Ano 4
nº
14
Eficiência energética e reúso da água pautaram reunião do GTT-MA A 11ª Reunião do GTT-MA, ocorrida no dia 8 de maio, na CNC-RJ, apresentou possibilidades para o uso eficiente da energia e da água, pensando na competitividade e sustentabilidade das empresas do comércio, serviços e turismo. Foram apresentadas soluções, pela empresa Acquabrasilis, para o reúso de água e sistemas de captação de água da chuva, considerando que muitas das atividades podem fazer uso de água limpa, que não seja potável, o que pode economizar os recursos hídricos e também financeiros. Apesar do elevado investimento inicial em sistemas de tratamento e armazenagem de água de reúso, o retorno é muito superior e traz garantias competitivas às cadeias de negócios que demandam este recursos, tais como hotelaria, lavanderias, condomínios e concessionárias, por exemplo.
Outra apresentação muita interessante foi do programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que dispõe de recursos financeiros para o setor de comércio e serviços, para serem aplicados em projetos de eficiência energética. Destacamos que é importante que as Federações acompanhem as chamadas públicas, pois as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica são obrigadas, por lei, a aplicar, anualmente, 0,5% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética no uso final. Os recursos correspondem a um total de mais de R$ 400 milhões, e a partir de julho deste ano, as distribuidoras de energia deverão realizar pelo menos uma chamada pública anual para projetos.
E x p e d i e n t e
Um passo adiante A missão do GTT-MA é antecipar-se aos fatos que possam afetar o empresário do comércio, buscando ações preventivas, que colaborem para redução dos impactos socioambientais negativos, alinhando as cadeias de negócios dos setores representados ao novo cenário ambiental brasileiro. O secretário-geral da entidade, Marcos Arzua, abriu o encontro destacando a importância do trabalho do grupo para as empresas dos setores representados pela Confederação. “É um dos trabalhos mais significativos de nosso Sistema, já que estuda questões que impactam diretamente as empresas”, disse Arzua. O Sistema CNC-Sesc-Senac segue com o compromisso da sustentabilidade socioambiental, da qualidade de vida e bem-estar da sociedade.
Este informativo é uma publicação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Brasília, DF Ano 4, nº 14, junho, 2015. Coordenação geral: Wany Pasquarelli Redação e coordenação técnica: Cristiane Soares Colaboração: Luciana Neto Fotografia: Christina Bocayuva Projeto gráfico: Assessoria de Comunicação (Ascom) Revisão: Daniela Marrocos Brasília SBN Quadra 1, Bloco B nº 14, 15º ao 18º andar (Edifício CNC) CEP 70041-902 Tel. (61) 3329-9582/9561 E-mail: agr@cnc.org.br
Rio de Janeiro Avenida General Justo, 307 CEP 20021-130 Tel. (21) 3804-9371 Marcos Arzua
Os benefícios do reúso de água para os empreendimentos A engenheira da empresa Acquabrasilis, Sibylle Muller, abordou os principais aspectos da água de reúso no Brasil, exemplificando sobre como este recurso deve ser aproveitado. Foi explicado que
Sibylle Muller
“O retorno sobre o investimento realizado é muito interessante, pois traz, além da perenização da oferta, a garantia de utilizar um recurso hídrico seguro”. Segundo a assessora da CNC, Cristiane Soares, os usos destes sistemas no comércio podem ter impactos muito positivos. “Lavanderias, postos de combustíveis que utilizam a lavagem de veículos, condomínios e concessionárias, por exemplo, podem ser grandes beneficiados e têm grande potencial de utilização desses sistemas de tratamento”, afirmou Soares. Ainda de acordo com Cristiane, a ausência de legislação que regulamente o uso e o tratamento da água podem vir a prejudicar o setor no futuro. Para o diretor da CNC e vice-presidente da Fecomércio-SP, Marco Aurélio Sprovieri,
2
existem inúmeras atividades que podem utilizar-se de água limpa não potável, gerando economia de recursos hídricos e financeiros. “Água serve para tudo, e água tratada está cada vez mais cara e escassa”, explicou a engenheira. De acordo com Sibylle, outros tipos de água tratada podem substituir a água potável, águas que na maior parte dos casos são descartadas no esgoto. As chamadas “água cinza” (derivada de chuveiros e lavadoras de roupa), “água negra” (derivada de vasos sanitários e cozinhas), as águas pluviais, as derivadas de drenagem do solo (lençóis freáticos superficiais) e as de captação de sistemas de ar-condicionado, são exemplos de tipos de água que podem ser tratadas e utilizadas em inúmeras atividades.
Diante da exposição dos diferentes tipos de água, foi reforçada a importância de fazer os tratamentos adequados a cada tipo. “Mesmo a água de chuva precisa ser tratada, pois carrega uma série de partículas do ar ou de superfícies por onde passa, que podem ser prejudiciais”, explicou. Apesar da complexidade e elevado grau de investimento em sistemas de tratamento e armazenagem de água de reúso, o retorno pode ser obtido em pouco tempo; em alguns casos, dentro de poucos meses. A diretora complementou. “É preciso levar em consideração vários aspectos do local, para verificar a viabilidade do projeto, dimensionar o tamanho dos reservatórios e o tipo de sistema de captação”, disse Sibylle.
o setor privado deve se aproveitar desses sistemas, por que “gera uma grande economia de recursos, que podem ser utilizados em outros investimentos”. Sprovieri disse ainda que o poder público precisa agir com mais eficiência no tratamento e na captação da água, “sobretudo após essa grande crise que o País vivencia. Precisamos cuidar desse recurso cada vez mais precioso”. A chefe da Assessoria de Gestão das Representações (AGR) da CNC e coordenadora do GTT-MA, Wany Pasquarelli, afirmou que está trabalhando, junto à Rede Nacional de Representações (Renar), para unir esforços nos estados e “fazer uma pressão cada vez mais forte no setor público, para que haja ações mais eficientes em relação aos recursos hídricos e, assim, garantir o bom desempenho dos nossos associados”.
CNC
Síntese Ambiental
nº 14
Empresas do comércio terão incentivo para eficiência energética Empresas do comércio de bens e serviços podem ter projetos de eficiência energética financiados por programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de chamada pública realizada pelas distribuidoras de energia. O programa de eficiência energética dispõe de recursos para o setor, por meio das concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, que são obrigadas, por lei, a aplicar, anualmente, 0,5% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética no uso final. Os recursos correspondem a um total de mais de R$ 400 milhões, e a partir de julho deste ano, as distribuidoras de energia deverão realizar pelo menos uma chamada pública anual para projetos. “Para cada mil reais pagos à distribuidora, cinco reais devem ser aplicados em eficiência. Esses recursos fazem com que este seja um dos maiores programas de eficiência energética do mundo”,
afirmou o especialista em regulação da Aneel, Elton Lima.
mos avançar para outros estados e segmentos”, defendeu Cristiane. A Assessoria de Gestão das Representações (AGR) e a Gerência de Programas Externos (GPE), da CNC, vão propor um modelo para facilitar a participação das empresas no Programa da Aneel, e farão uma videoconferência com as Federações para esclarecer o projeto. O especialista em regulação da Aneel explica que as Federações podem apresentar projetos de forma conjunta com sindicatos e empresas. “Aguardamos as propostas do comércio; os recursos estão disponíveis”, afirmou Elton.
Cristiane Soares, assessora da CNC, explicou que as chamadas públicas precisam ser acompanhadas nos Estados, com as respectivas concessionárias. “As Federações devem ficar atentas às chamadas públicas. Em Santa Catarina, conseguimos realizar projetos de eficiência em supermercados e hotéis, setores intensivos no uso de energia, mas precisa-
O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan, defendeu a participação do setor e afirmou o interesse da entidade em ser parceira da Confederação nesse processo. “Somos hoje um dos maiores consumidores de energia elétrica no País, e queremos participar, junto com a CNC, deste programa de eficiência”.
Elton Lima
Programas educacionais – a oferta do Senac Kelly Lima Teixeira, assessora técnica em turismo do Senac DN, apresentou os programas de edu-
Síntese Ambiental
nas modalidades de Qualificação profissional, Formação inicial e continuada, Habilitação técnica de nível médio, Graduação, pós-graduação e extensão, disponíveis nos formatos Educação à Distância ou Presencial. Finalizou apresentando todo o portfólio de produção e disseminação de conhecimento, por meio da Revista Senac Ambiental, e mais quatro centros editoriais – Departamento Nacional, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, que dispõem de ampla diversidade de publicações, com mais de 80 títulos voltados ao segmento de meio ambiente.
Kelly Lima Teixeira
nº 14
cação profissional disponíveis no portfólio da instituição, voltadas para a área de meio ambiente,
CNC
3
Agenda Eco Bahia 2015 A Eco Bahia Ambiental acontecerá entre os dias 9 e 12 de setembro de 2015, em Salvador, no Centro de Convenções da Bahia, com realização da Organização dos Direitos Humanos (ODH) e apoio da Prefeitura, Universi-
dade Estadual de Feira de Santana (UEFS), em parceria com o Grupo Delfim. A realização do evento vem coroar o esforço da cidade para implementar ações de sustentabilidade e educação ambiental. Informações: www.ecobahiaambiental.com.br
XVII Fimai | Simai A Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2015, no Pavilhão Branco, do Expo Center Norte, em São Paulo, SP. O evento representa uma mostra atualizada de opções na área ambiental e possibilita o contato com os mais importantes especialistas e empresários atuantes
no Brasil. E tem dentre seus objetivos, o estímulo para a troca de informações e experiências sobre tecnologias, equipamentos, bens e serviços. Destina-se, principalmente, aos interessados na área de gestão ambiental e de resíduos, segurança e saúde ocupacional, cooperativas de reciclagem, organismos governamentais e não governamentais, responsabilidade social, entre outros. O acesso à feira é gratuito.
A CNC está presente Encontro de produtores de informações sobre os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) Evandro Costa e Cristiane Soares, economista e assessora, respectivamente, representarão a entidade na mesa temática que irá tratar dos padrões de produção e consumo sustentáveis, dentro do Encontro de Produtores de Informações. O Encontro será realizado pelo IBGE nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho de 2015, no Rio de
Janeiro, e tem como escopo central elencar um conjunto de indicadores voltados ao acompanhamento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela ONU, com horizonte até 2030. A mesa temática “padrões de produção e consumo sustentáveis” tem como fim identificar indicadores ambientais, sociais e econômicos, aplicáveis ao setor produtivo nacional.
Siga-nos no facebook.com/groups/gttma.cnc 4
CNC
Síntese Ambiental
nº 14