AFONSO DUARTE
BIBLIOGRAFIA 1912 – Cancioneiro das Pedras (Livraria Ferreira, Lisboa) 1914 – Tragédia do Sol-Posto (França Amado, Coimbra)
1929 – Os 7 poemas líricos (Presença, Coimbra) 1933 – Desenhos Animistas de uma Criança de 7 anos (Imprensa da Universidade, Coimbra)
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1936 – O Ciclo do Natal na Literatura Oral Portuguesa (Companhia Editora do Minho, Barcelos) 1947 – Ossadas (Seara Nova, Lisboa) 1948 – Um Esquema do Cancioneiro Popular Português (Seara Nova, Lisboa) 1949 – Post-Scriptum de um Combatente (edição do autor, Coimbra) 1950 – Sibila (edição do autor, Coimbra) 1952 – Canto de Babilónia e Canto de Morte e Amor (edições do autor, Coimbra) 1956 – Obra Poética [incluindo O Anjo da Morte e Outros Poemas] (Iniciativas Editoriais, Lisboa) 1960 – Lápides e Outros Poemas [póstumo] (Iniciativas Editoriais, Lisboa) Funda as revistas A Rajada (1912) e Tríptico (1924) e colabora, entre outras publicações periódicas, nas revistas A Águia, Contemporânea, Dyonisos, O Instituto, Manifesto, Presença, Seara Nova e Vértice.
Na parede [do quarto de frente da casa de Afonso Duarte, na Rua do Dr. João Jacinto, em Coimbra], por cima da mesa grande, encontravam-se dependurados uns objectos de arte regional e, ao meu olhar indagador, ele descreveu: Eram algumas das peças do museu de etnografia que eu estava a organizar quando me puseram fora. A sua voz tinha uma tremulência, notava-se desgosto e compreendi ainda melhor este seu verso O meu espírito agreste de luta, porque ele nascera para lutar nos seus trabalhos e na sua poesia. A vida e a incompreensão da sua obra pedagógica tornara-o um lutador. Queria organizar apaixonadamente uma obra de etnografia que a sua mente concebia e para isto traziam-lhe elementos preciosos as suas alunas. Ia amorosamente estudando e comparando os trabalhos recebidos como se poderá verificar nos seus livros O Ciclo do Natal na Literatura Oral Portuguesa em que ele principia agradecendo aos seus antigos alunos da Escola Normal Primária de Coimbra: «Historiando o nascimento do divino Jesus, os cantos do Natal entretecem um dos mosaicos mais ricos da nossa literatura oral. (…) Um Esquema do Cancioneiro Popular Português, em que afirma: « – Um breviário de conceitos morais, formando corpo de doutrina sobre a honra, firmeza e fidelidade, prudência, diligência e persistência, confiança e franqueza, amor da família, e uma filosofia de experiência que é toda perdão, desculpa e paciência perante as fraquezas da vida». Daí o convívio com o seu antigo condiscípulo e etnógrafo, Prof. Vergílio Correia e as interpretações pessoais que nos deixou e podemos antever, portanto, a riqueza desta obra etnográfica que foi tão prematuramente cortada, mas que nos legou como o método que tinha traçado. JACINTO SOARES DE ALBERGARIA, A Lição dum Homem, Ponta Delgada, 1975.
seguido de UM ESQUEMA DO CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS
1925 – O Desenho na Escola – Barros de Coimbra (Lumen, Coimbra)
A LIÇÃO DUM HOMEM O CICLO DO NATAL NA LITERATURA ORAL PORTUGUESA
1916 – Rapsódia do Sol-Nado seguida do Ritual do Amor (Renascença Portuguesa, Porto)
O CICLO DO NATAL NA LITERATURA ORAL PORTUGUESA
JOAQUIM AFONSO FERNANDES DUARTE
seguido de
1884 – Nasce a 1 de Janeiro, na Ereira, Verride, Montemor-o-Velho.
UM ESQUEMA DO CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS
1894-1896 – Instrução primária em Alfarelos. 1898-1901 – Aluno interno no Colégio Mondego, em Coimbra. 1902-1907 – Regimento de Lanceiros dʼEl-Rei e Liceu de Coimbra. 1907-1913 – Universidade de Coimbra. Bacharel em Ciências Físico-Naturais. 1914-1915 – Professor no Liceu de Vila Real de Trás-os-Montes. 1915-1918 – Lisboa: Escola Normal Superior / Professor do Liceu de Gil Vicente / Mobilizado para o Regimento de Artilharia de Costa / Sofre ataque de paraplegia. 1919-1932 – Coimbra: funções administrativas nos Liceus José Falcão e Infanta D. Maria / professor na Escola Normal Primária. 1932 – Colocado na situação de adido fora do serviço e compelido à aposentação. Passa a viver na Ereira, com periódicos regressos a Coimbra. 1958 – Morre em Coimbra, a 5 de Março. É sepultado no cemitério da Ereira.
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AFONSO DUARTE