ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA SECÃO DE MINAS GERAIS
Curso de Auxiliar em Saúde Bucal - ASB MÓDULO II – PREVENINDO, RECUPERANDO E REABILITANDO NA ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: RADIOLOGIA
2016
Sumário OBJETIVOS................................................................................................................................................. 3 GERAL..................................................................................................................................................... 3 ESPECÍFICOS ......................................................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 3 HISTÓRICO................................................................................................................................................. 4 RADIOLOGIA E ODONTOLOGIA: .......................................................................................................... 5 RAIOS-X (RADIAÇÃO) ............................................................................................................................. 5 DEFINIÇÃO DE RADIAÇÃO: ............................................................................................................... 5 DEFINIÇÃO DE RAIOS- X: ................................................................................................................... 5 UTILIZAÇÃO: ......................................................................................................................................... 5 MATERIAIS DE RADIOLOGIA ................................................................................................................ 6 REVELAÇÃO DE FILMES RADIOGRÁFICOS ....................................................................................... 7 CÂMARA ESCURA LABIRINTO ......................................................................................................... 7 CÂMARA ESCURA QUARTO .............................................................................................................. 8 CAIXA DE REVELAÇÃO: ................................................................................................................... 10 FILMES RADIOGRÁFICOS .................................................................................................................... 10 CONSTITUIÇÃO DOS FILMES RADIOGRÁFICOS ......................................................................... 11 REVELAÇÃO DO FILME ........................................................................................................................ 13 SOLUÇÕES EMPREGADAS ............................................................................................................... 13 APARELHOS DE RAIOS X ..................................................................................................................... 13 REQUISITOS IDEAIS PARA UM APARELHO: ................................................................................ 15 RADIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 16 CONCEITO:........................................................................................................................................... 16 FILMES RADIOGRÁFICOS ODONTOLÓGICOS: ............................................................................ 16 CONSTITUIÇÃO .................................................................................................................................. 17 ARMAZENAMENTO DOS FILMES: .................................................................................................. 17 APRESENTAÇÃO DOS FILMES INTRABUCAIS: ............................................................................ 17 FILMES EXTRABUCAIS: .................................................................................................................... 19 TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTRABUCAL OCLUSAL: ..................................................................... 23 OS NÂOS DO PROCESSAMENTO: ........................................................................................................ 24 ERROS NAS RADIOGRAFIAS: .......................................................................................................... 25 ORIENTAÇÃO DO FILME ...................................................................................................................... 26 RADIOLOGIA DIGITAL .......................................................................................................................... 29 RADIOLOGIA CONVENCIONAL X RADIOLOGIA DIGITAL ........................................................... 29 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 30
OBJETIVOS GERAL Reconhecer que o uso da radiologia na odontologia é essencial, pois é o principal auxílio para a realização do diagnóstico. As radiografias da alta qualidade possibilitam um melhor diagnóstico. ESPECÍFICOS
Entender que a radiologia é a ciência que se utiliza dos raios x e dos filmes radiográficos para obter uma imagem “ interna” de determinada estrutura, invisível a olho nu.
Saber revelar, lavar, fixar, secar e organizar nas películas.
Compreender que o uso da radiologia na odontologia é essencial, pois é o principal auxílio para a realização do diagnóstico.
Reconhecer que as radiografias de alta qualidade possibilitam um melhor diagnóstico.
Conscientizar do esforço ao máximo a fim de atingir altos padrões técnicos, o que acaba por minimizar a intensidade de exposições.
INTRODUÇÃO Radiologia é a ciência que se utiliza dos raios x e dos filmes radiográficos para obter uma imagem ‘ interna” de determinada estrutura., invisível Reconhecer que o uso da radiologia na odontologia é essencial, polis é o principal auxílio para a realização do diagnóstico. As radiografias de alta qualidade possibilitam um melhor diagnóstico inicial. Os profissionais devem se esforçar ao máximo a fim de atingir altos padrões técnicos, o que acaba por minimizar a intensidade de exposições.
HISTÓRICO Em 08/11/1985 o professor Willem Conrad Röntgen, pesquisador alemão descobriu os raios X ou raio Röntgen. Assim, realizou diversos experimentos explorando as diferentes capacidades dos materiais de serem atravessados pelos raios- x. Propriedades dos raios-X publicadas por Roentgen em1895:
Os raios- X atravessam corpos opacos à luz
Provocam fluorescência em certos materiais
A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e àqueles de mesma densidade à sua espessura
Impressionam filmes fotográficos
Não são refratários, reflectíveis e nem podem ser focalizados por lentes
Não são defletidos por campos magnéticos
Originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás
Propagam-se em linha reta
Não sofrem polarização
Dr. Otto Walkhoff, 1895 : Primeira radiografia Odontológica. Primeiro raios-X no Brasil em 1897 : Cidade de Formiga – MG
RADIOLOGIA E ODONTOLOGIA:
O uso da radiologia na odontologia é essencial, pois é o principal auxilio para a realização do diagnóstico. As radiografias de alta qualidade possibilitam um melhor diagnóstico inicial. Os profissionais devem se esforçar ao máximo a fim de atingir altos padrões técnicos, o que acaba por minimizar a intensidade de exposições.
RAIOS-X (RADIAÇÃO)
Definição de Radiação:
É a propagação de energia através do espaço, ou da matéria ou do vácuo. Quando a matéria (partículas) é transportada em alta velocidade, dá-se o nome de radiação. Tipos de radiação:
Eletromagnética: Raios -X, ondas de rádio
Corpuscular: Radiações alfa, beta e raios catódicos
Definição de Raios- X: São ondas eletromagnéticas idênticas às ondas luminosas das quais diferem apenas pelo comprimento de onda, que é inferior ao da radiação ultravioleta. ]
Utilização:
Radioterapia: tratamento de neoplasias
Radiologia industrial: exame de estruturas metálicas, moldes, soldas, etc.
Radiologia cristalográfica: análise de estruturas molecular
Radiologia espectroscópica: identificação dos elementos quanto ao número atômico
Radiologia artística: autenticidade de obras de arte
Radiologia de segurança: inspeção de bagagens em aeroportos
Radiologia: diagnóstico em medicina e odontologia
Esterilização: conservação dos alimentos
Fotoquímica: ionização de sustâncias químicas provocando oxidação e redução
MATERIAIS DE RADIOLOGIA INTRODUÇÃO
Os aparelhos de raios-x intra bucal para Odontologia são fabricados de acordo com os requisitos da radiografia dental. Sua manutenção consiste apenas na limpeza do equipamento com pano úmido e ao termino do uso guarda-se o braço e cabeçote na posição de descanso, com o refletor. A radiação provoca efeitos deletérios ao organismo, independentemente da quantidade de exposição. Obviamente, uma pequena quantidade de radiação não será suficiente para provocar uma manifestação clínica ou genética. Como proteção deve-se lançar mão de dispositivos que diminuam a incidência de radiação sobre o paciente, o cirurgião dentista, a área do consultório e regiões vizinhas. Para o paciente temo filtração e colimação dos feixes, filmes ultra rápidos,
cilindros abertos, avental de chumbo e cola de emprego de técnicas seguras, como a periapical pelo paralelismo, por exemplo, diminui o risco de repetições e fornece exames de excelente qualidade, sendo, portanto um eficiente meio de proteção. Os profissionais também se beneficia de todos os dispositivos de proteção, mas ainda assim deve se proteger com biombos de chumbo distância de no mínimo 1,80 m do cabeçote do aparelho de raios-x e jamais segurar o filme na boca do paciente. Obviamente a correta manutenção do aparelho de raios-x é extremamente importante para segurança dos seus operadores, tanto no sentido de diminuir a dose de radiação secundária, como no sentido de receber uma descarga elétrica altíssima, uma vez que esta radiação é produzida por correntes elétricas de no mínimo 50.000 Volts qualquer relato de vazamento de óleo do cabeço do aparelho é motivo para que este não seja ma usado enquanto não for realizada uma vistoria.
REVELAÇÃO DE FILMES RADIOGRÁFICOS
CÂMARA ESCURA LABIRINTO: especialmente construído, apresentando as condições essenciais para a revelação, ou seja: é à prova de luz, com as condições de higiene exigidas, boa ventilação e de uso exclusivo, possuindo equipamento essencial. Esta não é portátil, mais usada em faculdades ou clínicas de radiologia. Equipamento O equipamento necessário para o funcionamento de uma câmara escura é o seguinte: Mesa manipuladora
onde
são manipulados os filmes radiográficos, totalmente livre de impurezas e perfeitamente seca, para evitar manchas nas radiografias.
Suportes e colgaduras (grampos): são as peças apropriadas para segurar os filmes evitando assim o contato dos dedos com os mesmos e com as paredes dos tanques de processamento.
Filtro de segurança - com os seguintes requisitos:
De gelatina, recobrindo uma superfície do vidro e cuja cor e densidade, são as recomendadas pelo fabricante do filme;
Lâmpada intensidade de 15 watts;
Situada a 1,20 m da mesa manipuladora.
CÂMARA ESCURA QUARTO: usada em clínicas de radiologia constituída por:
Lanterna Kodak equipada com filtro ML-2 e lâmpada de 15 watts
Ventilador
Varal para secagem das películas
Porta colgaduras (prendedores)
Escorredor
Cronômetro
Negatoscópio
Zona seca para carregar
Tabique
Torneira de água fria e quente
Tanque de processamento
Pia
Tabela tempo/temperatura
Tanques: são recipientes contendo três divisões: uma para o revelador, outra para água corrente e outra para o fixador. Esses tanques devem ter espaço suficiente para todas as radiografias dentárias, bem como para radiografias extraorais maiores, frequentemente necessárias. Devem possuir tampas para evitar a oxidação das substâncias reveladora e fixadora.
Termômetro: a determinação do tempo de revelação depende da temperatura das soluções, portanto, um bom termômetro de imersão é indispensável na câmara escura.
Bastões autentificados (agitadores): para agitar as soluções. Devem ser feitos de borracha vulcanizada, plástico, madeira ou vidro, mas não devem ser metálicos, pois, produzem alterações químicas e estragam a solução.
Relógio alarme: relógio especial para alarme, passado o tempo requerido, de Relógio alarme: relógio especial para alarme, passado o tempo requerido, de acordo com a revelação.
Em locais onde hajam variações extremas de temperatura, há necessidade de um regulador, para as soluções reveladora e fixadora.
CAIXA DE REVELAÇÃO: presentes na maioria dos consultórios e clínicas reproduz de maneira satisfatória as condições da câmara escura, porém devido as proporções a revelação se dá unitariamente e apenas para filmes radiográficos intrabucais.
Caixa de revelação
Negatoscópio
FILMES RADIOGRÁFICOS
Baseia-se a arte da fotografia no fato de que os compostos de prata e especialmente de seus compostos com cloro, bromo e iodo são sensíveis à luz. A radiografia é fundamentalmente a imagem fotográfica de um objeto obtida mediante os raios-X ao invés da luz. Os materiais fotográficos sensíveis consistem em papéis, vidros ou películas, cobertas de uma camada sensível, que mantém em suspensão brometo de prata ou cloreto de prata. Esta camada sensível é chamada emulsão. Se examinássemos microscopicamente a secção transversal de um filme radiográfico teríamos: uma base, duas emulsões e duas capas protetoras.
Constituição dos filmes radiográficos Capas protetoras (A) que, como o nome indica, servem para proteger a emulsão (B), sendo constituídas de uma camada fina de gelatina transparente. A aplicação de uma capa protetora eficaz torna-se necessária, devido à propriedade específica da emulsão de apresentar uma sensibilidade relativamente elevada às influências mecânicas, como por exemplo, a laceração.
Emulsão (B) constituída por gelatina impregnada de inúmeros diminutos cristais de brometo de prata. A emulsão é colocada em ambas às superfícies da base (C) para proporcionar ao filme velocidade máxima e contraste adequado, para que se possa revelar, fixar e secar no menor tempo possível.
Base (C) modernamente é constituída de um plástico, mas já foi derivada de uma celulose (o acetato de celulose), cujas propriedades se adaptam aos requisitos de combustão lenta e outras medidas de segurança impostas pelo American Standard Association. É suficientemente rígida para que se possa manipular comodamente.
Na figura representamos um corte transversal de um filme radiográfico dentário visto ao microscópio, com grande aumento.
A
B
C
B
A
A – capas protetoras B – emulsão C – base
A gelatina que entra na manufatura dos filmes radiográficos é obtida de ossos e peles de animais e pertence a uma classe de substâncias conhecidas como coloides (do grego “gomoso”). Não se dissolve. Quando a gelatina seca, após a revelação, ela se contrai. Como a água quente dissolve a gelatina, é imperioso observar cuidadosamente a temperatura das soluções nas quais a emulsão será colocada.
REVELAÇÃO DO FILME
Soluções empregadas
As soluções reveladoras e fixadoras podem ser compradas em casas especializadas do ramo, ou feitas num laboratório particular, graças à mistura conveniente de todos os compostos necessários.
APARELHOS DE RAIOS X
Os aparelhos de raios-x intra bucal para Odontologia são fabricados de acordo com os requisitos da radiografia dental. Sua manutenção consiste apenas na limpeza do equipamento com pano úmido e ao termino do uso guarda-se o braço e cabeçote na posição de descanso, com o refletor. A radiação provoca efeitos deletérios ao organismo, independentemente da quantidade de exposição. Obviamente, uma pequena quantidade de radiação não será suficiente para provocar uma manifestação clínica ou genética, mas certamente provocará uma reação celular com quebra e desorganização de moléculas. Não se conhecem, com precisão, os efeitos biológico da radiação para pequenas doses tanto para desenvolver uma lesão (nível somático), como para provocar mutação (nível genético). Em nível somático, ocorre destruição de tecidos em que a radiossensibilidade é maior, como o tecido vascular, sexual e oftálmico. Em nível genético, as mutações ocorrem por quebras de cromossomos que contêm os genes, ocorrendo reorganização aleatória e alterando o padrão hereditário.
A radiação está presente em nossas vidas durante todo tempo uma vez que estamos sempre expostos às fontes naturais. Como não é possível ficar imune às radiações naturais, então devemos procurar ficar expostos o mínimo possível às radiações artificiais, entre elas os raios-x, tomando uma série de cuidados, chamados de "radioproteção". Como proteção deve-se lançar mão de dispositivos que diminuam a incidência de radiação sobre o paciente, o cirurgião dentista,os auxiliares, a área do consultório e regiões vizinhas. Para o paciente temos filtração e colimação dos feixes, filmes ultra rápidos, cilindros abertos, avental de chumbo,e o emprego de técnicas seguras, como a periapical pelo paralelismo, por exemplo, diminui o risco de repetições e fornece exames de excelente qualidade, sendo, portanto um eficiente meio de proteção. Os profissionais também se beneficiam de todos os dispositivos de proteção, mas ainda assim deve se proteger com biombos de chumbo distância de no mínimo 1,80 m do cabeçote do aparelho de raios-x e jamais segurar o filme na boca do paciente.
As áreas anexas à sala onde está o aparelho de raios-x também devem ser protegidas com paredes de pelo menos meio tijolo compacto revestido de barita (composição mineral que contém um elemento de alto número atômico, o Bário). Divisórias e portas devem ter revestimento de chumbo, as portas visores plumbíferos. Janelas que dão acesso a áreas onde ocorra trânsito de pessoa devem ser removidas. Obviamente a correta manutenção do aparelho de raios-x é extremamente importante para segurança dos seus operadores, tanto no sentido de diminuir a dose de radiação secundária. Qualquer relato de vazamento de óleo do cabeçote do aparelho é motivo para que este não seja mais usado enquanto não for realizada uma vistoria. Existem diferentes tipos de aparelhos de diferentes fabricantes, porém são similares e o seu funcionamento é semelhante. Os aparelhos podem ser fixos, isto é, podem ser montados na parede ou no teto e móveis. Eles são compostos de três partes:
Cabeçote
Braços articulares
Painel de controle e circuitos
Requisitos ideais para um aparelho:
Seguro e exato Capaz de gerar raios- X com a escala desejada
Pequeno
Fácil de manusear e posicionar
Estável, equilibrado e firme
Facilmente desmontado e armazenado
Simples de operar
RADIOGRAFIA Conceito: É a imagem fotográfica de um objeto, obtida com emprego dos raios-X. São imagens de qualquer parte do corpo, sem a utilização de contraste, através de um simples procedimento de raios- x.
Filmes Radiográficos Odontológicos: Filme de raios-x é o meio usado para registrar a imagem radiográfica depois de ter sido exposto à radiação e processado nas soluções adequadas. Podem ser classificados da seguinte maneira:
Quanto à embalagem:
Simples
Duplos
Quanto ao emprego: Quanto ao emprego: o Intrabucal o Extrabucal
Quanto ao tamanho: o Extraorais o Intramurais
Constituição
O filme é constituído por:
Base de plástico
Lâmina de chumbo
Papel preto
Embagem
Armazenamento dos filmes:
Devem ser armazenados a uma temperatura entre 10º C e 21°C e de 40% a 60% de umidade
No consultório : - Em um local onde não haja excesso de umidade - Longe de fonte de radiação -Evitar local com muita exposição à luz
-
Não colocar objetos sobre as caixas Apresentação dos filmes intrabucais: a) Periapicais b) Interproximais c) Filmes Oclusais Periapicais:
São os mais usados em odontologia
O filme periapical pode ser encontrado em dois tamanhos: adulto e infantil
Caixas com 150 unidades (adulto) e 100(infantil)
Formato retangular
Picote para identificação
Indicados para o exame do periápice; espaço periodontal; osso e estruturas anatômicas; estudo das coroas e raízes dos dentes e para verificar presença de lesões. Em endodontia: odontometria, número e aspecto dos canais, obstrução de canais.
Interproximais: (Bite-Wing) Na face que deve ficar voltada para os dentes, existe uma aletuma aleta de papel, que o paciente prende com os dentes (asa de mordida - Bite–Wing), o que assegura a distribuição regular, centralizando o terço cervical radicular e coronal dos dentes da maxilada mandíbula. Indicações:
Pesquisa de cáries
Pesquisa de restaurações (adaptação, infiltração, etc.)
Obs: Existem também os filmes pediátricos. Os filmes periapicais podem ser adaptados para esta finalidade cortando-os ao meio e confeccionando a aleta com fita adesiva ou papel industrial, conforme o tamanho do filme.
Filmes Oclusais
Para exame de áreas mais extensas da maxila e da mandíbula.
Têm a mesma constituição dos periapicais, diferindo apenas pela presença de repiques no lugar da lingueta. Indicação: pacientes desdentados; delimitação e localização de áreas patológicas; localização de fraturas, etc.
FILMES EXTRABUCAIS: São filmes de ação indireta que são posicionados fora da boca do paciente, permitindo a realização de radiografias, que possibilitam visualizar regiões mais amplas da região maxilo mandibular. Esses filmes utilizam uma placa intensificadora que fica dentro de um chassi e são sensíveis a fótons de luz, que são emitidos pela placa intensificadora. A vantagem dessa placa e dos filmes de ação indireta é que eles respondem a baixas doses de radiação (diminui a dose de irradiação em 80%)
Radiografia lateral oblíqua
Diversos tipos de radiografias do crânio
Radiografia panorâmica
Exame periapical completo: maxila e mandíbula são divididas em sete regiões, totalizando 14 filmes periapicais:
Figura 6: Esquemas para posição dos filmes nas regiões anterior e posterior, divisão da arcada e posição do picote para as tomadas radiográficas. Fonte: Tavano, 1998 Na técnica radiográfica periapical da bissetriz o filme é mantido na boca pelo próprio paciente da seguinte maneira: filme é mantido na boca pelo próprio paciente:
Arcada superior (maxila) - polegar da mão do lado oposto ao que está sendo radiografado
Arcada inferior (mandíbula) - indicador da mão do lado oposto ao que está sendo radiografado
O filme deve ser posicionado na boca:
lado de exposição voltado para o cone
região a ser radiografada deve esta centralizada
picote voltado para oclusal
borda superior/inferior deve ultrapassar 2 a 3 mm da face oclusal
dentes posteriores filme na horizontal
dentes anteriores filme na vertical
Na técnica radiográfica intrabucal interproximal:
Foi idealizada por Rapper (1925) também chamada de Bite-wing, “asa de mordida”; Filme: do grupo 2 ou o periapical (3X4cm) adaptado. A aleta de mordida adaptada ao filme ou a aleta do filme para a técnica interproximal deve ser posicionada na face oclusal dos dentes pré-molares ou molares de acordo com a região de interesse. Indicação:
Cáries proximais, oclusais e reincipiente
Avaliar relação câmara pulpar-cárie
Avaliar adaptação de restaurações
Avaliar restabelecimento de pontos de contato
Estudo das cristas alveolares
Cálculos interproximais
Figura 10: Posicionamento do filme em relação ao terço médio das coroas dos dentes superiores e inferiores para a técnica interproximal. Fonte: Langland & Langlais, 2002
Divisão da arcada
Figura 11: Esquema mostrando a divisão da arcada. A- 4 películas (periapical adaptada) e B- 2 (filme interproximal). Fonte: Tavano, 1998.
Técnica radiográfica intrabucal oclusal: Idealizada por Simpsom (1916), é realizada com o filme oclusal (5,7 X 7,5cm), que é posicionado sobre as faces oclusais dos dentes. Essa técnica possibilita a avaliação de áreas mais extensas da maxila e da mandíbula devido à extensão do filme. Indicações:
Pacientes desdentados
Delimitação e localização de áreas patológicas
Localização de fraturas
Como exame complementar de outras técnicas
Determinar a extensão de fendas palatinas
Pesquisa de cálculos salivares
Ortodontia
Revelação: cristais de prata sensibilizados da emulsão são convertidos em prata negra resultando nas imagens em tons de preto e cinza. O filme deve ser desembalado, preso a uma colgadura, imerso no revelador por 4 minutos a 20ºC (este deve ser agitado para remover as bolhas).
Banho intermediário com água: remover resíduos da solução reveladora. Por um tempo de 15 segundos. Fixação: cristais de prata que não foram sensibilizados da emulsão são removidos resultando nas partes brancas da imagem e a emulsão é então endurecida. Por um tempo de 10 minutos. Banho final: remover os resíduos de solução fixadora em água corrente, por 10 a 20 minutos. Secagem: em ambiente livre de poeira. O tempo de revelação e fixação vai variar conforme a temperatura ambiente e do químico utilizado.
Os NÂOS do processamento:
Não permitir a entrada de luz
Não usar soluções reveladoras e fixadoras antigas
Não usar soluções reveladoras e fixadoras muito quentes ou muito frias
Não trocar de lugar os potes com as soluções após a utilização, para evitar erros de processamento
Não tocar a superfície do filme com os dedos úmidos ou suados
Não inverter a sequência de revelação
Não deixar o filme em contato com as paredes do tanque ou mesmo de outro filme
Não deixar o filme parcialmente imerso no revelador ou no fixador
Figura 14: Passos da revelação. Fonte: Pasler, 2001.
Erros nas radiografias: Várias falhas poderão ocorrer como consequência da não observação dos princípios técnicos durante a obtenção e do processamento da radiografia. Entre estas falhas pode-se citar:
Radiografias muito densas (escuras)
Densidade radiográfica insuficiente (claras)
Falta de contraste
Velamento fotográfico
Velamento químico
Radiografias borradas
Marcas de unhas
Impressões digitais
Entrada de umidade
Imersão parcial do filme nas soluções reveladoras
Áreas de colimação
Lavagem intermediária ou final insuficiente
ORIENTAÇÃO DO FILME O filme possui uma elevação em uma das suas extremidades chamada picote, que serve como orientação. Sua posição pode ser sentida como um ponto elevado encontrado na face do filme que vai ficar voltada para o aparelho de raios- X. Quando as radiografias forem montadas ou encartonadas, esse picote serve de referência e deve ficar voltado para o operador. A radiografia deve ser visualizada como se este estivesse de frente para o paciente. Os cartões devem ser identificados com o nome completo do paciente, idade, data do exame, região e diagnóstico( opcional).
Proteção do paciente Calibração do aparelho Cuidado com o armazenamento do filme e com as soluções processadoras Filmes rápidos (sensibilidade) Adequado processamento do filme
Guardar adequadamente os exames Avental de chumbo e protetor de tireóide Boa técnica e processamento radiográfico
Orientar o paciente sobre a necessidade da sua colaboração para evitar posteriormente a necessidade de possíveis repetições que irá submetê-lo a uma dose de radiação desnecessária. Os limites de dose, tanto para as pessoas que trabalham com radiação quanto para indivíduos do público, devem ser respeitados. Raios-X nunca devem ser apontados para uma porta ou abertura
Figura 15:Possíveis fontes de radiação
Proteção dos profissionais
Quanto menor o tempo de exposição, menor a dose
Uso de barreiras (avental de chumbo, paredes baritadas, biombos)
Não permanecer na direção do feixe útil
Não segurar o filme na boca do paciente
Não segurar a cabeça do aparelho ou localizador
Usar dosímetros
RADIOLOGIA DIGITAL São consideradas imagens eletrônicas todas aquelas em que há algum processo eletrônico durante a sua formação. Uma classe especial de imagens eletrônicas são as imagens digitais que são obtidas eletronicamente, convertidas em dados numéricos e armazenadas ou manipuladas em um computador (DOTTA, 2001).
RADIOLOGIA CONVENCIONAL X RADIOLOGIA DIGITAL Capacidade de melhorar a qualidade da imagem através de tratamento gráfico utilizando-se softwares específicos, que podem inverter a escala de cores, aumentar as áreas específicas ("zoom") proporcionar efeitos de textura e outros, como também na capacidade de obtenção das mesmas; Redução da dose de radiação empregada. Segundo os fabricantes, está na ordem de redução de 80% da dose utilizada em tomadas radiográficas convencionais (ATTAELMANAN et al., 2000).
Fator de distorção presente nas radiografias digitais ainda é alvo de controvérsia entre os clínicos (SCHULZE et al., 2000). ......................................................................................................... CRÉDITOS DESTA APOSTILA: CD/PROFESSORA Elizabeth Sandra Souza Xavier
REFERÊNCIAS
WHAITES, E. Princípios de Radiologia Odontológica. Artmed Editora, 3° ed. Porto Alegre: 2003.
LANGLAND, O. E. & LANGLAIS. Imagem em Odontologia. Santos Livraria Editora. São Paulo, 2002.
PASLE & VISSER. Radiologia Odontológica – procedimentos Ilustrados. ,Artmed Editora, 2º ed. Porto Alegre, 2001.
TAVANO, O.; ALVARES, L. C. Curso de radiologia em odontologia. Santos Livraria editora, 4 °ed. São Paulo: 1998.
FREITAS, L. ROSA, J. E. SOUZA, I. T. Radiologia Odontológica. Artes Médicas, 4°ed., 1998 FREITAS, L. Radiologia Bucal- Técnicas e Interpretações. Pancast Editorial, São Paulo: 1992.