Nosso pao maio

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AMIGO PANIFICADOR, Diante de uma situação de crise temos sempre duas alternativas: nos lançar ao desespero ou manter a calma para encontrar as melhores soluções e vencer a tempestade. Publicação do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná Ano 5 • Número 15 • maio | 2015 www.sipcep.org.br Vilson Felipe Borgmann Presidente Cristian Ernesto de Azevedo Vice-presidente Valmir Maiochi Secretário Vilmar Januário Antunes Tesoureiro Domingos Ademar Nodari Filho Diretor de eventos Conselho Fiscal Débora Rodriguez Limeres Waldemar Nunes de Souza Fábio Nunes da Silveira Rosa de França Goes Kwiatkowski Sérgio Augusto Perine Suplentes Carlos Eduardo Martins Soares Eduardo Henrique Engelhardt Lilian Valquíria Santin DEL. REPRESENTANTES Vilson Felipe Borgmann Carlos Eduardo Martins Soares Cristian Ernesto de Azevedo Domingos Ademar Nodari Filho Jornalista responsável June Meireles (mtb 1545) junemeireles@gmail.com PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Eduardo Juffernbruch Ekermann eduardo@bytuba.com Fotos Erlei Augusto Shade

Como era esperado, entramos 2015 com aumentos em itens fundamentais da nossa planilha de custos. Um deles é tema de nossa reportagem de capa, a energia elétrica, terceiro maior impacto nos custos de produção de uma padaria. Mas em vez de lamentarmos o que está aí colocado, optamos por sermos pró-ativos, indicando ao panificador caminhos nos quais ele possa reduzir sua conta. No interior da revista, você vai encontrar dicas importantes de como otimizar os processos e mudar, as vezes coisas muito simples, como o tipo de lâmpada, para ter mais economia e com isso driblar o impacto do reajuste (que, aliás, não acabou, vem mais por aí). Para falar sobre esse assunto, ouvimos os especialistas que estão hoje à frente do programa Eficiência Energética, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o SEBRAETEC, SIPCEP e SENAI. Com esse programa, a padaria passa por uma avaliação técnica que diagnostica o que está levando ao consumo alto de energia e aponta medidas. É assim, com as dicas de quem entende do assunto, que compartilhamos essas informações ao setor através da nossa revista. Como empresário, sei como é a correria do dia a dia. Nem sempre é possível ver tudo, checar tudo. Mas agora, diante de uma situação estabelecida, que tal focar atenção não apenas nesta como nas demais despesas da produção? Nossa intenção é ajudá-lo, dando, literalmente, uma luz que contribua para um resultado prático na sua loja.

FORTE ABRAÇO,

Depto. comercial 41 3254.8775 | 3352.5177 IMPRESSÃO Gráfica Ajir Endereço SIPCEP Rua Newton França Bittencourt, 87 • Ahú Curitiba | Paraná | CEP 82200-270 Fone: 41 3254.8775 www.sipcep.org.br sipcep@sipcep.org.br

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Vilson Felipe Borgmann Presidente do Sipcep

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EDIÇÃO NÚMERO 15 | maio DE 2015

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

CONJUNTURA

06 28

A TRADIÇÃO DO PANI DE ALTAMURA

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OS FOOD TRUCKS CHEGARAM

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ÍNDICES DA PANIFICAÇÃO

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SAÚDE : CUIDADO COM O RONCO

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CIDA LOPES: A NOVA GERENTE DA FIEP

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FIEP ACATA INDICAÇÃO DE PANIFICADOR PARA MEDALHA DO MÉRITO INDUSTRIAL

50

A SUPER FESTA QUE MARCOU O BOLO DE CURITIBA

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CORRENDO ATRÁS DO PREJUÍZO COM A CONTA NAS ALTURAS, VALE A PENA O ESFORÇO PARA REDUZIR O CONSUMO DA ENERGIA ELÉTRICA. VEJA O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS! O empresário pequeno, mé-

da produção (a primeira é a folha

dio ou grande do setor de pa-

de pagamento, seguida dos im-

nificação vem tomando sustos

postos).

cada vez maiores quando abre

Mas somente reclamar não vai ajudar ninguém a driblar a dura realidade que afeta não só o comércio, como a indústria e toda a sociedade, em uma conjuntura econômica de crise estabelecida.

a fatura da conta de energia elétrica da sua loja. A título de exemplo, padarias que pagavam em torno de R$ 5 mil mensais, viram sua conta subir para algo em torno de R$ 8 mil. São os reflexos de aumentos sistemáticos que chegam a 60% no último ano, sendo um baque de 38,9% somente em março de 2015. Ajustar o preço dos produtos é uma consequência direta do aumento desta que é a terceira despesa na planilha de custos

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Utilização incorreta dos refrigeradores, além de sua capacidade, armazena-

Refrigeração:

mento de produtos com diferentes temperaturas, falta de manutenção preventiva, regulagem do termostato fora da faixa de temperatura - que implica em funcionamento contínuo do equipamento - forração em prateleiras, instalação de refrigeradores próximos a locais quentes ou com radiação solar.

Tipo de iluminação indevida ou inadequada para determinados ambientes,

Então, o melhor agora é economizar. E para ajudá-lo nesta tarefa, ouvimos quem entende do assunto. Os consultores da FIEP, Carlos Fiúza e Edson Bueno, responsáveis pelo projeto Eficiência Energética, em curso no SIPCEP, nos concedeu uma entrevista que pode ajudar a reduzir os gastos, e não apenas em tempos de crise.

COM A PALAVRA OS ESPECIALISTAS CARLOS FIUZA é engº eletricista formado e pós graduando em Gestão de Energia pela Universidade Positivo (UP). Pelo SENAI realiza consultoria em eficiência energética em sistemas elétricos, implanta sistema de gestão de energias, entre outros serviços na área.

PARA COMEÇAR IDENTIFIQUE O DESPERDÍCIO

EDSON BUENO é especialista em Engenharia em Gestão de Projetos e mestre em Engenharia de Produção e Sistemas pela PUCPR. É consultor do SENAI em Eficiência Energética em processos produtivos e energias renováveis.

Iluminação:

com utilização de muitas lâmpadas no mesmo local, o que ocasiona alta intensidade de iluminação ou poucas lâmpadas com baixa intensidade de iluminação onde é necessário.

Uso de fornos com capacidades maiores do que o necessário, abertura ex-

Aquecimento:

cessiva da porta do forno, o que aumenta o consumo de energia para manter a temperatura interna, má programação da produção deixando de aproveitar o aquecimento do forno para realização de outros produtos.

Trocar o profissional da assistência técnica por profissionais sem qualificação necessária para realização dos serviços de manutenção e que, muitas vezes, não

GERAL:

são as manutenções preventivas mas sim corretivas, com um custo muito maior. O “achismo”, onde alguns acham que o maior consumo ocorre em determinado local ou equipamento, mas não faz nenhum estudo técnico sobre isto, o que acarreta ações equivocadas e gastos desnecessários. Instalações inadequadas também induzem a gastos que podem ser evitados, já que existem panificadoras que foram instaladas em uma antiga residência, ou uma antiga loja de roupas, por exemplo, sem que tenha havido um projeto de adequação elétrica, o que acarreta riscos de acidentes como curto circuito e perda de energia.

O SIPCEP integra uma representação da ABIP que questiona os governos e autoridades relacionadas sobre o alto custo do fornecimento da energia elétrica para o setor. Apesar de não haver expectativas de retorno neste sentido, as entidades fizeram questão de marcar suas posições sobre o assunto. Como o índice não será alterado, o caminho para padarias e confeitarias é investir na redução do consumo. Dez panificadoras associadas ao Sipcep estão participando do projeto de Eficiência Energética, desenvolvido em parceria com o Senai Paraná. Após um diagnóstico de consumo nas empresas, os consultores geram sugestões para um uso mais eficiente da energia. A estimativa é de uma redução que pode chegar a 30% do custo mensal.

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ENTREVISTA EDSON BUENO E CARLOS FIÚZA

DICA DE ECONOMIA

O panificador está enfrentando hoje um alto custo na conta de energia elétrica. É possível reduzir e driblar os aumentos?

EQUIPAMENTO NOVOS

FAÇA AS CONTAS E VEJA SE VALE A PENA Por que os equipamentos mais antigos consomem mais energia?

Investir em equipamentos novos seria uma boa estratégia de redução? Em quanto tempo esse investimento pode retornar ao empresário, já que comprar máquinas novas demanda em um custo também alto?

Devido à tecnologia existente na época de sua aqui-

empresário deve verificar a viabilidade técnica e fi-

sição em relação aos atuais equipamentos lançados

nanceira, se possui espaço físico, como está a infra-

recentemente, desde 1993 existe o selo Procel de efici-

estrutura elétrica, quanto de energia se economizará

ência energética, o qual incentiva o consumidor a esco-

com a substituição de um determinado equipamen-

lher equipamentos mais modernos e que apresentam

to, o que representa financeiramente esta economia

um melhor desempenho energético (consumindo menos

de energia, se este equipamento novo (e em quanto)

energia para realização da atividade fim). Vale lembrar

aumentará a produção. Em seguida verifica-se em

que um determinado equipamento com selo Procel, com

quanto tempo que esta economia de energia e o au-

classificação A em consumo de energia, fabricado em

mento de produção pagarão pelo investimento, em

2015, possui uma tecnologia mais moderna e possivel-

outras palavras, como há diversas variáveis o tempo

mente mais econômica do que um equipamento classe A

de retorno do investimento não é o mesmo de empre-

fabricado em 1994, devido à tecnologia existente à época.

sa para empresa.

Não somente o panificador mas a sociedade em geral está sentindo o impacto destes recentes aumentos, e algumas ações já estão sendo tomadas pelas empresas que querem se manter competitivas, como mudança cultural no consumo de energia elétrica, realização de diagnóstico energético de suas instalações, em busca de onde está havendo maior consumo, de modo a ter ações mais assertivas

FAÇA UMA LISTA DO QUE PRECISA NO REFRIGERADOR E RETIRE TODOS OS INGREDIENTES DE UMA SÓ VEZ

em economia de energia, identificar e quantificar o custo da energia por tipo de máquina e produto produzido.

Que tipo de orientação deve ser dada aos funcionários, como mobilizá-los na causa da redução? O empresário deve sensibilizar os funcionários quanto ao impacto do uso inadequado da energia elétrica, gás natural ou liquefeito de petróleo, planejar melhor a produção aproveitando a abertura do refrigerador para retirar os ingredientes. O forno aquecido pode ser usado para produzir outro produto com temperatura semelhante ou superior ao produto anterior. Apagar as luzes nos lugares onde não são necessárias e colar cartazes com orientação clara. Seus funcionários devem conhecer bem o funcionamento de cada equipamento a fim de identificar e comunicar qualquer anormalidade.

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Antes de se pensar em trocar de equipamentos o

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TROCAR LÂMPADAS: EXCELENTE MEDIDA PARA ECONOMIZAR

ECONOMIZAR ENERGIA VALE PARA TODOS?

Trocar as lâmpadas pode impactar na redução do consumo? Qual o percentual?

Com certeza. Com esses aumentos recentes nas faturas de energia elétrica o governo e as concessionárias de energia estão fazendo diversas campanhas de conscientização no uso de energias como água e eletricidade, e muitos dos exemplos aplicados é possível perceber que as pessoas já estão mudando suas atitudes e já está aparecendo os resultados em suas faturas de energia elétrica e de saneamento.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA RESULTADOS PRÁTICOS A iluminação é terceiro maior consumidor de energia elétrica nas padarias, correspondendo a 10% dos gastos da fatura de energia elétrica. A substituição da iluminação poderá impactar na redução do consumo, pois hoje há tecnologias mais eficientes que proporcionam economia com a lâmpada fluorescente e lâmpada LED. Vale lembrar que a tecnologia LED ainda tem um valor para aquisição mais elevado, por isso é importante é verificar em quanto tempo esta substituição de

Falando do projeto Eficiência Energética que está sendo implantado no setor pelo SIPCEP. O Sr. tem experiências em outro ramo da indústria, poderia dar um exemplo dos resultados?

lâmpadas irá pagar o investimento. Vou dar três exemplos: Os presidentes da Itaipu Bina-

COPEL E ITAIPU NÃO CONVENCE EMPRESÁRIOS 10

outras

lideranças

empresariais

Uma delas foi uma unidade do SENAI, onde foi realizado a analise tarifária, obtendo como resultado uma economia de 45%, cerca de R$27.000,00/ ano.

cional, Jorge Samek, e da Copel

presentes: “Eles tentaram justifi-

Distribuição, Vlademir Daleffe, par-

car as altas da energia mas as ex-

Outra foi numa empresa de transformação, a qual trabalha com termoformagem

ticiparam em março, na FIEP, de

plicações são vagas e não apontam

de plásticos, onde foi realizado o diagnóstico energético de duas termoformadoras,

um debate sobre os impactos dos

para uma solução. Ao contrário,

com diversas medições elétricas e chegando ao final do relatório a indicação de me-

recentes aumentos na tarifa de

sinaliza-se para novos reajustes

lhorias que dariam uma economia de 9,7% para uma máquina e de 12,2% na outra.

energia elétrica no setor industrial.

este ano. E isso só complica ainda

Presente ao evento, o presidente do

mais a situação das indústrias e do

SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann,

nosso setor de padaria e confeita-

saiu com a mesma impressão de

ria” - avaliou Borgmann.

Atualmente estamos realizando um trabalho de eficiência energética nas panificadoras e confeitarias juntamente com o Sindicado da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná SIPCEP.

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R E S E U Q M E T PER HERÓI SU

A DA A SU O T R A STR S QUE MO M CUSTO E S T O O T Ã L ICAÇ OS A ENTAR A PANIF R D F UA MAS N IO D E R R Á A Á S R E É PA ÃO O EMPR ENCIAL A MISS . R OR E A L G E IA T N MAS, P NC R IE ê L O T F C E E R P R M RDE COM NTOS E EM PE E S IM O EDIDAS T Ã M S Ç E S U V A D IN D O A AR DA PR OS É UM . SEGUR T L S E A ÍV G R. S POS FUNDA LE DOS A O R M T NÃO IM E S N E CO PESTAD , E TER M O E L T P M A AR EXE RAVESS T A A R PA

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DÓLAR: ALTA DE 24% ESTE ANO

ICMS: DE 12% PARA 18%

ENERGIA ELÉTRICA: + 38,9%

Não é novidade que o Brasil produz apenas metade do trigo usado para produzir os principais produtos da padaria como pão, biscoitos etc. Com a matéria prima cotada em dólar, os

Com problemas de caixa o gover-

moinhos repassam o aumento para

no do Estado reajustou em abril a

O terceiro item de planilha de cus-

as panificadoras que são obrigadas

alíquota do ICMS de 12% para 18%,

tos de produção da padaria teve alta

a reajustar seus preços, com risco

o que impacta diretamente no preço

de quase 40% este ano. Isso depois de

de ver o consumo diminuir. E não é

ao consumidor sobre milhares de pro-

amargar reajustes já em 2014. Algu-

só a farinha de trigo. Ingredientes

dutos. Na panificação não é diferente.

mas lojas de pequeno e médio portes

como margarina, açúcar, chocolate

Os impostos são o segundo item da

viram suas contas saltarem de R$ 5

e outras também subiram de forma

planilha e comprometem o valor final

mil, em média, para R$ 8 mil em um

vertiginosa nos últimos meses.

do seu produto.

único mês.

“TAMBEM SOU EMPRESáRIO E SINTO NA PELE TODOS OS IMPACTOS. MAS VAMOS EVITAR QUE O CLIENTE TENHA O MESMO SUSTO NA HORA DE COMPRAR O PãO. SE GARANTIRMOS O CONSUMO ESTAREMOS TENDO UMA AÇÃO PRó-ATIVA PARA VENCER A CRISE”. A RECOMENDAÇÃO É DO PRESIDENTE DO SIPCEP, VILSON FELIPE BORGMANN. ELE TAMVÉM REFORÇA QUE O PANIFICADOR DEVE TER EM MENTE A MANUTENÇAO DA SUA MÉDIA DE CONSUMO E, POR ISSO, É PRECISO CAUTELA E BOM SENSO NA HORA DE REAJUSTAR PREÇOS.

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PANIFICAÇÃO FECHA 2014 COM 8,02% DE CRESCIMENTO

O faturamento do setor de panifi-

ele, o resultado está associado ao

Para favorecer o desenvolvimento

cação teve um crescimento de 8,02%

custo de produção, que aumentou

do setor de panificação, o presiden-

em 2014, na comparação com o ano

de forma significativa, aliada as di-

te da Abip, José Batista de Oliveira,

anterior, com um volume arrecada-

ficuldades com mão de obra, com a

defende a aceleração do projeto de

do de R$ 82,5 bilhões. O índice de

alta rotatividade e a necessidade de

lei que desonera os produtos pani-

expansão ficou abaixo de 10% pelo

treinamento.

ficados. A matéria está em trâmite

segundo ano consecutivo, segundo

Também para a Abip, a desacele-

na Câmara Federal. “A decorrente

levantamento divulgado pela ABIP

ração dos resultados do setor está

redução dos custos dos produtos

no início de março/13. ‘’ Sentimos a

relacionada com a alta de custos

panificados não apenas terá impacto

retração nas padarias e a queda no

da panificação, incluindo o aumento

positivo direto sobre a atividade, es-

faturamento. Foi um resultado posi-

de preços de produtos adquiridos no

timulando investimentos em novos

tivo, mas já sabíamos que ele seria

atacado (reajuste de 8,71%), salário

empreendimentos, modernizações e

menor do que em anos anteriores”,

médio dos trabalhadores (18,2%),

ampliações, como tornará esse no-

avalia o presidente do Sipcep, Vilson

preço das embalagens (13,3%) e

bre produto ainda mais acessível à

Felipe Borgmann. Ainda segundo

energia elétrica (14,8%).

população”, comenta.

O setor em números Em 2014, o setor de panificação se estabeleceu com 63,2 mil empresas, que registraram a movimentação de 41,5 milhões de clientes por dia. O número de empregos diretos chega a 850 mil - com um aumento de 5,7% no ano passado -, além dos 1,85 milhão de postos de trabalhos indiretos. O salário médio pago pela indústria da panificação cresceu 44,2% entre 2010 e 2014.

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Expectativa para o trigo

DÓLAR ALTO PODE AJUDAR PRODUTO NACIONAL

EM TEMPOS DE TRIGO CARO POR CAUSA DA ALTA DO DÓLAR, UMA NOTÍCIA BOA: O PARANÁ, PRINCIPAL PRODUTOR DO TRIGO BRASILEIRO, PODERÁ COLHER UMA SAFRA RECORDE EM 2015. TUDO VAI DEPENDER DO CLIMA, AFIRMAM OS ESPECIALISTAS. ISSO PODE AJUDAR A BAIXAR O VALOR DO PRODUTO IMPORTADO. Se o clima ajudar, o Paraná deve superar a excelente performance de 2014, quando teve a maior colheita de sua história. “Se a projeção for confirmada, teremos potencial de superar os 3,8 milhões de toneladas de 2014 e chegarmos a um recorde de 4,1 milhões (de toneladas)”, afirmou o especialista em trigo do Deral - Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado do Paraná (Seab), Carlos Hugo Godinho, em entrevista a sites de economia.

ço recebido pela saca de trigo declinou 26 por cento no Paraná, atingindo em fevereiro deste ano 30,66 reais por saca. Esse valor está abaixo dos 33,45 reais por saca estabelecido pelo governo para o preço mínimo no Paraná.

Nestes últimos 12 meses, o pre-

“A alta do dólar pode de certa

No entanto, há alguns fatores que podem incentivar o plantio, como uma oferta menor após o Rio Grande do Sul ter tido uma quebra de safra em 2014. Além disso, o câmbio não está favorecendo importações.

forma ajudar. O moinho vai ficar com o preço muito alto para comprar de fora, pode ser que o produtor tenha essa visão (para plantar trigo)”, afirmou Godinho à Reuters nesta terça-feira. O Brasil costuma importar cerca de 50 por cento de sua demanda de trigo e uma safra maior do Paraná pode trazer algum alívio para as importações brasileiras. Uma produção de cerca de 4 milhões de toneladas, conforme apontou o Deral, representa cerca de um terço do consumo anual de trigo do Brasil

A forte valorização do dólar frente ao real – alta de 13% em março e de 22% no acumulado de 2015 – pode auxiliar na comercialização do trigo nacional frente às importações da commodity de países vizinhos como Argentina, Paraguai e Uruguai, além dos Estados Unidos e Canadá. De acordo com o levantamento semanal do Centro de Estudos Avançados em Econo-

mia Aplicada (Cepea), os moinhos voltaram a repor estoque e têm dado preferência ao cereal nacional. Com a constante valorização da moeda norte-americana, o trigo importado está cada mais caro para os compradores brasileiros. Já para o triticultor paranaense, o momento é excelente para negociar os estoques. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Se-

cretaria da Agricultura do Estado do Paraná (Seab) estima que atualmente o estoque de trigo deve girar em torno de 900 mil toneladas, sendo que 2,9 milhões de toneladas já foram comercializadas. No ano passado, no mesmo período, eram apenas 100 mil toneladas estocadas para um volume vendido de 1,7 milhão de toneladas.

A MATEMÁTICA DA IMPORTAÇÃO O consumo brasileiro de trigo gira em torno de 12 milhões de toneladas por ano e o país produz em torno de 7 milhões de toneladas. sendo inevitável a importação. Muitas vezes, os compradores também optam pelo trigo internacional porque problemas climáticos como chuvas e geadas reduzem a qualidade do produto brasileiro. Entretanto, a safra recorde de 2013/14 – de 3,79 milhões de toneladas no Estado – está convidativa aos moinhos. O alto volume estocado com potencial de venda pode fazer com que os preços ganhem fôlego a partir de agora.

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​ estre boulanger M Javier Vara defende processo artesanal do pão

Em visita à sede do SIPCEP, no último dia 10 de março/15, o mestre boulanger espanhol, Javier Vara, defendeu uma fabricação mais artesanal para o pão, na contramão do que vem acontecendo hoje, com o uso de pré-misturas e congelamento. Javier, que esteve em Curitiba para ministrar cursos de pâtisserie e viennoiserie, foi recebido pelo presidente do Sindicato, Vilson Felipe Borgmann, que falou ao espanhol sobre projeto futuros na área de capacitação. “A pré-mistura hoje é usada para resolver a falta da mão de obra qualificada. Se tivermos gente capacitada teremos condições de receitas com maior identidade. Esse processo pode existir porque facilita a produção, mas também pode ser uma receita de cada padaria e com isso gerar um produto com originalidade” - disse.

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Javier Vara relatou a Borgmann sua experiência, que soma 35 anos atuando na área de panificação. Ele vem de uma família de padeiros, em uma tradição que começou em 1810. Hoje ele é consultor e ministra palestras em vários países da Europa e no Brasil. De acordo com Javier, o pão brasileiro ainda tem uma qualidade baixa. Entre os motivos apontados por ele estão a falta de conhecimento da “ciência” do pão. “Somos alquimistas. E como tais temos que estudar biologia (fungos e bactérias), conhecer os diversos tipos de trigo e o processo de moagem. Pão é ciência” - diz ele, que defende também que o conhecimento do ofício deve começar pelo dono da padaria. Já o presidente do Sindicato expôs a Javier Vara a necessidade de uma campanha que valorize mais a profissão de padeiro. “Precisamos dignificar essa profissão como foi

feito com os cozinheiros, que hoje passaram a ser chamados de “chefs de cozinha”e com isso foram valorizados. Costumo dizer que precisamos dar “glamour” à esta profissão para que ela tenha seu valor reconhecido. GLÚTEN - Questionado sobre a campanha atual contra o glúten no pão, ele disse que está mesma “onda” passou pelos Estados Unidos e Europa há alguns anos, mas não se sustentou. “Já vimos crianças morrerem na África por não terem o pão para comer. Ninguém morre por falta de filé mignon, mas por falta de pão, sim. Então não faz sentido as campanhas difamatórias de que o pão engorda. Estamos falando de um alimento que acompanha a humanidade desde sempre. O que engorda é o que colocamos no meio do pão e isso deve estar no controle de cada um. O pão deve ser defendido com sangue” - disparou.​

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O MESTRE

RESPONDE

ELDON STREY, MESTRE EM PANIFICAÇÃO À FRENTE DO CENTRO

Boulangerie e Pâtisserie O que esse nomes sofisticados significam mesmo?

TÉCNICO DO MOINHO ANACONDA, E RESPONSÁVEL POR ESTA COLUNA, PUBLICA NESTA EDIÇÃO A OITAVA FICHA TÉCNICA DE PRODUTOS EM PANIFICAÇÃO.

PASTEL DE NATA INTEGRAL

FICHA TÉCNICA PRODUTO: PASTEL DE NATA INTEGRAL SETOR: Padaria TEMPO DE PREPARO: 2 horas TEMPO DE COCÇÃO: 20 MINUTOS TEMPERATURA DO FORNO: 180ºc

INGREDIENTES

QTDE (gr)

FARINHA INTEGRAL ANACONA FARINHA TIPO 01 ANACONDA SAL NATA MARGARINA

600 600 20 800 400

MODO DE PREPARO Quem não gosta de pastel, vendido na feira, na padaria ou feito em casa mesmo? Versátil, ele pode ter o recheio com o gosto do freguês, em uma infinidade de sabores. O que pouca gente sabe é que o pastel como conhecemos no Brasil, foi difundido na década de 1940, por meio de imigrantes japoneses que levaram a receita para São Paulo e logo se tornou muito popular, espalhando-se para o resto do país. Feito na forma de envelope, o pastel tem massa à base de farinha e é frito em óleo fervente e abundante. Nesta receita, o mestre Eldon Strey apresenta a novidade do pastel de farinha integral e nata, E O MELHOR DE TUDO, ASSADO!

1º Separar os ingredientes; 2º Colocar em uma bacia;

Os dois nomes fazem parte da gastronomia francesa. A pâtisserie é uma espécie de padaria especializada em bolos e doces. Na França, para se ter esse nome, é necessário que exista um profissional licenciado chamado de mâitre pâtissier, que passou por um longo período de treinamento e provas para conseguir esse mérito. Já a boulangerie é um lugar especializado em produzir pães, dos mais variados tipos e sabores. Apesar de terem nomes e funções diferentes, a pâtisserie e a boulangerie andam sempre juntas, produzindo, criando e, algumas vezes, inovando essas delícias que vêm sendo cada vez mais apreciadas pelo paladar brasileiro. O Centro Europeu, aqui do Paraná, possui qualificação tanto para a pâtisserie quanto para a boulangerie, com método inovador, cozinha didática específica para o curso e formato em sintonia com as melhores escolas da Europa.

3º Misturar até formar uma massa; 4º Abrir com o auxilio de um rolo; 5º Cortar no tamanho desejado ; 6º Rechear a gosto e fechar; 7º Pincelar com ovos; 8º Assar por 20 minutos aproximadamente.

Ainda aqui no Brasil está em atividade, desde 2013, o Institut National de la Boulangerie-Pâtisserie , que oferece cursos e treinamentos na área com professores franceses e brasileiros. O INBP também planeja trazer ao Brasil outros três tipos de formação já consagrados em solo francês – onde é responsável pela formação de mais de oito mil alunos por ano: a Certificação de Aptidão Profissional (CAP), considerado o primeiro nível; o Brevet Professional (BP), que é o segundo nível; e o Brevet de Maîtrise (BM), que corresponde ao mestrado na área.

cONFIRA.

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UMA BOMBA CAMPEÃ DE VENDAS. POR QUE SERÁ? Toda confeitaria e padaria tem bomba, aquele doce feito com massa e chocolate certo? Mas em quantas delas a bomba é campeã de vendas? Em A Familiar ela é o carro-chefe, com nada menos que 12% dos pedidos. Basta ver o doce para entender. Uma massa caprichada recoberta de chocolate derretido de alta qualidade.

SEM ECONOMIA DO MELHOR INGREDIenTE: A MANTEIGA Os sócios Manuel, D. Elza e Débora Limeres. À direita a torta fondant, marca registrada da casa.

A CHIQUE E EXCLUSIVA CONFEITARIA A FAMILIAR A arrojada arquitetura do prédio da Confeitaria A Familiar já impressiona. Mas é no interior da loja que estão as melhores surpresas: doces finos, feitos com receitas exclusivas e uma qualidade digna das melhores pâtisseries da Europa. Instalada no bairro Juvevê, A Familiar foi fundada pelo jovem Ramon Garcia, um carpinteiro que chegou ao Brasil em 1953, vindo da Galícia, Espanha, no pós-guerra. Em Curitiba, empregou-se na Confeitaria das Famílias, a mais antiga da cidade, e ao longo de quase 30 anos aprendeu os segredos dos doces finos. Quando se aposentou, Ramon abriu o próprio negócio. Para ajudá-lo, a mulher, Elza, e os filhos, entre os quais Manuel, hoje um dos donos da bem suce-

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dida Confeitaria A Familiar. “Começamos pequenos, com um imóvel alugado. Depois de 15 anos conseguimos construir e hoje podemos dizer que somos únicos no que fazemos” - orgulha-se Manuel.

As receitas de A Familiar são exclusivas e por isso mesmo guardadas a sete chaves. Mas os proprietários tem uma dica para os concorrentes. A matéria prima da massa folhada e dos outros doces é a manteiga de boa qualidade. “Não usamos margarina nem outras gorduras mais baratas. Trabalhamos somente com a manteiga” - revela a sócia Débora Rodriguez Limerez. Cerca de 70% das receitas são próprias e tradicionais, sem o uso de pré-misturas, coberturas ou recheios prontos. “Poderia ser mais fácil mas não abrimos mão da qualidade” - indicam os sócios.

O negócio vai muito bem, gargalo apenas na mão de obra qualificada.“Temos um projeto engavetado de oferecer a linha diet e um espaço para casa de chá. Mas a falta de funcionários impede a expansão” - lamenta o empresário. Ele conta que já recebeu inúmeros convites para abrir filiais em shoppings mas recusou. A ideia é manter a confeitaria exatamente com o mesmo perfil, de exclusividade. E dá certo. “As vezes recebemos pedidos para levar doces para viagem em outros países onde vivem familiares que conhecem nossos produtos”-conta a filha de Manuel e uma das sócias, Débora Rodriguez Limeres.

A massa folhada começa a ser feita as 6 horas da manhã. Até que fique pronta são 3 horas e meia de dedicada preparação.

Café, chás, cappuccino ou um chocolate quente que acompanha uma fatia de torta, um salgado, ou as roscas espanholas. Receita da casa, o chocolate quente (que leva dois tipos de chocolate), recebeu da Veja Curitiba o título de melhor da cidade em 2012.

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DOCES BASTIDORES

RECEITAS COM MAIS DE 70 ANOS

A LINHA DE PRODUTOS SOMA 32 tipos de DOCES DURANTE A SEMANA E 50 DOCES NO FINAL DE SEMANA, QUANDO CADA ESPAÇO DA CONFEITARIA É DISPUTADo PELOS CLIENTES. CONFIRA ALGUMAS DELÍCIAS.

A nutricionista Débora Rodriguez Limeres, uma das sócias da confeitaria e a boneca espanhola que lembra as origens: “A maior parte das receitas é exclusiva. Aquilo que chega de novo é testado por cerca de um mês até vir para a venda”.

Simone Limeres Silva e Sirlei Rodriguez, sócias do negócio.

TORTA DE FONDANT: Discos de pão de ló recheados com côco, ameixa preta, doce de leite e damasco. Exclusividade A Familiar, tem versões grande e individual

MIL FOLHAS com recheio de creme

A espanhola dona Elza Limeres. Ao 82 anos comanda, cheia de vitalidade, o caixa do negócio que ajudou o marido Ramon a construir.

A ex-atendente de balcão Terezinha Andrini comanda hoje uma equipe de 11 atendentes. Terezinha entrou com 15 anos, o primeiro emprego e fez carreira. “Já temos um padrão de atendimento que procuramos passar para o atendente. A carga de experiência em 21 anos de casa faz diferença” - diz ela.

A salgadeira Maria Lachovicz, duas décadas de casa:“Já me acostumei com a exigência da qualidade”.

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ROSCA ESPANHOLA: Delícia a base de trigo, ovos e açúcar

MADRILENO: Massa folhada recheada com doce de leite, segunda mais vendida na A Familiar

receita exclusiva de quindim: o diferencial é que o doce é assado em forminha de porcelana

COXINHA: Recheio com puro peito de frango

NHÁ BENTA: RECEITA DE AVÓ

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COLUNA justiça

Esta coluna se propõe a responder dúvidas relacionadas ao Direito do Trabalho que você, panificador, pode eventualmente ter na relação com os seus colaboradores. Envie sua pergunta para o e mail sipcep@sipcep.org.br e confira as respostas na próxima edição. As dúvidas são esclarecidas pelos advogados do Sipcep (*).

qual sua dúvida?

Sou dono de uma padaria de médio porte e estou sempre contratando para todas as funções da padaria. Quais as regras básicas do contrato de experiência? Posso prorrogÁ-lo, em quais condições? * Colaboração do escritório Agustini/Arraes & Carboni Advogados Associados.

Conforme o próprio nome denuncia, o contrato de experiência tem por finalidade permitir ao empregador a análise do desempenho do trabalhador e sua adaptação ao trabalho ao passo que, por outro lado, também permite ao trabalhador avaliar se aquelas condições são condizentes às suas expectativas. Uma vez alcançado o prazo previsto para o término, se uma das partes não desejar manter o contrato de trabalho, a relação de emprego se encerra ali e sem maiores ônus para quaisquer das partes. O contrato de experiência é um contrato por prazo determinado, porém não pode ser superior a noventa dias. Se estipulado por um prazo menor, ele pode ser prorrogado por uma vez, mas desde que a soma dos dois períodos não ultrapasse o limite de noventa dias. Os dois períodos não precisam ter o mesmo número de dias. Os dias podem ser livremente estipulados pelo empregador, não existindo um tempo mínimo, contudo, recomenda-se que seja de ao menos quinze dias. Fica invalidado o contrato de experiência: a) se for estipulado por prazo superior a noventa dias; b) se for prorrogado por mais de uma vez; ou c) quando o empregado for contratado novamente em regime de experiência, na mesma função, dentro de um período de seis meses. Nestes casos, o contrato será considerado por prazo indeterminado (cuja rescisão, por parte do empregador, demanda o pagamento de aviso prévio e a multa do FGTS). Se ultrapassado o prazo da experiência e o trabalhador continuar trabalhando, presume-se que o contrato se tornou por prazo indeterminado. Ao término normal do contrato de experiência, salvo disposição em contrário, o empregador pagará o saldo de salário, décimo terceiro e férias proporcionais. Se houver rescisão antecipada, o empregador pagará ao empregado metade do que ele receberia até o fim previsto para o contrato. Se o empregado rescindir antecipadamente, o empregador poderá descontar os prejuízos que do fato resultarem, limitados ao valor que o empregado receberia na hipótese de rescisão antecipada pelo empregador.

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pães do mundo

PANE Di ALTAMURA Não é novidade que a Itália tem bons vinhos, excelentes azeites e uma rica tradição gastronômica que inclui o fabrico artesanal de pão. No centro-sul do país, na pequena cidade de Altamura (região da Apúlia ou Puglia, que tem com capital a cidade de Bari), temos o Pane di Altamura, obtido a partir da utilização de cereais, provindos

de variedade de trigo duro. Sua tradição mereceu, em 2003, a Denominação de Origem Protegida (DOP), o que significa que somente em Altamura se encontra esse pão. No restante do mundo (incluindo a própria Itália), o que se acha é pão “tipo” Altamura. Cozidos em fornos de lenha tradicional e pedra, o pão Altamura se

PRODUTO ARTESANAL E COM TRADIÇÃO SECULAR

destaca pelo aroma e sabor acentuados. É preparado com farinha de trigo duro, sal, fermento natural e malte. Depois da fermentação, a massa deve ser trabalhada de novo antes de assada. Com crosta dura e miolo macio, possui duas formas, sendo a mais conhecida a localmente batizada de um pai cappidde de prevete (chapéu de sacerdote).

O segredo dos pães típicos italianos é a biodiversidade das leveduras naturais utilizadas para a sua produção. É o que mostra um estudo coordenado por Marco Gobbetti da Universidade de Bari (Itália), publicado por Applied and Environmental Microbiology. “O pão pode ser feito com fermento químico (em pó), fermento natural ou levedura de cerveja - explica Gobbetti. Analisamos 19 pães típicos italianos, para verificar quais

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Para a maioria dos italianos, o pão não representa apenas um alimento básico: ele traduz a expressão gastronômica de tradições regionais seculares e deve ser apreciado como um produto artesanal sem a homologação industrial. Como em muitos países da Europa, eles consomem pão em quantidade muito maior que nós, brasileiros. Uma refeição típica – apesar de ser em geral massa – inclui o pão como complemento.

pane casareccio, que sig-

O pão italiano conhecido no Brasil, de casca crocante e escura e miolo compacto e poroso, é o

(D.O.P), um certificado que

nifica pão caseiro. Apesar de encontrado em todas as regiões, a sua antiga origem é Genzano, cidade da província de Roma. Mas é apenas um dos produtos italianos: no país existem mais de 300 variedades. Segundo o Instituto de pesquisas Istat, aumenta a cada ano a demanda pelos pães típicos tradicionais de cada região. Muitos possuem o reconhecimento oficial como Denominação de Origem Protegida comporta o selo de garantia de que o produto é tipicamente regional.

e quantos tipos de microorganismos continham seus levedos”. “É justamente essa biodiversidade que confere ao pão suas características principais, do sabor à textura e durabilidade, enquanto os pães feitos com fermento químico ou levedura de cerveja não conseguem alcançar tais níveis de complexidade. Nenhum pão típico pode ser feito sem fermento natural”, explica Gobbetti.

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receita

receita

DOCE E DELICIOSA A CUCA VAI TE PEGAR! Se você chegar em uma padaria do Norte/ Nordeste do Brasil (até mesmo no Sudeste) não vai encontrar cuca com a mesma facilidade das padarias gaúchas, catarinenses e paranaenses. Para quem mora no Sul do país esse doce tem cheiro da casa da vó, do fogão a lenha em dias muito frios, reconfortante e gostoso. Na pequena cidade de Santa Cruz do Sul a cuca é tão importante que, além de ser reverenciada no calendário oficial com a Festa das Cucas, nos mês de julho, seus moradores querem criar um selo de origem como foi feito com os doces de Pelotas. Lá a preferida é a Streuselkucuchen, que leva apenas uma farofinha doce por cima. Mas há também as clássicas de maça, framboesa e ameixa.

NÃO É A TOA QUE A CUCA É UM DOCE MUITO APRECIADO NAS PADARIAS DO SUL DO PAÍS, PARA ONDE VIERAM IMIGRANTES EUROPEUS. A KUCHE, COMO É CHAMADA EM ALEMÃO, FOI PASSANDO POR GERAÇÃO EM GERAÇÃO E GANHANDO PERSONALIDADE BRASILEIRA, COMO A QUE É FEITA COM BANANA. MAS O DOCE COnservOU DETALHES COMO A FAROFINHA CROCANTE FEITA DE MANTEIGA, SUA MARCA REGISTRADA 30

Há quem diga que uma doceira alemã não é capaz de reconhecer a cuca brasileira como sendo a mesma produzida por ela. E isso basicamente em função das frutas que são usadas aqui e não tem na Alemanha. Mas quem se importa? Nós temos a “nossa” cuca, deliciosa. E para provar, que tem fazer uma em casa? Escolhemos de propósito a que leva a mais brasileira das frutas: a banana.

PÃO OU BOLO? E afinal a cuca é pão ou bolo? Bolo leva fermento químico e a cuca é feita com fermento biológico, como um pão. Então, é um pão molhadinho, bem rico e recheado – dizem os especialistas.

massa ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪

2 xícaras de trigo 1 xícara de maisena 2 xícaras de açúcar 1 xícara de leite 100g de manteiga ou margarina 1 colher (sopa) de fermento 4 ovos 2 bananas 2 colheres de conhaque

farofa 1/2 xícara de farinha ▪ 1/3 xícara de açúcar ▪ 1 colher (sopa) de margarina ou manteiga ▪

preparo Bata as claras em neve e bata as gemas com açúcar até fazer uma gemada. Misture a manteiga e continue batendo, coloque leite, maisena e farinha de trigo (sempre peneirado), por último o fermento. Reserve.

Bananas flambadas Coloque 4 fatias de banana em uma frigideira quente com 6 colheres de açúcar, mexendo até fazer um caramelo. Coloque duas colheres de conhaque e coloque fogo. Coloque a massa na assadeira e jogue a banana por cima. Depois, coloque a farofa. DICA: cuidado para não por muita manteiga na farofa, pois ela pode afundar na massa do cuque de padaria. Leve o cuque de padaria ao forno e deixe por 40 minutos.

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saúde

CUIDADO COM O RONCO!

FATORES

como diagno stica

da com obesidade. Ela ocorre por

Existe a apneia central, mais rara e causada por uma disfunção do sistema nervoso central, e a obstrutiva, mais comum e relaciona-

de concentração. Irritabilidade, de-

E COM ALTO GRAU DE

pressão, impotência sexual e dor

MORTALIDADE. MAS TEM

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conta de alguns fatores como por

NÃO É SÓ O FATO DE SUA

exemplo a flacidez dos tecidos da

MULHER (OU MARIDO)

garganta, que fecha a via áerea por

RECLAMAR. O RONCO

alguns períodos durante o sono. Com isso a pessoa para de respirar

ALTO E CONSTANTE

por 10 segundos e acorda com uma

PODE SINALIZAR PARA O

sensação de sufocamento. Alguns outros sinais são típicos desse

PROBLEMA DA SÍNDROME

tipo de síndrome, como despertar

DE APNEIA OBSTRUTIVA

frequentemente durante a noite,

DO SONO (SAOS),

boca seca ao acordar, refluxo e sensação de que não dormiu bem,

DESCRITA COMO DOeNÇA

o que leva a sonolência durante o

CRÔNICA, EVOLUTIVA

dia, memória fraca e dificuldade

de cabeça pela manhã também fazem parte do quadro.

TRATAMENTO.

O

neia do ntar ap e s e r p a risco, podem res de s o t a a o f s s s n s pe médis. Algu Todas a criança s pelos o o d m a s c e n té m oença, ser ele sono, a ipo da d tumam t s o o c , m o o c nt uns: acordo ão com no enta e s d s a m ic ia t es var racterís os de cos. El duas ca e 60 an d s o is n a e lo m e ter m s mais mas pe as veze sculino u a d m o o ã x s use al, ser do ue as m em ger q , o s d n e a ç s hom a doen erem idade. O volver se estiv n e o s d e a d t n sos a sa. o aume propen enopau eu risc m s a m s ê ó t p a que mbém lheres, so e ta e p o d acima

Você pode sofrer de Apneia e é perigoso!

Você está entre aquelas pessoas que praticamente não podem dormir ao lado de alguém que já tem que ser cutucado para “virar de lado” porque está roncando? Pois saiba que o problema pode ser um dos tipos de apneia, uma síndrome que já é considerada pela classe médica como um problema de saúde pública, devido a sua alta taxa de mortalidade, além de outras doenças como hipertensão arterial, AVC, infarto do miocárdio, acidentes de trânsito (pela noite mal dormida), entre outros.

C RIS E D

r?

O exam e que de termina polisson a doenç ografia, a é cham q ue cons ado de parâme is t e no regis tros fisio t r o ló de diver gicos du cerebra sos rante o l e musc sono – a u la r, tividade movime ção, teo s ntos ocu r de oxig lares, re ênio, ele s t p r ir o a c ardiogra ronco e ma, regis posição corpora t r o d e l, entre outros.

DE IPOS T TO TRATAMEN

e com qu é fazer o n o s o o uit s pneia d . Em m a s a a r íd a u t r t ra oendesobs ivo de t que a d sejam m O objet s o c ia r z ó a t o ento f respira feína n agrecim as vias as e ca m ic e l o s ó e l c l a ições o simp ebidas ar refe b it r v a e casos, it , v ir .E e dorm ábitos pareça antes d guns h l s ça desa a a r o o ã h s quatro fumar lema. arar de mínimo p e e it r o prob o a n it v à e s para pesada ndados recome

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MÍDIA

QUEIJO MAGRO

QUEDA DE CONSUMO

As consequências da alta do dólar, que repercutem na farinha de trigo e outros produtos de padaria, além dos impactos dos reajustes da energia elétrica, ICMS, combustível e outros foram assuntos amplamente explorados pela mídia em entrevistas concedidas pelo presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, durante o mês de março/15. Em todas as ocasiões Borgmann evitou dar número do reajuste do pão, já que cada panificadora tem uma

Além de serem nutritivos e fonte rica de proteínas,

planilha de custos de produção. Ele reforçou nas reportagens que

cálcio, vitaminas A e D e magnésio, os

os panificadores tenham cautela na hora de reajustar preços para evitar a queda no consumo.

queijos são um alimento coringa, com mil e uma utilidades. Mas cuidado, porque eles também são ricos em gordura saturada e engordam. Os queijos parmesão, suíço, provolone e o prato são os que produzem mais o colesterol ruim. Já os azuis – gorgonzola e roquefort – são os mais engordativos. O ideal é consumir os brancos como o cottage, ricota, o minas frescal e os requeijões light, que são menos calóricos e possuem menos gorduras. Os outros só de vem em quando.

Os doces e biscoitos estão entre os produtos que sofreram redução de consumo em 2014. Este é o resultado de um levantamento da consultoria Kantar Worldpanel, publicada em março/15, que aponta retração no consumo recente da chamada ‘nova classe média’, em comparação com 2013. Outros produtos como alvejantes sem cloro e pós-shampoo também tiveram a compra reduzida. A pesquisa revela também que itens que já faziam parte do carrinho das classes C e D, como os iogurtes especiais, estão sendo substituídos por marcas mais comuns, com maior quantidade. A mudança no comportamento está associada à escalada de preços.

PÃES FUNCIONAIS

MICRO E PEQUENAS O SIPCEP pretende reunir um bom número de empresários do setor para o Encontro das Micro e Pequenas Indústrias do Paraná, evento que acontece dias 13 e 14/05.15, no Campus da Indústria em Curitiba. O evento é fruto de uma parceria entre a FIEP, FACIAP e FAMPEPAR – Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná. O Encontro terá uma dinâmica inovadora,

LEITE I

LEITE Ii

O Paraná está en-

Embora seja o quarto maior produtor

tre os Estados que

mundial de leite, com 34 bilhões de litros

serão

foco

de

um

em 2013, o Brasil ainda tem um consumo

conjunto de ações do Ministério da

muito abaixo do recomendado pela Organiza-

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ção Mundial da Saúde. Estudos indicam que cerca de

para ampliar a produção e consumo do

99% da população brasileira apresenta um consumo de

leite. O programa pretende aumentar a

cálcio – que provém em maioria do leite - de apenas

qualidade e as exportações do produ-

um terço do ideal. Por isso, as ações do Ministério da

to, e capacitar trabalhadores dos cinco

Agricultura também inclui iniciativas para promover o

principais Estados produtores: Goiás,

consumo de leite e derivados, além de ampliar progra-

Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e

mas institucionais do governo federal para compra e

Rio Grande do Sul.

distribuição de leite a famílias carentes.

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podendo ser muito útil para donos de padarias e confeitarias. Para participar basta ligar para o SIPCEP, a inscrição é gratuita!

Excelente a repercussão da reportagem de capa da última edição da Revista Nosso Pão, que abordou os pães funcionais. O chef Carlos Henrique Mancuzo, do Centro Europeu, que concedeu brilhante entrevista sobre o tema, divulgou a revista em sua página no facebook, além de agradecer pessoalmente ao presidente Vilson Felipe Borgmann a oportunidade de falar de um dos assuntos mais importantes da atualidade dentro de tendências na padaria.

REUNIÃO ABIP A ABIP realizou nos dias 8,9 e 10 de abril/15 a Reunião Nacional e a 67ª Convenção Nacional da entidade. Realizado na sede da FIRJAN, no Rio de Janeiro, o encontro debateu temas de importância para o setor, como pesquisas relacionadas ao pão francês e projetos para os empresários, além do 30º CONGREPAN – Congresso Brasileiro da Indústria de Panificação e Confeitaria. Um segundo evento aconteceu em 10 de abril: o 5º Congresso de 5º Congresso de Panificação e Confeitaria, também no Rio de Janeiro.

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LOGÍSTICA REVERSA NO SETOR de ALIMENTAÇÃO

ETAPA IMPLANTAÇÃO O SIPCEP, assim como os demais sindicatos inseridos no setor de alimentação de origem vegetal começam a trabalhar na implantação do Plano de Logística Reversa. O documento final - que possui um levantamento de dados sobre o segmento e as ações que serão colocadas em prática em curto, médio e longo prazos - foi elaborado em 2014 com o auxílio da consultoria do SENAI Paraná. Em 2015, a etapa é colocar o plano em prática. Para isto, foi firmado um novo contrato com o SENAI Paraná para auxiliar na execução, pelo período de 18 meses. “A partir de agora, o plano para o setor de alimentação de origem vegetal vai deslanchar. Firmamos este contrato com o Senai para tirar as ações do papel”, explica o presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann. O acordo foi firmado em março.

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ENTENDA A LOGÍSTICA REVERSA NO BRASIL Nos últimos dez anos a população do Brasil aumentou em 9,65%. No mesmo período, o volume de lixo cresceu mais do que o dobro disso, 21%. Este volume imenso de lixo, no entanto, não é acompanhada de um descarte adequado. Com o objetivo de enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais do manejo de resíduos sólidos, foi criada a Lei nº 12.305/10, que

instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto 7.404/10, cujo instrumento fundamental é o conceito de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Assim, foram criados Acordos Setoriais, que firma com o poder público, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a responsabilidade pelo descarte final do lixo.

O PROCESSO NO PARANÁ No Paraná, o setor de origem vegetal, no qual se insere o SIPCEP, protocolou, em dezembro/14, a entrega do plano na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), sendo aprovado. Um termo de compromisso foi assinado com todas as partes envolvidas. Este foi o primeiro grupo criado entre todos os setores comprometidos com a Logística Reversa no Paraná. O passo seguinte será um amplo debate com presença de industriais, fornece-

dores, receptadores e demais elos da cadeia de alimentação de origem vegetal para definir quais serão os serviços necessários e os custos para reciclar e destinar corretamente os resíduos originados pela Logística Reversa. Após estas etapas, haverá uma maior participação dos industriais do setor, principalmente para atender a meta de educação ambiental, prevista no plano. Estão programados treinamentos com os funcionários das indústrias e da área de comércio das panificadoras, com a divulgação dos conceitos da Logística Reversa.

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VENHA PARTICIPAR DO MAIOR CONGRESSO DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO BRASIL!

O 30º CONGREPAN terá como Tema - Inovação, Qualidade, Congelamento e Rentabilidade: O futuro da panificação. Durante os três dias de evento serão apresentadas tendências do setor, inovações de processos, matérias primas e novas tecnologias. Também serão abordados os novos hábitos do consumidor, que estão cada vez mais exigentes por uma demanda de pães artesanais, pães diferenciados de fermentação longa, e acima de tudo, pães de excelente qualidade. Focada no futuro da panificação, a ABIP construiu uma visão do setor para os próximos dez anos, para isso, se faz necessário debater com os empresários assuntos como a rentabilidade da padaria, o mercado de pães congelados e novos modelos de padarias que irão surgir. Nossa expectativa é que o 30º CONGREPAN possa preparar os empresários do setor para importantes transformações que ocorrerão nos próximos anos.

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JOSÉ BATISTA DE OLIVEIRA PRESIDENTE DA ABIP

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CURSOS SEMI PRÁTICOS - Pães congelados; Confeitaria fina; Pães de fermentação longa, especiais e rústicos; Cozinha Food Service: Pratos criativos para o almoço na padaria; Palestra sobre gestão profissional da padaria;

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ÁREA DE RECUO É REGULAMENTADA

PAGAMENTO MEDIANTE USO CONFIRA A TABELA: Os valores mensais estabelecidos para uso das áreas de recuo em Curitiba são:

área Área central

e setor histórico:

ZR4 e setoriais

como o Batel

Centro Cívico

e Santa Felicidade:

Demais áreas A assinatura do decreto 179/15, pelo prefeito Gustavo Fruet, (26.02.15), fechou um processo que se arrastava há alguns anos em Curitiba: O uso da área de recuo nos estabelecimentos do setor gastronômico. De acordo com a prefeitura, a regulamentação irá proporcionar mais segurança e conforto aos clientes e aos negócios, além de incentivar o uso do espaço por um número maior de empresários. Outro benefício imediato para a cidade refere-se ao uso do valor arrecadado, que será aplicado diretamente no Fundo Municipal de Calçadas. A medida repercutiu bem no setor. Para o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, que participou ativamente de todo o pro-

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cesso, os valores a que se chegou (veja quadro), são razoáveis. ´´Houve negociação e respeito por parte do poder público, então acho que o resultado é excelente´´ - comentou Borgmann. Ele lembra que o empresário que quiser fazer uso da área de recuo poderá ser beneficiado. ´´Para muitos será compensador porque vai aumentar o espaço para os clientes com melhoria do faturamento´´ - observou. Já o presidente do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), João Jacob Mehl, que atua no setor em Curitiba desde a década de 1950, ficou satisfeito com a regulamentação. “Com isso, a prefeitura permite que muitos empresários saiam da clandestinidade e tenham a oportuni-

dade de se regularizar. Mehl disse acreditar que os estabelecimentos passem a investir mais nas áreas de recuo. “Antes havia muito receio em fazer esse tipo de investimento, já que a situação era irregular”, comentou. Também há a expectativa de que mais bares e restaurantes utilizem suas áreas externas, o que representa um ganho para toda a cidade – disse. “A utilização deste Fundo é específica para requalificar as calçadas da cidade”, explicou o prefeito durante a cerimônia de assinatura do decreto. A previsão, segundo Fruet, é de que em um ano sejam arrecadados cerca de R$ 2 milhões. “O decreto certamente trará mais segurança para toda a cidade, à população em geral e aos empreendedores”, disse.

da cidade:

valor R$ 12,50 R$ 10 R$ 7,50 R$ 5,00

tabeles e s o ra refeitu p n st r u i r a o c m o o ã c r de rdo dos po De aco a z i r a l ontal. A u r f g e o r u s c o re ciment uos é char o c e e f r e s o s ura o uso d e cober t leciu e q b a a r t b s e ura lem enhum n e u prefeit q axas. a t m s r a o f r a al, de o a pag d a g opcion i r b será o mento

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CIDA LOPES NO COMANDO

A FIEP tem uma nova gerente à frente da Central de Relações com Sindicatos. Aparecida Lopes, ou Cida Lopes, como é mais conhecida, substituiu o cargo que era ocupado pelo industrial Milton Wittig Bueno. Nascida na Lapa e economista de formação, o nome de Cida Lopes foi uma escolha pessoal do presidente da FIEP, Edson Campagnolo. Com perfil pragmático, Cida Lopes tem um estilo direto e objetivo. Para sua gestão ela anuncia continuidade no trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, que fundou a central na gestão do então presidente, Rodrigo da Rocha Loures – com o objetivo de profissionalizar os sindicatos que compõe o Sistema. “Temos grandes projetos como o PDA que é o Programa de Desenvolvimento Associativo, em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o Procampi, em parceria com o Sebrae, que são instrumentos para melhorar a gestão sindical” – diz a nova gerente. “É nessa linha que vamos trabalhar, profissionalizar os sindicatos, melhorar o relacionamento. Tem muitos sindicatos fazendo muitos projetos, mas, claro, muitos ainda precisam de apoio e estaremos presentes” - reforça. Cida Lopes iniciou carreira na Fiep em 2004,na área técnica do SESI. Coordenou, depois, o desenvolvimento e implantação do cartão SESI, que hoje atende a 55 mil usuários. Passou à gerente de negócios e, antes de assumir a Central dos Sindicatos era gerente de operações.

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E D p e c sipa nova s a c . endereço á em novo agora est P E funciona O SIPC em Curitiba AHÚ. sede A no bairro espaço

, com , ampla cursos mais sede como o de uma ” - indica em atividades anual necessidade o associados a agenda “Desde ´´Temos : em nossos õ . Agora que comp , que complementa para atender , e outras panificador de Borgmann com o a honra palestras Felipe dar imação x Vilson nos apro quiser presidente gestão busca ”. e quem nossa bem vindo início oportunidade será muito uma boa temos uma visita

m e e t o n aa agenda : su

n o t w e Rua N ttencourt, i B a ç Fran - Ahú 87

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FOOD TRUCK SE ESPALHA EM CURITIBA

DO SANDUÍCHE A PRATO GOURMET

APÓS UM ANO DE TRAMITAÇÃO A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA APROVOU LEI QUE REGULAMENTA A ATUAÇÃO DOS VEÍCULOS ADAPTADOS PARA FUNCIONAR COMO RESTAURANTES MÓVEIS CONHECIDOS COMO FOOD TRUCKS. O SIPCEP PARTICIPOU ATIVAMENTE DO DEBATE QUE FIXOU REGRAS PARA A ATUAÇÃO DESTE TIPO DE COMÉRCIO. O OBJETIVO DAS DISCUSSÕES FOI PROTEGER O SETOR DE ALIMENTOS JÁ ESTABELECIDO ONDE ESTÃO INCLUIDAS AS PADARIAS E CONFEITARIAS.

Food Truck: refeições rápidas degustadas na rua

O presidente do SIPCEP em uma das reuniões que debateu a regulamentação dos food trucks em Curitiba O SIPCEP, junto com outras enti-

tejam os comerciantes que já estão

expedida mediante constituição da

dades de classe do setor gastronô-

estabelecidos e não podem ser pre-

empresa no município. Prevê ainda

mico, participou de forma ativa de

judicados” - considerou o presidente

que a liberação dos pontos de ex-

todas as discussões que culminaram

do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann.

ploração da atividade deve respeitar

na lei que aprova os food trucks em

Ele representou os panificadores nas

uma distância mínima das feiras re-

Curitiba. A cidade tem hoje 50 cami-

reuniões ocorridas na Secretaria de

gulamentadas.

nhões que vendem refeições rápidas

Urbanismo, ao lado de lideranças

e vários pontos da cidade. A preocu-

da Associação Brasileira de Bares e

pação do comércio tradicional de ali-

Restaurantes (Abrasel), Sindicato de

mentos era com a concorrência que

Hotéis Restaurantes Bares e Simi-

favorecesse os food trucks, já que

lares de Curitiba (SEHA), Associa-

este tipo de comércio tem menos

ção Paranasense dos Foods Trucks

despesas tanto na produção quanto

(APFD), Associação Comercial do

na distribuição.

Paraná (ACP) e Fecomércio.

“Tem espaço para todos mas é

A lei prevê, entre outras regras,

justo que se crie normas que pro-

que a liberação do alvará só seja

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De acordo com o presidente do SIPCEP, os locais onde os food trucks poderão ficar parados, horários de atendimento e itens que serão comercializados foram os principais pontos do debate. “Foi muito importante participar desse debate porque isso marca a posição do Sindicato na defesa dos interesses do setor” - resume Borgmann.

Os food trucks – na tradução, ca-

Ainda segundo a reportagem,

minhões de comida – surgiram há

até o ano 2000, os food trucks

bastante tempo, em 1872, na cidade

ainda carregavam o estigma de

de Providence, nos Estados Unidos.

comida barata, de baixa qualidade.

O dono, Walter Scott, vendia tortas

Isso mudou com a crise econômica

e sanduíches para trabalhadores de

de 2008, que levou muitos restau-

fábricas, que precisavam de comida

rantes a fechar suas portas. Sem

rápida e barata, como revela reporta-

opção, alguns chefs investiram na

gem divulgada na revista Época com

velha modalidade despojada de

o título “A invasão dos food trucks”.

fazer comida. Agora o food truck é

moda no Brasil, incluindo Curitiba. O principal atrativo para proprietários é o preço. Incluindo o valor do veículo, cozinha e montagem, um food truck custa cerca de R$ 250 mil – mais barato que abrir um restaurante. As refeições – de sanduíches a pratos gourmet em porções pequenas - saem, em média, por R$ 20. A cozinha segue o padrão da maioria dos food trucks: na parte da frente, logo abaixo do balcão onde os clientes fazem os pedidos, ficam as geladeiras. Na parte de trás, a pia, uma chapa, um fogão industrial e uma fritadeira. Normalmente, eles também têm um gerador. Em cima do food truck fica uma caixa-d’água, que pode ter de 80 até 300 litros. A água suja que sai da pia vai para outro compartimento e fica armazenada. Ao fim de cada jornada de trabalho, esse compartimento precisa ser esvaziado. O gás é fornecido por dois botijões embaixo da bancada de trabalho – com um sistema para evitar vazamentos.

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A CENTENÁRIA PIEGEL CELEBRA SUA HISTÓRIA

POR INDICAÇÃO DO SIPCEP MEDALHA DO MÉRITO INDUSTRIAL DA FIEP 2015 VAI PARA AUGUSTO PIEGEL A Comissão do Mérito Industrial, da Federação das Indústrias do Paraná – Fiep, acatou a indicação do presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, do nome do empresário Augusto Piegel, da Panificadora Piegel, para receber a Medalha do Mérito Industrial – concedida a personalidades que se destacam pela contribuição para a economia do Estado. A honraria será entregue em solenidade que acontece durante a Semana da Indústria, entre os dias 18 e 25 de maio/15. “Recebemos com muita alegria essa notícia, que nos foi dada pelo próprio Vilson, bem no ano em que a Piegel completa 100 anos. Um orgulho para nós” - comentou o

A família Piegel em pose com o prefeito Gustavo Fruet: prestígio conquistado em 100 anos de trabalho

empresário. “Seu Augusto é um grande exemplo para o nosso setor. E, além disso,

Uma festa na sede da empresa no bairro Ahú, em Curitiba, comemorou, dia 29 de março, os 100 anos da Piegel Pães. O evento reuniu cerca de mil clientes, amigos e familiares dos proprietários, já na quinta geração. O prefeito Gustavo Fruet e a esposa Márcia participaram das comemorações, além de clientes da casa,

almente o abraço e parabenizar os

real das idosas do asilo São Vicente

é um homem de excelente caráter, por isso

anfitriões Augusto e Adilete Piegel.

de Paulo, em troca de deliciosos so-

o indicamos. Por extensão é uma homena-

nhos da Piegel.

gem que vai também para a panificadora

que fizeram questão de levar pesso-

Durante o coquetel, os convidados foram apresentados à ação so-

Na ocasião, também foi feito o lan-

cial ‘’Antigos sonhos, doce sabor de

çamento oficial do livro contando a his-

realização’’.

tória da empresa e a trajetória da famí-

O projeto convidou os presentes a

lia Piegel desde sua chegada no Brasil.

desfrutar do gostinho especial da so-

A obra foi escrita por Jeanne Piegel,

lidariedade, apadrinhando um sonho

bisneta do fundador, Eduardo Piegel.

Piegel, que chega aos 100 anos com sucesso e inovação” - diz Borgamnn. No total, 14 personalidades serão condecoradas. Os nomes foram escolhidos pela Comissão do Mérito Industrial, após indicações feitas pelos sindicatos filiados e pelas coordenadorias regionais da Fiep. Participaram da Comissão do Mérito Industrial deste ano os presidentes da Fiep,

HISTÓRIA E TRADIÇÃO

Fundada por uma família de imigrantes alemães, a Piegel Pães nasceu como uma pequena produção caseira de pães e biscoitos. A empresa é dirigida hoje pela terceira geração, representada por Augusto e Adilete Piegel. Com eles o negócio ganhou corpo, cresceu e multiplicou-se em cinco empresas do grupo, todas administradas pelos netos, bisnetos e tataranetos do fundador. São elas: Padaria Piegel Pães, Confeitaria Piegel, Restaurante e Casa de Massas Casal Garcia, Piegel Papelaria e Piegel Presentes.

Edson Campagnolo, e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Paraná (Fetiep), Luiz Ary Gin, além dos industriais Cláudio Grochowicz, Edson Luiz Schmitz, Rui Londero Benetti, Paulo Roberto Pupo, Helio Bampi, Sidney Paciornik, Itamar Carlos Ferreira, Ramon Andres Doria, Wilson Bill, Nelson Roberto Hübner e Carlos Ogliari. Eles representaram a diretoria da Fiep e os Conselhos Regionais do Sesi,

Comissão do Mérito Industrial acata indicação do SIPCEP para homenagem ao empresário Augusto Piegel

do Senai e do IEL no Paraná.

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EM GRANDE ESTILO

ALUNOS APRENDEM A MONTAR UMA PANI O Concurso terá como novidade a troca da Redação por Poesia. Os alunos também farão um plano de negócio para uma panificadora. Para tanto, terão aulas específicas como matemática e administração visando ao desafio de montar uma empresa do setor. Esta prática faz parte da Oficina do Pão, que acontece no 3º bimestre de 2015, enquanto a premiação ocorre no último bimestre do ano.

AO COMPLETAR UMA DÉCADA, O CONCURSO DE SANDUÍCHE, UMA VITORIOSA PARCERIA DO SIPCEP COM O SESI PR, TERÁ EDIÇÃO ESPECIAL EM 2015 O Concurso de Redação e Sanduíche sempre foi um sucesso. Mas este ano será ainda mais especial, já que o evento completa 10 anos, data que coincide com os 10 anos dos colégios SESI, o principal parceiro do SIPCEP nesta iniciativa. Para celebrar a data, o presidente Vilson Felipe Borgmann já iniciou as tratativas com a gerente de ensino médio do SESI, Lilian Luitz. “Vamos reformatar o concurso. Teremos a Oficina do Pão, com um número maior de temas e participação dos 53 colégios da rede SESI” – adianta. Segundo ela, o evento este ano inclui ainda os dois colégios internacionais do SESI no Campus da Indústria e em Ponta Grossa, que tem conteúdo bilíngue. “Estamos visando uma abordagem mais internacional do pão” – antecipa. Já Borgmann, aponta que o Sindicato vai indicar as melhores receitas e redações ao longo dos 10 anos do concurso para edição de um livro. “O concurso revela muitos talentos e por isso teremos um conteúdo rico que fica para a história dos colégios SESI, que completa 10 anos, e para o nosso setor, que fica muito orgulhoso em ter os jovens em uma ação que incentiva a criatividade, e até ajuda alguns a definir uma profissão na área gastronômica” - diz ele. O sucesso da parceria também é reconhecido por Lilian Lutz: “O SIPCEP foi o primeiro que se aproximou para propor uma iniciativa de caráter cultural e é um grande parceiro que o SESI tem hoje” – afirma.

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10 ANOS DO COLÉGIO SESI A rede de colégios do SESI PR começou em 2005 com apenas duas unidades e 83 alunos no total. Em 2007 a rede já contava com 1.500 alunos, em 20 cidades do Estado. Em 2015 o SESI contabiliza 15 mil alunos formados, e 14 mil em formação, sendo esta a maior rede privada do Paraná. A instituição tem reconhecimento internacional como o Prêmio Hèrmes de l´Innovattion 2011, concedido pelo Centro Europeu de Inovações e Estratégias Criativas da França, entre outros.

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bolo aniversário de curitiba

A TRADIÇÃO VENCEU A CHUVA

Era domingo e chovia em Curitiba. Nada demais se não fosse este o dia em que a cidade comemorava 322 anos. Uma semana antes, o SIPCEP, em parceria com o parceiro moinho Anaconda, iniciou a preparação do bolo de 600 kg. A equipe, liderada por Eldon Strey, conduziu as 160 peças de bolo para o parque Barigui e iniciou-se os trabalhos de montagem e decoração. Restava saber se o grande homenageado da festa, o público, iria comparecer. E foi com alegria que os organizadores viram, cerca de duas horas antes, as filas se formarem. ARMADA com guarda chuvas e sobrinhas, a população estava lá, como nos 13 anos anteriores, pronta para desfrutar do presente que ganhava dos panificadores. E assim, o aniversário da capital foi celebrado, com público fiel e farta distribuição de bolo e refrigerante, em uma das mais belas festas já realizadas.

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bolo aniversário de curitiba

bolo aniversário de curitiba

PARABÉNS A VOCÊ, CURITIBA VAMOS FESTEJAR!

BASTIDORES DE UMA FESTA QUE MARCA A CAPITAL A equipe liderada por Eldon Strey e pelo chef Jefferson trevisan ganharam este ano a parceria de alunos dos cursos de Preparação do bolo começa uma semana antes no Moinho Anaconda

gastronomia do Centro Europeu, parceiro do

Após o tradicional Parabéns a você, o prefeito Gustavo Fruet, a presidente da Fundação de Ação Social, Márcia Oleskovicz, a vice prefeita, Míriam Gonçalves, o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann e equipe Anaconda, cortam o primeiro pedaço do bolo.

Sindicato. A massa de pão de ló começou a

“O bolo já é uma tradição por isso não importa se faz sol ou chuva, a população quer vir e saborear esse presente feito com toda a dedicação pelo Sindicato da Panificação.” - disse a presidente da FAS. O prefeito Gustavo Fruet também destacou a iniciativa do Sindicato. “O Sindicato é um grande parceiro nosso, de fato, um evento que já se consolidou no aniversário da cidade” - afirmou. A prefeitura ofereceu outras atrações durante todo o dia no parque Barigui, mas a opinião unânime era que o bolo era a principal atração. O momento do corte

A servente Maria Oliveira recebe o primeiro pedaço: alegria.

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“Estamos muito satisfeitos porque havia a preocupação que a chuva comprometesse o brilho da festa. Mas felizmente todo o esforço valeu a pena, e a população mostrou que o bolo de Curitiba é algo importante para a cidade. Para nós é uma alegria e uma oportunidade de retribuir a presença de todos em nossas padarias durante o ano” - comemorou o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann.

ser preparada cerca de uma semana antes, com medidas de peso: 100 kg de farinha de trigo, 90 Este ano a equipe contou com reforço de cinco voluntários do Centro Europeu

kg de açúcar, 2 mil ovos, 7 kg de emulsificante, 4,2 kg de fermento, 67 kgs de frutas, 130 litros de chantilly e 60 litros de calda. Já na fase de preparação houve grande interesse da mídia local, com cobertura dos principais sites, jornais e emissoras de teve com reportagens de destaque.

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bolo aniversário de curitiba

A ARTE DO GRAFITE DECORA O BOLO GIGANTE O grafiteiro Fúlvio Pacheco deu um toque de arte na decoração final do bolo de Curitiba. Ele optou por motivos que são marca registrada na cidade como a capivara, presente em alguns parques de Curitiba, os pinheiros, típicos da paisagem paranaense e a bibicleta, bastante estimulada em campanha oficial da prefeitura municipal. A decoração do bolo também homenageia os parceiros que junto com SIPCEP concretizam a festa: Moinho Anaconda, Perfecta, prefeitura municipal, Fermento Itaiquara, Pequeno Cotolengo, SESI e Femsa Coca-Cola.

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bolo aniversário de curitiba

HOJE TEM BOLO NO PARQUE

As meninas Leia e Suelen vieram do Boqueirão: “A gente vem todo ano”.

A agilidade das equipe para fazer a fila andar.

A vice prefeita Míriam Gonçalves: Mais de uma hora como voluntária ativa na distribuição do bolo

O vice-presidente do SIPCEP , Cristian Ernesto de Azevedo: Mão na massa

A ativa participação da diretora do Conselho Fiscal do SIPCEP Debora Rodriguez

O chef de cozinha Emerson Valentin, do Centro Europeu: empenho como voluntário na preparação e distribuição do bolo.

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bolo aniversário de curitiba

bolo aniversário de curitiba

Alunos do projeto educacional Nympha participam da festa no Barigui

Presença dos idosos de projetos de convivência de 12 regionais de Curitiba

O click do presidente com o diretor de eventos do sindicato, Domingos Nodari Filho

Concentrado, o secretário do SIPCEP, Valmir Maiochi, separa pratinhos para o bolo

Liderada pelo gerente de relações institucionais, Rodrigo Simonato, a equipe da parceira Femsa Coca Cola prestigia o evento

Equipe Guerreira

Os chefs Jefferson e Eldon provam o trabalho de um semana

O casal Vilson e Rosimeire: mais um evento de sucesso

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A secretária de educação de Curitiba, Roberlayne de Oliveira Borges Roballo, prestigiou o evento.

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agenda

M E G ENA

M O H

nagem home a ião m u na reg aqui r a e t c s n e r um câ CEP p ta até ima de otimis do SIP ít e V ia r . e t o o t n d e Azeve oi vale s, a dir esto f ereira adore n P r c E o ifi t n u s a e S rne sp anos, eiro E me do lguns esour s. a t Em no á x h e 21 ano seu tava s o u o l a a l ) a a o m qu o Paul póstu ntra o gundo sil (Sã a ino, co r t B s s, o se e o t o a d u a o h . l do in g o e nte or em ele ch os e M o insta nificad e Sec Braga a d p o , o últim d m is o é o u, com iã armaz os dep e atuo da reg n d m s a n u , ê o e u , m s g o el, at ar oi e Portu onsáv Sindic a torn rego f p p o s l ia e r e m r a p e i v e eiro tivo, fo ue o le ritossou-s O prim se ter tões. A ria, o q intere a s a b e io d r g a a á p d s s a a o rico do empre em du pliaçã em um do fab como la am ureiro e e á o p it s J , . e a t im a l eir o o´´ mo Curitib espeit de Oliv ímos d r ão, co a ç e s is a ib a e ic o u d m L de e porq amos idente muita ortant nquist x-pres p o e c im o o i d s o f o com is ao lad . ´´Isso e stria, e dicato ú in d o. S sident in o ocasiã , o pre rial d ) tus de a a 4 t m 1 s u 0 a ra um arço 2 to, em a visit pão pa rte (m Ernes m um o e u , e m o S t a a su forma ic entou o Sind tes de ada na d n r t a - com e is d o g e n um a ade, re to na s revista mente Ernes a entid 11 da u n º e n ia S r o Exata u ó ã t ecebe a traje na ediç CEP r rou su licada b b u m p do SIP e l e re agem ica, qu ntinua report m e histór , do, co e m v e e g z a caen to A a panifi Ernes d de hom n io r ia t á s is Pão. EP, Cr empre Nosso como o SIPC d ja e e t s n e do pai, -presid vida jetória O vice a r t de sua a s e o t d u a r . ignid r dos f dicato com d Senho do Sin r o o a t s o t e n g ia do frute ju ção ou r s e ó d t o is est aa eu Ern na h ado par e o Que S . v a i r ter r cat a um leg e grand qui na reta a d luga m eix

m m o te orque d m home ha em bo t s e en au op Ern “Seu Sindicat disso, er Deus o t m o ue noss asse. Alé ileza. Q r”. t l luga sua c ter e gen ann m cará g r o ipe B e l e F n nt Vilso Preside

16 a 08 /MAIO HOTEL SHOW RESTAURANTE & PANIFICAÇÃO 8º Hotel Show Restaurante & Panificação

LOCAL: FOZ DO IGUAÇU – PR www.hotelshow.com.br

24 a 27/ MAIO FENADOCE 23ª Feira Nacional do Doce de 2015

LOCAL: PELOTAS - RS www.fenadoce.com.br

09 A 12/JUNHO FISPAL FOOD SERVICE 31ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Alimentação Fora do Lar

O

11 DE JULH de 2015

FICADOR PANI O D JANTAR ata EM d a t s e e Reserv da! sua agen NDO O PREPARA Á T S E P E REÚNE O SIPC NTAR QUE A J L A N E TRADICIO DO SETOR S IO R Á S E EIROS E OS EMPR RES, PARC EBRAR IA IL M A F SEUS RA CEL DORES PA A R MUITA O B A L CO DOR COM A IC IF N A P LEGRIA! O DIA DO AÇÃO E A R T N O C S DE

LOCAL: SÃO PAULO - SP www.fispalfoodservice.com.br

DIVIRTA-SE!

Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente. Um deles diz: Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão. Não diga! E o que pensa fazer quando completarem 50? Volto lá para buscá-la.

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