Uma Lógica Causa-Efeito by SitiodoLivro.pt

Uma L贸gica Causa-Efeito

FICHA TÉCNICA EDIÇÃO:

Vírgula Uma Lógica Causa-Efeito AUTOR: Osvaldo Francisco Lopes Mendes TÍTULO:

REVISÃO:

Ana Domingos Paulo S. Resende CAPA: Patrícia Andrade PAGINAÇÃO:

1.ª EDIÇÃO Lisboa, Julho 2013 ISBN:

978-989-8413-78-9 358612/13

DEPÓSITO LEGAL:

MENDES

PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Sítio do Livro, Lda. Av. de Roma n.º 11 – 1.º Dt.º | 1000-261 Lisboa www.sitiodolivro.pt

Uma L贸gica Causa-Efeito

OSVALDO

FRANCISCO

LOPES

MENDES

Índice 1.

Introdução 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Génesis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Visão geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Alguns conselhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que mais me fez pensar que isto ainda não existia? . . . . . Qual o motivo de expor desta maneira e não fazer tudo de raiz?

2. CLINDUs e os seus elementos . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.

2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.6. 2.7. 2.8. 2.9.

Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.1. Tabelas de valoração binária de operadores . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.2. Performativas, direcionados e ontologias . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.3. Algumas fórmulas de equivalência . . . . . . . 2.1.4. Alguns aspetos relevantes . . . . . . . . . . . 2.1.4.1. Eliminando, por enquanto, algumas ambiguidades ou dúvidas . . . . . . . 2.1.4.2. De que maneira não implicamos com quem mais difícil de lidar . . . . . . . . Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contagem de elementos . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma representação sem futuro das funções ‘and action’ . Análise de risco na escolha do elemento para CLINDU . . União de lógica de Bool versus lógica casualista . . . Hipótese de causa dupla . . . . . . . . . . . . . . . . Relações não binárias podem ser aleatórias . . . . . . Proposta de trabalho 1 – CLINDUs . . . . . . . . . . .

3.3.

3.4.

3.5. 3.6.

13 15 19 22 23

. . .

. . . . . . . . .

33 34 36

. é . . . . . . . . .

. .

. . . . . . . . .

37 40 53 56 58 66 66 68 69

. . . . . . . . .

3. As causas e o modelo de níveis. . . . . . . . . . . . . . . . 3.1. 3.2.

Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 O exemplo de sistema de nomes como vindo de um modelo de níveis, a soma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 3.2.1. Definição e algumas estimativas . . . . . . . . . . . 77 Cálculo do oposto, dado um exemplo com contexto e outro sem contexto algum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 3.3.1. Algoritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 3.3.2. Cálculo de compatibilidade entre duas pessoas . . . . 85 3.3.3. Possibilidade na computação evolutiva do cálculo do oposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Modelo de nível binário com os ands binários embebidos – exemplo 2 do modelo de níveis . . . . . . . . . . . . . . . . 88 3.4.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 3.4.2. União com o mundo difuso e algumas possibilidades . . 91 Proposta de trabalho 2 – síntese do modelo de níveis . . . . 93 Modelo da concatenação – exemplo 3 do modelo de níveis . . . 93

Pensando em aplicações I . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Os CLIQDUs, CLIRDUS e os CLIRDUS em Real Dm . . . . . . . . . 101

Outras maneiras de tornar o estudo das causas-efeitos finito e mais suficiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

Tipos de estruturas e um mundo de operadores . . . . . . . . 111 7.1. 7.2. 7.3. 7.4. 7.5. 7.6.

Tipos de estruturas . . . . . . . . . . . Operadores de ações não temporais . . . . Operadores de ações temporais . . . . . . Estatísticas dos operadores de ações e/ou estatísticos . . . . . . . . . . . . . O novo poder quântico . . . . . . . . . . Exercício . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . operadores . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . .

111 112 119

. . . . . . . . . . . .

120 122 123

Mexendo um pouco na explicação de fórmulas . . . . . . . . . 125

Física e filosoficamente falando e reforço do que já foi dito 129 9.1. 9.2.

Nota: sou um ser limitado, mas sei o que digo . . . . . . . . Um pouco do universo e evolução de sistemas de informação . .

129 130

10. Principais informações motivadoras de pensamento . . . . . . 137 10.1. 10.2. 10.3. 10.4. 10.5.

Onde inserir? . . . . . . . . Aplicação mais realística . . . Aplicação segundo um attachment Puzzle do prejuízo . . . . . . Algumas questões sobre o tema .

11. Informática

. . . . . . . . . . . . . . de informação . . . . . . . . . . . . . .

. . . . .

137 137 142 146 147

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153

11.1. 11.2. 11.3. 11.4.

Porquê e introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Muitas das habilidades dos vários temas abordados . . . . . . Prever o futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Redes neuronais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.4.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.4.2. Como contar as retas . . . . . . . . . . . . . . . . 11.4.3. Resolução do jogo com algoritmo de ciclos aninhados . 11.4.4. Resolução do jogo com algoritmo genético . . . . . . 11.4.5. Tentativa de resolver o 3-SAT com base neste jogo . . 11.4.6. Outros tipos de aceleração de algoritmos através de uma rede neuronal . . . . . . . . . . . . . . . . 11.5. Bug humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.6. Motor de busca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.6.1. Maior inimigo do meu motor de busca e que também ajuda 11.6.2. Motor de busca 1.0 . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.6.2.1. A teoria . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.6.2.2. Outros exemplos de restrições . . . . . . .

153 154 157 158 158 161 162 162 163 165 169 172 172 173 173 177

11.7. 11.9. 11.10. 11.11.

11.12. 11.13. 11.14.

11.6.3. Motor de busca 2.0 . . . . . . . . . . . . . . . 11.6.4. Motor de busca 3.0 . . . . . . . . . . . . . . . 11.6.5. Motor de busca 4.0 . . . . . . . . . . . . . . . Hipóteses de interpretações do exterior . . . . . . . . . Esboço para programadores – tentativas de exploração . . O alvo da programação por objetos . . . . . . . . . . . . O jogo de xadrez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.11.1. Um primeiro ataque ao problema . . . . . . . . . 11.11.2. Jogador de xadrez com base no minimax Negascout e lógica de base n . . . . . . . . . . . . . . . 11.11.2.1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . 11.11.2.2. Algumas considerações antes de começar 11.11.2.3. Estratégia . . . . . . . . . . . . . . 11.11.2.4. Resultados . . . . . . . . . . . . . . 11.11.2.5. Contraindicações . . . . . . . . . . . 11.11.2.6. Melhoramentos por agrupamentos . . . . 11.11.2.7. Motivo do nome sistema de partículas – uma curiosidade . . . . . . . . . . . 11.11.3. Uma avaliação, outra procura . . . . . . . . . . Proposta de trabalho 3 – para informáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Acerca do blog de linguagem “Assembly” do universo . . . Traduzindo para data mining . . . . . . . . . . . . . . .

12. Método científico

. . . . . . . .

178 179 183 185 189 191 193 193

. . . . . . .

197 198 200 201 203 207 208

. . . .

209 210

. . . . . .

210 211 213

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217

12.1. Contexto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.2. CMM (Capability Maturity Model – modelo de maturidade da capacidade) e vantagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.3. Casos enganosos que servem para evitar cometer o mesmo erro que Aristóteles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.4. Não deixar de parte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.4.1. Uns exemplos do que pode ser bom e mau . . . . . .

217

219

. . .

220 221 222

13. Incentivando a criatividade dos artistas literários e talvez filmes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 14. Conclusões

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227

15. Referências

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233

15.1. 15.2. 15.3. 15.4. 15.5. 15.6. 15.7. 15.8.

Inspiração na licenciatura . . Inspiração no mestrado . . . . Psicologia nos jogos . . . . . Filosofia . . . . . . . . Apenas explorações matemáticas Economia . . . . . . . . Jogos . . . . . . . . Neuro-computação . . . . . . .

. . . . . . . .

233 234 235 236 237 237 237 238

Índice de Tabelas Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela

1: 2: 3: 4: 5:

Mecânica de presenças para ‘and action’. . . . Mecânica de presenças para ‘xor’ . . . . . . . Não atomicidade de ‘or action’ . . . . . . . . Mecânica de presenças para o ‘or action’ . . . Motivação intrínseca vs. extrínseca, existente na experiência verbalizada . . . . . . . . . .

. . . .

30 31 31 32

. . . . 118

Índice de Figuras Figura 1: O jogo “Align bilar” . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 2: Versão NP do algoritmo para cálculo da taxa de sucesso funcional, respetivo a um problema de divisão e conquista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 3: Metáfora da roda dentada para um modelo de níveis. . .

Figura 4: Algoritmo proposto em português estruturado. . . . . . 162 Figura 5: Processo de acelerar os algoritmos através de uma sub-rede neuronal . . . . . . . . . . . . . . . 165 Figura 6: Sinal binário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 Figura 7: Concatenação de sinal, com um exemplo da base 4. . . . 167 Figura 8: Aumentando as dimensões, mas sem classificação com hiperplanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Figura 9: Dificuldade de elaboração da técnica versus prioridade da técnica no desempate do conhecimento – útil para acreditar nas capacidades do engenho e, assim, as pessoas acreditarem naquilo que experimentam. . . . 184 Figura 10: Grupos e sub-grupos, uma forma de melhorar desempenho 208 Figura 11: Soma do conhecimento – tentar reunir o poder máximo que ele oferece . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218

1. Introdução 1.1. Génesis Tudo começou em 2004 com uma brincadeira, transformando-se numa coisa séria. Eu tinha acabado de ler algo sobre a numeração existente nos computadores quânticos. A numeração era de base 4. As coisas não se resumem só a verdadeiro ou falso, por assim dizer. Foi então que fiz a tal brincadeira: arranjar um conjunto de imagens que servisse para interpretar a base 4. Claro que a que eles usavam chegava a ter imagens como verdadeiro e falso, simultaneamente, e nem verdadeiro nem falso para além de verdadeiro e falso, distanciando-se, assim, do que eu pensei. Mais tarde, consegui fazer mais do que uma e, por incrível que pareça, ainda mais adiante reparei que essas imagens podiam ser causas umas das outras... A partir daí, surgiu uma grande evolução. Cada situação com que me deparava servia, às vezes, para melhorar a teoria e tentar resolver puzzles e enigmas. Eu estava a pensar se seria possível construir uma grande linguagem de programação com base nisto. 13

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Não sendo a minha criatividade para resolver problemas suficientemente grande, tentei procurar conhecimento, por haver muito nos dias de hoje, unindo-o (como, por exemplo, utilizando a capacidade de representação de conhecimento desta lógica e justificando essa capacidade) e, a partir dele, usei o meu raciocínio (“algoritmo de procura”) para ser mais eficaz. Um pequeno fator surpresa foi introduzido, sendo desvendado ao chegar a um dado capítulo mais avançado, para quem criou credulidade com as primeiras palavras. A credulidade criada deve-se à maneira simples daquilo que o capítulo 2 (“CLINDUs e os seus elementos”) apresenta. Todavia, o simples é o melhor. Depois as pessoas podem pensar em tudo o resto, podem pensar em melhoramentos, tais como os apresentados ou outros, sendo que na lógica causa-efeito “volta tudo ao mesmo”. Sei que, se não conseguir explicar de forma clara (não precisa ainda de ser formal a 100%), podem achar-me maluco, mas, ainda assim, o livro está muito claro para o assunto que aborda. Um trabalho excelente, que vale a pena aproveitar. Não há nada melhor do que o prazer e o desenvolvimento, em vez de romances. Se acham que é mentira isto tudo, então demonstrem-no matemática e informaticamente. Se acham que é uma possibilidade, não custa experimentar. Uma introdução não é nada fácil.

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1.2. Visão geral O conceito é complexo, sendo soft computing talvez o mais parecido que encontrei na web. Uma das características é uma lógica de base n, arqueada com vários estratagemas, com várias aplicações e objetivos. É defendida uma representação do conhecimento com capacidades de divisão e conquista, cujos poderes vão sendo alargados e aumentados. Este documento apresenta muitas relações, com muitos factos já existentes, providenciando uma forma bastante evolutiva. Porquê tantas voltas? Vivemos uma constante de exigência atrás de exigência do ponto de vista da compreensão das pessoas. Foi introduzido melhoria atrás de melhoria, mas o fenómeno até podia assemelhar-se ao dos sistemas de gestão do conhecimento em que nada é suficiente. Chega a uma altura em que basta e já não é uma questão de falta de qualidade. Este livro tem uma grande qualidade. É preciso forçar as outras pessoas a pensar não só por um, mas por vários motivos. O nome e o potencial para serem justificados obrigaram a referir muitos temas dispersos e a tentar “encaixar” tudo isso. Entre os objetivos, existe uma álgebra nova que pode inspirar novas linguagens de programação (também os SQL foram inspirados numa álgebra), poderá tornar-se uma álgebra de redes neuronais, pode iniciar um estudo em informática de redes neuronais massivas, simplificar muitos programas, inspirar novos esquemas de procura de soluções, melhorar o método científico (que, no fim, vai receber uma avaliação do grau de maturação), inspirar táticas para tentar passar no famoso teste de Turing, abrir caminhos para um novo esquema de 15

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motores de busca, data mining, novas estratégias de xadrez, criar uma filosofia única, criar uma matemática única e unir vários conhecimentos de uma forma mais consistente e poderosa. Os livros de economia podem falar da importância da formação (algo típico da era do conhecimento), como Carvalho e Lopes (2011), mas mais importante do que a quantidade é a qualidade. Devemos focar-nos na qualidade, no funcional. No futuro, o maior motor do país será o seu empreendimento informático e robótica (pela melhoria de velocidade e qualidade de operação dos processos de negócio em geral, sistemas de suporte de decisão, sistemas executivos, infraestruturas e novos tipos de negócio), a julgar pela crescente dependência das empresas pela informação (o mais importante na empresa), o cada vez maior impacto da informação no nosso meio, o aumento do tamanho das aplicações e a necessidade de automatização como forma de diminuir custos com a mão-de-obra e aumentando, assim, a competitividade. Todo esse fator económico poderia ser explicado num livro à parte, mas não quero perder-me em detalhes e deixo o que vale a pena da minha parte. O conhecimento só faz sentido para os interesses práticos e deve ser rentabilizado a todo o custo e ao máximo possível para o interesse comum e das pessoas que o desenvolvem. O capítulo “Conclusões” do livro de Serrano e Fialho (2003) reforça essa ideia e toda a importância do conhecimento. Outro pormenor que deve ser mais cativante para o leitor do que greves, e que precisaria de envolver muitas pessoas, poderia ser juntar este livro a outros livros para criar um brainstorm. Problemas difíceis? 16

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Desculpar o que não se faz por ser difícil é para os fracos (eu próprio já resolvi problemas difíceis), porque a vida nunca foi fácil e as crises só revelam as nossas fraquezas. É preciso perceber o ponto de vista, como tudo se desenvolveu, o que estou a partilhar e assim concluir que não é nada do outro mundo. Do capítulo 2 (“CLINDUs e os seus elementos”) ao 10 (“Principais informações motivadoras de pensamento”) várias aproximações a formalizações são abordadas, algumas utilidades são referidas, algumas justificações são feitas e servem de base ao capítulo 11 (“Informática”) que, por sua vez, serve de base para o 12 (“Método científico”). Assuntos referentes do capítulo 12 podem acabar por inspirar o 11. O capítulo 13 (“Incentivando a criatividade dos artistas literários e talvez filmes”) mostra algo diferente, buscando um tipo de fontes de inspiração tal como a história demonstra. O computador que não passa de uma máquina de Turing finita (que inspira esta lógica) que, por sua vez, é mais limitada do que a matemática. Daí é preciso ter cuidado para não enveredar por caminhos desnecessários e inúteis. Quais são, ainda, mais motivos para fazer isto? Além dos já referidos, outro motivo é a ambição que ninguém me pode tirar e que inclui a vontade de evoluir e inovar. Estudei e esforcei-me bastante para ter alguma coisa na vida. Tenho de ter coragem para enfrentar desafios e, mesmo que não tenha ido ao Imagine Cup (http://www.imaginecup.com/), não posso ter medo de ter ideias e, assim, melhorar o mundo como um grande programador. Mais importante do que a ambição, nos tempos que correm, é o tipo de ambição, porque o que conta é a intenção. 17

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Outro motivo é tentar melhorar o Curriculum Vitae. Também é verdade que sozinho nunca acabarei estes trabalhos. Se o que está aqui é certo, então ninguém poderá contradizer, mas esse facto não afasta a crítica. Melhor que a crítica é ter oportunidade de participar no Imagine Cup, ter motivos para o fazer e ter ideias. Tentei desenvolver-me a respeito daquilo a que dão valor para além das aulas. Tentei aplicar conhecimentos. Tentei misturar esses mesmos conhecimentos. Tentei melhorar esses conhecimentos. Tentei treinar. Querer ser o melhor possível é outro motivo, o principal, e não desistirei. Se não estão contentes, deixo-vos esta frase: “utilidades são números que utilizamos para expressar o valor das consequências, pelo que são tão arbitrários como as próprias consequências” (Edwards et al., 1991: 459). Os números aqui são úteis e pegam num conhecimento. Qual a vantagem desta lógica face à de base 2? A lógica de base 2 só dá dois tipos de respostas. Na base 2, se x1^x1=x1 e x1^~x1=0 significaria em certo contexto, se quiséssemos, que dois entes contraditórios, se se juntassem, dariam sempre o mesmo e com o mesmo tipo nada aconteceria, o que não é sempre possível. Com esta lógica de base n não se tem só valores de veracidade, como acontece, por exemplo, com as outras lógicas. Focando em outro aspeto, há coisas que não podemos dizer que são um tanto verdadeiro ou um tanto falso. Sendo assim, não têm oposto, como mostra o capítulo 3.2 (“O exemplo de sistema de nomes como vindo de um modelo de níveis, a soma”). Existem estratégias engenhosas neste livro que são muito mais fáceis ou passam a ser possíveis com esta lógica; onde a lógica 18

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de base 2, ou difusa ou de base 4 pecam. Aqui não se abdica de outras lógicas conhecidas há mais tempo, sendo incorporadas com esta. Enquanto a lógica booleana “distingue o preto do branco”, esta é capaz de “ver a cores”. Esta visão geral mostra, até então, algo que pode ser uma ideia muito boa, mas que é preciso melhorar. Vamos pôr à prova, à vista de todos, se o que pedem tem alguma coisa a ver com o que querem. Não é, por exemplo, o que muitos cientistas querem? Querem uma lógica causa-efeito que permita melhorar a ciência? Será correta uma lógica causa-efeito que permita representação de conhecimento? Como é que querem resolver os problemas? Só quem interessa é que pode pensar em grande? Não é por acaso que existe a motivação do trabalho de Aristóteles: causa material, causa formal, causa eficiente e causa final; por exemplo e tantos outros que o tentaram? Qual será a melhor e a mais simples? E porquê? Qual o fundamento matemático com que se consegue atribuir? Será suficientemente viável para não induzir em erro? Quais as limitações? Como é possível ultrapassar essas limitações? Qual a que cobre mais situações? Qual será a de mais rápida evolução? Qual a que possui maior capacidade de adaptação? Mas isto é só um ponto de vista.

1.3. Alguns conselhos Ainda por cima, pode parecer triste e revoltante certas pessoas terem publicidade à borla. Todavia, talvez as suas vidas sejam horrí19

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veis e fizeram para ter essa publicidade. É preciso ter paciência, não criar certo tipo de hostilidades e não querer forçar nada, mas criar entendimento. Quis dar um conselho a outras pessoas e vou dar outros. No meu caso, preciso de uma oportunidade. Tenho o meu trabalho e o que faço pode ter sempre algo de incrível. É verdade que não são só essas pessoas que têm valor e eu também me esforço. Ainda assim, não quer dizer que tudo o que eu faça para uma empresa tenha de estar à vista de todos e é preciso perceber os motivos. Alguns desses superiores na sociedade procuram promover os outros em troca de um bom trabalho (Bill Gates, Steve Jobs, Manuel Moura dos Santos, entre outros), mas os motivos não vão só por aí e estão espalhados pelo livro. O problema é que muitas vezes não temos de estar à espera dos outros e devemos fazer por nós mesmos, mas percebendo o que se passa. Aconselho todos a ter cuidado com as palavras de um livro, porque elas são muito mais sérias que as de um blog. Se tem algum relevo político, então pode ser pouco razoável. Há assuntos delicados, como também se deve ter em conta a coragem dos atos de muitos dos que se envolvem direta ou indiretamente. Não é a minha área, mas não só os políticos que devem ser compreendidos, porque há muito mais pessoas neste mundo. Eu não quero dar cabo de ninguém por ser mau ou bom. Quero ter direito ao meu trabalho e a um reconhecimento ainda fiável (não é que quem não perceba chame nomes) e positivo (não vá criticar o Islão, como Saramago, ou o próprio Saramago). Percebo os motivos de não deixarem escrever todos os livros, mas há alguns que podem ter 20

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sempre algo de especial e valente. Quanto ao Islão, eu digo coitados (o que para muitos não seria) e eu sei o que é a religião, mas todos sabem que nem tudo é mau. Saramago é muito mais complexo. Agora, para bem de todos, o que interessa é que não seja só isso que tenha valor (choques e abismos) e estejam a desperdiçar a condição da experiência? Espero que não. Evito, assim, meter-me com religião. Em tempos de crise, não devemos “fliging” as fraquezas dos outros, incluindo pessoas de qualquer crença, mas usar e aproveitar todos os nossos pontos fortes e unirmo-nos. Certos pontos fracos têm de ser eliminados e isso só pode ser feito com boas críticas. Os mesmos direitos são para todos e certos casos podem ser complicados, podendo levar à “derrota da Al-Andalus”, porque pessoas inteligentes uma vez submetidas às leis de uma região podem revoltar-se por não poderem subir na sociedade. Uma crise como esta pode provocar a criação de ideologias confusas, como aconteceu com o comunismo, nazismo e o socialismo. Ainda assim, também proporcionar a criação de ideias brilhantes. A origem pode vir de pessoas com grande capital intelectual frustradas ou pessoas com grande capital intelectual que aproveitam a frustração dos outros para servirem os seus interesses. O assunto pode passar por uma defesa perante a frustração. Tem-se demonstrado impossível destruir ideologias. A solução passa por aproveitar quem tem capital intelectual e aproveitar o próprio capital intelectual. Eu só atuo em autodefesa. Eu sei que não posso ter medo.

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1.4. O que mais me fez pensar que isto ainda não existia? A resposta certa seria a filosofia, o que li sobre web semântica, o que pesquisei sobre lógica na Wikipédia, os standards FIPA (Foundation for Intelligent and Physical Agents), a experiência, até ao momento, com o Google, entre outras possíveis, como o que li sobre o método experimental. No modelo causa-efeito já vi coisas como esquecer da segunda causa omitida no caminho, não fazer ligações com os limites da razão e, acima de tudo, não permitir cálculos como deveria ser. Muitas coisas a estudar? Sim! Com mais a neurolinguística para ajudar a ligar linguagem e cognição e que já tem aplicações na engenharia informática; probabilidades e estatísticas [embora saiba alguma em Ross (2009) e me possa basear nesse documento] para as situações em que há falta de conhecimento, ou que seja preciso deduzir algo provável (muito à custa dos xor, das informações auxiliares e dos operadores estatísticos) a partir de um ponto de partida e lógica para-consciente (tenho dúvidas) para lidar com valores verdadeiros e falsos em simultâneo. Trata-se de algo bastante útil, que deveria estar aplicado numa escala alargada, caso existisse. Não é isso que os cientistas pedem há muito? Querem uma lógica causa-efeito que permita melhorar a ciência.

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1.5. Qual o motivo de expor desta maneira e não fazer tudo de raiz? Tenho medo de ser, de cair no esquecimento, de ser ignorado. Sei que não tenho as mesmas oportunidades que muitos e quero ser reconhecido. Existe uma quantidade enorme de aplicações que podem ir para além da informática e pode ser que, mesmo não estando em segredo, ganhe bom dinheiro pelo empenho, como o Linus Torvalds ou o pai do SSL (Secure Socket Layer), eles que deram todas as oportunidades. Mesmo que tenha passado um mau bocado por tentar escrever um livro na minha vida, creio que irão acreditar em mim e que seja bom partilhar ideias. Se apresentar numa empresa não é como um jogo de computador, ainda assim é sempre visto como uma oportunidade, que pode ficar na gaveta, que não é revelada por motivos de concorrência ou falta de recursos e que não possibilitam um rendimento máximo deste conteúdo. Caso esteja a exibir o conteúdo aqui inserido, isso pode dever-se ao contexto em que estou inserido e algo pode ter corrido mal. Não é inteligente revelar a estratégia de qualquer maneira, porque a própria organização deve ter algo que não seja imitado externamente. Além do imitado, é imitar e fazer melhor do que eu mesmo consigo. Gostaria de saber o quanto as outras pessoas conseguem evoluir conteúdos e como uma partilha mais alargada pode fazer crescer os conteúdos para melhor, sem ser prejudicado com isso. Pretende-se que este livro seja bastante completo, para poder começar a estudar um motor de busca genial e aplicações associadas. Essa completude visa criar um paralelismo o maior possível entre 23

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vários empreendedores (matemáticos e programadores) e evitar inclarezas, como certas pessoas julgarem mal o nosso trabalho sem a devida apreciação. Pensando no possível doutoramento? Passamos a parte mais importante da nossa vida a estudar, enquanto se devia aproveitar o melhor possível a juventude. O maior problema é ficar superespecializado em algo muito específico e passar o resto da vida à volta de um problema sem garantia de retorno. É preciso também experiência para tentar tal grau. A resposta correta seria “talvez um dia”. Que este livro sirva para testar as pessoas, caso, no futuro, tenha a intenção de tirar um doutoramento. Porquê em português? Apesar de não gostar do meu país, tenho pena dele e gostava que fosse melhor (é a minha terra). Embora não saiba se consigo fazer grande coisa, gostaria que fosse um exemplo para todos os países pobres, que só veem dívidas e que, de repente, conseguem evoluir para superar os desafios deste mundo, seja de que maneira for. Agora, não acho que dar cabo dos ricos com espírito empreendedor seja solução. Pelo contrário, só dá ainda mais problemas por eles serem quem tem mais dinheiro e capacidades intelectuais para melhorar, apesar de muitos problemas emergidos. Com o meu espírito empreendedor também espero ganhar bom dinheiro. Eu evito, sempre que possível, meter-me com política e acabo por pensar em mim, mas não se pode ter medo senão sentem fraqueza e com isso podem fazer pior. Acima de tudo, mais do que ter ou não medo é preciso considerar também uma questão de bom senso (como compreender bem os outros), que, caso não seja violado, favorece Fernando Pessoa ao escrever: “Tudo vale a pena quando a alma 24

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não é pequena”. Portanto, encorajo outras pessoas a fazer o mesmo. Este é um livro de táticas e Portugal precisa de táticas (o problema hoje em dia é controlar o fluxo de informação, mas ao menos mostro que há muito para fazer e que vale a pena ler livros com qualidade e práticos. Os computadores fornecem vantagens nos dias de hoje, que não existiam nos anos 80. Então, eu penso em muitos algoritmos, web semântica e tudo o que a envolve. Este livro segue o mandamento da era do conhecimento: partilha e assim multiplicai (Serrano e Fialho, 2003: 95). O conhecimento permite a criação de novos produtos. Não tenho a mania da perseguição e é isso que espero ver dos outros.

2. CLINDUs e os seus elementos 2.1. Definição Entende-se por universo um conjunto de causas que podem ser efeitos e efeitos que podem ser causas. Esses universos têm de ter causas e efeitos únicos (no sentido de 1 ser 1 e 2 ser 2) de número limitado. Um universo pode ou não ser dividido noutros universos para maior exatidão, ou seja, no que for. Causa 1 ação causa 2 segue para efeito. Causa conjunta de 1 e 2 segue para efeito. Causa conjunta de 1 e 2 é só um nome que representa a causa 1 e a causa 2. É sempre impossível haver só uma causa. O que acontece é que os nomes não passam de etiquetas para podermos mais facilmente indicar e diferenciar uma(s) coisa(s) de tantas outras. Quando alguém nos pergunta uma causa, nós respondemos com um nome, vindo do nosso sistema de nomes. Uma maneira interessante de pensar: fujo tanto quanto possível ao método experimental, mas há situações em que é impos27

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sível evitar. Posso fazer as demonstrações que puder, mas se aquilo onde incidem as demonstrações tem algum problema, então nunca saberemos no que pode dar. A crise acontece, porque está algo mal no conhecimento. Até se podia ter outras vantagens em conta, mas se calhar é motivada pela nossa maneira de ser. Se calhar este livro não é mau, mas de certeza que é algo com grande valor. Recomendo começar pelo mais simples possível primeiro e ir evoluindo. CLINDU – Conjunto/Construções de Limitadas Imagens Naturais Diferentes do Universo. Propriedade1: é um conjunto de premissas. As premissas referidas neste conjunto estão na forma de experiência a^b=c. Propriedade2: tem um elemento igual a zero que representa o nada. Propriedade3: todas as operações ‘and action’ do conjunto dão um elemento do mesmo, ou vários elementos construídos por ‘and action’, ou ‘xor’ são construções de elementos do conjunto, ou vários elementos construídos por ‘and action’ e ‘xor’ em simultâneo. A cada elemento é associado um número. Propriedade4: cada causa identificada é uma configuração do real (seja dupla ou o que for), com uma identificação única. Assim, pode dizer-se que o princípio do terceiro excluído é respeitado e que uma coisa é x e outra é y; enquanto o que é x e é y, já é z. Propriedade5: o zero pode representar um elemento inerte perante o sistema ou algo que parece o nada ou se aproxima dele ou que é mesmo o nada. 28

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Universo em estudo: é um conjunto de CLINDUs ou outra abstração de causa-efeito, seja de que natureza for, que se está a estudar. Definição: uma premissa na forma de experiência é uma fórmula na forma a^b=c. Definição: um ideal é uma imposição para que seja cumprido um determinado conjunto de objetivos. Por sua vez, acaba por poder ser um objetivo. Uma idealização é um ato de criar um ideal. Idealização: um sistema de causas e efeitos só é realizável se lhe conseguirmos impor uma técnica que o permita estudar de forma finita. Esta idealização será um objetivo deste livro e que só assim torna possível o estudo de causas e efeitos de forma mais concreta. Um programa só pode ser construtivo em casos que envolvam um número de estados finitos. Hipótese: as relações causa-efeito podem ser divididas até ao limite da razão se este não for o limite da razão. Premissa: uma das influências do tempo é o atraso. Tudo, se não fosse o tempo, poderia passar em zero segundos. Com tudo a passar em zero segundos, não existiria atraso, logo, não haveria tempo. A isso chama-se um tempo que passa em zero segundos e que depois não existe, porque tudo está sem ações. Do tempo nasce o tempo, daí a definição. Quem nós seríamos sem a magia do tempo? Ia-vos enganando? É premissa, porque estou a supor que o tempo é atraso. Eis como é quem fala bem demais para o nosso gosto. O gozo é a repetição destes artistas que acham que sabem mais que os engenheiros, que às tantas perdem-se, dizem que não, volta tudo ao 29

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mesmo, só fazem perder tempo, atitude e desempenho na elaboração de tarefas.

2.1.1. Tabelas de valoração binária de operadores

Antes de começarmos a usar os operadores, vamos então entender um bocado do seu funcionamento. Como tal é classificado consoante a presença (ou está ou não está) de elementos x1 e x2 numa construção de operações ‘and action’, assim como o ‘or’ e o ‘xor’ (“exclusive or” ou “ou exclusivo”). x1^x2 é a operação de nome ‘and action’ que antes da reação tem as seguintes validades Presença x1 0 0 1 1

Verdade x2 0 1 0 1

0 0 0 1

Tabela 1: Mecânica de presenças para ‘and action’

Podemos dizer que quer x1, quer x2 têm de estar presentes para que x1^x2 seja verdade. Não esquecer que x1^x2 pode significar que, para além do referido antes, eles podem estar híbridos. Claro está que isso é temporário, já que x1^x2=x3, deixando x1 e x2 de estar presente e passando x3 a estar presente após a reação. 30

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x1 xor x2 é a operação de nome ‘xor’ que antes da reação tem as seguintes validades Presença x1 0 0 1 1

Verdade x2 0 1 0 1

0 1 1 0

Tabela 2: Mecânica de presenças para ‘xor’

Com o ‘xor’, ou está o x1 presente ou está o x2 presente, não sabendo à partida qual ficou. Para saber com exatidão, tem de se observar. É mais exato que o ‘or’, sendo preferível usar ((x1 xor x2) xor (x1^x2)) do que (x1 or x2). O ‘xor’, tal como o ‘or’, desfruta do fator probabilístico. Também não estaríamos nós a falar de conhecimento sem pensar nas probabilidades. Já agora, constrói-se uma tabela de verdade para ver se há conflitos quanto à presença. x1 0 0 1 1

x2 0 1 0 1

x1 xor x2 0 1 1 0

x1^x2 0 0 0 1

(x1 xor x2) xor (x1^x2) 0 1 1 1

x1 or x2 0 1 1 1

Tabela 3: Não atomicidade de ‘or action’

Podemos ver que não há conflitos e se corre tudo muito bem.

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x1 or x2 é a operação de nome ‘or’ que antes da reação tem as seguintes validades Presença x1 0 0 1 1

Verdade x2 0 1 0 1

0 1 1 1

Tabela 4: Mecânica de presenças para o ‘or action’

Digamos que o operador ‘or’ é híbrido, porque pode reagir como ‘and action’ ou ‘xor’ conforme as possibilidades. Manipulações binárias como a presença fazem-nos pensar num auxílio do cálculo proposicional. Também aí não se conseguiria impedir o aparecimento da presença. Apesar de ter sido demonstrado que é possível implementar esta lógica em Prolog, nunca deve ser implementada nessa linguagem com predicados ‘and action’ sem a versão estar preparada. Uma coisa muito importante para um programador é a velocidade dos seus programas. Estas mecânicas de presenças permitem uma maior capacidade de compreensão, mas não indicam quaisquer valores das variáveis de base n. Para evitar ambiguidades, vamos também de seguida pegar em definições.

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Definição: seja V um conjunto de variáveis de base n. Uma valoração de V é uma aplicação v: V ® 0..n 1 , em que n é o tamanho do CLINDU. Inspirado em Ben-Ari (2001). A ideia da valoração é assumir valores nas variáveis. Estou a referir que, dado um valor de entrada, aquilo que ‘v’ me diz é um valor que varia de 0 ao total de elementos do CLINDU decrementado a uma unidade. É útil para indicar o que estamos a fazer com as variáveis num dado cálculo, já que temos a possibilidade de as simplificar ou fazer outras deduções sem recorrer a valorações. Definição: sejam x 1 , x 2 elementos pertencentes a um qualquer CLINDU. Se v ( x1 ) = v ( x2 ) para todas as interpretações v, então diz-se que x 1 e x 2 são logicamente equivalentes e escrevemos x1 ≡ x2 . Na realidade, vou ter uma série de resultados que são sempre idênticos dos dois lados. Segundo a definição, tenho-os de tal forma que posso dizer que são logicamente equivalentes.

2.1.2. Performativas, direcionados e ontologias

Em sistemas multiagente (Wooldridge, 2009) já existem performativas nas mensagens que podem ser incluídas, mas aqui serão introduzidas direcionados (exemplos) para diálogo clindónico: “O 33

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que se sucede temporalmente?”, “O que se pode concluir?” e “O que significa?”. O que é um direcionado? É algo que indica qual a direção da fala, que ajuda a interpretar as premissas na forma de experiência, que entra no sentido semântico da fala do agente e que, por fim, reforça a performativa. Quanto ao nome do CLINDU, não passa de uma ontologia e as ontologias são também usadas na comunicação de agentes como Wooldridge (2009) sugere da página 180 à página 183. As ontologias são vistas aqui de uma maneira diferente da maneira como são vistas no programa Protégé, com exceção do capítulo 11.10 (“O alvo da programação por objetos”), que sugere “importar” conhecimentos do programa Protégé.

2.1.3. Algumas fórmulas de equivalência Nota:∨ é o mesmo que or x1 xorx1 ≡ x1 ( neutralidade) x1 ∧ x2 ≡ x2 ∧ x1 ( comutativa )

( x1 ∧ x2 ) ∧ x3 ≠ x1 ∧ ( x2 ∧ x3 ) (não associativa) x1 xorx2 ≡ x2 xorx1 ( comutativa ) x1 ∨ x2 ≡ x2 ∨ x1 ( comutativa ) x2 ∨ x1 ≡ x1 xorx2 xor ( x1 ∧ x2 ) ( não atomicidade) x1 xorx2 xorx3 ≡ x1 xor ( x2 xorx3 ) ( associativa ) x1 ∧ ( x2 xorx3 ) ≡ ( x1 ∧ x2 ) xor ( x1 ∧ x3 ) ( distributiva ) 34

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x1 ∨ ( x2 xorx3 ) ≡ x1 xor ( x2 xorx3 ) xor ( x1 ∧ ( x2 xorx3 )) ≡ x1 xorx2 xorx3 xor (( x1 ∧ x2 ) xor ( x1 ∧ x3 ))

que é logicamente equivalente a

( x xorx xor ( x ∧ x )) xor ( x xorx xor ( x ∧ x )) ≡ ( x ∨ x ) xor ( x ∨ x ) ( distribuitiva) 1

É possível derivar fórmulas mais específicas para um CLINDU, quando ele é definido. Definição: velocidade de ação para CLINDUs é o número de mudanças por unidade de tempo de causas-efeitos. Algo que influencia sempre a velocidade da ação é distância e/ou tempo, por exemplo: – Um choque por ação gravítica depende da distância; – Um pacote binário a ser transferido depende da distância e do tamanho; – Etc. Assioma: no mundo tudo pode ser numerado. Assim, vamos fazer várias construções, que serão do tipo: 0,1,2,3,4,....,n ∈ |N 0<=>imagem1 1<=>imagem2 2<=>imagem3 ... n<=>imagem n+1 Este assioma ainda não tem nada de lógico e é tão ou mais antigo quanto a própria informática. Não me refiro à tabela ascii, mas 35

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às instruções Assembly, em que uma instrução é um número, ou às próprias flags da instrução open da biblioteca stdio.h do C. Mesmo o meu jogo da cobra do secundário também tinha... O que depois interessa é o raciocínio e vantagens associados. Poderá reparar que estou a codificar o conhecimento e em gestão do conhecimento isso também existe.

2.1.4. Alguns aspetos relevantes 2.1.4.1. Eliminando, por enquanto, algumas ambiguidades ou dúvidas

Existem várias definições para o nada: ausência, nenhum elemento, inexistência de “coisas”, entre outras. Umas encaixam-se melhor do que outras. O nada é algo que daria uma enciclopédia. Se pensarmos bem, o nada está sempre presente nas construções, mas quando existe algo para além do nada a reagir, então já não é só o nada. Por outro lado, o papel do nada representa o que está presente ou o que é o nada de efeito nesse conjunto. Dizer a^0=b, significa que: quando ‘a’ está sozinho, ele autotransforma-se em b (claro que tem um tempo). Também se pode tentar derivar outros significados, o que será útil para uma ideia de motores de busca. Não seria correto dizer que a=b se não são o mesmo, porque por si próprio ‘a’ não é ‘b’, mas a^0 já dá origem a ‘b’. O ‘a’ 36

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reagiu ao nada. Para mudar, tudo tem de reagir a uma situação. Temos de ser imparciais, tal como ‘xor’, ‘or’ e ‘and action’ são funções. Existe um problema a que lhe chamei de segunda causa omitida num caminho. Um caminho é algo que nos guia desde um começo até um fim e, segunda causa omitida, significa que existe mais alguma causa para além do referido no caminho. Por exemplo: “Deu-se uma pancadinha no homem e doeu-lhe.”. Ora, muita gente diria que o motivo da dor do homem foi a pancadinha, mas está errado. A resposta correta seria ‘pancadinha’^’homem fraco’=’homem com dores’. A segunda causa omitida no caminho é o facto de o homem ser fraco ou não ser suficientemente forte. Muitas vezes, quando ouvimos ou vemos algo, sabemos a segunda causa omitida no caminho, porque sabemos que é típico de algo (neste caso, é de ser fraco). Conseguimos identificar que é típico de algo, porque para cada um de muitos aspetos envolve a existência de um conjunto de outros aspetos, que lhe indicam ser característicos. Quanto à aplicação em informática, precisa de um nível de complexidade suficientemente pequeno. Trata-se, portanto, de uma limitação.

2.1.4.2. De que maneira não implicamos com quem é mais difícil de lidar

Jamais vou conseguir fazer algo tão bom como a ideia deste livro. Esta lógica não consegue explicar a passagem do nada para a existência, nem do nulo para o ato. Esta lógica, nesse ponto de vista, 37

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serve apenas para estudar a evolução da existência. Nós, seres humanos, estamos habituados a observar a evolução da existência a partir daquilo com que lidamos no dia-a-dia (mais ou menos dinheiro, mais obras, novas posições dos astros no céu, etc.). O religioso apenas se vê que antes do universo há Deus. O ateu apenas vê que antes do universo há qualquer coisa. O agnóstico apenas vê que isso tanto pode ser uma coisa como outra. O capítulo anterior ajuda a perceber isso, bem como 0^0=0. “Ninguém” viveu nesse tempo para dizer que experiência foi ao certo e, complicando ainda mais, não se sabe se o tempo (que é visto nesta lógica como algo relativo e que não pode ser definido) foi ou não criado. Não há motivos para estes indivíduos ficarem zangados, mas, pelos vistos, há indivíduos com obsessões religiosas, ou do extremo oposto, que é melhor irem ao psiquiatra, em vez de implicarem com o trabalho dos outros (quer seja a favor ou contra as suas ideias ou pura imaginação deles). Eu, por mais que explique, não tenho paciência. Decartes afirmava que nascemos já com certas noções e que a aprendizagem é só o processo de descoberta que previamente imprimiu um código de leis acerca dos trabalhos do universo. Na realidade, parece-me impossível saber o que aconteceu exatamente aos zero segundos do Big Bang e, se perguntarem a um físico, ele só sabe momentos depois, nem que seja a mais pequena fração. Eu não vou além do físico para perceber isso, dedico-me ao máximo à matéria mundana e dedico-me a resolver assuntos deste mundo e não do outro. Sou liberal e continuo a ser para o sucesso na gestão do conhecimento. 38

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A hipótese de Riemann na área da segurança informática (mesmo sem ter feito qualquer investigação nesse aspeto) vai acabar com uma solução polinomial, como o algoritmo indiano para números primos o fez e que mesmo assim não é tudo (Belisário, s.d.), onde existe muita investigação. Calculo que o maior problema não seja a religião, mas sim de outra natureza. O sucesso de uma pessoa resulta na ganância de outras. Daí dá para pensar em muita coisa. Também dá para pensar em aspetos organizacionais, de onde convém destruir não só mitos e especulações, ter espírito de iniciativa e saber empenhar-se. É incrível como quem não percebe do assunto se mete no assunto. É como se meter a meio de uma conversa e, no fundo, não perceber nada. No entanto, aprendi que acontece e que há maneira de lidar com isso. Outro pormenor comum é o mau aluno causar problemas aos bons alunos e a quem tem vontade de aprender. Certos professores de matemática, ou alunos de matemática do 7.º ao 9.º ano, já ouviram colegas a classificar equações com incógnitas ou números negativos como não realísticos, sendo esses “manda bocas” incapazes de perceber o assunto da cadeira, tendo muitos uma vida errónea pelo seu raciocínio. Ou seja, a interação social da escola e a proteção social que ela fornece são os meios de combate a este flagelo. Cada um tem de se governar com o que tem. Não nasci rico, mas poderei ser como otimista.