VIDA REVISTA
sem dor ANO I - EDIÇÃO 03
ENTREVISTA Especialista dá dicas sobre como prevenir dores crônicas em crianças.
HORA DE DORMIR Dicas para conquistar uma boa noite de sono e garantir a saúde.
PODERES DA MENTE Desafie a sua capacidade e aproveite todos os benefícios do seu cérebro.
ACABE COM A DOR
DE CABEÇA Se a dor persiste, algo não anda bem no organismo. Descubra quais são as possíveis causas e livre-se desse problema.
Editorial
Sumário Instalado em Campinas, o maior pólo tecnológico do Brasil, e mais precisamente no bairro do Cambuí, o Singular – Centro do Controle da Dor – disponibiliza para o Brasil um modelo inovador de tratamento de patologias que causam dor. Nosso objetivo é proporcionar ganhos em qualidade de vida para o indivíduo mediante a ação sinérgica da equipe multiprofissional. www.singular.med.br
A revista Vida Sem Dor é uma publicação do Singular – Centro de Controle de Dor produzida pela Conexus Comunicação Jornalística.
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Notícias – Vitamina D, Quiropraxia e muito mais
Especial – Dor de cabeça bem longe
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Bem-estar – Sono para a saúde
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Questão de saúde – Articulações sempre saudáveis
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Notas temáticas – Fibromialgia e sua incidência
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Pergunte ao especialista – Os números da dor de cabeça
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Entrevista – Dra. Silvia Maria de Macedo
EDITORIAL Uma das dores mais recorrentes nos consultórios médicos – a dor de cabeça – é o tema central da terceira edição da revista Vida Sem Dor. As causas podem ser inúmeras, mas o que deve ser seguido como regra é que um quadro de dor nunca é normal. Talvez o problema não seja local, mas algo certamente está errado no organismo. Nas próximas páginas você conhecerá alguns dos sintomas mais comuns e, principalmente, conhecerá qual é a hora exata de buscar ajuda médica. Você ainda vai conhecer quais são os tratamentos mais modernos neste sentido, além de algumas técnicas desenvolvidas no Singular - Centro de Controle da Dor. Nesta edição você também saberá como prevenir as dores nas articulações e de que maneira a Medicina Regenerativa poderá auxiliar o paciente. O ortopedista e especialista em Medicina Esportiva e Regeneração Tecidual do Singular – Centro de Controle da Dor, Dr. José Fabio Lana, ainda indica os melhores exercícios para levar uma vida mais saudável e prevenir essa dores. Boa leitura!
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REDAÇÃO Editora-chefe Ana Sniesko Colaboraram nesta edição Texto: Carolina Vilela Fotos: Shutterstock Revisão: Daniel Consani Coordenação de Arte Philipe Aquino Arte Luana Santana e Philipe Aquino Projeto Gráfico Livia Almeida Serviços Administrativos Fabiana Steavnv
Fale com a gente E-mail: atendimento@grupotriunfo.com Cartas: Rua Carolina Prado Penteado, 1.122 - Nova Campinas – Campinas-SP, CEP: 13092-470. Fax: (19) 2139-9000
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Alimentação – Frutas: muito mais que sabor!
Dicas diversas – Cérebro em dia
Perguntas e respostas
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DESCOBERTA DE ISRAELENSES AJUDA NO TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
Notícias
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv encontraram conexão entre habilidades cognitivas e a massa branca do cérebro, o que pode melhorar o tratamento de esclerose múltipla, paralisia cerebral e algumas doenças psiquiátricas. A descoberta pode ajudar a corresponder terapias com as áreas afetadas do cérebro. A massa branca, que liga as várias áreas do cérebro, é constituída por componentes que transmitem sinais elétricos entre as células nervosas. Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv mostraram que existe uma conexão entre os vários tipos de habilidades cognitivas e o grau de densidade de fibras na massa branca. “Ao contrário da ressonância magnética funcional, que escaneriza o cérebro enquanto o indivíduo é solicitado a executar uma tarefa, o novo método nos permite mapear a massa branca do cérebro e ver as suas várias características de acordo com as habilidades cognitivas do sujeito”, explicou Efrat Sasson, que dirigiu o estudo sob a orientação do professor Yaniv Assaf da Escola Sagol de Neurociências da Universidade de Tel Aviv.
Por Carolina Vilela
VITAMINA D PODE AJUDAR QUEM TEM A DOENÇA DE CROHN Indivíduos que sofrem com a Doença de Crohn são frequentemente assombrados pela redução da força muscular, pela fadiga e pela falta de qualidade de vida. Estes sintomas podem permanecer, mesmo quando os pacientes estão em remissão. No entanto, um estudo realizado pelo Trinity College Dublin apontou, pela primeira vez, que a suplementação de vitamina D pode trazer um alívio significativo destes sintomas. Foi o primeiro estudo a sugerir potenciais benefícios da suplementação de vitamina D sobre a força muscular com os correspondentes benefícios para a fadiga e para a qualidade de vida na Doença de Crohn. Os resultados, no entanto, precisam ser confirmados em estudos maiores. Segundo a pesquisa,
RARA? NEM TANTO. CONHEÇA A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA – ELA
depois de três meses tomando 2.000 UI de vitamina D por dia, a força muscular dos pacientes aumentou significativamente em ambas as mãos (dominante e não dominante) em comparação com os participantes do estudo que receberam placebo. Os pacientes também relataram menor fadiga geral, física e mental, e maior qualidade de vida quando os níveis de vitamina D alcançaram 75 nanomoles por litro ou mais.
A Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA é uma doença neurodegenerativa causada pela morte dos neurônios motores, os responsáveis pelo comando da musculatura esquelética. Não tem cura, porém o tratamento multiprofissional é extremamente importante para aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Apesar do status de doença rara, (incidência de cerca de 2-3/100000, prevalência de cerca de 7-8/100000), a ELA, segundo estudos internacionais, é a terceira doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás da doença de Alzheimer e da doença de Parkinson. A doença caracteriza-se pela degeneração dos neurônios motores localizados no córtex motor, tronco cerebral ou na medula espinhal. Sendo assim, o quadro clínico é caracterizado pela fraqueza muscular. Cerca de 95% dos casos são esporádicos, mas 5% dos casos têm história familiar, quase sempre de transmissão autossômica dominante. Segundo especialistas, a abordagem deve ser multidisciplinar. Um único medicamento, o Riluzol, tem um efeito modesto no aumento da sobrevida. A ventilação não invasiva, quando necessária, é o procedimento com maior impacto na sobrevida e na qualidade de vida dos doentes. Nos doentes com dificuldades na deglutição, a gastrostomia pode ser essencial. A reabilitação, o apoio psicológico e os Cuidados Paliativos são indispensáveis.
ESTUDO RELACIONA PERDA DE AUDIÇÃO A PROBLEMAS COGNITIVOS NA TERCEIRA IDADE
DESMISTIFICANDO A QUIROPRAXIA A Associação Brasileira de Quiropraxia, ABQ, esclarece que o tratamento da Quiropraxia é indolor e que em algumas manobras da Quiropraxia, chamadas de ajustes, pode existir barulho de estalos, mas em nenhum momento os ajustes geram dor. “O quiropraxista avalia e descobre onde está localizado o problema do paciente e realiza o ajuste na área específica de forma indolor. Esta é uma profissão de formação superior, com mais de 4.600 horas para formação. Todos os quiropraxistas capacitados no Brasil estão cadastrados no site da ABQ”, ressalta Juliana Piva, Presidente da Associação Brasileira de Quiropraxia, ABQ. O tratamento é feito com o objetivo de diagnosticar, tratar e prevenir a subluxação articular, diagnosticar qual articulação tem perda de movimento ou está desalinhada. Tendo sido feito o diagnóstico, é definido um plano de tratamento apropriado para cada condição. Existem diversas técnicas que foram desenvolvidas para restaurar a movimentação articular. O ajustamento, quando indicado, é muito específico e indolor. Com isso, normalmente, observase uma diminuição importante da dor, relaxamento muscular, aumento da mobilidade e restauração da função articular.
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Há uma razão a mais para nos preocuparmos com a perda de audição, uma das condições de saúde mais comuns em idosos e uma das mais amplamente tratadas. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Johns Hopkins Medicine sugere que idosos com audição comprometida correm o risco de desenvolver déficits cognitivos – problemas de memória e pensamento – mais cedo do que aqueles cuja audição está intacta. O estudo, publicado no JAMA Internal Medicine, foi liderado por Frank Lin, especialista em audição e epidemiologista que, ao longo dos últimos anos, tem documentado a extensão dos problemas de audição em idosos e sua associação com quedas e aparecimento de demência. Ao analisar dados de testes do Mini Exame do Estado Mental, Lin descobriu que as taxas anuais de declínio cognitivo foram 41% maiores em idosos com problemas de audição do que naqueles sem problemas de audição. Usando essa informação, descobriu que as pessoas idosas com problemas de audição experimentaram um declínio de cinco pontos no exame em 7,7 anos, em comparação com 10,9 anos para aqueles com audição normal.
OBESIDADE AUMENTA O RISCO DE CÂNCER COLORRETAL E PÓLIPOS Recentemente, o Colégio Americano de Gastroenterologia e a Campanha para acabar com a obesidade uniram forças para chamar a atenção sobre a relação potencialmente mortal entre o maior Índice de Massa Corporal (IMC) e o câncer colorretal. A associação entre a síndrome metabólica e a mortalidade por câncer colorretal e entre
o diabetes mellitus tipo 2 e o risco de câncer colorretal sugerem que a resistência à insulina induzida pela obesidade e a hiperinsulinemia podem ter um papel fundamental no desenvolvimento do cancro colorretal. “O câncer colorretal abrange tumores que acometem o intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos”, explica o gastroenterologista Silvio Gabor.
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Especial Por Carolina Vilela
DOR DE CABEÇA
BEM LONGE
Quando a dor é constante, algo não anda bem no organismo. Descubra quais são as possíveis causas e aprenda a cuidar.
Da sensação ninguém gosta, vai e volta com uma frequência rápida e deixa qualquer um de mau humor e indisposto. A cabeça pesa e parece maior do que é na realidade e, mesmo sendo tão desagradável, é difícil encontrar alguém que nunca tenha sentido a tão famosa dor de cabeça. Mas, embora pareça comum, deve ser investigada e ninguém deve conviver com esse quadro como se fosse normal. Segundo o médico intervencionista da dor do Singular – Centro de Controle da Dor, Dr. Charles Amaral de Oliveira, nenhuma dor deve ser aceita como normal para que nos acostumemos com ela. Se a causa da dor não pode ser eliminada, a redução da intensidade da dor deve ser alcançada com a instituição de um tratamento correto. O médico explica, ainda, que as dores de cabeça causam preocupação quando o indivíduo refere uma mudança dos sintomas e frequência das dores. Para exemplificar, uma pessoa que sentia dores de cabeça uma vez ao mês passa a senti-las cinco vezes ao mês. Ou alguém informa que ao levantar pela manhã apresenta vômitos e dores de cabeça. “São motivos que nos colocam – os médicos – em alerta, exigindo uma melhor investigação”, afirma. Quando alguém já está em tratamento mas não consegue evolução no tratamento da dor de cabeça pode significar duas coisas: erro de diagnóstico e instituição de tratamento incorreto ou diagnóstico correto e falha no tratamento. A base do diagnóstico é fazermos uma boa história e o exame físico completo. Além disso, alguns exames complementares podem ser solicitados. Dr. Charles
informa que toda vez que há uma alteração no padrão de manifestação dessas dores de cabeça deve ser solicitada tomografia ou ressonância de crânio com o objetivo de excluir cefaleias de causas secundárias. As cefaleias podem ser dividas em causas primárias e secundárias. As secundárias ocorrem devido a alguma doença que provoca dor de cabeça. Como exemplos, podemos citar tumores cerebrais, meningite e aneurismas de vasos cranianos. Porém, segundo Dr. Charles, as causas secundárias não são prevalentes. Já no grupo das cefaleias primárias, as mais frequentes são as enxaquecas e as cefaleias tensionais. O tratamento profilático deve ocorrer quando as dores de cabeça acometem uma pessoa por vários dias ao mês, podendo caracterizar um quadro de cefaleia crônica e precisando de uma abordagem mais efetiva. De acordo com Dr. Charles, a dor de cabeça é o sintoma mais presente nos consultórios médicos. Aproximadamente 95% da população já sofreram ou sofrerão algum ataque de dor de cabeça. Segundo o médico, todos os médicos generalistas deveriam saber manejar este problema. Quando a situação não se resolve, deve-se procurar um especialista. Neurologistas e cefaliatras estão indicados e os médicos intervencionistas da dor também, já que estes possuem habilidades em procedimentos minimamente invasivos que podem ser úteis nestes casos.
TRATAMENTOS Pessoas que têm dores frequentes precisam fazer uso de medicamentos profiláticos com o intuito de prevenir essas dores. Dr. Charles diz que são muitos os medicamentos utilizados como preventivos, sendo alguns antidepressivos, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos os mais comumente utilizados. “Nas crises de dor utilizamos outras classes de medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e triptanos, estes últimos promovem a constrição de vasos cerebrais”, ressalta. A automedicação pode ser um sério problema. O uso regular de medicamentos pode transformar um tipo de cefaleia em outra mais complicada de se tratar. Os especialistas nomeiam este problema como cefaleia crônica diária transformada por abuso de medicações. O médico explica que pessoas com dores de cabeça crônica, em quase 100% das vezes,
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apresentam pontos dolorosos no pescoço, ombros e cabeça que são conhecidos por pontos gatilhos ou tender points e eles devem ser desativados com agulha, injetando anestésico local nestes pontos ou mesmo agulhamento seco (como o nome diz, sem qualquer tipo de anestésico). “Em situações eventuais, fazemos aplicação de Botox (toxina botulínica) nestes pontos com o intuito de promover um relaxamento muscular mais prolongado, propriedade desta toxina. Assim, o fisioterapeuta tem seu trabalho facilitado podendo realizar a desativação dos pontos gatilhos de uma forma mais efetiva”, afirma. Outras vezes, a dor se deve a problemas estruturais da coluna cervical e é nominada cefaleia cervicogênica. A artrose da coluna cervical é um processo natural que ocorre no decorrer do envelhecimento do corpo humano e pode, por consequência, causar dores. Radiografias e outros exames de imagens não confirmam o diagnóstico, então, para o correto diagnóstico, deve-se fazer bloqueios guiados por raio X, injetando anestésico local, em quantidade mínima, em alvos bem próximos à artrose. Depois, observa-se a evolução da dor de cabeça: se desapareceu ou apresentou alívio significativo: em caso afirmativo, é firmado o diagnóstico correto e abremse possibilidades terapêuticas que são realizadas por
Botox para curar dor de cabeça? Segundo o médico neurologista e criador do Centro de Cefaleia São Paulo, Dr. Mario Peres, em 2010 o FDA, órgão regulatório de medicamentos nos Estados Unidos (o equivalente a ANVISA do Brasil) aprovou o uso das aplicações de botox — a toxina botulínica tipo A – para o tratamento da enxaqueca crônica. Ele diz que recentes estudos clínicos mostraram que a aplicação da toxina botulínica em certos pontos da cabeça resultaram em melhora significativa de enxaquecas crônicas, que são enxaquecas frequentes. O médico ressalta os aspectos do tratamento com botox para enxaqueca: “A aplicação deve ser feita em alguns pontos específicos, diferentes para cada paciente com enxaqueca, não sendo só realizada nos pontos habitualmente utilizados nas aplicações com finalidade estética”. O tratamento para enxaqueca com botox necessita que a aplicação aconteça em pontos na região temporal, occipital e nuca, e não apenas na testa.
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médicos intervencionistas ou neurocirurgiões, desde que essas dores retornem. “No caso da artrose da coluna cervical, indicaria uma rizotomia de facetas cervicais por radiofrequência”, opina o médico. Há também outros procedimentos intervencionistas que auxiliam no tratamento de outros tipos de dores de cabeça. O médico intervencionista da dor cita alguns deles, como a radiofrequência pulsada dos gânglios das raízes dorsais de C2 e C3, bloqueio anestésico dos nervos occipital, maior e menor, neuroestimulação dos nervos occipitais, radiofrequência do gânglio esfenopalatino, entre outros. Hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares, são importantes para todas as pessoas. Assim, há uma produção endógena de endorfinas e serotonina que reforçam o sistema modulador da dor. Além disso, dormir oito horas por dia em um ambiente apropriado, sem luz ou televisão, e fazer alimentações leves antes de dormir ajudam a prevenir dores, como a de cabeça.
Hábitos da vida moderna interferem? Vida corrida, má alimentação, música alta, horas na frente da televisão e computador. Será que esses hábitos, tão comuns na vida de tantos indivíduos hoje, podem propiciar maior incidência de dores de cabeça? Segundo Dr. Charles, hoje vivemos em um mundo muito competitivo e o estresse em nível não salutar, classificado como quase exaustão ou exaustão, exterioriza problemas psicossomáticos e a dor de cabeça é uma forma de exteriorizar estes problemas. “Horas e horas sob tensão frente à tela do computador, nem sempre ergonomicamente bem posicionado, geram dor muscular e esta, por consequência, apresenta-se como dor de cabeça”, explica ele. Segundo o médico, o antigo modelo biomédico onde há causa e efeito é um modelo desatualizado quando se quer tratar qualquer tipo de dor crônica. Portanto, além de médicos e fisioterapeutas, ele afirma que é importante abrir espaço para a participação de outros profissionais, tais como psicólogos e psiquiatras, quando isso for percebido. “Esta abordagem interdisciplinar iniciou-se no século passado com o professor John Bonica, na Universidade de Seatle, ao tratar feridos oriundos da guerra. Essa é a forma como abordamos a dor de cabeça e todas as outras dores crônicas aqui no Singular”, ressalta Dr. Charles. O médico vê com grande preocupação a nomofobia, que é, atualmente, o estresse que as pessoas sentem quando estão distanciadas de um celular ou qualquer outro aparelho de telefonia móvel. “Essas pessoas ficam ansiosas, nervosas e pode vir a apresentar queixas físicas, podendo ser dores de cabeça, como o tema em questão. Vemos que essas pessoas estão viciadas no uso de seus celulares, necessitando estar sempre localizáveis. Com isso estendem trabalhos para as suas residências, o que prejudica o saudável convívio familiar”, opina ele.
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As causas da enxaqueca Segundo a neurologista e excoordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Célia Roesler, a enxaqueca se caracteriza quando a dor dura de 4 a 72 horas, acomete um só lado da cabeça ou a cabeça toda, geralmente pulsátil, podendo também ser em peso ou pressão e pode vir acompanhada de náuseas e/ou vômitos, intolerância a luz, barulho, cheiro e movimentos. Além disso, ela começa fraca e vai ficando forte, diferente de outros tipos de dores de cabeça que já começam fortes ou são sempre moderadas. “Mas, é importante salientar que são quase 300 tipos de dores de cabeça, e é fundamental uma avaliação médica com um especialista no assunto para o diagnóstico correto”, diz.
O que pode desencadear uma crise de enxaqueca? Como se trata de uma doença de múltiplas facetas, os fatores desencadeantes são inúmeros e variam de pessoa para pessoa. Ou seja, a sensibilidade é muito individual. Os desencadeantes mais importantes e comuns são: 10
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Curiosidades Qual a dor de cabeça mais forte? A intensidade da dor é algo difícil de mensurar e cada indivíduo sempre acredita que a sua sensação é mais intensa que a das outras pessoas, mas a ciência já tem alguns tipos de dores de cabeça consideradas como mais intensas. Uma delas é a neuralgia do nervo trigêmeo. Esta é uma dor facial muito forte, que dura pouco segundos várias vezes ao dia. Lavar o rosto ou escovar os dentes pode deflagrar os ataques. As medicações são a primeira escolha dos médicos no controle dessa dor, mas, quando falham, são realizados procedimentos intervencionistas, tais como radiofrequência do nervo trigêmeo ou compressão trigeminal com um balão de Fogart. Esses procedimentos são percutâneos, sem corte da pele, podendo ser realizados sem internação. Uma segunda dor de cabeça extremamente forte é a cefaleia em salva, também conhecida por cefaleia de Cluster. Neste caso, a pessoa em crise fica agitada, anda de um lado para o outro, um dos olhos fica avermelhado e a narina do mesmo lado pode apresentar coriza. “Procedimentos
intervencionistas com o intuito de atingir o gânglio esfenopalatino são muito eficazes nestes casos”, comenta Dr. Charles. E quem tem a sensação de que as mulheres possuem mais predisposição para as dores de cabeça, acertou. O médico intervencionista comenta que a mulher tem uma incidência de duas a três vezes mais cefaleias que o homem, sendo que os fatores hormonais respondem por essa diferença. E, embora essa dor seja mais presente em adultos, crianças também podem sofrer desse mal. “Devese pesquisar causas infecciosas, investigar a história dos pais e a acuidade visual, inicialmente. Pesquisas mostram que crianças com dores de cabeça têm pior desempenho escolar por incapacidade de prestar atenção nas aulas e pior qualidade de sono. Como consequência desta ineficiência na escola, apresentam maior taxa de ansiedade e depressão”. As dores devem ser investigadas, mas, em alguns casos, o simples uso dos óculos de grau pode ser a ação para acabar com o sintoma.
Estresse físico e/ou emocional; Privação de sono ou sono prolongado; Jejum prolongado ou pular uma refeição; Mudanças bruscas de temperatura; Ingestão de algumas substâncias como chocolate, frutas cítricas, queijos amarelos, embutidos, molhos vermelhos, glutamato monossódico, aspartame, bebidas alcoólicas, principalmente o vinho tinto; Exposição a odores fortes ou ruídos muito altos; Nas mulheres, a queda dos níveis hormonais que ocorrem no período pré-menstrual. Revista Vida sem Dor
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Para dor muscular ou dor de cabeça, dorFleX.
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Entrevista Por Carolina Vilela
QUANDO A DOR
É NOS PEQUENOS Dra. Silvia Maria de Macedo Barbosa, presidente do Departamento de Cuidados Paliativos da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), fala sobre os cuidados com as dores infantis.
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e tratar a dor em adultos já é um desafio, imagine o tratamento da dor em crianças. Esse é um ramo desafiador não apenas pelo fato de atingir indivíduos que consideramos tão “indefesos”, mas por se tratar de um cenário bastante amplo, já que a pediatria trabalha com crianças, desde as recém-nascidas até os adolescentes de 18 anos. E nesse panorama existem as mais diversas doenças causadoras de dor e especificidades em encontrá-la, já que muitas vezes tratam-se de pacientes que não conseguem descrever de forma “comum” o que sentem. Para falar de um assunto tão delicado, a entrevista dessa edição da Vida Sem Dor traz um bate-papo com a presidente do Departamento de Cuidados Paliativos da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dra. Silvia Maria de Macedo Barbosa, que fala dos desafios e tendências dessa especialidade médica.
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Vida Sem Dor - Como funciona o Departamento de Cuidados Paliativos da SPSP? Dra. Silvia Maria de Macedo Barbosa – Cuidados Paliativos é uma área de atuação nova, mas de fato temos no Brasil pessoas pioneiras que começaram a olhar o indivíduo com uma haste de cuidado, onde você vê uma criança com uma doença grave, que nem sempre tem possibilidades de cura e tenta garantir a qualidade de vida da criança e da família com um controle magnífico dos sintomas e um olhar psíquico, social e nutricional. Mas enfatizo: com um foco na criança e na família. Obrigatoriamente, o tratamento precisa incluir o lado psicoterápico, e não é só para a criança, mas para a família também. É preciso ter um grupo multidisciplinar fazendo o tratamento e acompanhando a criança, com médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistente social, nutricionista, todo mundo trabalhando junto, porque assim é possível enxergar o que está acontecendo com melhor assertividade e encaminhar. Mas nem sempre a gente consegue, apesar de tudo. Eu diria que em 95% dos casos a gente dá um bom caminho e, nos outros 5%, infelizmente, por mais que façamos, nada melhora.
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VSD - O que deve ser feito nestes casos? Dra. Silvia - Nunca abandonar o paciente. É essencial sempre estar perto, porque em algum momento eu sempre acredito que podemos achar o “ponto” que é possível tratar.
graças a Deus, morrem muito menos crianças que adultos. E quando morre alguém na faixa etária pediátrica, até 18 anos, o luto é muito pior para a família, é muito mais difícil a recuperação, porque é uma inversão dos valores aos quais estamos acostumados: primeiro morre o idoso, depois a criança.
VSD - Quando se fala em dores na infância que tipo de dores são essas?
VSD - E como você, como profissional dessa área, lida com esse tipo de situação?
Dra. Silvia - Nós temos, no Brasil, especialistas em dor na pediatria, mas no Cuidado Paliativo, agora que se tornou um dos ramos que passamos a tratar. No Paliativo estamos falando de crianças com doenças muito graves. Agora, no contexto da criança, a Academia Americana de Pediatria divide a dor da seguinte forma: dor aguda, dor crônica, dor recorrente, relacionada a procedimentos e dor de Cuidados Paliativos. Então, uma criança pode ter todas essas dores – fibromialgia, cefaleia, dor abdominal – relacionadas a procedimentos, relacionadas a uma cirurgia etc. Todas essas dores são vistas e descritas para o pediatra e a gente recebe muitos pacientes em todas essas situações. E a dor em Cuidados Paliativos fica com um pessoal um pouco mais específico, o pediatra comum não os recebe com tanta frequência, graças a Deus. Todo o tratamento do paciente terminal é paliativo, mas nem todo tratamento paliativo é para o paciente terminal.
Dra. Silvia - Eu sou muito bem-humorada, mas é óbvio que a gente sofre. Não consigo imaginar de outra forma, pois a gente tem uma relação com as crianças e suas famílias, sofremos juntos, embora precisemos ter a cabeça fria para tomar as decisões adequadas. É impossível não sofrermos. Todas essas crianças são grandes professores, eu aprendi um pouco com cada uma delas e com cada pai e mãe.
VSD - Que tipo de procedimento vocês fazem quando há dores em pacientes terminais? Dra. Silvia - O indivíduo que está perto da sua terminalidade não tem só uma dor física, a dor também é psíquica e social, a gente chama isso de dor total. E nesse caso, a gente precisa olhar para a dor desse paciente e da sua família, porque é terrível perder uma criança ou um adolescente. Então, nós vamos olhar o aspecto físico, onde dói, por que dói, qual a causa dessa dor, e vamos usar uma medicação para isso. O apoio psíquico é muito importante também, e nós, médicos, ficamos muito perto desse paciente por que ele está precisando, mas também se pode usar fisioterapia, gelo, calor, colocação de splits para deixar o membro numa posição mais confortável, massagem, hipnose, música, o que for necessário para ajudar esse indivíduo a enfrentar essa dor que é tão grande. E não tem como não ser uma dor grande, porque ela não é só do corpo, ela também é uma dor da alma.
VSD - Existem estatísticas que mostrem quantas crianças passam por isso hoje? Dra. Silvia - Se você olhar a mortalidade na cidade de São Paulo até 18 anos, tem casos de doenças cardiovasculares, doenças neuromusculares e oncológicas e aí vai ter o paciente com doenças pulmonares, gastrointestinais. Mas,
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VSD - E quando se fala em dor crônica, muitas sofrem com isso? Dra. Silvia – O recém-nascido não tem dor crônica porque ainda não teve tempo para isso, mas dor persistente ele pode ter. A memória da dor é um fato, e se você pegar um recém-nascido pré-termo, ele tem, no mínimo, 400 procedimentos dolorosos só para sair do berçário, então, se você pensar que ele terá cerca de doze por dia nas duas primeiras semanas, é muito ruim. Aí você vê que amanhã, provavelmente, esse indivíduo será um candidato à dor crônica e distúrbios de comportamento ou hiperatividade. E vão mudando as faixas etárias, vão entrando doenças que provocam dor, como problemas reumatológicos, onde as crianças convivem com ela. Então, a dor crônica é uma realidade e o tratamento é muito semelhante ao de um paciente adulto. Nós usamos todos os medicamentos necessários para o tratamento da dor, sejam medicamentos não opioides, opioides, morfina, metadona, da mesma forma que os usamos para o paciente adulto.
VSD - E como perceber que uma criança já chegou a um estágio de dor crônica? Dra. Silvia - A criança muda o comportamento, fica mais irritada, para de comer adequadamente, algumas dormem demais, outras não conseguem dormir, choram muito e de forma irritadiça, que não tem consolo. Tudo depende da faixa etária. Uma criança maior fala “Estou com dor”. E o autorrelato é a melhor forma de avaliação, tanto dos pais, quanto da criança, porque quem melhor conhece a criança são os pais e eles precisam estar atentos para a manifestação de dor da criança. A dor crônica começa a afetar as relações sociais, pois a criança deixa de ir para a escola, deixa de fazer as coisas, assim como para um
adulto, que quando possui esse tipo de dor falta ao seu trabalho.
VSD - Para você, os profissionais da medicina estão sabendo diagnosticar a dor crônica de um paciente ou demora-se para chegar a um especialista? Dra. Silvia - Eu tenho um ambulatório de dor e eu não tenho mais onde colocar muitos pacientes, preciso de mais gente para atender: são pacientes com dor crônica e de todas as faixas etárias. A dor em crianças vai incomodando tanto que a família não para, todo mundo vai atrás para entender o motivo da dor, diferente do adulto, que convive com ela. E a dor é um sinal de uma doença importante para a qual devemos ficar atentos. E tem que fazer o diagnóstico correto e adequado, pois uma dor na perna, por exemplo, pode indicar uma leucemia ou dor de crescimento.
VSD - Quais os principais causadores, hoje, de dores em crianças? Dra. Silvia - Cada caso é um caso. Tem criança que tem dor neuropática que tem acometimento do sistema nervoso central ou periférico, uma lesão, onde não se consegue sequer encostar nela. Agora, existem crianças que têm dor musculoesquelética, por exemplo, e o uso intenso do computador ou videogame pode causar isso. Outras crianças vão sentir dor porque têm mordida cruzada. Na verdade, tudo depende da queixa. E, é claro, uma boa história e um bom exame físico são fundamentais para que o médico possa fazer o diagnóstico correto.
VSD - Existem técnicas diferentes para diagnosticar a dor em crianças que não conseguem se comunicar direito? Dra. Silvia - Quem tem que olhar a dor da criança é o pediatra porque um médico que está mais acostumado com adultos não tem tanto jeito para isso. Cada um na sua especialidade. Eu sei olhar para uma criança e, pelo comportamento dela, entender qual é o problema. A questão de comportamento e abordagem é diferente. Você usar uma escala onde a criança vai pintar é muito bom, porque a criança pinta exatamente onde é a sua dor. Você também pode usar cores. Se a criança conta a história, você faz uma anamnese, faz uma escala de avaliação e em cima disso propõe uma terapêutica. Existem escalas específicas para a escala pediátrica, e são muitas.
VSD - Quais os principais desafios, atualmente, no que diz respeito a dores em crianças? Dra. Silvia - A gente tem que divulgar que existe no Estatuto da Criança e do Adolescente, no que tange à criança hospitalizada, o artigo 7, que diz que a criança tem direito a não sentir dor quando há meios para evitá-la – e eu tenho isso como uma bandeira. Quem é que gosta de sentir dor? Ninguém. Então, por que não podemos aliviá-la? “Ah porque ela faz parte do processo da pessoa doente”, ou “porque ela não tem como ser resolvida”. Não, eu tenho como tratar a dor e o estatuto diz isso. Eu acho que isso tem que ser uma bandeira, tanto no que tange à dor aguda, quando no que tange à dor crônica. E isso tem que ser visto não só na realidade da criança hospitalizada, mas em todo o atendimento pediátrico. Acabei de voltar, por exemplo, de um Congresso de Dor Internacional, na Suécia. Já no Canadá, a preocupação é em relação a dor da imunização, das vacinas. Foram horas de discussão sobre isso. E a vacina dói. Hoje nós já conseguimos conversar sobre isso e no Instituto onde eu trabalho as pessoas já sabem a forma como tratar a dor, o que é muito bom, e temos cada vez mais pediatras indo atrás desse ramo do conhecimento. Isso tem que estar na prática de todos, sem precisar pensar.
VSD - Você acha que muitos não pensam dessa forma ainda? Dra. Silvia - Eu acho que até pensam, mas não dão prioridade. Pensam apenas em acabar com a doença, a infecção, mas acho que o tratamento da dor é tão importante quanto o tratamento da doença. Eu quero que se dê mais importância do que se dá ao tratamento da doença de base. Um indivíduo sem dor vai para casa mais rápido, tem alta mais cedo, volta para as suas atividades antes, tem menos sequelas físicas e motoras para a reabilitação, ou seja, temos que dar mais atenção para isso.
VSD - Que tipo de adulto será uma criança que passou por muita dor na sua infância? Dra. Silvia - Esse indivíduo vai ter um limiar para dor alterado e o que dói nos outros, talvez doa mais nele. Alguns estudos falam que em crianças recém-nascidas o limiar de recomeço da vida é mais alto, ou seja, sente dor mais cedo. É uma alteração de plasticidade neuronal. E o que se supõe é que eles serão adultos com o limiar alterado. E isso quer dizer o quê? Que alguma coisa pode não provocar dor, o que é ruim, já que a dor é um sinal de alerta de que há algo errado.
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Bem-estar Por Carolina Vilela
SONO PARA U
A SAÚDE Entenda porque o sono é tão importante para manter a saúde e transformar a sua vida.
ma noite mal dormida, um dia seguinte menos produtivo. Dormir é uma das boas recomendações para uma saúde melhor e quem tem dificuldade nesse quesito pode ter problemas sérios. Segundo a médica psiquiatra do Singular – Centro de Controle da Dor, Dra. Gabriela de Lima Freitas, uma boa noite de sono é importante para restaurar a energia e garantir saúde e bem-estar. Os benefícios de uma noite bem dormida são inúmeros e incluem garantir o metabolismo adequado para o equilíbrio do corpo, prevenir o envelhecimento precoce, evitar o estresse, favorecer o sistema imunológico e, consequentemente, prevenir o desenvolvimento de inúmeras doenças. “O que acontece com nosso corpo enquanto estamos dormindo ainda não é muito claro para os cientistas. Mas é objeto de muitas pesquisas. Sabemos que existem fases do sono que são divididas em fase Não-REM e fase REM. Em cada uma dessas fases o corpo vai se adaptando a mudanças na atividade cerebral e o relaxamento vai se tornando cada vez mais profundo. Em cada uma dessas fases ocorre a liberação de determinadas substâncias químicas que seriam responsáveis pelo relaxamento e pelas alterações metabólicas que ocorrem no sono”, explica.
E o que pode indicar que uma pessoa tem problemas com o sono? De acordo com Dra. Gabriela: quando houver dificuldade em manter ou iniciar o sono, quando o sono for muito agitado e não restaurador e houver sensação de fadiga ou cansaço excessivo durante o dia, problemas de falta de atenção e concentração recorrentes, queda de rendimento nos estudos ou trabalhos, além do aparecimento de dores persistentes, irritabilidade e nervosismo, estado de alerta e apreensão. Alterações do sono também podem indicar doenças, como a depressão, a ansiedade e outras doenças psiquiátricas, as dores crônicas, problemas metabólicos e doenças respiratórias. Para melhorar a qualidade do sono, a especialista recomenda que se faça a “higiene do sono”. Hábitos de vida saudáveis também favorecem a qualidade do sono, como as atividades físicas, alimentação adequada e as práticas que promovem o relaxamento, como yoga, meditação, Tai Chi Chuan ou Qi Gong.
• Evitar oscilações de mais de duas horas nos horários de levantar aos finais de semana. • Evitar permanecer mais que oito horas na cama. • Evitar atividades excitantes ou emocionalmente perturbadoras próximo da hora de deitar. • Evitar atividades que exijam alto nível de concentração imediatamente antes de deitar. • Evitar atividades mentais como pensar, planejar e/ou relembrar após deitar-se.
Curiosidades • O estresse é considerado um dos grandes fatores desencadeadores de insônia.
• Evitar produtos que contenham álcool, tabaco e cafeína antes de deitar.
• Cerca de 80% dos pacientes depressivos apresentam mudanças no padrão do sono, sendo a insônia a principal alteração, mas também apresentam sonolência excessiva ou sonhos perturbadores.
• A cama deve ser confortável, e o quarto de dormir deve ser escuro e silencioso, com temperatura adequada (+/- 24ºC).
• Entre as causas não-respiratórias de insônia e sonolência podemos citar os transtornos do sono relacionados ao ritmo circadiano, que são desalinhamentos entre o período do sono e o ambiente físico e social de 24 horas e está relacionado às alterações do sistema de temporização internos. • Ciclo sono-vigília é caracterizado pela repetição regular dos episódios de sono noturno.
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• Manter horários regulares para deitar e levantar.
Alguns alimentos também favorecem uma boa noite de sono, como frutas, mel, castanhas, sopas e caldos de legumes, e chás calmantes como camomila, erva-cidreira, erva-doce e melissa. É importante, também, evitar refeições pesadas e em grande quantidade no período noturno.
• Causas mais comuns de sonolência: síndrome da apneia ou hipopneia obstrutiva do sono, que são distúrbios respiratórios relacionados ao sono com duração de cerca de 10 segundos que causam hipoxemia e terminam com o despertar.
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Higiene do Sono
• Cuidado com drogas, hábitos e ambiente.
Para quem já tem o problema é preciso procurar um especialista. Existem profissionais especializados em tratamento dos distúrbios do sono e atualmente também há a Medicina do Sono, que inclui em seus estudos pesquisas de diversas especialidades médicas como neurologia, psiquiatria, pneumologia, otorrinolaringologia. “A acupuntura também tem contribuições interessantes para o tratamento destes distúrbios”, ressalta Dra. Graziela. Além de hábitos melhores e da higiene do sono, o tratamento para melhorar os distúrbios do sono pode envolver fototerapia e medicamentos como melatonina, ansiolíticos, hipnóticos e antidepressivos.
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Alimentação Por Carolina Vilela
FRUTAS:
MUITO MAIS QUE SABOR! Saiba como uma dieta rica em frutas pode mudar a sua saúde
Uma alimentação rica em frutas com certeza é uma das receitas para uma vida mais saudável. Elas são fonte de vitaminas, fibras e minerais e ajudam a prevenir doenças e a ter uma dieta mais gostosa e saudável. Segundo a especialista em nutrição, Nanci Rabaça Espanhol, todas as frutas fazem bem à saúde, mas ela ressalta algumas que não podem faltar na dieta de qualquer indivíduo. Uma delas é a laranja, que possui vitamina C, ajuda na absorção de nutrientes e facilita o trânsito intestinal. A outra fruta é a banana, que é rica em potássio, ajuda na pressão arterial elevada e dá equilíbrio para o organismo quando há um excesso de esforço físico. E, por fim, a maçã, que possui a enzima pectina, que atua como um detergente no organismo e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.
Graziela explica que algumas frutas podem causar reações indesejadas em algumas pessoas e cita exemplos:
Embora tenha ressaltado três, Nanci explica que o consumo variado das frutas é essencial principalmente quando há diferenciação de cores, pois nessa diversidade o indivíduo encontrará elementos diferentes dos outros que farão bem ao organismo. A recomendação é fazer uso de frutas todos os dias, em média de quatro a cinco frutas diferentes. “Uma de cada cor para levar nutrientes a cada órgão do corpo”, destaca.
• Açaí: o consumo excessivo pode provocar uma sensação desagradável de acidez nos lábios.
A nutricionista Graziela Gonzaga da Silva diz que o ideal é diversificar, pois cada fruta possui um equilíbrio de nutrientes e confere diversos benefícios às células, assim como cada indivíduo possui uma necessidade muito individual de cada nutriente, de acordo com seu estilo de vida. “O ideal é consumir as frutas in natura. Elas podem também ser consumidas na forma de suco, porém não terão os mesmos benefícios, pois ao serem manipuladas perdem-se nutrientes”, comenta. E o exagero de algumas delas pode fazer mal? Segundo Nanci, em alguns casos, sim, como para as pessoas diabéticas, por exemplo. As frutas devem ser consumidas com moderação por quem está em dieta, pois elas possuem frutose, um açúcar natural que também engorda. “A fruta possui seu açúcar natural, a frutose, um açúcar simples que, em excesso, ao passar pelo fígado acaba sendo armazenado na forma de gordura abdominal”, acrescenta Graziela.
• Laranja: pode produzir reações alérgicas; • Limão: em excesso corrói o esmalte dos dentes e a casca contém um óleo irritante para a pele; • Abacaxi: pode causar dermatite em indivíduos sensíveis à bromelina, enzima encontrada na polpa do abacaxi; • Mamão: pode causar dermatite; • Morango: pode provocar alergias, contém ácido oxálico, que reduz a absorção de minerais e pode agravar os problemas de pedras nos rins e na bexiga;
Na lista das frutas mais calóricas estão: açaí, abacate, banana, caqui e manga. Nanci recomenda apenas uma delas por dia, mas ressalta: embora o abacate seja calórico, a sua gordura monossaturada ajuda a emagrecer, pois diminui o colesterol ruim e aumenta o bom. Ela recomenda uma colher de sopa da fruta por dia, sem açúcar. O caqui possui o dobro de fibras e de antioxidantes que a maçã e ajuda a controlar o triglicérides. A manga contém fibras e ajuda a acalmar e a expectorar. Por fim, o açaí, que deve ser ingerido com moderação, dá vigor energético ao organismo. Para quem tem diabetes, Nanci aconselha o consumo de frutas como melância, melão, morango e limão. Por fim, a especialista em nutrição ressalta que uma dieta saudável é aquela em que a pessoa consome frutas, verduras, legumes, cereais, proteínas e carboidratos. Além disso, não adianta se alimentar de tantas frutas diversas e não beber bastante água, pois a água ajuda para que as fibras consumidas sejam excretadas pelo intestino grosso.
Nanci comenta, também, que o excesso de maçã pode “prender” o intestino. A carambola também pode ser um grande perigo para quem sobre de insuficiência renal, pois possui uma toxina natural, que por não ser filtrada pelos rins, se concentra no sangue, pode atingir os neurônios, causar soluços, convulsões, coma e até a morte.
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FRUTAS E SEUS
COMPONENTES Abacaxi
Framboesa
Kiwi
Maçã
Vitamina C, fibra e bromelina. Facilita a digestão.
Fibra, potássio e ferro. Previne doença cardíaca, câncer, colesterol e prisão de ventre.
Vitamina C, potássio e pectina. Antioxidante,combate a infertilidade masculina, previne gripes e é afrodisíaco.
Vitamina B, C, E e fibras. A maçã tem ação benéfica e protetora para toda a mucosa digestiva. É capaz de vencer todos os desarranjos do aparelho digestivo, desde a diarreia do recém-nascido até certas anormalidades do intestino adulto. Além disso, ajuda a regular o sistema nervoso, o crescimento, evita problemas de pele
Amora Recomendada para quem tem doença cardíaca e osteoporose. É diurética, laxativa e boa para a memória.
Caju Vitamina C e fibra. É diurético, depurativo e sudorífero, também é recomendado nos tratamentos de diabetes, eczema e reumatismo.
Laranja Vitamina C e fibras. Facilita no trânsito intestinal, previne resfriados, facilita a cicatrização, ajuda a reduzir o risco de certos tipos de câncer, ataques do coração, derrames cerebrais e outras doenças.
Limão Vitamina C – Ajuda na absorção de nutrientes. Meio suco de um limão e um copo de água bebidos em jejum ajudam a ativação do colágeno. E com água quente e mel é poderoso contra a dor de garganta.
Melancia
e previne a fadiga mental.
Mamão Betacaroteno, vitamina C e papaína. Facilita o trânsito intestinal.
Manga Fibra, ferro, potássio, betacaroteno, vitamina C e pectina. Ajuda a expectorar e a acalmar. Para quem é diabético a metade de uma manga ajuda no controle da glicemia.
Vitaminas A, B, C e licopeno. É recomendada para quem tem pressão alta, reumatismo ou gota. O suco de melancia provoca a eliminação de ácido úrico, além de limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas bucais e de garganta.
Mexerica Além de prevenir as gripes e resfriados, graças à vitamina C, também ajuda
a baixar o colesterol, reduz o risco de doenças cardíacas, assim como cálculos biliares, combate a osteoporose e, por ter absorção lenta e ser rica em pectina, é uma excelente fruta para diabéticos, pois não deixa aumentar as taxas de glicose após as refeições.
Morango Vitamina C e B5, pectina, fibras e ferro. Previne problemas de pele como acne, facilita a cicatrização, ajuda a baixar o colesterol, facilita a digestão, é indicado para quem
tem reumatismo e contém bioflavonoides que ajudam a combater alguns tipos de câncer.
Pera Folato, potássio, ferro, pectina e celulose. Ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue e auxilia no funcionamento do intestino.
Pêssego Vitaminas antioxidantes e pectina. Reduz o colesterol.
Fonte: Graziela Gonzaga da Silva, nutricionista.
Receitas Conheça algumas receitas diferentes com frutas que ajudam na ingestão de vitaminas e nutrientes e ainda combatem alguns males: Suco para Celulite • 1 fatia de abacaxi • ½ cenoura • ½ maçã com casca • ½ copo de água Liquidificar todos os ingredientes e servir.
Suco bom para anemia e para quem deseja se bronzear • Suco de 2 laranjas • 4 a 5 talos e folhas de salsinha • ½ maçã verde Liquidificar todos os ingredientes e servir.
Suco para deixar a pele mais bonita • 3 framboesas • 3 morangos • 1 colher de sopa de mel • 1 copo de água de coco Liquidificar todos os ingredientes e servir.
Suco que ajuda na reposição de hormônios e dá mais vigor para a pele • 1 inhame pequeno • Suco de 1 limão • 1 pera com casca • ½ copo de água Liquidificar os ingredientes e beber.
Suco para fortalecedor o sistema imunológico • 4 kiwis • 1 maçã madura • 1 copo de água de coco Descascar as frutas e picar, bater no liquidificador ou centrífuga e misturar com a água de coco.
Sobremesa com Gelatina Ajuda no trato intestinal, aumenta o metabolismo e colágeno e é construtor do organismo. 1. Um potinho de gelatina da cor de sua preferência; 2. Somar com frutas que combinem com a cor da gelatina, se for vermelha, somar com maçã e morango, se for amarela, somar com abacaxi ou pera etc.; 3. Acrescentar iogurte natural ou desnatado, sendo que o desnatado é menos calórico e contém mais cálcio; 4. Polvilhar com uma colher de sopa de chia. Dica! - Caso queira, você pode liquidificar tudo e tomar também! Fonte: Nanci Rabaça Espanhol, especialista em nutrição.
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As articulações são conexões entre duas ou mais peças esqueléticas que, além de colocar essas peças do esqueleto em contato, permitem que ocorra o crescimento ósseo e que certas partes mudem de forma, assim como, capacitam que parte do corpo se movimente em resposta à contração muscular.
Questão de Saúde Por Carolina Vilela
ARTICULAÇÕES SEMPRE SAUDÁVEIS Entenda como cuidar dessa parte tão importante do corpo
Segundo o ortopedista e especialista em Medicina Esportiva e Regeneração Tecidual do Singular – Centro de Controle da Dor, Dr. José Fabio Lana, as articulações são formadas por cartilagem, ligamentos, tendões, bursas (bolsas cheias de fluido que ajudam a amortecer o conjunto) e a membrana sinovial (revestimento da cápsula articular que lubrifica a articulação). Qualquer uma dessas estruturas pode tornar-se irritada ou inflamada em resposta a uma variedade de doenças, distúrbios ou atividades com sobrecarga dessas estruturas. Degenerações na cartilagem articular também são causas muito frequentes de dores nas articulações. Portanto, cada pessoa que tenha problemas nas articulações merece uma atenção especial em relação ao diagnóstico e a causa da dor. O ortopedista explica que ainda existem inúmeras doenças que causam dores articulares. Na população idosa, por exemplo, é bem comum a sarcopenia (perda de massa muscular), que contribui para a degeneração da cartilagem articular levando à artrose. A doença é mais comum em idosos, porque os músculos têm um papel fundamental no amortecimento de impactos e proteção das articulações e com a idade, além da perda muscular (sarcopenia) o corpo perde substâncias importantes como o colágeno, presente no líquido sinovial e na cartilagem articular. “O líquido sinovial é responsável por lubrificar as articulações. Nos idosos é comum observarmos esses fatores aliados a outros distúrbios sistêmicos que interferem diretamente no metabolismo da cartilagem articular”, comenta. Por isso, Dr. José Fabio aconselha uma alimentação equilibrada, peso coerente à estatura e exercícios físicos moderados e adequados para a idade para a manutenção da saúde articular. “Manutenção do peso, cuidados para não sobrecarregar as articulações com atividades excessivas e de alto impacto e, sobretudo, a orientação profissional na prática de atividades físicas são cuidados importantes que devem ser tomados em qualquer faixa etária”, aponta. A reumatologista da Unifesp, Dra. Rita Nely Vilar Furtado, explica que o tabagismo está associado ao aparecimento de diversas doenças, incluindo a artrose, mas ele não é o principal fator nesse caso, sendo a obesidade o maior risco para as articulações dos membros inferiores como joelhos e bacia. A médica explica ainda que algumas pessoas que têm artrose não sentem dor, embora ela seja um sintoma da maioria.
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Exercícios para melhorar O especialista explica que cada caso é específico e deve ser tratado como tal. Uma avaliação física completa é necessária antes de se indicar alguma atividade física a um paciente, seja ele portador ou não de alguma patologia articular. Mas ressalta que atividades como a bicicleta ergométrica, assim como as atividades na água, como a hidroginástica, são excelentes opções para não se agravar certas patologias e bastante recomendadas por não causarem impacto. Mesmo sendo mais comum em idosos, Dr. José Fabio explica que qualquer pessoa, em qualquer faixa etária pode desenvolver alguma patologia articular. Nas crianças, adolescentes e pessoas mais jovens a sobrecarga pelo uso excessivo das articulações é a causa mais comum. Ele comenta, ainda que grande quantidade das lesões são causadas pelo excesso de peso e por atividades físicas mal orientadas. “Além das doenças degenerativas, com as artroses, também há outro tipo de doença que atinge as articulações, que são as inflamatórias, que podem aparecer em qualquer faixa etária e a doença mais comum é a artrite reumatoide”, complementa Dra. Rita. A história do paciente, assim como as atividades físicas que ele pratica – ou praticava – podem ser um grande auxílio para diagnosticar problemas nas articulações. Exames de imagem como radiografia, ultrassonografia, tomografia e a ressonância nuclear magnética são fundamentais na avaliação do comprometimento. Exames de sangue como sorologias e testes reumáticos também compõem as ferramentas para um diagnóstico preciso. “Porém, a avaliação clínica feita pelo médico é imperativa e sem ela os exames não concluem o diagnóstico”, ressalta Dr. José Fabio. O ortopedista ainda acrescenta que toda dor deve ser investigada, isso porque várias outras doenças podem apresentar sintomas com dor articular. “O diagnóstico precoce é de suma importância para uma boa evolução da doença, evitando complicações que podem incapacitar o paciente de forma definitiva”, acrescenta. Dra. Rita comenta que a radiologia gradua de 0 a 4 o nível de degeneração articular e quando se está no grau 4 o paciente evolui para um quadro de destruição das articulações em que é preciso de cirurgia para trocá-la. Ela lembra que a qualquer sintoma de dor nas articulações, quando não decorrente de um trauma, o mais importante é procurar um reumatologista. Segundo ela, as pessoas demoram muito até chegar nesse especialista e quando se consultam com ele o problema nas articulações já está bem maior.
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No caso das Terapias Biológicas, Dr. José Fabio diz que elas são utilizadas quando há desgaste articular (plasma rico em plaquetas, células-tronco derivadas da gordura e da medula óssea). Em casos mais graves, pode ser feita a artroscopia (cirurgia minimamente invasiva) e a cirurgia convencional com próteses. Para o tratamento da artrose, Dra. Rita comenta que dentre as possibilidades de medicamentos, os anti-inflamatórios que ajudam a tirar os sintomas da doença não podem ser usadas continuamente, pois se tornam perigosos. “Em longo prazo, o paciente pode ter efeitos colaterais graves e atingir algumas vísceras”, explica.
De acordo com Dr. José Fabio, uma grande limitação no tratamento de patologias articulares deve-se ao insuficiente ou ausente potencial regenerativo dos tecidos presentes nas articulações e a Medicina Regenerativa tem o potencial para alterar esta afirmação. “Cada vez mais, estudos sobre a utilização de terapias biológicas regenerativas como o plasma rico em plaquetas e as células-tronco, mostram resultados bastante promissores. Na prática clínica, quando bem indicadas, essas técnicas têm mostrado também resultados muito positivos e estão se tornando uma alternativa terapêutica para o ortopedista no tratamento de algumas patologias”, comenta. Para Dra. Rita, apesar de estar na moda, ainda não existe algo que seja realmente comprovado cientificamente em relação à Medicina Regenerativa. “Ainda não saíram trabalhos consistentes para comentar sobre essa nova técnica”, afirma. A Medicina Regenerativa é uma nova área da medicina voltada para otimizar a capacidade do corpo de regenerar órgãos e tecidos. Sua base principal são as células-tronco e a sua capacidade para tornarem-se células de diferentes tecidos. As células-tronco são classificadas como embrionárias ou somáticas, também denominadas células-tronco adultas. Durante vários anos, pensou-se que as embrionárias fossem o único tipo capaz de se transformar em outros tecidos, mas estudos recentes têm demonstrado que as célulastronco adultas, como as células mesenquimas da medula óssea, gordura e células do cordão umbilical são capazes de ter o mesmo efeito em outros tecidos de linhagens diferentes. Essas descobertas mostram avanços no tratamento de diferentes doenças – diabetes tipo I e II, artroses, doença de Parkinson, doenças cardíacas, esclerose múltipla, câncer etc. – com células-tronco adultas, que inicialmente se pensava apenas com célulastronco embrionárias.
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OAP AR AÇÃ 1 DE TIR
O que fazer ao ser detectada uma patologia nas articulações? Dr. José Fabio comenta que existem vários tratamentos disponíveis, que variam conforme o paciente, a lesão e a conduta do ortopedista. Alguns dos tratamentos mais utilizados são: medicamentos orais, fisioterapia e aplicações de ácido hialurônico intra-articular.
Medicina Regenerativa
QUANDO A DOR APARECER, TRATE DELA NUM INSTANTE. Alívio extra2 Maior duração e rapidez de ação que o paracetamol Segurança3,4 Menos efeitos gastrointestinais Economia5 Caixa com10 cápsulas e menor desembolso BR – IBU – 13.01.01 – Mar/2013
Outra dica, é que o tratamento seja multifacetado e acompanhado por uma equipe multidisciplinar, educando o paciente em relação à doença dele, como usar as articulações e protegê-las, reabilitando a musculatura, fazendo o uso de drogas via oral ou intra-articular. “A cirurgia é a última opção, até porque muitos idosos não aguentariam a cirurgia. Há todo um trabalho que precisa ser feito antes de uma ação como essa”, comenta a reumatologista.
NÃO USE ESTE MEDICAMENTO EM CASOS DE ÚLCERA, GASTRITE, DOENÇA DOS RINS OU SE VOCÊ JÁ TEVE REAÇÃO ALÉRGICA A ANTI-INFLAMATÓRIOS.
NOVALFEM (ibuprofeno). Indicações: alívio temporário da febre e de dores de leve a moderada intensidade como cefaleia tensional, lombalgia, dor muscular, enxaqueca, de gripes e resfriados comuns, de artrite e dor de dente. M.S.: 1.1300.1090. Farm. Resp.: Antonia A. Oliveira - CRF-SP n° 5854. Referências bibliográficas: 1. Hersh EV et al. Ibuprofen Liquigel for Oral Surgery Pain. Clinical Therapeutics. 2000;22:1306-1318. 2. Olson NZ, et al. Onset of analgesia for liquigel ibuprofen 400 mg, acetaminophen 1000 mg, ketoprofen 25 mg, and placebo in the treatment of postoperative dental pain. J Clin Pharmacol. 2001 Nov;41(11):1238-47. 3. Doyle G, et al. Gastrointestinal safety and tolerance of ibuprofen at maximum over-the-counter dose. Aliment Pharmacol Ther. 1999 Jul;13(7):897-906. 4. Rampal P, et al. Gastrointestinal tolerability of ibuprofen compared with paracetamol and aspirin at over-the-counter doses. J Int Med Res. 2002 May-Jun;30(3):301-8.postoperative dental pain. J Clin Pharmacol. 2001 Nov;41(11):1238-47. 5. Revista ABC Farma. 2012 Jul;20(251).
Dicas diversas Por Carolina Vilela
CÉREBRO EM DIA Veja como exercitá-lo e mantê-lo sempre jovem
produzem endorfinas, auxiliam no relaxamento e bem-estar. Da mesma forma, atividades intelectuais, como aprender uma outra língua, também estimulam a concentração, a atenção e a memória: são estímulos para as atividades cognitivas cerebrais. Nesse sentido, para não atrofiar o cérebro é importante dosar atividades corporais com as intelectuais. Quando há a percepção de que problemas estão ocorrendo em relação a isso, é importante procurar um especialista, elucidar as causas do problema de atenção e concentração, além de criar um plano terapêutico com estratégias de enfrentamento e intervenções práticas para melhorar a qualidade de vida e prevenir o estabelecimento de doenças degenerativas. Mas, o mais importante é prevenir desde sempre para que isso não aconteça. E essa não é uma tarefa difícil, basta manter a mente sempre funcionando e aprendendo atividades novas. Dra. Gabriela indica meditação, yoga, Tai Chi Chuan, dança e atividades manuais, como desenho, pintura, crochê e artesanato para as pessoas que desejam praticar atividades que favoreçam a atenção e a concentração.
Saiba + Doenças neurodegenerativas são doenças em que ocorre a destruição progressiva e irreversível de neurônios. Quando isso acontece, dependendo da doença, gradativamente o paciente perde suas funções motoras, fisiológicas e/ou sua capacidade cognitiva. Exemplos: Cuidar do cérebro é tão importante quanto cuidar do corpo e, à medida que envelhecemos, se isso não for feito, ele também poderá atrofiar. Segundo a médica psiquiatra e especialista em Acupuntura e Medicina Chinesa do Singular – Centro de Controle da Dor, Dra. Gabriela de Lima Freitas, manter o cérebro ativo é importante para prevenir doenças neurodegenerativas, como os quadros de demências. E quanto mais precocemente estas atividades forem iniciadas, melhor. A psiquiatra explica que o cérebro precisa sempre ser estimulado, com novos desafios, novas atividades e novos aprendizados. Atividades corporais criam novas conexões cerebrais,
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• Doença de Parkinson; • Doença de Huntington; • Mal de Alzheimer; • Amnésia.
Neuróbica A neuróbica é a inversão da ordem de alguns movimentos comuns do dia a dia com o objetivo de gerar reações diferentes nas emoções e no cérebro, fazendo com que ele tenha novas percepções, novos aprendizados e, por consequência, se mantenha ativo. Cada pessoa pode montar suas próprias mudanças e treino. Veja abaixo algumas dicas: • Use o relógio de pulso no braço direito; • Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrandose em pormenores nos quais nunca tinha reparado; • Compre um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu; • Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista; • Veja as horas num espelho; • Troque o mouse do computador de lado; • Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro; • Ouça as notícias no rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais que lembrar; • Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que descrevem a imagem ou o tema fotografado; • Ande pela casa de trás para frente; • Vista-se de olhos fechados; • Estimule o paladar, coma comidas diferentes; • Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda – ou a direita, se for canhoto; • Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual; • Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras; • Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes; • Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente) nas conversas que tiver.
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Causas da fibromialgia Notas temáticas Por Carolina Vilela
FRIBROMIALGIA E SUA INCIDÊNCIA O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas, como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono. Esta patologia tem uma frequência de 1 a 5% na população mundial. Nos serviços de clínica médica essa frequência é em torno de 5% e nos pacientes hospitalizados 7,5%. Em consultórios de reumatologia é detectada em 14% dos atendimentos. Especificamente no Brasil tem uma prevalência de 10% na população. A fibromialgia é mais frequente no sexo feminino, correspondendo a 80% dos casos. Em média, a idade do seu início é entre 29 e 37 anos sendo o diagnóstico entre 34 e 57 anos.
A ciência ainda não tem uma resposta clara, porém diferentes fatores – isolados ou combinados – podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Muito se tem estudado sobre o envolvimento, na fibromialgia, de hormônios e de substâncias que participam na transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar no melhor entendimento dessa síndrome e, portanto, proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.
Como diagnosticar a doença e os seus sintomas? A dor muscular é uma manifestação muito frequente na fibromialgia, podendo ser difusa ou acometer preferencialmente algumas regiões, como o pescoço e os ombros e então propagar-se para outras áreas do corpo. Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia, algumas presentes em mais de 50% dos casos. Dessa forma, a fibromialgia pode estar associada à fadiga intensa (síndrome da Fadiga Crônica), à irritação intestinal (síndrome do cólon irritável), à dor de cabeça (cefaleia), às condições que causam o movimento involuntário das pernas durante o sono (síndrome das pernas inquietas) e à presença de irritabilidade na bexiga. O diagnóstico da doença é realizado pelo médico. Não existem exames específicos laboratoriais ou radiológicos que permitam diagnosticar a fibromialgia. Porém, estes testes são importantes e ajudam quando definem outros diagnósticos, como artrite reumatoide, lúpus ou esclerose múltipla, por exemplo, e excluem a fibromialgia. Portanto, o mais importante para o diagnóstico da fibromialgia é a história e um exame físico muito detalhado. Como a fibromialgia é tratada com equipe interdisciplinar, diagnósticos de profissionais como o fisioterapeuta, o psicólogo e o nutricionista são essenciais para o paciente ter resultado no tratamento.
que inclui os antidepressivos, compostos tricíclicos e os neuromoduladores como gabapentina e pregabalina e o tratamento não farmacológico que envolve um programa combinado de exercícios, tratamento psicológico e nutricional. O tratamento deve ser elaborado em discussão com o paciente, de acordo com a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características, sendo importante também levar em consideração suas questões biopsicossociais e culturais. A fibromialgia é para ser tratada como uma dor crônica pelo conceito atual moderno, no qual é um estado de saúde persistente que modifica a vida. O objetivo do seu tratamento é o controle e não sua eliminação.
Atividade física é a melhor opção A atividade física é o pilar principal do tratamento não medicamentoso da fibromialgia. Uma das teorias sobre a importância dos exercícios está relacionada ao sistema nervoso central, pois os portadores de fibromialgia apresentam uma diminuição da concentração de serotonina (que atua como um neurotransmissor inibitório da substância P). Assim, a diminuição da concentração de serotonina aumenta a concentração de substância P, podendo desencadear perturbações do sono, depressão, amplificação da dor e fadiga central. O exercício físico aumenta a produção de serotonina endógena. Além disso, os exercícios aumentam o aporte de oxigênio e favorecem o recrutamento de fibras musculares tipo I e tipo II diminuindo a sequela causada pela fibromialgia, dentre elas: fadiga crônica e dificuldade de relaxamento muscular.
Tratamento interdisciplinar para a fibromialgia A estratégia atual do tratamento de pacientes com fibromialgia requer uma abordagem interdisciplinar com a combinação de modalidades de tratamento farmacológico realizado pelo médico
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Perguntas e respostas
Qual o papel da psiquiatria em uma clínica especializada no tratamento da dor? A psiquiatria pode contribuir para o tratamento de pacientes com dor, pois, em geral, dores crônicas são acompanhadas de estresse, ansiedade, depressão, entre outros transtornos psíquicos. Assim, psiquiatras podem contribuir tanto no diagnóstico diferencial destes transtornos, quanto no próprio tratamento medicamentoso do paciente. A maioria dos medicamentos utilizados no tratamento da dor crônica são psicofármacos, ou seja, medicamentos com os quais o psiquiatra tem bastante familiaridade e atenção tanto aos efeitos terapêuticos, quanto aos efeitos adversos mais frequentes e também às possíveis interações medicamentosas. Além disso, como a avaliação biopsicossocial faz parte da formação do psiquiatra, este profissional também pode contribuir na abordagem do paciente de maneira integral, facilitando a adesão ao tratamento.
Qual a relação entre depressão e dor? A dor inicialmente é um sinal de alerta de que algo não está funcionando muito bem no organismo. Quando esta dor se prolonga e torna-se crônica este sinal de alerta acaba consumindo a energia vital da pessoa que sofre esta dor. As atividades da vida da pessoa portadora de dor crônica tornam-se muito restritas e limitadas, o sono começa a ficar alterado, o corpo se sente cada vez mais cansado e sem energia, sem disposição. Aos poucos, o paciente vai perdendo o interesse pelas coisas que anteriormente lhe despertavam sensações agradáveis de prazer e bem-estar. Nesse caso, começam a surgir então, sentimentos intensos de tristeza, raiva, frustrações, desespero, angústia, solidão e desesperança. Muitas vezes este quadro se prolonga por muito tempo e fica difícil distingui-lo de um quadro depressivo, pois os sintomas são muito semelhantes.
Por que é comum utilizar antidepressivos para o tratamento da dor? No tratamento da dor utilizamos alguns antidepressivos, mesmo quando não há o diagnóstico de um transtorno depressivo. Os antidepressivos mais utilizados no tratamento da dor crônica são aqueles que aumentam a disponibilidade de serotonina e noradrenalina na fenda sináptica. Serotonina e noradrenalina são substâncias que auxiliam na “transmissão” de informações nervosas de um neurônio para o outro. E por que elas são tão importantes para o tratamento da dor? Porque fazem parte das “vias inibitórias da dor”, que nada mais são que “caminhos” do cérebro até a medula, que é responsável por diminuir nossa percepção da dor. Assim, quando estas substâncias estão deficientes há um aumento da percepção dolorosa. Qualquer pequeno desconforto ou mudança em nossos órgãos internos, ou em nossa postura corporal, ou ainda em nossos músculos, ossos e articulações, passa a ser percebido como dor ou desconforto. Em geral, pessoas que têm dores crônicas, depressão ou ansiedade, parecem possuir menor quantidade destes neurotransmissores. Por isso, utilizam-se tais antidepressivos para o tratamento da dor, na tentativa de tornar mais eficaz esta comunicação nas vias de inibição da percepção dolorosa. 32
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O paciente com dor crônica tem que tomar remédio para o resto da vida? Quais outros tratamentos são possíveis? O tratamento medicamentoso do paciente com dor crônica é feito na tentativa de interromper o ciclo de dor-estresse-dor-sofrimento. Ele pode auxiliar o paciente a diminuir a percepção dolorosa. Algumas vezes também o auxilia a melhorar a qualidade do sono e assim restabelecer sua energia e disposição para retomar as atividades importantes para a sua vida. Felizmente não é só o medicamento que possibilita esta mudança. Além da medicação, o paciente deve procurar estratégias de enfrentamento da dor que envolvam hábitos de vida saudáveis, alimentação adequada, equilíbrio entre trabalho e repouso; lazer, sono restaurador; atividades físicas bem orientadas também garantem uma melhora importante na qualidade de vida do paciente com dor e possibilitam que o tratamento seja mais eficaz e duradouro. Outro aspecto fundamental para que o tratamento seja eficaz e garanta melhor qualidade de vida para quem sofre de dores crônicas é o aspecto emocional. Aprender a lidar com nossas emoções negativas e cultivar bons pensamentos são estratégias essenciais para garantir que o tratamento não se restrinja ao uso indiscriminado de medicamentos. Por isso a psicoterapia é tão importante dentro do tratamento interdisciplinar da dor. Além disso, cultivar bons pensamentos, aprender a lidar com sentimentos/emoções negativas, aperfeiçoar a capacidade de enfrentar situações adversas, aprender com elas e ainda superá-las é uma maneira muito interessante de desenvolver a espiritualidade e transformar a experiência de vida em algo bastante significativo.
Quais as maneiras mais adequadas para lidar com a ansiedade? A ansiedade também é um transtorno muito comum em pacientes que têm dores crônicas. Muitas vezes causada e/ou agravada pelo desconforto recorrente do quadro de dor, somada às frustrações recorrentes por tratamentos pouco eficazes no alívio dos sintomas dolorosos, a ansiedade também pode agravar o quadro doloroso. Assim, é muito importante tratar a ansiedade. Para isto ressaltamos a importância da psicoterapia no enfrentamento da dor e da ansiedade. Outras ferramentas que recentemente têm ganhado cada vez mais destaque no tratamento da ansiedade são atividades como meditação, yoga e acupuntura. Estas atividades, além de estimularem as vias de inibição da dor, também aumentam a produção de endorfinas, substâncias relacionadas à sensação de bem-estar e relaxamento, auxiliando assim no tratamento da dor, da ansiedade e do estresse.
As perguntas foram respondidas pela Dra. Gabriela de Lima Freitas, médica psiquiatra do Singular – Centro de Controle da Dor, especialista em Acupuntura e Medicina Chinesa. Pós-graduada em Dor e Cuidados Paliativos pelo Hospital Israelita Albert Einstein e bacharel em Dança pelo Instituto de Artes da Unicamp. Estuda e pesquisa práticas complementares, como yoga e meditação, sob a perspectiva de uma abordagem integrativa. Revista Vida sem Dor
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Pergunte ao especialista Dr. Charles Oliveira
Referência
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Estima-se que o presenteísmo custe três vezes mais que o absenteísmo aos cofres das empresas.
OS NÚMEROS DA DOR DE CABEÇA Um assunto recorrente nos congressos promovidos por profissionais da área de Recursos Humanos é o impacto negativo na saúde financeira das empresas causado pela falta de produtividade de alguns funcionários. Isto pode ser nominado por absenteísmo, que é a falta ao trabalho ou presenteísmo, que é presença no trabalho, porém, sem produtividade. Calcular o prejuízo do absenteísmo é algo relativamente fácil, mas muito difícil é quantificar a perda de produção causada pelo presenteísmo. Estima-se que o presenteísmo custe três vezes mais que o absenteísmo aos cofres das empresas. Nós, médicos, entendemos como fatores geradores de presenteísmo puramente aqueles que afetam a saúde do trabalhador. Como exemplos, cito as dores da coluna, os problemas alérgicos que atigem as vias aéreas e as dores de cabeça. Já os departamentos de recursos humanos incluem nesta conta, também, os prejuízos causados por funcionários saudáveis, porém desinteressados, que ficam horas navegando pelas redes sociais na internet. Assunto de capa desta edição da revista, a dor de cabeça é a terceira maior causa de geração de presenteísmo e causa frequente de absenteísmo. Analisando números dos Estados Unidos, foi reportado redução próxima a 41% da produtividade no trabalho realizado durante as crises de migrânea. Ao observarmos ausências no trabalho devido às mesmas dores de cabeça, o prejuízo dos dias perdidos por ano contabiliza aproximadamente 8 bilhões de dólares! Chamamos atenção para este problema de saúde pública que merece mais cuidado por parte dos nossos governantes.
mundial no tratamento da dor No mundo inteiro, somente 16 centros de tratamento da dor possuem a certificação internacional “Excellence in Pain Practice Award”. O Singular – Centro de Controle da Dor – é um deles, e o único no Brasil. Aqui, além de infraestrutura completa e uma equipe multidisciplinar, estão três dos seis médicos brasileiros com o título de Fellow, concedido pelo World Institute of Pain. Tudo para que você trate a dor de forma eficaz e individualizada, recuperando sua qualidade de vida.
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BR – MEMa – 12.12.03 – Abr/2013
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