CNC Notícias 191

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Revista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

SETEMBRO 2016 | ANO XVI | www.cnc.org.br

Câmara conhece ações do Sistema na área de Saúde pág.

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Empresários fazem balanço da Olimpíada pág.

Nó a desatar Momento é mais que oportuno para que governo retome o desenvolvimento do País por meio das reformas previdenciária, tributária, trabalhista e fiscal

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O SENAC JÁ TRANSFORMOU A VIDA DE MILHÕES DE BRASILEIROS. E VOCÊ, EMPRESÁRIO, AJUDOU A ESCREVER ESSA HISTÓRIA.

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Em 70 anos, o mundo não parou de mudar. O Senac também não. Por isso, capacitamos milhões de brasileiros em nossos cursos presenciais e a distância, investimos em infraestrutura, desenvolvemos tecnologia, produzimos conhecimento com a publicação de materiais didáticos e contribuímos para o crescimento de empresas com nossas consultorias. Assim, provocamos verdadeiras transformações de vidas, com reflexo imediato no mercado que recebe profissionais muito mais qualificados e preparados.

SENAC 70 ANOS. ESTA HISTÓRIA ESTÁ SÓ COMEÇANDO.


Ajustes inadiáveis Um estudo realizado pelo chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, e o professor Rubens Penha Cysne, da Escola de PósGraduação em Economia da Fundação Getulio Vargas, mostrou com todas as letras e números que, quanto mais tempo o governo levar para realizar o ajuste fiscal, mais alta ficará a conta a ser paga pelo País. A reportagem de capa desta edição reafirma a certeza da CNC de que o melhor caminho para o País alcançar o equilíbrio necessário para um desenvolvimento econômico e social sustentável, com suas contas ajustadas, é a realização das reformas nas áreas previdenciária, tributária, trabalhista e fiscal. Não há mais como adiar o enfrentamento destas questões, sob pena de condenarmos as atuais e as próximas gerações de brasileiros a viverem no sobressalto de uma nação sempre à beira da falência. O momento de definição política por que passa o Brasil, com a confirmação do presidente Michel Temer no cargo, e o clima de confiança que isto gerou entre os empresários oferecem a oportunidade de avançar de forma efetiva na solução dos problemas e impasses sobejamente conhecidos. É hora de construir consensos, de uma mobilização positiva e propositiva do governo, do Congresso, da iniciativa privada e da sociedade em geral em nome de uma reorganização do Estado brasileiro, identificando e consertando tudo o que contribui para o mau funcionamento administrativo e econômico do País. A CNC, as Federações e os Sindicatos do Sistema Comércio, que representam cinco milhões de empresas espalhadas por todo o Brasil, defendem a realização das reformas como uma tarefa urgente, o caminho viável, natural e lógico para destravar a nação e conduzi-la a um desenvolvimento realmente sustentado. Outros assuntos em destaque na edição: a atuação do Sesc e do Senac na área da Saúde, o impacto da reforma do PIS/Cofins para as empresas de serviços e o consumidor, o crescimento do e-commerce no primeiro semestre, além do noticiário do turismo e das Federações pelo Brasil. Boa leitura!


CNC NOTÍCIAS Ano XVI, n° 191, Setembro, 2016

Presidente: Antonio Oliveira Santos Vice-presidentes: 1º – Josias Silva de Albuquerque, 2º – José Evaristo dos Santos, 3º – Laércio José de Oliveira. Abram Szajman, Adelmir Araújo Santana, Carlos de Souza Andrade, José Marconi Medeiros de Souza, José Roberto Tadros, Lázaro Luiz Gonzaga, Luiz Carlos Bohn e Luiz Gastão Bittencourt da Silva Vice-presidente Administrativo: Darci Piana Vice-presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira Diretores: Aldo Carlos de Moura Gonçalves, Alexandre Sampaio de Abreu, Antonio Airton Oliveira Dias, Bruno Breithaupt, Carlos Fernando Amaral, Daniel Mansano, Edison Ferreira de Araújo, Eliezir Viterbino da Silva, Euclydes Carli, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, Itelvino Pisoni, José Arteiro da Silva, José Lino Sepulcri, Leandro Domingos Teixeira Pinto, Marcelo Fernandes de Queiroz, Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, Paulo Sérgio Ribeiro, Pedro José Maria Fernandes Wähmann, Raniery Araújo Coelho, Sebastião de Oliveira Campos e Wilton Malta de Almeida Conselho Fiscal: Domingos Tavares de Souza, José Aparecido da Costa Freire e Valdemir Alves do Nascimento GABINETE DA PRESIDÊNCIA Lenoura Schmidt (Chefe) ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – CNC REDAÇÃO Editora-chefe: Cristina Calmon Editor Executivo: Celso Chagas (Mtb 30683) Reportagem: Celso Chagas, Edson Chaves, Felipe Maranhão, Geraldo Roque, Joanna Marini, Luciana Neto e Marcos Nascimento Projeto gráfico: Programação Visual/Ascom Diagramação e ilustração: Carolina Braga Revisão: Luciene Gonçalves Impressão: WalPrint Gráfica e Editora

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REFORMAR PARA TIRAR AS AMARRAS

Já está mais do que na hora de o Brasil promover os ajustes necessários ao seu pleno desenvolvimento. Especialistas ouvidos pela CNC Notícias abordam quais seriam esses ajustes a serem feitos nas áreas previdenciária, tributária, trabalhista e fiscal para desatar de vez os nós que impedem o Brasil de decolar e encontrar o rumo do crescimento. Afinal, o atraso nessas reformas pode custar ainda mais caro ao País.

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CEP: 20021-130

CNC - BRASÍLIA SBN Quadra 1 Bl. B - n° 14 CEP: 70041-902 PABX: (61) 3329-9500/3329-9501 Contatos Assessoria de Comunicação CNC Telefone: (21) 3804-9374 E-mail: ascom@cnc.org.br www.cnc.org.br

ENTENDENDO NOSSOS ÍCONES

Análise conjuntural / sociedade / mundo empresarial Conteúdos socioeconômicos que gerem resultados positivos e desenvolvam a sociedade.


SESC E SENAC EM DEFESA DA SAÚDE

PREJUÍZOS NA REFORMA DO PIS/COFINS

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, vicepresidentes da CNC apresentam o trabalho de qualidade do Sesc e do Senac na área da Saúde, que beneficia milhões de brasileiros todos os anos.

Em reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o vice-presidente da CNC Laércio Oliveira abordou os impactos negativos da reforma do PIS/Cofins no setor de serviços. Mudanças vão afetar empresas que geram atualmente mais de 20 milhões de empregos.

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E-COMMERCE: R$ 19 BI NO 1° SEMESTRE

Na contramão da crise, comércio eletrônico tem um crescimento de 5,2% em relação aos primeiros seis meses de 2015, segundo a Ebit.

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VITRINE ......................................................................... 4 INTERESSE DO COMÉRCIO.......................................... 6 CAPA............................................................................. 8 REUNIÃO DE DIRETORIA ............................................ 16 INSTITUCIONAL .......................................................... 18

CENÁRIO ECONÔMICO MENOS NEGATIVO

Pesquisas econômicas da CNC mostram que o consumidor e os empresários ainda não retomaram a confiança no consumo, mas que a situação “parou de piorar” às vésperas das vendas de Natal.

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NO RADAR .................................................................. 23 ECONOMIA.................................................................. 24 TURISMO..................................................................... 30 NOTAS E FATOS.......................................................... 38 COMÉRCIO EM AÇÃO................................................. 42

GRUPO VAI DEBATER A LEI GERAL DO TURISMO

Formado por iniciativa do Conselho de Turismo da CNC e da Fecomércio-SP, grupo de trabalho vai reunir entidades e empresas do setor para debater e propor sugestões de melhoria à chamada Lei Geral do Turismo.

34 Trabalhos técnicos Pesquisas, avaliações, posicionamentos.

Representação, defesa e desenvolvimento do sistema Temas político-econômicos que influenciem a comunidade empresarial do comércio de bens, serviços e turismo para o desenvolvimento do país.


VITRINE

Newsletter CNC – conteúdo da Confederação no seu smartphone A CNC agora dispõe de uma newsletter semanal para informar as principais notícias e ações da Confederação – e tudo isso na palma da mão, direto no smartphone. Para receber a Newsletter CNC, basta ter instalado o aplicativo de mensagens WhatsApp, cadastrar o número (21) 99720-1376 na agenda de contatos do seu celular e enviar uma mensagem pelo aplicativo com o seu nome, informando que deseja receber o boletim. O envio será feito todas as quintas-feiras, contendo os principais assuntos de interesse do Sistema Comércio.

CNC e Senac realizam seminário sobre gastronomia e hotelaria Entre os dias 4 e 6 de outubro, o Rio de Janeiro recebe o Sirha 2016, evento internacional para profissionais do setor de food service que conta com patrocínio da CNC e do Senac. No evento, será realizado o Seminário Senac de Gastronomia Saberes e Sabores: a Hotelaria Põe a Mesa. Serão cinco palestras que vão abordar temas como A gastronomia como produto turístico; O ponto de equilíbrio em alimentos e bebidas; e A alta gastronomia como atração para hotéis. O seminário será realizado no dia 6 e conta ainda com apoio da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS). Mais informações sobre o evento no site www.sirha-rio.com ou em www.senac.br.

LIVRO

Novas estratégias utilizando o preço Em O preço inteligente, publicado pela editora Campus, os autores Z. John Zhang e Jagmohan Raju, ambos professores da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, mostram estratégias inovadoras de precificação que melhoram a lucratividade, atraem novos clientes e transformam setores. O livro apresenta aos executivos de marketing e estrategistas corporativos diversas abordagens inovadoras de precificação, além de insights e pesquisas que fundamentaram sua criação. Os autores apresentam ainda novas maneiras de ajustar a oferta correta ao cliente certo no momento oportuno, como planejar e executar uma guerra de preços para conquistar novos territórios de venda e do que o comerciante pode abrir mão e do que não pode.

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VITRINE

Prazo de implantação do eSocial é adiado para 2018 O Comitê Diretivo do eSocial publicou no Diário Oficial de 31 de agosto o adiamento da entrada em vigor do sistema para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões. Segundo a medida, a nova data para o início da utilização do sistema é 1° de janeiro de 2018. A resolução anterior estabelecia que o eSocial passaria a valer para empresas a partir de setembro deste ano (para os estabelecimentos com faturamento menor que R$ 78 milhões, a data era janeiro de 2017).

LIVRO Estudos revelam que é preciso menos de dois segundos e meio para que um consumidor tome a decisão de comprar. As empresas sabem que têm menos de dois segundos para atrair seus olhos, capturá-lo e torná-lo um cliente. No livro A lógica do consumo, publicado pela editora Nova Fronteira, o guru do marketing, Martin Lindstrom, leva o leitor aos bastidores das pesquisas que explicam por que determinado produto vende e mostra como o nosso cérebro responde aos muitos estímulos da propaganda. Com um texto leve e explicativo, Lindstrom apresenta casos reais de estudos de neuromarketing para desfazer mitos como a publicidade subliminar e o impacto das religiões no impulso ao consumo.

A resolução também determina a mudança do ano-base do faturamento de 2014 para 2016. Isso porque muitas empresas que tinham faturamento superior ao estabelecido fecharam 2015 com resultado menor por conta da retração da economia. “As entidades envolvidas no projeto solicitaram a prorrogação para evitar que fosse colocado em funcionamento um sistema que não estivesse testado exaustivamente, conforme o cronograma predeterminado”, explicou Hélio Donin Junior, diretor da Fenacon e integrante do Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial, do qual a CNC também faz parte.

Missão levará empresários brasileiros ao Japão Entre 20 de outubro e 3 de novembro, o Sindicomis e o Sinaprem realizam uma missão empresarial ao Japão, com uma extensa programação de trabalho e também cultural no país com a terceira maior economia do mundo. Dentre os destaques estão uma visita à Embaixada Brasileira em Tóquio, um seminário promovido pela Fecomércio-SP com o tema Oportunidades de Negócios BrasilJapão e diversas visitas técnicas a entidades e empresas japonesas. A missão conta ainda com uma escala em Dubai, nos Emirados Árabes.

A Missão Japão tem o apoio institucional da CNC, da Febrac, da Fenavist e da Central Brasileira de Serviços (Cebrasse), além da Fecomércio-SP. Saiba mais em www.missaojapao.com.br.

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INTERESSE DO COMÉRCIO

O problema fiscal e a solução adequada Ao gastar mais do que arrecada, Governo só aumenta um déficit que abocanha parcela cada vez maior do PIB. Para escapar deste círculo vicioso só há uma saída, para o presidente da CNC: cortes, e muitos.

Sem dúvida, o grande problema político-econômico do momento é a retomada do equilíbrio fiscal. Há vários anos, o Governo vem, crescentemente, gastando em custeio soma muito superior ao que arrecada com tributos e contribuições. Com isso, vem acumulando uma enorme dívida pública, que gera um clima de desconfiança para a população em geral e o empresariado em particular e assusta, sobremodo, os investidores nacionais e estrangeiros. Em 2015, o Governo gastou R$ 111,2 bilhões a mais do que arrecadou. Em 2016, esse déficit deverá subir para R$ 170,5 bilhões e, em 2017, estima-se que, com o corte de gastos, essa cifra possa cair para R$ 139 bilhões. A dívida pública bruta, entre 2015 e 2016, deve aumentar cerca de R$ 700,0 bilhões, chegando a 75% do PIB, com previsão de atingir 80% em 2017. Esse é o tamanho da crise fiscal, sem considerar o peso dos juros sobre a dívida pública que, em 2015, alcançou R$ 501,8 bilhões. Em boa hora, o Governo do Presidente Michel Temer, com a orientação do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defende a correção desse fantástico déficit fiscal, mediante um acentuado corte nas despesas orçamentárias da União e dos Estados. Esse corte será efetivado no ano fiscal de 2017, mediante o reajuste de todas as despesas orçamentárias de acordo com a taxa de inflação que houver ocorrido em 2016, sem qualquer reajuste real. Mas essa solução não parece suficiente, tanto mais que não considera o elevado montante dos juros, que impactam a dívida pública.

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Imagem: Christina Bocayuva

INTERESSE DO COMÉRCIO

Revela-se indispensável a extinção de seis ou, pelo menos, quatro ministérios, ainda que mediante fusão”

ANTONIO OLIVEIRA SANTOS Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

O reajuste das verbas orçamentárias pelos índices da inflação do ano anterior não importa na correção do denominado “déficit fiscal nominal” e, portanto, não vai corrigir a “carga inflacionária” que pesa sobre os gastos públicos. Pelo contrário, vai permitir a sua expansão no mesmo compasso da taxa de inflação, ou seja, a proposta de ajuste vai manter a mesma situação deficitária de hoje. Na verdade, o corte de despesas deveria ser muito mais “duro”. Em primeiro lugar, revela-se indispensável a extinção de seis ou, pelo menos, quatro ministérios, ainda que mediante fusão, mas com a extinção de centenas de cargos em comissão e a desocupação de prédios públicos ou alugados e, consequentemente, a redução da despesa com equipamentos eletrônicos, diárias, contas de telefonia, energia elétrica, etc. Do mesmo modo, podem ser extintas algumas autarquias, inclusive as chamadas “agências”. Outra medida, já anunciada, mas nunca concretizada, seria a abertura do capital de algumas empresas públicas, como a Caixa Econômica e os Correios. É lógico que não se pode deixar de levar em conta as resistências políticas. Um projeto mais “duro” certamente não contará com a inteira boa vontade do Congresso Nacional. Se assim for, pode-se esperar que o arrocho fiscal seja aumentado tão logo o Governo Temer se sinta em maior segurança, após os primeiros resultados positivos. É preciso ter paciência para esperar.

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CAPA

País espera reformas para desatar o desenvolvimento

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CAPA

À medida que o governo demora a implementar reformas indispensáveis, aumenta a incerteza do mercado e o aperto para toda a sociedade. Na opinião de empresários e especialistas ouvidos pela CNC Notícias, é mais que hora de desfazer os nós nas áreas previdenciária, tributária, trabalhista e fiscal, para que o Brasil possa, finalmente, respirar melhor.

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CAPA

Previdência Social: ou muda, ou muda Amenizadas as questões mais urgentes na área da política, o governo federal tem agora a oportunidade de promover avanços mais que estratégicos para que o País possa retomar uma trajetória de crescimento continuado. Esse é o consenso entre empresários e consultores da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Consenso que vem de muito, afinal não é de hoje que a classe empresarial dos setores representados pela entidade luta por mudanças estruturais nas áreas previdenciária, tributária, trabalhista e fiscal, estratégicas para que o mercado possa sentir tranquilidade e a economia retome uma trajetória de crescimento de longo prazo. “Acreditamos que, com a definição de governo, as expectativas positivas se fortificarão”, afirma Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC. Para a entidade, a posse de Michel Temer na Presidência da República do Brasil propiciará segurança ao mercado, ao sinalizar para agentes econômicos e sociedade em geral que as reformas continuarão recebendo tratamento prioritário. “Essa definição permite planos mais firmes tanto para empresários quanto para consumidores, consolidando a retomada do crescimento”, completa.

Encaminhadas propostas de mudança na Previdência A Confederação também encaminhou à Casa Civil da Presidência da República contribuições ao projeto de reforma previdenciária. Com o déficit de mais de R$ 130 bilhões, só com o Regime Geral da Previdência Social, e de mais de R$ 80 bilhões em relação aos servidores civis e militares, previstos para 2017, a CNC sugere adotar o limite de idade de 65 anos no mínimo; rever critérios de concessão de pensões; eliminar diferenças de gênero e setoriais; rever desonerações e subsídios; separar as contas da previdência urbana e rural; estudar a viabilidade de adoção do Fundo de Capitalização previsto na Constituição Federal, dentre outros. Os efeitos da redução da taxa de natalidade e a ampliação da expectativa impõem a necessidade de mudanças. Para a Confederação, a Previdência Social caminha para a insustentabilidade. “O Brasil precisa de algumas reformas para que volte a crescer com sustentabilidade, mas algumas têm o seu grau de importância maior, como as reformas tributária e previdenciária”, aponta o deputado federal e vice-presidente da Confederação Laércio Oliveira. Para ele, a reforma da Previdência exige um grau de articulação governamental extremamente forte com o Congresso Nacional e a sociedade. “Esse é um dos desafios que há muito o País necessitava enfrentar, mas os governos anteriores não conseguiram avançar, o governo atual

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Acreditamos que, com a definição de governo, as expectativas positivas se fortificarão” Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC

espera retomar essa discussão, e as perspectivas de aprovação da reforma são grandes”, explica. O ponto-chave da reforma da Previdência, segundo Laércio, que também preside o Sistema FecomércioSesc-Senac-SE, é a alteração da idade mínima, que requer a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Para a Fecomércio-SP, alguns aspectos devem ser considerados na reforma, entre eles alteração na regra de cálculo do salário mínimo, estabelecimento da idade mínima para aposentadoria, fim da Desvinculação das Receitas da União, incentivos a planos de previdência complementar. Já para a Fecomércio-SC, com o encerramento do processo de impeachment, a entidade espera que o governo consiga construir um novo consenso dentro do Congresso Nacional em torno da necessidade de mudanças estruturais. Todo o Sistema Comércio acompanha atento a evolução dos fatos: em entrevista realizada com líderes empresariais de Pernambuco pela Fecomércio-PE, foi levantado que 71,4% das lideranças consultadas apontam a necessidade de realização de reformas (tributária e previdenciária).

Diálogo com sociedade é único caminho possível As reformas exigirão do governo uma base política sólida e um diálogo aberto com a sociedade. “Sem esses dois condicionantes, ficará difícil qualquer construção”, pontua Laércio. “Que o novo governo as coloque na mesa para debate”, afirma José Lino Sepulcri,

Imagem: Christina Bocayuva

CAPA

presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-ES. “Acreditamos que, assim, o ambiente ficará mais favorável à geração de emprego e renda”, complementa. “Se empresa fosse, a Previdência Social Brasileira estaria no momento adequado para se habilitar a uma recuperação judicial. Em não o sendo, é hora de o governo federal propor alterações que resultem em recuperação estrutural”, avalia o consultor da Presidência da Confederação, Roberto Nogueira. “O agravamento das contas públicas específicas da Previdência Social requer ação política”, diz. Para Nogueira, o quadro é alarmante: o sistema previdenciário caminha para a falência. Tanto o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que reúne os trabalhadores da iniciativa privada, quanto o Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), que engloba os servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos três entes federativos. O especialista aponta dois fatores socialmente positivos que produzem efeitos perversos crescentes que vão agravar ainda mais a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro. A referência é para “Taxa de Natalidade” e “Esperança de Vida”. “O Brasil evoluiu nos dois fatores, sem antes alcançar o desenvolvimento econômico necessário à sustentabilidade”, afirma o consultor. “É fato que estamos envelhecendo, houve aumento da expectativa de vida dos brasileiros, porém não é de hoje que a conta da Previdência não fecha. O sistema é deficitário, ineficiente e mal administrado e precisa ser revisto urgentemente”, endossa Paulo Miranda, presidente da Fecombustíveis.

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CAPA

Reformas tributária e trabalhista são urgentes A mudança no sistema tributário brasileiro – burocrático, oneroso e indutor de perda de competitividade – é outra frente de trabalho inevitável para o governo de Michel Temer, na opinião de consultores e diretores da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). “A reforma tributária é a mãe de todas as reformas. Para o comércio em geral, é preciso simplificar o sistema de arrecadação tributária nas esferas municipal, estadual e federal. Há um emaranhado de leis, resoluções e portarias que gera burocracia e altos custos para os empresários”, sugere Paulo Miranda, presidente da Fecombustíveis. Para Miranda, o governo deveria acabar com a guerra fiscal entre os estados, com as diferenças de alíquotas de ICMS. “Deve-se atribuir à carga tributária peso justo. Por exemplo, a carga tributária da cesta básica é mais alta do que a do minério de ferro, que tem isenção de imposto. Isso representa uma enorme injustiça tributária. Caberia ao governo administrar melhor estas questões, são racionalizações necessárias”, exemplifica.

Realidade brasileira dificulta equilíbrio As reformas trabalhista e tributária são as travas para que o Brasil gere mais empregos, com a vinda de novos investidores e empreendedores. A opinião é de Jeferson Furlan Nazário, presidente da Federação

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Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist). “A conta é básica: um funcionário que recebe R$ 1 mil de uma empresa como salário gera o mesmo custo de encargos sociais. Ou seja, custa o dobro para a empresa. Isso dificulta muito a vida dos empregadores e do próprio trabalhador. Muitas das vezes, a empresa não consegue pagar uma remuneração melhor porque terá o mesmo gasto com tributos. Absurdo? Não, infelizmente é a realidade brasileira”, constata. Laércio Oliveira, deputado federal e vicepresidente da CNC, defende que a reforma tributária precisa melhorar o ambiente de negócios e dar competitividade à economia, ao reduzir o custo Brasil. Já para Wilton Malta, presidente da Fecomércio-AL, a tributação excessiva e a dificuldade que as empresas encontram para acompanhar normas reforçam a necessidade de o governo priorizar os temas, independentemente, inclusive, da transparência e da segurança jurídica que hoje também não são oferecidas. “O atual sistema compromete o crescimento da economia do País. Diante da atual crise econômica, a reforma poderá ajudar o Brasil a sair desse cenário”, afirma. “Apoiamos que as reformas sejam implantadas pelo governo com ampla divulgação e negociação”, pondera Josias Albuquerque, vice-presidente da CNC e presidente da Fecomércio-PE. Darci Piana, vice-presidente Administrativo da Confederação e presidente da Fecomércio-PR, destaca que a questão do ICMS, citada no início da


Apoiamos que as reformas sejam implantadas pelo governo com ampla divulgação e negociação” Josias Albuquerque, vice-presidente da CNC

matéria, exemplifica muito bem o caos tributário brasileiro. “A partilha deste imposto entre as unidades da Federação remetentes e destinatários, pelo sistema de alíquotas interestaduais, permite distorções”, ressalta. “Os estados e municípios vivem em verdadeiras guerras. Fazem leilões de impostos. Isso cria confusão sobre onde é a base para recolhimento dos valores desses tributos. A falta de informações claras gera multas indevidas e assusta o investidor”, complementa Jeferson Furlan Nazário, presidente da Fenavist. Já para Bruno Breithaupt, diretor-secretário da CNC e presidente da Fecomércio-SC, é necessário um novo modelo, que respeite os princípios da boa tributação: transparência, justiça, equidade, simplicidade e universalidade, além de sempre observar a capacidade contributiva dos cidadãos e das empresas. “A reforma tributária no Brasil é condição indispensável para um crescimento sólido”, observa. Roberto Nogueira, consultor da Presidência da Confederação, afirma que a reforma tributária carece de interesse político: “Nosso federalismo fiscal evoluiu para um sistema competitivo, por vezes antagônico, movido por interesses regionais sem preocupação com o que é bom para o País”.

Diálogo, negociação coletiva e a terceirização Antonio Oliveira Santos, presidente da Confederação, defende que a reforma trabalhista

Imagem: Christina Bocayuva

CAPA

deva garantir a empregabilidade, em um cenário favorável e equilibrado para os negócios, com menos burocracia, custos menores de produção, aumento da competitividade e fortalecimento do diálogo entre trabalhadores e empregadores. “No setor de serviços, responsável pela empregabilidade da maior mão de obra do Brasil, flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, vai significar mais fôlego para os empregadores e menos demissões”, analisa Edgar Segato Neto, presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac). “A CNC acredita na modernização das relações de trabalho, partindo da valorização da negociação coletiva e até mesmo a negociação direta entre as partes”, enfatiza Patricia Duque, chefe da Divisão Sindical da Confederação. “Com isso, poderiam ser acordadas condições de trabalho específicas para cada atividade, atendendo às necessidades empresariais e aos pleitos laborais de forma equilibrada e justa, garantindo um ambiente saudável e favorável para o desenvolvimento econômico do País”, explica Patricia. Por fim, Edgar Segato Neto, presidente da Febrac, destaca: a terceirização é um caminho necessário para acompanhar o fenômeno da globalização e restabelecer o potencial competitivo das empresas brasileiras. “As empresas caminham para o trabalho integrado a outras que oferecem serviços especializados”, pontua.

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CAPA

Custo do atraso no ajuste fiscal pode chegar a R$ 21 bi Assim como o governo de Michel Temer tem nós a desatar nas áreas previdenciária, tributária e trabalhista, o ajuste fiscal é outro desafio que, quanto mais demorar a resolvê-lo, pior será o resultado. A tarefa – promover um ajuste que permita trazer a relação dívida líquida/PIB a uma condição sustentável em longo prazo – se torna mais difícil a cada dia que passa, em função de dois fatores: além do crescimento da dívida em si, o déficit primário – resultado negativo nas contas do governo fora o pagamento de juros – cresce sem parar, impedindo o pagamento dos juros da própria dívida. À medida que ela cresce em relação ao PIB, maior é o esforço para reverter sua trajetória, pois a conta de juros sobe e é agravada pelo aumento dos prêmios de risco. Se o governo terminar este ano sem implementar o ajuste, o esforço fiscal adicional para implantá-lo no primeiro trimestre de 2017 seria de 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 21,06 bilhões, em relação ao que teria sido necessário em junho de 2016, ponto de partida do estudo produzido por Carlos Thadeu de Freitas, economista chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e por Rubens Penha Cysne, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV). Se o ajuste ficar só para o fim do ano que vem, esse esforço adicional dobraria para 0,71% do PIB, ou R$ 42,72 bilhões. Isso significa que o governo teria de cortar ainda mais os

gastos, ou elevar ainda mais a carga tributária em relação ao que seria necessário um ano e meio antes para estancar o aumento da dívida pública. A relação entre a dívida bruta e o tamanho do PIB saltou de 51,69% para 69,5% do PIB entre o fim de 2013 e julho deste ano. “O saldo primário, ou seja, os recursos usados para o pagamento dos juros e para estabilizar o crescimento da dívida pública, é cada vez maior”, explica Carlos Thadeu de Freitas.

Cenários e condições de sustentabilidade da dívida: resultados preocupantes O levantamento teve o objetivo de avaliar quantitativamente, sob três cenários (favorável, intermediário e desfavorável), o custo de se postergar o ajuste fiscal, tendo como base o mês de junho deste ano. De acordo com os cálculos dos economistas e considerando o cenário desfavorável, o custo de um ano de atraso na aprovação do ajuste fiscal pode ser de 0,52% do PIB, no pior dos cenários considerados pelo estudo, se o juro real médio superar 7% ao ano e/ou o produto crescer abaixo de -0,5% (tabela abaixo). CENÁRIOS UTILIZADOS

Cenário Favorável Cenário Intermediário Cenário Desfavorável

Juro Nominal (%)

Inflação/ juro real (%)

12,5 13,5 14,0

6,0 6,5 7,0

Crescimento do PIB (%)

2,0 0,0 -0,5 Fonte: CNC

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CAPA

CONDIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA EM RELAÇÃO AO PIB (%) Cenário Favorável Cenário Intermediário Cenário Desfavorável

4,4 5,5 5,7 (7,4) Fonte: CNC

No caso da dívida líquida, por exemplo, o imediato atendimento à condição de sustentabilidade, sob os três cenários, exigiria cargas tributárias de 39,4%, 40,5% e 40,7%, respectivamente. Segundo a tabela acima, pode-se verificar que, considerando o cenário intermediário (I) e tomando como base a dívida líquida, o atendimento da condição de sustentabilidade com uma carga tributária de 35% do PIB exigiria uma queda das despesas públicas da ordem de 5,5% do PIB. Em qualquer cenário ou escolha do tipo de dívida, os valores de elevação da carga tributária ou, equivalentemente, de redução dos gastos previdenciários ou ainda de consumo do governo são bastante elevados. “Quanto mais tempo o Congresso levar para a implementação de uma política fiscal ideal para reduzir os gastos primários, maior será o peso das taxas de juros sobre a dívida, o que aponta dois caminhos: ou o governo gasta menos, ou sobe impostos”, pondera Carlos Thadeu.

O custo do atraso Para definir o que Thadeu e Cysne classificam como custo do atraso, basta observar a taxação adicional de 5,5% do PIB a que faz menção o

cenário intermediário da tabela 2. Este número corresponde a quanto se deveria elevar a taxação em junho de 2016, como percentual do PIB, mantidos constantes os gastos públicos, para atender à condição de sustentabilidade da dívida. Como a taxação atual gira em torno de 35% do PIB, conclui-se que esta teria que ser elevada para 40,5% do PIB (ou, equivalentemente, como vimos, o gasto total do governo teria que se reduzir de 37,7% para 32,2% do PIB). Já a tabela abaixo apresenta os resultados obtidos com base nos três cenários apresentados anteriormente. Tome-se, por exemplo, algo entre cinco e seis trimestres, contados a partir de junho de 2016 (entre outubro e dezembro de 2017). Conforme se verifica abaixo, o valor do custo de atraso no cenário intermediário é igual a 0,45% do PIB, no caso de cinco trimestres, e de 0,55% do PIB, no caso de seis semestres. CUSTO DO ATRASO EM RELAÇÃO AO PIB E À DÍVIDA PÚBLICA (%) Cenário Favorável

Trimestres*

PIB

dívida pública

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0,04 0,09 0,13 0,18 0,23 0,27 0,32 0,37 0,41 0,46

(0,05) (0,11) (0,16) (0,22) (0,28) (0,33) (0,39) (0,45) (0,51) (0,57)

Cenário Intermediário

Cenário Desfavorável

PIB

dívida pública

PIB

dívida pública

0,09 0,18 0,27 0,36 0,45 0,55 0,64 0,74 0,84 0,94

(0,11) (0,23) (0,35) (0,46) (0,58) (0,71) (0,83) (0,96) (1,09) (1,22)

0,10 0,20 0,30 0,40 0,51 0,61 0,72 0,83 0,94 1,06

(0,13) (0,26) (0,39) (0,52) (0,66) (0,80) (0,94) (1,08) (1,23) (1,38)

*Cálculo baseado no quantitativo de trimestres

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Fonte: CNC

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REUNIÃO DE DIRETORIA

Estabilidade é aguardada por empresários Mudanças no quadro político podem tranquilizar o mercado e estimular a economia

A reunião de Diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizada pela entidade no Rio de Janeiro, dia 25 de agosto, teve foco na atenção que o futuro demanda. O presidente da Confederação, Antonio Oliveira Santos, abriu o encontro falando do cenário político. “A estabilidade torna-se necessária porque as expectativas de desenvolvimento têm sido desconsideradas, prejudiciais para todos os empresários do setor de comércio, de serviços e também de outras atividades. E não é só a estabilidade, mas também a garantia que nós teremos um determinado comportamento na parte econômica e, naturalmente, na parte previdenciária, na trabalhista e em todos os outros aspectos que dizem respeito ao funcionamento de nossas empresas. Torna-se necessário um clima de estabilidade”, apontou Oliveira Santos. Para o presidente da CNC, a definição do governo é importante para o projeto político do País, uma vez que todos estão na expectativa de estabilidade política e econômica que proporcione o desenvolvimento de seus negócios. “Que seja traçada uma política constante que permita a retomada das nossas atividades econômicas”, disse.

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Imagem: Christina Bocayuva

REUNIÃO DE DIRETORIA

Saúde Os diretores da CNC também falaram sobre a audiência realizada dia 22 de agosto pela Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, para debater a criação do Serviço Social da Saúde (Sess) e do Serviço Nacional de Aprendizagem em Saúde (Senass), de acordo com o Projeto de Lei (PL) nº 559/2015, de autoria do deputado Jorge Solla (PT-BA). A Confederação foi representada na audiência pelos vice-presidentes da entidade Laércio Oliveira, Adelmir Santana e José Evaristo dos Santos, que promoveram uma exposição de dados e fatos aos participantes (Leia mais na página 18). “Foi uma reunião oportuna porque pudemos mostrar o que é o Sesc e o Senac em todo o Brasil”, afirmou José Evaristo.

LDO Durante a reunião, o vice-presidente Laércio Oliveira relatou o desfecho da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2016 e propôs a promoção dentro do Congresso Nacional de um seminário sobre o Sistema S, a fim de fornecer informações

sobre a aplicação dos recursos recebidos, entre outras. O vice-presidente Financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo Pereira, disse que a questão da LDO é cuidadosamente acompanhada pela Confederação e a atuação da entidade evitou a aprovação de projetos de constituição de novas entidades e a perda de recursos. “Temos tido o apoio de todos os companheiros e, sobretudo, uma equipe extremamente competente que temos em Brasília”, afirmou Siuffo.

Outros temas Entre outros temas debatidos no encontro, o vicepresidente Administrativo da CNC, Darci Piana, informou sobre a participação da entidade na convenção da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). A Confederação foi um dos patrocinadores do encontro que reuniu atacadistas de gêneros alimentícios. Já Marco Aurélio Sprovieri, diretor-tesoureiro da CNC, trouxe ao debate a Circular nº 3.656/2013, do Banco Central, segundo a qual, a partir de 1º de janeiro de 2017, somente será permitida a emissão de boleto de cobrança registrada, medida que gera alto custo e impacta entidades sindicais e filantrópicas.

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INSTITUCIONAL

CNC mostra atuação do Sesc e do Senac na área da Saúde Saúdes física, mental e social foram foco da audiência pública, realizada dia 22 de agosto pela Comissão de Seguridade Social e Família na Câmara dos Deputados, para debater a criação do Serviço Social da Saúde (Sess) e do Serviço Nacional de Aprendizagem em Saúde (Senass), de acordo com o Projeto de Lei (PL) nº 559/2015, de autoria do deputado Jorge Solla (PT-BA). A proposição prevê que as contribuições, hoje devidas pelos estabelecimentos de serviços de saúde ao Sesc e ao Senac, passem a ser recolhidas, nas mesmas alíquotas e prazos e pelo mesmo sistema, a favor do Sess e do Senass. O assunto foi debatido pelos vice-presidentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Laércio Oliveira, Adelmir Santana e José Evaristo dos Santos, que presidem ainda a Fecomércio-SE, a Fecomércio-DF e a Fecomércio-GO, respectivamente, cuja participação objetivou a apresentação aos deputados e à sociedade do Sistema CNC-Sesc-Senac e sua atuação na área da Saúde. Laércio, também deputado federal, fez menção ao ano de 1946, “quando os empresários se uniram e, através da chamada ‘Carta da Paz’, decidiram destinar parte de sua folha de pagamento para oferecer aos empregados qualificação profissional e bem-estar físico, mental e social, criando o Sistema S, como o Sesc e o Senac”. Até hoje, 1% do valor total da folha de pagamento das empresas do comércio de bens, serviços e turismo vai para a qualificação profissional por meio do Senac; e 1,5% para ações sociais, culturais e esportivas, por meio do Sesc. Em 2015, o custo de investimento em instalações, equipamentos, mão de obra qualificada para oferta de cursos de qualificação no Senac, em todo o

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Brasil, para trabalhadores da área de Saúde foi da ordem de R$ 504 milhões no Senac e R$ 858 milhões para o atendimento das atividades específicas ao Sesc, para os mesmos usuários. “Minha pergunta é: são 70 anos trabalhando com isso; será que os quase 3,5 milhões de trabalhadores do setor da saúde gostariam de abrir mão do que já têm acesso e com a qualidade desse serviço?”, questionou Laércio Oliveira. “Uma possível disputa por representação do segmento não deveria se sobrepor aos interesses sociais. O fim da prestação de serviços já realizada pelo Sistema Comércio geraria prejuízos não somente para o trabalhador do setor de serviços de saúde, como também para os milhares de empregados para servi-los”, afirmou. O vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), Marcelo Britto, foi questionado: “Em quanto tempo seria possível atender da mesma forma que atendemos o mesmo número de pessoas? (mais de dez milhões de pessoas)”; “Em quanto tempo se qualificariam essas pessoas para os atendimentos?” “Quem pagaria a conta do investimento atual?”. E finalizou: “O que a gente precisa é somar forças e assim oferecer os serviços de forma cada vez melhor”.

Sesc - Serviço Social do Comércio Adelmir Santana mostrou os impactos que uma possível mudança de gestão administrativa pode vir a causar aos trabalhadores do setor de serviços na área de Saúde, com a criação de um novo braço social na área: “São 509 unidades fixas em mais de 2.200 municípios do País, com seis milhões de atendimentos ao ano e 80% de atividades ofertadas gratuitamente”.


INSTITUCIONAL Imagem: Joanna Marini

Ações de saúde oferecidas por Sesc e Senac são defendidas pelos vice-presidentes da CNC Adelmir Santana, Laércio Oliveira e José Evaristo dos Santos

O Sesc trabalha com a missão de promover a melhoria da qualidade de vida do trabalhador do comércio de bens e serviços e suas famílias em mais de dois mil municípios, com 1.893 espaços para atividades físicas e esportivas, 435 consultórios odontológicos e 74 unidades móveis de saúde (odontologia, nutrição, saúde preventiva e saúde da mulher), que já percorreram mais de 1.500 localidades. Santana enfatizou o alto foco em hábitos saudáveis: “Contamos com 150 consultórios em área de enfermagem; programas de saúde física, como o Odonto-Sesc e Sesc Saúde Mulher; programas culturais, como arte para ampliar experiências e reunir pessoas (teatros, bibliotecas, etc.); lazer, como integração para o corpo e a mente; entre outros”. Hoje, o Sesc conta com 1.783 espaços esportivos no Brasil; 1.302 espaços recreativos; 147 meios de hospedagem – como estímulo à integração social. São mais de 19 mil funcionários qualificados em todas as regiões brasileiras, produzindo e recebendo capacitação para a melhoria dos serviços em odontologia, nutrição, promoção de ações educativas (como a reutilização de alimentos realizada no programa Mesa Brasil).

Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial O Senac oferece cursos gratuitos, conta com mais de 480 ambientes e laboratórios em todo o Brasil,

399 centros de educação profissional polivalentes, além de 13 carretas-escolas que percorrem municípios interioranos do País. “Desde sua criação, em 1946, mais de 55 milhões de atendimentos foram prestados. São cerca de três mil municípios atendidos em todos os Estados e Distrito Federal”, afirmou José Evaristo. Dados de 2015 registraram: 2.628.053 atendimentos (matrículas concluídas ou em processo e participantes em ações extensivas); 1.476.972 matrículas – deste total, 638.888 matrículas fazem parte do Programa Senac de Gratuidade (PSG) e 141.594 do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Precisamente, os números demonstram 2.230 municípios atendidos, 637 unidades operativas e 50.872 empregados. Além disso, ações como o Programa Senac de Gratuidade (PSG), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do governo federal e tantas outras permitem que o Senac escreva um capítulo particular na história educacional do nosso país, contribuindo com oportunidades de excelência para o desenvolvimento do trabalhador brasileiro. Sobre os recursos da contribuição compulsória das empresas da área de Saúde, Evaristo dos Santos elucidou que representam apenas 5% do total da arrecadação das contribuições destinadas ao Senac. CNC NOTÍCIAS | SETEMBRO 2016 | ANO XVI

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INSTITUCIONAL

Sesc e Senac: atuação em saúde de qualidade para os brasileiros Com mais de 70 anos de atuação, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) se consolidaram como importantes agentes de transformação social, auxiliando o desenvolvimento do comércio de bens, serviços e turismo e levando qualidade de vida e capacitação profissional a milhões de brasileiros.

Imagens: Divulgação

Essa consolidação trouxe junto uma responsabilidade de cuidar do que é o bem mais precioso das pessoas, a saúde, por meio de uma ampla rede, composta por unidades fixas e móveis, programas de atuação expressiva, cursos profissionalizantes, educação preventiva e diversos profissionais, com expertise comprovada pelos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e demais usuários.

Sesc: educação preventiva e qualidade de vida Para o Sesc, a saúde é compreendida como reflexo das condições políticas, sociais e econômicas da população. Dessa forma, a instituição planeja as suas atividades para que se multipliquem nacionalmente e beneficiem milhões de brasileiros. São diversos programas espalhados pelas unidades em todo o País que levam serviços como assistência odontológica, nutrição e educação em saúde. O objetivo principal é a promoção da saúde física e mental dos cidadãos, atuando com campanhas de prevenção a doenças como câncer, diabete, obesidade, problemas cardiovasculares, Aids, entre outras. Só em 2014, foram quase 100 milhões de atendimentos em saúde. As ações educativas são realizadas em todas as unidades do Sesc, com atuação em conjunto com instituições parceiras e públicos-chave em projetos que abrangem temas como saúde sexual e reprodutiva, combate ao uso de drogas, saúde bucal e visual, alimentação saudável, entre outros. Além disso, por meio das unidades móveis, o Sesc chega a localidades de difícil acesso. O programa OdontoSesc conta com mais de 50 unidades móveis que levam o cuidado com os dentes a cidades do interior do Brasil. Em alguns estados, como Amapá, Goiás e Rio Grande do Norte, as carretas do Sesc Saúde Mulher realizam atendimentos exclusivos às mulheres, com a realização de exames como mamografia, ultrassonografia e alguns diagnósticos. Acima: unidade móvel do Sesc Saúde Mulher; ao lado: paciente é examinada no programa Sesc Saúde Visão, que realiza atendimentos para a saúde visual

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INSTITUCIONAL Ao lado, imagem do Sesc Triathlon, uma das muitas iniciativas voltadas para o esporte; mais abaixo, crianças participam do OdontoSesc

O Sesc ainda promove ações de incentivo ao esporte e ao lazer, por meio de campanhas nacionais, e disponibiliza espaços físicos como academias de ginástica, quadras poliesportivas, piscinas, campos de futebol e salas multiuso dedicadas à prática de atividades físicas.

Senac: capacitando os profissionais da saúde Com sua expertise, o Senac forma trabalhadores para atuarem na área da Saúde e aperfeiçoa aqueles que já estão inseridos no mercado de trabalho. A estrutura pedagógica da instituição, reconhecida internacionalmente, capacitou, entre 2010 e 2014, mais de 915 mil profissionais em cursos voltados para o segmento da saúde, divididos nas modalidades de Aprendizagem Comercial, Qualificação Profissional, Habilitação Técnica de Nível Médio e Graduação. Os cursos, muitas vezes, não têm custo para os estudantes, sendo as vagas provenientes do Programa Senac de Gratuidade (PSG) ou do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Senac ainda conta com 13 carretas-escola, que levam educação profissional em saúde a municípios

distantes dos grandes centros urbanos, além de uma balsa-escola que garante a populações da Bacia Amazônica acesso à educação profissional. Os serviços de qualidade e excelência do Sesc e do Senac estão à disposição de milhões de trabalhadores e empresas do comércio de bens, serviços e turismo, entre eles trabalhadores da Saúde, como enfermeiros, técnicos e agentes de saúde. Uma ampla rede espalhada por todo o País que há 70 anos auxilia no desenvolvimento dos brasileiros.

Alguns dos cursos do Senac no segmento Saúde Aprendizagem

Serviços administrativos em

Serviços de

Serviços de farmácia e

comercial

instituições de saúde

saúde

drogarias

Qualificação

Cuidador de

Balconista de

profissional

idosos

farmácia

Qualificação

Técnico em

Técnico em

profissional

Radiologia

Enfermagem

Licenciatura em Educação Física

Graduação

Atendente de

Auxiliar em

Nutrição

Saúde Bucal

Técnico em

Técnico em

Técnico em

Farmácia

Saúde Bucal

Óptica

Tecnologia

Bacharelado em

Bacharelado em

Curso Superior

em Estética e

Nutrição

Educação Física

de Tecnologia

Cosmética

Massagistas

em Radiologia

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INSTITUCIONAL

Reforma do PIS/Cofins para serviços atinge bolso do brasileiro O deputado federal Laércio Oliveira, presidente da Comissão de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esteve, em agosto, na Casa Civil para conversar com o ministro Eliseu Padilha sobre os impactos negativos da reforma do PIS/Cofins no setor de serviços, anunciada pelo governo anterior. A reforma vai prejudicar empresas de todos os setores, mas em especial as áreas de educação, saúde, construção, telecomunicações, segurança, informática, entre outras, que geram mais de 20 milhões de empregos. O ministro ficou sensibilizado com os problemas que poderiam ser causados pela reforma e informou que abordaria o tema dentro de um grupo de trabalho dos Ministérios da Fazenda e Planejamento.

Laércio mostrou que as consequências dessa reforma seriam o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, além da possibilidade de demissão de cerca de dois milhões de trabalhadores. O parlamentar citou o exemplo da Educação: este ano, mais de um milhão de crianças e jovens foram forçados a migrar das escolas particulares para as públicas devido ao custo das mensalidades. Com a reforma, as mensalidades aumentariam 6,17%, agravando ainda mais essa situação, inclusive com desemprego de professores, ampliando os gastos públicos e reduzindo a arrecadação. “O resultado acabará sendo a necessidade de aumentar novamente os impostos, o que reforçaria esse círculo vicioso de atraso e desequilíbrio fiscal”, disse.

Imagem: Carla Passos

A mudança no PIS/Cofins é uma demanda da Receita Federal e de empresas de lucro real de alguns setores. Entretanto, a reforma oneraria todas as outras de setores cumulativos e milhares de empresas em regime de lucro presumido com faturamento acima de R$ 3,6 milhões, de todos os setores.

Laércio Oliveira (à esquerda) apresenta dados ao ministro Padilha: empresariado anda preocupado

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O assessor da Mobilização Nacional contra o aumento do PIS/Cofins, Emerson Casali, afirmou que os prejudicados não teriam como absorver custos de uma reforma que onere ainda mais os setores intensivos em mão de obra. Já o ministro Padilha enfatizou que o governo acredita que, com uma carga tributária de 37% do PIB, não é possível aumentar impostos. Afirmou que a prioridade do governo é realizar as reformas para estancar o crescimento dos gastos. Por fim, Laércio Oliveira confirmou ao ministro Eliseu Padilha que o setor empresarial estará pronto a apoiar o governo nas agendas necessárias ao crescimento do País.


NO RADAR

E-commerce fatura R$ 19 bi no primeiro semestre do ano

De acordo com o estudo, diversos são os fatores que influenciaram o crescimento. Entre eles estão: aumento de 7% no valor do tíquete médio, ficando em R$ 403,46, crescimento puxado pela alta de preços registrada pelo Índice Fipe/Buscapé; maior participação das classes AB; e manutenção das vendas de categorias de produtos de maior valor, como Eletrodomésticos e Telefonia/Celulares. Outros motivos também colaboraram: o aumento de 31% em consumidores virtuais ativos, aqueles que realizaram pelo menos uma compra no período, chegando a 23,1 milhões, e o forte crescimento das vendas via dispositivos móveis, que tiveram 18,8% em participação média no semestre

Imagem: Divulgação/Ebit

No primeiro semestre de 2016, as vendas pela internet alcançaram um faturamento de R$ 19,6 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Ebit, empresa especializada em informações sobre comércio eletrônico, e constam do 34º WebShoppers, relatório sobre o setor no Brasil.

Pedro Guasti: vantagens da compra on-line também são motivo de atração para consumidores que desejam fazer uma compra mais qualificada pagando menos

e, em junho, representaram 23%. “Todos esses fatores somados tiveram influência para que o faturamento registrasse um índice positivo, mesmo com um cenário de retração do varejo como um todo no atual momento do País”, avalia o CEO da Ebit e presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomércio-SP, Pedro Guasti. No entanto, com o aumento do desemprego e enfraquecimento das compras feitas pela classe C, houve queda de 2% no volume de pedidos na comparação com

o ano anterior. No total, foram contabilizados 48,5 milhões de encomendas virtuais. Por outro lado, a renda média familiar dos consumidores on-line aumentou em 11%, alcançando R$ 5.174. A estimativa de vendas até o fim do ano se mantém de acordo com o previsto pela Ebit no começo de 2016. O faturamento deverá totalizar R$ 44,6 bilhões, um crescimento nominal de 8% ante 2015. O número de pedidos poderá chegar a 106,5 milhões, próximo ao apresentado no ano passado.

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ECONOMIA

Bombas a desarmar Reajuste dos salários públicos ainda é problema para o governo, mas mercado reagiu bem à troca de comando no País

Está em curso no Congresso Nacional a inoportuna proposta de aumento dos salários para os Ministros do Supremo Tribunal Federal, que passaria de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil (+16,3%), a partir de janeiro de 2017. Esse salário, a rigor, estabelece o teto do funcionalismo público e tem desastroso efeito cascata em todos os Estados. Os líderes políticos do PSDB e do DEM, que apoiam o Governo Temer, se manifestaram abertamente contra a proposta, que consideram contraditória em relação à presente necessidade de rigoroso ajuste fiscal, como está sendo proposto pelo Planalto. Também o senador Ricardo Ferraço apresentou vigoroso relatório na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, contrário ao Projeto. Paralelamente ao reajuste dos Ministros do Supremo, a citada Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou uma outra

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Imagem: Christina Bocayuva

ECONOMIA

O afastamento da presidente Dilma está por trás do avanço na confiança dos consumidores e dos empresários” ERNANE GALVÊAS é Consultor Econômico da CNC

proposta “bomba” que concede aumento salarial de 67% aos defensores públicos da União, significando que esses funcionários públicos vão iniciar suas vidas profissionais com salário mensal de R$ 28 mil, enquanto um professor de universidade ganha R$ 8 mil. Em verdade, o quadro de pessoal público é uma bagunça e tem que sofrer uma reforma radical.

Após dez trimestres seguidos de queda, os investimentos dão sinais de recuperação, e deverá ser a principal boa notícia no resultado do PIB no segundo trimestre do ano. Estimativas do IPEA e da FGV apontam expansão de cerca da 0,4% da Formação Bruta de Capital Físico (FBCF) no segundo trimestre, em relação aos primeiros três meses do ano.

Assim, entre as muitas “bombas” herdadas pelo Presidente Temer, estão os reajustes dos servidores públicos, que podem chegar a 38,1 bilhões por ano.

O último resultado do indicador de atividade do Banco Central (IBC-Br) já havia mostrado certo alento na queda da atividade econômica. A FGV antecipou que a economia brasileira encolheu 0,2% entre abril e junho, o melhor desempenho desde o quarto trimestre de 2014.

PIB e Investimentos A equipe econômica enviou o projeto de LDO ao Congresso, onde considera que a alta do PIB será de +1,6% em 2017, com déficit de R$ 139 bilhões nas contas do governo federal. As indicações são de que haverá crescimento da economia com aumento da arrecadação.

Essa melhora recente teve influência da troca de comando do País. O afastamento da presidente Dilma está por trás do avanço na confiança dos consumidores e dos empresários.

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ECONOMIA

De olho no consumo para o Natal Setembro dá início às contratações de funcionários temporários para o varejo suprir a demanda das vendas de Natal. Porém, apesar de o cenário já não estar mais tão negativo – “parou de piorar”, segundo especialistas –, a previsão da CNC é de que as vendas para a data comemorativa mais importante para o comércio tenham queda de 3,5% em relação ao ano passado. Em referência à mão de obra, a estimativa da Confederação é de que sejam abertos 135 mil postos de trabalho temporário para o período, 2,4% a menos do que o total de vagas oferecidas em 2015. O fôlego para consumo ainda é baixo e o endividamento das famílias teve uma leve alta em agosto, como pode ser observado nas próximas páginas, e isso vai se refletir nas vendas do comércio. No entanto, a recessão mais branda do PIB vista no segundo trimestre do ano (-0,6%), a queda menos intensa nas vendas (-0,5% de abril a junho de 2016) e o ritmo menor de demissões no varejo indicam que o pior já passou.

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ECONOMIA

Intenção de consumo tem primeira alta em seis meses Pela primeira vez em seis meses, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou aumento na comparação mensal: 0,9% entre julho e agosto. Numa escala de 0 a 200, a ICF alcançou 69,3 pontos, puxada pela variação positiva em todos os sete componentes do índice. Na variação anual, porém, houve um recuo de 15,3% e o resultado ainda evidencia uma percepção ruim, uma vez que está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de 100 pontos. “Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.

Avaliação do emprego melhor, mas nem tanto Único componente acima dos 100 pontos, a avaliação do Emprego Atual subiu 1,6% em relação a julho. Com 102,3 pontos, apresentou, no entanto, uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego no momento é de 28,9%.

Com 44,2 pontos, o Nível de Consumo Atual subiu 0,5% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve uma queda de 29%. A maior parte das famílias (66%) declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. E mais: a intenção de Compras a Prazo caiu 20,9% na comparação com agosto de 2015. Com 64 pontos, o componente apresentou uma elevação de 1,1% em relação a julho. Agosto é o primeiro mês, desde fevereiro, em que o item Momento para Duráveis registrou variação positiva, com 2,1% acima do verificado em julho, mas com recuo de 22,8% em relação ao mesmo período de 2015.

Ainda não é hora para duráveis 76,3% das famílias ouvidas consideram o momento desfavorável para comprar bens duráveis

76,3%

Fonte: CNC

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ECONOMIA

Comércio mostra confiança moderada em agosto O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aumentou 1,0% em agosto, na comparação com julho, na série com ajuste sazonal. Apesar da menor variação, é o quarto aumento mensal consecutivo, e o resultado foi influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes (+8,3%) e nas intenções de investimentos (+1,8%). Em relação a julho do ano passado, o Icec aumentou 9,4%, segunda taxa positiva nessa base de comparação desde julho de 2013. No entanto, o índice ainda se encontra em patamar abaixo do nível de indiferença (100 pontos), reflexo da contínua redução das vendas e da atividade do comércio. “A atividade do comércio ainda não mostra perspectiva de recuperação no curto prazo, embora haja diminuição no ritmo de queda das vendas. Entretanto, a confiança dos varejistas tem evoluído positivamente, após o indicador ter atingido a mínima histórica no fim do ano passado”, explica Izis Ferreira, economista da Confederação. Além da alta mensal de 8,3% no subitem que mede as condições correntes do Icec, a avaliação das condições correntes mostra melhora desde fevereiro deste ano na avaliação mensal dessazonalizada. Apesar disso, o índice continua em patamar muito baixo – no ano, teve a primeira variação positiva (+9,4%) desde o início da série histórica, em março de 2011, a despeito de o índice base de comparação (agosto de 2015) ter sido também muito baixo.

Recuperação lenta

5,4% foi a alta, em agosto, do subíndice do Icec que mede as intenções de investimentos na empresa Fonte: CNC

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O pior já passou? A percepção dos varejistas quanto às condições atuais melhorou em agosto em relação à economia (+13,7%), ao desempenho do setor do comércio (+7,1%) e quanto ao desempenho da própria empresa (+6,6%). Já o volume de comerciantes que avaliam as condições atuais como “piores” foi menor em agosto, mas se mantém elevado: para 89,6% dos varejistas, a economia piorou neste fim de semestre. Este percentual é mais baixo do que o observado em julho (91,9%) e em dezembro de 2015 (95,7%) – até então a taxa mais elevada da série histórica do indicador. Além disso, em agosto, o subíndice do Icec que mede as condições de investimentos registrou 81,5 pontos (+1,8%), influenciado por novo aumento nas intenções de contratação de funcionários (+0,8%), nas intenções de investimentos na empresa (+5,4%) e melhora na avaliação do nível dos estoques diante da programação das vendas (-0,3%).


ECONOMIA

Menos consumo, menos dívidas... Em agosto, 58% das famílias ouvidas pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estavam endividadas. Embora menor que na comparação anual (eram 62,7% em agosto de 2015), o resultado interrompe uma queda de seis meses consecutivos e evidencia um aumento de 0,3 ponto percentual em relação a julho, quando o percentual era de 57,7%. “As dívidas vinham diminuindo em função da retração do consumo. Essa mudança de comportamento pode indicar alguma melhora, porém as altas taxas de juros e o mercado de trabalho desaquecido continuam sendo um entrave para a retomada das compras. As famílias ainda estão inseguras para consumir e contrair novas dívidas”, explica a economista da CNC Marianne Hanson. O percentual das famílias que têm dívidas em atraso, entre cheque prédatado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, é de 24,4% e se mantém mais alto do que no mês anterior (22,9%) e em agosto de 2015 (22,4%). Já o percentual das famílias que relataram não ter como pagar as dívidas e que, portanto, permanecerão inadimplentes foi de 9,4%. O resultado também supera o de julho (8,7%) e o registrado há um ano (8,4%).

Caso sério 21,6% do total das famílias brasileiras tem mais da metade da sua renda atrelada ao pagamento de dívidas

21,6%

...mas comprometimento com contas ainda é alto Mesmo com os resultados gerais da Peic de agosto, do total das famílias brasileiras, 21,6% têm mais da metade da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 76,5% das famílias endividadas, o cartão de crédito é o principal tipo de dívida, seguido de carnês (15,3%) e financiamento de carro (11,1%). No grupo de famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito, por 78,0%, carnês, por 16,1%, e crédito pessoal, por 10,0%, foram os principais tipos de dívida apontados. Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em agosto de 2016 foram: cartão de crédito, por 70,1%, financiamento de carro, por 21,2%, e financiamento de casa, por 16,0%.

Fonte: CNC

Fonte: CNC

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TURISMO

Marco regulatório: vantajoso para o trade

Imagem: Cristiano Costa/Fecomércio-DF

Integrantes da Câmara Temática de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio-DF se reuniram com representantes da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Fetratuh) para debater a implantação do marco regulatório dos trabalhadores do setor. A reunião ocorreu no dia 1º de setembro, na sede da Fecomércio-DF, e teve como objetivo buscar implementar um conjunto de normas que regule as relações de trabalho na categoria de turismo e hospitalidade.

Durante a reunião, Francisco Maia (alto), presidente do Cetur da Fecomércio-DF, abordou pontos específicos da relação de trabalho no mercado turístico

Na opinião do presidente da câmara e do Sindeventos-DF, Francisco Maia, o marco regulatório é uma parceria dos empresários com os trabalhadores para fomentar o turismo na capital do País. “Incorporar uma discussão que vise à melhoria das condições de trabalho no segmento é um avanço na nossa atividade. Estamos trabalhando para evoluir cada vez mais”, salientou Francisco Maia.

Benefícios para todos A presidente da Fetratuh, Vera Leda de Moraes, explica que a implantação do marco regulatório trará respeito para os trabalhadores e vantagens para os empresários. “Entre os pontos relevantes do marco estão as questões de valorização do empregado, que precisa mudar urgentemente. A partir do momento que isso mudar, o colaborador vai sentir que aquele setor é bom para ele trabalhar. Se o trabalhador for tratado de forma respeitosa, o setor tem muito a ganhar”, disse.

Cetur-CE busca informação qualificada O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio-CE (Cetur-CE) realizou dia 5 de setembro reunião com os membros do Conselho e Diretoria para alinhamento das ações, além da apresentação do Sistema de Informações Empresariais para o Turismo no Ceará.

mento, isso significa um grande avanço na geração de resultados”, pontuou Brasil. A presidente do Cetur, Circe Jane Teles da Ponte, endossou a importância do Sistema para o setor: “As informações compõem o cenário do Turismo com resultados mensais, o que nos dará uma visão mais profunda do segmento.

O professor e consultor do Conselho, Hildemar Brasil, falou sobre as etapas essenciais para a implementação do Sistema e sua relevância para o Turismo. “A prática desta ferramenta possibilitará ao empresário traçar estratégias individuais de acordo com seu seg-

O Cetur da Fecomércio-CE foi instituído em dezembro de 2015, por 18 entidades relacionadas ao setor. Tem por finalidade oferecer aos empresários um novo ambiente para análise, planejamento e desenvolvimento de projetos e ações de interesse do Turismo.

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TURISMO Imagem: Divulgação/Abemf

Um dos principais destinos turísticos do Tocantins, a região do Jalapão é marcada por belezas naturais que precisam de conservação adequada

Cetur-TO analisa aproveitamento das potencialidades tocantinenses A Fecomércio-TO realizou, em sua sede, em Palmas, dia 31 de agosto, mais uma reunião de seu Conselho Empresarial de Turismo (Cetur). Durante o encontro, foram apresentadas novas propostas voltadas para o fomento de negócios no setor de Turismo e a grave falta de infraestrutura nos municípios que concentram um dos principais pontos turísticos do Estado, o Jalapão. Participaram da reunião cerca de 12 entidades que compõem o conselho efetivo do órgão. A Associação Tocantinense de Turismo Receptivo (ATTR) realizou uma apresentação em que foram pontuados os principais entraves percebidos pelas empresas que realizam atividades receptivas na região do Jalapão. Segundo o representante da ATTR, Fernando Torres, os empresários estão insatisfeitos com a demora do poder público na resolução dos problemas que são de extrema importância para a população, empresários e turistas.

“Nós estamos preocupados e, como representantes dos empresários que operam na região, estamos bastante insatisfeitos com a qualidade e a conservação dos pontos turísticos, além da infraestrutura”, disse Fernado Torres. Sobre este ponto, o conselho vai agendar uma reunião com o governador para sensibilizar o governo estadual e tentar alternativas para sanar esses pontos elencados, classificados como urgentes.

Taquaruçu Outra apresentação foi realizada pelo Sebrae e expôs o projeto de estruturação do Polo Turístico de Taquaruçu. O objetivo foi mostrar como ocorreu a implementação do projeto desde 2014 e como a iniciativa pode servir de modelo para outras localidades. O Cetur ainda discorreu sobre algumas ferramentas para a divulgação dos atrativos regionais, sobre a localização de empresas e pontos turísticos em Palmas.

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TURISMO

Olimpíada flexibiliza vistos Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 proporcionaram grande impulso ao turismo brasileiro, além de melhorias em aeroportos e mobilidade urbana; aprimoramentos na gestão de segurança e educação; sustentabilidade; acessibilidade; valorização da cultura nacional. Estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em julho de 2016, aponta que, no período da Olimpíada e da Paralimpíada, as receitas geradas ao setor turístico do Estado do Rio de Janeiro entre os meses de agosto e setembro devem somar R$ 2,68 bilhões. O resultado representa um avanço nominal de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado: 1,4 milhão de turistas no período de agosto e setembro. As perspectivas apontaram que, somente em agosto, 909,4 mil turistas estariam no Estado (666,3 mil brasileiros e 243,1 mil estrangeiros). Já a estimativa para a Paralimpíada previu receber 468,5 mil turistas em setembro. O presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC (Cetur) e presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares

e Similares (FNHRBS), Alexandre Sampaio, afirmou que “a cadeia do turismo receptivo (que compreende hospedagem, alimentação, transportes, entre outros) realizou investimentos de mais de R$ 10 bilhões no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos”. A CNC destacou entre os legados os mais de 38 mil quartos na rede hoteleira carioca, 12 mil apenas na região da Barra da Tijuca, onde fica o Parque Olímpico. Mas não foi somente isso. Uma das principais bandeiras defendidas pela FNHRBS, a isenção de visto em caráter excepcional para a Olimpíada e Paralimpíada, foi usada por 74,7% dos turistas internacionais dos países beneficiados (EUA, Canadá, Japão e Austrália) e 82,2% deles afirmaram que a medida facilitaria um retorno ao Brasil. “Estamos lutando para que a flexibilização do visto continue para que seja um dos grandes legados dos Jogos; buscamos também que a China seja incluída entre os países beneficiados”, destaca Alexandre Sampaio, presidente do Conselho. De acordo com o levantamento do Ministério do Turismo, 87,7% dos turistas estrangeiros têm a intenção de voltar ao Brasil, revelando a importância do pleito.

Intenção de retorno Pesquisa Doméstica

Pesquisa Internacional

5,8%

94,2%

12,3%

87,7%

A intenção de retorno ao Rio de Janeiro/Brasil também é muito positiva. 94,2% dos brasileiros pretendem voltar à cidade e 87,7% dos visitantes internacionais também declararam ter vontade de retornar ao Brasil. Fonte: Ministério do Turismo

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TURISMO

Autoridades e empresários comemoram visitação Imagem: Luciana Rivoli

-secretário da Confederação e presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt.

Da esquerda para a direita: Alberto Alves, Alexandre Sampaio e Bruno Breithaupt, durante encontro no Rio de Janeiro

A Embratur reuniu no Rio de Janeiro, no dia 18 de agosto, representantes do turismo nacional para um jantar em comemoração à presença de turistas estrangeiros no Brasil. O evento foi realizado no Ocean Lounge do Caesar Park, em Ipanema.

em alguns momentos, contra a desconfiança de todo o planeta, para pensar no que chamo de ‘dia seguinte’”, afirmou, referindo-se à reunião dos ministros do Turismo do Brasil e da Argentina para debater a ampliação de um turismo que vale US$ 4 bilhões.

O presidente do órgão, Vinicius Lummertz, ressaltou a importância da agenda pósolímpica, que será criada com a participação dos empresários e enfatizará uma atuação em bloco dos países da América do Sul. “Viemos bem até aqui e temos que ir melhor daqui para a frente, de forma a fazer prevalecer um pensamento estratégico para o turismo. Galgamos muitas posições,

Estiveram presentes ao jantar os ministros do Turismo do Brasil, Alberto Alves; e da Argentina, Gustavo Santos; secretários de Turismo, como o do Rio de Janeiro, Nilo Felix, empresários e líderes empresariais, como o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, e o diretor-

“Não há momento mais oportuno para aproveitar o fascínio gerado pela realização impecável desse evento mundial. Vamos fazer com que o mundo inteiro nos coloque no topo da lista ao planejar sua próxima viagem”, afirmou Sampaio. Já o ministro Alberto Alves destacou que o turismo no novo governo passou a fazer parte de um grupo econômico formado por outras pastas, como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). “Tivemos um upgrade; agora, temos que definir nossas prioridades para fazer acontecer. Estamos todos juntos em volta da mesma mesa”, disse. No encontro, foram ressaltados o ótimo desempenho do País na recepção do megaevento e o engajamento para que o legado seja uma realidade propulsora do setor não só para a cidadesede, mas para todos os destinos nacionais. Só na cidade do Rio de Janeiro, o setor hoteleiro foi ampliado e o número de leitos pulou de 29 mil para 60 mil, segundo o secretário de Turismo, Nilo Sergio Felix, um ganho que fortalece a infraestrutura e melhora a experiência de turistas nacionais e estrangeiros.

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TURISMO

Grupo de trabalho vai debater a Lei Geral do Turismo O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e o Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) realizaram, em 9 de setembro, um encontro com empresários e representantes de entidades do setor para formar um grupo de trabalho para debater e colher subsídios para o aperfeiçoamento da Lei nº 11.771/08 - a Lei Geral do Turismo (LGT).

Na ocasião, foram apontados os principais pontos de interesse que impactam diretamente todos os segmentos, como, por exemplo, os fatores relacionados às questões tributárias, regulamentações, limite de horas trabalhadas e exportação de serviços. Para Alexandre Sampaio, presidente do Cetur/CNC, a LGT precisa ser aprimorada para a efetiva aplicação no setor. “A partir das reuniões do grupo de trabalho formado aqui, poderemos colaborar muito com os Poderes Executivo e Legislativo. Em alguns aspectos

Imagem: Rubens Chiri

O grupo de trabalho se reunirá para o estudo e a produção de propostas de revisão da LGT, que estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo. A lei define as atribuições do

governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico e disciplina a prestação de serviços, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços turísticos.

tênues, não temos consenso, portanto vamos analisar os fatores que nos afetam como um todo”, afirma Sampaio. A presidente do Cevec, Viviânne Martins, alerta também para a importância do envolvimento da área de eventos na normativa. “Esse tipo de discussão é essencial para o setor de viagens corporativas, de lazer e hotelaria, além de demais segmentos como o de eventos, um dos mais importantes do País. E, para que isso aconteça, a atividade precisa estar contemplada na norma”, enfatiza. De acordo com os participantes, a entrada de novos atores no setor advindos da economia compartilhada requer um olhar cuidadoso neste trabalho. “Além das questões econômicas e tributárias, existem pontos da redação que citam as competências e atribuições que precisam ser melhoradas”, ressalta João Bueno, diretor da Associação Brasileira de Resorts, presente no encontro.

Representantes do Sistema CNC-Sesc-Senac participaram do encontro, que reuniu ainda empresários e entidades do trade turístico

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TURISMO

Diálogo com Secretaria de Segurança capixaba

André Garcia apresentou um balanço dos indicadores criminais no primeiro semestre de 2016 e respondeu às perguntas do trade turístico e dos empresários do comércio. “O diálogo entre a segurança e o setor produtivo deve ser permanente. Parabenizo a Fecomércio, através da CET-ES, por proporcionar esse encontro. É sempre importante essa troca de informações para que possamos aperfeiçoar as nossas ações”, disse o secretário de Segurança do Estado.

Imagem: Fecomércio-ES

A Câmara Empresarial de Turismo (CET-ES) da Fecomércio-ES promoveu uma reunião com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, dia 23 de agosto, no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória. O primeiro tema a ser discutido entre o trade turístico do Espírito Santo e o Governo do Estado foi Turismo e Segurança Pública.

Sepulcri e Garcia: alinhamento e ações em comum

Para o presidente da Fecomércio-ES e da CET-ES, José Lino Sepulcri, este é apenas o início de uma série de trabalhos. “A Câmara vem cumprindo seu papel de fórum empresarial qualificado”, afirmou.

A CNC foi uma das patrocinadoras do 16º Salão Sabores – Salão Técnico e de Negócios em Gastronomia e Hotelaria do Espírito Santo. O evento foi realizado nos dias 29 e 30 de agosto pela Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) em parceria com o Sindbares-ES e a Abrasel. O presidente da FNHRBS e do Cetur/CNC, Alexandre Sampaio, participou de um dos painéis sobre o tema Gorjeta e Trabalho Intermitente em Debate, abordando a insegurança jurídica sobre a cobrança de 10% do valor dos serviços prestados em estabelecimentos de alimentação. Além dos debates, o Salão Sabores ofereceu palestras e workshops com chefs profissionais, além de rodadas de negócios. Saiba mais em http://bit.ly/saborES

Imagem: Cloves Lousada

Salão Sabores fortalece a gastronomia do Espírito Santo

Demonstrações feitas por chefs de cozinha do Espírito Santo foram alguns dos destaques do Salão Sabores 2016

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TURISMO

Imagem: Divulgação

Senac Editoras na Bienal 2016 Das obras do Selo Senac, os das áreas de Gastronomia e Hotelaria são campeãs de vendas

O Selo Senac Editoras, formado pelo Departamento Nacional do Senac e pelas editoras do Ceará, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, apresentou ao público diversos lançamentos ligados às áreas de Gastronomia e Hotelaria durante a 24ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada de 26 de agosto a 4 de setembro. O Selo apresentou Cases em Hotelaria: como superar os obstáculos no dia a dia de um hotel; e Grande Hotel – Ca’d’Oro, a história de sucesso de uma cultura hoteleira centenária. Para os amantes da gastronomia, foram

oferecidos livros como Receitas históricas da confeitaria mundial, Quiches, Saboreando o Rio, Coma sem culpa: versões mais saudáveis de suas receitas favoritas, Floresta de cacau e chocolate, Segredos dos chefs 11ª edição: Brasil sabor Brasília. Em 17 anos de existência, foi a nona participação do grupo em Bienais. Apenas na última edição, realizada em 2015 no Rio de Janeiro, foram vendidas 11.400 obras. Entre os grandes campeões de vendas, estão os livros de gastronomia, procurados por pessoas de todas as faixas etárias.

Lançado guia para atendimento a turistas com deficiência Imagem: Eraldo Alves da Cruz

O Ministério do Turismo promoveu no dia 31 de agosto, no Rio de Janeiro, a cerimônia de lançamento do guia Dicas para Atender Turistas com Deficiência. O presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, e o secretário executivo do órgão, Eraldo Alves da Cruz, participaram do evento, realizado pelo ministério no auditório da Casa Brasil, localizado no Armazém 2 do Píer Mauá.

Representantes do Turismo na cerimônia de lançamento, no Rio de Janeiro: diversidade e inclusão valorizadas

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A publicação, dirigida aos prestadores de serviço do setor, dá foco à necessidade e à importância de tornar o turismo acessível a todos. O Ministério do Turismo também está em fase de produção de guias direcionados às pessoas idosas e ao público LGBT.


TURISMO

FNHRBS e Senac viabilizam capacitação em Minas Gerais Duas iniciativas importantes na área de Turismo no mês de agosto em Minas Gerais. A Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) promoveu, com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o IV Encontro de Concierges e Recepcionistas – Edição Pampulha Patrimônio Cultural da Humanidade. O encontro foi realizado no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, dia 26, e debateu a estruturação de uma metodologia de trabalho em rede para uma adequada e competente recepção aos turistas nacionais e internacionais. “Queremos, por meio do enfoque na melhoria da qualidade do atendimento, tornar a experiência dos turistas cada vez mais satisfatória, fazendo com que eles retornem ao Estado”, afirmou Alexandre Sampaio, presidente da FNHRBS e do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC.

Qualificação

Novidades Além das novidades, o Senac manteve outras atividades educacionais e gastronômicas no evento. Simultaneamente, foram realizadas palestras na Pousada Senac (14 palestras com capacidade para 50 pessoas, cada uma) e no Espaço Aulas Senac (14 palestras com capacidade para 40 lugares, cada). “A proposta do Festival de Gastronomia é transformar Tiradentes em um espaço para intercâmbio de culturas, sabores e técnica. E o Senac contribui com esse projeto por meio da expertise de seus profissionais”, destacou o diretor regional do Senac Minas, Luciano de Assis Fagundes. Imagem: Senac Minas

Imagem: Divulgação

O IV Encontro de Concierges e Recepcionistas abordou também a importância da capacitação profissional para o turismo receptivo, tema de destaque também de outro evento realizado em

terras mineiras, o 5º Fórum Senac – Gastronomia e Cultura, promovido pelo Senac Minas dentro do 19º Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes (MG), que foi realizado de 26 de agosto a 4 de setembro. O fórum registrou o lançamento do projeto Primórdios da Cozinha Mineira e a apresentação da Cápsula dos Sentidos. As atividades foram abertas ao público e gratuitas, assim como as palestras e oficinas interativas que ocorrem durante os finais de semana na Pousada Senac Tiradentes, no Espaço Aulas Senac e Espaço Interativo Senac, os dois últimos no Largo das Forras.

Alexandre Sampaio, segundo da esquerda para a direita, com

Senac mineiro manteve palestras e oficinas interativas gratuitas e

participantes do Encontro de Concierges e Recepcionistas

abertas ao público durante Fórum de Gastronomia e Cultura

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NOTAS & FATOS

Imagem: Christina Bocayuva

Novas oportunidades em jogo “Legalizar novamente o funcionamento dos hotéis-cassinos elevará o turismo brasileiro a um novo patamar de rentabilidade, competitividade e atratividade.”

Imagem: Fecomércio-RS

Alexandre Sampaio, presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, sobre o Projeto de Lei nº 442/91, que trata do Marco Regulatório dos Jogos.

Resolva Aqui “Agora, as empresas de Rondônia terão prazo para receber, analisar e responder a reclamações, podendo se chegar a um entendimento que evitará as vias judiciais.”

“Se hoje estamos vivendo situações difíceis, é porque outrora os tomadores de decisão não mensuraram os impactos sobre a sociedade.” Luiz Carlos Bohn, presidente da FecomércioRS, durante o 6º Fórum Fecomércio-RS de Sustentabilidade, realizado pela entidade no Teatro do Sesc Centro, em Porto Alegre, no mês de agosto.

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Imagem: Christina Bocayuva

Sustentabilidade e responsabilidade

Ranyery Coelho, presidente da Fecomércio-RO, sobre o Resolva Aqui, sistema monitorado pelo Procon e pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça para evitar a judicialização de litígios envolvendo consumidores e empresas.


NOTAS & FATOS

Imagem: Fecomércio-RN

Incentivo à graduação “Sempre defendemos que a forma mais eficiente e eficaz de transformar vidas é dar oportunidades às pessoas.” Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-

Imagem: Christina Bocayuva

RN, durante certificação de colaboradores do Sesc e do Senac beneficiados pelo Projeto de Incentivo à Graduação, dia 8 de setembro, na sede da Federação, em Natal.

Fé na retomada “Com a mudança no cenário político, acreditamos que haverá o resgate das atividades econômicas.” José Evaristo dos Santos, presidente da Fecomércio-GO, sobre os resultados regionais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Imagem: Fecomércio-PA

Diálogo é fundamental “Um espaço onde empresários, presidentes de sindicatos e lideranças do setor produtivo podem discutir a situação do seu setor de atuação é fundamental.” Sebastião Campos, presidente da FecomércioPA, durante café da manhã empresarial no Sesc Boulevard, realizado em setembro, com participação do vice-presidente da CNC e deputado federal Laércio Oliveira (na foto, ao microfone).

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Imagem: Adriana Medeiros

NOTAS & FATOS

Atuação estratégica “Sugerimos que os empresários pensem bem antes de demitir; afinal, quanto mais desempregados, menor será o consumo.” Itelvino Pisoni, presidente da FecomércioTO, durante a implantação da Rede Nacional de Representações (Renar), da CNC, na Federação.

Imagem: Christina Bocayuva

Recuperação à vista “Acreditamos que o fundo do poço da crise já ficou para trás. A economia já deu sinais positivos de recuperação.” Leandro Domingos, presidente da FecomércioAC, sobre os dados de emprego no Estado.

Imagem: Fenacon

Prêmio Jubileu de Prata “Em momentos de crise, a criatividade e a inovação são os principais meios para a sobrevivência de todos os setores, em especial o de serviços.” Mário Elmir Berti, presidente da Fenacon, sobre a realização do Prêmio Jubileu de Prata, sob o tema O que você espera da Fenacon nos próximos 25 anos?.

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Imagem: Adriana Medeiros

Imagem: Fecomércio-AL

Imagem: Fecomércio-MS

NOTAS & FATOS

Ferramentas para o dia a dia

Rodada de negócios em Alagoas

Precisamos de serviços que facilitem o trabalho da classe empresarial e melhorem os processos de funcionamento e de decisões das empresas.”

“Ao aproximar fornecedores e compradores alagoanos, estimulamos a cadeia produtiva e contribuímos para o fortalecimento da economia.”

Edison Araújo, presidente da Fecomércio-MS,

Wilton Malta, presidente da Fecomércio-AL,

durante lançamento do Pró-Empresas, dia 29 de agosto, projeto que oferece ferramentas como a certificação digital para empresários. Na foto, Edison com Hosmeide de Moraes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Dourados (Sindicom), parceiro na iniciativa.

sobre a Rodada de Negócios em Maragogi, realizada pela Federação, em 18 de agosto, no município alagoano.

Legado olímpico “Este é o momento em que devemos falar sobre legado. O que os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro vão deixar para o nosso país além de memórias e a infraestrutura nas cidades que receberam os Jogos?” Jeferson Furlan Nazário, presidente da Fenavist, sobre a Olimpíada.

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COMÉRCIO EM AÇÃO

Qualificação para o Turismo com especialista internacional No dia 2 de setembro, o Senac-RN promoveu cerimônia de certificação de instrutores capacitados no curso de Gestão Hoteleira e de Restaurantes, ministrado pelo especialista alemão Hans-Peter Sattler, profissional com experiência na realização de treinamentos no segmento em países da Europa, África e América do Sul. Durante duas semanas, o profissional detalhou tendências internacionais, empreendedorismo, inovação e qualidade na prestação de serviços, voltadas às áreas de hotelaria, bares e restaurantes, dentre outras informações.

De acordo com o presidente do Sistema FecomércioRN, Marcelo Fernandes de Queiroz, a parceria com o estado da Renânia-Palatinado é extremamente importante. “Temos registrado resultados diferenciados para o Senac, com a criação de produtos educacionais para atender às demandas do mercado local. A expectativa da Fecomércio é ampliar essas ações, contribuindo com outras áreas ligadas ao Turismo, além da educação profissional”, reforçou Marcelo Queiroz. Referência em capacitação profissional no segmento de Turismo, Hospitalidade e Lazer, o Senac possui portfólio que conta com mais de 100 áreas. A infraestrutura disponibilizada e os instrutores certificados e experientes estão entre os principais diferenciais da entidade, que tem cerca de 70 anos de atuação no Rio Grande do Norte.

Imagem: Senac-RN

O diretor regional do Senac-RN, Fernando Virgilio, destacou que a ação integra uma série de iniciativas com foco no desenvolvimento do turismo potiguar, resultado de parceria entre o Sistema Fecomércio-RN e o estado alemão da RenâniaPalatinado. O projeto contempla, para este ano ainda, financiamento internacional a capacitações voltadas aos profissionais do Senac com especialistas de referência nas áreas de Panificação Artesanal, Sommelier de Vinhos, Gestão Hoteleira e de Restaurantes e Metodologias de Avaliação. “Após reciclagem do nosso corpo técnico, a partir do primeiro semestre de 2017, o Senac prevê a criação de cerca de 15 novos cursos na área de Turismo e Hospitalidade”, afirmou.

Para o cônsul honorário da Alemanha no Rio Grande do Norte, Axel Geppert, os resultados da parceria são extremamente promissores. “Nas próximas semanas, uma missão com várias autoridades norterio-grandenses de diferentes segmentos econômicos irá à Alemanha para cumprir agenda com foco na formatação de novas ações em conjunto. Um dos assuntos que serão discutidos é a possibilidade de um voo fretado para o Rio Grande do Norte, como uma das formas de potencialização do turismo local”, disse.

Ao centro, Hans-Peter Sattler e os instrutores do Senac-RN: capacitação para expandir o turismo potiguar

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COMÉRCIO EM AÇÃO

Potencialidades do Agreste Imagem: Fecomércio-PE

Com a intenção de desenvolver os negócios que podem ser influenciados pelo turismo no Agreste de Pernambuco, o Instituto Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae-PE e o Sindicato do Comércio Varejista de Garanhuns, promoveu em 24 de agosto o Fórum de Debates – Potencialidades Turísticas do Agreste.

Bernardo Peixoto, vice-presidente da Fecomércio-PE: entidade luta pelo desenvolvimento do turismo local

O encontro, que foi aberto pelo 2º vice-presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, contou com mais de 100 empresários da região, “A Fecomércio-PE tem o objetivo, ao realizar eventos como este, de orientar e dar subsídios aos empresários para que identifiquem pontos fortes e aproveitem essas características regionais para desenvolver seus negócios. E essa é uma região propícia para o crescimento do turismo”, afirmou Peixoto.

Sesc Saúde Mulher leva serviços para a maior feira livre de Salvador Imagens: César Vilas Boas

Em uma parceria com a Prefeitura de Salvador, o Sesc da Bahia levou a unidade Saúde Mulher para a Feira de São Joaquim, considerada a maior feira livre de Salvador. Até o dia 19 de outubro, de segunda a sexta-feira, a unidade móvel realiza, gratuitamente, exames de mamografia e preventivo de câncer de colo do útero, além de atividades de educação em saúde. A ação conta com o apoio do Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador (Sindfeira).

A unidade do Sesc na capital baiana oferece serviços gratuitos e essenciais para o bem-estar da mulher

A unidade é um caminhão-baú, com consultório para realização de exames digitais de mamografia, realização de exame citopatológico, tenda externa para ações educativas, recepção e sala de espera, além de um elevador plataforma que dá total acessibilidade para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção.

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COMÉRCIO EM AÇÃO

Selo certifica lojas que respeitam o consumidor na capital federal Imagem: Raphael Carmona/Fecomércio-DF

A Fecomércio-DF e o Procon lançaram dia 23 de agosto, na sede da Federação, o programa Selo Amigo do Consumidor. A iniciativa contempla todo o setor de comércio e serviços da capital do País e tem como objetivo credenciar os estabelecimentos comerciais que respeitam o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF, com o selo: diferencial

O Selo Amigo do Consumidor terá a validade do ano vigente e virá com um QR Code, por meio do qual o cliente poderá acessar, em seu aparelho de celular, a íntegra do Código, para tirar eventuais dúvidas. Outro ponto da iniciativa inclui a criação de uma Câmara de Conciliação no próprio Procon, com participação da FecomércioDF, para ajudar na resolução de possíveis conflitos existentes entre empresários e consumidores.

trará melhores resultados às vendas

Com a presença de presidentes de sindicatos, diretores e conselheiros do Sesc e Senac Pará, a Fecomércio-PA promoveu um café da manhã empresarial no dia 2 de setembro, no Centro Cultural Sesc Boulevard, em Belém, e contou com a presença de Laércio Oliveira, vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e deputado federal.

Imagem: Thiago de Paula

Café empresarial no Pará

Empresários e lideranças sindicais se reuniram no Sesc Boulevard para troca de experiências

“Esse encontro e esse bate-papo devem servir para o intercâmbio de ideias entre os empresários do comércio de bens, serviços e turismo”, disse o presidente da Federação paraense, Sebastião Campos. No encontro, Laércio Oliveira afirmou que um dos grandes desafios do empresariado brasileiro é a inserção no meio político. Segundo o deputado federal, os empresários precisam participar

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mais ativamente do cenário político, e incentivou as lideranças a ocuparem cargos públicos. Em outro momento, o vice-presidente da CNC falou da importância do Sistema S e da excelência dos serviços ofertados pelo Sesc e Senac em todo o Brasil, destacando especialmente projetos como Mesa Brasil e Unidade Móvel Sesc Saúde Mulher.


COMÉRCIO EM AÇÃO

Novo espaço para o comércio maranhense Imagem: Fecomércio-MA

A Federação do Comércio do Estado do Maranhão inaugurou no dia 26 de agosto sua nova sede, que reúne também as administrações regionais do Sesc e do Senac no Estado. Trata-se do Condomínio FecomércioSesc-Senac – Edifício Francisco Guimarães e Souza, um prédio com 11 andares, localizado na Avenida dos Holandeses, que oferece uma moderna infraestrutura para atender os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Maranhão.

O novo e moderno espaço será dividido por Fecomércio, Sesc e Senac

O edifício conta com amplo estacionamento, além de um espaço planejado no térreo com uma área exclusiva para eventos institucionais e culturais e um teatro-cinema com 242 lugares. “Fruto de muito trabalho e dedicação das três entidades do Sistema Comércio, o Condomínio Fecomércio-Sesc-Senac oferece um espaço mais amplo e confortável, intensificando e fortalecendo a nossa atuação na representação, proteção e orientação da classe empresarial”, destaca o presidente em exercício da Federação do Comércio do Estado do Maranhão, Marcelino Ramos Araújo.

Sesc-AP inaugura unidade em Macapá Imagem: Cristiano dos Anjos

O Sesc Amapá inaugurou dia 6 de agosto uma nova unidade no Centro Comercial de Macapá. O novo espaço disponibiliza serviços de restaurante, academia, pilates e consultórios odontológicos, entre outros. Em uma estrutura de três pisos, a unidade foi planejada e construída levando em conta o melhor em estrutura, funcionalidade e conforto para seus usuários. Totalmente climatizada, a unidade conta também com uma central de atendimento ao cliente em que o público pode obter informações sobre todas as atividades realizadas pela instituição. Para o presidente do Sistema Fecomércio-AP, Eliezir Viterbino, a nova unidade proporcionará mais qualidade de vida aos comerciários e seus familiares.

Serviços da nova unidade do Sesc já estão disponíveis para a população desde 8 de agosto

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COMÉRCIO EM AÇÃO

Economista destaca potencial de Sergipe para o comércio exterior

Han palestrou no Ciclo de Diálogos Empresariais, promovido pela Fecomércio-SE no dia 8 de setembro, para mais de 120 empresários, estudantes das áreas de Administração e Economia, profissionais liberais, comerciantes e industriários. Na ocasião, o economista – formado pela Universidade de Chicago e consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento e CEO da Oeconomica – abordou a configuração do cenário econômico sergipano diante do mercado internacional. “Sergipe tem um grande potencial de desenvolvimento. Se os empresários do comércio de Sergipe trabalharem com foco no comércio exterior, existem mercados em todos os continentes com poder de absorção dos produtos sergipanos”, destacou. Para o presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, o evento foi um sucesso e a participação empresarial, além dos interessados em economia, foi muito importante. “Esse foi um dos nossos melhores eventos, com uma plateia muito participativa e que procurou saber muito mais sobre os assuntos relacionados ao comércio exterior com o Rodrigo. O tema foi esclarecedor e, certamente, muitos dos empresários que participaram aproveitarão o conhecimento transmitido para a melhoria do desenvolvimento de seus negócios, com o objetivo de trabalhar o processo de exportação”, afirmou Laércio.

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Imagens: Marcio Rocha

O Brasil é um país que pode se projetar no mercado mundial com expansão das atividades do comércio exterior, aumentando sua captação de recursos internacionais para o desenvolvimento da renda per capita e ampliando o volume de arrecadação no Produto Interno Bruto (PIB), e Sergipe pode surfar nessa onda. Esta é a visão do economista e cientista político, Rodrigo Han. Rodrigo Han, durante o Ciclo de Diálogos Empresariais da Fecomércio-SE, destacou a capacidade do Estado para a exportação

Justa homenagem A Câmara Municipal de Aracaju realizou na manhã do dia 12 de setembro uma sessão especial em homenagem aos 70 anos de criação do Sesc. Na abertura da solenidade, o vereador Roberto Morais, autor do requerimento, destacou o trabalho de grande alcance social promovido pela instituição em Sergipe e o reconhecimento da sociedade, mediante as inúmeras ações e projetos de valorização voltados aos trabalhadores do setor terciário. Já o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-SE, Laércio Oliveira, manifestou sua satisfação em dirigir a entidade em Sergipe. “Nossas ações propagam princípios humanísticos e oferecem serviços que fortalecem o exercício da cidadania”, disse Laércio (foto abaixo, ao centro).


COMÉRCIO EM AÇÃO

Fenacon incentiva inovação Em comemoração ao seu aniversário de 25 anos, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) vai realizar o Prêmio Jubileu de Prata Fenacon 2016. Tendo como tema O que você espera da Fenacon nos próximos 25 anos?, o concurso é aberto a estudantes dos ensinos superior e técnico, profissionais e empresários integrantes do Sistema Fenacon Sescap/Sescon. Os participantes terão que criar projetos inovadores e inéditos relacionados ao setor de serviços. As inscrições podem ser feitas até 15 de outubro, e o anúncio dos dez trabalhos finalistas será feito no dia 1º de novembro. O vencedor será conhecido durante a festa de 25 anos da entidade, no dia 23 de novembro, em Brasília (DF).

Vencedor do Jubileu de Prata Fenacon ganhará R$ 10 mil em dinheiro e participará do evento de premiação na capital federal, em novembro

Sesc-RS entre as melhores empresas para trabalhar

A entidade, que ocupa o 36° lugar no ranking geral, também conseguiu o 6° lugar entre as empresas com maior participação feminina em relação ao número total de funcionários.

Imagem: Fred Chalub/Rafael Jota

Pela segunda vez consecutiva, o Sesc-RS foi escolhido como uma das melhores empresas para se trabalhar em ranking feito pela organização Great Place To Work (GPTW) em parceria com a revista Época. Para o diretor regional do Sesc-RS, Luiz Tadeu Piva, “é motivo de imenso orgulho este resultado, pois é fruto de uma relação entre as condições de trabalho proporcionadas e a disposição de cada colaborador em construir um local participativo, agradável e de companheirismo. Estamos muito felizes em celebrar este resultado e agradecemos a cada colega o empenho em suas atividades”.

Luiz Tadeu Piva, diretor regional do Sesc-RS (à esquerda), recebe o prêmio em nome da entidade

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COMÉRCIO EM AÇÃO

Ciclo Sesc promove passeio pelo Centro Histórico de Natal Conhecer a história da cidade, praticar atividade física e ser solidário. Essa é a proposta do Ciclo Sesc, projeto realizado pelo Sesc-RN. O percurso passa por pontos do Centro Histórico de Natal, onde um guia falará sobre

a história do lugar aos participantes. O passeio está marcado para o dia 25 de setembro, com inscrições realizadas mediante a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis.

Imagem: Moraes Neto

Quem participa do Ciclo Sesc faz uma viagem no tempo, acompanhado por um guia turístico que apresenta histórias e curiosidades dos lugares visitados. Os educadores físicos do Sesc também orientam as pessoas, realizando alongamentos e supervisionando-as

durante todo o percurso. Além disso, os participantes recebem camiseta, boné, kit frutas e água mineral. Natal é a sexta cidade este ano a receber o Ciclo Sesc – os moradores de Mossoró, Caicó, Macaíba, Assú e Currais Novos também tiveram a oportunidade de conhecer mais suas cidades, graças ao projeto. Os alimentos arrecadados serão destinados ao programa Mesa Brasil Sesc, que combate a fome e o desperdício de comida com doações alimentícias e realização de oficinas de reaproveitamento.

Mais prazo para novo sistema de identificação de mercadorias

Em reunião realizada em 24 de agosto, em Brasília, o Grupo de Trabalho liderado pelo presidente do Conselho de Assuntos Tributários (CAT) da Fecomércio-SP, Márcio Olívio, entregou ao secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Daniel Alves, um documento assinado pelas entidades representativas do comércio e da indústria, solicitando a prorrogação do prazo de implantação do novo sistema, previsto para 1º de outubro.

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Imagem: Felipe Maranhão/Ascom CNC

O Convênio Confaz ICMS n° 92/2015 – que estabelece o sistema de uniformização e identificação das mercadorias passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS – está trazendo dúvidas e preocupações para os empresários. Reunião no Ministério da Fazenda discutiu a prorrogação do prazo para aplicação do Convênio Confaz


Imagem: REUTERS/Iwasaki Minoru/Pool

HISTÓRIA EM IMAGEM

Estreia internacional No primeiro compromisso fora do Brasil do presidente Michel Temer, após sua confirmação no cargo, a visita à China foi uma espécie de reapresentação do País aos seus parceiros globais. O presidente participou de um encontro informal com chefes de Estado dos outros quatro países que compõem o bloco dos Brics ao lado do Brasil (Rússia, Índia, China e África do Sul), participou das reuniões do G20 e teve conversas bilaterais com governantes de Espanha, Itália, Japão e Arábia Saudita. Com o presidente chinês, Xi Jinping (foto), além dos temas comerciais, Temer falou sobre as reformas que pretende implementar no País para promover o ajuste fiscal, assim como apresentou oportunidades de investimento do plano de concessões que está sendo elaborado para a área de infraestrutura.


Foto: Flavio Pereira

No mês das crianças, proporcione uma viagem a seu filho. No BiblioSesc ele encontra aventura, contos, comédias, curiosidades... São 57 unidades móveis, cada uma com acervo de 3 mil publicações, que levam conhecimento e diversão às mais diversas comunidades. BiblioSesc – há mais de dez anos trabalhando no incentivo à leitura.


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