OSVALDO ÉNIO
OSVALDO ÉNIO
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Osvaldo Énio Nóbrega Machado Godinho nasceu no Lubango, descendente dos colonos ali chegados em fins de 1884, formando uma terceira geração como neto da avó paterna, nascida já em Mossâmedes, atual Namibe. Era assim um dos designados “branco de segunda” segundo as leis emanadas da Metrópole e em vigor durante alguns anos. Muito jovem começou a escrever versos e alguma prosa, a que uma precoce atividade radiofónica exercida na rádio local veio tornar mais assídua e volumosa. A sua juventude decorreu abraçada pela Serra da Chela e sob o olhar complacente da Senhora do Monte, sem espartilhos e sem amarras, e moldada pela Solidariedade. Defendia uma independência para todos que o 25 de abril 74 veio precipitar. Os efeitos nefastos da descolonização forçaram a sua fuga para a Metrópole, acompanhado dos familiares diretos. Perante a desorganização e incompreensões encontradas nas forças de segurança, dois anos depois pede a passagem à reserva. Passado algum tempo vai para o Alentejo litoral trabalhar, e perante a colorida natureza que o rodeia e a simplicidade, honestidade e resiliência do seu povo tão sofrido, torna-o um novo e renovado chão, a quem oferece todos os saberes, experiências e competências.
DESPERTAR
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O Frederico parte da sua pequena aldeia pobre, sem recursos, e vai mobilizado para a guerra em Angola, deixando ficar a namorada com quem pensava casar. Cumprido o tempo abandona a zona de guerra e é transferido para a EAMA (Escola de Aplicação Militarde Angola) localizada na bonita cidade de Nova Lisboa, Huambo, onde passa a instrutor. A Nela não aprova a decisão, pois tem medo de ir viver para Angola, e contra a vontade do Frederico acabam o namoro. Num grupo de amigos conhece a Filipa, com quem se casa e têm uma filha, a Tereza de Fátima. Anos depois Filipa morre de acidente de viação. Devido à situação de insegurança,conflitos decide mandar a Té estudar para um colégio conhecido de Chaves. A Té tem dificuldades em se adaptar à mudança, sofre de depressão, e uma professora que a vem apoiando verifica que a mesma é filha de Frederico, o seu antigo namorado. Frederico abandona com mágoa Angola, vem para Chaves, e casa com a Nela, sua antiga namorada. A Té, já na Universidade, aceita ir fazer um voluntariado numa ONG no Huambo, a sua terra natal. Evale, uma criança de seis anos, encontrada ferida e faminta, após destruição da sua sanzala por um dos movimentos ditos de libertação, afeiçoa-se à Té e torna-se seu protegido. No regresso a Portugal, condoída e com o apoio de todo o quimbo, o Evale acompanha a Té, passando a fazer parte da família.