REVISTA EDIÇÃO Nº 113 JUL | AGO | SET 2019
S I N D I C AT O D O S C O R R E T O R E S D E S E G U R O S D O E S TA D O D E G O I Á S
Desafios
da regulação de seguros no Brasil
Em entrevista exclusiva à REVISTA SINCOR, superintendente da Susep, Solange Vieira, aborda as transformações do setor, o combate às associações de proteção veicular, a necessidade de redução do preço e aumento da oferta de produtos e fomento à cultura do seguro junto à sociedade.
“Precisamos introduzir a cultura do seguro na vida dos brasileiros.” Solange Vieira, superintendente da Susep
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Rápidas do Mercado Tokio Marine promove apresentação sobre Produtos para Pessoa Jurídica A Tokio Marine ofereceu aos corretores de Goiânia a palestra Expertise: Produtos para Pessoa Jurídica, realizada no K Hotel, em 14 de agosto. Com o objetivo de destacar as oportunidades do segmento na região, os participantes puderam sanar suas dúvidas e fazer sugestões. O evento, que foi seguido de coquetel, contou com a presença de Valmir Rodrigues, diretor executivo Comercial, Luis Felipe Smith Vasconcelos, diretor executivo de Produtos, João Luiz de Lima, diretor comercial Canal Varejo, e Jean Brunetto, diretor comercial Varejo (Centro-Oeste).
Novos gerentes comerciais da Zurich em Goiânia e Brasília A Zurich Seguros promoveu em 28 de agosto, nas dependências do Sincor- GO, café da manhã seguido de um bate papo com os corretores sobre os produtos da companhia e as mudanças e investimentos que estão sendo planejados e realizados em Goiás. O evento, no qual foram apresentados a nova gerente comercial em Goiânia, Geisy Reis, e o novo gerente Comercial em Brasília, Ivan Oliveira, contou com as presenças do diretor Regional Rogério Gebin, do gerente Regional Felipe Cavalcante, do gerente Comercial Gabriel Angelo, e do gerente Vida e Benefícios, Douglas Clemente.
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Curtas Novos gerentes comerciais da Zurich em Goiânia e Brasília
A Zurich Seguros promoveu em 28 de agosto, nas dependências do Sincor- GO, café da manhã seguido de um bate papo com os corretores sobre os produtos da companhia e as mudanças e investimentos que estão sendo planejados e realizados em Goiás. O evento, no qual foram apresentados a nova gerente comercial em Goiânia, Geisy Reis, e o novo gerente Comercial em Brasília, Ivan Oliveira, contou com as presenças do diretor Regional Rogério Gebin, do gerente Regional Felipe Cavalcante, do gerente Comercial Gabriel Angelo, e do gerente Vida e Benefícios, Douglas Clemente.
ENS retoma atividades O SINCOR-GO e a Escola Nacional de Seguros retomaram em 12 de agosto, em Goiânia, as aulas para duas turmas de cursos técnicos oferecidos pelas entidades parceiras. Ao todo, 46 alunos retornaram para a 3ª etapa do curso presencial Capitalização, Vida e Previdência. As aulas, realizadas no período noturno, tiveram início em março e prosseguem até dezembro.
Mercado regulado e forte
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Os Sincor’s nos Estados, capitaneados pela Fenacor, têm atuado junto às suas bases de corretores de modo a garantir, em todas as esferas de poder, a consolidação de um mercado de seguros regulado, fiscalizado e que espelhe as transformações experimentadas pela sociedade nos últimos anos. Para que caminhemos rumo a esse cenário ideal, há medidas que precisam ser adotadas no âmbito do Executivo, Legislativo e mesmo do Judiciário para que atuemos em um ambiente de maior segurança jurídica, tanto para o setor quanto para o consumidor. Firmes neste propósito, trazemos nesta edição da REVISTA SINCOR entrevista exclusiva com a superintende da Susep, Solange Vieira, a quem indagamos sobre o trabalho da autarquia visando garantir maior capilaridade para o mercado de seguros, automação de processos junto à superintendência, combate à informalidade e atualização e modernização de ferramentas e normas para o segmento. Nesta entrevista, a superintende informa os caminhos adotados pela Susep nesse sentido e garante que o combate às associações de proteção veicular, por exemplo, tem ganhado a atenção necessária da autarquia. A edição 113 da REVISTA SINCOR traz ainda importante debate que a Fenacor, o SINCOR-GO e a Escola Nacional de Seguros realizou no dia 19 de setembro, na Assembleia Legislativa de Goiás, para discutir a Lei do Desmonte, que ainda não “pegou” em Goiás. Na ocasião, recebemos a garantia do presidente da Alego, deputado Lissauer Vieira, de que a matéria terá atenção especial na Casa, sendo votada o quanto antes. Sabemos todos da importância dessa medida para, junto a outras, fomentar a busca e a oferta de seguros com valores mais acessíveis para a população - além, claro, de todo o benefício que a lei naturalmente trará para Goiás, como o combate aos crimes de furto e roubo de veículos. Você ainda lê nesta edição novidades sobre o 2º Congrecor, que será realizado em 2021 na Pousada do Rio Quente; resultado de pesquisa sobre o mercado de corretagem no Brasil; mudanças na estrutura da Escola Nacional de Seguros e seus novos projetos e muito mais. Boa leitura!
Lucas Vergilio PRESIDENTE DO SINCOR-GO
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capa
Mercado de seguros declara guerra contra segmento que atua à margem da lei P.32
Circuito Vida Segura e Arraiá do Sincó: eventos movimentam sociedade e corretores
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Goiás já se prepara para a segunda edição do Congrecor
Programação imperdível aguarda corretores na Costa do Sauípe
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Entrevista: conversamos com o presidente da Porto Seguro, Roberto Santos
Conecte-se O SINCOR-GO está presente nas mídias sociais. Acompanhe. @sincorgoias fb.com/sincor.go issuu.com/sincorgo
Vem aí a 20ª edição do Prêmio Bandeirante
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Evento
Costa do Sauípe é a capital do Seguro em outubro 21º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros promete entrar para a história com programação técnica altamente rica e grandes shows artísticos
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utubro de 2019 marca a realização do 21º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, o maior evento do mercado brasileiro, que a Fenacor promove no resort Costa do Sauípe (BA) de 10 a 12. Nesta edição, a Fenacor proporcionou aos congressistas a possibilidade de ficarem quatro dias no maior e um dos mais belos resorts da América Latina.
Programação Além dos shows, o congresso traz uma programação técnica de altíssimo interesse, contendo temas relevantes, como o cenário econômico e seus reflexos no mercado de seguros e a efetiva participação do corretor nesse processo.
Durante a programação social do evento, Congressistas e acompanhantes poderão assistir a shows de grandes estrelas, a começar por Claudia Leitte, que fará o show de abertura. A programação conta ainda com stand up com Rafael Cortez e show com a cantora Ju Moraes.
Alternativas na distribuição, insurtechs, plataformas digitais e venda por meio remoto, porém com protagonismo do corretor de seguros, e outros temas relevantes, incluindo a Reforma da Previdência, o Seguro Saúde e o mercado irregular integram a programação.
Já para comemorar o “Dia do Corretor” (12 de outubro), em grande estilo, a Fenacor contratou um trio elétrico, responsável por mini micareta a cargo da Banda Araketu.
Painéis sobre os seguros de pessoas e benefícios, mercado que tende a crescer muito nos próximos anos, também faz parte da programação técnica.
Sorteios de carros
Exposeg
Outro atrativo é o sorteio de seis carros zero km entre todos os corretores de seguros participantes.
Paralelamente ao 21º Congresso dos Corretores de Seguros, a Costa do Sauípe recebe também a 20ª EXPOSEG – Feira de Negócios, com a participação das principais seguradoras e prestadores de serviços do mercado, um espaço para o network e a realização de negócios e novas parcerias pelos corretores presentes.
A intenção é oferecer uma experiência única aos congressistas, conciliando atividades técnicas e de lazer para toda a família, em um ambiente típico de férias inesquecíveis.
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Entrevista
4º Estudo ESECS-PJ mostra perfil das corretoras no País em 2019 Estudo encomendado pela Fenacor teve participação de 1.435 empresas e aponta que corretoras geram 140 mil empregos diretos
Francisco Galiza
Desde 2013, o ESECS-PJ (Estudo Socioeconômico das Empresas Corretoras de Seguros – Pessoa Jurídica) traz para o Mercado de Seguros informações sobre quem são as empresas Corretoras de Seguros no Brasil, o que fazem e o que querem. Enfim, uma radiografia de como tem evoluído o principal canal de distribuição de seguros no país.
algumas instituições do setor. Por fim, no último tópico, denominado “Aspecto Comercial”, uma abordagem de como a corretora visualiza o mercado de seguros, seus desafios, suas tendências, etc.
O questionário foi dividido em três partes. Na primeira delas, denominada “Perfil da Corretora”, perguntou-se sobre o tamanho da empresa, a quantidade de funcionários ou os ramos atuados. A segunda parte, denominada “Aspecto Institucional”, avalia como é a relação das corretoras com
outros produtos e o consórcio é o mais popular; 20% das empresas não pretendem fazer nenhum investimento nos próximos dois anos e no caso de ele ocorrer, isso será prioritariamente em tecnologia; e tudo que envolve o assunto “venda” ganha relevância máxima.
O perfil levantado este ano mostra que trata-se de um segmento formado sobretudo por microempresas; 65% têm até três funcionários; 55% dos prêmios vêm Estamos na quarta edição do ESECS-PJ. do ramo automóvel. Em geral, quanto Na primeira, os resultados subsidiaram a menor a corretora, maior a participação Fenacor na luta pela inclusão das emdo automóvel. De 10% a 15% das emprepresas Corretoras de Seguros no Simples sas são especializadas em vida ou saúde. Nacional. O segundo, em 2015, indicou, As corretoras geram 140 mil empregos entre outros aspectos, os efeitos da adesão diretos e os investimentos em tecnologia ao Simples Nacional, confirmando o concentrados em processos administratisucesso daquela conquista. A terceira vos e infraestrutura. edição, de 2017, teve como objetivo prinDo ponto de vista da Relação Instituciocipal apontar como as sociedades Cornal, 50% das Corretoras consultam o site retoras de Seguros estavam vivenciando seus negócios e clientes na “era digital”. O da Fenacor para se informar sobre o setor; estudo agora, de 2019, avalia, entre outros as iniciativas políticas da Fenacor foram elogiadas e a que mais agrada é o combaaspectos, a atuação política da Fenate à proteção veicular; de 50% a 60% das cor, além de discutir comportamentos corretoras são filiadas. comerciais e estratégicos das Corretoras de Seguros. A publicação tem como meta No aspecto comercial, há otimismo das atingir diversos públicos-a.lvo. Ao todo, corretoras com o futuro de seus negóno 4º ESECS-PJ, houve 1.435 respostas, o cios e com o advento da tecnologia; 85% que é significativo para o segmento. das corretoras têm interesse em vender
Perfil Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e consultor econômico na Rating de Seguros Consultoria. É especialista em desenvolver estudos para as áreas de seguros, previdência e capitalização
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Centro-Oeste e Minas
Abertas préinscrições para o 2º CONGRECOR Evento, que foi sucesso em Uberlândia em 2019, volta em 2021 na Pousada do Rio Quente Os cinco Sincor’s responsáveis pelo Congresso Regional Centro-Oeste e Minas dos Corretores de Seguros, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, estão trabalhando desde já na preparação da 2ª edição do evento. Dessa vez, o Estado de Goiás será o anfitrião do CONGRECOR, que será realizado na linda Pousada do Rio Quente, em Rio Quente. Durante a realização do 21º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, na Costa do Sauípe (BA), os corretores poderão fazer sua pré-inscrição com descontos exclusivos. Após esta data,
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os pacotes passarão a ser comercializados com tabela normal. “Esperamos que muitos corretores aproveitem essa oportunidade única e adquiram com antecedência seus pacotes para o CONGRECOR com preços muito bons”, afirma o presidente do SINCOR-GO, deputado federal Lucas Vergilio. A exemplo do que ocorreu em Uberlândia, o 2º CONGRECOR receberá uma grande feira de negócios, onde as principais seguradoras do país estarão divulgando seus produtos junto aos congressistas. E uma grande novidade deste ano será
a instalação de salas técnicas, para uso de seguradoras patrocinadoras do evento. Nestes locais, as companhias realizarão workshops, treinamentos, lançamento de produtos e serviços e muito mais. Com a preocupação de garantir a melhor experiência para os corretores de seguros e seus acompanhantes, os Sincor’s organizadores negociaram pacotes all inclusive junto à Pousada do Rio Quente, proporcionando assim maior conforto e maior custo/benefício para os congressistas.
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“Precisamos introduzir a cultura do seguro na vida dos brasileiros” Superintendente da Susep, Solange Vieira fala com exclusividade para a REVISTA SINCOR
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O mercado de seguros brasileiro vive sua era de maior transformação. O setor se adapta rapidamente às mudanças comportamentais do consumidor enquanto enfrenta grandes desafios, como fazer crescer a quantidade de seguros ativos por meio da popularização e regulação de novos produtos. Nesse cenário, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) acaba por gerar grandes expectativas no mercado, que espera por avanços normativos que regulem o setor, combatendo irregularidades e ampliando a oferta de seguros para a população. A convite da REVISTA SINCOR, a superintendente Solange Vieira falou sobre o trabalho da agência frente ao avanço do mercado irregular das associações de proteção veicular, sobre cultura do seguro, diversificação de produtos, entre outros temas. Leia trechos da entrevista.
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“Queremos avançar na parte de automação de processos. Gostaríamos muito de um processo de cadastramento online para os corretores de seguros.”
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Quais são os principais desafios da Susep atualmente? Incentivar a concorrência e o crescimento do setor, bem como a melhora na qualidade do serviço oferecido aos consumidores. Para isso, a Susep tem agido de forma mais flexível, promovendo mudanças na regulação, objetivando o surgimento de novas empresas e a redução de preços. A atuação irregular das associações de proteção veicular tem crescido cada vez mais e está se expandindo até para outros ramos. Quais as principais medidas tomadas pela Susep, dentro de suas atribuições, para coibir a atuação irregular dessas empresas? A Susep realiza a fiscalização do mercado por meio de indícios de irregularidades e denúncias. Os casos são encaminhados ao Ministério Público Federal e, em alguns deles, a Susep é autora de ações civis públicas. Já foram protocoladas mais de 300 ações contra empresas, associações e cooperativas que atuam de forma irregular na oferta de produtos de seguro.
O seguro auto, um dos mais comuns do Brasil, não chega a cobrir 30% da frota nacional e o seguro popular foi apontado pelos especialistas como uma alternativa para superar esta defasagem ao menos parcialmente. O que falta para que o seguro popular se torne uma realidade? A Susep (por meio do Conselho Nacional de Seguros Privados) já realizou alguns ajustes na regulação do seguro popular de automóveis e, recentemente, tem tomado medidas em prol da flexibilidade do segmento auto de forma geral. A Procuradoria emitiu parecer jurídico flexibilizando o uso de peças nos sinistros de automóveis. Também foi editada a Circular 592, que possibilita a vigên16 | Sincor-GO
cia reduzida dos contratos e a cobertura intermitente na contratação de seguros. Espera-se que a oferta de produtos aumente, ampliando a cobertura. Sendo uma autarquia, a Susep está conseguindo seguir o ritmo para regular os avanços tecnológicos que impactam o mercado, como as insurtechs, entre outros? As dificuldades financeiras e de pessoal na administração direta são grandes. A Susep tem enfrentado esses problemas buscando soluções que permitam a automação dos processos junto ao próprio mercado de seguros. Tanto a Susep como o setor precisam avançar em termos tecnológicos e estamos atentos a isso.
“Preço é uma variável importante para que pessoas que hoje não têm acesso ao mercado de seguros possam ter.”
A participação do setor de seguros no PIB brasileiro, na casa dos 6%, ainda é tímida, mesmo em comparação a outros países em desenvolvimento. Em sua opinião, como economista e Superintendente da Susep, quais os caminhos para este mercado avançar em suas potencialidades? Precisamos introduzir a cultura do seguro na vida dos brasileiros. Diminuir a participação do Estado em alguns seguros que poderiam ser privados e reduzir preços. Preço é uma variável importante para que pessoas que hoje não têm acesso ao mercado de seguros possam ter.
Como equilibrar a necessidade de melhoria de serviços prestados ao consumidor por meio de marcos regulatórios e fiscalização e a liberdade das empresas e profissionais do setor, tão necessária ao desenvolvimento econômico? Transparência e concorrência são pontos fundamentais. Por meio delas, acredito que podemos aumentar a qualidade dos serviços, reduzir preços e, como resultado, ter uma cobertura melhor do mercado, ou seja, expandir o setor de seguros.
“Transparência e concorrência são pontos fundamentais para o setor. Por meio delas, podemos aumentar a qualidade dos serviços e reduzir preços.”
www.amplicomunicacao.com.br Sincor-GO | 17
Perfil
Nos últimos dias, a Susep editou a Circular 592, que flexibiliza as condições gerais para vigência dos planos de seguros, e também carta-circular sobre a utilização de peças não originais de veículos. Quais os objetivos da autarquia, a médio e longo prazo, com estas medidas? Podemos esperar mais novidades como estas ainda este ano? O objetivo é conseguirmos mais flexibilidade para o mercado, oferta de novos produtos com preços menores e aderentes às necessidades do consumidor. Devemos ter novidades no DPVAT e nas regras de sandbox e de segmentação. E, claro, queremos avançar na parte de au-
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tomação de processos. Gostaríamos muito de um processo de cadastramento online para os corretores. omo avalia a proposta do governo para a fusão da Susep e da Previc numa só autarquia? Quais os ganhos com a criação de uma superagência? Fusões de órgãos com atividades similares, como é o caso da Susep e da Previc, tendem a trazer sinergias que vão desde a redução de custos administrativos até a melhora da regulação por meio da compreensão do mercado como um todo.o surgimento de novas empresas e a redução de preços.
Solange Vieira é economista e possui mestrado em economia com concentração na área de finanças, pela Fundação Getulio Vargas (FGV-Rio). Ocupou cargos relevantes nos setores público e privado. Participou da reforma da Previdência em 2000, com a criação do fator previdenciário e, mais recentemente, da criação da Nova Previdência. Foi secretária de Previdência Complementar e secretária de Administração da Advocacia-Geral da União. No Supremo, atuou como assessora da Presidência. Presidiu a Anac. Foi chefe do gabinete da presidência do BNDES, onde também foi presidente do Fundo de Assistência e Previdência Social.
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LEGISLAÇÃO
Seminário discute em Goiânia implementação da Lei do Desmonte Presidente da Assembleia, Lissauer Vieira, promete agilidade na tramitação de lei estadual que regulamenta o tema em Goiás
putado federal e presidente do SINCOR-GO Lucas Vergilio. Participaram da mesa de discussão o presidente da Assembleia, deputado Lissauer Vieira deputados Alysson Lima e Amilton Filho; presidente do Sindicato dos Despachantes do Estado de Goiás e membro da Comissão de Direito de Trânsito da OAB-GO, Idelton Gomes da Silva Júnior; delegado adjunto da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores, Paulo Ludovico Evangelista da Rocha; e o representante do Sindseg MG/GO/MT e DF, Wagner Bisi. Histórico
Corretores de seguros e integrantes do mercado segurador também participaram do seminário na Assembleia Legislativa de Goiás sanando dúvidas sobre o assunto.
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SINCOR Goiás, a Fenacor e a Escola Nacional de Seguros realizaram dia 19 de setembro, na Assembleia Legislativa de Goiás, o Seminário Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito. Autoridades e integrantes do mercado de seguros discutiram a implementação, em Goiás, do que prevê a Lei Federal 12.977/2014, a Lei do Desmonte. Em Goiás, a legislação ainda carece de regulamentação própria, em trâmite na Alego. O debate, que contou com a coordenação do vice-presidente Técnico do SINCOR-GO Deivid Pereira, foi presidido pelo de-
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O vice-presidente Técnico Deivid Pereira apresentou um histórico sobre a tramitação da lei federal, de autoria do então deputado federal e hoje presidente da Fenacor, Armando Vergilio. O corretor de seguros abordou os benefícios já confirmados nas localidades onde a legislação está em vigor, como é o caso de São Paulo, relacionados ao meio ambiente, inclusão fiscal, redução de acidentes, combate ao comércio ilegal de peças e o furto e roubos de veículos. “Atualmente, apenas 30% da frota do País é segurada. O mercado de seguros espera uma diminuição dos valores dos prêmios, uma vez que a sinistralidade tende a cair e as seguradoras poderão ofertar o Seguro Popular, com a utilização de peças usadas”, destacou Deivid Pereira.
Proteção social Deputado Lucas Vergilio lembrou que a Lei do Desmonte, estando plenamente em vigor, afeta a toda a sociedade. “E temos certeza de que caindo o preço do seguro, a rede de proteção social se amplia, mais gente vai poder ter acesso ao seguro do veículo”, frisou. ”Importante que o setor seja ouvido e que a Assembleia Legislativa discuta o tema, para que tenhamos uma lei eficaz para Goiás”, afirmou. Presente no debate, o presidente Lissauer Vieira informou que pretende buscar o bom entendimento para o encaminhamento da matéria. Na CCJ, o relator do projeto é o deputado Delegado Eduardo Prado. “O PL ainda aceitará emendas e os técnicos e integrantes do setor de seguros serão ouvidos. Nosso objetivo é colaborar com o aprimoramento da legislação”, acentuou. Ao abordar o tema, o deputado Alysson Lima reafirmou que a Lei do Desmonte tem muito a colaborar com o combate à criminalidade. “A legislação estando em vigor, cuidará da regulamentação do comércio de peças usadas, nos trará maior segurança jurídica e protegerá a sociedade”, frisou,
comprometendo-se com apoio à matéria na Alego. Redução do crime De acordo com o deputado Amilton Filho, a discussão em torno da Lei do Desmonte significa muito para a defesa do consumidor. “Nós não nos furtaremos a esse debate. As empresas do setor de peças precisam trabalhar com segurança e o cidadão precisa ter certeza da procedência da peça utilizada no seu veículo. Vamos trabalhar pela ágil aprovação da matéria na Assembleia.” Delegado adjunto da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores, Paulo Ludovico Evangelista da Rocha, citou enorme redução das estatísticas de furtos e roubos de veículos no estado de Goiás. “Com a lei estando em vigor, com certeza seremos um bom exemplo para todo o Brasil, de combate a esse tipo de crime”, acentuou. O presidente do Sindicato dos Despachantes do Estado de Goiás, Idelton Gomes da Silva Júnior, diz que o setor aguarda esperançoso o aprimoramento da legislação estadual no que diz respeito à temática.
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Seguro auto
SUSEP autoriza uso de peças usadas em sinistros Circular dá segurança jurídica para uso de peças não originais para o reparo de veículos e pode reduzir custo das apólices
A circular da Superintendência de Seguros Privados (Susep) que avaliza a utilização de peças não originais para o reparo de veículos segurados, emitida em 22 de agosto, está sendo muito bem recebida pela população e elogiada pelo setor. Não é por menos: o instrumento oferece segurança jurídica para a utilização de peças novas, originais ou não, nacionais ou importadas, ou mesmo usadas no âmbito da Lei
nº12.977/2014 (Lei do Desmonte), o que terá impacto relevante em várias etapas da indústria do seguro de veículos. Com a medida, as seguradoras não vão precisar mais utilizar apenas peças novas e originais -- o que, preveem os especialistas, pode resultar na redução do preço do seguro auto em níveis significativos. A nova norma só poderá ser aplicada em casos de sinistro e determina também que as peças atendam às especificações técnicas exigidas pelo fabricante do veículo. A utilização de peças não originais também só poderá ser feita mediante autorização do consumidor expressa na apólice. “A circular da Susep que avaliza o uso de peças não originais é uma medida que corrobora a preocupação dos corretores e do mercado em geral para a criação de um ambiente que facilite o acesso do consumidor ao seguro. A restrição a componentes originais tornava o reparo do veículo mais caro e, consequentemente, o seguro auto também”, avalia o presidente do SINCOR-GO e deputado federal Lucas Vergilio. O parlamentar observa que a redução dos preços das apólices de seguro auto deve ajudar também no combate a um das maiores ameaças ao merca-
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do regulamentado: a atuação irregular das associações de proteção veicular. “Com a norma, a tendência é que o setor de seguros legalizado possa competir efetivamente, no que se refere a preços de produtos, com as associações de proteção veicular”, destaca Lucas Vergilio. “Nós sabemos que um dos artifícios utilizados pelo mercado marginal é a oferta de produtos de custo mais baixo para atrair a população de menor poder aquisitivo. Esses consumidores são ludibriados e acreditam estar adquirindo um seguro e, no final das contas, acabam sofrendo prejuízos”, acrescenta o presidente do SINCOR-GO. Lucas Vergilio destaca ainda outro desdobramento positivo da nova circular da Susep: a implementação efetiva da Lei Federal 12.977/14, a Lei do Desmonte, criada para disciplinar a atividade de desmontagem de veículos automotores. “Com a nova norma cria-se um cenário mais favorável para a aplicabilidade da Lei do Desmonte, que tem como objetivo a diminuição de furtos e roubos, pois regulamenta o uso de peças usadas”, frisa.
“E temos certeza de que caindo o preço do seguro, a rede de proteção social se amplia, mais gente vai poder ter acesso ao seguro do veículo”, acrescentou o parlamentar. A Lei Federal 12.977/14, de autoria de Armando Vergilio, atual presidente da Fenacor, também normatiza o descarte de óleo, fluídos e carcaças no meio ambiente.
Mercado A novidade também está sendo bem recebida pelas seguradoras. “O auto normativo da Susep que permite que as empresas utilizem peças genéricas ou usadas no conserto de veículos, desde que exista previsão no contrato do seguro de automóvel, é positivo para o desenvolvimento do mercado de seguros”, afirma o presidente do SindSeg MG/GO/MT/DF, Augusto Frederico Costa Rosa de Matos. “Isso porque a mudança possibilita ampliar ainda mais a oferta de produtos para o consumidor, o que é muito oportuno para difundir a cultura do seguro.
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Espaço do corretor
Paixão pela carreira
Para Vasco José, o SINCOR-GO contribui para que o corretor de seguros enfrente om êxito os desafios do mercado
“É fundamental que o corretor conheça bem seu produto para poder oferecer o melhor para a segurança do cliente.” Vasco José Frauzino Pereira Júnior
Embora atue há dez anos como corretor de seguros, a lembrança de Vasco José Frauzino Pereira Júnior, de 48 anos, com o setor é bem mais antiga. Nos anos 80, o pai dele tinha um escritório da Crefisul (antiga filiada ao Citibank), que operava com financiamentos, consórcios e alguns tipos de seguros. Na década seguinte, ele se formou em Gestão de Agronegócio pela Universidade Estadual de Goiás. A entrada para valer no setor de corretagem de seguros, porém, só se efetivou em 2009, quando, após um acidente com sua família, conheceu Pedro José Pires, da Sul Goiana Corretora de Seguros, que o ajudou na regulação do sinistro. “Na época fiquei muito interessado com todo o trâmite da operação do seguro, algo que já vinha da minha adolescência, da época do escritório do meu pai. Fiquei apaixonado pela área e logo me tornei parceiro do Pedro José.
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Abri um escritório como preposto da empresa dele, em Morrinhos, onde moro”, conta Vasco José. Em 2017, ele concluiu o curso de formação de corretores da Escola Nacional de Seguros. “Estudei bastante e, agora sim, posso dizer que sou um Corretor de Seguros formado e com muito respeito à profissão. Já tenho uma excelente clientela, com pessoas de todo o País. Meu sonho agora é abrir em breve minha própria corretora”, afirma o empresário. Para ele, o sucesso na carreira depende de dedicação, respeito, atenção, confiança e muita responsabilidade. Ele ressalta o papel do SINCOR-GO para a valorização do corretor de seguros, bem como seu trabalho para mitigar as ameaças do mercado marginal. “A entidade promove várias ações e atividades, contribuindo para que o corretor possa enfrentar com êxito os desafios do mercado”, observa.
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Espaço do corretor
Clientes como parceiros
Busca pelo aprendizado e atualização é uma constante na vida profissional de Ludmilla Mesquita
“O nosso desafio não é entregar uma apólice, mas dar conforto e segurança ao cliente.” Ludmilla Mesquita
A busca pelo aprendizado é uma constante na vida profissional de Ludmilla Mesquita, seja em grandes companhias nacionais e internacionais, ou empresas locais. Formada em Administração de Empresas na Universidade Estadual de Londrina, em 2016 ela abriu o próprio negócio, a Pienza Corretora de Seguros. “A nossa missão é levar a solução mais adequada com inteligência, transparência e suporte consultivo presencial constante. Nós entendemos que se os negócios dos clientes mudam rapidamente, as soluções de seguros também devem se adequar e o nosso papel é levar e discutir alternativas aderentes”, explica a empresária. Os 13 anos de carreira e a vivência em ambientes corporativos complexos a ensinaram que a relação entre o corretor de seguros e o segurado precisa ser enxergada para além do
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momento da assinatura do contrato. “O nosso desafio não é entregar uma apólice, mas dar conforto e segurança ao cliente de que conhecemos o mercado e suas particularidades e sermos um parceiro de negócio.” Segundo diz, o corretor precisa se atualizar, participar de fóruns e treinamentos e visitar regularmente os clientes. Há um ano a empresária foi convidada para participar da diretoria do SINCOR-GO. “É uma oportunidade de contribuir com esse segmento que eu tanto valorizo e também para poder compartilhar experiências com meus colegas de profissão. O mercado de seguros é muito importante e temos visto um movimento de valorização cada vez maior por parte das empresas e pessoas físicas”, destaca Ludmilla. Para ela, um dos maiores desafios junto ao sindicato é difundir a cultura do seguro para a população brasileira.
Atenção às mudanças do mercado Com 37 anos de atuação no mercado de seguros, o empresário Osmar dos Reis testemunhou várias transformações do setor, passando primeiramente por várias seguradoras. Formado em Administração de Empresas, a habilitação como corretor de seguros data da década de 1990. “A decisão foi incentivada em 1995 pelo sócio Armando Vergílio, juntamente com o senhor Ubiratan Seixas, quando tínhamos a Confiseg Corretora”, recorda-se Osmar dos Reis, que em 2016 abriu a própria empresa, a GO Corretora de Seguros. Em tantos anos de experiência, o empresário define em poucas palavras seu estilo de trabalho: “é preciso estar sempre próximo aos clientes para conhecer bem as necessidades de cada um e buscar os produtos que possam atendê-los da melhor forma possível”. Segundo ele, ter bons relacionamentos, trabalhar com ética, conhecimento e muita transparência para conquistar cada vez mais a confiança do segurado são práticas essenciais para a longevidade no mercado. Porém, o fato de ser veterano e o know-how de quase 40 anos de profissão não são, por si só, garantia de êxito profissional. “O bom corretor deve estar sempre aberto e atento às novas tecnologias, que considero ser fator determinante para poder atender ao cliente de forma satisfatória, observa. Para ele, além do avanço tecnológico e da busca por novos segmentos, um dos maiores desafios do corretor é o combate as empresas de “proteção veicular”, que trabalham à margem da lei. “Elas prestam um desserviço ao mercado de seguros regulamentado”, acentua o empresário, que atualmente participa da diretoria do sindicato.
“O bom corretor deve estar sempre aberto e atento às novas tecnologias.” Osmar dos Reis
Para Osmar dos Reis, o combate às associações de proteção veicular é um grande desafio para o mercado de seguros
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Espaço do corretor
Trajeto para o sucesso
Luiz Olmando conheceu o mercado como colaborador do SINCOR-GO e hoje tem sua própria corretora de seguros
“Quem oferece só o que todo mundo oferece pode ser engolido.” Luiz Olmando
Os primeiros passos de Luiz Olmando, de 40 anos, em direção à carreira de corretor de seguros se deram no próprio SINCOR-GO. Em 2008 ele foi colaborador da entidade como supervisor de atendimento ao DPVAT e, em seguida, tornou-se gerente administrativo do sindicato. “Com toda essa vivência, acabei me interessando em fazer parte efetivamente do setor e, em 2012, fiz o curso de capacitação da Escola Nacional de Seguros”, conta o profissional, que em 2015 abriu a própria corretora de seguros. Nesta nova etapa, os conhecimentos adquiridos no curso o fizeram compreender a complexidade deste mercado. “O setor de seguros abre muitas possibilidades de crescimento, o que atrai muita gente sem o real comprometimento com o segurado ou, então, de pessoas que não têm o conhecimento necessário para proteger da melhor maneira o patrimônio do cliente”, alerta Luiz Olmando.
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“Por isso, defendo o estudo constante. Estou sempre me atualizando. Além dos treinamentos oferecidos pelas próprias seguradoras, a cada semestre ou no lançamento de cada novo produto, procuro me reciclar por meio de palestras e congressos”, destaca Luiz Olmando. Para ele, o corretor de seguros precisa se conscientizar de que, diante dos desafios do mercado, o futuro só é ameaçador para o profissional que se acomoda nos segmentos tradicionais. “Quem oferece só o que todo mundo oferece pode ser engolido”, diz o corretor, que tem atuado no nicho da responsabilidade civil na área da saúde. À determinação de Luiz na carreira soma-se sua dedicação à vida de atleta amador.Hoje Luiz Olmando participa de corridas de rua em todo o País. “Já fui campeão do Circuito Vida Segura, duas vezes. Essa iniciativa do sindicato merece todos os elogios.”
Espírito inovador e criativo A entrada no mercado de seguros para o corretor Silvio Roberto aconteceu quando um amigo, que já atuava profissionalmente, ofereceu a ele um seguro auto. Era meados dos anos 2000 e, curioso, Silvio decidiu estudar sobre o tema. “Na época já estava querendo mudar de atividade e percebi que esta seria uma oportunidade para trabalhar em um novo ramo. Foi então que busquei informações sobre como ser um corretor de seguros. Em 2009, iniciei o curso na Escola Nacional de Seguros. Foi o que estava faltando na minha vida para eu decidir e definir meu caminho profissional”, recorda-se. “A cada dia eu ficava mais fascinado com esse mercado tão importante na economia e que faz uma grande diferença na vida das pessoas. Gosto muito de ouvir o cliente e traçar perfis”, conta o corretor, para quem uma análise mais detalhada e consultiva é a melhor forma de encontrar a solução mais eficiente para atender o consumidor. “Não só no ramo de seguros, mas em qualquer atividade profissional temos que ter fé, tempo, coragem e muita dedicação pra ousar a cada dia. Profissionalismo e respeito pela profissão que escolhemos na vida são primordiais para ter êxito nesta carreira”, destaca Silvio Roberto ao comentar sobre seus valores profissionais. A velocidade das transformações do mercado é um aspecto bastante valorizado e que requer muita dedicação. “A atualização é fundamental. Na era da tecnologia as mudanças em nosso setor ocorrem quase que diariamente”, observa. Para Silvio Roberto, além de acompanhar as novidades, o corretor de seguros deve ser, ele mesmo, um profissional inovador e criativo. “Po-
Sílvio Roberto integra a diretoria do SINCOR-GO: aprendendo com todos que integram a entidade
rém, não podemos ser imediatistas. É preciso ter uma visão a médio e longo prazo”, pondera. Integrar a diretoria do SINCOR-GO é motivo de orgulho para o corretor. “Fiquei lisonjeado com este convite. Além de cooperar na defesa da categoria, tenho tido a chance de aprender com todos que fazem parte da entidade”, conclui.
“Profissionalismo e respeito pela profissão que escolhemos na vida são primordiais para ter êxito nesta carreira.” Silvio Roberto
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OUTUBRO
17
2019
OUTUBRO
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AGENDA
OUTUBRO
Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros Costa do Sauípe (BA)
Sessão Especial em homenagem ao Dia do Corretor de Seguros Câmara Municipal de Goiânia
Palestra Novos Rumos na Regulamentação do Mercado de Seguros Auditório do SINCOR-GO
8
Confraternização Anual
13
Confraternização Anual
NOVEMBRO
Anápolis
Rio Verde
NOVEMBRO
21
NOVEMBRO
23
NOVEMBRO
5º Prêmio de Jornalismo Entrega de placa em homenagem a Joaquim Mendanha Sede do SINCOR-GO
Entrega do XX Prêmio Bandeirante Lançamento da Edição 2020 do Projeto Parceiro 28ª Confraternização Anual dos Corretores de Seguros
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Confraternização Anual
7
Confraternização Anual
NOVEMBRO
DEZEMBRO
19
DEZEMBRO
Catalão
Itumbiara
Confraternização Anual dos Funcionários do Sincor Goiás Sede do SINCOR-GO
*datas sujeitas a alteração
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SÓ QUEM ACREDITA NO QUE FAZ É CAPAZ DE TRANSMITIR SEGURANÇA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO Desde 1950, representamos o mercado de seguros, ultrapassamos décadas e fizemos, do futuro, a nossa casa. Trabalhamos para que nossas associadas e seus clientes também possam escrever grandes histórias como essa.
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Campo
Aumento do subsídio federal ao Seguro Rural anima o mercado Programa de subvenção a esta modalidade de seguro injetou R$ 1 bilhão no setor
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O
Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), subsídio federal no valor de R$ 1 bilhão, recorde do projeto, está injetando, além dos cifrões, muito ânimo no setor. O mercado de seguros comemora a medida do governo federal, apesar do consenso geral da necessidade de ampliar substancialmente os investimentos na área para mitigar os prejuízos do produtor rural brasileiro, um dos menos protegidos entre os países em desenvolvimento no mundo.
proporção do subsídio, ao menos num primeiro momento. De todo modo, para a categoria o incremento no PSR é positivo, pois representa um grande passo para o desenvolvimento da cultura do seguro neste segmento tão importante na nossa economia”, destaca. “Há muito potencial de crescimento para este tipo de proteção, principalmente se levarmos em conta a representatividade do estado goiano no agronegócio nacional”, conclui Hailton Costa. Cenários melhores à vista
Em 2018 foram movimentados R$ 2 bilhões em apólices de Seguro Rural no mercado brasileiro. Deste total, R$ 862,9 milhões foram subsidiados. O restante foi pago diretamente pelos produtores às seguradoras. A expectativa do Ministério da Agricultura é, com este novo aporte, aumentar os 4,7 milhões de hectares (ou 7,5% da área produzida) cobertos em 2018 para cerca de 15 milhões de hectares de produção rural protegida em 2020. A média do valor subsidiado pelo PSR é de 35% a 40% do valor da apólice.
O corretor de seguros Marco Aurélio Ribeiro concorda que o percentual de área de produção agrícola com proteção de seguro é ainda muito modesto no Brasil em relação a outros países, o que tem um efeito cascata na economia. “Na ocorrência de qualquer imprevisto nos eventos climáticos, instala-se um cenário para a inadimplência, em que ninguém paga ninguém: o produtor rural não paga o banco, nem os impostos, nem o comércio e a economia como um todo é prejudicada”, relata.
“Certamente o impacto do Programa será grande, pois se de fato for liberado o valor prometido de subsídio (R$ 1 bilhão), isso representará um aumento significativo na quantidade de produtores que terão acesso ao benefício. Como consequência, teremos um provável aumento da safra de grãos 19/20”, avalia o Diretor de Comunicação do SINCOR-GO, Hailton Costa.
A melhor forma de minimizar estes prejuízos, defende Marco Aurélio, é por meio do Seguro Rural. “No entanto, a penetração do Seguro Rural no País ainda é pouca e, para mudar esse quadro a redução do custo deste seguro é fundamental. Quanto mais agricultores o contratarem, mais barato o produto se tornará. Os subsídios são muito importantes neste processo, minimizando os impactos fiscais, econômicos e financeiros dos riscos da cadeia de produção rural”, destaca.
Regionalmente, destaca, as expectativas também são animadoras. “Em relação ao total de prêmios no País para este segmento, Goiás responde por apenas 5%”, acrescenta. Em consequência ao aumento na subvenção, continua o diretor do sindicato, as expectativas são de aumento da clientela para o corretor de seguros especializado nessa área. “O profissional com expertise em seguro rural terá uma demanda maior, ainda que não venha a ser na mesma
Inclusive, teoriza Marco Aurélio, seria mais barato para o País se a administração federal, estadual e municipal investissem em subvenção ao seguro do que na renegociação das dívidas do segmento rural. “Ao elevar de cerca de R$ 440 milhões para R$ 1 bilhão o total de subvenção, o governo sinaliza que quer
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atingir o pequeno e médio produtor, pois aqueles de maior porte têm condições de arcar com o custo do seguro de forma autônoma.” E especificamente para um estado como Goiás, em que a agropecuária é a base da economia e o percentual de cobertura é baixo, o PSR provavelmente renderá ainda mais frutos. “Na nossa região ainda não há a cultura do seguro: apenas 20% da área plantada em Goiás tem seguro rural. O trabalho dos técnicos para a disseminação desta cultura somado ao fortalecimento do subsídio trará ganhos para todos”, avalia. “O corretor de seguros, por sua vez, terá diante de si a possibilidade de novos negócios e o próprio mercado de seguros vai se sentir incentivado a investir na formação deste profissional”, conclui Marco Aurélio.
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Eventos
Com 98 mil corretores habilitados, ENS passa por reestruturação Instituição espera obter maior dinamismo e flexibilidade na oferta dos programas educacionais em todas as regiões do País Desde sua criação, em 1971, a Escola Nacional de Seguros tem passado por várias reformulações com o objetivo de aprimorar as demandas por um mercado cada vez mais qualificado e competitivo. Em 2019, a instituição iniciou um processo de reestruturação de unidades em vários estados, entre eles Goiás. “Desde agosto, estamos operando na capital por meio de parceria com o Sincor-GO. Nas demais cidades de Goiás, faremos parcerias com outras instituições, para continuar levando nossos programas educacionais a um número cada vez maior de pessoas”, explica o presidente da Escola, Robert Bittar. Segundo o presidente, a reestruturação foi motivada pelo reposicionamento comercial da ENS em todo o País, uma decisão estratégica da Diretoria da Instituição. Além de Goiânia, o novo modelo de atuação, que, entre outras coisas, prevê a criação de uma grande rede de parceiros, foi implantado em mais sete cidades que também abrigavam filiais da ENS: Belo Horizonte (MG),
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Blumenau (SC), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA). “A ENS espera obter maior flexibilidade e dinamismo na oferta dos programas educacionais em todo o País, ampliando substancialmente a quantidade de produtos disponibilizados, tanto na modalidade presencial quanto pela Escola Virtual. Vale ressaltar que a interlocução direta com os mercados está preservada, já que haverá representantes da ENS atuando nas regiões”, adianta Robert Bittar.
História Criada há 48 anos por entidades do setor de seguros brasileiro, a Escola Nacional de Seguros tem como objetivo a formação de profissionais habilitados, além da difusão e a pesquisa em seguros. A habilitação como corretor de seguros pela Susep é condicionada a aprovação em exame realizado pela instituição. Ao todo, mais de 98 mil corretores de seguros foram habilitados desde a criação da Escola.
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Sincor - GO Rua C-145, 1.036, Qd 337, Lts 21/22, Jd. América, Goiânia-GO | CEP 74255-500
Lucas Vergilio presidente Henderson de Paula Rodrigues vice-presidente Financeiro Deivid Pereira vice-presidente Técnico Roney Almeida Macedo vice-presidente de Marketing e Relações com o Mercado Vera Lúcia Campos Fornari vice-presidente Social e de Benefícios Vinícius de Araújo Porto vice-presidente Institucional e de Relações com o Corretor de Seguros Wagner Paulo de Oliveira vice-presidente Administrativo Diretoria Admilson Alves de Castro Ana Maria Martins de Oliveira Andrade Carmen Lucy Silva Demerson Gonçalves de Melo Evanira Barbosa de Macedo Jairo Cirilo Amaral Juliana Pena de Paula Rios de Pina Liamar Geralda Martins Ferreira Lucas Paulo Garcia Bittencourt Marinho de Souza Oliveira Júnior Osmar dos Reis de Sousa Silvio Roberto de Sousa Rodrigues Thiago Perilo de Azevedo Silva Wallacy Luiz Silva Oliveira Diretoria Auxiliar Edmo Edmundo Pinheiro Neto Fausto Rodrigues de Godoy Isabella Petini de Oliveira Ludmilla de Mesquita Correira Ribeiro Luiz Olmando de Melo Mariana de Jesus Fonseca Paulo César Fernandes Rosa Renner Araújo Fidelis Ricardo Magalhães Ferreira Ronaldo de Amorim Chaveiro Sérgio José de Melo
Conselho Fiscal Efetivo Amaury Gonçalves da Cunha (presidente) José Sousa Rios Marcos Carneiro Martins Arruda Conselho Fiscal Suplente Gilson Antonio de Souza Inamar de Cássia Borges Samuel Azevedo Barros Sobrinho Delegados representantes junto à Fenacor 1º Delegado: Lucas de Castro Santos 2º Delegado: Henderson de Paula Rodrigues 1º Suplente: Hailton Costa Neves 2º Suplente: Ozório Manuel da Silva Conselheiros efetivos do Comitê de Ética Raimundo Dionísio Ribeiro (presidente) Antônio Oliveira Durães Cláudio Miguel de Paula Daniel Souza dos Santos Julio César Coelho Guilherme José Veríssimo da Silva Conselheiros suplentes do Comitê de Ética Erasmo Pereira da Silva Isaias Fernandes de Paula Edson Costa Souza Reinaldo de Oliveira Batista Filho Anderson Pires Costa Cardoso Antônio Carlos Starling Cavalcanti Diretorias Territoriais Anápolis: Leonardo de Miranda Almeida Diretor territorial auxiliar: Ronaldo Luiz de Miranda Itumbiara: Antônio Aparecido de Almeida Diretor territorial auxiliar: Raimundo Nonato dos Santos Rio Verde: Francisco Rodrigues Pereira Neto Diretor territorial auxiliar: Giuliano Carlos Fernandes da Silva Catalão: Mário de Pádua Castro
Revista Sincor Projeto editorial e gráfico, redação e edição
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Jornalista responsável: Deire Assis (GO 01197 JP) Impressão: Gráfica Art 3 Tiragem: 3 mil exemplares
de Autorregulação do Mercado de de Corretagem de Seguros
Reafirme seu compromisso com a ética e as boas boas práticas do Mercado. T enha seu selo de qualidade. ade. Associe-se ao IBRACOR.
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