Síntese Ambiental nº11

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Ano 3

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no Acelerando as mudanças A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completou quatro anos no dia 2 de agosto, e estabe­ leceu um marco regulatório de van­ guarda para a gestão dos resíduos sólidos. A nova política não só defi­ niu um conjunto de normas a serem seguidas, como vem despertando na sociedade novas formas de consci­ ência ambiental. Está em curso uma revolução silenciosa no Brasil, mo­ bilizando instituições, consumido­ res, poder público e cadeias produ­ tivas de vários segmentos. No processo dinâmico de um mundo globalizado, muitas oportunidades se desenham. Podemos destacar que a PNRS mudou o conceito de valor dado aos resíduos, que antes chamá­ vamos simplesmente de “lixo”. Se­ gundo o Instituto de Pesquisa Econô­ mica Aplicada (Ipea), o País chega a perder cerca de R$ 8 bilhões por ano quando deixa de recuperar materiais que poderiam retornar como insu­ mos aos ciclos de vida dos produtos. Se o mundo está mudando, todos precisam mudar. O que para mui­ tos se apresenta como um problema, para nós pode ser uma oportunida­ de. Para os empresários atentos, a PNRS lançou luz sobre as atividades que pouco conhecíamos, mas que

alçam patamares de importância. Os conceitos sobre reciclagem, reúso, não geração, redução e rejeitos estão consolidados em lei, e existe um es­ forço do Ministério do Meio Ambien­ te, que está empenhado para que seja superada a marca de apenas 18% de municípios que dispõem do serviço de coleta seletiva (PNSB/2008). A PNRS inseriu os comerciantes co­ mo parte integrante dos Sistemas de Logística Reversa. O momento é de oportunidade, mas também de atenção, pois existem muitos desa­ fios a serem vencidos, na infraes­ trutura operacional, de transpor­ tes, nas legislações estaduais. Vivemos no limite dos prazos para a implantação da PNRS, juntamen­ te com a expectativa do funciona­ mento de novos acordos setoriais: lâmpadas mercuriais e similares e embalagens em geral. As entidades gestoras que estão sendo formadas para gerir as cadeias reversas deve­ rão estabelecer parcerias com as Fe­ derações do Comércio, para articu­ lar junto aos órgãos ambientais dos estados os instrumentos que darão segurança jurídica aos comercian­ tes, e dessa forma, acelerar o pro­ cesso de implantação nos estabele­ cimentos comerciais. Boa leitura!

E x p e d i e n t e Este informativo é uma publicação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, CNC, Brasília, DF. Ano 3, no 11, agosto, 2014. Coordenação geral: Wany Pasquarelli Coordenação do grupo técnico de trabalho: Evandro Costa Coordenação e redação técnica: Cristiane Soares Projeto gráfico: assessoria de Comunicação (Ascom) Revisão: Daniela Marrocos Brasília Rio de Janeiro SBN Quadra 1, Bloco B no 14, Avenida General Justo, 307 Edifício CNC 15o ao 18o andar CEP 20021-130 CEP 70041-902 Tel. (21) 3804-9371 Tel. (61) 3329-9582/9561 E-mail: agr@cnc.org.br

Comitê Orientador para a Implantação da Logística Reversa (Cori) aprovou duas propostas de acordos setoriais O texto dos acordos setoriais que irão regular as logísticas re­ versas de embalagens em geral e lâmpadas mercuriais foram aprovados pelo Cori, no início do mês de julho, após intensas negociações com diferentes en­ tidades dos setores empresariais. Os acordos preveem a responsabi­ lidade compartilhada, propician­ do que esses materiais, depois de usados, possam ser recuperados e aproveitados em seu próprio ciclo produtivo ou em outros. O acordo setorial das embala­ gens em geral exclui as emba­ lagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes; e o de lâmpadas mercuriais exclui os produtos incandescentes, halógenos e Li­ ght Emitting Diode (LED). O secretário de Recursos Hídri­ cos e Ambiente Urbano do Mi­ nistério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, destacou que do ponto de vista do consumidor, é preciso facilitar as condições para fazer a entrega do material; e da parte dos comerciantes, o poder público precisa propor­ cionar condições simplificadas para a adoção de procedimentos para o armazenamento, instala­ ção de coletores e transporte, sem que isso envolva violação das regras ambientais. Na próxima etapa, ambas as propostas passarão por con­ sulta pública.


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