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A CASA DO SABER

A PALAVRA DO GRÃO MESTRE

por Fernando Correia

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Desde tempos de pouca memória para alguns, mas de muita história para muitos, que a Maçonaria se afirma como o maior ponto de luz do Universo, numa concessão única do Grande Arquitecto de Todos os Mundos que entendeu delegar na Maçonaria a sua representação espiritual.

Isto significa que a representação religiosa tem fundamentos próprios, não comparáveis com a fundamentação espiritual, vista, lida e apreciada à luz da Verdade Maçónica, consubstanciada na CASA DO SABER que a Maçonaria representa.

Não há preceitos religiosos nas Sessões Maçónicas, mas há preceitos espirituais. Não há orações pré- concebidas, ou padronizadas, mas há orações vertidas pelo conforto da egrégora. Não há bênçãos imaginadas pelo homem e transformadas em mensagens divinas, mas sim impulsos de vontade que é a única coisa séria que o Homem pode dar ao seu semelhante, quando faz valer a sua Verdade, surgida do nada, numa encomenda criativa que apenas se explica pela força estranha que temos dentro de nós e que representa a vontade do Criador Universal. Não há juras de bater com a mão no peito, mas há sentimentos íntimos, profundos, transformados em palavras sagradas que vêm do mais íntimo de nós, do local onde se formam as ideias e os pensamentos e onde o coração bate compassado ao ritmo do amor fraterno. Não há promessas que não se possam cumprir, nem caminhadas a pé até ao fim da nossa capacidade, mas sim promessas de lealdade, de fraternidade, de compreensão e de ajuda.

Ser Maçom é descobrir o caminho novo, onde o Homem procura a sua tranquilidade, o seu bem – estar espiritual, onde se reencontra com as origens e volta a crescer para seu confronto moral.

A Maçonaria existe pela necessidade que o Homem teve de se reencontrar, de se redescobrir, de perceber os valores que transporta dentro de si, de entender o verdadeiro significado do nascimento e do renascimento, de se reavaliar enquanto Ser pensante e como habitante do planeta Terra, da mãe Gaia, que lhe dá abrigo e proteção e que ele maltrata como muitas vezes os filhos também o fazem. Nada acontece por acaso. Por isso, os Maçons sabem que o acaso não existe. Tudo acontece porque tem que acontecer e as razões explicativas dos actos estão todas à vista. Apenas têm de ser descodificadas. As nossas Sessões quinzenais no Templo são um encontro com a história, com os valores humanos, com os sentimentos mais profundos, com o amor, com a fraternidade, com a sabedoria, com o rigor da mão que se estende para apertar outra mão, numa atitude de ajuda permanente que só nos valoriza interiormente. No intervalo dos dias, ou da quinzena, ajudamos quem precisa, organizamos visitas de estudo e passeios de descoberta maçónica, escrevemos, publicamos uma revista, fazemos podcast educativos, saímos juntos, tomamos refeições em conjunto, descobrimos a vida.

Temos vários Lojas que são pequenos ministérios que trabalham os seus rituais independentemente umas das outras, praticando o rito português, o rito escocês antigo e aceite, o rito escocês retificado, o rito de York. Temos uma Loja de investigação e de estudo e somos parte da OMI, ao mesmo tempo que mantemos e assinamos tratados de amizade com diversas Obediências Estrangeiras.

Reunimos a Grande Loja quatro vezes por ano, nos Sosltícios e nos Equinócios. A Grande Loja é onde está o Primeiro Ministro (O Grão Mestre) que coordena todos os Ministros (os Veneráveis Mestres das Lojas).

Os mistérios são nossos, são do interior, são do coração, são de entrega e dádiva. São aqueles que o Grande Arquitecto do Universo encomendou ao Ser Humano e que ele tantas vezes esquece.

Existimos para os recordar e, tantas vezes, para os vivenciar.

Damos muito mais do que recebemos, mas damos não querendo nada em troca.

Esta atitude significa sabedoria. Por isso, a Maçonaria existe para ser a “Casa do Saber”.

Que se junte a nós quem vier por bem e sinta ter chegado a hora do Espírito!

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Leia o artigo na íntegra na 7ª Edição de ORIGEM | SOBERANA MAGAZINE.

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