Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo
- Versão 2 ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS Manual Técnico para o Posto Revendedor
Testes de Qualidade
Tabelas de Conversão
Instrumentos Necessários
Amostra Testemunha / Registro de Análise de Qualidade
RAQ
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
CONTEÚDO 1 - ORIENTAÇÕES GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 2 - FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ . . . . . . 04 3 - INSTRUMENTOS OBRIGATÓRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 4 - COMO PROCEDER NO RECEBIMENTO DOS PRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 5 - VARIAÇÃO DE VOLUME - TEMPERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 6 - PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE AMOSTRAS 6.1 - Amostra para análise de produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 6.2 - Amostra-testemunha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 6.3 - Envelope de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 6.4 - Registro de Análise de Combustível - RAQ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 7 - GASOLINA: 7.1 - Teste do Teor de Etanol Anidro na Gasolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 7.2 - Parâmetros de Qualidade da Gasolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 7.3 - Teste de Aspecto e Cor da Gasolina, Diesel e Álcool Etílico (AEHC) . . . . . . . . . . . . . 11 7.4 - Teste de Densidade da Gasolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 7.5 - Tabela de Conversão da Gasolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 8 - DIESEL: 8.1 - Teste de Densidade do Diesel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 8.2 - Parâmetros de Qualidade do Diesel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 8.3 - Tabela de Conversão do Diesel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 9 - ETANOL: 9.1 - Teste de Teor Alcoólico e Massa Específica do Etanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 9.2 - Parâmetros da Qualidade do Etanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 9.3 - Tabela de Teor Alcoólico e Massa Específica do Etanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Este manual foi produzido pelo Sincopetro e a sua reprodução total e/ou parcial sem a autorização da Entidade é proibida. Conteúdo direcionado exclusivamente para Postos Revendedores de Combustíveis Associados. Publicação atualizada em junho 2017 (2ª versão). SINCOPETRO ® Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo. Rua Atibaia, 282, Perdizes, São Paulo, SP. Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO - 03
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
1 - ORIENTAÇÕES GERAIS De acordo com o Regulamento Técnico anexo na Resolução ANP nº 9/07, o revendedor varejista de combustíveis deve fazer o controle da qualidade do combustível por meio da análise das seguintes características do produto:
Gasolina Álcool Etílico Hidratado Combustível – AEHC
Óleo Diesel
- Aspecto e Cor - Massa específica e temperatura da amostra ou massa específica a 20ºC - Teor de álcool - Aspecto e Cor - Massa específica e temperatura da amostra ou massa específica a 20ºC - Teor Alcoólico - Aspecto e Cor - Massa específica e temperatura da amostra ou massa específica a 20ºC
A análise deve ser realizada em local plano, sem vibração, livre de corrente de ar. A Resolução ANP nº 9/2007 exige que o Posto Revendedor de Combustíveis : Ÿ Possua e mantenha calibrados, em perfeito estado de funcionamento, os instrumentos necessários à
realização das análises; Ÿ Adquira equipamentos com certificados de verificação, conforme regulamentação do INMETRO, ou ainda certificados de calibração emitidos, seja por laboratório integrante da Rede Brasileira de Calibração ou por laboratório que utilize padrões rastreáveis ao INMETRO, com exceção da proveta de 1L, que dispensa calibração ou verificação; Ÿ Possua termodensímetro de leitura direta, aprovado pelo INMETRO, instalado nas bombas medidoras de AEHC, indicando no seu corpo as instruções de funcionamento; Ÿ Possua recipiente de medida-padrão de 20 litros, aferido e lacrado pelo INMETRO, usado para verificação
dos equipamentos medidores quando solicitado pelo consumidor no ato do abastecimento; Ÿ Possua régua medidora ou outro equipamento metrológico que permita a verificação dos estoques de
combustíveis automotivos armazenados em seus tanques. Ÿ Disponha do modelo de formulário a ser impresso na parte externa do envelope de segurança da amostra
testemunha. Ÿ Realize o «Teste de Teor de Etanol Anidro na Gasolina» ou «Teste da Proveta» sempre que for solicitado
pelo consumidor.
FISPQ 2 - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos ü A FISPQ - é um documento que fornece informações importantes sobre vários aspectos dos produtos químicos quanto à proteção, segurança, saúde e meio ambiente, transmitindo desta maneira, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência; ü Conforme a Resolução ANP nº 57/2014, o posto é obrigado a manter em suas instalações as FISPQs atualizadas
de todos os combustíveis automotivos comercializados, inclusive do óleo lubrificante (NR-20); ü A FISPQ deve ser fornecida pela distribuidora de combustíveis que vendeu o produto ao seu posto. Se não a possui, solicite-a; ü O revendedor que faz uso de caminhão-tanque próprio para transporte de combustíveis, deve manter posse das
FISPQs atualizadas dentro do caminhão, durante todo o transporte. 04 - Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
3 - INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO OBRIGATÓRIOS De acordo com o Regulamento Técnico 001/2007 da Portaria ANP nº 9/2007.
Ÿ Ÿ Ÿ
Densímetro Gasolina com escala 0,700 a 0,750g/mL (comum) e 0,750 a 0,800g/mL (aditivada); Densímetro Diesel com escala 0,800 a 0,850g/mL (comum) e 0,850 a 0,900g/mL (aditivado), com menor divisão de 0,0005g/mL; Densímetro Etanol com escala 0,750 a 0,800g/mL (comum) e 0,800 a 0,850g/mL (aditivado) ou escala 0,770 a 0,820 g/mL (comum e aditivado)*
Ÿ Termômetro¹ de imersão total (tipo1) para Petróleo e Ÿ Ÿ Ÿ
Derivados, com escala de -10°C a 50ºC e subdivisões de 0,2ºC ou 0,5°C, Aprovado pelo Inmetro - Portaria nº 71/03); Termômetro¹ de imersão total para Etanol com escala de 10 a 40ºC e subdivisões de 0,2ºC ou 0,5ºC.; Proveta² de 100 ml, graduada; Proveta² de 1000 ml;
Instrumentos separados por produtos: l Densímetro para Gasolina com escala de 0,700 a 0,750g/mL (gasolina comum) e 0,750 a
GASOLINA COMUM E ADITIVADA
0,800g/mL (gasolina aditivada);Obrigatório Certificado de Verificação do Inmetro ou Certificado de Calibração. l Termômetro¹ para Petróleo e Derivados, com Escala de -10°C a 50ºC e subdivisões de 0,2ºC ou 0,5°C. Serve tanto para a gasolina quanto para o diesel. Em conformidade com a Portaria Inmetro nº71/03. Obrigatória Certificado de Verificação do Inmetro ou Certificado de Calibração. l Proveta de vidro de 100ml graduada com Tampa. ² l Proveta de vidro de 1000ml limpa e seca; l Densímetro para Diesel
DIESEL
ETANOL HIDRATADO
com escala de 0,800 a 0,850g/mL (comum) e 0,850 a 0,900g/mL (aditivado) ;Obrigatório Certificado de Verificação do Inmetro ou Certificado de Calibração. l Termômetro¹ para Petróleo e Derivados, com escala de -10°C a 50ºC e subdivisões de 0,2ºC ou 0,5°C. Serve tanto para análise da gasolina quanto para o Diesel. Em conformidade com a Portaria Inmetro nº71/03Obrigatório Certificado de Verificação do Inmetro ou Certificado de Calibração. l Proveta de vidro de 100ml graduada. ² l Proveta de vidro de 1000ml limpa e seca; l Densímetro para Etanol com escala de 0,750 a 0,800g/mL (etanol comum) e 0,800 a 0,850g/mL
(etanol aditivado) ou densímetro com escala de 0,770 a 0,820 g/mL (usado para etanol comum e aditivado); l Termômetro¹ de imersão total para Etanol com escala de -10 a 40ºC e subdivisões de 0,2ºC ou
(AEHC- ALCOOL ETÍLICO HIDRATADO CARBURANTE)
0,5ºC. Aprovado pelo Inmetro (Portaria nº 03/02 e nº245/00). Obrigatório o Certificado de Verificação do Inmetro ou o de Calibração. l Termodensímetro de leitura direta. Obrigatória a aprovação do Inmetro e instalação na bombas de
etanol hidratado, com instruções de uso. l Proveta de vidro de 100mL graduada . ² l Proveta de vidro de 1000mL limpa e seca;
Além destes, o revendedor deve ficar atento aos demais instrumentos obrigatórios relacionados no box do ítem1 «Considerações Gerais», localizado na página 4 deste manual. ¹ É obrigatório o uso do termômetro ecológico desde 2011 em todo o território brasileiro. O termômetro de mercúrio, considerado não ecológico, deve ser substituído pelo ecológico e destinado corretamente pelo revendedor, conforme exige a legislação ambiental. ² Verifique se a proveta de 100 ml está de acordo com a nova especificação exigida pela Portaria do Inmetro nº 528/14, alterada pela Portaria nº 148 de 7/6/17, como tampas e bases de vidro, boca esmerilhada e ângulo reto com o eixo, graduação de 0,05 ml e dimensões em acordo com o Reg. Técnico Metrológico anexo à Portaria 528/14. Os postos têm até o dia 04/12/2017 para realizarem a troca das provetas e a partir desta data, poderão ser fiscalizados e multados pelo Inmetro, Anp e Procon. Caso tenha alguma dúvida entre em contato com o Sincopetro. Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO - 05
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
4. COMO PROCEDER NO RECEBIMENTO DOS PRODUTOS Para descarregamento do combustível devemos observar alguns pontos importantes: 1 - Conferir na nota fiscal a razão social do posto revendedor de combustíveis e verificar se o produto coincide com o pedido efetuado. 2 - Observar se o lacre que está no caminhão-tanque é o mesmo indicado na nota fiscal. 3 - Subir no caminhão-tanque, deslacrar a tampa do compartimento e verificar se o produto está na seta, observando seu aspecto. 4 - Através da válvula de fundo, drenar vinte litros ou mais, até a limpeza de descarga do caminhão tanque. Retirar a amostra para análise. Proceder da mesma forma para cada compartimento a ser descarregado. 5- Proceder com a análise do combustível antes de efetuar o descarregamento do(s) produto(s) e caso tenha alguma diferença dos padrões de qualidade, o revendedor NÃO DEVERÁ aceitar o combustível entregue pela distribuidora. Neste caso, a ANP deverá ser informada sobre a carga fora do padrão exigido. 6- Conforme exige a Portaria MTPS nº1109/16, as pessoas responsáveis pelo descarregamento do combustível devem estar equipadas com todos os EPI´s necessários: botas, luvas impermeáveis de borracha nitrílica, máscara de proteção respiratória de face inteira, capacete de proteção e receber treinamento para trabalho em altura conforme trata a Norma Regulamentadora nº 35.
5. VARIAÇÃO DO VOLUME - TEMPERATURA O volume do produto varia com a temperatura. Podemos estimar que a cada 1ºC em cada 1.000 litros, há um aumento ou retração no volume da ordem de 1 litro, se a temperatura baixar ou aumentar em relação à temperatura em que o produto foi carregado na base. Exemplo: Se um caminhão tanque com a capacidade para 30.000 litros carrega na base a 25ºC e, chegando ao posto a temperatura ambiente está em 30 ºC, teremos: Diferença de temperatura entre o carregamento e a chegada ao posto = 5 ºC Portanto: 30 x 5 x 1,0 = 150 litros, onde 30,0 = volume da carreta/1000
{
5,0 = diferença de temperatura 1,0= aumento/retração no volume do produto
Neste exemplo, o produto chegará com 150 litros acima da seta. O mesmo acontecerá para menos (abaixo da seta), se a temperatura de chegada ao posto for menor do que a temperatura de carregamento.
06 - Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
6 - PROCEDIMENTO PARA COLETA DE AMOSTRAS 6.1 - Amostra para análise do produto Ÿ
Abrir o bocal do compartimento do caminhão-tanque referente ao produto a ser recebido;
Ÿ
Retirar, aproximadamente, 10 litros do produto em balde apropriado e limpo;
Ÿ
Coletar, aproximadamente, 1 litro do combustível para proceder a análise conforme páginas 10, 11, 12, 19 e 26 deste manual.
6.2 - Amostra-testemunha A coleta da amostra testemunha é uma ferramenta importante de defesa do revendedor, pois caso seja constatada desconformidade nos combustíveis comercializados no posto, a amostra será a única forma de proteção para não ser responsabilizado pela má qualidade dos combustíveis encontrados no estabelecimento. Conforme a Res. ANP nº 11 /14 e Res. ANP nº13/14: ü Se o produto combustível for retirado na base de distribuição pelo revendedor varejista, a amostra-testemunha representativa do produto comercializado deve ser fornecida obrigatoriamente pelo distribuidor imediatamente após o carregamento do caminhão-tanque . ü O transporte de amostras-testemunha, da base de distribuição até o posto revendedor, deve ser feito na caixa de ferramentas do caminhão-tanque, atendidas as exigências estabelecidas pelas normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). ü No caso de recebimento de gasolina em que o revendedor tenha optado pela não realização da análise, este deverá solicitar que o distribuidor informe o teor de álcool etílico anidro combustível – AEAC contido na gasolina de modo que possa ser transcrito no Registro de Análise da Qualidade (RAQ) ü Caso a entrega do combustível seja feita no posto revendedor, este último será responsável pela coleta da amostratestemunha representativa do combustível recebido, que devem ser coletadas de cada compartimento do caminhão-tanque, na presença do distribuidor ou de seu representante (resolução ANP nº44/13). ü Todos os envolvidos no procedimento devem assinar o formulário impresso na arte externa do envelope de segurança da amostra-testemunha. O distribuidor é obrigatoriamente o fornecedor do envelope e do frasco para coleta; ü As informações que devem constar na parte externa do envelope de segurança da amostra-testemunha devem ser preenchidas no próprio envelope; não é permitida a colocação de adesivos. ü A amostra-testemunha deve ser coletada de cada compartimento que contenha o combustível a ser recebido em frasco de vidro escuro ou de polietileno de alta densidade, com 1 litro de capacidade, fechada com batoque, tampa plástica, acondicionada em envelope de segurança e armazenada em lugar arejado, sem incidência direta de luz e suficientemente distante de fontes de calor. ü
Procedimento para a coleta : ü
Lavar o frasco da amostra-testemunha por duas vezes, agitando-o com um pequeno volume (aproximadamente 200mL) do combustível a ser coletado;
ü
Descartar o volume usado para lavagem no tanque do caminhão se for detectada não-conformidade;
ü
Coletar, aproximadamente, 1L (um litro) do combustível a ser usado como amostra-testemunha e acondicioná-la conforme descrito anteriormente neste manual;
ü O posto revendedor deve guardar as amostras-testemunha referentes aos últimos três recebimentos de cada combustível. Além disso, também devem ser mantidas nas instalações do posto, as notas fiscais de aquisição de cada um dos combustíveis, em formato impresso, para efeito de fiscalização. No caso da NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), é necessário mantê-las em arquivo digital (XML) pelo período de cinco anos, assim como o armazenamento do DANFE. ü Caso o distribuidor se recuse a fornecer a amostra testemunha ou não disponibilize o envelope de segurança e/ou o frasco para coleta, o revendedor deve fazer uma notificação à ANP comunicando ocorrido em até 72 horas através do e-mail: amostra_sfi@anp.gov.br ü Em ações de fiscalização que incluam a coleta de amostra-prova para fins de registro em Documento de Fiscalização (DF), a ANP requisitará a apresentação das amostras-testemunha ao revendedor. A não apresentação da amostra-testemunha implicará ao Revendedor a RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA PELA QUALIDADE DO COMBUSTÍVEL verificada a partir da amostra-prova. Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO - 07
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
ü O descarte do combustível utilizado para análise de qualidade deverá obedecer às normas e regulamentos do
órgão ambiental competente. Já a amostra de combustível, estando conforme as especificações físico-químicas, deverá ser devolvida ao tanque quando sua guarda não for mais necessária. ü Na parte exterior do envelope de segurança da amostra-testemunha ou, ainda, dentro do invólucro para guarda
de formulário do "envelope canguru", deve conter formulário de identificação da amostra-testemunha, conforme modelo a seguir, impresso ou adesivado; ü Devem constar, impressos, na parte exterior do envelope: instruções de uso, numeração/código do envelope e
deve conter a expressão "AMOSTRA-TESTEMUNHA" nas bordas soldadas do envelope. ü Modelo de formulário de identificação da amostra-testemunha, que deve conter, no mínimo, as informações a seguir:
(Resolução ANP Nº 17 de 08/04/2016)
AMOSTRA-TESTEMUNHA PRODUTO:
DATA DA COLETA:
NÚMERO DO LACRE: Nº DA NOTA FISCAL DE RECEBIMENTO: NOME DO MOTORISTA: Nº DO RG DO MOTORISTA: ASSINATURA DO MOTORISTA: RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO: RESPONSÁVEL PELO FORNECIMENTO: ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELO FORNECIMENTO:
6.3 - Envelope de Segurança ü Deve ser confeccionado com três películas de polietileno (PE), duas de baixa densidade e uma de alta
densidade, dispostas alternadamente, com fechamento inviolável co-extrusado (COEX), com as seguintes dimensões: 260mm de largura, 360mm de comprimento e 0,075mm de espessura das paredes; ü Deve possibilitar a verificação de evidência de qualquer violação; ü Deve apresentar apenas um invólucro ou, opcionalmente, dois invólucros distintos ("envelope canguru"),
sendo um para guarda da amostra e outro, em plástico transparente com lacre de fita inviolável, para guarda do formulário de identificação da amostra; ü Deve ter sistema de fechamento resistente a resfriamento, exposição a calor e solventes, inclusive, se for o
caso, para o segundo invólucro para guarda do formulário;
08 - Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
RAQ 6.4 - Registro de Análise de Qualidade ü O RAQ é um formulário obrigatório que deve ser preenchido pelo revendedor com as informações constantes no Boletim de Conformidade, enviado pela distribuidora juntamente com a nota fiscal do produto no ato do recebimento do combustível. ü Nele, devem ser discriminadas as características químicas e os resultados obtidos através das análises do produto
realizadas pelo distribuidor. ü O RAQ também pode ser preenchido com os resultados obtidos pelas análises de qualidade dos produtos efetuada
pelo próprio revendedor em seu estabelecimento, nos casos em que este opte por fazer a análise. ü Este documento, assim como o Boletim de Conformidade, deve ser mantido nas dependências do posto pelo período de seis meses, conforme exige a Resolução nº 09/2007. Em caso de fiscalização, haverá penalidades para quem descumprir a lei.
Modelo de Formulário para Registro de Análise da Qualidade: REGISTRO DE ANÁLISE DA QUALIDADE RAZÃO SOCIAL DO POSTO REVENDEDOR: CNPJ DO POSTO REVENDEDOR: ENDEREÇO DO POSTO REVENDEDOR: BAIRRO:
CIDADE/ESTADO: DADOS DE RECEBIMENTO
Produto:
Volume recebido (litros) :
Data da coleta:
Distribuidor: CNPJ do Distribuidor: Transportador: CNPJ do Transportador: Nota Fiscal do Produto: Placa do Caminhão/Reboque: Nome Motorista: RG do Motorista: Nome do Analista: RESULTADOS DA ANÁLISE Aspecto: Cor: Massa Específica a 20ºC: Teor de álcool na Gasolina: Teor Alcoólico no AEHC: Responsável pelo preenchimento: Assinatura:
Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO - 09
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
7 - GASOLINA
7.1 - TESTE DO TEOR DE ETANOL ANIDRO NA GASOLINA
1
Adicione 50 ml da amostra de gasolina em uma proveta de 100mL limpa, desengordurada e seca, lavada previamente com detergente de limpeza para laboratório, de pH levemente alcalino ou neutro. A proveta deve ter graduação de 1mL, com boca esmerilhada e tampa, em conformidade com a Portaria Inmetro nº 528 de 3/12/14, calibrada nos pontos 50mL, 60mL, 65mL e 100mL. Acerte o menisco.
2
Adicione a solução de Cloreto de Sódio (NaCl) 10% peso/volume (100g de sal para cada litro de solução) até completar 100 mL. Tanto a amostra quanto a solução de NaCl devem estar à temperatura ambiente. E acerte o menisco novamente.
3
Tampe a proveta e misture as camadas de água e amostra através de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando a agitação enérgica. Destampe rapidamente para perder a pressão que se forma no interior da proveta e deixe em repouso por 15 minutos em uma superfície plana e nivelada, para que as duas partes sejam completamente separadas.
4
Realize a leitura da parte aquosa observando a base inferior do menisco formado na interface entre a parte aquosa e a gasolina, com os olhos posicionados na mesma altura da linha da interface. Anote o volume final da parte aquosa, em mililitros, com aproximação de 0,5 mL . Para obter o percentual, basta multiplicar por 2 (dois) o volume da camada aquosa que ultrapassou 50 mL e depois somar 1(um).
7.2 - PARÂMETROS DE QUALIDADE DA GASOLINA Desde 16/03/2015, o percentual obrigatório de etanol anidro combustível é de 27% na gasolina comum e 25% na gasolina premium, sendo que a margem de erro é de 1% para mais ou para menos. Resolução CIMA Nº 1/2015; Ÿ Aspecto: límpido e isento de impurezas.(Resolução CIMA Nº 1/2015); Ÿ Cor: pode variar de incolor a amarela (gasolina C) e verde (gasolina aditivada); Ÿ Massa específica da gasolina a 20/4 ºC: Não é especificada pela ANP, situando-se normalmente entre 0,720 e 0,780 g/mL (gasolina C e aditivada). NBR 7148/14 e NBR 14065. Ÿ
Observações: A solução aquosa de cloreto de sódio a 10% m/v solicitada no teste deve ser composta dos reagentes Cloreto de Sódio (NaCl) e água destilada.
10 - Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO
ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
Ilustração extraída da ABNT NBR 13.992:2015. Procedimento de leitura do volume da fase aquosa.
7.3 - TESTE PARA ANÁLISE DE ASPECTO E COR DA GASOLINA, ÓLEO DIESEL E ÁLCOOL ETÍLICO (AEHC)
1 2
Pegar uma proveta de 1L limpa e seca. Lavar a proveta com parte da amostra. Descartar e encher novamente com a amostra;
Fazer a verificação visual do aspecto quanto à coloração e à presença de impurezas.
RESULTADOS
Expressar os resultados de aspecto observados da seguinte forma: I – Límpido e isento de impurezas; II – Límpido e com impureza; III – Turvo e isento de impurezas, ou IV – Turvo e com impurezas. Expressar a cor visual.
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7.4 - TESTE PARA ANÁLISE DA DENSIDADE DA GASOLINA
1
Em um local fechado, isento de correntes de ar, coloque a gasolina a ser testada em uma proveta de 1000mL graduada, enchendo-a até a marca de 1000mL, mais ou menos, para facilitar o manuseio do densímetro e evitar alterações rápidas de temperatura.
2
Pegue o termômetro tipo I ou escala interna -10 a 50ºC: 0,5ºC e introduza-o totalmente na proveta, agitando por 30 segundos, com cuidado para que não bater nas paredes da proveta. Deixe descansar por mais 30 segundos para que a temperatura fique homogênea. Passado esse tempo, anote a temperatura encontrada.
3
Em seguida, pegue o densímetro (normalmente o de 0,700 a 0,750*) e limpe-o com papel toalha ou com um pano seco que não solte fiapos. Introduza-o na proveta lentamente, tomando cuidado para que não afunde mais do que o necessário, pois se isso ocorrer, a parte graduada ficará cheia de gasolina, tornando o densímetro mais pesado e, conseqüentemente, marcando a densidade incorreta. Atingido o ponto de equilíbrio, faça um movimento rotatório, pressionando levemente para que afunde duas subdivisões e observe para que o mesmo não “cole” nas paredes da proveta. Espere até o densímetro atingir o ponto de equilíbrio e, olhando ao nível dos olhos a intersecção do líquido com o densímetro, anote o resultado.
4
Pegue o resultado da temperatura e o da densidade e verifique na TABELA DE CONVERSÃO DA DENSIDADE DA GASOLINA , se está dentro da especificação. Caso o resultado esteja fora da especificação, repita o teste com outra amostra. Persistindo o resultado, entre em contato com a distribuidora. (*) Em determinadas temperaturas, talvez seja necessário usar o densímetro de 0,750 a 0,800.
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TABELA DE CONVERSÃO DE DENSIDADE DA GASOLINA
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TABELA DE CONVERSÃO DE DENSIDADE DA GASOLINA
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TABELA DE CONVERSÃO DE DENSIDADE DA GASOLINA
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8 - DIESEL 8.1 - TESTE PARA ANÁLISE DA DENSIDADE DO DIESEL
1
Colocar quantidade suficiente de diesel a examinar em uma proveta, de modo que o densímetro flutue livremente, sem tocar o fundo ou as paredes da proveta.
2
Introduzir o termômetro de imersão total (tipo I aprovado pelo Inmetro - Portaria nº 71/03) e agitar continuamente a amostra. Uma vez estabilizada a temperatura, com o termômetro imerso no produto, efetuar a leitura e anotar.
3
Mergulhar o densímetro limpo e desengordurado no produto. Ao soltá-lo, fazer um movimento giratório para que o mesmo entre rapidamente em equilíbrio e flutue livremente sem tocar as paredes da proveta.
4
Aguardar alguns minutos para que se estabeleça a estabilidade térmica do conjunto e aposição de equilíbrio do densímetro.Faça a leitura do densímetro no plano da superfície do líquido. Faça também a leitura do termômetro. Com o auxílio da tabela de conversão das densidades e dos volumes das próximas páginas, e de acordo com a temperatura da amostra, converter o valor encontrado para a massa específica de 20°C.
9.2 - PARÂMETROS DE QUALIDADE DO DIESEL NBR 7148 e NBR 14065 Ÿ Aspecto: límpido e isento de impurezas. Ÿ Cor ASTM: Máximo 3,0 Ÿ Massa Específica a 20/4 ºC:
0,820 à 0,850 g/cm³ - Diesel S10; {0,820 à 0,865 g/cm³ - Diesel S 500;
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TABELA DE CONVERSÃO DE DENSIDADE DO DIESEL
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9 - ETANOL 9.1 - TESTE PARA ANÁLISE DO TEOR ALCOÓLICO E MASSA ESPECÍFICA - Álcool Etílico Hidratado Alcoólico(AEHC)
1
Lavar a proveta de 1L com parte da amostra, descartar e encher novamente com a amostra do produto.
2
Introduzir o termômetro de imersão total aprovado pelo Inmetro (Portaria nº 03/02 e nº245/00, com escala de -10ºC a 50ºC e subdivisões de 0,2ºC ou 0,5ºC). .
3
Mergulhar o densímetro de vidro para álcool - com escala 0,750-0,800 g/mL (comum) e 0,8000,850 g/mL (aditivado) ou 0,770-0,820 g/mL (comum e aditivado), menor divisão de 0,0005 g/mL - limpo e desengordurado no produto de tal forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta. Aguardar alguns minutos para que se atinja a estabilidade térmica do conjunto e a posição de equilíbrio do densímetro;
4
Faça a leitura do densímetro e do termômetro no plano da superfície do líquido e anote os valores. Com o auxílio da tabela de conversão de massa específica e volume de misturas de álcool etílico e água, e de acordo com a temperatura da amostra, determinar a massa específica a 20º e o correspondente teor alcoólico em º INPM.
9.2 - PARÂMETROS DE QUALIDADE DO ETANOL (AEHC) NBR 5.992 Aspecto: límpido e isento de impurezas. Cor: incolor. Não pode conter qualquer corante.
Fonte: Cartilha do Posto Revendedor de Combustíveis, ANP, 6ª edição.
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TABELA DE TEOR ALCOÓLICO E MASSA ESPECÍFICA DO ETANOL Temp. (°C)
Temp. (°C)
Temp. (°C)
Temp. (°C)
16,5º
19º
21,5º
24º
17º
19,5º
22º
24,5º
17,5º
20º
22,5º
25º
18º
20,5º
23º
25,5º
18,5º
21º
23,5º
26º
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ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS
TABELA DE TEOR ALCOÓLICO E MASSA ESPECÍFICA DO ETANOL Temp. (°C)
Temp. (°C)
Temp. (°C)
Temp. (°C)
Temp. (°C)
26,5º
29º
31,5º
34º
36,5º
27º
29,5º
32º
34,5º
37º
27,5º
30º
32,5º
35º
37,5º
28º
30,5º
33º
35,5º
38º
28,5º
31º
33,5º
36º
38,5º
28 - Manual de Análise de Combustível 2017 SINCOPETRO
- Versão 2 ANÁLISE DE COMBUSTÍVEIS Manual Técnico para o Posto Revendedor
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo Rua Atibaia, 282, Perdizes - São Paulo/SP
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