Revista Posto de Observação nº 366

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EDIÇÃO Nº 366

DISTRIBUIDORAS

CRISE

POLÍTICA DE ANIQUILAMENTO DE POSTOS

Por quanto tempo as tradicionais revendas poderão suportar

TAXAS ALTAS

QUEDA DE CONSUMO POSTOS DE MERCADOS

MERCADO IRREGULAR



ÍNDICE Edição nº 366

Revista Posto de Observação Órgão Oficial de divulgação da Brascombustíveis Diretor Responsável José Alberto Paiva Gouveia Jornalista Responsável Cristiane Collich Sampaio (MTb. 14225) Editoras Denise de Almeida Márcia Alves Depto Comercial Anadir Zoccal Assinaturas Maristela Freitas Marketing Cybele Belini Edição de Arte Pedro Luiz Durigam/FirstWay Impressão e Acabamento Prol Editora gráfica

CAPA

SÃO NECESSÁRIAS AÇÕES IMEDIATAS PARA EVITAR O EXTERMÍNIO DA CATEGORIA ECONÔMICA DA REVENDA

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Distribuição nacional. Redação e Publicidade Rua Atibaia, 282 - Perdizes São Paulo - SP - 01235-010 Tel.: (11) 2109-0600 informa@postonet.com.br www.postodeobservacao.com.br

Apoio:

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DESTAQUE MERCADO GESTÃO FÓRUM SERVIÇO TIRA DÚVIDAS MEMÓRIA

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SUA EMPRESA MEIO AMBIENTE CONVENIÊNCIA CLIPPING ESTILO CURIOSIDADES

NOTÍCIAS REGIONAIS Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes Presidente: José Alberto Paiva Gouveia Diretor Financeiro: Genaro Maresca Diretor Administrativo: Carlos Henrique Mello Cruz

POSTO DE OBSERVAÇÃO

SINCOPETRO E STONE: PARCERIA CRIA CONDIÇÕES COMERCIAIS EXCEPCIONAIS PARA ASSOCIADOS DO SINDICATO

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DESTAQUE por Márcia Alves

Denúncias crescem, mas irregularidades nos combustíveis diminuem ANP atribui melhora à intensificação da fiscalização e melhor qualidade dos produtos vendidos pelas distribuidoras.

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foram 76.101 manifestações, que geraram 16.375 denúncias. Porém, o resultado dessas fiscalizações mostra que houve queda no número de infrações, de 4.476, em 2014, para 4.115 em 2015. No ano passado, os combustíveis líquidos responderam por 88% das denúncias, dos quais 63% por adulteração e 28% por aferição irregular. A gasolina foi o combustível que registrou o maior número de não conformidade, principalmente, por causa do percentual

do etanol, detectada em 66% das amostras, seguida pela desconformidade na destilação (17%). Já no etanol, 119 irregularidades foram detectadas, com destaque para o teor alcoólico (23%) e massa especifica (34%). No caso do diesel, a maior não conformidade foi o teor (38%) e, em segundo lugar, o ponto de fulgor (32%). Já no biodiesel, 89% das amostras apresentaram desconformidade em relação ao teor de água. Em 2015, 169 postos foram autuados por apresentarem bomba medidora com vicio de quantidade, conhecida como “bomba-baixa”, 18% no Acre. O número é menor que o apurado em 2014, que somou 190 autuações (30% na Bahia, 22% em São Paulo e 11% no Rio de Janeiro). No balanço de 2015, São Paulo responde por apenas 5% dos casos. O estado também lidera as ações de fiscalizações (3.218) na Região Sudeste, que somou 7.261 operações. Para o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Carlos Orlando da Silva, nos dois últimos anos houve uma melhoria na fiscalização e redução da adulteração primária de combustíveis. Ele atribui a queda à conjugação de dois fatores: intensificação da fiscalização e conscientização da maioria dos distribuidores de vender um produto de melhor qualidade. “Existe ainda quem faz falcatrua no mercado, mas o que a gente nota é uma melhoria tanto no agente de mercado como na nossa ação”, disse.

Arquivo

feito ou não do maior acesso do consumidor à informação ou aos canais de comunicação com o órgão regulador de combustíveis, a questão é que em 2015 aumentaram as denúncias contra o setor. No seu balanço anual de 2015, divulgado em março, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informa ter recebido 80.906 manifestações de consumidores, das quais 20.217 foram classificadas como denúncias. Em 2014,

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Denúncias aumentaram de 16 mil para 20 mil, entre 2014 e 2015. Mas as infrações reduziram de 4.476 para 4.115 no mesmo período POSTO DE OBSERVAÇÃO


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DESTAQUE por Márcia Alves

Pesquisa indica que revenda quer mudanças Resultado parcial da avaliação revela que a maioria está disposta a trocar de bandeira.

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os quesitos atendimento, suporte, política de descontos, prazo de pagamentos e em muitos outros, as distribuidoras de combustíveis estão deixando a desejar. Esta é a opinião de grande parte dos revendedores de combustíveis que participaram da pesquisa conduzida pela Brascombustíveis para medir a satisfação da categoria em relação às suas respectivas distribuidoras de combustíveis. Disponível na internet (no endereço https://pt.surveymonkey. com/r/HVDBM2G), a “Avaliação da satisfação da Revenda de Combustíveis em relação às respectivas Companhias Distribuidoras de Petróleo” foi lançada há pouco mais de um mês e já apresenta resultados parciais consistentes. Por exemplo: 71,85% dos entrevistados estão dispostos a trocar de distribuidora. Destes, 40,74% optariam por ser independentes (bandeira branca). A enquete é apresentada com alternativas de respostas sobre diversas situações de relacionamento com as distribuidoras. O preenchimento é restrito aos revendedores de combustíveis, mas sem a necessidade de identificação. A pesquisa continuará disponível até que a Brascombustíveis atinja o objetivo de alcançar todo o país.

Resultados parciais No resultado preliminar é possível avaliar as condições de atuação da maioria: 68,07% possuem contrato de Compra e Venda Mercantil (CVM) ou similar e apenas 21,08% possuem caminhão-tanque. A loja de conveniência está presente em mais de 72% dos postos, sendo 45,18% independentes e 31,33% franquias. O meio de pagamento mais aceito pelos pesquisados são os cartões de crédito e débito (95%), seguido pelo faturamento (89%) e pelo vale-combustível (38,55%). O vale-frete é aceito por 12%. Para 48% dos entrevistados, a distribuidora condiciona os preços de custos dos combustíveis aos preços de venda do posto. O atendimento, por exemplo, é bom para 38,52%, mas classificado entre péssimo e regular por 54%. O suporte de divulgação das distribuidoras foi avaliado como bom por 34,07%, mas péssimo e ruim para 30% e regular para 28%. A política de atendimento é péssima para mais de 47%.

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POSTO DE OBSERVAÇÃO


Metade dos entrevistados (54,81%) afirmou que não tem liberdade de escolha na adesão ao plano de marketing das distribuidoras. Um dado positivo é que a maioria (67%) não tem débitos com as distribuidoras. Dos que possuem (33%), 16,30% atribuem a causa às margens de lucratividade. A frequência de visita das equipes de vendas nos postos é variada: uma ou duas vezes ao ano (20%) e a cada quatro meses (13%). Porém, 17,78% disseram não receber nenhuma visita. Mais de 47% enfrentam concorrência dos postos em supermercados, cuja maioria (44%) não ostenta nenhuma bandeira. De maneira geral, as distribuidoras foram mal avaliadas. A pesquisa mostra que os revendedores também estão insatisfeitos.

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DESTAQUE por Cristiane Collich Sampaio e Denise de Almeida

Divulgação

Sindicom cria associação nacional e muda modelo de atuação Da integração das duas entidades nasce o Sistema Sindicom, que quer promover a competitividade do setor.

José Lima de Andrade Neto, presidente do Sindicom e Andicom

o completar 75 anos de atividades, o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) mudou o modelo de atuação e criou a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes e de Modelos de Lojas de Conveniência em Postos de Combustíveis (Andicom). De acordo com a entidade, a Andicom é um amadurecimento do Sindicom e tem como objetivos promover a melhoria permanente do ambiente de negócios e colaborar com as au-

assume a vaga deixada por Alísio Vaz. Lima, que foi presidente do Conselho Consultivo da entidade de abril de 2011 a março de 2015, é engenheiro químico formado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e funcionário de carreira da Petrobras, onde exerceu diversas funções na estatal até chegar à presidência da BR Distribuidora, cargo que ocupou durante seis anos. Ao longo de sua carreira, atuou ainda como secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME).

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toridades públicas, inclusive como entidade técnica e consultiva, no estudo e solução dos problemas que se relacionem com o setor. Da integração das duas organizações, nasce o Sistema Sindicom que, segundo a entidade, busca fortalecer a legitimidade institucional, promovendo de forma ética e transparente a livre concorrência, a livre iniciativa e a competitividade do setor. A presidência da Andicom e do Sindicom está a cargo de José Lima de Andrade Neto, ex-presidente da BR Distribuidora, que

Aurélio Amaral integra agora o colegiado da ANP

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seja reconhecida pela sociedade e torne-se referência internacional em regulação. Ao dar as boas vindas a Aurélio, Magda Chambriard comentou que “a posse de um diretor é sempre um momento muito especial

Marcus Almeida/Divulgação ANP

o dia 14 de abril, Aurélio Amaral tomou posse na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para um mandato de quatro anos. Ele passará a integrar a diretoria colegiada da agência, ocupando a Diretoria 1, responsável pelas superintendências de Abastecimento, Fiscalização do Abastecimento, Biocombustíveis e Qualidade de Produtos, e Definição de Blocos. O recém-empossado assumirá uma das cadeiras vagas desde o ano passado, com a saída dos ex-diretores Florival Carvalho e Helder Queiroz, juntando-se à atual diretoria, formada pela diretora-geral, Magda Chambriard, e os diretores Waldyr Barroso e José Gutman. Na cerimônia realizada na Escola Naval da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), o novo diretor abordou “os desafios do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis” e destacou seu empenho para que, com “sua solidez técnica, transparência e efetividade na promoção do interesse público”, a agência

e, nesse caso, significa o reconhecimento por um excelente trabalho à frente da Superintendência de Abastecimento”, declarou. A diretora lembrou sua atuação no aperfeiçoamento da gestão do abastecimento, “com a identificação dos gargalos, e também as ações para que a ANP cumpra a sua atribuição de garantir o abastecimento nacional”. O novo diretor ingressou na ANP em 2009, inicialmente como assessor da diretoria. No ano seguinte, assumiu a coordenação do escritório da agência em São Paulo. Foi superintendente-adjunto de Fiscalização do Abastecimento de 2011 a 2012. Nesse ano passou a exercer a Superintendência de Abastecimento até a nomeação como diretor. Aurélio é advogado formado pela Faculdade de Direito de São Bernardo (São Bernardo do Campo, SP). Sua nomeação para o cargo pelo Governo Federal havia sido publicada no dia 28 de março no diário oficial (DOU). Aurélio Amaral, novo diretor da ANP

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MERCADO por Cristiane Collich Sampaio e Márcia Alves

Sistema da MTX promete reduzir conta de água Automatizado e com dispositivo que melhora a decantação, sistema para reuso de água gera economia para postos.

linha MTX é comercializada em três versões: VL 500, com vazão de 500 litros/hora para lavagem de até 40 carros/dia; VL 1000, com vazão de 1.000 litros/hora para até 80 carros/dia; e VL 2000 para até 160 carros/dia. Para os postos que arrendam a lavagem de veículos, a empresa oferece a locação dos equipamentos por período de até 16 meses. “Além do apelo ambiental, a linha MTX traz uma rentabilidade maravilhosa”, garante.

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Divulgação

m meio à crise econômica, o Auto Posto Pangea, no bairro da Aclimação, na capital paulista, conseguiu o feito de economizar aproximadamente R$ 3 mil por mês com o reuso de água. Supersatisfeito, o proprietário Marcelo Fernandes conta que o posto faz a lavagem de cerca de 800 carros por mês sem gastar nenhum centavo de conta água. “Também não pagamos nada de taxa de esgoto, já que toda a água é reaproveitada”, diz. O Posto Pangea é um dos muitos cases de sucesso da MTX, empresa fornecedora de elementos filtrantes que desenvolve e fabrica a linha de equipamentos para reuso de água MTX. Segundo o diretor Thiago Salermo, um dos principais diferenciais dos equipamentos é o inédito e exclusivo floculador helicoidal,um dispositivo que melhora o processo de decantação da água usada, aumentando a vida útil do filtro. “O floculador helicoidal aglutina as partículas suspensas da água, que seguem mais rapidamente para o fundo do reservatório durante a decantação, evitando a saturação precoce do filtro e melhorando a eficácia do tratamento”, diz. Outro diferencial, segundo ele, é a automação dos equipamentos, que elimina a tarefa manual de abrir e fechar o registro diariamente para a retrolavagem do filtro. “Nos equipamentos da linha MTX, essa tarefa é feita sem a intervenção de um operador”, diz. Segundo Thiago Salermo, a MTX é a única que reúne a decantação e a automação em seus equipamentos. Atualmente, a POSTO DE OBSERVAÇÃO


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edro Mizutani, vice-presidente de Relações Externas e Estratégia da Raízen, é o novo presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Ele foi eleito por unanimidade, para um mandato de dois anos, pelos membros do conselho no dia 26 de abril. O executivo substitui Luís Roberto Pogetti, que ocupava interinamente o cargo desde a saída do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em fevereiro de 2015. Para a presidente da Unica, Elizabeth Farina, a escolha de Mizutani foi acertada. “O excelente trabalho desenvolvido por Pogetti ao longo deste último ano certamente terá a

Divulgação

Conselho da Unica sob nova direção

Pedro Mizutani, novo presidente do Conselho Deliberativo da Unica.

sua continuidade assegurada na gestão do Pedro. Seu profissionalismo e dedicação se estendem a todas as atividades que exerce”, avalia a executiva. O novo dirigente, que é engenheiro de produção, também integrará os conselhos deliberativos de outras entidades sindicais do setor no estado de São Paulo. Segundo Mizutani, “um dos grandes desafios para os próximos anos será reforçar o quadro de associados à entidade, conferindo ainda mais representatividade à organização, independentemente do tamanho das empresas afiliadas”.

Trajetória Com 34 anos dedicados ao setor sucroenergético brasileiro, ele iniciou sua carreira na Cosan. Em 2009 chegou à presidência da Cosan Açúcar e Álcool, desempenhando, em paralelo a função de vice-presidente do Grupo Cosan. Com a formação da Raízen, joint-venture formada por Cosan e Shell, exerceu a vice-presidência do departamento de Etanol, Açúcar e Energia. Em novembro de 2015, deixou a posição para assumir a vice-presidência executiva da diretoria de Relações Externas e Estratégia da Raízen.


FÓRUM por Márcia Alves

Adulteradores terão atividade suspensa

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epois de quase cinco anos de tramitação, foi aprovado em março pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o Projeto de Lei do Senado 476/2011, que prevê a suspensão cautelar imediata das atividades de empresas envolvidas na falsificação ou adulteração de combustíveis e lubrificantes. Agora, encerrada a tramitação, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados. A proposta do senador Humberto Costa (PT-PE) não estabelece a punição apenas para os postos de combustíveis, mas também a todos os estabelecimentos que participarem da importação, distribuição, entrega para consumo, fabricação ou estocagem de combustível ou lubrificante falsificado, corrompido ou adulterado. Caso o responsável pelo delito seja condenado em processo judicial ou administrativo, a suspensão cautelar será convertida em suspensão temporária de atividades, que vigorará por período mínimo de seis meses a cinco anos. Em caso de não comprovação das fraudes, a suspensão será revogada. “Ainda que tivéssemos a intenção de que os estabelecimentos envolvidos nessas práticas nunca mais pudessem funcionar, devemos nos render à norma constitucional, que veda a imposição de pena de caráter perpétuo”, justifica o senador Humberto Costa. Além de tentar coibir o “lucro fácil” da atividade de adulteração, o objetivo do senador é defender o consumidor, que sofre prejuízos por danos causados ao seu veículo.

GESTÃO PROFISSIONAL por Denise de Almeida

Curso de Boas Práticas da ANP é gratuito e auxilia revendedores na gestão do posto

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o último dia 15 de abril, aconteceu a sétima edição do Curso de Boas Práticas realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em São Paulo. Iniciativa do próprio órgão, o curso é voltado para os revendedores e colaboradores dos postos, parceiros institucionais da ANP e consumidores em geral, e ainda é considerado ‘piloto’. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa da ANP, o objetivo é realizá-lo também em outros estados, conforme previsto no Plano

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Anual de Fiscalização 2016. Há, inclusive, previsão de realizar o curso no Rio de Janeiro nos próximos meses. O curso é dividido em cinco partes e, além de uma apresentação institucional, os agentes da ANP falam sobre as normas regulatórias observadas pela fiscalização nos postos e todo o processo administrativo em caso de autuação. Após o desenvolvimento teórico, os participantes têm uma vivência prática na realização de testes de qualidade e metrologia e direitos do consumidor;

e, ainda, participam de uma oficina de navegação no site da ANP, com exercícios de comunicação virtual com a Agência. Totalmente gratuito, o curso, em geral, acontece sob demanda. Para participar, o revendedor pode se inscrever e/ou inscrever seus colaboradores por meio do e-mail boaspraticas@anp.gov.br ou pelos telefones (11) 2276-1337 e (11) 2276-1175. Em São Paulo, os cursos ocorrem no Escritório Regional da ANP, à Rua Aprígio Gonzaga, 78, 15º andar, São Judas. POSTO DE OBSERVAÇÃO


POSTO DE OBSERVAÇÃO

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SERVIÇOS por Cristiane Collich Sampaio

Uma parceria pela qualidade de vida isenção de encargos sociais e, em alguns casos, incentivos fiscais.

Para empresas de todos os portes Para as empresas que buscam formas de aumentar a satisfação dos seus funcionários, melhorar os resultados e reduzir custos, é imprescindível oferecer um pacote de benefícios que atenda às expectativas da equipe. Assim, a Sodexo possui opções para organizações de todos os portes e segmentos, a partir de um funcionário, como o Sodexo Refeição Pass e Sodexo VT Pass. O primeiro dá liberdade de

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a última década, o Sincopetro e a Sodexo, destaque mundial no desenvolvimento e na oferta de serviços destinados a melhorar a qualidade de vida, trabalharam em parceria com o objetivo de oferecer os melhores benefícios aos associados. Pesquisas, como a divulgada pela Buck Consultants - Global Wellness Survey, apontam que 54% das empresas brasileiras acreditam que programas de qualidade de vida são importantes para o aumento da produtividade e a redução do presenteísmo (situação em que o empregado é assíduo, porém improdutivo); 48% aplicam esses programas com o objetivo de reduzir custos; e 37% têm iniciativas dessa natureza para atrair e reter talentos. No Brasil, o segmento de benefícios ao trabalhador é regulamentado pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído em 1976. Ao beneficiar os empregados, essa legislação acaba por aumentar sua produtividade. Isso sem contar que, a título de estímulo, concede à empresa empregadora

escolha e acesso a uma refeição diária saudável e balanceada, enquanto que o segundo administra o vale-transporte da empresa e garante o deslocamento do funcionário no trajeto residência-trabalho e vice-versa. Aqui é importante destacar que a concessão do vale-transporte é uma obrigação legal; esse vale não pode ser substituído por dinheiro ou por qualquer outra forma de pagamento. Para obter mais informações e conhecer as condições comerciais exclusivas para associados do Sincopetro, oferecidas pela Sodexo, o interessado deve entrar em contato com a Secretaria de Assistência ao Associado (SAA), pelo telefone (011) 2109-0600, e solicitar uma proposta.

TIRA DÚVIDAS por Denise de Almeida

Terceira casa decimal nos preços dos combustíveis O valor total a pagar pelo combustível deve ter apenas duas casas decimais, mesmo que o preço por litro tenha três?

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e acordo com a Resolução ANP n°41/2013, “os preços por litro de todos os combustíveis comercializados deverão ser expressos com três casas decimais no painel de preços e nas bombas medidoras. Na compra feita pelo consumidor, o valor total a ser pago resultará da multiplicação do preço por litro de combustível pelo volume total de

litros adquiridos, considerando-se apenas duas casas decimais, desprezando-se as demais”. Ou seja, a ANP estabelece que o preço dos combustíveis seja registrado nas bombas medidoras com três casas decimais. No entanto, o valor total a pagar só pode ser cobrado com duas casas decimais. Veja o exemplo: valor do litro do combus-

A Revista PO mantém essa coluna para que você possa esclarecer quaisquer dúvidas referentes ao seu negócio. Escreva para gente ou mande um e-mail. O nosso endereço eletrônico é revista@postonet.com.br

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tível no mostrador da bomba abastecedora no posto revendedor: R$ 2,899 por litro; compra de 25,21 litros de combustível; Valor a ser pago: R$ 2,899 x 25,21 litros = R$ 73,08379. Porém, o valor a ser pago pelo consumidor que aparece na bomba abastecedora é de R$ 73,08.

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MEMÓRIA por Cristiane Collich Sampaio

Leone comemora seus 45 anos de fundação A família Leone continua unida, investindo no desenvolvimento tecnológico da equipe e preparando a nova geração para dar continuidade à empresa.

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destaques são os sistemas de tratamento e de reuso de água, que já são obrigatórios em alguns municípios do país. No quesito de energia, irregularidades no fornecimento pelas concessionárias públicas e a elevação do custo estimularam os postos a buscarem alternativas em geradores particulares, para

ual o melhor país para se viver? “Brasil” é a resposta de Bruno Leone, um país que tem tudo para vencer e que recebeu de braços abertos a ele e a seus pais no ano de 1952, quando chegaram ao país, em busca de melhores oportunidades. No Brasil a família cresceu, com o nascimento de seus irmãos Luciano e Vittorio. Em 1957 chegaram seus tios Fernanda e Michel, junto com os primos Marilena e Luciano Galea. A história da família no mercado de combustíveis vem de longa data. Antes de vir ao Brasil, Uberto Leone, patriarca da família, já havia trabalhado no segmento de petróleo e, depois, foi profissional de vendas da então Esso Brasileira de Petróleo, por anos seguidos. O tempo passou e, no dia 25 de fevereiro de 1971, foi fundada a Leone Equipamentos, dirigida ao segmento de postos de serviços, que comercializava, apenas, bicos automáticos de abastecimento. Gradualmente, foi agregando serviços e novos equipamentos ao seu portfólio, também direcionados a distribuidoras e centros de serviços automotivos.

A trajetória da Leone foi marcada pelo desenvolvimento tecnológico constante, de forma a superar as expectativas de um mercado em contínua evolução. Atualmente, “as linhas que têm gerado maior procura referem-se a energia, adequação ambiental e geração de novas receitas”, relata Bruno Leone. Segundo ele, no campo ambiental os

Divulgação

Água, energia elétrica e diversificação

garantir o funcionamento das atividades. Além dessas linhas, a empresa tem procurado auxiliar os postos na geração de renda adicional. Assim, a Leone tem oferecido itens e soluções completas para a instalação ou modernização de trocas de óleo e de serviços de pneus, com alinhamento e balanceamento, apresentando elevadores e máquinas para serviço a vácuo, reciclagem de ar-condicionado e troca de fluído de freios. Hoje, a direção da Leone, composta por Bruno, Lídia, Luciano, Vittorio e Galea, prossegue investindo na capacitação da equipe e da nova geração da família para a continuidade da empresa.


SUA EMPRESA por Denise de Almeida e Márcia Alves

Seguro de vida para funcionários não é tudo igual Assessoria especializada oferecida pelo Sincopetro garante auxílio no trâmite de documentação e indenizações de acordo com a CCT.

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ontratar seguro de vida para os funcionários do posto de serviços é obrigação do revendedor, prevista em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Mas, antes de cumprir essa obrigação, é preciso avaliar não apenas o preço do seguro, como também as condições e o atendimento. Se a oferta partir de bancos, muito provavelmente o revendedor não terá o atendimento especializado que precisa e merece. “Nos bancos, o revendedor é apenas mais um cliente e se precisar do seguro terá de se virar com o telefone 0800”, alerta Rosana Alcobas Redona, responsável pelo Departamento de Seguros do Sincopetro. Segundo ela, os bancos oferecem um seguro com capital global, que

serve para diferentes categorias profissionais. “Como não existe controle de entrada e saída de funcionários, a indenização é paga pela folha do FGTS no mês do óbito ou invalidez por acidente. Ou seja, esse descontrole pode causar diferença na indenização, que é paga na forma de rateio”, explica. Já no Sincopetro, além do atendimento personalizado, ela destaca que a gestão de movimentação de funcionários faz a diferença. “Nosso diferencial é a prestação de serviços para os postos, pois, além de operar diretamente com as contabilidades, também oferecemos orientação às famílias dos funcionários nos procedimentos para o INSS”, diz Rosana.

OS BENEFÍCIOS DE CONTRATAR O SEGURO DE VIDA COM O SINCOPETRO: SEGURO SOB MEDIDA

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Em parceria com seguradoras de renome, o Sincopetro oferece produtos específicos para postos de serviço, em condições exclusivas para seus associados, adequadas à CCT e com preços abaixo da média de mercado.

O Departamento de Seguros do Sincopetro trata diretamente com o dono do posto na fase de contratação do seguro e oferece atendimento exclusivo em caso de sinistro.

AUXÍLIO NO TRÂMITE DE DOCUMENTAÇÃO

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A especialização faz a diferença no trâmite documental para a liquidação de sinistro, que inclui a orientação aos familiares sobre os procedimentos relativos ao INSS.

Os associados do Sincopetro contam com a assessoria de advogados especializados na revenda de combustíveis para atendimento em defesas trabalhistas.

Para mais informações, ligue 11 2109-0600 e consulte o Departamento de Seguros.

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POSTO DE OBSERVAÇÃO


Divulgação

Os campeões de autuações no Procon-SP 45% dos postos de combustíveis fiscalizados pelo órgão vendem produtos vencidos. Placas de preços enganosas também estão na lista.

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xcluindo a desconformidade dos combustíveis, os produtos com prazos de validade vencidos e sem informação de seus respectivos preços para pagamentos à vista foram os campeões de autuação nas fiscalizações nos postos revendedores no último ano, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). Seja na loja de conveniência, expostos em vitrines, nas prateleiras ao lado das bombas abastecedoras ou na área de troca de óleo, o grande volume de artigos – tais como óleos lubrificantes, fluídos de freio, aditivos,

palhetas, entre outros – com data excedida e quase sempre sem indicação de preço têm chamado a atenção do órgão. Em segundo lugar, vêm as faixas promocionais enganosas, com preços menores do que os cobrados na bomba de combustíveis; e, em muitos casos, inclusive, com dimensão e visibilidade maiores do que os preços efetivamente praticados no momento, onde o consumidor teria direito ao preço anunciado apenas em determinado horário ou se estiver fidelizado a um serviço, sendo induzido, portanto, ao erro.

Nestes mesmos postos, segundo Carlos Eduardo Simetta, coordenador de ação de fiscalização, a Fundação destaca que a placa obrigatória, com a informação dos preços dos combustíveis para pagamento à vista, também não estava afixada na entrada dos estabelecimentos de forma clara, visível e ostensiva, como determina a legislação. Todas essas irregularidades, vale lembrar, são passíveis de autos de infração, multas, detenção, interdições e até lacração do estabelecimento pelo Procon. Portanto, fique atento!

Novos requisitos para medição de volumes das bombas medidoras está em vias de publicação

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té o fechamento desta edição, era grande a expectativa da publicação do novo regulamento para bombas medidoras de combustíveis líquidos. Inédito no Brasil, o requisito atualiza legislação de 1985 e prevê que a nova geração de instrumentos de medição do volume do combustível alocado na bomba do posto seja registrada digitalmente (criptografada) e inclui a criação de um software exclusivo que permitirá que o consumidor tenha também poder de vigilância nos postos de combustíveis. De POSTO DE OBSERVAÇÃO

acordo com a assessoria de imprensa do Inmetro, por meio de um aplicativo, será possível baixar um programa para celular, que proporcionará ao consumidor a leitura confiável dos dados de abastecimento. Com essa medida, ele poderá verificar, sempre que abastecer, se os valores apresentados no mostrador da bomba estão corretos ou fraudados. O programa, desenvolvido por técnicos do Inmetro, controlará a trajetória da informação desde a medição de volume até o mostrador da bomba, já que, de acordo

com o relatório dos fiscais dos Institutos de Pesos e Medidas estaduais, órgãos delegados do Inmetro, o dolo acontece no ‘trajeto’ entre o dispositivo medidor de volume de combustível e o display da bomba A proposta esteve em consulta pública durante o ano passado e, agora, está em vias de ser publicada, segundo o Inmetro. A nova lei deve exigir também a conformidade das bombas já instaladas; e todos os modelos, mesmo os mais antigos, deverão satisfazer a totalidade dos requisitos.

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SUA EMPRESA por Denise de Almeida

Nova proveta para medição de anidro na gasolina já gera dúvidas

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portaria Inmetro (528/2014) que exige provetas de 100 ml para medição do teor de etanol anidro na gasolina deve entrar em vigor só em dezembro. Mas já está causando confusão para os revendedores que querem se antecipar às exigências, especialmente porque há modelos no mercado que dizem cumprir o que determina a nova lei, mas acabam deixando dúvidas. Por isso, vale lembrar que, de acordo com as novas condições técnicas de fabricação, o equipamento deve ter tampas e bases em vidro resistente ao calor e a produtos químicos, e ter estabilidade quando colocado em superfície plana. A medida determina ainda que as provetas devem ter inscrições obrigatórias, como marca de

aprovação de modelo, e os traços da graduação devem ser nítidos, permanentes e de espessura uniforme, e devem ser marcados na cor branca. O Sincopetro, por meio do serviço Mercado Eletrônico – onde é possível o revendedor comprar todo tipo de produto para o seu posto em negociação direta com o fabricante – já dispõe das novas provetas para atender os seus associados. A medida entra em vigor em 3 de dezembro de 2016. Após essa data, aqueles que não se adequarem à legislação estarão sujeitos às penalidades previstas na lei, que podem acarretar desde multas até a suspensão/cancelamento do registro do posto revendedor.

MEIO AMBIENTE por Cristiane Collich Sampaio

Abastecimento gratuito para elétricos

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m 31 de julho de 2015 a frota brasileira de veículos elétricos e híbridos era estimada em 4,7 mil, mais do que o dobro dos 2,2 mil registrados em 2013, de acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Informações divulgadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelam que, em 2015, 846 veículos desses tipos foram licenciados e que, até fevereiro de 2016, outros 122 foram registrados. No ano passado o Governo Federal zerou o imposto de importação desses tipos de veículos, enquanto que a Prefeitura de São Paulo, procurando estimular seu uso e, com isso, melhorar a qualidade do ar na cidade, liberou esses carros do rodízio municipal e reduziu o IPVA em 50%. De olho na expansão dessa frota, empresas se unem para instalar um posto de abastecimento de veículos elétricos (eletroposto) na região central de São Paulo, o qual apresenta um importante diferen-

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cial: o abastecimento dos veículos é gratuito e se dá por meio da energia solar. A AZ Energy, em parceria com a Schneider Electric e a Neosolar Energia, inauguraram essa estação de recarga no novo centro de treinamento da Neosolar, localizado na região do Paraíso, próximo à Avenida 23 de Maio. As três empresas, apoiam iniciativas voltadas à sustentabilidade, investiram no eletroposto para garantir mais uma alternativa para recarga de carros elétricos e híbridos em espaço público da cidade. No final de 2014, a Schneider inaugurou sua primeira estação de recarga pública no Shopping Pátio Paulista e hoje também conta com um carregador no estacionamento de sua sede, também em São Paulo. Qualquer pessoa pode abastecer seu carro elétrico ou híbrido no eletroposto, sem custo algum, durante o horário comercial. O abastecimento demanda cerca de 1h30. POSTO DE OBSERVAÇÃO


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CAPA

TAXAS ALTAS POSTOS DE MERCADOS

ATÉ QUANDO MERCADO 20

POSTO DE OBSERVAÇÃO


QUEDA DE CONSUMO

CRISE

Parece que uma conjunção de ações de diferentes origens está aniquilando com o segmento de revenda de combustíveis enquanto categoria econômica independente. por Cristiane Collich Sampaio

DISTRIBUIDORAS

A

ntes de 1990, o foco das preocupações dos revendedores era a não atualização das margens da revenda pelo Conselho Nacional do Petróleo (CNP) e a política

de uma ou outra distribuidora na abertura e realocação dos postos, quanto a obras de manutenção de estabelecimentos ou a contratos de CVM e de comodato de equipamentos. Saudosismo é atraso de vida, mas é de se convir que, em comparação com o cenário atual, esse era o de um paraíso. Quando o setor lutou pela discriminação da revenda e da distribuição, como atividades distintas, na Constituição Federal de 1988 e, depois, pela aprovação da Lei nº 9.956, de janeiro de 2000, que proibiu o sistema self service de

IRREGULAR POSTO DE OBSERVAÇÃO

abastecimento nos postos do país e preservou milhares de empregos, imaginou que assim bloquearia a verticalização na comercialização de combustíveis. Ledo engano!

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CRI

CAPA

DISTRIBUIDORAS Ondas de irregularidades Desde que o setor foi aberto, o mercado vem sendo batido por ondas de irregularidades, que acabam por quebrar com maior intensidade sobre o elo mais fraco da cadeia: o da revenda de combustíveis. A evasão de tributos (especialmente ICMS e PIS/Cofins) foi uma dessas grandes e malfadadas levas. A adulteração de produtos, outra. Há, também, alguns delitos específicos, como a venda de “álcool molhado” (anidro, que é isento de impostos, diluído em água e vendido como hidratado), a venda de etanol hidratado diretamente das usinas aos postos, sem o recolhimento dos impostos devidos, além da chamada ‘bomba baixa’. E, ainda, as companhias “barriga de aluguel” permeando diferentes falcatruas de cunho fiscal. Não é de surpreender, então, que muitos dos tradicionais empresários da revenda, de conduta ilibada, temendo a falência, tenham saído voluntariamente desse mercado ou tenham sido forçados a deixá-lo. Com o passar de anos, a maior parte dessas transgressões foi, a duras penas, combatida e eliminada, mediante esforço conjunto da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgãos estaduais de diversas naturezas, entidades da revenda (como o Sincopetro) e da distribuição.

O que diz a evolução das margens da distribuição e da revenda nos últimos anos, de acordo com os dados divulgados pela ANP? Verticalização velada Porém, não é possível ignorar as que, ainda hoje, continuam a perturbar o trabalho e o equilíbrio financeiros dos postos. Os pontos de abastecimento (PAs), instalados em empresas, e as centrais avançadas de inspeção e serviços (Cais) da Petrobras Distribuidora, que deveriam fornecer diesel com carga tributária reduzida, apenas para veículos de frota própria, que, na verdade, vendem produtos em larga escala para quem quiser comprar, concorrendo ilegalmente com postos regulares, sem precisar temer a fiscalização. Algo semelhante ainda ocorre com hipers e supermercados, que favorecidos ou não nos preços de compra pela companhia fornecedora, comercializam combustíveis por valores bem abaixo da média regional. Mas isso não é tudo. Como já citado, a grande parte dos problemas tributários e de adulteração, que

prejudicaram distribuidoras e postos idôneos, foram sanados. No entanto, algumas práticas danosas aos postos apareceram ou foram ressuscitadas possibilitando a verticalização, ainda que velada. Isso quer dizer que o mercado de combustíveis, que inclui o de revenda, está sendo veladamente controlado pelas companhias de distribuição. Esse quadro pode ser constatado em práticas tais como a venda de combustíveis com desconto para postos sem bandeira, para tentar cativá-los para a companhia, e venda com preços cheios para os bandeirados na mesma região, os quais ainda sofrem pressão sobre os preços na bomba. Cabe a pergunta: a manipulação não se caracterizaria quando distribuidoras controlam o preço de compra e de venda do posto e, caso o revendedor resolva majorar os preços de bomba, de forma a cobrir a elevação de seus custos (a inflação está de volta, é bom lembrar), a companhia incremente seu preço de venda ao estabelecimento, aumentando, desse modo, sua margem e achatando a do revendedor? O que diz a evolução das margens da distribuição e da revenda nos últimos anos, de acordo com os dados divulgados pela ANP? Houve crescimento das margens da primeira em detrimento da dos

MERCADO IRREGULAR

POSTOS DE MERCADOS 22

POSTO DE OBSERVAÇÃO


SE QUEDA DE CONSUMO revendedores. E a situação recrudesceu mais recentemente, com a redução das vendas dos postos, em função das atribulações econômicas por que passa o país. Além disso, o empresário que ousar não participar das campanhas promocionais da sua companhia, que exigem o desembolso de muitos cifrões, que se cuide, pois poderá sofrer represálias.

ANP, a revenda precisa de você! Muitos postos pelo país afora estão encerrando suas atividades; novo êxodo de revendedores para outras atividades ou simples falência. Tal fato é algo visível no espaço urbano e também nas rodovias. A quem interessa? Às distribuidoras, que pretendem reduzir o número de postos de suas redes, de forma a minimizar seus custos e manter as vendas, elevando, assim, seu lucro. A quem não interessa? Aos consumidores, que terão menos opções para abastecer e não serão beneficiados pela concorrência de mercado; aos revendedores e a seus funcionários, que perderão sua fonte de renda. Mas há outros percalços no cotidiano financeiro do revendedor: o crescimento acentuado dos custos representados por todas as taxas, licenças e equipamentos

obrigatórios, exigidos por um sem-número de órgãos oficias de diferentes esferas da administração pública, e as aviltantes taxas de administradoras de cartões de crédito, débito e frotas. Mais recentemente, em 2015, reapareceu uma ameaça: a da liberação do serviço self service nos postos, com a apresentação de um projeto de lei de autoria do senador Blairo Maggi (PR/MT). A proposta continua tramitando em Brasília (DF). Um empresário pouco tem a fazer, quando preso a um contrato de exclusividade, a não ser ou abandonar o negócio ou ser muito criativo e tentar restringir despesas, buscar renda adicional com a diversificação de seu ponto de venda e melhorar o atendimento, quando for possível. Não é de hoje que o Sincopetro tem procurado as distribuidoras para tentar reverter essa política de aniquilamento de postos para enxugamento das redes e dos custos. Mas,

Cabe solicitar a ANP, como órgão regulador, atitude enérgica para garantir o equilíbrio do mercado.

apesar da insistência, sua demanda não tem sido atendida. E vale lembrar que está em andamento uma ação do sindicato contra os abusos das companhias. Diante dessa situação, independentemente de iniciativas no campo jurídico, cabe solicitar a ANP, como órgão regulador, atitude enérgica para garantir o equilíbrio do mercado. Afinal, conforme determinado na Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, que a criou, cabem à agência “as atribuições relacionadas com as atividades de distribuição e revenda de derivados de petróleo e álcool” (artigo 9º), entre outras. E, ainda, em seu artigo 10 estabelece que “quando, no exercício de suas atribuições, a ANP tomar conhecimento de fato que possa configurar indício de infração da ordem econômica, deverá comunicá-lo imediatamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE-MJ), para que estes adotem as providências cabíveis, no âmbito da legislação pertinente”. Será que os fatos aqui descritos não configuram infração à ordem econômica, por abuso de posição dominante, para merecer a devida atenção da agência? Foi por isso que o Sincopetro já solicitou o exame da situação pelo órgão.

TAXAS ALTAS POSTO DE OBSERVAÇÃO

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CAPA / PLANEJAMENTO por Márcia Alves

As lições da crise A crise econômica pode ser uma oportunidade para o revendedor de combustíveis melhorar o seu negócio e manter a lucratividade.

E

sta não é a primeira e nem será a última crise econômica que a revenda de combustíveis enfrenta. Portanto, a melhor saída é aproveitar o momento para fazer ajustes no negócio, melhorar a gestão, eliminar os ralos que levam embora a lucratividade e adotar iniciativas para superar a fase difícil. A PO selecionou algumas dicas de especialistas para ajudar os empresários da revenda na gestão do posto e da loja de conveniência em tempos de crise.

Datas comemorativas Datas sazonais são estratégicas para o comércio varejista. Os revendedores devem ficar atentos para não perderem a oportunidade de lançar promoções ou ações de marketing em meses específicos. Atenção ao calendário: março (Mês da Mulher); maio (Dia das Mães); junho (Dia dos Namorados e festas juninas); agosto (Dia dos Pais); setembro (Dia da Independência do Brasil); outubro (Dia das Crianças); dezembro (Natal).

Presença na internet

Vínculo com o cliente Um dos maiores erros na recessão é perder os clientes mais fiéis. Crie vínculos com o cliente para que ele considere o seu posto a principal opção na hora de abastecer. Para tanto, vale a pena criar programas de fidelidade, promoções exclusivas e atendimento personalizado. Criar um cadastro associado aos dados de compra de cada um é outra opção para direcionar a oferecer produtos, serviços e divulgar promoções.

Quem não é visto não é lembrado. Portanto, se quiser que o seu posto seja lembrado por seus clientes, tenha um site na internet e página em redes sociais. Hoje, 93 milhões de brasileiros estão na internet. Portanto, este canal é um bom meio para interagir com os clientes. Alguns postos que já utilizam as redes sociais para receber a avaliação de usuários (por meio de pontuação), ter acesso à divulgação de produtos de fornecedores e realizar promoções. Lembre-se que as estratégias de marketing na internet exigem mais do seu tempo e menos do seu dinheiro.

Equipe engajada Na crise, corte de funcionários nem sempre é a solução, pois, além de perder peças-chave para o bom desempenho do posto, poderá sobrecarregar os demais. Uma ideia para estimular a equipe é a estratégia de pagamento por desempenho. Outra opção é aditar metas individuais e coletivas, compartilhando sugestões, dividindo responsabilidades e esclarecendo sobre procedimentos e técnicas de atendimento. O dono da empresa também precisa ser proativo. Nada motiva mais uma equipe do que ver seu chefe trabalhando junto.

Otimismo Nos momentos mais conturbados da economia é imprescindível não se deixar levar pelo pessimismo e pela negatividade. Se o revendedor transmitir a impressão de que nada dará certo, imediatamente a equipe ficará contaminada. Portanto, acalme os ânimos e tranquilize os funcionários.

Promoções As promoções funcionam bem para atingir o público que coloca o preço como fator principal de compra. A ação pode ser feita por meio de cupons distribuídos no posto ou na loja de conveniência e divulgada no site, redes sociais, e-mail e mensagem de texto no celular.

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POSTO DE OBSERVAÇÃO



CONVENIÊNCIA por Márcia Alves

Conveniência evolui para centro de serviços Tendência para as lojas é amplificar o conceito de conveniência, reunido diversos serviços no mesmo local.

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mesma receita de sucesso que fez as lojas de conveniência conquistarem a preferência dos consumidores, que desejam fazer suas compras com praticidade, agilidade e comodidade, foi aperfeiçoada. No intuito de oferecer tudo o que puder facilitar a vida dos clientes, o segmento de conveniência está evoluindo para o conceito de centro de serviços. A proposta é tornar a loja ainda mais completa, reunindo inúmeros serviços no mesmo local. O novo conceito de conveniência amplificado já está presente em algumas lojas inauguradas recentemente na capital paulista. Similares a um mercado de bairro, as lojas oferecem produtos orgânicos e frescos; refeições completas; flores, e plantas; além de padaria, cafeteria e outros produtos. Giselle Rouvier, coordenadora de projetos da Retail do Gad, consultoria de marca, considera a evolução uma necessidade para o segmento. “Em um futuro próximo, as lojas de conveniência precisarão se transformar em centros de serviços e presteza, onde o consumidor possa encontrar desde fast food saudável até novos aplicativos para celular, ou então se tornarão obsoletas”, diz. O que será conveniente no futuro? Esta é a questão que Giselle propõe aos revendedores de combustíveis. Nos últimos anos, ressurgiram os “mercados de vizinhança”, formatados pelos próprios hiper e supermerca-

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POSTO DE OBSERVAÇÃO


Divulgação

dos, em versões menores de lojas. Se por um lado esse novo formato de mercado concorre diretamente com as lojas de conveniência, por outro, representa oportunidades para o segmento aperfeiçoar sua receita de sucesso. Para Giselle, essa concorrência é um desafio. “Quanto mais opções de compras em diferentes canais, mais difícil será para as lojas de conveniência se sustentarem apenas com os last minute buys”, diz. Por isso, acredita que, talvez, a evolução do conceito de loja seja se transformar em um destino de soluções de problemas. Com base nessa proposta, ela conta que a empresa criou para uma bandeira a área de “grab and go” de comidas saudáveis, com frutas, legumes e verduras. A ideia está alinhada à tendência de consumo consciente, em que o cliente faz questão de entender de onde vem e como é produzido o seu alimento. Aos revendedores que desejam seguir a tendência, Giselle orienta a, primeiramente, entender o seu público e o que ele está buscando no local. Observar as oportunidades que o entorno pode oferecer, como a falta de um serviço próximo que a loja poderia suprir, também é valido.

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POSTO DE OBSERVAÇÃO

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CLIPPING por Denise de Almeida

Mais biodiesel no diesel Arquivo

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o último mês de março, foram divulgados novos percentuais de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado em todo o território nacional. De acordo com a lei 13.263/16, nos próximos 12 meses, o acréscimo deverá ser de 8%; 9% em até 24 meses; e, 10% em até 36 meses. Entretanto, se a realização de testes e ensaios em motores validarem a utilização da mistura antes do período previsto, a lei autoriza a sua adição em até 15%. Fica facultada ainda a adição voluntária de biodiesel ao diesel em quantidade superior ao percentual obrigatório no transporte público, ferroviário, na navegação interior e em equipamentos e veículos destinados à extração mineral e trabalhos agrícolas, entre outros. Paralelamente, o Ministério de Minas e Energia publicou, no final do ano passado, portaria que regulamenta o uso autorizativo de misturas de biodiesel de 20% em frotas cati-

vas e consumidores rodoviários atendidos por pontos de abastecimento; e, 30% em transporte ferroviário e uso agrícola e industrial. Segundo a lei, o atendimento desse mercado será feito por meio de leilões e seu objetivo é aproveitar e estimular as condições onde o biodiesel mostre sinais de competitividade frente ao diesel de petróleo, particularmente em regiões distantes das refinarias. Contudo, para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), a medida pode servir de lacuna para fraudes e potencial queda de arrecadação do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados e tributos federais, como Cide e PIS/Cofins. “O que ocorre é que como a nova regra não é obrigatória, e sim autorizativa, e com percentuais que podem variar dependendo do setor econômico, fica mais difícil o controle da atividade. Além da brecha para o mercado praticar preços ou questões anticoncorrenciais, a portaria pode comprometer um produto que historicamente é o que apresenta menor índice de problemas concorrenciais”, explica o diretor de Abastecimento e Regulamentação do Sindicom, Luciano Libório.

Precisa enviar documentos para a ANP? Faça via internet

A

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está simplificando o processo de atendimento aos cerca de 40 mil postos de combustíveis espalhados pelo país. Agora, todas as solicitações, seja atualização de cadastro ou requerimento de autorização para o exercício da atividade, passarão a ser feitas diretamente no site do órgão, por meio do novo Sistema de Registro de Documentos dos Postos Revendedores, SRD-PR. Para começar a usar o sistema, o revendedor deve fazer um cadastro prévio utilizando o Certificado Digital (e-CNPJ) do posto. Nessa fase inicial, porém, ainda é possível, caso seja de interesse do revendedor, manter o procedimento atual, enviando as fichas em papel pelos correios. Para mais detalhes, acesse o Manual do Usuário da ANP. Ou, se preferir, acesse diretamente o SRD-PR na página da ANP (www. anp.gov.br).

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POSTO DE OBSERVAÇÃO


A

capital carioca, seguindo o modelo de Amsterdã e Paris – e de testes brasileiros, realizados em Curitiba e Recife –, está elaborando uma licitação para a criação de um sistema de carros elétricos compartilhados. Serão 100 unidades que devem dispor de 200 vagas para estacionamento e recarga distribuídas em 25 estações no centro e em mais 12 bairros da zona sul, e funcionarão como o BikeRio, sistema de bicicletas compartilhadas que deu certo na cidade. Por meio de um aplicativo de celular, o usuário opta por um plano de assinatura do sistema: diário, semanal, mensal ou anual. A cada 30 minutos de circulação será cobrada a tarifa respectiva no cartão de crédito cadastrado no sistema. Quanto maior o período escolhido, menor a tarifa proporcional.

POSTO DE OBSERVAÇÃO

Divulgação

Rio de Janeiro terá carros elétricos compartilhados

Para utilizar o veículo, o usuário deve escolher previamente o local de retirada e entrega para garantir que o veículo possa estacionar ao chegar em seu destino. O sistema de recarregamento dos automóveis será nas próprias estações e nenhum dos veículos poderá se retirado com menos de 40% da bateria carregada. A Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas do Rio de Janeiro (Secpar) apontou a possibilidade de os carros já estarem circulando nos Jogos Olímpicos, em agosto.

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NOTÍCIAS REGIONAIS por Cristiane Collich Sampaio e Denise de Almeida

Stone e Sincopetro oferecem mais por muito menos A parceria propicia aos associados soluções de pagamento por meio de cartões com custos baixos e condições exclusivas, sem comparação com as opções do mercado. E mais: equipe de atendimento específica e conciliação com todas as bandeiras de cartões.

O

• taxa de 1,55% ao mês no crédito rotativo e diferentes opções de antecipação de recebíveis, com taxas variáveis conforme o prazo; • possibilidade de inserir textos promocionais no comprovante de pagamento entregue ao cliente; • conciliação disponível para todas as operadoras de cartões com preços diferenciados; • equipe de atendimento exclusiva para os associados do Sincopetro; • segurança, mobilidade e eficiência; • emissão de relatórios parciais e completos diretamente na maquininha; • emissão de relatório de dias anteriores e da programação de dias posteriores e aplicação de filtros para extratos mais detalhados; • maquininhas de POS – TEF. Segundo explicou Henrique Bicalho Novais, representante da Stone, durante apresentação da proposta a assessores da entidade, a empresa também oferece opções bastante competitivas para lojas e outros negócios desenvolvidos no posto, quando possuírem CNPJ próprio.

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Divulgação/Sincopetro

s associados do Sincopetro têm agora como se beneficiar com as vendas com cartões, sem ter de pagar as taxas e os aluguéis extorsivos impostos pelo mercado. A entidade acaba de formalizar uma parceria com a Stone, administradora de cartões, que, além de oferecer outros benefícios, prevê taxas bastante inferiores às praticadas por outras empresas para os postos:

A proposta foi apresentada no dia 2 de maio a assessores e representantes do Sincopetro.

A divulgação da parceria já teve início por meio de reuniões da empresa com associados da capital e da distribuição de material informativo em todo o estado. Em junho terão início as reuniões presenciais no interior. Mas o revendedor não precisa aguardar pela reunião para fazer seu credenciamento. A meta da Stone, bastante ambiciosa, de acordo com Henrique Novais, é formalizar contratos com 4 mil postos associados num prazo de 120 dias. Como destaca o presidente do sindicato,

José Alberto Paiva Gouveia, o revendedor pode economizar grandes somas, que superam os R$ 20 mil/ano, em custos com taxas cobradas por outras operadoras de cartões, se aderir à proposta Sincopetro/Stone. Mas salienta que “a parceria se destina unicamente aos associados do estado de São Paulo, enquanto se mantiverem no quadro associativo da entidade”. A perspectiva é de, no futuro, estender a parceria para outros produtos e serviços, como os direcionados a frotas.

POSTO DE OBSERVAÇÃO


São Paulo

Com duração de 8 horas, os cursos-piloto desenvolvidos desde o início do ano oferecem ao associado, com valor reduzido, orientações para aplicar adequadamente a norma.

O

Sincopetro, por meio de seu Centro de Treinamento da Revenda (CTR), está desenvolvendo mais um serviço direcionado a seus associados. Por meio de pilotos, desde janeiro de 2016 a entidade está aperfeiçoando o programa de treinamento sobre a Norma Regulamentadora nº 20 (NR20), que trata de segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis, editada em setembro de 2015 pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). O objetivo é orientar os revendedores sobre a legislação, facilitando o entendimento e o cumprimento da norma. Segundo Sandra Huertas, arquiteta do Departamento de Meio Ambiente do Sinco-

Divulgação/Sincopetro

Cursos sobre a NR-20 para associados do Sincopetro

Piloto realizado no CTR do Sincopetro.

petro, “esses pilotos estão permitindo que se avalie a demanda e as necessidades dos associados”. A coordenação é do departamento, com execução pela FS Consultoria e parceiros. O curso tem duração de oito horas e pode ser realizado em um único dia, em período integral, ou em dois, com opção para manhã e tarde.

Ampliação do leque O curso, que é oferecido com desconto para os associados, custa R$ 35,00/aluno (contra valores de mercado entre R$ 50,00 e R$ 120,00/aluno). Até 19 de maio foram oferecidas 10 turmas em Assis, Bauru, Marília e São Paulo, mas novas estão sendo programadas para os próximos meses, tanto na capital

quanto nas subsedes regionais do Sincopetro. “Esses pilotos estão nos trazendo experiência logística, para melhor atender o revendedor. Nossa ideia é, futuramente, também oferecer orientação sobre a NR35, Cipa e brigada de incêndio com valores diferenciados para associados e, ainda, palestras e curso gratuitos”, revela a arquiteta. O CTR do Sincopetro conta com showroom, equipado com maquete e peças das instalações de postos, para demonstrações práticas. No momento, a entidade está a procura de parceiros, dispostos a patrocinar o coffee break dos cursos e as apostilas com material de apoio para os alunos. A previsão é o lançamento de uma agenda anual de cursos em agosto próximo.

Sorocaba

Aprovada lei que proíbe encher tanque de veículos

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Câmara Municipal de Sorocaba aprovou a lei nº 11.209/15, de autoria do vereador Izídio de Brito Correia, que proíbe o abastecimento de combustíveis após o acionamento da trava de segurança automática das bombas. Quem descumprir a lei está sujeito a multa de R$ 1 mil. Caso a lei seja descumprida novamente, o valor da

POSTO DE OBSERVAÇÃO

multa estabelecida dobrará e passará para R$ 2 mil. Além disso, os postos estão obrigados a afixar cartaz em local visível com a informação sobre a proibição. O objetivo, segundo o autor, é proteger a saúde dos frentistas e dos profissionais que trabalham no contato direto com o combustível.

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ESTILO Por Denise de Almeida

Lapidando o paladar com cervejas artesanais Garrafas extravagantes, rótulos diferenciados e paladares mais exigentes são apenas algumas das características das cervejas de pequena produção que vêm ganhando cada vez mais admiradores pelo mundo.

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ocê pode não acreditar, mas, entre as 15 cervejas artesanais mais saborosas do mundo, 8 são brasileiras. A avaliação, feita por um júri composto por especialistas que examinaram os melhores rótulos no período de 2014/2015, elegeu as 100 melhores cervejas artesanais disponíveis no Brasil. A melhor cerveja do ano foi belga, mas os segundo e terceiro lugares foram nacionais. De fato, as cervejas artesanais vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Atualmente, são cerca de 350 micro cervejarias espalhadas pelo país, que produzem entre 2 e 3 mil rótulos diferentes. Mas, por que elas fazem tanto sucesso? Segundo Marcel Longo, proprietário da Dortmund Bier, micro cervejaria com 8 rótulos de linha, a cerveja artesanal está crescendo em todo o mundo, enquanto o consumo das industriais diminui. O produto mais elaborado e com maior valor agregado, no entanto, exige preparação cuidadosa. Enquanto o tempo de fermentação e maturação de uma cerveja industrial é de 6 dias, uma artesanal demora 32 dias para fica pronta para consumo. Ao mesmo tempo, desde que tenha algum recurso financeiro e tempo, é possível fabricar sua própria cerveja. Segundo André Cancegliero, dono da Cervejaria Urbana, micro cervejaria que conta hoje com 18 diferentes rótulos, entre eles a Gordelícia, que este ano está concorrendo a melhor cerveja do mundo no estilo Belgian Strong Ale pelo World Beer Awards, é possível criar sabores a todo momento. Marcel Longo, porém, faz uma ressalva: “podemos usar o que a imaginação mandar, mas, aqui no Brasil, por um limite imposto pelo Ministério da Agricultura, não podemos adicionar a cerveja nada que seja de origem animal, incluindo o chocolate que contenha leite e o mel, por exemplo”. Para o consumidor leigo, ele aconselha sempre a pesquisa em sites e aplicativos específicos para saber um pouco mais

A premiada Gordelícia, este ano concorrendo a melhor cerveja do mundo pelo World Beer Awards.

The White IPA: única India Pale Ale (IPA) de trigo do Brasil.

André Cancegliero, dono da Cervejaria Urbana: “é possível criar sabores a todo momento.”

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POSTO DE OBSERVAÇÃO


sobre a cerveja e suas características. E, para diferenciar – e apreciar! – uma e outra.

No geral, são mais de 120 estilos de cerveja, que podem ser divididos em três grandes famílias: 1) Ale – Cerveja de alta fermentação. De sabor mais adocicado, frutado e encorpado. A famosa IPA (India Pale Ale) é um bom exemplo dessa categoria; 2) Larger – Cerveja de baixa fermentação. Geralmente clara e com sabor moderadamente amargo. A Pilsen é o exemplo mais conhecido e consumido do mundo; 3) Lambic – Cerveja de fermentação espontânea. Não leva levedura na receita, a fermentação ocorre no contato do mosto com os micro-organismos presentes no ar. É comum haver a adição de frutas durante o período de maturação como framboesa, uva e cereja. Marcel Longo, proprietário da Dortmund Bier: “a cerveja artesanal está crescendo em todo o mundo.”

Fotos: divulgação

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seu empreendimento na medida certa! seu negócio é posto de abastecimento. o nosso é fazer seu projeto não ficar apenas no papel: conhecimento profundo do que fazemos, para viabilizar seu empreendimento. são mais de mil os clientes atendidos. orientamos os revendedores quanto às etapas a serem seguidas para um novo negócio ou reforma de posto de abastecimento no que se refere a projetos, aprovações e funcionamento, ajudando-os a definir prioridades. Acompanhamos processos junto a órgãos públicos, como Prefeitura, coNTRU e corpo de Bombeiros, podendo gerenciá-los todos ao mesmo tempo. o que mais fazemos

• Desenvolvimento de projetos executivos de arquitetura para o revendedor, seja ele bandeirado ou não. • Obtenção junto à CETESB das licenças Prévia, de Instalação e de operação, conforme a Resolução coNAmA nº 273.

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CURIOSIDADES

Divulgação

por Denise de Almeida

Carro movido a hidrogênio promete autonomia de 500 km

A

Toyota lançou, no final do ano passado, o primeiro carro movido a célula de hidrogênio, veículo que rompe totalmente com o uso de combustíveis fósseis e promete zero emissão de gases tóxicos e estufa na atmosfera. Batizado de Mirai (em japonês, ‘futuro’), o sedã de quatro lugares, que foi apresentado no Salão do Automóvel brasileiro, já está sendo comercializado no Japão e, até o final deste ano, chegará aos Estados Unidos e à Europa, segundo a

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fabricante. Mas você sabe como funcionam as células de combustível de hidrogênio? Considerados os ‘carros verdes perfeitos’, os automóveis funcionam usando uma célula combustível do elemento químico, que, por meio da mistura com o oxigênio, gera energia para mover o veículo. As únicas emissões derivadas dessa reação são calor e água. No caso do Mirai, o veículo capta o oxigênio da atmosfera através de sua entrada de ar

frontal e o leva até uma estação localizada no centro do assoalho, para onde o hidrogênio também é direcionado. Dentro dela, a célula combustível divide o hidrogênio em duas moléculas, gerando uma carga elétrica. Ao mesmo tempo, o oxigênio se une às células de hidrogênio, formando água. A energia elétrica é direcionada ao conversor, que alimenta o motor, e a água é expelida pela válvula de escape. O modelo promete autonomia de 480 quilômetros e potência de 153 cavalos.

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