações acessórias, porém, esse objetivo não foi alcançado, e esses procedimentos se tornaram verdadeiros entraves burocráticos para as empresas brasileiras. Portanto, foi determinada a substituição do E-SOCIAL e do sistema de escrituração para controle de produção e estoque da RFB (Bloco “K”), por um sistema simplificado, que possa abrangir

Redução no contencioso tributário Haverá a criação de um comitê formado pelas autoridades públicas cobradoras do crédito fiscal para edição de súmulas vinculantes, que evitará a cobrança de valores indevidos pelo Estado e proporcionará maior celeridade para julgamento dos litígios tributários. Além disso, foram estendidas as hipóteses de dispensa para constituir os créditos fiscais (auditores fiscais) e contestar/recorrer em processos administrativos e judiciais (procuradores da fazenda), nos casos que estiverem em consonância com a jurisprudência consolidada dos tribunais superiores, proporcionando maior celeridade para solução dos tantos conflitos existentes pendentes no judiciário. Considerações finais Ressaltamos que foram apresentados cinco vetos para que o texto fosse sancionado pelo Presidente da República, dentre eles, foi afastado o dispositivo que liberava a realização de testes de produtos

ou serviços pelas empresas, sem normas protetivas à saúde e segurança dos consumidores, bem como, a criação de um “regime de tributação fora do direito tributário”. Também foram retiradas as disposições que previam a liberação tácita atividade econômica potencialmente causadora de degradação ambiental, sem prévio estudo de impacto ambiental, a revogação da dissolução de sociedade empresaria pela falta de pluralidade de sócios e ausência de recomposição no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, e o trecho que previa o prazo de 90 (noventa) dias para a lei entrar em vigor, de modo que, seus efeitos passaram a valer desde da última sexta-feira (20), data em que a lei foi publicada no Diário Oficial da União. Nesse sentido, destacamos que foi informado pelo Secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, que a lei da liberdade econômica possui potencial para gerar, no período de 10 (dez) anos, 3,7 milhões de empregos e aumentar em até 7% o PIB. Por essas e outras vantagens, a FecomercioSP atuou, desde a edição da MP até a promulgação da lei, próxima ao Congresso Nacional pela aprovação da proposta, a fim de que o texto não caducasse e, consequentemente, seus efeitos fossem perdidos. A nova lei, na avaliação da Entidade, trata-se de um novo estímulo ao empreendedorismo nacional, com a possibilidade de gerar um ambiente de negócios com menos entraves burocráticos e proporcionar a recuperação da economia brasileira.


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Soluções para mercado ilegal O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) realizou seminário para debater medidas como a revisão de formatos de tributação, relacionamento bilateral com países vizinhos, entre outras frentes, para o combate à ilegalidade

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ara Edson Vismona, presidente do ETCO, a equação é simples: alto lucro e baixo risco. "Uma boa iniciativa para enfrentar o problema pelo lado da demanda foi a criação do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para avaliar a possibilidade de uma revisão do sistema tributário do setor de cigarros, o mais afetado pela ilegalidade, com 57% do mercado brasileiro dominado pelo crime organizado". Luciano Timm, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), ressaltou que esse Grupo de Trabalho indicou que o tema precisa ser aprofundado. "O Ministério da Justiça ouviu outros órgãos de governo para subsidiar a visão sobre o tema. Há necessidade de colher mais estudos econômicos para

checar se a tributação resulta no aumento do contrabando de cigarros", afirmou. Adriano Furtado, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, disse que "temos atuado na fiscalização por meio da integração com outros órgãos para que o contrabando seja cada vez menos atrativo para o crime organizado. " João Francisco Ribeiro de Oliveira, diretor geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal afirmou que "o contrabando, especialmente de cigarros, financia diretamente as organizações criminosas. Para combater esse crime, são fundamentais a integração e o compartilhamento da inteligência entre diferentes órgãos do governo".

Efraim Filho, deputado federal (DEM-PB) e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando e à Falsificação disse que "o maior desafio é mudar a cultura, e mudar a cultura é mudar o homem. A sociedade não pode ser tolerante à venda de produtos contrabandeados. Isso acaba inibindo a atividade de empresas de diversos setores, muitas das quais já repensam sua atuação e investimentos no País. Perde o mercado de trabalho, governo e a sociedade. É um jogo de perde e perde, no qual só ganha o infrator". Também participaram do evento Alan Dias, delegado da Chefia de Repressão de Crimes Fazendários da Polícia Federal e Bruno Paes Manso, autor do livro A Guerra – A ascensão do PCC".


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Catálogos eletrônicos mudam hábitos de pesquisa Com diferentes formas de consulta que oferecem agilidade e assertividade, catálogo Nakata online ajuda a evitar problemas de aplicação causados por equívocos na escolha da peça

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se tornou cada vez mais comum em todas as áreas e os profissionais do varejo e das oficinas buscam cada vez mais esse recurso para pesquisar peças. "O catálogo Nakata foi desenvolvido para criar essa facilidade e tornar essa experiência efetiva, possibilitando encontrar a peça certa para a aplicação, garantindo agilidade e assertividade", comenta. Com sistema de navegação semelhante ao Google, a pesquisa pode ser feita por palavra-chave (por marca, código, aplicação ou por categoria e o sistema de preenchimento auto complete apresenta sugestões de resultado da pesquisa). Pelo modo avançado, há como selecionar várias opções

de um ou mais campos (veículo, ano, montadora, código) para o sistema atualizar automaticamente os dados. Além de encontrar as referências dos produtos, o sistema também oferece conteúdo complementar para consulta de dicas sobre instalação, fotos e vídeos. Outra facilidade é consultar peças por marca, modelo do veículo sem precisar digitar códigos da peça. Há a opção de fazer a busca cruzada, digitando a referência da peça original aparece o código do produto Nakata. Para conhecer todas as funcionalidades e navegar no catálogo Nakata, basta acessar www.catalogonakata.com.br

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rofissionais do mercado de reposição contam com ferramenta digital eficiente e prática para busca de produtos, aplicações e lançamentos do portfólio das linhas de sistema de suspensão, freio, transmissão, motor e direção da Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição automotiva, líder em componentes undercar, por meio do catálogo online. Lançado há pouco mais de um ano, o catálogo Nakata oferece funcionalidades que facilitam a busca da peça certa, evitando problemas de aplicação por causa de equívocos na escolha do produto, já que existem muitas variáveis no universo das autopeças. A maioria dos usuários acessam a ferramenta via computador, somando 77%, enquanto 33% utilizam o celular. A faixa etária que mais utiliza o catálogo é de 25 a 34 anos, que representa 33% do público, seguida de 29% de pessoas com 35 a 44 anos. O tempo médio das visitas é de 5 minutos, considerado bem elevado. Na visão da gerente de marketing da Nakata, Sabrina Carbone, o hábito de pesquisar na internet


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Detran.SP lacra quatro

desmanches em Guarulhos Objetivo da fiscalização é evitar a venda ilegal de peças de veículos

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Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) lacrou quatro desmanches em Guarulhos. Entre as irregularidades constatadas estavam a não comprovação da origem de estoque, ausência de etiquetas nas

peças comercializadas e destinação incorreta de resíduos para reciclagem. Ao todo, nove locais passaram por fiscalização. Além dos quatro desmanches fechados, outras três empresas foram autuadas por irregularidades.

As operações ocorreram em parceria com a Polícia Civil, por meio de grupos especializados de investigação e operação contra o crime. Oito funcionários do Detran.SP participaram das ações.


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Legislação preventiva O principal objetivo da lei do desmonte é evitar o roubo e o furto de veículos e a venda ilegal de peças. O cidadão pode colaborar com a fiscalização denunciando desmanches clandestinos à Ouvidoria do Detran.SP pelo portal www.detran.sp.gov.br, na área de "Atendimento". Nos desmanches credenciados e regulares, as principais peças automotivas recebem uma etiqueta com número único de série e código QR-Code e são cadastradas no sistema online do Detran.SP pelas empresas. O consumidor pode consultar a procedência da peça e ter a garantia de comprar apenas itens de origem legal.

A pesquisa pode ser feita por meio do aplicativo de serviços do Detran.SP para tablets e smartphones ou qualquer outro aplicativo com leitor de QR-Code. A consulta também pode ser feita pelo portal www. detran.sp.gov.br na área “Parceiros”, opção “Desmontes”. A pesquisa exibe o tipo, a marca, o modelo e o ano do veículo ao qual a peça pertencia, além de identificar qual a empresa desmontadora e comercializadora do produto. Quando há registros fotográficos do veículo, as imagens ficam disponíveis para visualização. Lei do desmonte Sancionada em janeiro de 2014 e em vigor desde 1º de julho do mesmo ano, a lei estadual n° 15.276 é pioneira na regulamentação dos desmontes e serviu de referência para a criação da lei federal nº 12.977/2015, em vigor desde maio de 2015. Para atuar no ramo e participar de leilões para adquirir veículos destinados a desmonte para comércio ou reciclagem das peças usadas, a legislação exige o credenciamento das empresas no Detran.SP, entre outros requisitos. Os principais objetivos são inibir o furto e o roubo de veículos, assegurar que empresas

idôneas continuem atuando no mercado e garantir a legalidade do produto que chegará ao consumidor final. Sobre o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Governo, o Detran.SP responde pelo planejamento, coordenação, execução e controle dos serviços relacionados a documentação de veículos, a Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e tipos específicos de atuações nos 645 municípios paulistas, além de promover ações de educação e segurança para o trânsito. No Estado, são cerca de 24 milhões de CNHs e 30 milhões de veículos registrados, o que faz do Detran.SP o maior órgão executivo de trânsito da América Latina. Informações Portal – www.detran.sp.gov.br Disque Detran.SP – Capital e municípios com DDD 11: 3322–3333. Demais localidades: 0300–101–3333. Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h. Fale com o Detran.SP e Ouvidoria (críticas, elogios e sugestões) – Acesso pelo portal, na área de "Atendimento".

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Durante a fiscalização, as equipes também detectaram irregularidades como a operação de oficina mecânica dentro da área de desmontagem e a falta de emissão de notas fiscais de veículos adquiridos em leilões. Os estabelecimentos lacrados responderão a processo administrativo no Detran.SP e os proprietários dos desmanches poderão responder criminalmente pela atividade ilegal. As três empresas autuadas também estão sob investigação e podem ser suspensas após análise do Detran.SP.


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Um escritório para a revolução Governo de São Paulo cria escritório para a 4ª Revolução Industrial em parceria com o Ministério da Economia e insere o Brasil na rede dedicada a governança global de tecnologia junto com China, Japão, Índia, Colômbia, Israel e Emirados Árabes

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Governador João Doria e a Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, anunciaram a criação do Centro para a 4ª Revolução Industrial, ligado ao Fórum Econômico Mundial (WEF) no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. A instalação do escritório é uma parceria do Governo do Estado por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Estadual de Relações Internacionais, Ministério da Economia e o Fórum Econômico Mundial (WEF). A instalação desse centro marca o comprometimento formal da 4ª Revolução Industrial no Brasil, em parceria com a iniciativa privada. A criação da unidade do país será feita oficialmente também no encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro

de 2020, e a inauguração do espaço na capital paulista será durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em Maio de 2020. “Para alcançar o impacto e impulsionar a mudança no contexto da Quarta Revolução Industrial, é importante conectar governo, organizações empresariais, startups, sociedade civil, academia e organizações internacionais para elaborar políticas inteligentes e inovadoras. O Estado de São Paulo e o IPT estão absolutamente preparados para receber essa iniciativa, que está alinhada às ações do governo para estimular a inovação e o empreendedorismo e desenvolver projetos com impacto mundial em benefício de toda sociedade”, comentou Patrícia Ellen, Secretária Estadual Desenvolvimento Econômico.

“A 4ª Revolução Industrial é um tema que atende muitíssimo bem as expectativas do Governo brasileiro e plenamente as expectativas do Governo do Estado de São Paulo”, ressaltou o governador João Doria sobre o comprometimento de São Paulo com a retomada do crescimento econômico estadual e nacional. “O Centro irá traçar e pilotar políticas inovadoras. Como parte da rede global do Fórum, as equipes irão trocar conhecimento e escalar os aprendizados globalmente” acrescentou Marisol Argueta de Barillas, Diretora para América Latina e membro do Conselho de Administração do Fórum Econômico Mundial. O lançamento contou com a presença do Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia Carlos da Costa.


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pesquisadores e técnicos altamente qualificados, atuando em inovação, pesquisa & desenvolvimento; serviços tecnológicos; desenvolvimento & apoio metrológico, e informação & educação em tecnologia.

O IPT, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, abriu recentemente seu campus para que empresas privadas possam trabalhar em conjunto com startups, clientes, fornecedores, pesquisadores, investidores e órgãos governamentais

Sobre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico é responsável por atrair inves-

timentos e fomentar o empreendedorismo e a inovação tecnológica para a retomada do crescimento econômico do Estado. A Pasta também

oferece qualificação profissional para atender as demandas atuais do mercado, gerando oportunidade de trabalho para todos.

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Sobre o IPT O Instituto de Pesquisa, conhecido como IPT, o qual colabora há mais de cem anos para o processo de desenvolvimento de todo o País. Conta com 35 laboratórios capacitados e uma equipe de


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Adesão da ANFAVEA ao

Pró-álcool completa 40 anos Adesão da ANFAVEA ao Pró-álcool completa 40 anos, com quase 40 milhões de veículos que usam etanol vendidos no Brasil

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á exatos 40 anos era assinado um documento que mudaria para sempre a frota brasileira de veículos. Naquela quarta-feira de setembro de 1979, representantes da ANFAVEA, então presidida por Mário Bernardo Garnero, entregaram ao Presidente da República João Batista Figueiredo o protocolo de plena adesão ao Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool), assinado por todas as suas 25 associadas. Na época ainda havia muita desconfiança se os motores a álcool etílico hidratado vingariam no mercado brasileiro. Mas as duas crises do petróleo dos anos 1970 criaram as condições para o surgimento de uma nova solução de combustível para motores a combustão, usando como fonte um vegetal amplamente cultivado no Brasil, a cana-de-açúcar. Isso levou o governo federal a criar em novembro de 1975 o Pró-álcool, ambicioso plano de política industrial envolvendo esforços conjuntos do Estado e da iniciativa privada.

Quatro décadas depois, os números comprovam que o Pró-álcool foi um sucesso. De lá para cá, 39,8 milhões de veículos foram vendidos no Brasil com motores capazes de utilizar etanol. Desses, pouco mais de 5 milhões são abastecidos exclusivamente com o combustível de origem vegetal. Quase 35 milhões do total já usam a tecnologia flex, surgida em 2003, que possibilita o uso de etanol ou gasolina em qualquer proporção. "O motor a etanol é um marco na história da nossa engenharia automotiva. Uma solução inovadora que colocou a frota brasileira no topo do ranking de sustentabilidade entre os carros com motor a combustão. Além disso, com o posterior advento dos motores flex, o consumidor ganhou a possibilidade de usar etanol ou gasolina de acordo com sua conveniência, em outro movimento histórico da engenharia brasileira", afirmou o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes. A produção de veículos a etanol ou flex no Brasil atingiu neste mês a marca de 38,3 milhões de unidades, parte delas expor-

tadas para países da América do Sul. A força dos motores flex no mercado brasileiro tornou-se tão grande que muitos modelos que o Brasil importa da Argentina e do México são produzidos com essa tecnologia. Cerca de 3,1 milhões de carros com capacidade de uso de etanol foram importados destes dois países nos últimos anos. O pico de vendas de carros com motor exclusivamente a etanol deu-se em 1986, com 621,7 mil unidades. Em 2012 foi batido o recorde de licenciamento de carros flex, com 2,83 milhões de unidades. Hoje, apenas automóveis e comerciais leves usam etanol, mas nos anos 1980 chegaram a ser produzidos 10.782 caminhões e 25 ônibus que utilizavam apenas o combustível vegetal. A grande vantagem do etanol é emitir menos poluentes na comparação com a gasolina, sem falar na sustentabilidade representada por uma fonte natural e renovável, cujo plantio neutraliza com folga as emissões da frota que usa esse combustível.


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acontece

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fica a dica

Recuperação de créditos fiscais Lojas de autopeças e oficinas mecânicas enquadradas no Simples Nacional ou demais regimes de apuração podem recuperar valores pagos a maior

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rograma com metodologia criada em parceria com o escritório jurídico RDG Sociedade de Advogados auxilia empresas a recuperarem os créditos indevidos de impostos, como PIS, Cofins pagos a mais do previsto na legislação. O trabalho desenvolvido pela equipe agiliza o levantamento de dados fiscais das empresas, bem como faz toda a parte de apuração das informações de modo prático, sendo que não há custo inicial. “Essa análise de dados dos pagamentos fiscais da empresa possibilita identificar se houve falha que precisa ser corrigida e também fazer a restituição de créditos quando há comprovação. Além disso, a recuperação também permite que a companhia passe a pagar os impostos de forma adequada, conseguindo diminuir a carga a tributária e os gastos, me-

lhorando a gestão financeira”, revela Paulo Ribeiro, sócio do escritório RDG Advogados. Segundo Ribeiro, em 2019, foram recuperados milhões de reais por dezenas de processos de clientes do escritório. Ele explica também que o método proporciona agilidade e produtividade, reduzindo consideravelmente a burocracia, possibilitando o ressarcimento

de créditos acumulados de tributos como ICMS-ST, INSS, entre outros. O escritório RDG firmou parcerias com o Sincopeças-SP e com o Sindirepa-SP e as empresas interessadas em saber mais como participar ou fazer consulta para obter mais informações devem entrar em contato diretamente com a RDG, pelo telefone (11) 3646-2700.


fica a dica

Difamação pelo Facebook

dá justa causa

10ª Câmara do TRT-15 mantém justa causa de trabalhador que difamou empresa e colega pelo Facebook

mada pelo Juízo da 4ª Vara do Trabalho de São José dos Campos. Para o empregado, a justa causa foi "ilegal" e, por isso, insistiu em sua reintegração e no pagamento de verbas salariais.

A justa causa se deveu, segundo informações comprovadas pelas testemunhas, a postagens feitas pelo trabalhador no Facebook, em que difamou a empresa no tocan-

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10ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região negou provimento ao recurso do trabalhador que não se conformou com sua demissão por justa causa, confir-


fica a dica

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te à sua jornada de trabalho e, também, sobre a vida pessoal de sua supervisora e outros funcionários da companhia. O empregado afirmou que se recusou a assinar o comunicado de demissão por justa causa porque "não teve conhecimento do teor das condutas e penalidades impostas" e esse documento "não foi anexado ao processo para embasar a demissão". Disse também que "os fatos alegados na contestação para fundamentar a justa causa eram diversos daqueles relatados pela preposta em audiência, e que a sindicância realizada para apurar os fatos não se reveste das formalidades legais e não foi anexada a conclusão dessa sindicância". E concluiu que, para ele, "as postagens em rede social pessoal não são suficientes para a configuração da falta grave porque não houve menção desabonadora acerca da empresa ou de terceiro, formuladas a título de desabafo". O empregado entendeu que houve diferenças entre as alegações da empresa e da preposta porque, a primeira, limitou-se a afirmar que ele "estava difamando a empresa com indevidas postagens na rede social 'Facebook' no tocante à sua jornada de trabalho e, ainda, sobre a vida pessoal de sua supervisora e outros funcionários", ao passo que a preposta relatou que a dispensa se deu em razão de publicações que o empregado tinha feito no Fa-

cebook, "mencionando negativamente a reclamada e fazendo comentários maldosos em relação a uma funcionária, que repercutiram no local de trabalho", segundo os quais, "ela estava saindo com o gerente e que, com a transferência deste gerente para outra unidade, ela teria que se relacionar com o novo gerente para manter sua função". O relator do acórdão, desembargador Ricardo Regis Laraia, não concordou com as alegações do empregado. Para ele, "não procede a alegação de que houve divergência em relação à contestação e o depoimento da preposta. Segundo o acórdão, as postagens na rede social a que faz referência a empresa constam no seu código de conduta e "há expressa vedação de divulgação de informações

confidenciais ou inapropriadas com potencial de prejudicar a empresa e os demais trabalhadores, inclusive em relação a opiniões que tratem de diretrizes da empresa". O colegiado ressaltou o fato de que "as questões relacionadas à apuração interna por parte do reclamado não têm repercussão direta no caso, tendo em vista que restou provado documentalmente a prática do ato reputado como ensejadora da justa causa". Nesse sentido, o acórdão concluiu por manter "a decisão de origem por seus próprios fundamentos, nos termos do inciso IV do § 1º do artigo 895 da CLT, ressaltando que não viola súmulas do Tribunal Superior do Trabalho ou dispositivos da Constituição Federal". (Processo 001170467.2017.5.15.0132)


fica a dica

superior a 21 milhões de pessoas, uma das maiores entre as 24 regiões em que está dividida a Justiça do Trabalho do País. Segundo dados da Coordenadoria de Pesquisa e Estatística do TRT-15, ingressaram na 1ª instância da 15ª, em 2018, 231.828 ações na fase de conhecimento. Foram solucionadas 328.714, sendo 127.995 por meio da conciliação, o que corresponde a 39%. A 1ª instância fechou o ano com 226.279 processos em tramitação na fase de conhecimento. Na 2ª instância, 165.308 processos foram recebidos, e 139.555, solucionados, restando um saldo de 82.561 pendentes de julgamento. Quanto às execuções trabalhistas

(fase processual em que já existe a condenação, mas o devedor não cumpre a decisão judicial), o TRT15 tem recorrido com sucesso às ferramentas online disponíveis na busca por maior efetividade. O Tribunal fechou o ano de 2018 com 178.578 processos em tramitação na fase de execução. Em 2018, a 15ª Região destinou aos reclamantes o valor de R$ 4.611.752.508,19, sendo R$2.516.112.142,56 em acordos, R$ 1.097.834.530,30 em execuções e R$ 997.805.835,33 pagos de forma espontânea pelos devedores. A quantia, a maior da série histórica desde a criação do Tribunal, em 1986, é 35,63% superior aos R$ 3,4 bilhões pagos em 2017.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - Campinas

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Sobre o TRT da 15ª Região Criado em 1986, o TRT da 15ª Região é o segundo maior tribunal trabalhista do país em estrutura e movimentação processual. Possui 153 varas do trabalho e 371 juízes. Na 2ª instância são seis Turmas (divididas em 11 Câmaras), Seção Especializada em Dissídios Coletivos, três Seções Especializadas em Dissídios Individuais e o Órgão Especial. O Regional Trabalhista é composto por 55 desembargadores, dos quais dois cargos encontram-se vagos atualmente. A jurisdição atinge 599 municípios paulistas, perfazendo 95% do território do estado, onde reside uma população


fica a dica

Quando o boleto é problema Boletos não pagos se apresentam como um dos principais desafios do e-commerce (Por* Felipe Rodrigues)

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e acordo com o estudo “O perfil do e-commerce brasileiro 2018”, feito pela BigDataCorp para o PayPal Brasil, cerca de 75 mil novas lojas online nasceram no país no ano passado. Isso significa que 205 novos e-commerces foram abertos por dia! O número impressiona. Comandar um e-commerce exige estratégia, esforço e mão na massa. Há tempos caiu por terra a ideia de que basta criar um site, colocar lá os produtos que se quer vender e esperar os clientes aparecerem. É preciso planejamento e estratégia antes do início das atividades, durante e no pós-vendas.

Falando especificamente sobre o processo de vendas, é importante que os lojistas acompanhem de perto todos os processos. Um problema, por menor que seja, nos processos da loja online pode acarretar prejuízos para a operação. Um exemplo interessante está no final da jornada de compra. É sabido que cerca de 50% dos consumidores optam por efetuar os pagamentos das compras realizada pela internet utilizando a modalidade boleto bancário. Isso, por si só, não é um problema. Porém, cerca de 60% dos consumidores

que escolhem a opção acabam não quitando o boleto, ou seja, a venda não é concretizada! Imagine que o procedimento padrão entre os e-commerces é oferecer 3 dias úteis como prazo para pagamento dos boletos que são emitidos com o valor da compra. Isso significa que, durante esses 3 dias úteis, o produto que foi selecionado pelo consumidor fica separado aguardando a confirmação do pagamento para só então ser encaminhado ao endereço do comprador. Isso também significa que durante esse período, o produto não estará disponível em estoque.


fica a dica

No caso dos pequenos e médios e-commerces isso pode representar um problema sério, tanto sob o ponto de vista da indisponibilidade do produto em estoque por esse período – acarretando perda de vendas – quanto pelo mecanismo de retorno do produto ao estoque, atualização de disponibilidade do mesmo em sistema, etc, no caso de uma venda não concretizada. Uma forma de tentar adiantar esse processo ou pelo menos fazer com que o cliente não esqueça do boleto em aberto é adotar ferramentas de recuperação de vendas. Elas já estão no mercado e são acessíveis a todos os portes de e-commerces. Por meio delas,

fica simples configurar, por exemplo, um e-mail marketing ou SMS que vá “lembrar” o cliente de que o boleto já está disponível para pagamento ou que o documento expira dentro de alguns dias. Também fica fácil relembrar o consumidor de que o produto pode ser entregue dentro de alguns dias, assim que o boleto for quitado. Ainda, é possível propor a troca de meio de pagamento, substituindo o boleto por cartão de crédito, por exemplo. Claro, a comunicação nestes casos precisa ser amigável a fim de que os clientes não encarem como uma cobrança, mas realmente como um lembrete simpático. Para isso,

pode ser interessante adicionar algum conteúdo relevante, que aponte possíveis usos e combinações do produto que está sendo adquirido. Também pode ser oferecido um cupom de desconto, frete grátis ou outra alternativa que mostre o quanto a empresa valoriza aquele cliente e a compra que ele está fazendo. É importante não tirar da memória que muito além de realmente converter aquela venda específica, o que vale mesmo é oferecer ao cliente uma experiência positiva e marcante, cativando-o a comprar novamente na sua loja. No final das contas, o relacionamento do e-commerce com o consumidor é o que está em jogo.

*Felipe Rodrigues é especialista em e-commerce, sócio-diretor do Enviou (plataforma que reúne uma suíte de ferramentas para ajudar lojas online a vender mais) e sócio-diretor do Meu DimDim (plataforma de cashback 100% brasileira, especializada em PMEs).

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Parecer jurídico regula uso

de peças em sinistros

SUSEP emite parecer jurídico sobre a utilização de peças nos sinistros dos seguros de automóveis. Em carta-circular ao mercado segurador, a autarquia esclarece que as informações devem estar explícitas ao consumidor nas condições contratuais

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Superintendência de Seguros Privados (Susep) enviou às seguradoras uma carta-circular sobre a utilização de peças nos sinistros de danos parciais dos seguros de automóveis. O instrumento tem como base parecer jurídico da Procuradoria Federal junto à Susep e deixa claro que, para a autarquia, não há impedimento regulatório em relação à utilização de peças novas, originais ou não, nacionais ou importadas, ou mesmo usadas no âmbito da Lei nº 12.977/2014. Segundo o diretor da Susep, Rafael Scherre, a ação da autarquia objetiva trazer segurança jurídica para o mercado e, dessa forma, ampliar a concorrência e a oferta de produtos de seguros aos consumidores. “A Susep

quer esclarecer que não há entraves legais para a diversificação de produtos com opções diferentes de peças no reparo de veículos, desde que pactuado com o consumidor, e com isso trazer mais pessoas para o mercado de seguros”, pontua. O entendimento da Susep está em linha com o Artigo 21 do Código de Defesa do

Consumidor (Lei nº 8.078/90). A carta-circular ratifica que o consumidor precisa autorizar a utilização de peças não originais, mas que mantenham as especificações técnicas do fabricante, e em quais componentes poderão ser utilizados os diferentes tipos de peças. Veja na íntegra da Carta Circular ao lado:


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Diário Oficial da União – Seção 1 - Nº 164, segunda-feira, 26 de agosto de 2019 MINISTÉRIO DA ECONOMIA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS CARTA CIRCULAR ELETRÔNICA Nº 1/2019/SUSEP Assunto: Seguro Automóvel - utilização de peças nos sinistros de danos parciais. ÀS SOCIEDADES SUPERVISIONADAS PELA SUSEP Senhor Diretor de relações com a SUSEP, Trata-se de esclarecimento ao mercado segurador acerca da utilização de peças nos sinistros de danos parciais dos seguros de automóveis. Após parecer jurídico nº 00104/2019/COAFIPFE-SUSEP-SEDE/PGF/AGU, está claro para a Susep que não há impedimento regulatório à utilização de peças novas, originais ou não, nacionais ou importadas, ou mesmo usadas no âmbito da Lei n.º 12.977/2014. O art. 21 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) estabelece que o consumidor pode autorizar a utilização de peças que mantenham as especificações técnicas do fabricante [1]. A Susep ratifica este entendimento e solicita às seguradoras que especifiquem sempre o tipo de peça a ser utilizada nos reparos relacionados aos sinistros de danos parciais dos seguros de automóveis. Nesse sentido e com o objetivo de ampliar a concorrência no mercado de seguro de automóveis, apresentamos os esclarecimentos abaixo: 1. É autorizada a utilização de peças novas, originais ou não, nacionais ou importadas. 2. É autorizada a utilização de peças usadas, observadas as disposições da Lei n.º 12.977/2014, que regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores terrestres. 3. Em todos os casos a informação deve estar clara para o consumidor na proposta de seguro e nas condições contratuais. Deve ficar claro em quais componentes poderão ser utilizados os diferentes tipos de peças. Por fim, faz-se referência ao Ofício Eletrônico nº 9/2019/SUSEP/DIR2/CGCOM/COPAT, Atenciosamente, SOLANGE PAIVA VIEIRA Superintendente da Susep

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de 07/06/2019, cujo teor perde efeito.


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O papel do gerente de Sucesso do Cliente (Por* Priscila Rangel)

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fato que o mercado de trabalho vive em constante mudança e, como consequência disso, as profissões estão passando por uma revolução. O momento de inovação e transformação digital, aliado à Inteligência Artificial e ao conceito Omnichannel, estão gerando um grande impacto na construção de novos cargos e funções. A área de Customer Success (Sucesso do Cliente) é uma das novidades que surgiu no Brasil durante essa revolução. Aqui,

esse setor ganhou espaço há poucos anos e ainda está na fase das descobertas, testes, ajustes e adaptações. Quando iniciamos um processo seletivo para o time de CS, uma das perguntas que SEMPRE aparecem é: qual o objetivo e o escopo de trabalho do Gerente de Sucesso do Cliente aqui? Neste artigo, minha intenção é responder a essa pergunta e falar sobre o verdadeiro papel do profissional da área. Acompanhe!

Afinal, o que é Customer Success? Se você já leu um pouco sobre o termo “Customer Success”, sabe que não se trata apenas de um time ou um processo isolado. Estamos falando de uma cultura que induz à mudança no mindset das empresas, com o intuito de atingir os resultados que o cliente deseja e, quem sabe, superá-los. Com isso em mente, o papel do profissional dessa área começa a ficar mais tangível, já que ele


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é um dos agentes que vão proporcionar essa mudança. Para esclarecer o dia a dia de um Customer Success Manager (Gerente de Sucesso do Cliente), nós criamos uma cartilha de entregas desse profissional, que é compartilhada com todos os times, aqui na Hi Platform. Neste material, nós apontamos quais processos o CSM deve executar, atividades que possuem relação com outras áreas, ações necessárias para alcançar o sucesso do nosso cliente, além das atividades extras que podem surgir no decorrer do caminho.

entrando em contato com o cliente para entender como ajudá-lo nesse momento e qual o prazo de regularização da situação. Você terá excelentes resultados caso utilize essas abordagens! Além disso, é importante realizar pesquisas de experiência, satisfação ou do atendimento em si, já que esses fatores merecem muita atenção quando falamos em CS e empresas SaaS. Aliás, essa é uma boa oportunidade para ouvir o que agrada ou desagrada o cliente e agir de forma assertiva para solucionar problemas ou atritos. E não esqueça: dar um retorno para o cliente que responde a sua pesquisa é uma obrigação do time, assim como usar as informações coletadas para criar um plano de ação. Importante: esteja com o seu cliente A atuação do profissional de CS com grandes clientes torna o dia a dia muito mais intenso porque as necessidades desse porte são consideravelmente mais complexas. Porém, “estar” no cliente é algo relativo, se formos pensar que a Netflix está sempre acompanhando os usuários e dificilmente é necessário entrar em contato com alguém da equipe.

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*Priscila Rangel é Head of Customer Success na Hi Platform, principal plataforma de Relacionamento e Experiência do Consumidor. Formada em Processos Gerenciais pelo Ibes Sociesc Blumenau, possui quase oito anos de experiência em atendimento e relacionamento com clientes, e na gestão de plataformas de social media.

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O que é preciso para ser um bom profissional nessa área? Um profissional de Customer Success precisa ter todo o conhecimento possível dos clientes que cuida. É extremamente importante que ele entenda o mercado de atuação do cliente, as dores e objetivos do negócio. Também é necessário compreender como a empresa, na qual o profissional trabalha, consegue ajudar na otimização e na qualidade da entrega dos resultados, seja de forma high touch (cliente por cliente) ou smart touch (em massa). Com estas questões claras na mente do profissional, fica muito mais fácil traçar as estratégias e os

caminhos mais adequados para atingir o resultado desejado. No entanto, essa área exige algumas aptidões que vão além do bom relacionamento ou da empatia com o cliente. É preciso ter capacidade para planejar, gerir projetos e prioridades, e ser persuasivo. Dependendo do tipo de negócio e do perfil do cliente, será necessário ter ainda outras habilidades. O profissional precisa garantir que o cliente conheça as principais funcionalidades do produto, seja treinado para usar, e visualize a evolução da ferramenta. Essas podem ser atividades diretas ou indiretas do CSM, mas devem ser acompanhadas de perto pelo time. Afinal, são os acontecimentos que vão impactar logo no ínicio da jornada do cliente e é péssimo iniciá-la com experiências negativas! Falando em experiência, existe uma prática interessante que nem sempre é aplicada: o acompanhamento da saúde financeira do cliente. Entender a forma como ele realiza os pagamentos. Assim, você saberá com antecedência se o cliente estiver passando por algum problema financeiro específico ou se é um caso com risco de churn. O CSM também pode atuar em alguns casos de inadimplência,


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Cinco passos para sair

da inadimplência

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uando pensamos em organizar nossas finanças, normalmente começamos com a frase “Eu não quero mais ser inadimplente". Acredito que em algum momento de nossas vidas já ouvimos alguém dizer que o cérebro não registra a palavra "não". Partindo desta premissa, ao dizermos, ou pensarmos, que "não queremos ser mais ser inadimplentes”, nosso cérebro pode ter mais dificuldade em mudar a conduta.

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Mudança na postura O primeiro fator é mudar nossa postura, afirmando "Eu vou ser cada vez mais Adimplente". A pessoa que cumpre seus acordos e/ou obrigações. O aspecto mental é pouco levado em consideração, sempre que se fala sobre organização financeira e pessoal. Quando mudamos nossa conduta e afirmamos que queremos ser adimplentes, estamos dan-

(Por* Dora Ramos)

do o primeiro passo em direção à nossa organização financeira. Estamos assumindo um compromisso com nós mesmos. Querer ser adimplente é determinar que queremos sair da situação atual de dívidas. E para isso, temos que saber o que nos torna devedores, quem são nossos credores e quanto estamos devendo.

Ganho x Receita O quanto eu ganho e qual é minha receita? Nossa realidade é que, além de nossas dívidas, temos nossos compromissos e nossas despesas mensais. Estas, inevitavelmente, precisam ser cumpridas, como alimentação, aluguel, luz, escola, academia ou plano de saúde.

Levantamento Fazer o levantamento dessa situação financeira atual é nosso segundo passo. Separar as dívidas, verificar o tamanho de cada uma delas e quais tem mais possibilidades de serem cumpridas, ou sanadas de acordo com nossa situação atual de receita/ganho. Desta forma, será possível saber qual nossa real situação de compromissos ou dívidas até o momento. Diante disso, saber nossa real receita. E lembrando que Crédito não é receita.

Despesas e Decisões O quarto passo é apurar minhas despesas mensais. Despesas que são prioritárias para que eu me mantenha em equilíbrio. Com essas respostas, chegou a hora de tomar decisões e escolher o caminho para quitar/negociar as dívidas. Como reduzir consumo de luz e água? Como evitar desperdício de comida? Quais os mercados mais baratos para consumir? Como gastar menos com transporte? Tudo isso deve ser analisado sempre.


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Onde obter crédito Analisar a possibilidade de verificar onde podemos obter créditos que sejam mais baratos, ou menos onerosos que os que tenho atualmente. Pode ser migrar de um banco para outro, ou conseguir empréstimo com um familiar ou amigo. Lembrando que esta negociação, precisa se encaixar na minha realidade

financeira. Ou seja, não posso me comprometer além da minha capacidade financeira atual, deixando por exemplo de cumprir meus compromissos fixos. Para quem é empregado, uma possibilidade é usar as férias, ou quem sabe conseguir um empréstimo junto ao empregador. Estes são apenas alguns pontos a serem adotados para se

iniciar uma mudança mais ampla na sua vida financeira. Não existe uma receita pronta que sirva para todos. O caminho é saber qual sua realidade e, dentro dela, encontrar a melhor alternativa. O mais importante é que você se mantenha firme no propósito, mesmo que, inicialmente, seu cenário pareça sem solução.

*Dora Ramos é contadora e orientadora financeira com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial

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No universo do aftermarket,

o consumidor é a estrela da vez

Fórum IQA discute rotas da qualidade para o futuro do mercado automotivo, que passam necessariamente pela interface com o consumidor

O módulo do aftermaket automotivo foi mediado pelo diretor executivo do Sindirepa Nacional, Luiz Sérgio Alvarenga, e contou com pronunciamentos do vice-presidente da Fenabrave, José Maurício Andreata Jr., do presidente da Andap, Rodrigo Carneiro, do vice-presidente do Sincopeças-SP, Heber Carvalho, do presidente do Sindirepa Nacional, Antônio Carlos Fiola, e do diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni. Alvarenga abriu os trabalhos apresentando um slide com um “universo do aftermarket”, onde o consumidor é a estrela principal, rodeado primeiramente por “planetas” dos concessionários, onde se origina o veículo original que depois da garantia fogem para oficinas independentes, que podem escolher onde se abastecer em dois bal-

cões, o das concessionárias ou das lojas de autopeças, que por sua vez são alimentadas por “satélites” de distribuidores e grandes atacadistas. “Existem ainda nesse universo planetas menores que são as seguradoras, empresas de softwares, fornecedores de equipamentos, um rol de empresas que orbita nesse setor em número incomensurável. Temos ainda outro astro, que são as locadoras de veículos, inserido nesse slide simbolicamente porque têm praticamente vida própria e toda manutenção depois da garantia fica dentro do negócio deles”, detalhou Alvarenga. José Maurício Andreata Jr., da Fenabrave, afirmou que os mais de seis mil concessionários em atividade no País têm se preparado para suportar

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7º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, realizado pelo Instituto da Qualidade Automotiva teve como tema “A Qualidade do Futuro: Como Enfrentar os Desafios e Superar as Expectativas Diante das Novas Tecnologias e Regulamentações” e exaltou a necessidade de ampliar a interface com consumidor final. O encontro reuniu lideranças de diferentes elos da cadeia automotiva – montadoras, indústrias de autopeças, distribuidores, varejos, oficinas, concessionárias, entidades de classe, instituição de ensino, consultorias e governo – organizado em quatro módulos em que palestrantes debateram novas tecnologias, desafios em logística, impactos no aftermarket, novos modelos regulatórios, experiências práticas e novos caminhos para o setor.


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Representantes do aftermarket discutiram como se adequar às próximas tendências do mercado

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todas as novidades tecnológicas que surgem rapidamente. “Vai sobreviver quem for mais eficiente, buscar novas tecnologias e atender melhor o cliente, sempre acompanhando as mudanças e focado na satisfação do cliente, na qualidade dos serviços prestados e, principalmente, não ter retorno porque custa muito caro para o concessionário e para o cliente. Acredito que a rede está se preparando para isso porque, em recente pesquisa que realizamos, comprovamos que o concessionário é fundamental para colocar o veículo no mercado e também para o pós-venda. Por isso, vamos sempre nos adaptar, seja para vender carro a gasolina, elétri-

co ou qual for porque 70% da venda é feita no concessionário”, resumiu. Rodrigo Carneiro, da Andap, frisou que, pela primeira vez, o segmento está dando destaque a um personagem que nunca mereceu atenção: o consumidor final. “Agora ele assumiu lugar de

destaque como nunca na história, justamente por conta de mudanças disruptivas que têm acontecido de baixo para cima, com a exigência do cliente por posturas mais assertivas do ponto de vista qualitativo. Esse consumidor final é que vai começar a fazer a diferença e exigir o


capa avanço tecnológico da qualidade das autopeças, da distribuição e da aplicação correta”, afirmou.

Ingo Pelikan, presidente do IQA

Ricardo Bacellar, da KPMG

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Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, apontou que é fundamental o Brasil avançar em acordos de livre comércio para garantir inserção competitiva

Catálogo de produtos Carneiro comentou também sobre a margem de valor agregado das autopeças em concessionárias e lojas, que trabalham com margens menores que os distribuidores. “O único player que de fato estoca imposto extremamente elevado, com uma margem de valor agregado acima de 70%, é a distribuição de autopeças, que tem o mérito de ter espalhado pelo Brasil 2.534 warehouses. Nenhum país do mundo tem isso”, afirmou. O presidente da Andap questionou por que o Brasil, que tem uma das maiores frotas de veículos, de plantas industriais de montadoras e de autopeças do mundo, ainda não tem um catálogo de produtos. “Por que o mecânico tem de ir à loja de autopeças com três modelos diferentes para saber qual é a correta a ser aplicada? Estamos em 2020 e o Brasil não trem catálogo. E de quem é a responsabilidade? Certamente é nossa, de quem está atuando no aftermarket. Por isso, temos de ter respeito com o consumidor final”, concluiu. Heber Carvalho, do Sincopeças-SP, mostrou preocupação com a informatização, avançada nas grandes empresas do comércio de autopeças, mas ainda distante do pequeno varejista. “Quando olhamos a ponta do varejo, a maioria é formada por pequenas empresas familiares, acostumadas com catálogos impressos e peça na mão, portanto, é muito complexo e di-


capa fícil organizá-las. E perigoso também porque envolve custo que não tem retorno financeiro quando se investe em estrutura contábil. A empresa quer vender peças, que dá lucro, e o consumidor, quando entra na loja, não quer saber se a loja tem estrutura, se tem catálogo, se tem peça de primeira linha. Ele só quer comprar uma peça que sirva e resolva o problema do carro dele, e preferencialmente com baixo custo”, assegurou. Carvalho disse que é necessário conscientizar o comerciante de autopeças sobre a necessidade de qualidade em seu negócio. “O varejista precisa se informatizar, se atualizar e se houvesse um catálogo padronizado seria perfeito para as lojas. Um ano atrás nem utilizávamos watsapp. Além disso, existem peças de alto valor que precisam ser repostas. Como o pequeno varejo vai ter esse item no estoque? Temos que ter o cuidado de preparar o varejista para esse futuro tecnológico”, alertou.

Antônio Carlos Fiola, do Sindirepa, salientou que, ao mesmo tempo em que a indústria desenvolve carros híbridos e elétricos, existem 44 milhões de veículos que estão circulando no Brasil sem nenhum tipo de fiscalização. “Um carro com quatro anos de uso com uma sonda lambda comprometida polui o triplo do que poluiria normalmente. Isso é uma displicência do poder público que deixa a frota matando e poluindo”, apontou. Fiola reconheceu a limitação do reparador brasileiro e frisou a necessidade de melhorar o dia-a-dia desse empresário. “Essa é nossa maior preocupação. Precisamos criar uma cadeia de certificação de oficinas, proporcionar melhorias diárias e fazer com que esse empresário olhe de maneira diferente para o seu negócio. Ele tem de sair das mazelas das reclamações, que não tem ferramenta, não tem acesso à tecnologia, à informação. E o caminho para isso é a certificação das oficinas”, garantiu.

O presidente do Sindirepa fez apelo para que a indústria e as empresas seguradoras olhem para o reparador, sejam parceiras e incentivem a certificação. “Assim, vamos preparar o reparador para todo esse cenário de novas tecnologias. Ao tornar esse reparador um empresário melhor, estaremos prestando um excelente serviço ao consumidor final porque quando ele chega na oficina está angustiado, tem de ser bem atendido e de forma muita clara, e a certificação é um passo fundamental para alcançarmos essa qualidade”, disse. Ivan Hussni, do Sebrae-SP, avaliou que o atual momento representa “um mar de oportunidades para pequenas empresas” e frisou a necessidade de segmentos trabalharem em conjunto. “O Sebrae tem papel importante no desenvolvimento das pequenas empresas, mas temos de trabalhar de forma conjunta”, ressaltou.

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José Mauricio Andreata Jr., Antônio Carlos Fiola, Alexandre Xavier Lourenço Martins, Heber Carvalho, Luiz Sérgio Alvarenga e Rodrigo Carneiro


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Mudanças disruptivas O professor associado do Instituto Mauá de Tecnologia, Mauro Andreassa, falou sobre a economia compartilhada e frisou que a indústria precisa entender o cliente para dar passos seguros. “Nunca tivemos tantos dados”, disse. Para o gerente de Produto do Groupe PSA na América Latina, Bruno Ramos, o desafio é trabalhar com todas as informações disponíveis para entregar soluções que atendam necessidades reais. O líder de Equipe de Inovação da Robert Bosch, Daniel Lange, falou que a indústria precisa abrir espaços favoráveis para a inovação, como investir em desenvolvimento orientado para o usuário. “É sair do escritório e ir falar com os consumidores para conhecer as realidades”, afirmou. O líder da KPMG para Indústria Automotiva no Brasil, Ricardo Bacellar, mostrou o capítulo brasileiro de pesquisa global, lançado em junho, sobre posicionamentos dos consumidores neste contexto de mudanças, como 87% têm interesse em carros por assinatura e 90% gostariam de ter veículos elétricos à disposição para compra no Brasil. “O consumidor quer ter direito de escolha, assim quem apostar num único cavalo perderá”, comparou. Pela primeira vez, o fórum reuniu representantes de logística, como a gerente de Qualidade da Transzero Transportadora de Veículos, Sandra Klanfar, que falou sobre uma série

de medidas tomadas pela empresa para a redução do índice de avarias, como o uso de dispositivo para delimitação de distância segura. O gerente de Qualidade e Confiabilidade do Produto da Mercedes-Benz, Marcio Santos, apontou que uma dificuldade por parte de fornecedores é o atendimento a normas internacionais de logística, que “não se complementam e não são aderentes ao mercado brasileiro”. O gerente de Logística da CCS, Fábio Bortoleto, destacou a necessidade de colaboração na indústria. “Ensinem os seus fornecedores a serem melhores e busquem melhorias de resultado”, recomendou. Representantes do governo marcaram presença e falaram sobre novas regulamentações, como o coordenador geral de Segurança Viária do Denatran, Daniel Tavares, que apresentou as últimas medidas para reduzir o índice de mortos e feridos em acidentes do trânsito no País, uma delas o aprimoramento de legislações para aumentar a segurança dos veículos. Finalizando o evento, o diretor de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Gustavo Kuster, comentou sobre a implantação do novo modelo regulatório, que vem oferecer maior capacidade de resposta e orientação para resultado do que o vigente, além de propor compatibilidade com os modelos aplicados nos mercados europeu e norte-americano.

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a abertura do evento, o presidente do IQA e gerente sênior de Gerenciamento de Fornecedores da Mercedes-Benz, Ingo Pelikan, disse que o 7º Fórum IQA da Qualidade Automotiva representa uma oportunidade de atualização para os profissionais do setor que estão envolvidos com qualidade ou satisfação do cliente. “Essa urgente atualização inclui entender claramente o cenário, conhecer as possibilidades de adequação e se qualificar para os desafios de novas tecnologias e regulamentações. A cultura da qualidade precisa fazer parte do DNA de todas as empresas”, afirmou. Para o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, é fundamental o Brasil avançar em acordos de livre comércio para garantir inserção competitiva. “Defendemos a internacionalização da nossa indústria”, ressaltou. O vice-presidente da Anfavea, Marcus Vinícius Aguiar, lembrou que o programa Rota 2030 levará os carros nacionais a melhor patamar em segurança e eficiência. “Ficaremos em pé de igualdade com os veículos da Europa no fim do ciclo”, afirmou. No módulo sobre novas tecnologias, o diretor industrial de Sistemas & e Mobility da WEG, Valter Luiz Knihs, apresentou materiais para o avanço da eletrificação, como o silício, semicondutor abundante e de baixo custo.


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Programas para desenvolver a cadeia de autopeças Recursos que eram recolhidos como imposto de importação de componentes agora vão financiar projetos

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stão em fase final de gestação no governo seis programas de desenvolvimento da cadeia de autopeças e sistemas com recursos do Rota 2030, que devem ser formalmente anunciados até o fim de setembro próximo, dando início ao trabalho conjunto de empresas e instituições de fomento à pesquisa, que terão cinco anos para desenvolver projetos específicos para o setor automotivo nacional, dentro de cinco linhas programáticas envolvendo ações para promover a nacionalização tecnológica de itens estratégicos, bem como capacitação e aumento de produtividade dos fornecedores do setor automotivo. Incluído no programa Rota 2030, que entrou em vigor no início deste ano, foi criado o Regime de Autopeças Não Produzidas, que zera o imposto de importação especial de 2% (ex-tarifário, cobrado sobre componentes sem produção nacional) e estipula que esses valores sejam transferidos a PPPs, sigla de Programas e Projetos Prioritários, que serão geridos em conjunto por instituições de fo-

mento e empresas interessadas. A Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC, o antigo MDIC que desde janeiro foi incorporado ao Ministério da Economia) recebeu de diferentes instituições e empresas, até o fim de abril passado, 34 propostas de programas e já foram selecionados seis pelo Conselho Gestor dos PPPs, formado por integrantes do governo da SDIC e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), além de representantes da comunidade científica e das associações do setor, como Anfavea, Sindipeças e AEA (Associação de Engenharia Automotiva). TROCA DE IMPOSTO POR INVESTIMENTO EM P&D Segundo Ricardo Zomer, coordenador de Indústria Automotiva na SDIC, desde março são feitos depósitos por fabricantes de veículos e autopeças que importaram componentes no regime ex-tarifário e que são agora destinados aos PPPs. Esses fundos já somam R$ 80 milhões e

estão depositados em contas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, mas serão distribuídos pelos seis programas de desenvolvimento escolhidos assim que eles forem formalizados, no mês que vem. Depois disso, cada empresa poderá definir para quais programas de seu interesse prefere direcionar os recursos. O governo calcula que esse mecanismo deverá aportar cerca de R$ 200 milhões por ano aos PPPs, ou R$ 1 bilhão nos cinco anos de vigência dos programas, todos destinados a ampliar a competitividade e produtividade da cadeia nacional de autopeças, com projetos de nacionalização de sistemas automotivos e ações de qualificação e capacitação. “Consideramos uma vitória esse mecanismo, que substitui o pagamento de impostos por investimentos voltados ao desenvolvimento e capacitação dos fornecedores da indústria automotiva. Isso vai incentivar a cadeia de autopeças, que não foi diretamente contemplada com incentivos no programa anterior, o Inovar-Auto (2013-


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Painel do Simea 2019 discute a utilização de recursos do Rota 2030 para desenvolver a cadeia de autopeças “O programa com certeza vai alavancar a pesquisa no País com projetos demandados pelas próprias empresas, que efetivamente vão usar as soluções desenvolvidas”, afirmou Adriana Martin. INCENTIVOS À BASE DA CADEIA DE FORNECEDORES Também participante do painel no Simea, José Luis Gordon avalia que os recursos do ex-tarifários de importação “vão voltar para quem mais precisa deles, pequenas e médias empresas da cadeia de autopeças que poderão aumentar sua competitividade”. Gordon é diretor de planejamento e gestão da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que é uma das entidades que apresentaram propostas ao Conselho Gestor dos PPPs dentro da linha programática que contempla o “aumento dos investimentos em PD&I da cadeia de fornecedores do setor automotivo”.

Possivelmente a proposta da Embrapii é uma das seis já escolhidas que serão anunciadas em setembro. Após a formalização disso, a entidade de fomento irá receber parte dos recursos destinados aos PPPs e assim apoiar diversos projetos específicos de desenvolvimento de componentes e soluções para o setor, que poderão ser distribuídos entre as 42 unidades de pesquisa e desenvolvimento espalhadas pelos País, alocadas principalmente dentro de universidades e centros de excelência. Para os projetos considerados estratégicos, a Embrapii vai aplicar um sistema especial em que poderá financiar a fundo perdido (recursos não reembolsáveis) até 50% do desenvolvimento (em seu modelo tradicional a entidade só financia o máximo de um terço). A outra metade dos custos ficam por conta das unidades Embrapii e empresas envolvidas. Este mo-

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2017). Hoje este é o elo mais fragilizado do setor, que agora poderá ser fortalecido com acesso a laboratórios para desenvolver tecnologias e programas de aumento de produtividade e qualidade”, disse Ricardo Zomer. O representante da SDIC participou do painel “O Novo Regime Automotivo Brasileiro: As Soluções da Engenharia Nacional”, realizado na quinta-feira, 22, no Simea (Simpósio de Engenharia Automotiva), organizado anualmente pela AEA. Todos os demais participantes do quadro também destacaram a importância que os PPPs deverão ganhar ao longo dos próximos anos para fomentar o desenvolvimento da cadeia nacional de autopeças. A diretora do Departamento de Apoio à Inovação do MCTIC, Adriana Regina Martin, avalia que o mecanismo deverá ser replicado por outros setores, o que deve elevar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento no País.


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delo de financiamento só será aplicável a programas conjuntos entre mais de uma empresa do setor, sendo que uma delas deve necessariamente ser pequena ou startup com receita operacional bruta menor de R$ 90 milhões/ano. Fabricantes de veículos também poderão participar dos projetos financiados pela Embrapii, desde que seja em parceria com fornecedores da cadeia. Independentemente dos PPPs do Rota 2030, a Embrapii já apoio projetos de pesquisa e inovação da indústria automotiva em diferentes áreas, como biocombustíveis, big data e inteligência artificial, tecnologias avançadas para baterias, ar-condicionado automotivo, veículos autônomos e desenvolvimento de ferramental, entre outros. “Com mais recursos do PPP poderemos aumentar nossa atuação”, destaca Gordon. Entre 2015 e 2019 a Embrapii apoiou 766 projetos de 543 empresas de diversos setores industriais, com desembolso de R$ 1,29 bilhão em programas público-privados de PD&I. Segundo a representante do MCTIC, é justamente o modelo horizontal de financiamento de projetos que o governo quer incentivar, por isso direciona os recursos dos PPPs a instituições de apoio a pesquisa e desenvolvimento, e não diretamente às empresas. Entre os seis programas provavelmente já escolhidos pelo Comitê Gestor, além da Embrapii também

existem propostas bem cotadas da Finep (agência de financiamento de projetos ligada ao MCTIC) e do Senai. DILUIÇÃO DE CUSTOS E RISCOS “Inovação deixou de ser um luxo e hoje é essencial para qualquer empresa. Mas mesmo as maiores corporações não dominam todo o conhecimento que precisam, por isso é fundamental buscar parcerias externas em pesquisa e desenvolvimento”, pontua José Luis Gordon, da Embrapii. Adriano Barros, diretor de relações governamentais da General Motors, afirma que a parceria entre empresas, governo e academia “é fundamental para fazer frente a todos os desafios que a indústria automotiva enfrenta atualmente”, tendo de investir bilhões para desenvolver sofisticados sistemas de veículos cada vez mais conectados, eletrificados e automatizados. “Hoje a indústria faz parcerias com as universidades, mas não é regra. Os PPPs do Rota 2030 fomentam essa relação e abre tecnologias para que todos possam usá-las. A indústria gasta bilhões em pesquisa e desenvolvimento e é fundamental a diluição desses custos”, defende Adriano Barros, da GM. Barros deu um exemplo dessa relação em sua apresentação no Simea: o desenvolvimento em parceria entre GM, Senai e Embrapii de um robô batizado “snake”, por sua versatilidade

parecida com a de uma cobra, que durante o processo de produção de veículos aplica com seu braço solda e selante em locais de difícil acesso, com capacidade de carregar até 15 kg e substituir até quatro robôs. “É um equipamento muito caro para ser exclusivo. Nesse caso o compartilhamento de ativos pode dar certo”, pontua. Após ser constituído, em março passado, o Conselho Gestor dos PPPs definiu cinco linhas de programas de desenvolvimento com recursos do ex-tarifário que receberam as 34 propostas: a) incremento da produtividade da cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas; b) automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas; c) aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas; d) fortalecimento da cadeia de ferramental e moldes destinados a produtos automotivos; e e) estímulo à produção de novas tecnologias relacionadas a biocombustíveis, segurança veicular e propulsão alternativa à combustão. Em setembro serão conhecidas as seis entidades escolhidas para tocar diversos projetos dentro desses programas. Fonte: Automotive Business


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A chegada da “geração smartphone” Mercado enfrenta os desafios (e as oportunidades) de receber profissionais que já nasceram conectados

tuar com jovens profissionais é uma tarefa sempre desafiadora. Para o bem e para o mal. Há quem tenha grandes dificuldades em lidar com colaboradores mais novos, mas há também os que tiram proveito do melhor de cada geração, de modo que a diferença de idade passa a ser algo secundário ao longo do dia a dia. A ciência dos recursos humanos e das análises comportamentais voltou seus estudos agora para a chamada “geração smartphone”, de modo a avaliar suas características, fortalezas, fraquezas e, principalmente, o impacto que causam conforme evoluem em sua trajetória profissional. A “geração smartphone” é basicamente composta por pessoas que nasceram após 1995. São jovens que não sabem o que é viver desconectado, fora da internet e das redes sociais, de modo que estão sempre em companhia de ao menos um smartphone. Em livro publicado recentemente, a professora de Psicologia da Universidade Estadual de San Diego (Estados Unidos) Jean Twenge

apresentou os resultados oriundos de pesquisas com cerca de 11 milhões de jovens norte-americanos, a partir de questionários realizados de forma detalhista. Sua principal conclusão é de que a “geração smartphone” está amadurecendo de maneira mais lenta do que as anteriores. iGen: Why Today’s Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy – and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Porque as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes – e

completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre) tornou-se um sucesso em diversos países justamente por explorar uma realidade que já era observada (ainda que não fosse devidamente decifrada) por números executivos e equipes de recursos humanos dos mais variados setores de trabalho.

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Afinal, quem faz parte da “geração smartphone”? Em seu livro, Twenge afirma que a “geração smartphone” compreende jovens nascidos a partir de 1995. E por que jus-

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tamente nesse ano? Porque é a partir do nascimento nesse período que os jovens dessa geração tiveram a oportunidade de crescer com celulares, e de contar com um perfil no Instagram antes mesmo de iniciarem o Ensino Médio. São jovens que sequer se recordam do tempo anterior à internet. A internet em si passou a ser comercializada justamente em 1995, mas levou alguns anos até que se tornasse palpável para uma parcela mais ampla da classe média, outros tantos para que se tornasse comum em residências particulares, e mais ainda para adquirir o caráter móvel e onipresente com o qual a conhecemos atualmente. “Os membros mais velhos da iGen (‘geração smartphone’) eram jovens adolescentes quando o iPhone foi apresentado, em 2007, e estudantes do Ensino Médio quando o iPad entrou em cena, em 2010”, explica a pesquisadora em seu livro, em referência aos aparelhos da marca Apple, que se tornaram objeto de desejo da maioria dos adolescentes à época de seus lançamentos, impulsionando o domínio da companhia norte-americana sobre esse tipo de público. “O completo domínio do smartphone entre os adolescentes gerou crescentes efeitos através de cada área da vida dos jovens da ‘geração smartphone’, desde suas interações sociais até seu estado de saúde mental”, explica a professora. “Eles são a primeira geração para quem o acesso à internet é disponível constante-

mente, bem ali em suas mãos”, complementa Twenge, que explica ainda que o conceito de “geração smartphone” está relacionado também aos jovens de menor poder aquisitivo. “Adolescentes de ambientes com maiores desvantagens agora gastam tanto tempo online quanto aqueles que vivem com mais recursos – outro efeito dos smartphones. O adolescente médio checa seu celular mais de 80 vezes por dia”, afirma. Consequências As consequências iniciais de umavida concentrada na tela do celular aparecem na própria interação social entre esses adolescentes. A pesquisa da professora norte-americana apontou que os jovens dessa geração, em média, saem menos, pois preferem passar mais tempo em casa. Não necessariamente em casa, mas ligados aos seus celulares. A médio prazo essas mudanças impactam nos relacionamentos desses jovens, seja nas interações sexuais, seja nos círculos de amigos em si. Forma-se então uma geração mais retraída, com personalidades distintas (uma on-line e outra off-line), e com dificuldade de relacionar-se com as demais pessoas. Essa é uma das características que já pode ser verificada em jovens da “geração smartphone” que chegaram ao mercado de trabalho. São pessoas que naturalmente apresentarão dificuldades para improvisar, para lidar com situações humanas de desgaste ou até mesmo para dialogar

com seus superiores de forma clara e conexa. Não são necessariamente tímidos, mas relatam dificuldades em interagir em diversos ambientes e situações. As pesquisas mais recentes, inclusive no Brasil, indicam que o jovem de hoje tem permanecido mais tempo morando na casa dos pais. Se antes, nas décadas de 1970 e 1980, o cenário mais comum era observar alguém aos 25 anos já casado, em sua própria residência, até mesmo com filho, atualmente o jovem opta por permanecer morando com os pais ao menos até os 28, 30 anos. A ideia inicial é que o tempo a mais na casa dos pais permite um investimento mais alto em estudos e capacitações diversas. Não deixa de ser verdade. O problema é que, quando finalmente se depara com a “vida real”, o jovem de hoje toma um “choque de realidade” grandioso. Assim, chegam ao mercado de trabalho mais capacitados para atuar em vagas com exigências e rendimentos inferiores, resultado da crise econômica global e das altas taxas de desemprego que assolam diversos países. Quando tentam adquirir o primeiro imóvel então, o susto é ainda maior. A internet, principalmente as redes sociais, ajudam a ampliar essa “bolha” na qual os jovens muitas vezes teimam em sair por conta própria. O mercado de trabalho, no entanto, tem sido cada vez mais direto e explícito com os integrantes da “geração smartphone”, deixando claro


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Ambiente de trabalho Quem trabalha com jovens nessa faixa etária certamente já reconheceu algumas das características que o definem como uma geração própria. Ainda que faltem estudos mais específicos sobre o tema, uma das principais dificuldades relacionadas à nova geração diz respeito à concentração. Não à toa, os cinemas perderam boa parte de seu público para as séries produzidas para televisão, com conteúdo geralmente 50% mais curto. Há claramente uma dificuldade em manter-se concentrado em tarefas ou atividades que exijam duas horas ou mais de concentração. No ambiente de trabalho, de forma geral, isso resulta em sensíveis dificuldades em relação ao acompanhamento de reuniões, participação em projetos de longo prazo e desenvolvimento de estratégias que requerem foco em mais de uma área de atuação. A dificuldade em se adaptar ao ambiente, aliada aos problemas enfrentados para adequar-

-se à convivência social, impulsiona uma geração de jovens ansiosos e deprimidos. De acordo com a professora, jovens da “geração smartphone” parecem apresentar maiores níveis tanto de ansiedade de quanto de depressão, em um cenário que amplia, inclusive, a taxa de suicídios entre pessoas nessa faixa etária. O que fazer? Não há respostas fáceis para essa pergunta. Até mesmo porque os estudos a respeito das principais características dos jovens da “geração smartphone” são recentes. Além disso, é preciso considerar que, diante da velocidade com que a tecnologia apresenta suas novidades, os resultados das pesquisas sobre o tema podem tornar-se obsoletos. Ainda assim, é preciso pensar em estratégias que explorem o melhor da “geração smartphone” no ambiente de trabalho. Não se trata de modificar inteiramente a estrutura da empresa “apenas” para se adaptar a este público, e sim de implementar medidas que irão potencializar as virtudes desses profissionais e contribuir, inclusive, com a evolução dos demais colaboradores. O ideal é explorar as virtudes de cada geração, ciente de que cada uma delas terá também suas fraquezas. Confira a seguir dicas para melhorar o ambiente de trabalho, contribuindo com a evolução da “geração smartphone” e também daqueles que com ela trabalham diretamente: • Procure mesclar as gerações em sua equipe. Diante do cotidiano, a

tendência natural é que pequenos grupos de afinidade sejam formados de acordo com a idade de cada um, mas a mescla certamente contribuirá para a formação de estratégias mais pluralistas. • Incentive, na medida do possível, o caráter questionador do jovem. Profissionais da “geração smartphone” apresentam maior dificuldade de concentração em palestras, treinamentos e reuniões mais extensas. Será que não é a hora de você mesmo repensar essa estrutura para toda a equipe? Por vezes, esse é um problema que afeta também funcionários de outras gerações, ainda que estes não percebam claramente. • Procure ser o mais claro possível em relação às expectativas e possibilidades para seu jovem funcionário dentro da empresa. Diante de uma geração tão ansiosa e imediatista, quanto mais estruturada estiver a “caminhada”, melhor. • Valorize programas de atendimento e suporte ao colaborador. Ainda incipientes no Brasil, em alguns países esse tipo de auxílio por parte das empresas tem sido considerado tão importante no processo seletivo quanto a existência ou não de vale-refeição, por exemplo. • Fique atento aos conflitos naturais que surgirão entre colaboradores de gerações distintas. Procure resolvê-los de forma a ficar claro para ambos os lados que não há uma opinião certa e uma opinião errada. Novamente, valorize a mescla de sabedorias e explore o melhor que cada geração tem a oferecer. Fonte: Revista Mercado Automotivo

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que, ainda que a qualificação seja superior, o amadurecimento está aquém do esperado para pessoas com aquela idade. Uma das conclusões do estudo de Twenge é que o jovem da “geração smartphone” enfrenta sérias dificuldades para tomar decisões e não lida bem com mudanças em seu cotidiano. Dessa forma, chegam ao mercado de trabalho com perfil mais cauteloso, evitando a exposição a situações que lhes tragam riscos.


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Brasileiros ainda preferem lojas físicas Lojas físicas têm maior participação entre os produtos destinados ao consumo imediato ou perecíveis, como alimentos (88%), limpeza (83%) e medicamentos (81%)

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s tecnologias facilitam o processo de compra, tornando a experiência mais prática e descomplicada. Para os clientes os benefícios no ambiente de compra são (84%) comodidade e (83%) economia de tempo. Os dados são do estudo High Tech Retail, que ouviu 1.400 pessoas em todo o país para descobrir quais são as próximas tendências no comportamento de compra dos brasileiros nos próximos três anos. De acordo com o levantamento, 80% dos entrevistados afirmam que passam a considerar mais as lojas que utilizam tecnologia, 79% passam a recomendar e 76% compram mais as marcas que investem em inovações tecnológicas. O shopper se mostra mais confortável na pesquisa e compra on-line de produtos que envolvam tecnologias agregadas nas quais especificações técnicas são essenciais. Tais categorias permitem encontrar o mesmo item em várias lojas e criam segurança do que será recebido. Eles irão incrementar as compras on-line principalmente das cate-

gorias que já têm ideia do funcionamento do produto, como itens de lazer (67%), eletrônicos (63%), informática (62%), celular (61%), eletrodomésticos (53%) e livros (53%). Estas categorias proporcionam produtos similares, oferecidos em várias lojas, que podem ser detalhadamente comparados com facilidade no mundo virtual. O ambiente on-line também favorece obter informações detalhadas e fazer comparações de especificações e preços. A evolução natural para essas categorias seria entregar uma experiência de uso simulada do produto no momento da pesquisa on-line ou um chat on-line com vendedores para aqueles que têm mais facilidade em entender o conteúdo por meio dessa interação, principalmente para as características de produto, funcionamento e tamanho. Outras categorias que terão prioridade de pesquisa e compra no ambiente on-line são lazer e livros. Na categoria lazer, o “produto” normalmente é entregue durante a experiência

futura e no ato da pesquisa em compra tornam-se importantes fotos, relatos de experiências e outros atributos que não são palpáveis, ou seja, informações detalhadas e referências. Já livros são produtos para os quais não há muitas características de comparação envolvidas quando há o título escolhido. As lojas físicas têm maior participação entre os produtos destinados ao consumo imediato ou perecíveis, como alimentos (88%), limpeza (83%) e medicamentos (81%) ou quando as experiências sensoriais e a experimentação são mais importantes, como cosméticos (70%), moda (66%) e casa e móveis (60%). Cenário Ideal para o Shopper O cenário ideal é que múltiplos canais sejam envolvidos nas jornadas de compras destas categorias, seja na pesquisa por sites de busca, comparação de preços, onde encontrá-los ou até para reposição de produtos previamente testados. Também há oportunidades para desenvolver recursos tecnológicos que


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estimulem os sentidos, agilizem a entrega, garantam trocas e devoluções ou gerem economia de tempo comprando e pagando on-line para uma retirada rápida. A integração dos canais é uma forma de oferecer opções ao shopper. Como as jornadas podem mudar de acordo com a necessidade do momento, é preciso deixar portas abertas para a experimentação. A experiência em outras categorias pode construir segurança e incentivar novas experiências. É hora de criar oportunidades. Os produtos pesquisados prioritariamente em lojas físicas têm potencial de crescer no ambiente on-line, tanto com a experiência e familiaridade com o canal, como com o aperfeiçoamento de alguns

atributos, quer seja agilidade de entrega ou segurança de um processo de compra. Dentre as barreiras para a compra on-line de produtos perecíveis, de con-

sumo imediato e bens pessoais estão a impossibilidade de escolher os produtos com as próprias mãos e a necessidade de receber o produto na hora.

Sobre o grupo CROMA O Grupo Croma possui três unidades que oferecem Consultoria (Croma Consulting), Pesquisa (Croma Insights) e Capacitação (Croma Knowledge) por meio de design de soluções com foco em inovação. Atua no Brasil, América Latina e Estados

Unidos desde 2011. Os projetos são customizados de acordo com histórico de dados, cultura e necessidades de cada cliente, então robusto conhecimento técnico é aplicado, como design thinking, neurociência, semiótica, antropologia, big data etc. Entre seus clientes estão Via Va-

rejo, Etna, Citrosuco, Heineken, Easy Taxi, Kroton, Supergasbras, BNP Paribas Cardif, Latam, Raízen, Mondelez, Cielo, PepsiCo, MasterCard, Netshoes, Coca-Cola, Natura, Whirlpool, GPA, Sanofi, Fiat, Petrobras, Camil, Claro, Carrefour, Britvic, Hershey’s, Philips, TIM, Icatu e Mitsubishi.

Sobre Edmar Bulla Edmar Bulla é CEO e fundador do Grupo Croma, empresa que oferece design de soluções para inovação em negócios. Graduado pela ESPM, possui especialização

em Marketing Digital em Harvard, além de formação em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e WPP, ocupando posições globais. Professor e palestrante em eventos no Brasil e exte-

rior, recebeu prêmios durante sua carreira e é convidado para facilitar encontros de inovação, moderar debates em comitês executivos e processos de transformação cultural e digital em grandes empresas.

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Preço dos carros tende a aumentar Preço dos carros no Brasil tende a aumentar nos próximos anos. Estudo da consultoria IHS Markit mostra valor médio de R$ 75 mil hoje, com crescimento de 20% acima da inflação de 2013 a 2018

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s consumidores que estão pensando em comprar um automóvel nos próximos dois anos devem levar essa possibilidade mais a sério. Estudo da IHS Markit indica que o preço do médio carro no Brasil aumentará de forma mais acentuada a partir de 2022, de acordo com dados levantados pela consultoria e apresentados no Workshop Planejamento Automotivo ABPLAN 2020, realizado por Automotive Business na segunda-feira, 19, no WTC Events Center em São Paulo. O preço do automóvel médio brasileiro hoje gira em torno dos R$ 75 mil. Segundo Roberto Barros, consultor da IHS, o valor cresceu em torno de 20% acima da inflação nos cin-

co anos compreendidos entre 2013 a 2018. Contribuíram para isso vários fatores, como a adoção de mais equipamentos por conta da legislação, fim de incentivos fiscais e oferta crescente de recursos de conforto, como câmbio automático, presente agora em cerca da metade da produção brasileira. Também houve mudanças do mix de produtos no País. Para determinar o avanço dos preços de automóveis entre 2013 e 2018 a IHS levou em consideração a maior oferta de utilitários esportivos nas linhas de cada marca. Sabidamente mais caros do que hatches e sedans, atualmente os SUVs respondem por cerca de um

quarto do mercado brasileiro de automóveis, contra fatia de 10% em 2013. Outro importante aspecto que acelerou os aumentos no período foi a alta ociosidade nas linhas de montagem. “Na média, a taxa de ocupação ficou em apenas 54% no auge da crise, bem abaixo dos 67% que consideramos ideal para que as empresas não se vejam obrigadas a repassar custos para o cliente final”, diz o consultor, que já identifica taxa de ocupação acima de 60% este ano. ESTABILIDADE E NOVA ALTA EM 2022 Exatamente por causa da redução da demanda, aponta o estudo da IHS, nos últimos 15


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Roberto Barros apresenta no ABPLAN 2020 estudo da IHS Markit sobre a evolução preço do médio dos carros no Brasil: cada vez mais caro e de difícil aquisição belecidos no Rota 2030. O programa exigirá a incorporação de equipamentos nos veículos e as montadoras tenderão a repassar os custos, inclusive do desenvolvimento de soluções que propiciem maior eficiência dos motores, ao cliente final. Barros espera que já em 2022 o valor médio dos carros no Brasil esteja até acima dos R$ 85 mil. A atual relação entre o valor do carro médio e o salário mínimo coloca o Brasil entre os

países onde a aquisição de um automóvel é um sonho de difícil concretização. A IHS afirma que, para comprar um carro médio, o brasileiro necessita do dinheiro acumulado em 145 meses, enquanto nos Estados Unidos são 15 meses, 24 meses no Japão, 25 na França e 35 na Espanha. Até na Argentina o consumidor precisa de menos tempo: 142 meses. “Ganhamos apenas do México, onde a compra do carro médio demanda o salário de 190 meses.”

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meses os aumentos têm apenas acompanhado a inflação. Comportamento semelhante, revela a consultoria, deve ser verificado no transcorrer de 2020 e 2021. “Isso se o governo não encontrar maiores dificuldades pela frente, o que poderia influenciar esses números.” Esse quadro, contudo, tende a ser alterado com a chegada de novos veículos que atendam os padrões técnicos de eficiência energética e adoção de sistemas de segurança esta-


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Novas formas de pagamento Redes inovam e já oferecem opções de pagamento por celular, relógio e QR Code

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forma de fazer pagamentos pode mudar radicalmente nos próximos anos. Muitas empresas apostam na expansão do pagamento com QR Code. O Brasil possui cerca de 60 milhões de desbancarizados. São pessoas que não têm conta em banco e por isso ficam sem acesso a ou-

tros produtos financeiros, como cartões, empréstimos ou investimentos. Situações simples, como comprar um produto pela internet, se tornam complicadas para esse público. Por outro lado, o país tem 230 milhões de smartphones, o que dá mais de um aparelho por ha-

bitante. Por que então não permitir que os desbancarizados consigam realizar transações financeiras com o celular? É mais ou menos isso que acontece com o QR Code. Nesse sistema, o cliente só precisa do celular para “ler” o código de pagamento da loja, dispensando o uso de cartões ou


varejo em foco

O Futuro chegou! As empresas vêm inovando na hora de apresentar diferentes opções para o cliente pagar a conta. Com apoio da tecnologia de empresas parceiras, algumas redes estão sendo pioneiras em experimentar diferentes e inovadores meios de pagamento.

O autoatendimento é o serviço mais desejado pelos frequentadores dos supermercados. Pesquisa do Ibope Inteligência encomendada pela Apas mostra que 86% consideram esse serviço importante ou muito importante. “O brasileiro já é um dos que mais usa autoatendimento no mundo. Tome como exemplo os bancos e aeroportos. A experiência no supermercado é um pouco diferente, pode envolver um grau a mais de dificuldade, como pesar frutas

e legumes”, diz Thiago Berka, economista da Apas -Associação Paulista de Supermercados-. Conheça quem está inovando: Nutty Bavarian Nos quiosques da rede especializada em castanhas, o pagamento da compra pode ser feito via QR Code. Oferecida em parceria com o Mercado Pago, a modalidade permite que o consumidor aproxime o celular com o aplicativo do Mercado Pago do QR Code presente nos caixas dos quiosques e efetue o pagamento sem precisar usar dinheiro ou cartão. A parceria entre as duas empresas oferece ainda R$ 10 de desconto para duas compras por mês a partir de R$ 20. Boali Na rede de alimentação saudável, as formas de pagamento incluem desde os tradicionais cartões de crédito e débito até as

inovadoras modalidades: Apple Pay, serviço de pagamento oficial da Apple integrado ao iPhone, o Samsung Pay, que utiliza o mesmo método de pagamento por aproximação de celulares e relógios, porém da marca da Samsung, e o já bastante conhecido e usual QR Code, código de barras bidimensional para ser escaneado através de telefones celulares equipados com câmera. Brechó Agora é Meu Na unidade do brechó de luxo, em São Paulo, os pagamentos das roupas, sapatos, bolsas e acessórios, podem ser feitos via celular ou smartwatch. Basta que o cliente aproxime o celular ou o relógio nas maquininhas da Stone ou Rede, e oficializem as compras sem que precisem usar cartão ou dinheiro. Já para os clientes que optarem pela compra diretamente pelo site, a rede oferece a possibilidade de pagar de forma segura pelo Pagseguro.

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dinheiro em papel. A massificação desse tipo de pagamento exige uma mudança de hábito tanto por parte do usuário quanto do estabelecimento comercial.


varejo em foco

Inovações para o futuro High Tech Retail revela quais são as próximas inovações no varejo nos próximos três anos. Estudo mapeou quais serão as tecnologias na jornada de compra dos clientes e como os varejistas devem se adaptar para atender os shoppers do futuro

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s tecnologias facilitam o processo de compra, tornando a experiência mais prática e descomplicada. Para os clientes

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os benefícios no ambiente de compra são (84%) comodidade e (83%) economia de tempo. Os dados são do estudo High

Tech Retail, que ouviu 1.400 pessoas em todo o país para descobrir quais são as próximas tendências no comporta-


varejo em foco

Apesar de conhecidos, poucos fazem uso dessas tecnologias no cotidiano. Segundo dados do Hight Tech Retail, 29% conhecem os aplicativos das lojas e sites, mas nunca utilizaram; 30% conhecem a ferramenta de vídeos explicativos, mas nunca utilizaram e 32% conhecem o autoatendimento e também nunca utilizaram. “Essa ambiguidade na relação conhecimento e uso encontrados nas respostas revela oportunidades para os varejistas e indústrias investirem em campanhas educativas e ações com o foco na usabilidade e interação dos shoppers em relação às tecnologias. A recompensa ainda não está clara, por isso o uso ainda não foi acentuado. Apesar de algumas marcas colocarem a inovação em prática em suas lojas e sites, essas mudanças não estão sendo percebidas e a culpa não pode ser da tecnologia, já que ela é apen as uma ferramenta disponível em todo o processo”, explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma. No entanto, tecnologias como aplicativos de compras devem crescer no varejo. De acordo com o levantamento, nos próximos três anos 40% pretendem usar muito e 37% pretendem experimentar. “Esse tipo de recurso será um grande aliado para o impulsionamento do uso de outras tecnologias no varejo, como provadores virtuais e realidade aumentada”, completa Bulla.

O estudo mapeou também quais são as tendências de inovação para o comércio até 2022 e como o varejo precisará se adaptar para atender os shoppers do futuro e gerar experiência. De acordo com o estudo, 29% dos entrevistados pretendem usar muito o autoatendimento e 43% esperam experimentar. “As tecnologias que descomplicam a jornada de compra serão cada vez mais presentes no dia a dia dos consumidores nos próximos três anos. Ferramentas que diminuam as filas e facilitem o pagamento como totem de self checkout e modelos que priorizem o autosserviço já são uma realidade no Brasil e têm potencial de crescimento. Essas inovações são analgésicos para as tensões nas jornadas de compra e trazem comodidade, economia de tempo e melhor qualidade de vida”, afirma o consultor. A realidade virtual e provadores on-line ganharão espaço na rotina dos shoppers. 51% deles pretendem usar realidade virtual e 46% provadores virtuais. As lojas já estão investindo nessa tecnologia na experiência de compra. “Esse tipo de inovação personaliza o produto ou serviço ao cliente, mapeando medidas e reduzindo trocas e devoluções, que são onerosas e geram insatisfação com a marca. Tecnologias como telas interativas, vídeos explicativos e provadores virtuais promovem interação com o produto e aceleram a migração ou adoção de novos

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mento de compra dos brasileiros nos próximos três anos. De acordo com o levantamento, 80% dos entrevistados afirmam que passam a considerar mais as lojas que utilizam tecnologia, 79% passam a recomendar e 76% compram mais as marcas que investem em inovações tecnológicas. Neste cenário as tecnologias e inovação têm um papel importante para o varejo atender às expectativas dos clientes e facilitar o momento de compra, seja no ambiente físico como no on-line. Atualmente existem vários tipos de recursos, como aplicativos de compras, vídeos explicativos, autoatendimento e leitor de código de barras no celular. Eles auxiliam os clientes na hora de comprar.


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canais de compra, levando a experiência física para ambiente on-line”, explica Bulla. Outra tendência apontada no estudo é o aumento do uso de assistentes virtuais no varejo com o avanço da inteligência artificial. Esse tipo de inovação, que combina chatbot à inteligência artificial, já é conhecida no país e aplicada em outras áreas fora do comércio, como as da saúde e financeira. O HTR identificou que 38% dos clientes pretendem experimentar a AI e 14% usar muito nos próximos três anos, confirmando o crescimento do atendimento virtual. A personalização de ofertas, serviços e produtos é um dos principais desejos dos shoppers. 39% pretendem experimentar esse tipo de serviço e 22% esperam usar muito.

“Além disso, os consumidores optarão por marcas que atendam melhor em ocasiões de compras específicas e consigam unificar os canais e sistema de entrega com agilidade e praticidade, tanto para quem compra no ambiente on-line como no físico. O HTR identificou que 46% pretendem escolher e comprar na loja on-line e receber em casa e 47% pretendem escolher e comprar na loja física e também receber em casa,” destaca Bulla. Os smartphones também estarão cada vez mais presentes na jornada de compra dentro das lojas físicas. A tendência é que os aplicativos ganhem mais funções, facilitando a compra e unindo o que há de melhor do varejo on-line e off-line. Nesse contexto, tecnologias como leitor de código de

barras crescerão em uso, já que 35% dos entrevistados pretendem usar muito o recurso e 43% pretendem experimentar. Geolocalização, big data e inteligência artificial personalizarão as ofertas e as direcionarão para o perfil do comprador a partir da análise de informações. Os consumidores vão se habituar a usar e experimentar essa novidade, considerando que 44% dos shoppers pretendem experimentar e 29% pretendem usar muito os locais de descontos indicados pelos aplicativos. “Atualmente os aplicativos já oferecem descontos, códigos e cupons de promoções de acordo com as pesquisas no ambiente virtual e isso tende a se expandir com o uso da geolocalização, oferecendo mais vantagens e customização,” finaliza Bulla.


varejo em foco

Os maiores e mais admirados Ranking IBEVAR FIA 2019 premiou as 120 maiores empresas de varejo do país. O estudo, dividido em Faturamento, Eficiência e Imagem rio foi eleita a marca mais admirada pelo segundo ano consecutivo, seguida de Casas Bahia, Lojas Americanas e Renner. No Ranking de Eficiência, que considera fatores como o número de colaboradores, número e formato de lojas (dados disponíveis para todas as empresas), dentre as mais eficientes foram eleitos nomes como McDonald’s, Cacau Show,Leroy Merlin, Kalunga, Raia Drogasil, Magazine Luiza e Makro, em suas respectivas categorias. Já no Ranking de Faturamento, o Carrefour levou o primeiro lugar, com receita de R$ 56,3

bilhões em 2018, seguido por Grupo Pão de Açúcar (R$ 53,6 bilhões), Via Varejo (R$ 30,5 bilhões) e Walmart (R$ 23 bilhões). De acordo com o ranking, as 120 maiores empresas do varejo faturam juntas R$ 345 bilhões, o que corresponde a 29,5% do PIB brasileiro. Dessas, 100 empresas detêm 27% das vendas no varejo. Dentre as categorias avaliadas no mercado, se destacam Hiper & Supermercados, Bebidas e Fumo, com 33,8%, seguido por Veículos, Motos, Partes e Peças, 25,9%, e Tecidos, Vestuário e Calçados, com 9,5%. Confira os rankings:

FATURAMENTO 1. Carrefour (R$ 56,3 bilhões) 2. Grupo Pão de Açúcar (R$ 53,6 bilhões) 3. Via Varejo (R$ 30,5 bilhões) 4. Walmart (R$ 23 bilhões) 5. Lojas Americanas (R$ 20,8 bilhões) 6. Magazine Luiza (R$ 18,8 bilhões) 7. Raia Drogasil (R$ 15,5 bilhões) 8. Renner (R$ 9,7 bilhões) 9. Drogarias DPSP (R$ 9 bilhões) 10. Grupo Guararapes (R$ 8,2 bilhões)

EFICIÊNCIA Empresas que alcançaram 100 pontos de eficiência: Carrefour, Makro, Zaffari, Mambo, Atakarejo, Formosa, Koch (Hiper e Supermercados) Via Varejo, Magazine Luiza, Fast Shop, Fujioka, Tok&Stok (Eletroeletrônicos e Móveis) Renner, Guararapes, Havan, Inditex, Lojas Avenida (Moda e Esporte) Raia Drogasil, Araújo, Onofre (Drogaria e Perfumaria) McDonald’s, IMC (Fast Food e Restaurante) Leroy Merlin, Cassol (Material de construção) Cacau Show, Kalunga, Saraiva, Oxylane (Especializadas e outras)

IMAGEM Mais admirada do Brasil: O Boticário Mais admiradas por segmento: Carrefour (Hiper e Supermercados) Assaí (Atacadistas) O Boticário (Beleza e cuidado pessoal) Cacau Show (Alimentos) Magazine Luiza (Eletroeletrônicos) Tok & Stok (Artigos para o lar) Panvel (Drogarias) Leroy Merlin (Material de construção) Centauro (Esporte) Saraiva (Livrarias) Submarino (Eletrônicos) Rihappy (Brinquedos) C&A (Moda) Petz (Pet) Lojas Americanas (Lojas de departamento) McDonald’s (Fast food) Vivara (Especializados)

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Ranking 2019 IBEVAR FIA premiou as empresas mais representativas do varejo nacional, em cerimônia realizada ontem (20), no Teatro CIEE, em São Paulo. Elaborado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), em parceria com a FIA, o estudo destaca as 120 maiores empresas em três vertentes diferentes: Faturamento, Eficiência e Imagem. O Ranking de Imagem é responsável por eleger as “mais admiradas” do mercado, com base na opinião dos consumidores nas redes sociais, como Facebook, Instagram e YouTube. Nesse quesito, O Boticá-


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Menor tempo de espera

para o cliente

Em dois meses tempo de atendimento da Magazine Luiza cai 67% após transformação digital. Rede varejista diminuiu tempo de espera no atendimento em 67%

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ktie Now, empresa de transformação do atendimento ao cliente, em parceria com a Zendesk, diminuiu, em apenas 60 dias, o tempo de espera no atendimento de seus clientes em 67%. O projeto começou a ser implantado no ano passado para uma das datas mais importantes do varejo: a Black Friday 2018. Os dados foram apresentados este mês no Zendesk Showcase, maior evento sobre experiência do cliente da América Latina, que aconteceu na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. Bruno Stuchi, CEO da Aktie Now, comandou um painel ao lado de Ricardo Querino, Gerente Geral de Clientes da Magazine Luiza e Beatriz Menezes, Gerente Geral de Atendimento também da rede varejista. Os executivos destacaram as soluções implementadas pela Aktie Now, maior parceira da Zendesk na América Latina, nos mais de 250 mil atendimentos realizados por mês da Magazi-

ne Luiza. O principal tema do painel foi sobre quais são os benefícios de colocar o cliente no centro dos negócios, trazendo para a realidade da rede que recentemente se tornou um grande case de sucesso sobre como transformar a experiência do cliente sem deixar de cuidar do seu agente. Com a implantação dos serviços Zendesk a empresa já registrou melhora em diversos setores do atendimento: a ilha de ativos

foi reduzida em 81%, o tempo de treinamento dos funcionários diminuiu em 62%, e, um dos pontos mais importantes: o cliente teve uma redução de 67% no tempo de espera para ser atendido nos canais digitais. Segundo Stuchi, o tempo recorde de implantação foi um desafio que, ao final, valeu a pena. “60 dias foi um recorde nosso de implantação, desde o estudo da jornada do cliente até o mapeamento dos serviços, im-


varejo em foco

plementação e tudo para que as ferramentas funcionassem para a Black Friday”, comentou. O setor de atendimento ao cliente da Magazine Luiza atualmente conta com call center próprio, mais de 700 operadores e cerca de 60 mil atendimentos por mês. Para o CEO da Aktie Now, é importante que, após uma primeira transformação, as empresas mantenham o foco em continuar com mudanças para melhor atender seus clientes. “Ter o foco no cliente e na transformação contínua é o que trará o retorno e aumentará os números da empresa”, disse. A programação do evento esteve repleta de conteúdos e painéis principalmente sobre como é possível crescer, transformar e alcançar sucesso nos negócios ao colocar o cliente no centro das estratégias corporativas. Empresas de destaque como Nubank, iFood, Nextel, Telecine, TOTVs, também participaram da iniciativa.

reuniu cerca de 1800 profissionais durante um dia inteiro de imersão em Experiência do Cliente. Foi um dia repleto de demonstrações das

melhores práticas de empresas inovadoras, os mais recentes avanços tecnológicos na área, e os serviços disponíveis para o setor.

Sobre a Aktie Now A Aktie Now, que no início deste ano abriu uma filial em Recife, pelo segundo ano consecutivo recebeu o título de “Great Place to Work”. A empresa é Premiere Implementation Partner Zendesk e reúne diversos diferenciais, um

deles é o entendimento completo das necessidades e particularidades de cada negócio. A Aktie Now também atua de forma consultiva desde o início de seus projetos, sempre observando as necessidades de seus clientes. Com diversos cases de sucesso

tanto no Brasil quanto no Exterior, a empresa ainda possui, em seu portfólio, parceiros como Tymeshift, Droz e Atende Simples, além de ser a maior parceira da Zendesk na América Latina e única parceira no Brasil a ter o maior número de certificações.

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Sobre o Zendesk Showcase Presente em dez cidades no mundo todo, a quarta edição do Zendesk Showcase São Paulo


especial on-line

VW amplia jornada digital do cliente Com foco total no cliente, empresa amplia digitalização no serviço de Pós-Vendas

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ocê escolhe o lugar, a hora e quem irá te atender. Sem sair de casa. Essa é a nova realidade do cliente Volkswagen, que passa a contar a partir de setembro com o agendamento de serviços on-line por meio do www.vw.com.br ou pelo App Meu VW. “A Nova Volkswagen é uma empresa mais próxima das pessoas e que não para de inovar. A digitalização da jornada do Pós-Vendas foi desenvolvida com foco nas reais necessidades do cliente. Além de comodidade e conveniência

para o consumidor, esse novo recurso dá mais agilidade e transparência nos serviços realizados na rede de concessionárias”, afirma Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen da América Latina. Tudo começa pelo aplicativo “Meu VW”, disponível para download gratuito nas plataformas iOS (Apple) e Android (Google). Com o App instalado, basta se registrar gratuitamente para receber uma identificação Volkswagen – informação que será única para todo o Grupo VW.

Após criar o “VW ID”, o cliente tem ao seu dispor o “Manual Cognitivo” – que usa IBM Watson para responder aos motoristas questões sobre o veículo, incluindo informações contidas no manual do carro. Essa solução, que está disponível para os modelos Polo, Virtus, Tiguan Allspace, Jetta e T-Cross, permite uma nova forma de interagir com o veículo e oferece uma experiência totalmente tecnológica. Sabe aquela tarefa de pegar o manual e procurar a informação em um índice? Isso é coisa do


especial on-line

passado. Hoje essa jornada está bem mais fácil e rápida. Eventuais questões sobre o carro podem ser respondidas por esse assistente inteligente, na palma da mão.

APP Meu Volkswagen Sem surpresas Mais do que oferecer as três primeiras revisões de graça em alguns modelos, a empresa conta ainda com o plano “Revisões Planejadas”, no qual o cliente pode adquirir o pacote com as três primeiras revisões no momento da compra do veículo, podendo quitar ou diluir o valor dos serviços nas parcelas do financiamento, por exemplo. Em outras palavras: não tem surpresa. O cliente já sabe quanto vai gastar nas revisões, o que será substituído e o que será analisado em casa serviço. Os preços da primeira à décima revisão são públicos e de fácil acesso no site da marca. Atenção total ao cliente Atenção ao cliente é o principal foco do Pós-Vendas da Volkswagen. Visando (mais uma vez) a transparência e agilidade no atendimento, o consultor utiliza ferramentas digitais, como um tablet, por exemplo, para realizar o check-list no veículo, sempre mostrando tudo o que está sendo analisado para o

cliente, garantindo uma experiência diferenciada, honesta e, claro, digital. Plano Digital de Serviços Mais um recurso inédito da Volkswagen na América Latina, o “Plano Digital de Serviços” – em vez do livreto junto ao manual do proprietário – disponibiliza todas as informações sobre as revisões digitalmente no App “Meu VW”. A cada serviço realizado é gerado um comprovante com um código específico para cada veículo, à prova de fraudes, uma vez que é interligado em todas as concessionárias da marca. Pesquisa de satisfação Seguindo a tendência mundial de mercado, a Volkswagen também passa a oferecer uma pesquisa de satisfação on-line. A graduação da avaliação é feita por estrelas, de forma intuitiva e muito utilizada no mundo digital. A pesquisa também oferece a opção de comentários livres, para que os clientes expressem o que fez a diferença no atendimento e o que pode ser melhorado.

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Acesso à agenda da concessionária Com o agendamento on-line, a experiência do cliente passa a ser muito mais imediatista e conveniente, pois é possível agendar o serviço desejado por meio do App “Meu VW” e do site da marca, onde estiver e a qualquer hora dia. “A oportunidade de escolher o consultor de confiança é um diferencial que valorizamos muito nesse sistema, pois a digitalização vem para ampliar as possibilidades e agilizar os serviços, não para torná-los impessoais. Sabemos da importância da relação entre consultor e cliente, na relação de confiança que é gerada ao longo do tempo, e estamos usando a tecnologia como meio facilitador nesse processo”, afirma Daniel Morroni, diretor de Pós-Vendas da Volkswagen do Brasil. Para garantir que o cliente se planeje da forma melhor forma possível, a Volkswagen não limita o prazo para o agendamento. Se for um dia útil, pode ser hoje, amanhã, mês que vem, no fim do ano ou em 2020. A agenda é aberta sempre para os próximos 365 dias. Vale lembrar que o agendamento on-line é mais uma opção de comodidade e conveniência, quem preferir realizar o agendamento presencial ainda pode fazê-lo nas autorizadas.


veículos

VW muda logotipo De cor preta, sem efeito 3D e minimalista, novo logotipo foi apresentado no Salão do Automóvel de Frankfurt

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Volkswagen lançou seu novo logotipo no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, em setembro. O novo modelo foi antecipado pela revista americana AdAge, especializada em publicidade e marketing de empresas. A página da própria montadora no YouTube na versão americana já usa o novo design. Além disso, imagens do protótipo do Golf, que circula em fase de testes, já aparece com o novo logo. Oficialmente, porém, a Volks no Brasil não confirmou a VEJA que essa será a nova identidade visual da companhia. A montadora alemã não modifica seu logo desde 2000. A nova identidade visual lembra a que a empresa utilizou no pós-guerra, quando, pela primeira vez, o V e o W foram inseridos dentro de um círculo. O logo antecipado é preto, sem efeito 3D e minimalista. Esse design bate com as informações já divulgadas pela fabricante de automóveis so-

O atual logo da Volkswagen, à esquerda, e o novo, segundo a revista americana AdAge (Revista AdAge/Reprodução) bre sua nova identidade visual. Em nota publicada na semana passada, a empresa disse que o logo seria “mais moderno, claro e simples”. “O logo será reduzido para seus elementos essenciais e terá um novo design que é plano e bidimensional”, informou o comunicado. A mudança também marca a entrada da companhia no mercado de carros elétricos — o primeiro modelo será lançado também em Frankfurt. Ao mesmo tempo, sepulta o atual logo, após o escândalo Dieselgate, em 2015, quando foi des-

coberto um software instalado na central eletrônica dos carros da empresa que alterava as emissões de poluentes nesses veículos apenas quando eram submetidos a vistorias. O caso gerou multas milionárias e a queda do chefão da empresa na ocasião, Martin Winterkorn, que admitiu a fraude. No Brasil, 17 mil unidades estavam envolvidas e nos Estados Unidos, 550 mil. O salão do automóvel de Frankfurt aconteceu entre os dias 12 e 22 de setembro.

Fonte: VEJA


tecnologia

Direção remota com 5G O veículo foi controlado por uma sala de operações localizada a 3 km de distância, usando sinais transmitidos por rede 5G

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direção, aceleração e frenagem. Por segurança, um motorista viajou na cabine para assumir a direção em caso de necessidade. Durante a feira, a marca também apresentou outras tecnologias inteligentes avançadas que equipam os novos modelos da Changan Ford na China. Uma delas é

o SYNC+, sistema multimídia com tecnologia de inteligência artificial da Baidu desenvolvido especialmente para os consumidores chineses. Além de navegação e assistente de voz inteligente, seus recursos incluem várias opções de entretenimento e conectividade do carro com casas inteligentes.

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Ford fez a primeira demonstração de direção remota usando uma rede 5G na China durante a Smart China Expo (SCE), feira internacional de tecnologia em Chongqing – veja o vídeo. O teste, realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa de Engenharia Automotiva da China (CAERI), Datang e China Telecom, foi transmitido ao vivo durante o evento. O objetivo foi analisar o desempenho da tecnologia que terá um papel central para o futuro avanço da conectividade e da automatização, segurança e mobilidade no trânsito. O modelo usado na demonstração foi um Lincoln MKZ Hybrid, com plataforma de direção autônoma adaptada para recepção de sinais 5G. As equipes de pesquisa e desenvolvimento e de veículos autônomos da Ford na China realizaram um trabalho intenso para concluir a sua integração e calibração em um curto espaço de tempo. O veículo localizado em Xiantao Big Data Village foi controlado por meio dos sinais transmitidos da sala de operações da Smart Expo, a 3 km de distância, via comunicação 5G. O motorista usou os sinais de vídeo e áudio enviados pelo veículo para tomar decisões e comandar remotamente as suas funções de


giro

Fiat Uno chega aos 35 anos de Brasil Inovador em 1984, ele acabou dando início anos mais tarde ao movimento dos carros populares com motor 1.0

Na foto, o Mille Electronic, de 1992. O nome vinha de um novo sistema de ignição mais eficiente e não da injeção eletrônica revista sincopeças-SP

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á 35 anos surgia no Brasil o Fiat Uno. Lançado em agosto de 1984, ele inovou o mercado pelo bom aproveitamento do espaço interno e pelo desenho com bai-

xo coeficiente aerodinâmico (Cx 0,36) criado por Giorgetto Giugiaro. Naquela década ele representou a Fiat em um movimento das montadoras pela produção

local de projetos mundiais. Da GM havia o Monza, da Ford o Escort e da VW, o Santana. Desde o lançamento da primeira geração do Uno até


giro

Surgia então o brasileiro Uno Mille. A partir daí suas vendas decolaram. Passaram de 44,2 mil unidades em 1989 para 60,7 mil em 1990 e para 100,5 mil em 1991. Em 1994 foram 224 mil Uno vendidos no Brasil. Esse sucesso do carro, somado à chegada do Palio e à prática de preços mais competitivos que os da Volkswagen, permitiram que a Fiat assumisse a liderança do mercado interno no ano 2000 e se consolidasse nessa posição durante a década passada e parte da atual.

Em 2010 a Fiat lançou a nova geração do Uno, que conviveu até o fim de 2013 com a carroceria antiga. Em 2016 o Uno estreou os motores Firefly 1.0 (três cilindros) e 1.3 (quatro cilindros). Na época a Fiat investiu RS 1 milhão entre mudanças no carro e na reformulação da fábrica de motores. Atualmente, o Uno ocupa apenas a 33ª posição no ranking de automóveis, com 11,8 mil unidades emplacadas em todo o ano. Como comparação, o Fiat Argo registrou 42,8 mil licenciamentos no período e o Fiat Mobi, 31,1 mil. Fonte: Automotive Business

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julho de 2019 a fábrica de Betim (MG) produzir cerca de 4 milhões de unidades. Além de abastecer o mercado brasileiro, o Uno é exportado para Argentina, México, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Chile, Uruguai, Bolívia e Peru. Vale dizer que o Uno deu origem ao conceito de carro popular com motor 1.0. O governo concordou em baixar de 40% para 20% a alíquota de IPI para carros com motores até 1.000 cc. Na época a Fiat exportava para a Itália o Uno Bee e já tinha pronta a solução.


artigo

A que vieram? Promessas de inovação no modelo de comercialização de autopeças para o aftermarket ficaram a desejar

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indústria da reparação de veículos a exemplo de outros países é formada por micro e pequenas empresas, em sua maioria, de origem familiar, onde a paixão criou um amálgama nos últimos anos com um negócio rentável e de muita responsabilidade, porém, cheio de exigências e desafios. Mesmo estas mais de 100 mil oficinas independentes se abastecendo dos mesmos canais comerciais que encontramos nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, ainda encontra muita distância com a reparação de veículos. Os canais comerciais “original” onde nos abastecemos com autopeças via montadora e através de suas 4.016 concessionárias de marca, isto sem considerar o segmento agrícola e motocicletas, e o canal der reposição “independente ou livre” como também é conhecido com suas mais de 500 indústrias de autopeças e centenas de distribuidores e varejistas que abastecem e até financiam parte das oficinas,

(Por* Luiz Sergio Alvarenga)

dependendo de seu porte, tem suspirado algum novo modelo, mas que revelam na prática tímida ou nenhuma inovação, ainda não oferecendo um gatilho para destravar este gigante que movimenta mais de 60 bilhões de reais em peças e serviços, conforme último anuário do Sindirepa Nacional – 2019. Há 21 anos surgia no Brasil um novo modelo de negócio na reposição automotiva, a “Rede Ancora”, que imaginávamos trazer alguma inovação no abastecimento de autopeças, mas o que vimos após estes anos foi a construção de uma rede de cooperação de varejistas de autopeças, que podem ter melhorado ou inovado na sua forma de comprar autopeças, porém, não agregaram valor a venda junto às oficinas independentes. Não obstante e nesta esteira chegava ao Brasil no ano de 2014 um dos maiores varejistas de autopeças e acessórios de veículos dos Estados Unidos, a norte americana “AutoZone” com suas mais de 5 mil lojas nos

Estados Unidos, México e Porto Rico, onde novamente criou-se no imaginário a vinda de um modelo que fosse revolucionar o abastecimento de autopeças para as oficinas independentes, visto seu reconhecido sucesso na América do Norte, mas para nossa frustração o foco era no consumidor final (dono do veículo), como se o Brasil tivesse intimidade ou histórico com o chamado “Do It Your Self” (faça você mesmo); difícil imaginar que com a alta tecnologia dos veículos alguém em sua sã consciência fosse ou pudesse consertar seu próprio carro, situação inimaginável diante de tantos regramentos legais de meio ambiente, relações de consumo, processos não padronizados de garantias, entre outros desafios de toda a ordem. Mais recentemente no ano de 2016 , o Grupo Advent International, uma private equity,( modalidade de fundo de investimento que consiste na compra de ações de empresas que possuam boas faturações monetárias ) adquiriu a respei-


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divertido dizer que cuidar da vida, da segurança dos donos de carros é algo divertido, pelo contrário, algo muito sério, o que demonstra total desconhecimento do setor. “Sustentável” seria se acompanhasse todo o ciclo de vida do produto que comercializa e fosse solidário com os custos que são todos despejados no elo final que são as oficinas, pois quem realmente joga a embalagem das autopeças no lixo é a oficina. E, por último, colocam como objetivo “estar cada vez mais próximo de instaladores e consumidores” chamam os reparadores de instaladores o que parece um tanto simplista em nosso entendimento. Ainda mais recente as chamadas plataformas de comércio eletrônico - “e-commerce”, chegaram como solução mágica na comercialização e entrega de autopeças, mas não foi bem assim que aconteceu, pois as oficinas não sentiram que as entregas tenham ficado mais rápidas do que os canais tradicionais oferecem e além disto notamos que sequer estudaram questões relacionadas a padronização de códigos e nomenclaturas das autopeças, processos de garantia, devolução por entrega errada. Este novo canal, ainda sem muita regulamentação abre um novo e perigoso caminho para escoamento de produtos

duvidosos, pois sua rastreabilidade e controles ficaram mais vulneráveis, além de fomentar o sistema “faça você mesmo”, ou buscando induzir de forma arriscada os consumidores a comprarem e levarem as autopeças em suas oficinas de confiança , impraticável e de alto risco sem orientação, lembrando que muito do que estamos falando está previsto em legislação, assim como a norma técnica ABNT NBR 15.681 dirigida aos profissionais automotivos e não curiosos e aventureiros, pois reparar ou realizar manutenção em veículos automotores se traduz em cuidar da vida, muito mais que do patrimônio. Vale destacar que o Sindirepa apresentou ao Congresso Nacional Anteprojeto para disciplinar as operações comerciais deste canal.

*Luiz Sergio Alvarenga é Diretor de Relações Institucionais e Governamentais do Sindirepa-SP e Diretor Executivo da Associação Brasileira Sindirepa Nacional

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tosa Fortbras e sob esta bandeira adicionou ao seu portfólio inúmeros e reconhecidos varejos regionais, onde logo imaginou-se - como o varejo é muito próximos das oficinas e atua regionalmente, então aqui estaria a verdadeira inovação. Mas passaram-se quase 3 anos e não sentimos qualquer mudança e ainda nos deparamos com os seguintes dizeres no website deste conglomerado, que a razão de existir da Fortbras é “tornar a reparação e manutenção veicular algo fácil, rápido, honesto, transparente, divertido e sustentável para instaladores e consumidores” e não param por aí, completam com a frase “Estar cada vez mais próximo dos clientes é o principal objetivo, oferecendo os principais itens para reposição automotiva de marcas nacionais e estrangeiras com qualidade, agilidade e com atendimento qualificado”. Tudo isto seria fantástico a exemplo dos outros modelos em que depositamos a esperança de algo novo para o negócio de reparação de veículos, mas não é bem isto que está acontecendo, pelo contrário, pois destacarem as palavras “honesto” como se as oficinas não o fôssem; “rápido”, mas que logística é essa que desconhecemos? Continuamos com as problemáticas de sempre; “divertido”, como considerar


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Carro não, mobilidade autônoma! Tecnologia tem de envolver a via inteligente; sozinho o veículo não anda (Por* Joel Leite)

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carro autônomo está sendo construído já há alguns anos. Ele está chegando pouco a pouco. A cada momento surge mais uma etapa, mais uma conquista no sentido de tornar o automóvel uma máquina totalmente controlada pela tecnologia. Mas eu prefiro falar de mobilidade autônoma, em vez de veículo autônomo. E por quê? Porque o carro autônomo só existe se houver estrutura viária integrada a essa tecnologia, para dar suporte ao veículo. Para andar sozinho, o carro precisa ter referências no espaço em que está integrado: sinalização vertical e horizontal, placas de trânsito que seja passível de leitura pelos sensores do carro: placas de velocidade, orientação etc.

O Grupo PSA, que reúne as marcas Peugeot e Citroën, deu esta semana mais um passo na construção do seu modelo autônomo. Em 2017, o carro da PSA fez pela primeira vez uma passagem no pedágio da rodovia, tudo sem a interferência do motorista. Então, veja: a cabine do pedágio tinha que estar preparada pra isso, certo? Por isso que a automação não é apenas o carro, mas todo um conjunto de tecnologias que vai permitir a mobilidade autônoma, para a qual é necessário a existência de infraestrutura viária inteligente. A PSA está testando o seu carro em relação a essa infraestrutura viária: o objetivo é checar como o automóvel vai se comportar diante de uma área

de tráfego temporariamente alterada: por exemplo, quando houver uma obra na pista ainda não sinalizada pelos sistemas de navegação. Outra tecnologia avaliada é a chamada “parada segura”, que envolve a condução do veículo para uma área de refúgio, caso o condutor não retome o controle em uma situação de emergência. Para a PSA esse é mais um passo na implantação de veículos autônomos, fortalecendo a comunicação entre o carro e a infraestrutura rodoviária, a fim de ampliar o campo de ação do sistema, garantindo a segurança dos ocupantes, que, em última instância é a principal proposta da mobilidade autônoma: a segurança.

Fonte: Automotive Business


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