REVISTA POSTO DE OBSERVAÇÃO 381 - JUL/2023

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Órgão Oficial de Divulgação da Brascombustíveis

EDIÇÃO N O 381

COMBUSTÍVEIS

UM SETOR EM FRANCA TRANSFORMAÇÃO

O destino da revenda está nas mãos do Palácio do Planalto e no Congresso Nacional. Mas não só

Facilitar a sua vida é só um dos benefícios.

CONCURSO

ESTÁ DE VOLTA! PARTICIPE!

Você, revendedor, tem até o próximo dia 22 de setembro para fazer sua inscrição na 21ª edição do concurso e ter a oportunidade de marcar presença na história da revenda nacional

O Concurso O Posto Mais Bonito do Brasil está com inscrições abertas! Depois da justificável ausência em 2021, causada pela pandemia, 2023 marca seu retorno para dar a devida visibilidade aos empresários da revenda que mais se destacam na condução de sua atividade. E vale lembrar que a disputa – promovida normalmente a cada dois anos pela Brascombustíveis e pela revista Posto de Observação, com o apoio do Sincopetro – é a única a valorizar empresários e empresas dessa importante categoria econômica.

Regulamento e inscrições

Este ano as inscrições poderão ser feitas entre 21 de agosto e 22 de setembro pelo site www.postonet.com.br ou pelo hotsite do concurso www.postonet.com.br/pmbb/2023, mediante o envio de fotos e documentos previstos no regulamento, o qual também está disponível nos mesmos endereços eletrônicos.

Finalistas da última edição

A última edição do concurso ocorreu em 2019. Conheça os finalistas de 2019 e inspire-se para participar este ano. O máximo que pode acontecer é seu estabelecimento obter o primeiro lugar na categoria!

Posto Urbano

1º Colocado

Auto Posto Central – Shell Cerquilho (SP)

2º Colocado

Posto Via Norte – BR

Distribuidora

Macaé (RJ)

3º Colocado

Posto Flórida – Shell

Curitiba (PR)

Posto de Rodovia

1º Colocado

Posto Amigão Cidade Alta –BR Distribuidora

Capinzal (SC)

2º Colocado

Ecorodo BR 040 – BR

Distribuidora

Petrópolis (RJ)

3º Colocado

Posto Plaza – BR Distribuidora

Águas de Santa Bárbara (SP)

Loja de Conveniência

1ª Colocada

Loja do Posto de Serviços Ilha Bela – Ipiranga

Florianópolis (SC)

2ª Colocada

Loja do Posto Amigão Cidade

Alta – BR Distribuidora

Capinzal (SC)

3ª Colocada

Loja do Posto Flórida

Curitiba (PR)

Auto Posto Central Posto Amigão Cidade Alta Loja do Posto de Serviços Ilha Bela

REGULAMENTO

Objetivo

O Concurso O Posto Mais Bonito do Brasil tem como objetivo eleger os postos revendedores de combustíveis e lojas de conveniência localizados em todo o território nacional que representem a modernidade, a inovação, a valorização dos recursos humanos e o respeito ao meio ambiente e ao consumidor.

Promotora

O Concurso O Posto Mais Bonito do Brasil é realizado, pela Revista Posto de Observação e Brascombustíveis (Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes), com o apoio do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo)

1 - CRITÉRIOS GERAIS

CATEGORIAS:

POSTO URBANO / POSTO DE RODOVIA / LOJA DE CONVENIÊNCIA

O concurso será realizado em todo o território nacional e está aberto a todos os postos revendedores de combustíveis ou loja de conveniência situada dentro de postos.

Os postos e lojas de conveniência independentes poderão participar do concurso em igualdade de condições com outros que ostentem alguma marca. Não serão aceitas inscrições concomitantes na Categoria Posto Urbano e Posto de Rodovia.

A avaliação dos candidatos terá por base os critérios de manifestação visual, layout, iluminação, organização, limpeza e estado de conservação das instalações do posto ou loja, bem como criatividade na condução do negócio, mix de produtos oferecidos, treinamento e apresentação dos funcionários, além da qualidade dos serviços e do atendimento oferecidos aos clientes.

2 – INSCRIÇÕES

Os postos concorrentes na CATEGORIAS POSTO URBANO e POSTO DE RODOVIA deverão enviar 6 (seis) fotos, sendo uma diurna (de ângulo geral do estabelecimento), uma noturna e as demais a critério do participante.

Para a CATEGORIA LOJA DE CONVENIÊNCIA, o estabelecimento deverá se inscrever mediante o envio de 6 (seis) fotos da loja: 3 (três) internas, 1 (uma) externa e demais de acordo com o critério do participante.

As fotos inscritas estarão automaticamente autorizadas pelo proprietário para uso em qualquer material entre fotos, matérias jornalísticas e outros meios de comunicação, para serem utilizadas em campanhas promocionais e institucionais da Brascombustíveis e Revista Posto de Observação, sem ônus para os organizadores do concurso.

As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 21 de agosto até dia 22 de setembro de 2023, IMPRETERIVELMENTE DE FORMA ONLINE, no site da Revista Posto de Observação www.postodeobservacao.com. br ou hotsite do concurso www.postonet.com.br/pmbb/2023 , onde o formulário de inscrição deverá ser preenchido corretamente e postado juntamente com as fotos anexadas.

As fotos deverão estar compatíveis com a realidade atual do posto/ loja, ser coloridas, na posição horizontal, em alta resolução mínima 300 dpi (acima de 1Mb).

Especificações: Categorias POSTO URBANO e POSTO DE RODOVIA, máximo de fotos de 6 (seis) fotos, sendo uma diurna (de ângulo geral do estabelecimento), uma noturna e as demais a critério do participante. Categoria LOJA DE CONVENIÊNCIA, 6 (seis) fotos da loja: 3 (três) internas, 1 (uma) externa e demais de acordo com o critério do participante. Todas as inscrições devem estar nas especificações informadas ou não serão validadas.

A confirmação e validação será realizada pela equipe da Revista Posto de Observação, por e-mail no endereço informado na inscrição.

3 – SELEÇÃO

A equipe da Revista Posto de Observação fará uma pré-escolha das fotos.

As fotos pré-selecionadas serão analisadas por um júri elencado pela Revista Posto de Observação, com 1 (um) representante escalado pela respectiva companhia distribuidora participante, além de outros especialistas escolhidos pelos organizadores do concurso. Durante a seleção, serão escolhidos os 5 (cinco) estabelecimentos semifinalistas para Posto Urbano, os 3 (três) semifinalistas para Posto de Rodovia e os 3 (três) semifinalistas para Loja de Conveniência.

A equipe da Revista Posto de Observação visitará todos os semifinalistas. Os pontos obtidos durante a visita determinarão a ordem de classificação e os 3 finalistas pertencentes a cada categoria serão definidos.

A relação dos postos selecionados para a fase final será divulgada no site da Revista Posto de Observação e nas redes sociais.

O resultado final será divulgado primeiramente na cerimônia de premiação do Concurso O Posto Mais Bonito do Brasil a ser agendada pelos organizadores. Posteriormente será divulgado no site, hotsite e demais redes sociais.

4- PREMIAÇÃO

A premiação será realizada durante a cerimônia especial, na qual os 3 (três) primeiros colocados de cada categoria receberão os respectivos troféus.

A marca ostentada pelo primeiro colocado na Categoria Posto Urbano será homenageada com o Prêmio Alísio Vaz durante a cerimônia de premiação.

Associação Brasileira do Comércio

Varejista de Combustíveis

Automotivos e de Lubrificantes

Presidente: José Alberto Paiva

Gouveia

Revista Posto de Observação

Orgão Oficial de Divulgação da Brascombustíveis

Diretor Responsável

José Alberto Paiva Gouveia

Diretor Financeiro Genaro Maresca

Jornalista Responsável

Cristiane Colich Sampaio (Mtb. 14225)

Editora Denise de Almeida

Parcerias e Negócios

Anadir Zoccal

Marketing Cybele Belini

Assinaturas Maristela Freitas

Edição de Arte e Projeto Gráfico

Paula Correa Clemente

Crédito foto Capa Pedro França/ Agência Senado Impressão e Acabamento HAWAII Gráfica & Editora. Distribuição nacionalRedação e Publicidade Rua Atibaia, 282 - Perdizes - São Paulo - SP 01235-010 Tel.: (11) 2109-0600

informa@postonet.com.br

www.postodeobservacao.com.br

Apoio:

Sua Empresa 22

Em Foco 26

Gestão Profissional 28

Notícias Regionais 32

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EDIÇÃO N O 381
EXPEDIENTE Mercado 4 Capa 16 Destaque 20
ÍNDICE
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Novo RTM: primeira ‘bomba legal’ da Wayne já está em operação

O MODELO HELIX 5000 DA WAYNE, QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO NOVO RTM, COMEÇOU A OPERAR NO DIA 4 DE MAIO

A bomba Helix 5000 da Wayne (empresa do grupo Dover), no Posto Galápagos, em São João do Meriti (RJ), de bandeira Shell, é a primeira instalada no mercado brasileiro a atender ao novo RTM (Regulamento Técnico Metrológico), definido na Portaria 227/22 do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que entrou em vigor em 15 de março último.

Stelmo Carneiro, diretor-geral da Dover Fueling Solutions para a América Latina, frisa que “o objetivo do novo regulamento é garantir segurança para as bombas de combustíveis, com o intuito de prevenir fraudes e aumentar a confiabilidade das medições”. Ele se refere, especialmente, à fraude da ‘bomba baixa’, que lesa o consumidor, o qual paga por mais combustível do que, de fato, é colocado no tanque de seu veículo.

A Rede JB, proprietária do posto, é, segundo Carneiro, um cliente de vanguarda, um dos primeiros a investir em novos equipamentos. “Além disso, ostenta a bandeira Shell, empresa que faria sua convenção na semana seguinte e que tinha interesse em entender mais sobre essa nova tecnologia”, acrescenta. Devido a essa parceria e a essa coincidência, esse foi o primeiro posto do Brasil e do Rio de Janeiros a ter a nova bomba.

Em respeito ao novo RTM, o novo equipamento traz assinatura digital criptografada das informações movimentadas entre os componentes eletrônicos da bomba, um compartimento fora da área lacrada para que o sistema de automação e outros periféricos do posto se-

Julho | Agosto-2023 4 MERCADO
DIVULGAÇÃO
Por CRISTIANE COLLICH SAMPAIO

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MODELOS JÁ DISPONÍVEIS

DIVULGAÇÃO

A Wayne foi a primeira fabricante a ter suas bombas certificadas pelo Inmetro e a oferecer ao mercado modelos em conformidade com as exigências do órgão: a linha Global 3G, composta pela Global Century e Globar Vista, e a linha Helix, integrada pela Helix 1000, Helix 4000 e pela Helix 5000, modelo que foi instalado no Posto Galápagos.

De acordo com informações da empresa, a família Helix combina tecnologia avançada, design moderno, durabilidade e alto desempenho e está em conformidade com as mais rigorosas normas de segurança e metrologia. Já os equipamentos da Global 3G apresentam robustez e durabilidade, podendo trabalhar 24 horas sem paradas.

Em entrevista à PO, Stelmo Carneiro revelou que, no ano passado, ainda em decorrência da pandemia de Covid19, ocorreu escassez global de componentes eletrônicos em geral e, mesmo num momento de incertezas e arcando com preços mais elevados do que em período anterior, a Wayne decidiu investir na aquisição desses itens. Foi essa estratégia arrojada que, segundo ele, possibilitou que a empresa fosse a pioneira a obter a certificação de seus equipamentos junto ao Inmetro e que acumulasse estoques para atender à demanda. Carneiro acrescenta que, desde então, “os custos desses componentes se estabilizaram, mas não caíram, e não há previsão de que fiquem mais baratos no curto prazo, até porque a demanda mundial aumentou em todos os cam-

pos”. Nas novas bombas da Wayne, cerca de 40% dos componentes são importados.

RETROFIT E PERSPECTIVAS

Quanto à possibilidade de readequação das bombas (kit retrofit) em lugar de substitui-las por novas, o executivo pondera que não é economicamente viável para equipamentos de fabricação anterior a 2018-19, pois exigem reconstrução mecânica, inclusão de uma caixa externa etc., além da substituição total da parte eletrônica. “Já as bombas de 2018, 2019, para cá têm essa possibilidade, mas só terão de ser substituídas dentro de oito e 10 anos. No momento em que essa substituição for obrigatória, talvez o retrofit seja viável, mas hoje não é.

Mas vamos continuar trabalhando na redução desses custos se for esse o interesse do mercado.”

A empresa estima que nesses primeiros anos as vendas de bombas novas irão se manter em patamares próximos aos recentes, de 13 mil unidades/ano. “A partir de 2025, que é quando maior número terá de ser substituído, entendemos que a renovação do parque nacional irá crescer”, avalia o diretor-geral. Mas a expansão das vendas deve atravessar as fronteiras do Brasil.

ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS

Assim como aconteceu com os veículos, em que novas tecnologias trouxeram mais segurança para os motoristas e se espalharam pelo mundo, essa nova tecnologia em bombas, que foi desenvolvida e que está sendo implementada no Brasil, trazendo segurança não apenas para os consumidores finais mais também aos revendedores – que sofrem com as fraudes concorrenciais praticadas por uma minoria –, também começa a atrair a atenção internacional.

“Somos uma empresa multinacional e já estamos recebendo solicitações de outros países para equipamentos com essas características. Essa demanda por uma bomba mais segura e antifraude deixa agora de ser uma exclusividade do Brasil e passa a despertar o interesse do mundo”, revela Carneiro.

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Stelmo Carneiro, diretor-geral da Dover Fueling Solutions para a América Latina.

MERCADO

Nova bomba já integra o laboratório antifraude do Ipem-SP

O EQUIPAMENTO ANTIFRAUDE METROLÓGICA, QUE LEVA A MARCA DOVER/WAYNE, SERÁ UTILIZADO NO TREINAMENTO

DAS EQUIPES DE FISCALIZAÇÃO DO ÓRGÃO NO PAÍS

No dia 6 de julho, a Dover Fueling Solutions doou ao Ipem-SP (Instituto de Pesos de Medidas do Estado de São Paulo) uma bomba de combustível da marca, que conta com todos os requisitos antifraudes metrológicas exigidos pelo novo RTM/Inmetro para os equipamentos desse tipo comercializados no Brasil.

A bomba passou a integrar o Laboratório de Desenvolvimento e Tecnologia Antifraude da instituição, que é responsável pelo treinamento das equipes de fiscalização não apenas do estado, mas também do país.

Além da bomba, dois engenheiros especializados do grupo Dover (do qual a Wayne é empresa integrante) realizaram o treinamento da equipe técnica do Ipem, que foi o pri-

meiro dos diversos previstos para o Brasil.

“Ter essa bomba mais moderna do mundo no laboratório do Ipem-SP, que faz análise, treinamento e capacitação para fiscais espalhados pelo Brasil, os habilita para que no Brasil inteiro se faça a fiscalização adequada que essa nova tecnologia permite”, ressaltou o superintendente do Ipem-SP, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, durante a cerimônia de entrega.

O evento contou com a presença do diretor-geral da Dover Fueling Solutions para a América Latina, Stelmo Carneiro, que formalizou a entrega da nova bomba da empresa, bem como com representantes do Sincopetro, de outros institutos e entidades ligados ao setor de combustíveis.

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O superintendente do Ipem-SP, Marcos Guerson de Oliveira Junior (de camisa escura) e o diretor-geral da Dover para a América Latina, Stelmo Carneiro, durante o evento

Mercado livre de energia permite redução de custos para revendedores

POSTOS DE COMBUSTÍVEIS COM DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA MENOR QUE 500 KW OU MENOS QUE R$ 50 MIL DE GASTOS NA CONTA DE LUZ PODERÃO USUFRUIR DE BENEFÍCIOS

A publicação da portaria 50/22 pelo Ministério de Minas e Energia em setembro do ano passado pode mudar o cenário do mercado de energético no Brasil. A nova regra, que deve entrar em vigor em janeiro de 2024, permite aos consumidores do mercado de alta tensão comprar energia elétrica de qualquer concessionária e gerenciar suas preferências, podendo optar por produtos que atendam melhor o seu perfil de consumo, como os horários em que necessita consumir mais energia, por exemplo. Além disso, especialistas preveem que a concor-

rência pode proporcionar preços mais interessantes, melhorando a eficiência do setor elétrico e da economia brasileira.

José Antonio Sorge, sócio da Ágora Energia, empresa geradora e comercializadora de energia elétrica, afirma que há vantagens para os postos de combustíveis que queiram migrar para o mercado livre, onde tudo será negociado livremente: “o preço, o prazo, as condições do contrato”. Ele considera ser esta uma excelente oportunidade para o revendedor que deseja reduzir as despesas com energia elétrica. Acompanhe a entrevista:

Posto de Observação - Por que há esta oferta para a migração ao mercado livre neste momento, e até então não era oferecida esta oportunidade para os postos?

O mercado livre foi criado em 1995, mas seu acesso era restrito aos consumidores que possuíam demanda igual ou maior que 500 KW, que corresponde a uma média de gasto mensal com energia acima de R$ 50 mil. A oportunida-

de veio com a publicação da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas Energia, que ampliou a possibilidade de migração para o mercado livre para todos os consumidores que estejam ligados em média/alta voltagem, democratizando o acesso e permitindo que, independentemente do tamanho da conta e do consumo de energia, todos poderão se beneficiar e reduzir seus custos de forma significativa.

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DIVULGAÇÃO

Posto de Observação – E como fica a relação com as distribuidoras de energia se um posto quiser migrar para o mercado livre?

Nada muda nesta relação. A distribuidora continua responsável pela rede elétrica que chega até o posto, bem como pelo atendimento técnico e qualidade do fornecimento de energia para a unidade; e o consumidor permanece com a mesma demanda contratada.

Posto de Observação - Então o que altera com a migração para o mercado livre?

O preço da energia, que ficará muito mais barato no mercado livre. O consumidor pagará para o seu comercializador de energia e a distribuidora, que tem a tarifa muito alta regulada pela ANEEL, não mais cobrará a tarifa de energia na conta mensal. Além disso, no mercado livre, como o próprio nome diz, tudo é negociado livremente: o preço, o prazo, as condições do contrato. A avalição parte da análise

das contas de luz. Para os postos de combustíveis, a Ágora, inclusive, dispõe de produtos customizados e adaptados individualmente para a necessidade específica de cada posto de combustíveis.

Posto de Observação – A partir de quando o consumidor que tem demanda menor que 500 KW poderá efetivamente usufruir destes benefícios?

A data definida na portaria é janeiro de 2024. Mas, é importante que o consumidor inicie o processo neste momento. Pois, o contrato de energia firmado com a distribuidora tem prazo de vencimento anual e é renovado automaticamente. No caso da migração para o mercado livre, o consumidor deve comunicar a distribuidora com 180 dias de antecedência da data do vencimento. Ou só conseguirá reduzir seus custos com energia em 2025.

Para saber mais, acesse: agoraenergia.com.br e itpindustrial.com.br

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Ipiranga está de cara nova e com nova linha de aditivados

OS PRIMEIROS POSTOS COM A NOVA IDENTIDADE VISUAL JÁ FORAM

INAUGURADOS E OS NOVOS COMBUSTÍVEIS ADITIVADOS DA LINHA

IPIMAX AMPLIAM O PORTFÓLIO DE PRODUTOS DA MARCA Por

Os primeiros postos com a nova identidade visual da Ipiranga já podem ser vistos pelas ruas de São Paulo. A mudança foi anunciada

nos últimos dias de março e, além da estrutura física, a companhia apresenta a oferta de novos serviços e produtos com foco na jorna-

Novos combustíveis aditivados com até 6% mais rendimento

Após um ano pesquisas e testes em laboratórios, simulando ações do cotidiano do consumidor, a companhia reformulou o pacote de combustíveis aditivados, com quatro produtos no portfólio: Ipimax Gasolina, Ipimax Etanol, Ipimax Diesel e Ipimax Pro Gasolina. Na gasolina, os aditivos Ipimax apresentaram um rendimento superior a 4% no comparativo com a gasolina original; e, no etanol, o pacote de aditivos foi completamente renovado, garantindo um rendimento de cerca de 6% se comparado com o etanol original.

De acordo com a Ipiranga, os combustíveis da linha Ipimax emitem menos poluentes, já que, com a mesma quantidade de litros, o veículo roda mais quilômetros, versus os combustíveis originais.

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DENISE DE ALMEIDA

da dos clientes. Entre eles, a linha de produtos aditivados Ipimax, ampliando o portfólio da marca.

Segundo Bárbara Miranda, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da empresa, a virada de marca dos postos será feita de forma gradativa à medida que haja renovação ou expansão da rede Ipiranga no Brasil. Ela destaca que as unidades trazem novidades arrojadas e alinhadas com aspectos ESG, promovendo o negócio dos revendedores e ampliando a relação com os consumidores para além do abastecimento no posto.

O novo visual é marcado pelas cores da marca. O Amarelo Ipiranga predomina na cobertura do complexo, facilitando a identificação da marca na jornada do consumidor.

Já o Azul Ipiranga indica todos os produtos à venda, enquanto o Laranja Ipiranga sinaliza as áreas de ofertas de serviços gratuitos e outros espaços, como estacionamento para bicicletas e local para pets. Além disso, a testeira está 40% maior, com o pingo da letra “i”, de Ipiranga, muito mais aparente, assim como o triângulo, que faz parte do novo grafismo da marca e poderá ser visto em diversos elementos visuais dentro do posto.

Barbara ressalta ainda que a ideia da Ipiranga é também oferecer uma experiência integrada de jornadas física e digital, que englobam AmPm, Jet Oil, abastece-aí, Km de Vantagens e pista de abastecimento, favorecendo uma maior integração e personalização do atendimento, tornando a experiência mais ágil e conectada.

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XPert completa 30 anos de dedicação à revenda

INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO E TECNOLOGIA AINDA

CONTINUAM DITANDO OS RUMOS DE UMA DAS PRINCIPAIS

Criada em 15 de março de 1993, em Pato Branco (PR), a Xpert nasceu focada em sistemas e equipamento de automação para gerenciamento dos processos intrínsecos ao comércio de combustíveis, que incluem a revenda e lojas de conveniência. Ao completar 30 anos, a empresa também passa a se dedicar à tecnologia de integração das principais distribuidoras e de suas campanhas de marketing, fechando o ciclo voltado ao segmento.

A XPert esteve presente à Convenção Ipiranga, quando do lançamento da nova identidade visual e das novas parcerias. Conforme relata Dario Garcia, gerente de Negócios da empresa, com a divulgação de parceiros de diferentes áreas, o evento reforçou o fim do monopólio na automação das lojas de conveniência, abrindo espaço para outros fornecedores. “A convenção ofereceu uma grande oportunidade para a integração dos diferentes nichos de participantes. Já naquela oportunidade conseguimos fechar vários negócios e continuamos expandindo nossas vendas, agora também junto às lojas da marca”, revela.

Segundo Garcia, atualmente a Xpert está homologada junto às três maiores distribuidoras em operação no país – Raízen, Ipiranga e Vibra Energia – para oferecer soluções para todo o complexo do posto – pista, conveniência, troca de óleo e aplicativos. Hardwares e softwares homologados integram hoje o planejamento das distribuidoras, a estratégia de marketing e projetos de fidelização, complementa o executivo, dada a importância da automação – e, com isso, o aumento do nível de profissionalismo e de eficiência – no setor. “Por isso é muito importante nos aperfeiçoarmos cada vez mais, para oferecer um pacote de automação completo. Hoje, essas parcerias com as companhias e grandes redes de postos são parte dos principais fatores de crescimento da Xpert.”

SISTEMA COMPLETO E PORTARIA 427/2021

O sistema Xpert abrange o controle total de um posto ou de uma rede: na pista, registra todos os abastecimentos e a produtividade dos funcionários, e, na loja e retaguarda, monitora vendas, gestão e atendimento de modo integrado. Também realiza o monitoramento do estoque – e ambiental –, por meio da integração com as principais soluções de automação de bombas e de medição de tanques, e, ainda, é capaz de gerir, de forma centralizada e ágil, os diversos estabelecimentos de uma rede.

Do seu portfólio fazem parte:

• Concentrador ATG-20 e solução ATGweb permitem automatizar todas as operações do posto em um único equipamento, e o acompanhamento do estoque dos tanques em tempo real;

• Sensor Ambiental XPert XLS-20, que identifica e monitora, em tempo real, vazamentos em tanques;

• XPid-20, realiza a gestão de vendas, controlando abastecimentos e produtividade dos frentistas; e

• Sonda XPert XPB-20, oferece medição precisa do volume dos tanques, detectando a presença de água e a temperatura do combustível.

A empresa fechou parceria com o Sincopetro, para facilitar aos associados a adequação à Portaria MTP nº 427/2021 (substituição da régua por sistemas eletrônicos de medição de tanques), cujo prazo expira no dia 21 de setembro.

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MERCADO
CRISTIANE COLLICH SAMPAIO
EMPRESAS DE AUTOMAÇÃO DE POSTOS DO BRASIL Por
Dario Garcia, gerente de Negócios da Xpert. FOTOS: DIVULGAÇÃO

Um setor em franca transformação

No Congresso Nacional e no Palácio do Planalto encontra-se o condão que deve definir a nova estrutura tributária do país que, espera-se, deverá simplificar a estrutura de impostos, impulsionar a economia e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. No momento, depois de alterada pela Câmara dos Deputados, a proposta do Executivo se encontra em análise no Senado Federal. Como é quase certo que sofra mudanças nessa casa, provavelmente ainda voltará à Câmara, antes de ser promulgada. E, depois, ainda virá a regulamentação dessa reforma, prevista para ser colocada na pauta da Câmara só em fevereiro de 2024, após o recesso de fim de ano do Legislativo.

Aqui não é o caso de repetir o que, de forma detalhada, a imprensa nacional já vem divulgando, mas vale destacar a lenta e gradual migração da cobrança da origem para o destino e unificação de tributos no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, não cumulativo e sem incidência em cascata. O IVA será dividido entre a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – de responsabilidade da União, que unifica PIS/Cofins e IPI – e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), arrecadado por estados e municípios, que substitui o ICMS e o ISS.

Mas ainda que combustíveis e lubrificantes venham a ser regidos por estrutura tributária específica a ser futuramente estabelecida, o setor já conta com algumas certezas: foi determinada a cobrança monofásica (em uma única etapa da cadeia), alíquo-

tas uniformes (para evitar a guerra fiscal) e possibilidade de concessão de crédito para o contribuinte.

MONOFASICO, AD REM , UNIFORME E NA ORIGEM

Aliás, um passo importante para frear a sonegação no setor – estimada em R$ 14 bilhões/ano –foi dado este ano, com a entrada em vigor das Leis Complementares nº192 e 194/2022. A nova regra, que determinou a aplicação da monofasia do ICMS e demais impostos sobre o diesel em 1º de maio e sobre a gasolina em 1º de junho, com alíquotas uniformes em reais (ad rem) e incidência única na origem, era uma antiga reivindicação do setor para acabar com a concorrência desleal.

Para Emerson Kapaz, presidente do ICL (Instituo Combustível Legal), com essas leis, “a reforma do setor está praticamente pronta, bastando chegar a um consenso com relação ao etanol”. Assim, a partir da entrada em vigor desse novo sistema de arrecadação, as irregularidades tributárias tendem a desaparecer. “Isso deve acabar com a sonegação que se tem em toda a cadeia de comercialização, com a ‘barriga de aluguel’ etc., e será mais fácil fiscalizar esse mercado”, declara, já que bastará fiscalizar refinarias, unidades petroquímicas e a importação, que são os elos de incidência e arrecadação dos impostos. Segundo ele, a legislação vigente reuniu na alíquota ad rem e monofásica todos os tributos incidentes sobre o diesel e a gasolina – ICMS, PIS e Cofins – e, diferentemente do

CAPA COMBUSTÍVEIS
TRIBUTÁRIA E AS EXPECTATIVAS QUANTO À REFORMA TRIBUTÁRIA TORNAM O FUTURO AO MESMO TEMPO PROMISSOR E INCERTO
CRISTIANE
ALÉM DE UMA SÉRIE DE NOVAS REGRAS, A CHEGADA DA MONOFASIA
Por
COLLICH SAMPAIO

que propõe a reforma tributária geral, a cobrança se dará na origem e não no destino.

“Por isso, nossa negociação se deu diretamente com o Ministério da Fazenda, para que, na reforma tributária, o setor de combustíveis, que hoje representa 10% do PIB, fosse contemplado rapidamente. Essa reforma setorial está praticamente pronta; só falta definir a tributação com os agentes do etanol, usinas e destilarias”, salienta.

Murilo Genari Barco, diretor comercial da Valêncio Consultoria, aponta outro aspecto positivo da atual regra tributária. “Essa é uma simplificação importante, pois toda a arrecadação fica concentrada no produtor/ importador, eliminando os demais elos da cadeia, e que também descomplica as operações interestaduais, nas quais se deveria recolher a diferença dos impostos entre os estados. Com a mudança isso deixa de existir, bem como a guerra fiscal entre estados, pois todos passaram a ter um mesmo imposto.”

Para ele, essas mudanças podem, sim, ajudar diminuir a sonegação, mas não zerar, uma vez que, até o momento, “o etanol permanece fora dessa equação”.

DEVEDOR CONTUMAZ E FISCALIZAÇÃO

Já a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), criada para funcionar como um colchão, para amortizar impactos da variação do preço internacional do petróleo e de derivados nos preços internos, foge desse arcabouço. “A Cide não é um imposto e precisamos ver se o atual presidente da Petrobras vai desejar usá-la para minimizar eventuais impactos”, complementa Kapaz, que hoje integra a CTAE (Comissão Temática de Assuntos Econômicos) do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável), órgão consultivo da Presidência da República.

No bojo da luta do ICL contra a sonegação também está a aprovação do PLS nº 164/2022, do então senador Jean-Paul Prates (hoje presidente da Petrobras), que atualmente transita no Senado. Trata-se da caracterização do devedor contumaz, que usa a sonegação de impostos como estratégia de negócio. “Essa caracterização vai ajudar muito no combate a sonegadores, fraudadores, aos devedores profissionais, que usam a sonegação como forma de competição. Isso facilitaria o trabalho da Receita Federal, na criação de ações especiais de fiscalização nessas empresas”, comenta.

Ele acredita que a monofasia, com a incidência de imposto somente na origem, irá facilitar a fiscalização, pois, ao invés de ter de inspecionar 45 ou 48 mil agen-

tes, esse número se reduz a cerca de 30, apenas. “Aí, sim, será possível cobrar uma ação mais efetiva da fiscalização da agência reguladora (ANP), para que se possa ter livre competição.” As forças-tarefas de fiscalização, a seu ver, são eficazes e importantes quando é preciso haver coordenação entre os entes de controle de cada estado. “O ICL vem trabalhando em conjunto com os órgãos. A ideia é que nos ajudem e que também possamos ajudá-los, dado que no instituto reunimos uma série de informações, como um radar e o fato de os próprios associados nos encaminharem informações importantes.”

O ICL tem hoje um trabalho de monitoramento, inteligência e análise dessas informações, que se transformam em denúncias enviadas tanto para órgãos isolados quanto para forças-tarefa, sendo que essas últimas têm respostas mais efetivas. “É preciso que haja leis punitivas que dificultem a reincidência nos crimes. Por isso trabalhamos nas duas frentes: a criação dessas forças-tarefa e, junto ao Legislativo, a aprovação de leis que sejam aplicáveis por essas forças, pois de nada adianta a todo o momento pegarmos os infratores para que paguem sua punição apenas com cestas básicas. É preciso que desapareça essa sensação de impunidade, fruto de liminares, recursos etc., que geram milhões em dívida ativa.”

“Mas a instituição ainda terá de combater adulteração, fraudes operacionais e roubo de cargas, desafios que já vem enfrentando”, lembra o presidente do ICL, aplaudindo a nova regulamentação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para bombas de combustível, que procura coibir fraudes volumétricas, como a da ‘bomba baixa’. No entanto, pondera sobre os custos desses novos equipamentos para os postos e sobre a necessidade de linhas de crédito específicas para a substituição dos antigos e de prazo para que novos fornecedores se adéquem às exigências do órgão, aumentando a competição, que levaria à queda dos preços.

Na avaliação do representante da instituição, a melhoria do mercado só vai se dar quando houver leis com punições exemplares, fiscalização eficiente e a valorização das empresas sérias, que são hoje mais de 80% do setor.

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DIVULGAÇÃO
Emerson Kapaz, presidente do ICL

Incertezas quanto aos preços

FUTURO AINDA NEBULOSO QUANTO À POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS. É ESPERAR PARA VER

Embora os preços dos combustíveis tenham registrado queda, mesmo com a volta parcial dos tributos, a política da Petrobras nesse campo ainda não é cristalina.

Em maio, a empresa deixou de usar o alinhamento dos preços internos dos combustíveis fósseis com a cotação internacional (Preços de Paridade de Importação, PPI), um modelo adotado em meados de 2016, como única base para a fixação de preços. A Petrobras procura se tornar competitiva em suas áreas de atuação por agora sofrer com a concorrência da importação de derivados por outros agentes do mercado, como distribuidoras e petroquímicas.

Em nota divulgada na oportunidade, a empresa fala de alinhamento aos preços por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes, considerando o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável. Procurada, preferiu não se manifestar sobre a possibilidade de volta da Cide como amortecedor de impactos da elevação dos preços internacionais. Há indícios de que procurará elevar sua participação de mercado – hoje

de mais de 80% – sem comprometer sua rentabilidade e seu compromisso com acionistas. Uma das possibilidades é a oferta de condições comerciais diferenciadas a grandes distribuidoras.

Todavia, já é possível constatar a intenção de tentar atenuar os valores diante da reintegração de tributos (zerados em período pré-eleitoral pelo governo anterior), mesmo sem abandonar relativa aproximação com os internacionais e, assim, salvaguardar sua capacidade de investimento. Os impostos federais (PIS/Cofins) e do ICMS estadual sobre a gasolina e o etanol já foram incorporados aos preços, agora obedecendo ao novo modelo tributário (monofásico). No diesel, a reoneração dos tributos federais será feita em duas etapas, em setembro próximo e em janeiro de 2024, mas o ICMS voltou a incidir sobre o produto em maio, também recolhido exclusivamente na origem, como determina a nova forma de tributação.

Diferentemente do que ocorria sob o jugo do PPI, nota-se atualmente certo cuidado por parte da direção da empresa em majorar preços, o que pode levar à estabilização e até ao aumento do consumo. Porém, esse cenário permanece incerto. É esperar para ver o que acontece.

Julho | Agosto-2023 18 CAPA
ANDRÉ MOTTA DE SOUZA/AGÊNCIA BRASIL

Irregularidades em postos de combustíveis crescem 20%, segundo Procon-SP

INFORMAÇÕES IMPRECISAS E ENGANOSAS DE PREÇOS E IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS VENCIDOS ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS INFRAÇÕES. SINCOPETRO CONTINUA APONTANDO POSSÍVEIS DIVERGÊNCIAS NO ENTENDIMENTO DA LEGISLAÇÃO

As fiscalizações constantes e o alto número de autuações a postos revendedores pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) levaram o Sincopetro a uma série de reuniões com a diretoria da entidade no ano passado. O objetivo era entender melhor os principais tópicos que têm movido a lavratura de autos de infração por parte do órgão, mas, sobretudo, tentar unificar o entendimento quando da realização de fiscalizações nos postos.

Baseado no Código de Defesa do Consumidor, o Procon é o órgão responsável pela

cadas contra o consumidor: produtos com validade vencida, tanto na loja quanto na troca de óleo, preços de venda à vista, a prazo, modalidades e formas de pagamento, e se as informações estão corretas e visíveis ao cliente.

Assim, além de palestras orientativas aos revendedores sobre práticas saudáveis de mercado, o Sincopetro protocolou, ainda no ano passado, documento junto ao Procon paulista considerando os principais tópicos apontados pelos revendedores como divergentes entre os empresários e a entidade, oferecendo, inclusive, detalhes sobre o entendimento real da legislação vigente. No entanto, de acordo com o Procon-SP, as irregularidades identificadas em postos paulistas relativas a informações imprecisas e enganosas de preços e identificação de produtos vencidos cresceram 20% em 2022 na comparação com o ano anterior. Segundo o órgão, muitos consumidores são atraídos pelo preço do litro exposto em grandes placas nos postos, mas, nem sempre o valor em destaque é o cobrado na bomba ou é válido para alguns horários ou dias das semana. Ambos os problemas acontecem também nas lojas de conveniência, o que tem resultado em lavratura

DESTAQUE
Por DENISE DE ALMEIDA

de autos de infração; e, quando é o caso, na aplicação de multas aos revendedores.

Diante disso, a advogada Carla Margit, do departamento jurídico do Sincopetro, lembra que a clareza das informações, seja no posto ou na loja de conveniência, deve atender à legislação vigente, conforme especificações determinadas pela ANP e demais legislações aplicáveis. Ela destaca que, entre as condutas recorrentes descritas pelo Procon paulista e que acarretam nos autos de infração estão:

• Ausência de placa de preços em todas as entradas do posto revendedor;

• Ausência de preço nos produtos comercializados;

• Ausência de data de validade;

• Ausência de tradução em língua portuguesa nos produtos importados;

• Ausência de adesivos;

• Ausência de informações nutricionais nos produtos comercializados;

• Ausência de separação de produtos alcoólicos dos não alcoólicos.

Carla esclarece também que o Sincopetro mantém contato contínuo com o Procon-SP apontando possíveis divergências no entendimento da legislação e, sobretudo, continua orientando os revendedores associados sobre as condutas corretas na colocação de placas de preços e afins, de modo a evitar possíveis infrações e multas.

Inclusive, em reunião realizada junto à Fundação Procon, no final de março, o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, o Zeca, apresentou as principais demandas da categoria ao diretor executivo da entidade, recém-empossado, Wilton Ruas, o qual se comprometeu a dar continuidade à série de palestras orientativas e cursos voltados aos postos de combustíveis.

Posteriormente, em nova reunião realizada em maio, o Sincopetro protocolou ofícios

contemplando todos os pleitos da categoria relativos às divergências de entendimento da fiscalização em todas as esferas, além de outros temas debatidos entre as entidades ao longo dos últimos anos, como cursos e palestras para revendedores, as dificuldades do Procon virtual, a Lei Cidade Limpa, o plano de marketing das distribuidoras etc.

Em resposta, o Procon informou que os pleitos reivindicados estão em análise, mas já adiantou que, recentemente, realizou treinamento para 800 fiscais municipais, e que, estes, estarão mais atentos e sensíveis na análise das condutas dos revendedores, bem como na apreciação das defesas de cada estabelecimento.

Por outro lado, o órgão ressaltou as dificuldades internas, especialmente na diminuição do número de profissionais, que culmina com a falta de agentes para otimizar o atendimento à população.

Aliás, preocupado com o alto volume dos autos de infração recebidos pelos revendedores, o Sincopetro ampliou o seu corpo jurídico de modo a reforçar o atendimento dedicado a esta questão. A nova advogada, Ingrid Correia, ressalta que seu trabalho é reconhecer as dificuldades do revendedor e fazer uma ponte, seja pela comunicação ou via processual, às questões jurídicas e práticas da Fundação Procon. “Com isso, temos obtido um expressivo aumento no êxito das defesas, com a consequente diminuição do valor das multas”, conclui.

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DIVULGAÇÃO
Wilton Ruas, diretor executivo do Procon-SP, e José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro

PORTARIA MTP 427/2021

Proibição da régua: um marco na medição de estoques

A PROIBIÇÃO DO USO DA RÉGUA DE MEDIÇÃO DE TANQUES LEVA A REVENDA A NOVO PATAMAR NO CONTROLE DE ESTOQUES E DA GESTÃO

O uso da antiga régua na medição do volume de combustíveis armazenado nos tanques de postos do país estará proibido a partir do próximo dia 21 de setembro. Mas tal determinação deve ser vista mais como um salto de qualidade para a gestão do que um custo. É um investimento que não apenas tornará mais preciso e confiável o controle dos estoques de combustíveis de um posto ou de uma rede, mas ainda auxiliará no gerenciamento da atividade, tornando-a mais rentável.

O benzeno, presente na gasolina, é con-

siderado tóxico. Uma vez que o uso de régua expõe os frentistas diretamente ao produto, a medida procura proteger os trabalhadores brasileiros desse contato, a exemplo do que ocorre em outros países.

A proibição está presente na Portaria nº 427 do Ministério do Trabalho e Previdência (Portaria MTP nº 427/2021), de 7 de outubro de 2021, que aprovou o Anexo IV, referente à exposição ocupacional ao benzeno em postos revendedores de combustíveis automotivos, da Norma Regula -

Julho | Agosto-2023 22 SUA EMPRESA
Por CRISTIANE COLLICH SAMPAIO
:
DIVULGAÇÃO/ABIEPS A aposentadoria da régua: a evolução da medição, do método manual ao eletrônico.

mentadora nº 20 (NR-20), que trata sobre segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis.

LONGO PRAZO

Mas, como lembra Laércio Lopes, da Abieps, especialista em gestão de estoque, a definição desse prazo não é nova: “a Portaria nº 427/21 faz parte de um processo iniciado em 2016, com a Portaria nº 1109 do mesmo ministério, que já definia os prazos para a adequação dos postos.”

Na verdade, todos os postos que entraram em operação a partir de 22 de março de 2017 já deveriam possuir, obrigatoriamente, sistema eletrônico de medição de estoque e abandonar a régua. Os demais, que já estavam em funcionamento nessa data, deveriam migrar para o sistema de medição eletrônico quando da renovação de sua licença ambiental (a qual tem validade de, no máximo, cinco anos). Em função do tempo decorrido desde então, todos os postos do país já renovaram sua licença e, portanto, em tese, já deveriam contar com o novo sistema instalado.

O especialista também destaca que todas as bombas de combustíveis líquidos contendo benzeno devem estar equipadas com bicos automáticos e que o uso da régua, mediante a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), ainda é admitido em raríssimas situações: para aferição do sistema eletrônico; quando a medição eletrônica não puder ser realizada por pane temporária do sistema; para verificar a necessidade de drenagem dos tanques; e em testes de estanqueidade.

SALTO DE QUALIDADE

O uso de um sistema eletrônico de medição de tanques vai muito além da proteção de quem transita no posto. Por exemplo, ao detectar rapidamente um vazamento, ainda que pequeno, preserva o meio ambiente e reduz

eventuais custos de remediação, entre outros. Diversas empresas oferecem ao mercado soluções tecnológicas, das mais simples às mais avançadas. Segundo Laércio Lopes, “dependendo do sistema escolhido, o revendedor poderá ter em mãos uma eficiente ferramenta administrativa, que lhe fornece completo gerenciamento de inventário, de um posto ou de uma rede, por meio de dados precisos, em tempo real, acessíveis de qualquer dispositivo conectado à internet, inclusive remotamente, que são importantes na tomada de decisões”.

O equipamento ainda pode armazenar dados por vários anos, registrar todas as entregas e abastecimentos realizados, emitir alarmes diante de qualquer irregularidade, fazer a reconciliação do inventário, entre outras funções, que asseguram ao empresário uma gestão mais enxuta, precisa, minimizando custos e perdas. “É um aspecto do posto do futuro no presente”, declara.

O prazo final está muito próximo, mas ainda dá tempo de sondar o mercado e avaliar a melhor opção para o seu negócio. Informe-se, busque por orientação antes de se decidir.

A arquiteta Sandra Huertas, que presta serviços para o Sincopetro nas áreas ambiental, de saúde e segurança no trabalho, alerta: “se você, revendedor, não tem certeza sobre a compatibilidade entre os tanques e equipamentos eletrônicos do seu posto e as soluções de medição de estoque disponíveis, peça informações e auxílio ou junto aos fabricantes ou, no caso de associados, junto ao Sincopetro”. Por sinal, a entidade investiu em lives com esses especialistas e também em materiais de divulgação sobre o assunto, acessíveis em seus canais eletrônicos sob o título Medição eletrônica dos tanques. Vale lembrar que o sindicato também oferece treinamentos com foco nas normas regulamentadoras nº 9 e nº 20 (NR-9 e NR-20), relacionadas ao tema.

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Mais biodiesel no diesel significa mais atenção aos filtros

JUNTO COM A ESPECIFICAÇÃO MAIS RÍGIDA DO BIODIESEL E DA MISTURA DIESEL/BIODIESEL, A MANUTENÇÃO REGULAR DOS FILTROS

DAS BOMBAS E DOS PURIFICADORES ADICIONAIS – É O QUE PODE

GARANTIR A QUALIDADE DO DIESEL VENDIDO AO CONSUMIDOR

Não é novidade que desde 1º de abril deste ano o percentual de biodiesel no diesel fóssil foi elevado de 10% para 12%. A decisão do CNPE

(Conselho Nacional de Política Energética), que ainda prevê aumento gradual para 15% até abril de 2026, leva em conta o equilíbrio entre os impactos econômicos e ambientais, dado que o acréscimo no preço final foi de apenas R$ 0,02/ litro e, em compensação, já favoreceu a qualidade do ar e a saúde da população, ao reduzir emissões poluentes.

Porém, como é sabido, o biodiesel é um pro-

duto mais instável do que o diesel mineral. Ele ‘envelhece’ mais rapidamente, se deteriora e, nesse processo, produz borra que pode levar ao entupimento de filtros, tanto dos postos quanto dos veículos, especialmente quando as temperaturas estão mais baixas, como a partir de agora, com a chegada do inverno. E quanto maior o percentual de biodiesel, maior a probabilidade da formação de borra, principalmente no diesel S500.

Para minimizar problemas no campo da qualidade da mistura, novos controles e especificações para o biodiesel constam da recente Resolu-

Julho | Agosto-2023 24 SUA EMPRESA
Por CRISTIANE COLLICH SAMPAIO

ção ANP 920/2023, de 4 de abril, que entrou em vigor no dia 3 de julho.

Essa medida vai ao encontro de antigas demandas da revenda e de outros agentes, tanto do setor de combustíveis quanto automotivo. Ao impor maior controle dos produtores sobre o biodiesel que comercializam e limites mais rígidos aos componentes do produto, a agência investiu na elevação da estabilidade desse biocombustível, de forma a evitar a formação impurezas, que tanta dor de cabeça deu aos revendedores e aos proprietários de veículos.

Os envolvidos na comercialização e no consumo do novo diesel esperam que essas novas regras sejam de fato suficientes para que um produto menos suscetível a oxidação e contaminações chegue aos tanques, de forma a evitar novos aborrecimentos e despesas.

ATENÇÃO AOS FILTROS!

Porém, cada empresário da revenda também tem de fazer sua parte. A começar pela limpeza mensal do sistema de filtragem das bombas – vale lembrar, de todos os combustíveis –, seguindo as orientações dos fabricantes.

É importante destacar que os contaminantes podem levar ao entupimento dos filtros –tanto das bombas quanto dos auxiliares, como filtros-prensa e de linha –, causando danos ao sistema de filtragem e até mesmo a queima do motor dos equipamentos. Para evitar esses problemas e garantir a qualidade do diesel que comercializam, os revendedores devem realizar, com mais frequência, limpezas e trocas do elemento filtrante. Todavia, isso gera mais trabalho e custos adicionais.

Diante do novo cenário, é importante para o revendedor estar especialmente atento ao sistema de filtragem de suas bombas de diesel e, também, dos filtros suplementares, para garantir a boa qualidade do produto que revende e, com isso, a fidelidade de consumidores.

Como lembra Sandro Albano, diretor comercial da Zeppini Ecoflex, os estabelecimentos que

possuem sistemas adicionais de filtragem do diesel – filtro-prensa, filtro de linha ou filtro de linha coalescente – devem investir em medidas que evitem a formação de borra, o entupimento dos filtros e o travamento desses equipamentos. Entre elas, de um modo geral, ele cita:

• buscar fornecedores idôneos, que garantam a qualidade do diesel que entregam;

• reduzir ao máximo o tempo que o diesel fica parado no tanque;

• realizar a troca dos elementos filtrantes dentro dos prazos indicados pelos fabricantes;

• utilizar válvulas de pressão-vácuo nos respiros das linhas de diesel.

FILTRO-PRENSA E FILTRO DE LINHA

O diretor da Zeppini explica que “os postos que possuem sistema de purificação do tipo prensa necessitam realizar a substituição dos elementos filtrantes após a filtragem de 50 mil litros de diesel ou quando identificado aumento de pressão no manômetro do equipamento. Para os filtros de linha (tipo ‘foguetinho’ ou similar), a substituição desses elementos deve ser feita a cada 500 mil litros ou após seis meses de uso, o que suceder primeiro”. E ainda recomenda “o esgotamento semanal do reservatório do filtro, pois, mesmo após a filtragem, em função de inatividade por várias horas, pode haver a autocontaminação do combustível presente nesse recipiente”.

Albano adverte que, se o elemento filtrante não for substituído no prazo indicado, pode ocorrer redução de vida útil do equipamento, sobrecarga nos componentes elétricos e aumento de pressão em todo o sistema hidráulico.

Ele acredita que “a Resolução ANP 920/2023 deve tornar a mistura mais estável e segura, atenuando os problemas atuais”, mas, para ele, somente “a perfeita manutenção do sistema de filtragem garantirá a integridade e a eficiência do produto”.

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Metanet Day gera conhecimento para melhor gestão do posto e loja

O EVENTO FOI PATROCINADO PELO SINCOPETRO E, CONFORME DESTACOU O ANFITRIÃO ZECA, SABER MAIS SOBRE O MERCADO DA REVENDA É FUNDAMENTAL PARA SE SOBRESSAIR À CONCORRÊNCIA

O Sincopetro, em parceria com a Plumas Contábil, promoveu no último mês de maio, um encontro entre revendedores e especialistas em treinamento e capacitação humana em postos de serviços do país, o Metanet Day. O evento teve o objetivo de trazer conhecimento e dicas para os empresários do ramo, sobre como gerir seus negócios de forma mais profissional e, com isso, obter mais renda.

Foram mais de 6 horas de treinamento, com profissionais do setor, para um público de cerca de 100 revendedores, que tiveram a oportunidade de saber mais sobre motivação, liderança, marketing, futuro dos combustíveis, gestão e contabilidade, tudo direcionado para o segmento de postos.

O evento foi organizado pela Metanet, empresa de Londrina, no Paraná, que desenvolve sistemas de software para postos e lo-

jas há mais de 25 anos.

Na abertura do evento, o anfitrião, José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro, ressaltou que, nos dias atuais, para se sobressair à concorrência no mercado da revenda de combustíveis, é fundamental que o revendedor estude e conheça profundamente o mercado e, por isso, deu os parabéns aos revendedores presentes, que vieram buscar conhecimento para o seu negócio.

Luiz Rinaldo Lopes de Almeida, fundador da Plumas Contábil, também deu as boas-vindas aos revendedores, assim como Célio Vinicius Lemes, diretor comercial da organizadora Metanet, que aproveitou para discorrer sobre as vantagens em se ter um sistema de gestão em tempo real nos postos e lojas, podendo, inclusive, acessar todos os dados e informações do posto de qualquer lugar e a qualquer momento.

Julho | Agosto-2023 26 EM FOCO
Por DENISE DE ALMEIDA DIVULGAÇÃO

Dentre os temas apresentados, os revendedores também puderam saber mais sobre o futuro do combustível e como as gigantes do setor vêm se preparando para a eletromobilidade, em palestra proferida por Thiago Castilho, do Grupo WMP; sobre a importância de contratar uma assessoria contábil especializada em postos de serviços, por Daniela de Paula, da Plumas; sobre como atrair e fidelizar clientes para sua loja de conveniência, por Alê Arruda, criadora do Método 3Cs; sobre liderança em motivação, por Crisinha

Lima, da TGC Consultoria e Treinamentos; e, ainda, antes do coffee break, puderam conhecer mais sobre a Conecta, empresa mineira de automação e sistemas, que apresentou uma bomba de combustíveis com um pacote tecnológico completo; além da empresa pa-

ranaense Netposto, especializada na fabricação e comercialização de peças e equipamentos para postos de combustíveis.

Na segunda parte do evento, os temas giraram em torno de análise comportamental dos colaboradores, por Diogo Locatelli; brand experience, por Aritana Parreira; e, sobre estratégias para que seu posto seja referência no segmento, por Agleibe Ferreira.

O Metanet Day se encerrou com um happy hour oferecido a todos os participantes, ocasião em que puderam trocar impressões e informações sobre todo o conteúdo aprendido. O Metanet Day teve início em 2022 e já passou por diferentes estados brasileiros, tendo capacitado mais de 800 revendedores e colaboradores em postos de serviços ao longo deste período.

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LMC: apuração e preenchimento continuam sendo obrigação diária

DESDE OUTUBRO, SUA ESCRITURAÇÃO PODE SER POR MEIO DIGITAL, MAS A APURAÇÃO E O PREENCHIMENTO AINDA DEVEM SER FEITOS DIARIAMENTE, SOB PENA DE O REVENDEDOR RECEBER MULTA DE ATÉ R$ 1 MILHÃO PELA INFRAÇÃO

Com a entrada em vigor de nova resolução ANP, em outubro do ano passado, ficou facultada ao revendedor a forma de preenchimento do Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC). Agora, além do formato impresso, o documento pode ser escriturado também por meio digital. Nesse caso, sua impressão só será necessária em caso de notificação pela própria ANP ou pelos órgãos fiscalizadores conveniados.

A nova regra, além de redução de custos e otimização do tempo, trouxe praticidade e modernidade no preenchimento do documento, mas pode ter gerado também certa displicência/desatenção por parte do reven-

dedor, que acaba por não realizar a escrituração diária, que continua obrigatória.

De acordo com o escritório jurídico trabalhista Monticelli Breda, que trabalha em parceria com o Sincopetro, o LMC é um importante documento em um posto, já que, como o próprio nome diz, nele é registrada toda a movimentação dos combustíveis, como compra, venda, estoque etc. Tais dados são utilizados para cálculo de arrecadação de impostos, como o ICMS, por exemplo; e a ausência desses registros pode acarretar em pesadas multas ao revendedor.

VARIAÇÕES DE ESTOQUE

Além da entrada e saída de combustíveis,

Julho | Agosto-2023 28 GESTÃO PROFISSIONAL
Por DENISE DE ALMEIDA

continua obrigatório o lançamento de informações como vazamentos, perdas, desvios e roubos, inclusive diferenças de estoques superiores a 0,6% sem a respectiva comprovação legal de movimentação comercial, cuja apuração deve ser feita pelo próprio revendedor.

Segundo o departamento, a nova norma não prevê prazo para adequação do LMC, caso seja escriturado com erros ou rasuras. Isso significa que, se os órgãos fiscalizadores encontrarem qualquer incorreção em seu preenchimento, poderão, de pronto, imputar penalidades ao revendedor. Seja ele escriturado eletrônica ou manualmente, o LMC deve ser um livro com informações precisas e fidedignas à movimentação dos combustíveis. Quaisquer informações equivocadas constituem prova evidente de infração, tendo como punição multas cujos valores podem chegar a R$ 1 milhão.

Por fim, uma vez escolhida a forma de preenchimento, esta deve ser mantida pelo revendedor. Além disso, para efeito de fiscalização, ele deve manter os registros diários de todos os combustíveis referentes à movimentação dos últimos seis meses, acompanhados das respectivas notas fiscais de compra, bem como manter arquivado o LMC escriturado por pelo menos cinco anos, seja em papel ou digital.

Caso tenha alguma dúvida no preenchimento do LMC, o departamento jurídico trabalhista do Sincopetro está à disposição dos revendedores associados, de segunda a sexta, das 9h às 12h.

O Sincopetro dispõe também de um serviço exclusivo e gratuito para esclarecimento de dúvidas sobre assuntos contábeis e fiscais, por meio da parceria com a Plumas Contábil. O plantão acontece toda segunda-feira, das 10h às 17h. É necessário agendar com antecedência.

Negociando a compra de combustíveis com a sua distribuidora

CONSULTOR QUE ATUA NO SEGMENTO FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE DADOS NA GESTÃO DE PREÇOS DOS PRODUTOS NO POSTO

Entre as muitas variáveis que determinam a boa administração de um posto de combustíveis está, sem dúvida, a gestão dos preços de combustíveis. O equilíbrio entre o preço de compra dos produtos e o preço de venda ao consumidor é o que vai garantir a margem de lucro do negócio. No entanto, tentando inverter a lógica prevalecente de que o preço que está nas bombas é o que vai assegurar a boa margem do revendedor, a Valêncio Consultoria, que atua no segmento de análise de dados de gestão de preços de combustíveis desde 2017, busca mostrar ao empresário que o conhecimento do mercado e a boa negociação no momento da aquisição dos produtos pode ser bastante vantajosa, ainda que sua compra esteja atrelada a uma companhia distribuidora por contrato. Murilo Barco, diretor comercial da Valêncio, ressalta que os preços são livres e, mesmo que haja um contrato entre posto e distribuidora, ele apenas rege aspectos sobre ostentação da imagem e padrões da companhia. “Em geral, o contrato não determina o preço e muito menos a

Murilo Barco: “Os preços são livres e, em geral, os contratos não determinam o valor e muito menos a forma com que esse preço vai variar”.

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Por DENISE DE ALMEIDA
DIVULGAÇÃO

forma com que esse preço irá variar, o que abre espaço para que as distribuidoras façam com o preço o que elas bem entenderem. Porém, é importante lembrar que nada impede também de o revendedor negociar sua condição comercial”, assevera.

E é nesta lacuna que a Valêncio atua/opera. O objetivo do trabalho da consultoria, segundo explica, “é trazer informação para evitar que o revendedor negocie no ‘escuro’ e não seja pego de surpresa sobre as variáveis que compõem o custo dos combustíveis”.

GESTÃO INTELIGENTE

E TECNOLOGIA INTEGRADA

Murilo explica que, por meio da análise diária de dados e cenários do mercado nacional e internacional, a Valêncio consegue prever o que vai acontecer com os preços de combustíveis no país, e, a partir daí, pode auxiliar o revendedor na tomada de decisão de compra dos produtos. “Além disso, analisamos e validamos os preços de compra de combustíveis de nossos clientes e orientamos na manutenção do melhor preço de aquisição”, diz.

O sistema realiza coleta de dados semanal referente às compras de combustíveis realizadas pelos clientes e as informações são analisadas observando possíveis reajustes dos preços nas refinarias, usinas ou nos impostos. “De posse desses elementos, comparamos os preços de compra realizados pelo revendedor com os índices de cus-

tos de distribuição da ANP e, assim, avaliamos a remuneração presumida ao fornecedor por litro de combustível adquirido”, esclarece.

Por fim, com base na atualização dos dados de cada revendedor, é possível fornecer um parecer comercial sobre as condições vigentes dos seus preços, analisando o histórico de margem, além de oferecer sugestões de ações necessárias para a correção do preço de compra. “Toda análise é customizada de acordo com as necessidades do cliente, o que pode incluir até uma notificação, com dados detalhados, para que a distribuidora saiba que ela está negociando com alguém que sabe o que está acontecendo com o seu preço”, enfatiza.

Murilo assegura que, por meio deste total controle sobre o preço de compra dos combustíveis, o revendedor conseguirá reduzir suas despesas e, dependendo do plano adquirido, com apenas uma tomada de decisão no momento correto, já conseguirá obter retorno do investimento.

Pioneira na atividade e com mais de 400 clientes entre postos e grandes consumidores, a Valêncio analisa um volume médio de 100 milhões de litros de combustíveis por mês, entre gasolina, etanol e diesel. A empresa também é parceira do Sincopetro na atualização de dados do custo de aquisição das companhias distribuidoras, cujas informações são divulgadas para associados no site do sindicato.

Julho | Agosto-2023 30 GESTÃO PROFISSIONAL

NOTÍCIAS REGIONAIS

Frentistas têm direito a seguro de vida em grupo

O BENEFÍCIO É OBRIGATÓRIO E CONSTA DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

Apesar de ser uma das obrigações mais antigas que devem ser cumpridas pelo revendedor, frequentemente, o departamento jurídico do Sincopetro recebe dúvidas relativas à obrigatoriedade de oferecer seguro de vida para os seus colaboradores.

No estado de São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho, negociada anualmente com os sindicatos e federações dos trabalhadores em postos de combustíveis, celebra a relação entre patrões e empregados e define os direitos e deveres de cada um dos agentes econômicos.

Neste ano, o documento já foi assinado e prevê piso salarial no valor de R$ 1.660,00 e auxílio refeição de R$ 26,00 por dia trabalhado. E, entre os benefícios que devem ser ofertados gratuitamente aos trabalhadores está o seguro de vida em grupo para seus colaboradores, e que deve ser cumprido, a fim de evitar multas e/ou processos trabalhistas.

De acordo com o artigo 19 da CCT, a apólice de vida em grupo deve ser no valor de R$ 11 mil, que será pago em caso de morte natural, acidental e/ou invalidez total permanente do colaborador. Seguindo as mesmas condições,

a convenção prevê também a concessão de auxílio funeral no valor de R$ 1,1 mil. Para incluir um novo colaborador na apólice, o mesmo deve estar registrado, constando na GFIP/ SEFIP, e não pode estar afastado do trabalho.

A convenção coletiva ainda prevê que a contratação do seguro de vida em grupo deve estar em conformidade com as normas e regulamentações da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Por isso, antes de contratar os serviços de um banco e/ou uma seguradora não especializados em postos, o revendedor deve avaliar se a oferta atende suas necessidades. Pois, em caso de acidente com o empregado, o revendedor terá que arcar com o custo integral ou com a diferença entre o valor da apólice que contratou e o que determina a convenção.

O Sincopetro oferece aos seus associados uma apólice coletiva adequada às especificações, com valores diferenciados do mercado, ótimo custo-benefício, auxílio no trâmite da documentação e assessoria jurídica garantida.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o departamento jurídico do Sincopetro pelo telefone (11) 2109-0600.

Alerta sobre boletos falsos e golpes em nome da ANP e do Sincopetro

O Sincopetro tem recebido denúncias de revendedores de todas as regiões do estado sobre recebimento de boletos falsos de cobrança em nome da ANP e também do Sincopetro.

De acordo com o departamento de assistência ao associado do sindicato, os boletos têm nomes sugestivos como, por exemplo, ANP Postos Revendedores de Combustíveis. Em consulta à Secretaria de Fazenda de São Paulo, a informação recebida é de que a contribuição é espontânea.

De qualquer forma, o Sincopetro alerta que essas contribuições não são devidas e, em caso de dúvida, vale o revendedor consultar o departamento de assistência ao associados antes de efetuar o pagamento.

Julho | Agosto-2023 32

Revendedores devem estar atentos às exigências de entrega das DMRs

DMR

Obrigatória aos revendedores desde 2021, a Declaração de Movimentos de Resíduos (DMR) é um documento exigido pela Cetesb em atendimento à portaria 280/20, do Ministério do Meio Ambiente e tem o objetivo de monitorar e controlar a geração, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e líquidos perigosos. O envio é obrigatório e deve ocorrer trimestralmente dentro do mês subsequente ao período a ser reportado, por meio do sistema SIGOR MTR, plataforma de gerenciamento de geração dos resíduos. Para tal, o revendedor deve se cadastrar com login e senha, e a cada chegada do caminhão, preencher o documento de controle de manifesto de transporte de resíduos (MTR), conforme os resíduos a serem retirados.

Entre os resíduos que devem ser declarados na DMR estão as embalagens, filtros, EPIs,

DIVULGAÇÃO

papel contaminado, resíduos de limpeza da caixa separadora e óleo queimado.

De acordo com a arquiteta Sandra Huertas, da FS Consultoria, que coordena o departamento de meio ambiente do Sincopetro, é importante também os revendedores estarem atentos ao lançamento dos dados, que devem ser idênticos ao relatório anual de atividades potencialmente poluidoras (RAPP). Ela ressalta que, para a revalidação da licença de operação (LO), é exigida a apresentação das DMRs trimestrais, bem como o Cadri coletivo dentro da validade, inclusive do óleo queimado caso a empresa de coleta não faça parte da logística reversa.

Como dito, a DMR é elaborada por trimestre e o preenchimento é disponibilizado durante o mês seguinte ao trimestre encerrado. Fique atento aos próximos prazos em 2023:

DMR 3º trimestre (jul/ago/set) - enviar até 31/10/23.

DMR 4º trimestre (out/nov/dez) - enviar até 31/01/24.

Em caso de dúvida ou melhor organização dos referidos documentos, os revendedores associados ao Sincopetro podem contar com a orientação do Departamento de Arquitetura, Meio Ambiente e SST, sob a coordenação da FS Consultoria.

Julho | Agosto-2023 34 NOTÍCIAS REGIONAIS

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