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As Aves entre os vertebrados

do voo. Especialmente quando estão a descansar, as aves tendem a recolher as asas bem junto ao corpo através de um ajuste em “Z”. Este perfeito ajuste ósseo é possível graças a modificações nas articulações, especialmente na articulação dos ossos do punho. Esta adaptação, ausente nos dinossáurios não avianos, terá ocorrido pela primeira vez no início do período Cretácico, há 145 Ma (FASTOVSKY e WEISHAMPEL, 2009). O desenvolvimento da adaptação do osso carpal semilunar no grupo coelurossáurios contribuiu para aumentar a destreza na mão, permitindo que os dinossáurios não avianos carnívoros que o possuíam pudessem melhor agarrar e dilacerar presas (FASTOVSKY e WEISHAMPEL, 2009). O género Archaeopteryx ainda possuía esta, entre outras características osteológicas reptilianas, como, por exemplo, 3 dedos móveis I, II e III e com garras que se projetavam anteriormente entre as penas assimétricas dos membros anteriores. Embora inicialmente os dedos e garras bem recurvadas nos membros anteriores servissem para capturar e conter as presas entre o grupo dos terópodes, do qual as aves derivam, os Eumaniraptora, posteriormente, segundo algumas teorias, terão servido também para permitir a subida às árvores, e, levando sequencialmente ao desenvolvimento das asas, penas assimétricas e por último, ao voo.

Painel com infografia onde se pretende destacar a anatomia óssea comparada dos membros anteriores dos vertebrados voadores atuais (aves e mamíferos) e extintos (pterossáurios, répteis voadores). Painel integrado na exposição “Os dinossáurios vão à estufa”, que esteve patente até 18 de abril de 2018, em Lisboa.

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