Há muitos anos que escrevo e que as folhas ficam na gaveta ou acabam por ficar esquecidas. Cheguei a uma altura em que pensei que, talvez o que escrevo, possa não só fazer sentido para mim mas também a mais alguém que o possa ler. Ganhei alguns prémios em pequenos concursos de escrita, mas sem dúvida que o melhor prémio, é quando sei e sinto que o que escrevo ajudou, de alguma forma, alguém a criar pontes para sentimentos melhores dentro de si e para com os outros. Muitas vezes, escrevo num tom poético, mas francamente, não sei se lhe possa chamar poesia. Acima de tudo, são emoções que relato, pensamentos que me ficam e acontecimentos que me transformam de alguma forma. (Maria João Moreno, autora da obra "Entre o espelho e a imagem reflectida")