TODOS CONTRA O CORONAVÍRUS
AÇÕES DO SINTTEL-RIO OBRIGAM EMPRESAS A CUMPRIR MEDIDAS DE PREVENÇÃO 56 anos do golpe. Ditadura nunca mais!
Hoje, desaniversário do golpe de 1964 o Brasil está de luto, pelo fato em si e porque o presidente da República, Jair Bolsonaro comemorou a data e, contradizendo os fatos e a história, classificou o golpe, como “um grande dia de liberdade”. Para nós, esse foi um dia de opressão e morte. Isso nos indigna e revolta, mas não nos surpreende, pois quando da votação do impeachment ilegal da presidenta Dilma Rousseff, Bolsonaro homenageou, no plenário da Câmara, um dos mais sanguinários torturadores da ditadura brasileira, o general Ustra. Um monstro. Sem qualquer apreço pela democracia e pela liberdade, Bolsonaro convocou há poucos dias, em meio a pandemia de coronavírus, colocando em risco a população, uma manifestação contra o Congresso e a Suprema Corte de Justiça. Contra a democracia. Um absurdo. Para nós, este é um dia para não esquecer, justamente para evitar que ele se repita. Para os que fazem coro com Bolsonaro defendendo a ditadura, nós alertamos, não faça isso. A ditadura militar, que governou o país de 1964 até início dos anos 80, foi a pior coisa que nos aconteceu. E não afetou apenas os que eram contra o regime. O golpe de 64 depôs o presidente João Goulart (Jango) que foi eleito prometendo fazer as reformas sociais de base (reforma agrária, inclusão social das camadas mais pobres e o fim das desigualdades). O povo foi às ruas exigir as reformas e isso foi utilizado como a gota d’agua que as elites queriam para dar o golpe. O que elas não sabiam era que aquela noite duraria mais de 20 anos. A ditadura impediu manifestações, prendeu, torturou e matou estudantes, professores, militantes políticos e religiosos, sindicalistas e artistas. Fechou sindicatos, teatros cinemas, censurou jornais, revistas e todas as formas de arte e impôs a lei do silêncio sobre toda sociedade, ocultou denúncias contra irregularidades dos governos militares, inclusive inúmeros casos de corrupção. Só a Comissão da Verdade reconheceu 434 mortos e desaparecidas pela ditadura brasileira. Por eles estamos de luto. Por tudo isso, ditadura nunca mais. A diretoria
Atento, Plansul, Procisa e Serede devem aplicar medidas imediatamente em todas as unidades no Rio de Janeiro, sob pena de multa
A
última semana foi de trabalho intenso para o Sinttel-Rio. Diretores coletando denúncias e constatando irregularidades nos locais de trabalho, ações e liminares ganhas na Justiça do Trabalho com o Departamento Jurídico, atendimento em regime de plantão e comunicação com milhares de trabalhadores diariamente, de segunda a segunda. Todos os esforços do Sinttel-Rio focados em defender a vida dos nossos representados. O Sinttel-Rio conquistou liminares na Justiça do Trabalho que obrigam as empresas Atento, Plansul, Procisa e Serede a adotarem as recomendações governamentais e da Organização Mundial de Saúde de prevenção contra o coronavírus. Com a decisão, as empresas devem cumprir imediatamente as determinações judiciais. Caso elas descumpram e continuem colocando a vida dos trabalhadores em risco, serão multadas. No site do Sinttel-Rio, você confere a decisão judicial completa para cada empresa. O Sinttel permanece pressionando e notificando as demais empresas Os esforços não vão parar. Os diretores continuam apurando denúncias, fiscalizando diariamente os locais de trabalho e prestando ajuda e atendimento aos trabalhadores. O Departamento Jurídico continua ingressando ações na Justiça, buscando medidas concretas de prevenção para toda a categoria de telecomunicações no estado do Rio de Janeiro.
A posição do Sindicato é exigir que as empresas adotem imediatamente as seguintes medidas: = escala para atendimento dos serviços estritamente essenciais (que são os urgentes e inadiáveis à comunidade); = afastamento mediante concessão de licença remunerada de pessoas com 60 anos ou mais, imunodeficientes ou com doenças pré-existentes crônicas ou graves, gestantes e lactantes; = implantação do Teletrabalho (home office); = flexibilidade na entrada e saída das empresas para se evitar horários de pico nos transportes; = fornecimento de luvas, álcool em gel (para aqueles que executam
atividades externas como item obrigatório; = ambientes de trabalho limpos, arejados e higienizados e higienização das estações de trabalho, ferramentas e veículos.
= respeito ao distanciamento de 1,5m entre os que seguem executando suas atividades nos ambientes físicos das empresas e, também, para os que exercem atividades externas e dividem frota.
Denuncie!
Para o Sinttel-Rio fazer ainda mais pela categoria é importante que os trabalhadores denunciem. As denúncias são totalmente anônimas e ajudam a provar que as empresas estão descumprindo as medidas de combate ao COVID-19 nas ações judiciais. Elas também ajudam o Sindicato a coletar informações precisas para buscar o imediato cumprimento das diretrizes. COMO DENUNCIAR? Envie o seu relato para o e-mail denuncia@sinttelrio.org.br. Neste relato, você precisa informar a empresa, o local exato da prestação de serviços, área/produto de atuação e o/s item/ns descumprido/s. Ações integradas que levam ajuda para a categoria de telecomunicações. Assim pode ser resumida a atuação do Sinttel-Rio nas últimas semanas.
O fim do isolamento é a morte Enquanto o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconhece publicamente que errou ao ter apoiado a campanha “Milão não para”, o governo de Jair Bolsonaro, contrariando todas as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS), das autoridades científicas e do Ministro da Saúde, gasta milhões em uma campanha publicitária com slogan similar à de Milão “O Brasil não pode parar”, que prega o fim do isolamento social, uma atitude genocida. Dinheiro jogado no lixo, pois a campanha nem chegou a ser veiculada, foi suspensa a pedido do Ministério Público Federal através de uma decisão da juíza federal, Laura Bastos Carvalho.
O erro do prefeito de Milão resultou na morte de mais de 4,4 mil italianos. Mesmo sabendo disso, Bolsonaro debocha das autoridades de saúde e da OMS e, no domingo (29), saiu às ruas de Brasília insuflando o povo a trocar suas vidas pelo trabalho. Ao defender o fim da quarentena, Bolsonaro disse que “todo mundo vai morrer”, num completo desinteresse pela vida dos brasileiros. O que importa para ele é garantir os ganhos do empresariado. A atitude do presidente tem sido criticada no mundo inteiro. REDES SOCIAIS - Já que a peça publicitária foi vetada pela Justiça, Bolsonaro passou a usar as redes sociais
(Instagram, Facebook e Twitter) para continuar insuflando o fim do isolamento social. Isso levou as plataformas a excluir seus posts e vídeos. O Sinttel-Rio avisa aos trabalhadores que não atendam ao chamado do presidente. Quem é obrigado a trabalhar deve tomar todo cuidado para não se contaminar e assim contaminar seus parentes. Para garantir a segurança dos trabalhadores, o Sinttel conseguiu na Justiça quatro liminares obrigando as empresas a adotarem procedimentos recomendados pelos serviços de saúde pois a Covid-19 mata. Espanha e Itália estão contando seus mortos e nós também já começamos a fazer isso. Se
cuida. #ficaemcasa.
CAMPANHA MILIONÁRIA - A campanha
publicitária para estimular as pessoas a irem às ruas e voltarem a trabalhar custou R$ 4,8 milhões aos cofres públicos, dinheiro que deveria ter sido usado para a compra de respiradores, testes e outros materiais hospitalares para salvar vidas. Mas, para o presidente que se elegeu fazendo “arminha” com a mão, vidas não importam. A peça publicitária foi classificada como emergencial e, portanto, foi realizada sem licitação. A escolha do material, segundo o jornalista Guilherme Amado, foi de responsabilidade do vereador Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro.
Oi: Sinttel cobra antecipação do PPR
A diretoria do Sinttel-Rio e da Livre, federação a qual a entidade é filiada, está cobrando, desde o início de março, que a empresa antecipe o pagamento do PPR-2019, mas a empresa se finge de morta e não responde. O PPR será no valor de 2,98 salários. No fechamento do Acordo em dezembro do ano passado, ficou definido que o pagamento seria realizado no final de abril. Porém, as outras operadoras (Claro, Tim e Vivo) já fizeram esse pagamento aos seus empregados. Só os trabalhadores da Oi estão a ver navios. Do valor a ser pago, será deduzida a parcela que foi antecipada em janeiro.