Ano 3
nº
12
Práticas sustentáveis e competitividade O tema da sustentabilidade vem sendo incorporado à agenda estratégica das mais diversas cadeias de negócios, apesar das dificuldades de aplicação. É preciso investimento em novas técnicas e tecnologias para romper com a crença de que sustentabilidade “custa caro” ou que é apenas para grandes empresas. Essas são ideias ultrapassadas e que devem ser desconsideradas, sob o risco de as empresas perderem competitividade perante a concorrência, que vem se equipando para atender às demandas dos mercados por uma produção mais limpa, comercial e socialmente justa. As discussões sobre meio ambiente vão além dos limites da adequação legal à Política Nacional de Resíduos Sólidos. As recentes crises no abastecimento de água e energia elétrica estão servindo de propulsão para a inclusão de temas que sejam capazes de melhorar a competitividade empresarial. Por essa razão, o cenário inclui a preocupação com a eficiência energética, o uso racional da água e o melhor aproveitamento dos insumos.
Entendemos que há diversos ganhos em trabalhar com os princípios da sustentabilidade, começando por compreender onde esses conceitos se encaixam em cada segmento das cadeias produtivas representadas pela CNC. A competitividade pode estar associada à economia de matériasprimas nos processos de produção ou no descarte adequado de resíduos – esses seriam ganhos ambientais diretos –, assim como à inclusão de reflexões sociais na relação ética com seus consumidores e fornecedores, na utilização da publicidade não apenas para vender produtos e serviços, mas também para reforçar as boas práticas e alternativas de participação cidadã nas comunidades impactadas por suas atividades. Pelo aspecto econômico, é necessário compreender que a empresa não se constitui em uma simples máquina de gerar lucro, mas sim numa organização que é parte da qualidade de vida de seus colaboradores, das famílias envolvidas e das comunidades que atende. É importante que o setor atente para a nova realidade que desponta. Boa leitura!
E x p e d i e n t e Este informativo é uma publicação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Brasília, DF. Ano 3, nº 12, novembro, 2014. Coordenação geral: Wany Pasquarelli Coordenação técnica: Cristiane Soares e Evandro Costa Redação técnica: Cristiane Soares Projeto gráfico: Assessoria de Comunicação (Ascom) Revisão: Lívia Campos Tel.: (61) 3329-9582/9561 E-mail: agr@cnc.org.br
Evoluindo e inovando As discussões do GTT-MA estão superando os limites dos Acordos Setoriais que visam à adequação legal à Política Nacional de Resíduos Sólidos. A proposta é evoluir para a inclusão de temas que sejam capazes de melhorar a capacidade competitiva das empresas. Por essa razão, serão incluídos temas que reflitam a preocupação com a eficiência energética, as tecnologias para o uso racional da água e seu reúso, práticas inclusivas, assim como o melhor aproveitamento das matérias-primas. Na 10ª reunião do grupo, pudemos contar com a apresentação da experiência da Fecomércio-SC, que expôs o programa de eficiência energética voltado ao comércio e ao setor de serviços. Contamos, também, com a representante da Sonae Sierra Brasil, administradora de shopping centers que vem implantando um modelo estratégico de governança de sustentabilidade. Por fim, o representante do Centro Sebrae de Sustentabilidade, do Sebrae/MT apresentou a palestra sobre Negócios Sustentáveis – Aplicações para os Pequenos Negócios.