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Angers Moorse
Entrevista com o escritor Angers Moorse
Angers Moorse, além de escritor, é músico e técnico em informática, som e vídeo. É formado em Ciência da Computação e concluiu recentemente o Curso de Showrunner pela Academia Internacional de Cinema. Atualmente, atua como escritor e colaborador no site No Escurinho Do Cinema, além de estar trabalhando em um projeto musical, com composições autorais instrumentais. Apaixonado por mitologia, arqueologia e história e, principalmente, pelo mito do continente perdido de Atlântida, estudou sobre o assunto desde a adolescência, pesquisando sobre as várias teorias e lendas envolvidas. Tem como principais referências literárias nomes como Paulo Coelho, Dan Brown, J.J.Benitez e J.K.Rowling.
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Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Angers Moorse, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “Ecos de Atlântida - O Cavaleiro da Água”?
Angers Moorse - A temática em si veio desde os tempos de colégio. Durante um trabalho escolar, acabei tendo meu primeiro contato com Atlântida e foi amor à primeira vista. Ali, tive a certeza de que, um dia, escreveria um livro sobre o assunto. Com o passar dos anos, outras ideias vieram à mente, mas nenhuma parecia ser o que eu buscava. Em uma viagem, tive um insight sobre uma possível abordagem. Aos pou-
cos, fui juntando as teorias, mitos, estudos e lendas que já conhecia, além de pesquisar outras coisas. De início, a ideia era fechar em apenas um livro. Mas, como havia muito assunto e eu queria entrar em todas essas vertentes, acabei expandindo o projeto para dois, depois três, cinco e sete livros, finalizando em oito livros ao todo.
Quais os principais desafios para escrita da obra?
Angers Moorse - A primeira dificuldade foi delimitar as temáticas que eu queria trazer e encaixar essas temáticas, teorias, mitos, lendas e estudos ao longo da trama, de forma coerente, simples e objetiva, sem deixar lacunas ou incoerências... foi trabalho de formiguinha encaixar tudo. Mas, o principal desafio foi iniciar o primeiro parágrafo, por incrível que pareça. Por mais que eu tivesse todos os roteiros e scripts prontos e soubesse sobre o que iria falar, demorei três semanas para conseguir escrever o primeiro parágrafo... foi um momento bem tenso. Fui pesquisar em blogs e sites focados em literatura e vi uma dica muito interessante, que sugeria iniciar o livro com uma pergunta e a partir dela ir desenvolvendo toda a história. Acabei usando essa dica e, depois disso, a coisa só fluiu.
Quais temáticas são abordadas no enredo que compõe a trama?
Angers Moorse - Neste primeiro livro, eu abordo a questão das pirâmides atlantes, os cristais de Atlântida, nas teorias sobre o que aconteceu com o suposto continente, um pouco de magia e bruxaria, a relação dos atlantes com os quatro elementos – ar, terra, água e fogo – e no Picatrix, que é um livro de magia e astrologia e, supostamente, atribuído também à bruxaria. Há, também, algumas curiosidades sobre História, Astronomia e Arqueologia. Junte a isso elementos de ficção científica, aventura, um pouco de romance, muita ação e suspense e uma pegada meio Harry Potter misturada com filmes como Anjos & Demônios, Inferno e O Código Da Vinci... e está feita a combinação para toda a trama do livro.
Apresente-nos a obra Angers Moorse –
Respire fundo e voe alto.
Essas palavras fizeram Eric Sanders embarcar em uma aventura iniciada pelos pais, Robert e Lilian, há seis anos, que desapareceram misteriosamente em um acidente, enquanto efetuavam buscas pela entrada para o continente perdido de Atlântida. Contudo, deixaram pistas para que Eric continuasse com o legado da família, contando com a ajuda de uma jovem chamada Grace Collins, cujos pais, Evan e Luna, também desapareceram misteriosamente no mesmo acidente. Parece que há alguém disposto a impedi-los de descobrir a verdade, utilizando-se de todos os meios possíveis, além de buscar um raro e imenso poder que poderá mudar a história de toda a humanidade. Com amigos inimagináveis e poderes desconhecidos, Eric e Grace descobrirão que Atlântida não é apenas um mito, mas algo do qual eles fazem parte e que precisarão defender.
Quais os principais desafios para escrita do enredo?
Angers Moorse - Acho que o maior desafio não foi colocar todos os mitos, teorias, lendas e pesquisas na trama, mas sim, em fazer tudo ter algum sentido, sem deixar incoerências ou muitas pontas soltas. Óbvio que uma ou outra coisa até pode ficar solta propositalmente na trama como um gancho ou spoiler do que virá pela frente, mas não é legal deixar muita coisa sem explicação ou fundamento. Eu quis colocar toda uma base teórica por baixo da camada da fantasia, até mesmo para criar maior imersividade do leitor com a trama e maior identificação com um ou outro personagem. Outra parte que foi mais desafiadora foi conseguir descrever como seria a minha versão de Atlântida, para que ficasse fiel ao que eu imaginava.
O que mais o atrai em “Ecos de Atlântida - O Cavaleiro da Água”?
Angers Moorse - Como Atlântida é algo que fica muito mais no campo imaginário, é legal ver que vários autores trazem em seus livros suas próprias visões de como o continente teria sido. A própria existência e provável localização do suposto continente ainda é uma incógnita, deixando aberto um campo de possibilidades. Não é algo concreto como Londres, Nova York ou Florianópolis, por exemplo, que você sabe de onde veio, como é e por que é daquela forma. Atlântida é muito abstrata, e é justamente aí que mora a magia da coisa... e é essa magia que acho que é o ponto forte do livro. Outro ponto legal é que há toda uma base científica por trás da fantasia, o que traz mais realismo e veracidade aos fatos, sem contar aqueles elementos que nos empolgam tanto em histórias de fantasia e aventura.
Tem alguma história ou curiosidade interessante durante todo o processo de escrita?
Angers Moorse - História interessante, até que não tem nenhuma. Mas tem uma curiosidade que acho legal compartilhar. Cada escritor ou escritora tem sua própria metodologia, sua própria configuração para escrever e a minha é escrever ouvindo música, sempre. Praticamente, 99% do livro foi escrito ouvindo música, sempre variando de acordo com a atmosfera da cena e com o sentimento que queria passar naquele momento. Teve de tudo na trilha sonora: jazz, blues, trilhas sonoras de filmes e séries, música celta, canto gregoriano, new age, metal sinfônico, rock e metal, música clássica, disco music, trance music, pop e indie... até aquelas trilhas sonoras de jogos de videogame me inspiraram para escrever em certos momentos (risos).
Onde podemos comprar o seu livro
Angers Moorse - O livro está à venda em ambos os formatos – físico e digital – através do site da Editora Viseu, além de ambientes como Amazon, Google Play e Apple Store, entre vários outros locais.
O que a escrita representa para você? Comente como vem se desenvolvendo a escrita em sua carreira literária?
Angers Moorse - Sem pensar duas vezes, posso afirmar que escrever é uma experiência única e libertadora. Você precisa lutar contra seus demônios interiores e, no meio dessa luta toda, acaba se redescobrindo como profissional e como pessoa. O mais legal de tudo é que você acaba descobrindo que seu personagem favorito tem, na verdade, muito de você mesmo. Enfim, só quem passa por essa experiência sabe do poder transformador que ela tem. Sobre o desenvolvimento, venho estudando bastante e fazendo alguns cursos, seja para aprimorar a escrita, seja para adquirir novos conhecimentos e para desenvolver melhor ambientações e personagens. Na escrita, tudo é um processo evolutivo e que leva tempo.
Quais os seus próximos projetos literários?
Angers Moorse - Atualmente, já tenho o segundo livro escrito, que está na fase de análise de conteúdo e correções de português, antes de ir oficialmente para a editora. E o terceiro livro já está um pouco além da metade. Pretendo terminar ele até abril ou maio e, na sequência, escreverei outra história independente para um concurso de literatura. Fora isso, escrevo uma poesia ou poema vez ou outra e escrevo matérias semanais para o site No Escurinho Do Cinema. Além disso, estou compondo algumas músicas instrumentais... é um projeto que estava guardado na gaveta há anos e, agora, resolvi tirar o pó dele. Enfim, o segredo é não ficar acomodado para não deixar as ideias irem embora.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Angers Moorse. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Angers Moorse - Nunca deixem de acreditar nos sonhos. Às vezes, demoramos para achar a nossa história e pensamos que não somos bons o suficiente. É apenas uma questão de tempo até ela surgir. Ela sempre estará lá no fundo da sua cabeça e de seu coração e, na hora certa, ela surgirá e pedirá para sair. Então, é só você a retirar com cuidado, dar todo o carinho a ela e a colocar no papel. Demorei 20 anos para conseguir achar a história que eu queria contar e, quando menos esperava, ela pediu para sair... hoje, tenho ela em mãos. Se eu conseguir inspirar ao menos uma pessoa para que ela consiga ter essa mesma experiência e realizar o sonho de escrever e publicar um livro, tudo o que fiz, todo esse meu sonho realizado já terá valido à pena.
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