Curso de auxiliar em saúde bucal iii

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA SECÃO DE MINAS GERAIS

Curso de Auxiliar em Saúde Bucal - ASB MÓDULO II – PREVENINDO, RECUPERANDO E REABILITANDO NA ODONTOLOGIA

DISCIPLINA: MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS

2016


SUMÁRIO OBJETIVOS ..................................................................................................................... 4 GERAL ......................................................................................................................... 4 ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 4 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 EQUIPAMENTOS DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO ...................................... 4 UNIDADE ODONTOLÓGICA ................................................................................... 4 UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS .................................................................. 5 ELEMENTOS DO CONSULTÓRIO .......................................................................... 6 EQUIPAMENTOS DO LABORATÓRIO DE PRÓTESE ............................................ 16 LABORATÓRIO DE PRÓTESE ................................................................................... 17 ARTICULADORES ................................................................................................... 17 CORTADOR DE GESSO .......................................................................................... 17 TORNO PARA POLIMENTO ................................................................................... 18 MONOJATO DE AREIA........................................................................................... 18 VIBRADOR DE GESSO ........................................................................................... 18 FORNO SEMI AUTOMÁTICO ................................................................................ 18 CENTRÍFUGA ........................................................................................................... 19 PLASTIFICADORA A VÁCUO ............................................................................... 19 MOTOR DE SUSPENSÃO........................................................................................ 20 IMPLANTODONTIA .................................................................................................... 20 MOTOR PARA IMPLANTES ................................................................................... 20 CONTRANGULO PARA IMPLANTES ................................................................... 21 KIT PARA IMPLANTODONTIA ............................................................................. 21 ORTODONTIA .............................................................................................................. 21 COMO FUNCIONA UM TRATAMENTO ORTODÔNTICO EFICAZ? ................ 22 EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PARA ORTODONTIA ............................... 23 ALICATE CORTE DISTAL COM WIDIA .............................................................. 23 PINÇA PARA BRACKET ......................................................................................... 23 MAQUINA DE SOLDA PONTO .............................................................................. 24 POLIDORA QUÍMICA ............................................................................................. 24 JATBRAKET ............................................................................................................. 24 TÉCNICAS DE LIMPEZA, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO PREVENTIVA DOS EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTAL. ........................................................... 24 MANUTENÇÃO DO COMPRESSOR ..................................................................... 25 MANUTENÇÃO DA CANETA DE ALTA ROTAÇÃO ......................................... 26 MANUTENÇÃO DO MICRO-MOTOR ................................................................... 27 MANUTENÇÃO DA SERINGA TRÍPLICE ............................................................ 28 MOTOR ELÉTRICO DE BAIXA ROTAÇÃO E CANETA DE BAIXA ROTAÇÃO .................................................................................................................................... 29 MANUTENÇÃO DO CONTRA-ÂNGULO ............................................................ 30 MANUTENÇÃO DO SUGADOR E CUSPIDEIRA................................................. 30 MANUTENÇÃO DO REFLETOR ............................................................................ 31 MANUTENÇÃO DA CADEIRA ODONTOLÓGICA ............................................. 31 MANUTENÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO E HIDRÁULICO ............................. 32 DESINFECÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................... 32 LIMPEZA/ DESINFECÇÃO/ ESTERILIZAÇÃO ........................................................ 35 INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO ........................................................................ 36 INSTRUMENTAL MANUAL ...................................................................................... 36 INSTRUMENTAL CLÍNICO BÁSICO .................................................................... 36


INSTRUMENTAL PARA ENDODONTIA .............................................................. 39 INSTRUMENTAL PARA FORRAMENTO DE CAVIDADES .............................. 41 INSTRUMENTAL PARA MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS .................................. 41 INSTRUMENTAL PARA DENTÍSTICA ..................................................................... 42 INSTRUMENTAL PARA RESINA .......................................................................... 45 INSTRUMENTAL PARA PERIODONTIA.................................................................. 45 INSTRUMENTAL PARA CIRURGIA ......................................................................... 46 INSTRUMENTAL E EQUIPAMENTOS PARA PROFILAXIA ............................. 48 INSTRUMENTAL ROTATÓRIO ............................................................................. 48 MATERIAIS PROTETORES DO COMPLEXO DENTINA POLPA .......................... 54 MATERIAIS CIMENTANTES ..................................................................................... 57 MATERIAIS RESTAURADORES ............................................................................... 63 RESINAS RESTAURADORAS FOTOPOLIMERIZÁVEIS ................................... 67 IONÔMERO DE VIDRO RESTAURADOR ............................................................ 68 MATERIAIS PREVENTIVOS ...................................................................................... 69 MATERIAIS DO LABORATÓRIO DE PRÓTESE ..................................................... 70 REFERENCIAS ............................................................................................................. 81


OBJETIVOS GERAL Conhecer os materiais, equipamentos e instrumentos da unidade odontológica para melhor desempenho do trabalho. ESPECÍFICOS      

Identificar os diversos materiais utilizados no trabalho odontológico, bem como suas indicações. Conhecer o funcionamento, limpeza e manutenção dos equipamentos do ambiente odontológico. Identificar o Instrumental manual e rotatório de todas as especialidades odontológicas. Conhecer as técnicas de limpeza e conservação dos instrumentos. Organizar as bandejas clínicas para os vários procedimentos. Conhecer a manipulação dos diversos materiais odontológicos.

INTRODUÇÃO Enorme tem sido a luta da humanidade, na busca incessante, através dos séculos, de um material restaurador dental, que possa efetivamente bem atender as exigências físicas, químicas e estéticas do meio bucal. Incontáveis produtos promissores têm sido desenvolvidos, em especial nas últimas décadas, onde a tecnologia deu saltos gigantescos, levando o homem até mesmo ao espaço. Para se conseguir realizar atividades complexas e especializadas, os profissionais necessitam de ambiente e equipamentos especiais, dotados da rígida ergonomia, evitando a fadiga da equipe e fundamentalmente acompanhando a evolução tecnológica da modernidade, na constante procura da qualidade dos serviços. Pode-se afirmar que todo instrumento em Odontologia é a extensão das mãos do operador, e por isto, nesta disciplina, todo o instrumental, tanto manual como rotatório, será conhecido e estudado, assim como os cuidados que se deve ter na preservação, manutenção, armazenamento e esterilização dos mesmos. Somente com estes conhecimentos adquiridos é que se pode dar continuidade aos ensinamentos conceituais das demais disciplinas, o que eleva sobremaneira as responsabilidades dos profissionais.

EQUIPAMENTOS DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

UNIDADE ODONTOLÓGICA


Quase toda a atividade do odontólogo e auxiliares, se desenvolve dentro de um ambiente destinado à prática da profissão e que se pode denominar de Sala de Operações, ou Unidade Odontológica, posto que nela realizam-se intervenções cirúrgicas de importância. Também pode ser chamado de Consultório Odontológico ou Gabinete Dentário. Uma grande parte da vida da equipe se desenvolve dentro dele, pelo que é indispensável que reúna uma série de condições que permita o exercício profissional com a comodidade necessária e, sobretudo, em condições higiênicas, para salvaguarda da saúde da equipe e pacientes e para que possam ser desenvolvidas atividades sem desgaste inútil de energia e com a devida segurança( biossegurança e ergonomia).

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS As unidades móveis (Kombi, trailers e ônibus) foram criadas com a finalidade de levar o atendimento odontológico àqueles lugares onde não existe o consultório instalado, como escolas, centros de saúde, etc., da zona urbana e rural. Sendo móvel, a sua instalação (estacionamento) deve obedecer aos mesmos princípios de iluminação natural, cuidados na manutenção, limpeza, desinfecção do ambiente, etc. Os equipamentos que compõem uma unidade móvel são praticamente os mesmos da Unidade Fixa, com algumas diferenças, devido ao pequeno espaço físico disponível.


ELEMENTOS DO CONSULTÓRIO Serão considerados aqui os equipamentos e móveis considerados indispensáveis à Unidade Dental, comentando depois os usados nas especialidades.

Cadeira Odontológica ou Operatória Podem-se dividir as cadeiras odontológicas como: mecânicas, hidráulicas a pedais e hidráulicas elétricas. Todas elas se compõem basicamente de: base firme, coluna vertical de levantamento e abaixamento, assento e encosto anatômico, para maior comodidade do paciente e um apoio para os braços e cabeça. Todas essas partes são acionadas mecanicamente ou por mecanismos hidráulicos e/ou elétricos.


Equipo Odontológico Existem no mercado equipos ou unidades dentais de diferentes formas, mas, fundamentalmente se compõem de um móvel em cujo interior se encontra o mecanismo de funcionamento. Dali saem às mangueiras onde serão acopladas, basicamente, uma caneta de alta rotação, uma de baixa rotação e uma seringa de ar e outra de água ou uma só com as duas funções. Alguns equipos já vêm com uma plataforma onde serão colocadas as bandejas de instrumental e material. Os equipos devem ter roldanas, para se deslocarem facilmente em posições definidas pela equipe. Em alguns tipos, existe o depósito de água filtrada ou mineral. Alguns possuem motores de baixa rotação, elétricos, com articulação e corda, acoplados sobre a plataforma.

Refletor

Pode ser de coluna – preso ao chão ou ao teto ou incluído num prolongamento da cadeira operatória. Existem vários tipos, com iluminação direta, indireta, quente, fria, amarelados, brancos, etc. Os do tipo com luz indireta (espelhos côncavos) e frios são os mais indicados. Mocho


É a cadeira usada pelo Odontólogo e pelo auxiliar, sendo diferentes os modelos de mocho para cada profissional. Porém, ambos devem ter encosto para as costas e base correta, estável e com roldanas.

Cuspideira

Existem vários tipos, acopladas na cadeira, independente, de louça, de alumínio, etc. normalmente ficam posicionados do lado esquerdo da cadeira operatória e contém um sistema de irrigação de água para favorecer a sua auto limpeza. Em alguns casos, vem acopladas a elas uma seringa tríplice (água, ar e spray) e um sugador, para uso do auxiliar.

Unidade Suctora


Ou sugador, aspirador, tem a função de remover a saliva e/ou sangue do campo operatório. Pode ser elétrico (conjunto independente) ou pneumático, ligado ao compressor. Contém uma mangueira onde será acoplada a ponta sugadora, que pode ser tanto de metal (reutilizável) como de plástico (descartável). Existe uma válvula dimensionadora da pressão negativa (sucção) exercida (torneirinha). Compressor

Este equipamento é o que fornece ar para os vários módulos do consultório odontológico. Existem 2 tipos de compressor: o odontológico e o industrial. O odontológico foi fabricado para ser instalado dentro do ambiente de trabalho. Para isto, possui um tamanho reduzido e é recoberto com uma capa protetora com amortecedores de ruído. São de baixa vazão de ar, suficientes para uma unidade odontológica tradicional, isto é, onde se trabalha apenas um odontólogo e uma auxiliar (consultórios particulares, de algumas Unidades de Saúde e algumas escolas). O compressor industrial, por causar bastante ruído, deve ser instalado fora do ambiente de trabalho, num local protegido de sol, chuva e poeira. São indicados para unidades de trabalho múltiplas, com odontólogos e duas ou mais auxiliares (TSB e ASB). Armário/Mesa Auxiliar


Todo consultório deve ter um armário, seja de madeira, de aço ou outro material (desde que seja de fácil limpeza e possa ser desinfetado). Serve para guardar os materiais dentários, fichas de pacientes, instrumental, etc. Mesas – Bancadas Alguns consultórios possuem mesas ou armários de fórmica ou outro material, e outros possuem bancadas de alvenaria (ardósia, mármore ou concreto) onde se apoiam autoclave, lavatórios e ainda possuem área para lavagem e secagem dos instrumentos, placas de vidro, bandejas, etc.

Autoclave

É do tipo de esterilização por calor úmido e pressão. Serve para a esterilização daqueles instrumentos e materiais que não podem sofrer queimas. Ex.: gazes, algodão, luvas, seringas de vidro, agulhas, além de instrumental metálico também.


Estufa

A estufa atualmente quase em desuso era o meio de esterilização mais usado nas unidades de saúde. O nome correto é Estufa de Pasteur (quem inventou) e funciona por calor seco. Pode ser de várias dimensões, dependendo da quantidade de instrumentos a serem esterilizados. O aparelho possui um reostato com mostradores em graus centígrados e um termostato que mantém a temperatura escolhida. Como nem sempre se pode confiar nestes instrumentos, para se ter certeza da temperatura real, é necessário o uso de um termômetro próprio. As medições são realizadas aleatoriamente para regular o reostato. Sobre o teto do aparelho existe uma perfuração, local próprio para se instalar o termômetro. Raios-x


É um aparelho para exames complementares, que permite ao profissional fazer uma avaliação dos tecidos duros (ossos e dentes). Pode ser afixado tanto em paredes, solo ou teto. Dividem-se em aparelhos radiográficos de tomadas: intrabucais e extrabucais, comumente chamados de periapical e panorâmico,respectivamente.

Amalgamador Mecânico


Serve para manipulação do amálgama e mercúrio, com as vantagens: rapidez, economia e proteção ao contágio bilateral (mercúrio para meio externo e vice-versa). Podem ser de dois tipos: com a limalha e o mercúrio separados ou em cápsulas.

Fotopolimerizador para resinas compostas

É usado para ativar as partículas fotossensíveis das resinas compostas. Existem de dois tipos segundo o tipo de lâmpada que utilizam, podem ser lâmpadas alógenas quentes (tradicionais) e lâmpadas led frias.

Extrator de cálculos dentais (ultra som)


É usado na remoção de tártaro supra e sub gengival. Através da vibração por emissão de ondas ultrassônicas.

Aparelhos de profilaxia com jato de bicarbonato

É usado na remoção de manchas de nicotina, placas bacterianas. e da película adquirida.

Aparelhos rotatórios Endodôntico


É usado na Endodontia para instrumentar os canais radiculares.

Localizadores Apicais É usado na Endodontia para localizar o ápice da raiz e o comprimento de trabalho.

Laser de baixa potência Aplicações clínica dos Lasers: Alveolite Biostimulação óssea Disfunção da ATM Gengivite Herpes simples Hipersensibilidade dentinária Lesão traumática Pericoronarite Nevralgia de trigêmeo Queilite angular Síndrome de dor Úlcera afosa recorrente.

Pontas ou motores clínicos


São as peças adaptadas no equipo, onde se adaptam as brocas, fresas e materiais rotatórios. São elas: caneta ou turbina de alta rotação, micro motor ou motor de baixa rotação, contrangulo e peça reta.

EQUIPAMENTOS DO LABORATÓRIO DE PRÓTESE O laboratório de prótese é uma extensão do consultório Odontológico, pois existem certos procedimentos que não podem ser executados pelo profissional diretamente na cavidade bucal. As especialidades da Odontologia que trabalham juntamente com o laboratório são:     

Dentística Prótese Ortodontia Pediodontia /Cirurgia- Placas de contenções Oclusão e DTM

Alguns trabalhos executados no laboratório de Prótese pelo do TPD (Técnico de Prótese Dental) são:  RMF – Restauração metálicas fundidas.  Núcleos. (Pinos)  Coroas Metalo plásticas (Venner.).  Coroas Jaqueta acrílica ou porcelana.  Coroas Totais.  Próteses Fixas.  Prótese parcial removível. (Roach)


   

Prótese Total. Prótese sobre implante Placas de Contenção. Aparelhos Ortodônticos.

LABORATÓRIO DE PRÓTESE

Articuladores Usados para fazer a montagem dos modelos, para esculpir e montar os trabalhos. Reproduz em partes dos movimentos da cavidade bucal.

Cortador de Gesso – Usado para acertar os modelos de gesso.


Torno para polimento – Para polir restaurações metálicas, armações de prótese, etc.

Monojato de Areia – Pré-polimento das peças metálicas. Para retirar resíduos do revestimento.

Vibrador de Gesso - Para distribuir o gesso uniformemente no modelo sem que seja incluído bolhas de ar.

Forno Semi Automático


– para função dos anéis com os padrões de cera.

Centrífuga – Injetar metal na sua forma líquida nos anéis em que foram retirados do forno.

Plastificadora a vácuo – Confecção de moldeiras individuais para clareamento, protetor para esportista.


Motor de suspensão PROMECO- motor rotatório com peça de mão usados para desgaste, acertos polimentos, etc. Também conhecido com motor chicote. IMPLANTODONTIA

Tem o objetivo de restabelecer o paciente nas funções: biológica, estética e fonética. A reposição de dentes por implante se divide basicamente em 2 fases: cirúrgica e protética. Na fase cirúrgica se faz a instalação do implante. Na fase protética se fixa o dente (coroa) no pino implantado, após a ósseo integração (± de 3 a 4 meses). Nos casos onde há perda óssea, antes da cirurgia para a instalação do implante, indica-se a cirurgia para enxerto ósseo. Existem muitos fabricantes dos componentes dos implantes. Estes utilizam nomes diferentes, dificultando o entendimento. Recentemente existem vários termos ou abreviações para descrever componentes básicos similares. Os dentes implantados necessitam dos mesmos cuidados de higiene, orientados para os dentes naturais: não estarão sujeitos a doença cárie, mas às peri implantites (periodontais dos dentes naturais). A implantodontia atua nos casos de perdas unitárias de dentes, perda de alguns dentes ou em pacientes totalmente desdentados. Assim como em outras especialidades, a implantodontia requer instrumentos e equipamentos específicos que geralmente não são encontrados na clínica geral. Abaixo alguns destes instrumentos/ equipamentos:

Motor para Implantes- motor rotatório que possui alto torque e regulagem de frequência utiliza contrangulo próprio.


Contrangulo para Implantes – possui redução, são adaptáveis no motor de implante possui características próprias e é onde se adaptam as brocas cirúrgicas para implante.

Kit para Implantodontia- contém os acessórios utilizados cirurgia do implante, como brocas, posicionadores, adaptadores, lanças, torquímetro e chaves.

ORTODONTIA Ortodontia é a especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à cárie e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência. O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda. O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos quatro ou cinco anos do curso regular. Normalmente o dentista clínico geral ou é que determina se o paciente poderá necessitar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso dos dentes, fotografias e radiografias especiais, o ortodontista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado. Abaixo descrevemos alguns dos casos em que se indica o tratamento ortodôntico: Sobremordida, algumas vezes chamada de "dentes salientes" — os dentes anteriores superiores recobrem quase 100% dos dentes inferiores, conferindo um sorriso desagradável e problemas mastigatórios. Os dentes inferiores podem, inclusive, estar tocando no palato e na gengiva do arco superior. Mordida cruzada anterior — uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.


Mordida cruzada — ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente. Mordida aberta — espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam. Desvio de linha mediana — ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior. Diastema — falhas ou espaços entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou mesmo de formação. Apinhamento — ocorre quando existe uma arcada pequena para os dentes se acomodarem. Como Funciona Um Tratamento Ortodôntico Eficaz? Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz. Aparelhos fixos podem ser: 

Aparelho fixo — este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendose gradualmente em direção à posição correta. Aparelho fixo especial — utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua "presa", estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso. Mantenedor de espaço fixo — se o dente de leite é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanente nasça.

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Mordida cruzada Mordida aberta anterior

Apinhamento


Crossbite

Overbite

EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PARA ORTODONTIA

Alicate Corte Distal com Widia

pinรงa para bracket


Maquina de solda Ponto. Maquina de solda elétrica utilizada para fixação de acessórios nas bandas ortodônticas, solda de fio com fio e revenido.

Polidora Química- utilizado no acabamento e polimento químico de aparelhos removíveis

Jatbraket- maquina para limpeza, polimento e para criação de retentividade mecânica nos braquetes.

TÉCNICAS DE LIMPEZA, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO PREVENTIVA DOS EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTAL. O equipamento odontológico deve receber atenção adequada, não só pela possibilidade de comportar-se como veículo de transporte de microorganismos como também para preservar sua vida útil. Todos os equipamentos trabalham melhor quando recebem limpeza e lubrificação com regularidade e alguns deles necessitam de certos procedimentos especiais, por exemplo: ao findar o atendimento, o operador deve fazer funcionar todas as turbinas de ar (somente passagem de ar) para que sejam removidas impurezas do seu interior.


Para estar seguro que o equipamento recebe os cuidados necessários, é importante seguir as instruções dadas pelo fabricante. Com o avanço das investigações na área de produção e montagem houve uma redução na manutenção de certas peças e em alguns casos, eliminaram-se por completo os cuidados do operador. Por exemplo: algumas conexões são completamente fechadas, não necessitando de lubrificação e da mesma forma, muitos motores elétricos não requerem nenhum tipo de manutenção. O pessoal auxiliar desenvolve um serviço importante ao organizar e executar um programa de manutenção completo dos equipamentos do consultório odontológico. Salienta-se que tanto o TSB quanto o ASB e o CD devem cuidar da manutenção e prevenção dos equipamentos, deixando para o Técnico de Manutenção os trabalhos ligados à reparação. É conveniente registrar rotineiramente os cuidados de manutenção tomados, identificando quem executou tal procedimento. Este tipo de anotação permite um melhor controle dos métodos de prevenção do mau funcionamento. MANUTENÇÃO DO COMPRESSOR O compressor deve estar fixo em lugar fresco, livre de poeira e gases, protegido contra chuva e isolado do acesso de crianças. Apesar desse equipamento não estar normalmente instalado na sala clínica, é considerado um dos componentes mais importantes do consultório odontológico. Sua função é produzir e armazenar ar para todo o sistema. Há compressores de diversos modelos: turbocompressor, industrial, odontológico, etc. O que os diferencia basicamente é a capacidade de produção e armazenamento de ar e a presença ou não de óleo lubrificante no motor. O compressor deve estar a uma distância mínima de 30 cm de cada parede, visando uma refrigeração adequada. A limpeza da umidade deve ser feita diariamente. A acumulação de óleo e sujeira na máquina forma uma camada isolante, prejudicando a dissipação normal do calor, o que provoca a queda da eficiência. É necessário evitar este inconveniente que, além de danos para a máquina, poderá trazer riscos de incêndio. O filtro de admissão do ar deve ser removido e limpo uma vez por mês, ou mais frequentemente, se condições extremas de sujeiras estiverem presentes. No filtro a banho de óleo, a limpeza deve ser feita por um líquido não inflamável, e deve estar bem seco antes de ser recolocado. No filtro tipo seco, o elemento filtrante deve ser limpo com jato de ar comprimido seco e sem óleos. Deve-se trocar o elemento filtrante pelo menos 3 (três) vezes por ano. O reservatório deve ser drenado diariamente. O acúmulo de água no reservatório diminui sua capacidade e também, misturando-se com óleo, forma uma emulsão que produz condições favoráveis à explosão do reservatório e pode contaminar o ar puro utilizado para secar as cavidades nos elementos dentais. Assim, a drenagem sempre deve se dar na parte inferior do compressor e no filtro de ar. Deve-se verificar periodicamente: a presença de vazamentos nas juntas, válvulas, conexões e tubulações para evitar perda de ar; as juntas do cárter para evitar perda de óleo; a fixação das serpentinas para evitar que, trabalhando soltas, sejam quebradas pela vibração; a tensão das correias: correias esticadas erradamente ou de comprimentos diferentes, produzem vibrações prejudiciais ao equipamento. Rotina de operação e manutenção de ar comprimido Antes do início do funcionamento da clínica:  Verificar se a saída de ar do compressor está aberta;


    

Ligar a chave elétrica para funcionamento do compressor; Esperar um minuto para saída completa do ar ou água remanescentes; Fechar a saída de ar do compressor (abaixo do tambor); Fechar os filtros correspondentes a cada equipo, os quais devem estar abertos (sala da clínica); Calibrar os manômetros correspondentes na pressão adequada, se necessário (Turbina rolamento – 60 a 90 libras).

Ao término do funcionamento da clínica:  Desligar a chave elétrica do compressor;  Abrir os filtros correspondentes a cada equipo (sala de clínica);  Abrir a saída de ar do compressor (drenagem). Considerações    

Não mexer na regulagem do disjuntor automático (tarefa reservada ao técnico de manutenção); A pressão máxima de desligamento deve estar em torno de 130 (cento e trinta) libras; Verificar e manter o óleo, no centro visor, ou na marca da vareta; Usar óleo especial SCHULZ, Pan Compress de ar ou SAE 30, classificação EPI, AS ou SB, trocado a cada 2 (dois) meses (De acordo com a especificação do fabricante).

MANUTENÇÃO DA CANETA DE ALTA ROTAÇÃO Limpar, com pincel que acompanha o instrumento, as partículas que se acoplam na cabeça, com a turbina acionada, porém com registro de água na mangueira fechada. Abrir o registro e verificar saída de água. Se o spray não funcionar, retirar a caneta e verificar se a água tem livre passagem pela mangueira. Se não tiver, observar primeiro se o reservatório está cheio, se o filtro está entupido, se há mangueiras soltas ou dobradas, ou se o registro que controla a água do spray está entupido. Se tudo estiver normal, o defeito está na própria caneta de alta rotação. Para desobstrução dos orifícios e saída de água, usar a pequena agulha que acompanha o instrumento. Em seguida, introduzir na saída de ar da mangueira (furo grande) o bico cônico recartilhado para esguiche. Encostar com pressão ao encontro dos orifícios do spray na cabeça da caneta de alta rotação, projetando ao mesmo tempo jatos de ar acionando o pedal. Caso não se conseguir o desentupimento, enviar o instrumento para desmontagem da tampa do spray. Quando a mangueira estiver entupida e uma limpeza com álcool não resolver, enviar também para reparos ao setor de manutenção técnica. Após a limpeza, lubrificar a turbina.


Na lubrificação que pode ser uma vez ao dia: Desconectar a caneta da mangueira e inserir o cano válvula do spray de óleo lubrificante no orifício maior, situado na parte posterior da caneta e ativar a válvula por 1 segundo. Isto feito, acoplar novamente a mangueira e acionar (por alguns segundos) o pedal de comando de ar. A caneta estará lubrificada e pronta para trabalhar no dia seguinte. Em caso de utilização intensa do instrumento (3 turnos de trabalho), lubrificar mais de uma vez. Sugestão Como nem toda lubrificação é executada rigorosamente de acordo com as orientações técnicas, sugere-se, ao final de cada expediente, uma lubrificação por imersão. Existem canetas que dispensam seu uso por possuírem dispositivo tipo “puslhbotton”. Este procedimento é mais trabalhoso, porém mais garantido, pois elimina a possibilidade de ausência ou má lubrificação, aumentando a vida útil dos rolamentos, mesmo em locais onde o ar seja bastante poluído. Colocação e retirada de brocas Para esta operação, usar exclusivamente o saca-brocas que acompanha o instrumento. Existem canetas que dispensam seu uso por possuírem dispositivo tipo “push-botton”. Usar somente brocas e pontas de boa qualidade, comprimento máximo de 20 mm, com cabeça não ultrapassando 2 mm de diâmetro. MANUTENÇÃO DO MICRO-MOTOR Soltar a conexão da mangueira do micro-motor; lubrificar como na caneta de alta rotação, acionar a caneta na rotação inversa. A inversão da rotação é obtida girando a parte existente na porção traseira para a direita ou esquerda. A peça traseira também funciona como válvula reguladora de ar; Na parte frontal do micro-motor do modelo DOIROT existe um pino destravador que deve ser girado até que recue totalmente. Empurrar a ponta sobre o tubo de guia até


encostar-se às faces do micro-motor. Nesta posição a pinça estará aberta para receber brocas de 2,38 mm de diâmetro e o contra-ângulo. Para travar a pinça, avance totalmente o pino destravador. Antes de movimentar o motor, certificar se a ponta está perfeitamente adaptada. Para retirar a ponta, pressionar o pino destravador e puxar a ponta para fora.

Fig.1modelo micro motor e contra ângulo DOIROT

No modelo intra o micro motor e peça reta são pontas separada e de encaixe por pressão.

Aquecimento perceptível ao tato indica falta de lubrificação; Caso o funcionamento não se dê satisfatoriamente enviar o conjunto (micro-motor e contra-ângulo) para o setor de manutenção técnica. MANUTENÇÃO DA SERINGA TRÍPLICE Para limpeza do bico, usar agulha nos cinco furos da ponta e acionar os botões. Em caso de entupimento, desparafusar a ponta do bico e fazer uma limpeza interna. Para desinfecção, o antisséptico a ser usado não deve permanecer no atomizador (de ar/água) por períodos prolongados, devido aos efeitos de solidificação que o mesmo pode apresentar.


MOTOR ELÉTRICO DE BAIXA ROTAÇÃO E CANETA DE BAIXA ROTAÇÃO É acionado através de um reostato (pedal) eletrônico, que controla a velocidade de 0 a 16.000 RPM. Possui uma chave reversora que troca a rotação, liga e desliga o motor. Eliminação de possíveis defeitos Motor não funciona:  Verificar se a chave elétrica está ligada;  Verificar se a chave reversora está ligada;  Verificar se algum fio está solto ou com mau contato. Observação: Nunca trocar a rotação do motor de baixa rotação estando o mesmo em funcionamento. Caneta de baixa rotação: Lubrificação: duas gotas de óleo de pouca densidade nos lugares indicados, uma vez por semana. Limpeza: periodicamente deverá ser feita uma limpeza no eixo, com benzina, na parte externa, empregando uma escovinha de pelo. Nunca usar algodão para limpar a ponta do eixo pela parte interna. Lavar com frequência a capa pela parte interna com benzina.


MANUTENÇÃO DO CONTRA-ÂNGULO Limpeza Ao terminar o trabalho, deverá ser feita uma limpeza geral na cabeça do contraângulo com uma escovinha de pelo e remover toda a pasta de polimento e sedimentação de partículas dentárias que se alojam na cabeça do contra-ângulo. A durabilidade deste aparelho depende dos cuidados com sua limpeza. Lubrificação Feita com óleo de pouca densidade, colocando duas gotas na cabeça e duas gotas no encaixe. É necessária uma boa lubrificação, quantas vezes forem necessárias durante o dia, conforme o tipo de trabalho, principalmente quando é usada pasta de polimento. Cuidados especiais Ao colocar a pasta de polimento, não deixar que esta suje a cabeça do contra-ângulo, porque contêm abrasivos que podem provocar desgaste na parte interna do instrumento. É aconselhável usar uma borracha redonda entre a tampa e a broca. Os contra-ângulos quinzenalmente devem ser submetidos à imersão em um recipiente com benzina e, acionando-se o pedal provocará uma penetração maior da substância, melhorando a conservação da peça.

MANUTENÇÃO DO SUGADOR E CUSPIDEIRA O sugador deve ser ligado somente no momento em que for necessário, para evitar perda de ar. Ao terminar o expediente, fazer a limpeza geral na mangueira e bico. Limpar a tela do sugador que fica abaixo da cuspideira que retém o sangue e resíduos de materiais. Depois, com água e um pouco de desinfetante, fazer funcionar o sugador durante 30 (trinta) segundos mais ou menos. Sugar esta solução que, além da limpeza por dentro da mangueira, ajudará a eliminar o mau cheiro. Este procedimento deve ser feito rotineiramente, principalmente após cirurgias. Eliminação de possíveis defeitos Retorno de ar: verificar se a mangueira do esgoto do sugador está dobrada; caso esteja, não dará passagem para saída de saliva, havendo retorno. Desdobre-a. Outra alternativa é dar vários jatos de ar na mangueira do sugador, que poderá ser feito com o ar da seringa ou do alta rotação; Sugando pouco: verificar a pressão no manômetro, que deverá ser, em média, 60 (sessenta) libras. Outra causa provável é que a mangueira, que leva o ar até o sugador, pode estar com vazamento ou entupida. Cuspideiras


Devem ser limpas após cada atendimento. Retirar todos os resíduos, lavar com água e sabão e desinfetá-las. Em caso de entupimento, verificar o porta resíduo e limpá-lo. Observar também se a mangueira está dobrada ou amassada.

MANUTENÇÃO DO REFLETOR Possui uma chave que liga/desliga e uma lâmpada que deverá permanecer acesa somente durante o atendimento clínico. O refletor, depois de usado, deve ser mantido em posição de descanso: braço superior sobre o braço inferior, formando um ângulo de 45 graus. Possíveis defeitos:  Lâmpada queimada;  Falta de energia;  Mau contato no soquete da lâmpada;  Transformador defeituoso.

MANUTENÇÃO DA CADEIRA ODONTOLÓGICA Ao término do atendimento, a cadeira deve ser totalmente descida à posição zero. Limpeza e conservação do estofamento: limpar com pano úmido e secar em seguida. Cadeiras de napa e courvin podem ser limpas com Fast ou Blem, e cadeiras de couro, com Stanley. Não deixar escorrer no estofamento líquidos, acrílico, anestésico, álcool ou outros produtos químicos. Pintura: limpar somente com pano úmido e sabão de coco. Evitar que vaze umidade para o interior do aparelho. Pode-se polir com cera uma vez por mês. Aparelhos elétricos não devem receber vazamentos no seu interior. A umidade pode formar curto circuito e queimar o aparelho.


MANUTENÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO E HIDRÁULICO Alguns consultórios recebem diretamente da rede hidráulica a água que abastece a seringa e a caneta de alta rotação. Outros possuem um reservatório que é abastecido manualmente com água filtrada. Na saída do reservatório há um sistema de filtro, que impede a passagem de impurezas para a caneta e seringa. Quando o reservatório não dá saída de água suficiente, verificar se o filtro está entupido. Ao final do expediente, sempre se deve fechar o registro geral de água. Isto é de grande importância para evitar maiores transtornos. O quadro de distribuição elétrica também deve ser desligado após o trabalho. Em situações onde há falta de eletricidade, verificar se as chaves, relógio ou tomadas estão desligados; se há fio quebrado dentro do pino da tomada ou solto. Devido à capilaridade das mangueiras e para evitar acúmulo de calcário nas micro canalizações, o melhor é usar água mineral nos equipos que possuem depósitos próprios.

DESINFECÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS

MÉTODO

PONTAS Caneta de alta rotação Caneta de baixa-rotação Contra-ângulo Seringa tríplice e outras pontas

Desprezar o primeiro jato de água e spray antes de direcionálos à boca do paciente. Após o uso das pontas, proceder à limpeza prévia seguida da desinfecção por fricção com álcool 70% por 30 segundos ou glutaraldeido 2% por no mínimo 10 minutos, sendo que este deve ser neutralizado por soro fisiológico ou água destilada.

CADEIRA E RAIOS-X

Proceder à desinfecção com: glutaraldeido 2% ou álcool 70%.

REFLETOR

Proceder à desinfecção diária com glutaraldeido 2%. Para o caso de desinfecção de paciente para paciente, utilizar fricção com álcool 70%.

EQUIPAMENTOS DE SUCÇÃO

Após as pontas descartáveis ou metálicas serem eliminadas ou removidas faz-se a sucção de uma solução de água com detergente para limpeza da parte interna do equipamento. Se desejar pode-se proceder da mesma maneira com o glutaraldeído 2%.

CUSPIDEIRA

Lavagem rigorosa com água e sabão após cada paciente e desinfecção diária com glutaraldeido 2%.


A esterilização do instrumental é um passo de grande importância na prática odontológica, pois visa à prevenção da contaminação cruzada promovendo a biossegurança no trabalho. Para a desinfecção e esterilização, seguir as normas padronizadas pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde para a efetiva validação dos ciclos de esterilização e desinfecção. A validação do ciclo de esterilização por calor seco compreende:     

Pré-aquecimento da estufa até atingir a temperatura de 170º; Colocação do instrumental na estufa pré-aquecida; Esperar o termômetro atingir novamente a temperatura de 170º; Tempo de esterilização (60 minutos); Esfriamento.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES No caso do instrumental: Após serem rigorosamente limpas e secas, as peças a serem submetidas ao glutaraldeído, devem ser imersas totalmente na solução, sem bolhas de ar, em recipiente fechado. Para efeito de esterilização – tempo de exposição de 10 horas. Para efeito de desinfecção – tempo de exposição por 30 minutos. Metais diferentes como aço e alumínio, não podem ser imersos juntamente (pode ocorrer corrosão eletrolítica). Deve-se usar recipiente de plástico ou vidro para solução. Após o tempo de exposição, o instrumental deve ser rigorosamente enxaguado em água esterilizada ou soro fisiológico, seco com compressa ou gaze esterilizada e acondicionado em recipiente estéril. No caso de desinfecção de pontas Envolver as pontas com gaze embebido em solução de glutaraldeído a 2% por no mínimo, 10 minutos. Neutralizar com gaze esterilizada embebida em soro fisiológico ou água esterilizada. Outra opção é friccionar as pontas durante 1 minuto com álcool 70%. No caso de desinfecção do equipamento A superfície deve ser limpa primeiramente e desinfetada com a solução de glutaraldeído a 2%, posteriormente. A solução deve ser deixada, por no mínimo 10 minutos.

SUMÁRIO DE ESTERILIZAÇÃO OU DESINFECÇÃO INDICADOS PARA MATERIAIS E INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO MATERIAL TIPO PROCESSO Brocas Aço, carbide, Estufa ou autoclave tungstênio. Instrumento de Endodontia Aço inox e outros Estufa ou autoclave


Moldeiras resistentes ao calor

Alumínio ou inox

Estufa ou autoclave

Moldeiras não resistentes ao calor Instrumental

Cera ou plástico Aço

Agentes químicos Estufa ou autoclave

Bandejas ou caixas

Metal

Estufa ou autoclave

Agulhas

Descartável

Descartar

Discos e brocas de polimento

Borracha ou pedra

Placas e potes Sugadores Sugadores

Vidro Descartável Metálicos

Estufa, autoclave químico. Estufa ou autoclave Descartar Estufa ou autoclave

MOLDAGEM COM

PROCESSO

Alginato

Agente químico: Glutaraldeído 2% Hipoclorito de sódio 1% borrifado

Gesso

-

Hipoclorito de sódio a 1% borrifado

ou

agente


LIMPEZA/ DESINFECÇÃO/ ESTERILIZAÇÃO

INSTRUMENTAL

PROCEDIMENTO

Material pérfuro-cortante Lâmina de bisturi, Agulha de sutura. Lima para osso, Colher de dentina. Hollemback, Brocas, Agulhas de anestesia. Curetas, Extirpa-nervos, Tesouras. Sondas exploradoras, Material não-cortante Bandejas, Cabo de espelho, Espelho clínico. Pinça de algodão, Porta dycal. Condensadores de amálgama Brunidores, Porta matriz e matriz. Seringa para anestesia, Sidesmótomo, Cabo de bisturi, Alavancas, Porta-agulha. Pinça hemostática, Fórceps.

Lavagem rigorosa com água e sabão realizada com o uso de luvas de borracha grossa (para proteção de a auxiliar). Secagem Acondicionamento Esterilização em ESTUFA – 170º C 1 hora Resfriamento Estocagem Obs.: É necessário controle adequado da temperatura da Estufa através do termômetro.

Escova de Robson Luvas Taças de Borracha

O método de escolha é a autoclave. Como alternativa temos a esterilização química: após serem rigorosamente limpos e secos, estes devem ser imersos totalmente na solução de glutaraldeido sem bolhas de ar, por um período de 10 horas em recipiente fechado de vidro ou plástico.

Porta-amálgama Placa de vidro

Esterilização em estufa, autoclave ou desinfecção química com álcool 70% ou iodado. Esterilização em estufa ou autoclave

Saca-broca

Desinfecção com álcool 70%.

Algodão, gaze e fio de sutura *.

Esterilização em autoclave.

(Procedimentos prévios) RECEBIMENTO DO MATERIAL CONTAMINADO DESCONTAMINAÇÃO PRÉVIA (química física) LIMPEZA DO MATERIAL (lavagem e secagem)


ÁREA LIMPA (Procedimentos Finais) PREPARO DESINFECÇÃO OU ESTERILIZAÇÃO (física ou química) (física química ou físico-química) ARMAZENAMENTO O local de armazenamento do material deve estar limpo, seco e de acesso restrito ao pessoal envolvido nesta atividade. Os pacotes devem permanecer íntegros, pouco manuseados e armazenados em cestos e armários, de fácil limpeza e uso exclusivo. VALIDADE DA ESTERILIZAÇÃO A esterilização do material está diretamente ligado ao seu acondicionamento e estocagem. Para se ter certeza da validade da esterilização, deve-se realizar pesquisas das condições oferecidas em cada serviço. Recomenda-se o prazo de 7 dias de validade para os artigos esterilizados por processo físico. Os materiais acondicionados em papel grau cirúrgico, selados pelo calor, estocados em condições ideais, permanecendo estéreis enquanto íntegros, para as esterilizações realizadas a óxido de etileno. INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO “O instrumental odontológico é uma extensão do braço do operador”. A prática da operatória dental exige o uso de grande número de instrumental, cada um dos quais tem aplicação determinada, o que se obriga a um conhecimento minucioso, para o empregar com segurança e obter o máximo de eficiência em um menor tempo e com um mínimo de esforço. Respeitando os conceitos de ergonomia. Pode-se dividir o instrumental odontológico em:  Instrumental manual  Instrumental rotatório

INSTRUMENTAL MANUAL

Instrumental Clínico Básico Neste grupo serão detalhados os instrumentos indispensáveis para a realização de um exame clínico com fins de exploração e diagnóstico, assim como os que se utilizam como coadjuvantes nos preparos de cavidades e outras ações. Espelho bucal ou clínico ou odontoscópio É formado de duas partes: cabo de metal, geralmente oco, para diminuir o peso e o espelho propriamente dito. Pode ser plano ou convexo, dependendo se desejar refletir a imagem em tamanho natural ou aumentada.


Os espelhos bucais são utilizados também como afastadores de lábios, língua e bochechas e para aumentar a iluminação do campo operatório.

Sonda exploradora Duplas Instrumento cuja parte termina em uma ponta aguda, usado para percorrer as superfícies dentárias, para verificar selamento de sulcos, escultura em amálgama etc. Por apresentarem a ponta romba, servem para reconhecer o grau de dureza dos tecidos e servem também para localizar entrada dos canais radiculares.

Pinças para algodão São destinadas a várias funções, além do uso com algodão. Podem ter ponta aguda ou romba e distintas angulações. Servem para prender diversos materiais.

Escavador ou colher de dentina Usada para remover tecido cariado

Seringa carpule para anestesia Geralmente é metálica. Seu nome correto é: seringa Carpule – serve para anestesiar a área desejada. É usada com agulhas descartáveis.


Na odontologia utiliza-se também a seringa de Vidro Hipodérmica – também chamada Luerlook, hoje quase em desuso devido às seringas plásticas descartáveis. É a mesma utilizada para injeções intra-musculares e aqui é usada para fazer irrigações (alvéolos, canais, etc).

Espátula de inserção Usada para levar o material à cavidade dentária.

Aplicador de hidróxido de cálcio Conhecido também com porta dycal, tem a função de levar à cavidade dentária o material forrador.

Afastador de lábios e bochechas - Proporcionam uma melhor visibilidade do campo operatório. Antes eram usados os de metal, hoje o mais usado é de acrílico ou borracha tipo silicone. Ambos esterilizáveis.

Frasco ou Pote de DAPPEN - Geralmente é de vidro ou plástico. É utilizado para dispensar produtos a serem utilizados no procedimento.


Instrumental para Isolamento Absoluto     

Lençol de borracha ou dique de borracha: usado para isolar o campo operatório, impedindo a contaminação e acidentes no ato cirúrgico. Perfurador de dique de borracha: usado para fazer perfurações definidas no dique de borracha. Pinça de Brewer ou de Palmer: serve para levar o grampo no dente a ser isolado. Arco porta dique: onde se prende o dique de borracha. Pode ser metálico ou plástico. É também chamado de Arco de Young ou Arco de Otsby. Grampos para dique: servem para manter o dique de borracha preso aos dentes isolados. São identificados por números de acordo com a região a ser isolada.

INSTRUMENTAL PARA ENDODONTIA Utiliza-se o isolamento absoluto e seus respectivos materiais. Além dos materiais específicos: Cuba para material irrigador- são cubas que recebem o matéria para irrigação dos canais, podem ser de inox ou vidro.


Seringa Luer seringa de vidro que faz a irrigação dos canais com líquido irrigante apropriado.

Limas Endodonticas – são instrumentos utilizados na extirpação do nervo, limpeza e preparo dos condutos radiculares para receber o material obturador.

Espaçador digital – semelhante a lima endodôntica, porém sua função é a compressão lateral do material obturador.

Condensador Endodontico – instrumento utilizado para compressão do material obturador no sentido apical


Kit Sugador endodontico- são pontas de aspiração finas que adaptadas ao sugador, aspiram líquidos da câmara pulpar.

INSTRUMENTAL PARA FORRAMENTO DE CAVIDADES Aplicador de Hidróxido de cálcio ou porta dycal: serve para levar o cimento de hidróxido de cálcio às cavidades.

INSTRUMENTAL PARA MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS ESPÁTULAS PARA CIMENTO: * DUPLA OU SIMPLES são espátulas de aço inox, com as quais se manipula, mistura ou aglutina grande parte dos materiais e cimentos odontológicos, excluindo-se os cimentos ionoméricos, que devem ser aglutinados com espátula de plástico.

PLACA DE VIDRO São recortes de vidro de tamanho variados, porém em média mede-se 14x8x2 e é onde se manipula grande parte dos materiais e cimentos odontológicos excluindo-se os cimentos ionoméricos, que devem ser aglutinados em placas de plástico ou papel apropriado.


INSTRUMENTAL PARA DENTÍSTICA Além do instrumental clínico básico e de isolamento, são: Instrumental para amálgama: Gral e Pistilo – são usados para a trituração da limalha e do mercúrio.

Balança de Grandall: serve para pesar a quantidade exata de limalha e/ou mercúrio.

Porta amálgama: serve para levar o amálgama à cavidade. Existem 2 tipos: metálico e plástico.


Matrizes: tira metálica que substitui uma ou mais paredes de uma cavidade preparada, evitando o escoamento do material restaurador e dando conformação adequada ao dente.

Universais: usadas presas a um porta matriz, o qual permite sua utilização correta. Individuais: feitas para cada caso. Podem ser soldadas por um aparelho de solda ou por um alicate.

Cunha: usada para manutenção da matriz no lugar correto, não deixando, portanto, extravasar amálgama nos espaços inter proximais, evitando que este penetre no sulco gengival. Separa os dentes e auxilia no contorno cervical da restauração. Pode ser de madeira ou plástico.


Instrumentos Cortantes de “Black” Instrumental utilizado para regularizar paredes cavitárias. São vários instrumentos desenhados para cortar tecidos dentais, remover cárie e dar acabamento nos preparos. São as Enxadas, Cinzéis e cortantes de Black revisados. Condensadores: servem para entulhar ou condensar o amálgama na cavidade, permitindo uma boa adaptação contra as paredes da cavidade. Remove o excesso do mercúrio da massa. São de vários tamanhos e devem ser utilizados do menor para o maior. Condensadores para Amálgama Tipo Hollemback e tipo Word.

Calcadores para restaurações plásticas: têm como objetivo comprimir o material empregado nas cavidades.

Brunidores: usados para o brunimento do amálgama, tendo como objetivo alisar a superfície da restauração.

O brunimento deve ser: Brunimento pré-escultura: é usado um brunidor grande fazendo movimento da restauração para a margem da cavidade, cujo objetivo seria reduzir o risco de microinfiltração imediata. Brunimento pós-escultura: realizado com o brunidor esférico pequeno, tendo como objetivo diminuir mercúrio residual nas margens das restaurações, diminuir porosidades, melhorar a adaptação marginal e melhorar o selamento.


Esculpidores: visam reproduzir a anatomia do dente e restabelecer sua oclusão normal. A escultura deve ser feita de forma simples e rápida com sulcos pouco profundos.

Temos os esculpidores: Frahm Simples, Frahm duplo e Hollemback. Lixa de metal: tira de lixa de aço para desgaste de excesso proximal.

INSTRUMENTAL PARA RESINA Os instrumentos utilizados para resina podem ser os mesmos apresentados anteriormente, porém alguns possuem características especiais como:  A espátula de inserção: geralmente confeccionada em titânio para que a resina não se adere tanto ao instrumental.  A cunha: é feita de material translúcido para que haja passagem da luz polimerizadora.  A matriz também é confeccionada em material translúcido.  A lixa é menos abrasiva e confeccionada sem partículas metálicas. Para as resinas restauradoras atuais é necessário o uso do aparelho fotopolimerizador que é responsável pela polimerização (presa) do material.

INSTRUMENTAL PARA PERIODONTIA Assim como qualquer outra especialidade da odontologia, a periodontia possui diversos instrumentos que foram sendo desenvolvidos a partir das necessidades do periodontista,


porém alguns instrumentos são universais e devem ser conhecidos por qualquer profissional da saúde. São eles:

Curetas e Extratores de tártaro: para remoção de cálculo dental e outros pequenos depósitos.

Sonda Milimetrada: para medir a profundidade do sulco gengival ou bolsa periodontal.

Gengivótomos: para incisar a gengiva.

INSTRUMENTAL PARA CIRURGIA Cabo de bisturi: para segurar lâmina cortante para incisar tecido mole.

Destaca-Periósteo: para destacar o periósteo.


Martelo: usado com instrumentos que cortam tecido duro (osso).

Alavanca Seldin: para remover raízes. Pode ser: adulto ou infantil.

Cinzel: para cortar osso. Reto ou meia-cana.

Cureta de Lucas: para curetar alvéolo.

Alveolótomo ou pinça goiva: para remover paredes ósseas.

Porta-agulha: para manipular agulhas de sutura.


Fórceps: usados para Exodontia (extrações dentárias). Podem ser: adulto ou infantil. Identificação feita por intermédio de números:

INSTRUMENTAL E EQUIPAMENTOS PARA PROFILAXIA Os aparelhos e instrumentos necessários para que na profilaxia bucal seja feita a remoção do tártaro, da placa bucal e se renova o biofilme dental são: micro-motor com contra-ângulo, taças de borracha, escovas de Robson, extratores, aparelho de jato de bicarbonato e aparelho extrator ultrassônico. Os outros instrumentos e aparelhos já foram exemplificados anteriormente nesta apostila, tendo como não exemplificados as escovas e taças de borracha usadas para polimento:

INSTRUMENTAL ROTATÓRIO São aqueles que adaptados a uma fonte rotatória (motor de corda, micromotor ou alta-rotação) servem para cortar e desgastar dentes, materiais, alisá-los, fazer polimentos ou preparar cavidades. Possuem vários tamanhos e formas. São brocas, discos, pedras, etc.


Brocas para peça de mão: são brocas mais longas e de formatos diversos. Usadas nos trabalhos protéticos fora da cavidade bucal. Brocas e borrachas abrasivas para contra-ângulo: são brocas mais espessas e curtas, com encaixe na extremidade não ativa para travamento no conta-angulo.

Brocas para alta-rotação: são brocas mais afiladas e geralmente menores, não possuem encaixe. São usadas nas canetas de alta rotação, possuem forma e tamanho variado assim como a parte ativa pode ser constituída de diferentes materiais.

As pontas ativas do instrumental rotatório podem ser classificadas em 2 tipos segundo o uso:  

Para corte: representado pelas brocas. Para desgaste: representado pelas pontas diamantadas, pedras montadas e objetos abrasivos.

Brocas: podem ser de aço ou diamantadas. E são denominadas segundo a forma que apresentam. As mais comuns são: 

Esféricas: usadas para dar acesso às cavidades e remoção do tecido cariado.

Cilíndricas: usadas para fazer paredes e ângulos durante o preparo cavitário.


Cone-invertida ou cônico-invertida: usadas para determinar retenções nos preparos.

Cônicas: usadas para preparos de restaurações e próteses retidas mecanicamente.

Outras: para retenções, alisamentos, biseis e para dar formas em cavidades profundas.

Obs: para nomenclatura das brocas deve-se associar mais de uma característica apresentada pelo instrumento rotatório ex. broca de alta-rotação diamantada cilíndrica com ponta reta. Ou broca de alta rotação cilíndrica com ponta arredondada.


Pontas montadas abrasivas, taça de borracha, escova de Robson, disco de carborundum, feltro, são empregadas para acabamento, remover excessos grosseiros, desgaste e polimento. OUTROS EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTAL Devido à valorização da estética nos últimos tempos, a odontologia vem desenvolvendo no sentido de novas tecnologias e para isto novos materiais, equipamentos e instrumentos vão sendo lançados: 

Cuba ultrassônica para lavagem de instrumentos e seladora para autoclavagem.

Microjato para abrasão, laser e localizador apical.

ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO A esterilização do instrumental é um passo de grande importância na prática odontológica, pois visa à prevenção da contaminação cruzada promovendo a biossegurança no trabalho. Para a desinfecção e esterilização, devemos seguir as normas padronizadas pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde para a efetiva validação dos ciclos de esterilização e desinfecção.     

A validação do ciclo de esterilização por calor seco compreende: Pré-aquecimento da estufa até atingir a temperatura de 170º; Colocação do instrumental na estufa pré-aquecida; Esperar o termômetro atingir novamente a temperatura de 170º; Tempo de esterilização (60 minutos); Esfriamento

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES


No caso do instrumental: Após serem rigorosamente limpas e secas, as peças a serem submetidas ao glutaraldeído, devem ser imersas totalmente na solução, sem bolhas de ar, em recipiente fechado. Para efeito de esterilização – tempo de exposição de 10 horas. Para efeito de desinfecção – tempo de exposição por 30 minutos. Metais diferentes como aço e alumínio, não podem ser imersos juntamente (pode ocorrer corrosão eletrolítica). Deve-se usar recipiente de plástico ou vidro para solução. Após o tempo de exposição, o instrumental deve ser rigorosamente enxaguado em água esterilizada ou soro fisiológico, seco com compressa ou gaze esterilizada e acondicionado em recipiente estéril.


INSTRUMENTAL

PROCEDIMENTOS

Material pérfuro-cortante Lâmina de bisturi Agulha de sutura Lima para osso Colher de dentina Hollemback Brocas Agulhas de anestesia Curetas Extirpa-nervos Tesouras Sondas exploradoras Material não-cortante Bandejas Cabo de espelho Espelho clínico Pinça de algodão Porta dycal Condensadores de amálgama Brunidores Porta matriz e matriz Seringa para anestesia Sidesmótomo Cabo de bisturi Alavancas Porta-agulha Pinça hemostática Fórceps Escova de Robinson Luvas Taças de Borracha

Lavagem rigorosa com água e sabão realizada com o uso de luvas de borracha grossa (para proteção de a auxiliar). Secagem Acondicionamento Esterilização em ESTUFA – 170º C 1 hora Resfriamento Estocagem Obs.: É necessário controle adequado da temperatura da Estufa através do termômetro.

O método de escolha é a autoclave. Como alternativa temos a esterilização química: após serem rigorosamente limpos e secos, estes devem ser imersos totalmente na solução de glutaraldeido sem bolhas de ar, por um período de 10 horas em recipiente fechado de vidro ou plástico.


Porta-amálgama

Esterilização em estufa, autoclave ou desinfecção química com álcool 70% ou iodado. Esterilização em estufa ou autoclave Desinfecção com álcool 70%. Esterilização em autoclave.

Placa de vidro Saca-broca Algodão, gaze e fio de sutura *. No caso de desinfecção de pontas Envolver as pontas com gaze embebido em solução de glutaraldeído a 2% por no mínimo, 10 minutos. Neutralizar com gaze esterilizada embebida em soro fisiológico ou água esterilizada. Outra opção é friccionar as pontas durante 1 minuto com álcool 70%. No caso de desinfecção do equipamento A superfície deve ser limpa primeiramente e desinfetada com a solução de glutaraldeído a 2%, posteriormente. A solução deve ser deixada, por no mínimo 10 minutos.

SUMÁRIO DE ESTERILIZAÇÃO OU DESINFECÇÃO INDICADOS PARA MATERIAIS E INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO MATERIAL TIPO PROCESSO Brocas Aço, carbide, Estufa ou autoclave tungstênio. Instrumento de Endodontia Aço inox e outros Estufa ou autoclave Moldeiras resistentes ao calor Alumínio ou inox Estufa ou autoclave Moldeiras não resistentes ao calor Cera ou plástico Agentes químicos Instrumental Aço Estufa ou autoclave Bandejas ou caixas Metal Estufa ou autoclave Agulhas Descartável Descartar Discos e brocas de polimento Borracha ou pedra Estufa, autoclave ou agente químico. Placas e potes Vidro Estufa ou autoclave Sugadores Descartável Descartar Sugadores Metálicos Estufa ou autoclave

MOLDAGEM COM Alginato Gesso

PROCESSO Agente químico: Glutaraldeído 2% Hipoclorito de sódio 1% borrifado - Hipoclorito de sódio a 1% borrifado

III – MATERIAIS ODONTOLÓGICOS

MATERIAIS PROTETORES DO COMPLEXO DENTINA POLPA


O preparo cavitário envolve esmalte, dentina e, algumas vezes, o cemento, havendo comunicação indireta com a polpa através dos túbulos dentinários; ou comunicação direta, quando há exposição pulpar. A fim de proteger a polpa dos efeitos nocivos dos materiais restauradores e de alguns cimentos odontológicos, são empregados medicamentos denominados forradores ou materiais protetores do complexo dentinapolpa. Esses materiais também previnem agressões pulpares provocadas por agentes físicos do meio externo (calor, frio, galvanismo) conduzidos através do próprio material restaurador. Uma base protetora deveria satisfazer as seguintes exigências:          

Ser útil como agente bactericida ou bacteriostático; Evitar a infiltração dos elementos tóxicos dos materiais restauradores para o interior dos canalículos dentinários e para a polpa; Promover a cura da polpa/dentina injuriadas; Prevenir a penetração e crescimento de microorganismos na interface denterestauração; Proteger a polpa contra choques térmicos e elétricos; Estimular os mecanismos de defesa natural da polpa e dentina; Ser compatível com os tecidos dentais e materiais restauradores; Ser insolúvel nos fluidos bucais; Ter resistência às forças de inserção das restaurações e durante a mastigação; Inibir a penetração de íons metálicos das restaurações de amálgama para a dentina, prevenindo a descoloração do dente.

Nenhum dos materiais protetores disponíveis satisfaz todas estas exigências, e é bom lembrar que uma camada de dentina esclerosada ou de dentina reparadora é capaz de preencher muitos desses requisitos.

MATERIAIS FORRADORES Vernizes Cavitários Composição: Compostos à base de resina copal natural ou sintética dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona. O solvente evapora-se ficando a película forradora. Nomes Comerciais: Copalite, Copalex, Copaline, Cavitine, etc. Vernizes Modificados Composição: hidróxido de cálcio; óxido de zinco; resina poliestirênica. (Todos dissolvidos em clorofórmio)


Nomes Comerciais: Tubulitec (mais comum), Hidroxilene. Cimento de Hidróxido de Cálcio Apresentação: pasta e pasta Composição: Basicamente, cálcio e hidroxila. Nomes Comerciais: Dycal, Life, Renew (cimentos de hidróxido de cálcio). encontra-se também sob a forma de polimerização por luz sendo apresentado-se em pasta única. Cimento de Óxido de Zinco-Eugenol: Tipos:  presa rápida;  reforçado;  presa lenta. Basicamente estes três materiais têm a mesma composição, que é o Óxido de Zinco e Eugenol. Eles diferem quanto à sua resistência e tempo de presa (endurecimento). Isto leva a diferenciá-los quanto à sua indicação. Óxido de zinco-eugenol de presa rápida: Pulpo-Sam (nome comercial). Apresentação: pó e líquido. Indicação: usado para forrar cavidades, como curativo em dentes preparados ou para cimentação de provisórios. Manipulação: placa de vidro/espátula de aço/Pulpo-San: pó e líquido. Colocar sobre um canto da placa uma porção de pó; pingar mais ou menos três gotas do líquido. A quantidade de pó e líquido vai depender do tamanho da cavidade. Misturar aos poucos, acrescentando o pó ao líquido, espatulando e pressionando o material contra a placa até adquirir a consistência densa e homogênea (não adere à placa), sem excesso de eugenol. Dependendo da indicação, a consistência pode ser mais fluida (exemplo: para cimentação de provisórios), ou mais densa, podendo inclusive ser acrescentado fibras de algodão para aumentar a resistência dos curativos. Observações: Manter o pó e o líquido separados até o momento da espatulação; Antes de utilizar o pó, deve-se agitá-lo para assegurar uniformidade em sua densidade; Observar se o eugenol não sofreu oxidação (identificável pela cor amarelo-escuro). Cimento de óxido de zinco-eugenol reforçado: IRM Apresentação: pó e líquido. Indicações:


para restaurações provisórias de longa espera; como base de forramento de cavidades. Observação: O contato com eugenol pode eventualmente deteriorar o bulbo do contagotas. Para evitar isso, nunca deixe o conta-gotas na posição horizontal. Esvazie-o sempre e recoloque-o em seu apoio.

Cimento de Ionômero de Vidro: Apresentação – pó e líquido Composição e apresentação: pó: vidro de cálcio-flúor-alumínio-silicato; líquido: principalmente, o ácido poliacrílico.

Características: Este cimento é fornecido em três tipos: como base protetora de restaurações (forrador); como material de restauração; como material de cimentação. São menos tóxicos do que o cimento fosfato de zinco e o uso de qualquer uma das três formas, em cavidades profundas, deve ser precedido por uma sub-base de hidróxido de cálcio. As cavidades rasas e médias dispensam o uso de sub-base. Encontra-se também sob a fora de polimerização por luz sendo apresentado em pasta única.

MATERIAIS CIMENTANTES GLOSSÁRIO Acelerador (promotor) – Substância que facilita a decomposição de um iniciador. Cimento – Um material cimentante que também preenche e veda espaços vazios. Estrutura segregada – Um material constituído de pelo menos duas fases como, por exemplo, partículas residuais de um componente, incluídas em uma matriz de produtos de reação. Iniciador – Substância capaz de decompor-se em radicais livres os quais iniciam a polimerização. Obtundente – Um material que reduz a irritação ou que apresente um efeito calmante sobre o tecido. Reologia – A ciência da deformação e escoamento da matéria. Tempo de Presa – Tempo considerado a partir do início da mistura do cimento até o desenvolvimento de um estado duro e rígido (frequentemente frágil) na boca. Tempo de trabalho – O tempo existente e medido do início da espatulação, à temperatura ambiente, e para a manipulação clínica de um cimento, antes que a viscosidade se torne excessivamente grande a ponto de impedir seu uso.


I – CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO Indicado: - Na cimentação de incrustações de liga fundida, de restaurações em porcelana e de bandas ortodônticas. - Como uma base ou forrador cavitário, para proteger a polpa contra estímulos mecânico, térmico ou elétrico. Composição Pó: principalmente óxido de zinco, com até 10 por cento de óxido de magnésio e pequenas quantidades de pigmentos. Líquido: ácido ortofosfórico concentrado, contendo cerca de 40 por cento de água e 2,5 por cento de fosfato de alumínio e (em alguns casos) cerca de 5 por cento de fosfato de zinco. O conteúdo de água controla a ionização do ácido e, desta forma, a velocidade de sua reação com o pó. Os sais auxiliam na formação de um produto de reação amorfo, que forma um cimento mais resistente. Manipulação O pó é adicionado ao líquido em pequenas porções, para conseguir a consistência desejada. A dissipação do calor de reação é conseguida espatulando o cimento sobre uma área considerável da placa e esfriando esta, o que permitirá uma incorporação maior de pó a uma dada quantidade de líquido. A placa de espatulação deve ser completamente seca antes de usada. O líquido do cimento é mantido sempre fechado, para impedir alterações no seu conteúdo de água. Líquido enevoado deve ser desprezado. Produtos Comerciais Flecks Extraordinary (Mizzy Inc); Modern Tenacin (L.D. Caulk Co); S.S. White Zinc Improved (S.S. White, Div., Pennwalt Corp); Ames Z-M (Teledyne); (Strafford-Cookson Co). Avaliação Vantagens: Os cimentos de fosfato de zinco geralmente se manipulam com facilidade e apresentam uma experiência de durabilidade clínica razoável. Resistência à compressão elevada e pequena espessura de película podem ser obtidas pelo controle da relação pó/líquido. Desvantagens: Fragilidade, solubilidade em ácidos orgânicos e fluidos bucais, irritação pulpar (um forrador deve ser usado em cavidades profundas), falta de adesão à estrutura dentária, o que leva à infiltração; e ausência de característica anticariogênicas. II – CIMENTOS DE FOSFATO DE ZINCO MODIFICADOS Cimentos de cobre e de prata Os cimentos negros de cobre contêm óxido cúprico (CuO). Os cimentos vermelhos de cobre contêm óxido cuproso (Cu2O). Outros podem conter iodeto de cobre ou silicato de


cobre. Como uma relação pó/líquido muito menor é necessária para obter características de manipulação satisfatórias com esses cimentos, a mistura é altamente ácida, do que resultará uma irritação pulpar muito maior. Sua solubilidade é mais elevada e suas resistências menores que as do cimento de fosfato de zinco. Suas propriedades bacteriológicas ou anticariogênicas parecem ser ligeiras. Os cimentos de prata contêm geralmente alguma percentagem de um sal tal como o fosfato de prata. Suas vantagens sobre o cimento de fosfato de zinco não têm sido comprovadas.

Cimentos com fluoreto Um a três por cento de fluoreto estanoso estão presentes em alguns cimentos ortodônticos. Esses materiais apresentam uma solubilidade maior e resistência menor que a dos cimentos de fosfato de zinco, devido à dissolução do fluoreto contido no material. O fluoreto que é tomado do cimento, pelo esmalte, resulta em uma solubilidade diminuída deste último. III – CIMENTOS DE SÍLICO-FOSFATO Indicado: - Cimentação de restaurações fixas e de bandas ortodônticas (Tipo I). - Como material temporário de obturação posterior (Tipo II). - Material de finalidade dupla (Tipo III). Composição Pó: Uma mistura de 10 a 20 por cento de óxido de zinco (pó de cimento de fosfato de zinco) e silicato vitroso (pó de cimento de silicato), misturados mecanicamente, ou fundidos e novamente pulverizados. O silicato vitroso contém frequentemente várias porções por cento de fluoreto. Líquido: Solução concentrada de ácido ortofosfórico, contendo cerca de 45 por cento de água e 2 a 5 por cento de sais de alumínio e de zinco. Manipulação A espatulação é feita usando uma espátula resistente à abrasão e uma placa resfriada. Uma base ou forrador cavitário adequado deveria ser usado em todas as cavidades profundas. O líquido de cimento é mantido fechado para impedir alterações no seu conteúdo de água. Líquidos enevoados deveriam ser desprezados. Produtos Comerciais Fluro-thin (S.S. White, Div., Pennawalt Corp.); Lucent (L.D. Caulk Co.); Dorcate (L.D.Caulk Co.); Bondalcap (Williams-Justi). IV – CIMENTOS DE ÓXIDO DE ZINCO-EUGENOL Indicado:


- Cimentação temporária de restaurações. - Forramento cavitário, em cavidades profundas. - Material de obturação temporária. Composição Pó: Óxido de zinco puro (Farmacopéia americana ou equivalente; livre de arsênico). Produtos comerciais podem conter pequenas quantidades de agentes de carga, tais como a silica. Cerca de 1 por cento de sais de zinco, tais como o acetato ou o sulfato, pode estar presente para acelerar a presa. Líquido: Eugenol purificado ou, em alguns produtos comerciais, óleo de cravo (85 por cento de eugenol). Um por cento ou menos de álcool ou ácido acético pode estar presente para acelerar a presa, junto a pequenas quantidades de água que é essencial para a presa. Manipulação O óxido de zinco é lentamente umedecido pelo eugenol, e assim se exige espatulação vigorosa e prolongada, especialmente para as misturas mais espessas. Uma relação pó/líquido de 3:1 ou 4:1 deve ser usada para obter resistência máxima. Produtos Comerciais Cavitec (Kerr); S.S. White Cavity Lining (S.S. White, Div., Pennawalt Corp.); Pulp Protex (L.D. Caulk Co.), Pulpo Sam, Temp Bond (Kerr). V – CIMENTOS DE ÓXIDO DE ZINCO-EUGENOL REFORÇADOS Indicado: - Agente de cimentação para restaurações. - Base e forrador cavitário. - Material de obturação temporária. Composição Pó: Óxido de zinco com 10 a 40 por cento de resinas sintéticas ou naturais, finamente pulverizadas, por exemplo, colofonia (resina de pinheiro); poli (metacrilato de metila, poliestireno ou policarbonato) juntamente com aceleradores, tais como o acetato de zinco. Líquido: Eugenol, que pode conter, igualmente, resinas dissolvidas, como as acima, e aceleradores, tais como o ácido acético. Manipulação O pó é misturado ao líquido, em pequenas porções, com espatulação vigorosa, até que quantidade correta daquele tenha sido incorporada neste. A placa ou laje de vidro de espatulação deve estar completamente seca. Deve-se permitir tempo adequado para a presa, sem perturbar o cimento. Tanto o continente do pó como o do líquido deve ser mantidos fechados e armazenados em ambiente seco. Produtos Comerciais Fynal (L.D. Caulk Co.) (Veja Fig. 12-4); IRM, B and T (L.D. Caulk Co.); Temrex Extra (Interstate Dental Co.). VI – CIMENTOS EBA Indicado: - Para cimentação de incrustações, coroas e pontes fixas. - Como material forrador ou de base.


- Para obturações temporárias. É um cimento de óxido de zinco - eugenol reforçado. Composição Pó: Óxido de zinco contendo 20 a 30 por cento de óxido de alumínio ou outros agentes de carga, minerais. Agentes poliméricos de reforço podem também estar presentes, como o poli (metacrilato de metila). Líquido: 50 a 66 por cento de ácido etoxibenzóico, sendo o remanescente eugenol. Manipulação A manipulação é em geral semelhante àquela dos cimentos ZOE reforçados. Exige-se espatulação vigorosa, durante cerca de 2 minutos, para incorporar todo o pó necessário. A mistura correta escoa prontamente sob a ação de pressão, devido ao longo tempo de trabalho. Deve-se permitir um tempo de presa adequado na boca. Produtos Comerciais Opotow EBA Alumina (Getz-Opotow Div, Teledyne Corp.); Buffalo EBA Alumina (Buffalo Dental, Inc.); Zebacem (L.D. Caulk Co); Super Stailine (Stailine Products Co.); Zebac (Lorvic Co.). VII – CIMENTOS DE POLICARBOXILATO (Carboxilato) Indicado: - Cimentação de incrustações de ligas fundidas, restaurações de porcelana e bandas ortodônticas. - Materiais de base ou forramento cavitário. - Material de obturação provisória. Composição Pó: Óxido de zinco e, em alguns casos, 1 a 5 por cento de óxido de magnésio; 10 a 40 por cento de óxido de alumínio ou outro agente de carga, para reforço, podem estar presentes em algumas marcas comerciais. Uma pequena porcentagem de fluoreto estanoso pode estar também incluída para melhorar as propriedades mecânicas e proporcionar um fluoreto capaz de ser doado. 2. Líquido: Aproximadamente 40 por cento de ácido poliacrílico, ou um copolímero de ácido poliacrílico, em solução aquosa, além de outros ácidos orgânicos, tais como o ácido itacônico. O peso molecular do polímero é elevado, o que é responsável pela natureza viscosa da solução. Manipulação Esses cimentos são melhor espatulados em uma placa resfriada, desde que se deseje um tempo de trabalho aumentado. O material deve ser cuidadosamente proporcionado e os componentes, recentemente colocados na placa, espatulados rapidamente, em 30 a 40 segundos. A mistura deve ser usada enquanto ainda se apresenta brilhante, antes que desenvolva a formação da rede polimérica. A mistura correta de cimentação é mais viscosa do que uma mistura de fosfato de zinco; porém, ele escoa adequadamente sob pressão. O interior das restaurações e das superfícies dentárias devem estar limpos e livres de saliva.


O pó e o líquido devem ser armazenados em ambiente frio e mantidos tampados. A perda de umidade do líquido pode torná-lo mais espesso. Produtos Comerciais Durelon (Premier Dental); Poly F (Amalgamated Dental Co.); Chemit (H.J. Bosworth Co.); Carboset. (Kerr Dental Co.); 3M Polycarboxylate (3M Co., Inc); P.C.A. (S.S. White, Div., Pennwalt Corp.); Bondalcap (Williams – Justi Co); Zopac (Lorvic Co.). VIII – CIMENTOS DE RESINA ACRÍLICA Indicado: - Cimentação de restaurações e coroas temporárias. - Cimentação de facetas. - Como base cavitária. Composição Pó: Um polímero ou copolímero de metacrilato de metila, finamente pulverizado e contendo peróxido de benzoíla – iniciador. Um agente de carga mineral pode também estar presente. Líquido: Monômero de metacrilato de metila, contendo acelerador amínico.

Manipulação O líquido é adicionado ao pó, com espatulação mínima, para evitar incorporação de ar. A mistura deve ser empregada imediatamente, pois seu tempo de trabalho é curto. O material em excesso deve ser removido no final do estágio de dureza, e não quando o material estiver borrachóide, pois do contrário serão desenvolvidas deficiências marginais. Produtos Comerciais Grip (L.D. Caulk Co.); Justi Resin Cement (H.D. Justi Co.). IX – CIMENTOS DE RESINAS COMPOSTAS indicado - Cimentação de restaurações e de bandas ortodônticas. Composição Pó: Vidro de borossilicato, em partículas pequenas, contendo um peróxido iniciador. Líquido: Mistura de BIS-GMA ou de um dimetacrilato aromático semelhante e dimetacrilato alquílico, contendo um promotor de polimerização. Manipulação O pó é medido volumetricamente e o número correto de gotas de líquido solto no interior desse pó. A proporção correta é importante. O emprego de ácido fosfórico como agente de limpeza, sobre o dente, antes da cimentação, é necessário em preparos cavitários velhos. Produtos Comerciais


Expoxylite CBA 9080 (Lee Pharmaceuticals). X – CIMENTOS IONOMÉRICOS DE VIDRO (ASPA) Indicado Cimentação. Material de obturação para cavidades resultantes de erosão. Selantes de fossas e fissuras. Forrador, sob outros materiais restauradores. Composição Pó: Um vidro semelhante, em composição, ao pó de cimento de silicato. Líquido: Uma solução com cerca de 50 por cento de um copolímero de ácidos poliacrílico-itacônico e estabilizadores. Manipulação No caso de restaurações, pó e líquido são aglutinados em uma maneira semelhante à dos cimentos de silicato. O material para cimentação é misturado de forma semelhante à dos cimentos de carboxilato de zinco. Produtos Comerciais Vidrion, Meron, Ioglass. ASPA, De Trey Inc., Zurich, Switzerland. ASPA, L.D. Caulk Co., Milford, Delaware. Fuji Glass Ionomer Cement, A-C International Corp., Tokyo, Japan.

MATERIAIS RESTAURADORES Introdução Os objetivos de uma restauração dentária são: restabelecer a saúde, o conforto, a função mastigatória e a estética para as pessoas. O tratamento restaurador tem sido a principal prática dos profissionais da odontologia por mais de 100 anos: significa o tratamento das cáries dentárias, desde cáries incipientes até restaurações mais complexas (peças metálicas, coroas totais ou parciais). Entretanto, o reconhecimento do fato de que as cáries dentárias podem ser reduzidas ou totalmente evitadas, pode alterar completamente esta situação. Quando os meios e métodos para a prevenção da cárie (incluindo a melhoria das condições de vida para a população) se tornarem acessíveis a todo o público, a necessidade do tratamento restaurador pode ser bastante reduzida. Além disso, a melhor compreensão do processo carioso leva a uma mudança nos critérios para se decidir sobre um tratamento restaurador. Contudo, esta mudança é lenta; a maioria das pessoas, hoje, possui restaurações que necessitam substituição ao longo do tempo e os atuais programas de prevenção não conduzem à eliminação ou controle da cárie para todos. A cárie dentária não é o único motivo que conduz a uma restauração: fraturas dentais, atrição excessiva, abrasão ou erosão, finalidades protéticas, reabilitações, são motivos frequentes para se realizar procedimentos restauradores nos dentes.


Quando se decide pelo tratamento restaurador é importante lembrar que o dente a ser restaurado é parte integrante de um sistema complexo (o aparelho estomatognático), e que um erro nesta restauração pode provocar sérios danos ao funcionamento deste sistema e do próprio corpo; é importante também compreender a dinâmica de funcionamento da boca, sua importância na vida das pessoas (alimentação, fala expressão de sentimento, etc.). Materiais estranhos ao ambiente bucal serão implantados nos dentes e a escolha destes materiais deve ser baseada em um equilíbrio entre sua tecnologia e suas propriedades biológicas, ou seja, o material deve apresentar características de resistência, durabilidade, estética, capacidade de reproduzir a forma anatômica do dente, sem ser tóxico ou incompatível com o ambiente bucal. Os materiais restauradores disponíveis não são totalmente compatíveis, mas, respeitando-se suas técnicas de preparo, forma de colocação nos dentes e suas indicações, pode-se diminuir muito seus efeitos nocivos aos tecidos dentais e bucais. Tipos de materiais restauradores Existem, basicamente, dois tipos de materiais restauradores dentários: aqueles que necessitam de retenção mecânica (preparos cavitários especiais) para permanecerem no dente, e aqueles que se ligam quimicamente ao esmalte e dentina. Os materiais restauradores dentários mais usados pela odontologia atualmente, são:   

Amálgama de prata; Resinas restauradoras: Fotopolimerizáveis Cimento de Ionômero de Vidro

AMÁLGAMA DE PRATA Dentre os materiais restauradores, o amálgama de prata mantém uma posição de destaque; uma das primeiras referências históricas que se tem sobre o amálgama data de 1528 e suas características positivas fizeram dele o material mais intensamente utilizado no mundo inteiro, perfazendo um total de, aproximadamente, 80% das restaurações existentes. Entre os aspectos mais favoráveis que os amálgamas apresentam, evidenciamse o seu baixo custo, a sua resistência ao meio bucal e às forças mastigatórias, os excelentes resultados obtidos, através de técnicas de trabalho simples, a sua durabilidade em condições satisfatórias, a compatibilidade com os tecidos gengivais, etc. Entretanto, pela grande frequência com que o amálgama é empregado, tal material deve ser muito bem conhecido pelo profissional, a fim de poder render o máximo de desempenho e tranquilidade ao paciente. O descuido nos detalhes poderá decidir a qualidade final da restauração, encurtando-lhe a vida útil. Harley e Phillips concluíram que 40% dos insucessos nas restaurações de amálgama deveriam ser atribuídos à contaminação ou manipulação incorreta e 56% à deficiência no preparo cavitário. Apenas 4% estariam na dependência de outros fatores, inclusive sua inadequada indicação. Composição Limalha de prata (Ag3 Sn); Mercúrio (Hg).


O mercúrio é um metal que se apresenta líquido à temperatura ambiente e tem a propriedade de combinar-se com outros metais, formando uma liga que rapidamente endurece. A reação química entre o mercúrio e outro metal é chamada amalgamação, e o produto resultante é o amálgama. Mercúrio + metal = amálgama; Mercúrio + limalha de prata = amálgama de prata ou amálgama dental. Principais indicações: Dentes posteriores (preparos típicos ou atípicos) ou regiões não estéticas em dentes anteriores; Dentes decíduos em geral; Região distal dos caninos, desde que não comprometa a estética; Retro-obturação de canais radiculares; Restauração de cáries de cemento; Dentes com ampla destruição em seu interior, sob forma de núcleo. Trituração Proporcionamento Limalha-Mercúrio Deve-se seguir as indicações do fabricante. As proporções são definidas da seguinte forma: 5:5; 5:6; 5:7, etc.; onde o primeiro número indica a proporção de limalha, e nem sempre a proporção maior é a do mercúrio (por exemplo: limalhas pré-amalgamadas). As limalhas que necessitam de menor quantidade de mercúrio são preferidas porque evitam a remoção do excesso de mercúrio. Orientações para o Uso da Balança A base da balança deve estar apoiada numa superfície plana e horizontal; Durante a dosagem deve-se utilizar um só cursor (marcador); O prato da balança deve ser limpo antes da sua utilização; A limalha deve ser colocada no centro do prato; O mercúrio e a limalha não podem entrar em contato no prato da balança. Trituração Propriamente Dita A trituração manual é tão boa quanto à mecânica, desde que efetuada corretamente. Para a trituração manual são utilizados gral e pistilo. O gral pode ou não apresentar elevação central, mas deve apresentar rugosidades que facilitem a trituração. Estas rugosidades são conseguidas com pó de esmeril ou pó de carburundum forçados com movimentos circulares dentro do gral. Durante a trituração, algumas orientações devem ser seguidas: O gral deve estar apoiado e imobilizado sobre uma bandeja clínica; Segurar o pistilo como se segura uma caneta e permanecê-lo perpendicular ao fundo do gral; Rotação uniforme de 180 a 200 rotações por minuto; Força aplicada da ordem de 1kg.


A trituração se completa quando o material se apresentar solto das paredes do gral e com aspecto uniforme; o material se une ao serem dadas batidas leves no gral, formando um corpo compacto. Cuidados devem ser tomados para que não haja subtrituração nem supertrituração. Na subtrituração observa-se a limalha não atacada, áreas mais ou menos brilhantes, falta de uniformidade, o material fica fraco, com aspecto irregular. Na supertrituração, o material fica com brilho excessivo, com tendência a se aderir firmemente às paredes do gral (a supertrituração provoca diminuição da expansão e o enfraquecimento do amálgama). Teste para verificar a trituração: deixando-se o material cair sobre uma mesa, numa altura de mais ou menos 30 cm: Na trituração adequada: o material sofre deformação moderada; Na trituração em excesso: há grande deformação, como se apresentasse fluidez; Na trituração deficiente: o material se fragmenta Trituração mecânica Os amalgamadores mecânicos possuem dispositivos de proporcionamento do mercúrio, que deve ser mantido numa quantidade mínima, acima da metade do recipiente. Orientações para uso dos amalgamadores mecânicos: A cápsula deve ser bem rosqueada e substituída de tempos em tempos, porque pode se desprender da forquilha ou ocasionar um escape de mercúrio. Quando houver suspeita de vazamento, envolvê-la com fita adesiva e observar, após a trituração, se nela há vestígios de mercúrio; A cápsula deve ser bem fixada e, terminada a trituração, espera-se a parada completa do motor; Não se devem triturar grandes porções de uma só vez; O tempo de trituração indicado pelo fabricante do amalgamador só é correto, quando se usa a limalha por ele indicada. Nos outros casos deve-se consultar a bula. A massa pronta (manipulação mecânica ou manual) apresenta um aspecto mais ou menos brilhante e, ao ser tocada por um instrumento, torna-se opaca. Deve-se evitar a contaminação da massa por água, saliva ou dedos. Considerações finais Cuidados com o Mercúrio: os profissionais de saúde bucal, além de possuírem restaurações de amálgamas em seus próprios dentes, manuseiam esse material com muita frequência. Cuidados com o mercúrio devem ser tomados, para minimizar seus efeitos nocivos ao organismo: A remoção de restauração de amálgama deve ser feita com “spray” de água e sucção. O corte a seco, com brocas de alta rotação e sem sucção, causa vapor de mercúrio acima dos valores máximos permitidos, na área de inalação do profissional; O consultório deve ser de tal maneira que minimize as consequências de um derrame de mercúrio. Quando se deixa o mercúrio cair, ele se fragmenta em gotículas minúsculas, dificultando a limpeza. Assim, no piso do consultório não devem haver rachaduras, irregularidades ou carpetes, que favoreçam a retenção do mercúrio e dificultem a limpeza. O manuseio do mercúrio deve ser efetuado sobre bandejas e, havendo derrame, a ventilação é fundamental, a fim de reduzir a concentração de mercúrio no ar. Durante as horas de trabalho deve-se manter a ventilação da sala, a fim de manter baixa a concentração de mercúrio.


No caso de derrame de mercúrio, deve-se unir as gotículas, usando-se fita adesiva, o chumbo dos filmes de Raios-X, ou até, uma pena. Nunca se deve usar aspirador de pó, pois provoca a vaporização do mercúrio.

Cuidados no manuseio Usar máscaras durante o manuseio com mercúrio; A cápsula dos amalgamadores mecânicos deve estar sempre ajustada, para evitar o vazamento de mercúrio; O contato do mercúrio com a pele deve ser evitado: o uso de luvas e pinças para a remoção do excesso de mercúrio da massa é imprescindível; As sobras de amálgama devem ser armazenadas em recipientes fechados, contendo água; Instrumentos impregnados por amálgama devem ser cuidadosamente limpos antes da esterilização, pois o aquecimento destes instrumentos provoca vaporização do mercúrio, liberando-o no ar.

RESINAS RESTAURADORAS FOTOPOLIMERIZÁVEIS

Restaurações estéticas São aquelas que envolvem o uso de materiais de cor semelhante à cor do dente, a saber: Resinas compostas; Cimentos de ionômero de vidro; Resinas acrílicas; Porcelana. O presente estudo se limitará aos três primeiros materiais, já que as restaurações com resinas acrílicas e porcelana envolvem trabalhos laboratoriais diretamente ligados ao Técnico em Prótese Dentária. As resinas compostas e os cimentos de ionômero de vidro são materiais que não necessitam de preparos cavitários especiais; eles podem ser executados com um mínimo de sacrifício da estrutura dental sadia. Estes materiais estéticos, além de restabelecerem a função do dente, devem apresentar adequada resistência à abrasão, boa adaptação marginal, biocompatibilidade e reproduzir a cor natural dos dentes. Os materiais estéticos têm possibilitado uma grande variedade de tratamentos em situações não relacionadas à cárie dentária. Esses tratamentos englobam correções de hipoplásica do esmalte, de grandes descolorações, fechamento de diastemas, tratamento de fraturas (através de colagem dos fragmentos dentais à estrutura dental remanescente), etc. Muitas vezes, estes tratamentos oferecem solução a pacientes sem condições financeiras para arcar com os tratamentos convencionais (restaurações fundidas, coroas totais, etc.). Entretanto, são tratamentos que exigem boa habilidade técnica do operador, bem como clareza nas indicações, a fim de se obter resultados satisfatórios. Esta área da odontologia tem sido denominada Odontologia Cosmética.

RESINAS FOTOPOLIMERIZÁVEIS


A forma de apresentação dos compostos polimerizados através da luz é de apenas uma pasta que contém as substâncias químicas que desencadearão a reação de polimerização, quando em presença do ativador - luz ultravioleta, anteriormente e, luz alógena, desenvolvida mais recentemente. As resinas foto polimerizáveis, comparadas com o sistema autopolimerizável, são superiores porque apresentam maior estabilidade de armazenamento, tempo de trabalho maior, melhor desempenho clínico (menos porosidades, melhor acabamento, maior estabilidade de cor). As características gerais (resistência à abrasão, contração de polimerização, expansão higroscópica) e as propriedades biológicas das resinas foto polimerizáveis são basicamente as mesmas das resinas autopolimerizáveis. Indicações Em cavidades do tipo Classe III IV e V (onde a estética é fator importante). Também podem ser usadas em cavidades Classe I e II; para correções de descoloramento e anomalias dentais (odontologia cosmética), etc.

IONÔMERO DE VIDRO RESTAURADOR Introdução Os cimentos de ionômero de vidro são derivados dos cimentos de silicato (atualmente em desuso) e dos cimentos de policarboxilato de zinco. São constituídos basicamente por um pó de vidro (alumínio-silicato) e um poliácido, que reagem para formar uma massa dura de cimento. O pó possui um alto conteúdo de fluoretos e, em alguns, o poliácido é congelado a seco e incorporado ao pó. Dessa forma, estes cimentos de ionômero de vidro são manipulados com água destilada. Existe ainda um novo tipo de cimento ionomérico com partículas metálicas, principalmente a prata, incorporadas ao pó, para conferir maior resistência à massa. Sua reação de presa (endurecimento) é bastante lenta; o cimento recém-endurecido pode ser esculpido, mas só pode receber polimento após 24 horas. O lento endurecimento implica que um contato precoce com a água (ou saliva) aumentará sua opacidade e solubilidade. Indicações Sua principal indicação é para cavidades tipo Classe V, de erosão e abrasão (sem necessidade de preparo cavitário). Porém, também podem ser utilizados em: Cavidades Classe III, sem comprometimento da face vestibular e que não coincidem com a área de contato proximal; Cavidades Classe V, onde havia lesão cariosa; Restaurações preventivas, em cavidades Classe I, de cáries incipientes; Cobertura de urgência em dentes anteriores fraturados; Cavidades Classe I e II em dentes decíduos; Selamento de cicatrículas e fissuras;


Contra-indicações Cavidades de Classe IV; Cavidades de Classe I, amplas; Cavidades de Classe II, em dentes permanentes; Grandes áreas cuspídeas; Grandes áreas vestibulares.

Manipulação É efetuada por aglutinação, usando-se placa de vidro resfriada e espátula de plástico. O resfriamento da placa aumenta o tempo de trabalho sem prolongar o tempo de presa de maneira indesejável. A proporção do pó e líquido é de 3:1, em geral. Pó insuficiente aumenta a solubilidade e a abrasão; excesso de pó prejudica a união química do cimento de ionômero com o dente e também reduz a translucidez. O proporcionamento do pó e líquido deve seguir rigorosamente as instruções do fabricante; geralmente despreza-se a primeira gota do líquido, e cuidados devem ser tomados para que não haja incorporação de ar no mesmo. Pó e líquido devem ser colocados sobre a placa somente no momento da mistura, para evitar a perda ou ganho de umidade para o ambiente. Após o proporcionamento, o pó deve ser dividido em duas porções que são adicionadas rapidamente ao líquido. O tempo de mistura é de, no máximo, 45 segundos, devendo-se usar uma pequena área da placa. O aspecto da massa pronta é a de vidraceiro, com uma superfície acetinada. Se a colocação do cimento na cavidade for retardada até ele ficar com aparência opaca (sem brilho), haverá pouca ou nenhuma adesão do cimento com a estrutura dental.

MATERIAIS PREVENTIVOS Os materiais preventivos a que daremos ênfase são aqueles utilizados na prevenção da carie e doenças periodontais, como gengivite e periodontite. Porém vale lembrar que o mais eficiente material preventivo é o material didático humano, com uso de palestras e ensinamentos sobre a saúde bucal; CORANTES OU EVIDENCIADORES DE PLACA Fucsina Básica: É utilizada para evidenciar a placa bacteriana em solução aquosa e em solução de propilenoglicol utilizada para evidenciar a cárie dentária. Eritrosina: É utilizada em solução aquosa para evidenciar a placa bacteriana. FLUORETOS A utilização do flúor na odontologia data de aproximadamente um século, quando se acreditava unicamente na sua ação preventiva pela sua incorporação na apatita reduzindo a solubilidade do esmalte. Hoje, de preventiva à terapêutica, a ação do flúor pode ser explicada pela sua atuação sobre os microrganismos da placa bacteriana, exercendo efeito bacteriostático e, em altas concentrações, bactericida pela ação antienzimática reduzindo a produção de polissacarídeos extra e intra celulares


bacterianos. Os íons de flúor livres também interagem com os íons cálcio da superfície do esmalte, reduzindo sua energia superficial ao formar fluoreto de cálcio, diminuindo a adesão bacteriana à superfície dental. Além disto, esta camada de fluoreto de cálcio é solubilizada lentamente pela saliva e dinamicamente pelo processo de desmineralização, liberando íons flúor que se difundem lentamente para o interior da estrutura dentária atuando na remineralização e neutralização do corpo da lesão cariosa. CLOREXIDINA A clorexidina parece ser o mais eficiente agente na redução, tanto de placa bacteriana supragengival, como da gengivite. A clorexidina age através da interação eletrostática de suas cargas positivas e negativas na parede celular da bactéria, ocorrendo ruptura da mesma, precipitando o citoplasma e causando a morte da bactéria. Na placa bacteriana, a clorexidina age desalojando pontes de cálcio, o que é um fator de adesividade de microorganismos para formação de placa bacteriana, provocando sua desarticulação e, consequentemente, a não formação. A clorexidina parece ser o mais eficiente agente na redução, tanto de placa bacteriana supragengival, como da gengivite. SELANTES Os selantes funcionam como um método eficaz de prevenção da cárie dental. São substâncias resinosas fluídas, um material plástico, colorido ou não, usado sobre a superfície oclusal do dente, ou seja, onde mordemos e trituramos os alimentos, prevenindo a instalação da cárie, selando mecanicamente o dente, desta forma anulando o local preferido dos microorganismos, em especial o causador da cárie. Os selantes permitem uma melhor limpeza, agindo como "extensão preventiva". O selante age como uma barreira, uma película protetora que, facilitando a limpeza dos restos alimentares e o controle da placa bacteriana, reduz o risco da cárie. Essa película protetora de selante não deve ser muito espessa, ou seja, grossa, pois poderá interferir na oclusão (mordida). Ela deve apenas cobrir superficialmente o dente. PASTA PROFILÁTICA Está indicada para polimento das superfícies dentárias e remoção da placa bacteriana como higienização e também antes da aplicação tópica de flúor. A pasta profilática com zirconita e flúor aumenta significativamente o potencial de polimento, porem pode tornar-se lesiva ao esmalte e a dentina devido ao seu poder mais abrasivos que os cremes dentais comuns. Pode ser utilizada com instrumentos rotatórios ou escova dental comum, porém sob supervisão explícita do profissional de saúde bucal. Composição: Zirconita, fluoreto de sódio 1%, detergente aniônico e excipientes q.s.p.

MATERIAIS DO LABORATÓRIO DE PRÓTESE É a especialidade da odontologia que tem a função de substituir os dentes perdidos, individualmente ou em grupo ou parte deles. O trabalho protético para ser realizado necessita do CD, auxiliares e do protético. Para que o protético possa produzir o trabalho, precisamos lhe enviar um molde obtido através de uma moldagem. Na prática os materiais mais usados para moldagem são: alginatos e siliconas. Em menor escala são usados: godiva e materiais à base de óxido de zinco-eugenol.


Em prótese delega-se ao TSB, sob supervisão do CD, o seguinte: Preparar moldeiras Preparar moldagem Confeccionar modelos A função de um material de moldagem é registrar com precisão as dimensões dos tecidos bucais e seus relacionamentos espaciais. No ato da moldagem o material no estado plástico é colocado contra os tecidos bucais para endurecer. Após o endurecimento, o molde é removido da boca e usado para confeccionar a réplica dos tecidos bucais. O molde fornece a reprodução negativa desses tecidos. A reprodução positiva é obtida pelo preenchimento do molde com gesso dental ou outro material adequado, obtem-se o modelo. Existem vários materiais de moldagem, o que indica que nenhum material é ideal para todas as aplicações. As propriedades de um material de moldagem ideal são:  Facilidade de reprodução e custo aceitável;  Propriedades de escoamento adequadas;  Tempo de presa apropriado e características;  Resistência mecânica suficiente para não rasgar ou deformar permanentemente durante a remoção;  Precisão dimensional boa;  Aceitabilidade pelo paciente;  Segurança (não tóxico ou irritante);  Compatibilidade com os materiais do modelo ou fundição;  Boa manutenção das qualidades (não deteriorar quando armazenado). Os materiais de moldagem podem ser classificados como aqueles que endurecem como resultado de uma reação química ou como resultado de uma alteração na temperatura, ou podem ser classificados como os que são flexíveis e os que são rígidos no momento da remoção da boca.  Material moldagem rígido estará restrito as aplicações em áreas onde não existem retenções.  Material moldagem flexível pode fazer moldagem do material rígido e em áreas que tenham retenções. Os aparelhos protéticos podem ser fixos (prótese fixa, prótese adesiva) ou móveis (prótese parcial removível, prótese total removível). A prótese dentária objetiva substituir os elementos dentários ausentes, restituindo a função, a estética e a saúde dos órgãos de mastigação. A perda sucessiva dos dentes termina produzindo o quadro do indivíduo edentado, que representa a alteração mais patente no sistema estomatognático, principalmente na população idosa do mundo civilizado. O quadro do indivíduo desdentado é característico pela retração das bochechas e dos lábios, queixo muito proeminente nariz decaído e mordida colapsada. A dentadura é o resultado de uma série de procedimentos que visam recompor, da melhor maneira estética funcional, a perda de todos os dentes do arco, bem como reconstituir a parte gengival ausente. É um aparelho que possui o seu suporte na mucosa remanescente. A passagem da condição de dentição natural para a de portador de dentaduras acarreta grandes problemas: é necessário estabelecer a correlação neuromuscular entre as próteses totais e as estruturas anatômicas da cavidade bucal (principalmente bochechas, lábios e língua) porque estas estruturas atuam nos movimentos da fala e da mastigação, bem como


influenciam na retenção e estabilidade das dentaduras. Esta correlação é tão importante, que distúrbios, mesmo pequenos, podem acarretar uma diminuição na capacidade de adaptação ou mesmo impedí-la. Uma dentadura (Prótese Total Removível) deve responder aos requisitos mastigatório, estético, fonético e de comodidade. Quando corretamente confeccionada, a sua eficiência mastigatória é da ordem de 20% em relação à do arco dental natural. Neste termo de comparação, a eficiência do aparelho parcial removível é maior, chegando a 50%; no caso de prótese fixa eleva-se a 80%. Conceitos básicos usados em prótese Moldeira: é um dispositivo que serve para conduzir o material de moldagem manipulado à boca, a fim de colocá-lo em contato íntimo com a parte a ser moldada e removê-lo sem distorção. Moldagem: é o conjunto de atos clínicos que visam obter a impressão de uma determinada área ou região, por meio de materiais próprios e moldeiras adequadas. Molde: é o resultado da moldagem: impressão negativa fixada no material próprio, à custa de manobras clínicas corretamente orientadas. Modelo: é a reprodução positiva do molde, que é confeccionado em gesso. Materiais de moldagem O primeiro propósito de um material de moldagem é reproduzir partes diversas das estruturas bucais. Este material é usado para fornecer uma réplica em negativo dos dentes e/ou outras áreas da cavidade bucal. Tipos e usos dos materiais de moldagem TIPO USO CLASSIFICAÇÃO Gesso Definitiva de edentados Rígido Pasta de óxido de zinco e Definitiva de edentados Rígido eugenol Godiva Preliminar de edentados Plástico Cera Padrões (modelos) Plástico Alginato Modelo de estudo-prótese Elástico removível Hidrocolóide reversível Prótese fixa Elástico Mercaptanas Prótese fixa Elástico Siliconas Prótese fixa Elástico Como visto na tabela, os materiais de moldagem podem ser classificados como plásticos, elásticos ou rígidos. Os materiais plásticos e rígidos são usados essencialmente na tomada de impressão de pacientes desdentados, enquanto que os do tipo elástico são usados quando existe a presença de dentes ou zonas retentivas.

1. Materiais rígidos para moldagem Pastas de óxidos metálicos: são usadas como materiais nas moldagens corretivas ou secundárias para registro da mucosa oral de pacientes desdentados, na confecção de prótese total.


O material é de fácil manipulação e exibe elevada resistência nos ângulos do molde, após o endurecimento. Composição: a maioria dos materiais para moldagem à base de óxidos metálicos são embalados em bisnagas metálicas. Uma das bisnagas contém o óxido de zinco, pequena quantidade de resina e óleos vegetais ou minerais inertes, que dão características de plasticidade ao material. A outra bisnaga contém eugenol, uma resina gomada e um acelerador químico. A resina gomada assegura a coesividade do material antes do endurecimento bem como provoca ao material endurecido características termoplásticas, o que permite que possa ser amolecido com água quente, facilitando sua remoção do modelo. Os materiais nas duas bisnagas têm cores diferentes. O mais claro contém óxido de zinco e é a base. Os ingredientes da outra bisnaga constituem o acelerador. A vantagem do uso das duas cores é permitir ao usuário identificar quando elas estão adequadamente manipuladas. Propriedades: geralmente as pastas de óxido metálico são dimensionalmente estáveis com o tempo. Apesar de elas apresentarem uma pequena contração de 0,1% ou menos durante os primeiros 30 minutos após a mistura, nenhuma alteração significativa acontece após esse tempo. Como resultado, o molde pode ser armazenado indefinidamente, sem risco de deformação ou distorção. O maior problema de distorção do molde nestas pastas de moldagem de óxido metálico é devido à distorção do material de moldeira. O tempo de presa está entre 3 e 6 minutos; normalmente este tempo é afetado pela temperatura e umidade. O aumento da temperatura ou da quantidade de água presente na mistura diminui o tempo de presa. Se o tempo de presa é muito rápido, ele pode ser prolongado usando-se uma placa resfriada. Cuidado deve ser tomado para impedir a condensação de umidade na superfície da placa, pois ela iria acelerar a reação de presa. O tempo de presa também pode ser modificado pela alteração da relação entre as pastas base e aceleradora. Assim, se é desejável prolongar o tempo de presa, maior quantidade de pasta base deve ser usada. 2. Materiais plásticos de moldagem Os materiais plásticos para moldagem são termoplásticos, porque eles amolecem em presença do calor. Também podem alternadamente amolecer ou endurecer, sem alterações químicas no material. Obviamente, a reação responsável por estas mudanças na viscosidade é física, não química. GODIVA É um dos materiais de moldagem mais antigos usado na odontologia. Ela ainda é usada, embora com menor frequência que no passado, na moldagem de arcadas desdentadas. Este ato é conseguido após seu aquecimento em banho de água e, posteriormente, levando-o à cavidade bucal no estado plástico. Após os recortes necessários do molde, ele servirá como moldeira individual para o material final de moldagem, isto é, o gesso ou as pastas de óxidos metálicos. A godiva dental contém resinas, ceras, ácidos orgânicos, cargas e agentes corantes. O uso de resinas, ceras e ácido esteárico faz com que a godiva dental tenha a qualidade de ser termoplástica, o que significa que o material se plastificará sob aquecimento e endurecerá sob resfriamento, e também que o processo é reversível. As qualidades de


ácido esteárico e de carga controlam as propriedades de escoamento da godiva dental e estabelecem as diferenças no escoamento da godiva para moldeira e moldagem. As cores mais comuns para a godiva dental são marrom, cinza ou verde, mas elas também têm sido fornecidas em preto e branco. A godiva para moldeira é apresentada em placas grandes e geralmente na forma de uma moldeira, enquanto a godiva para a moldagem é apresentada em quantidades pequenas, na forma de bastões e cones. A godiva para moldeira pode ser classificada como de alta ou baixa fusão. HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL O hidrocolóide reversível (Agar) foi o primeiro material para moldagem bem sucedido na odontologia. A flexibilidade do material no momento em que é removido da boca permite uma moldagem de áreas retentivas e, portanto, de áreas como o arco completamente dentado. Apesar de o hidrocolóide reversível ser um material excelente e permitir moldes preciosos, ele tem sido completamente substituído pelo hidrocolóide irreversível (alginato) e por materiais à base de borracha. A preferência por esses materiais tem sido em função da quantidade mínima de equipamentos necessários na sua aplicação clínica. ALGINATO O alginato é um dos mais usados materiais de moldagem odontológica. O grande emprego dos alginatos resulta de (1) facilidade de mistura e manipulação (2) equipamento mínimo necessário (3) flexibilidade do molde geleificado (4) sua precisão se corretamente manipulado (5) seu baixo custo. Uma de suas principais desvantagens é que eles restringem a escolha dos materiais de modelo e troquel àqueles do tipo do gesso, excluindo a confecção de troqueis de metal, que possuem mais alta resistência à abrasão que os gessos. Os alginatos são largamente usados para preparar modelos de estudo de arcos dentais completos ou de segmentos dos mesmos. Também são usados para preparar modelos de gesso na confecção de protetores bucais para pacientes que praticam esportes. Não são recomendados para moldagens de preparos de cavidades. O alginato é fornecido pelos fabricantes como um pó embalado em lata, envelope refil ou em envelopes individuais pré-pesados. Uma concha de plástico é usada para retirar o pó da lata, e um cilindro plástico é fornecido para medir a água necessária para o alginato da lata ou do refil ou envelope pré-pesado. Uma espátula larga de rigidez razoável é usada para misturar o pó e o líquido. Componentes e suas funções em um pó de alginato Componentes Função Sal de alginato de sódio Para dissolver em água Sulfato de cálcio Para reagir com alginato dissolvido formando alginato de cálcio Fosfato de potássio Para reagir preferencialmente com o sulfato de cálcio


Pó de silicato

Para controlar a consistência da mistura e a elasticidade do molde Sulfato de potássio ou fluoreto de zinco Para neutralizar o efeito inibidor do potássio alginato na pressa do material de troquel ou modelo de gesso

ÓXIDO DE ZINCO-EUCOGENOL O material para moldagem de óxido de zinco-eucogenol é espatulado para obter uma pasta fina e usada em combinação com uma moldeira individual de godiva ou acrílico, para moldagens de arcos completos ou parcialmente desdentados. Há dificuldades em usar o material quando existem retenções profundas. É utilizado em moldagens, após cirurgia de gengivas, na fixação provisória de restaurações em registros oclusais. Composição Os materiais de moldagem de Óxido de Zinco e euglenol são geralmente fornecidos em tubos de duas pastas ou pó e líquido. O sistema de duas pastas consiste em um tubo contendo Óxido de Zinco, óleos e aditivos para formar uma pasta outro tubo contendo euglenol, óleos, resina e aditivos para segunda pasta. As duas pastas são de cores contrastantes, com a pasta de óxido de zinco branca e a pasta de euglenol âmbar, ou outra cor contrastante. O tubo contendo euglenol é facilmente identificado pelo odor característico de óleo de cravo. No sistema pó-líquido, o pó consiste em óxido de zinco mais aditivo, e o líquido em euglenol mais aditivos. Propriedades Os materiais de moldagem de Óxido de Zinco e eugenol são disponíveis em dois tipos, identificados como consistentes ou macios. A principal diferença entre os dois tipos é que o material macio é também rijo, mas não quebradiço, entretanto ambos os tipos são classificados como materiais rígidos e não podem ser usados para moldagens de áreas severamente retentivas. Os materiais espatulados têm adesão adequada à moldeira de godiva ou resina, dispensando o uso de adesivos para unir o material à moldeira durante o uso clínico. Os materiais de modelo usados com os materiais de moldagem de Óxido de Zinco0-euglenol estão restritos ao gesso (comum pedra ou especial).

POLISSULFETO DE BORRACHA (MERCAPTANA) A introdução de materiais de moldagem borrachóides em odontologia teve pronunciado efeito sobre a prática restaurada por diversas razões. Primeiro o material era flexível, mas não tinha alterações dimensionais de vulto durante a armazenagem, o que ocorria com os outros materiais elásticos para moldagem, como Agar e alginato. O primeiro material de borracha a ser introduzido foi chamado Thiokol, que era o nome comercial do fabricante de borracha. O material foi posteriormente chamado de mercaptana.


Composição Os polissulfetos são fornecidos como duas pastas, sendo um tubo chamado catalisador ou acelerador, e o outro tubo denominado base. Os diversos tipos disponíveis variam na viscosidade da pasta e na maneira e como eles facilmente escoam sob pressão. Os diversos produtos podem ser classificados como leves regulares ou pesados. O tipo leve é usado como material para seringa em combinação com um material para moldeira (massa pesada), e o material regular é usado sozinho. O material básico consiste em 80% de polímero orgânico de baixo peso molecular, contendo o grupo mercaptana reativo e 20% de agentes de carga, tais como dióxido de titânio, sulfato de zinco, carbonato de cobre ou sílica. O tubo acelerador ou catalisador contém um composto que permite que os grupos mercaptanas de moléculas diferentes reajam para formar uma borracha de polissulfeto. O catalisador é contido por um óleo inerte, tal como o dibutil ou dioctilftalato. O catalisador mais comum é o dióxido de chumbo, com ou sem o dióxido de manganês, o que resulta numa pasta marrom ou cinza escuro. Produto Coeflex

Tipo Polissulfeto

Permlástico

Polissulfeto

Super Rubber

Polissulfeto

Citricon

Silicone

Permagum

Silicone

Xantopreva

Silicone

Optosil

Silicone

Classificação Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado Leve Regular Pesado

SILICONE PARA MOLDAGEM São materiais à base de borracha, bastante utilizados em moldagem de restaurações metálicas fundidas, próteses parciais removidas, próteses fixas e próteses totais removíveis. Utiliza-se primeiro o silicone mais espessa, em uma moldeira, que em seguida é reembasada com outra de consistência fluida. O molde de silicona espessa serve de moldeira individual com a qual se faz a moldagem final com a silicona mais fluida.


Composição Dois tipos de silicone são usados como material de moldagem (1) por compensação e (2) por adição. Tipo por condensação: o material é fornecido como base e acelerador, ou catalizador. A base é uma pasta contendo um silicone de peso molecular moderadamente baixo chamado dimetilsiloxano, o qual tem grupos reativos – OH. Agentes de carga como a sílica são adicionados para dar consistência apropriada à pasta e rigidez à borracha endurecida. O acelerador é geralmente um líquido, mas pode também ser fornecido como uma pasta pelo uso de agentes espessantes. O acelerador consiste em uma suspensão de octoato de estanho e um silicato alquilico, como o orto-etil-silicato. As pastas são fornecidas nas consistências: leve, regular e pesada. Tipo por adição: o material é fornecido no sistema duas pastas, com uma pasta contendo o silicone de baixo peso molecular tendo grupos radicais vinil, reforçados com carga e um catalizador de ácido cloroplatinico. A segunda pasta contém o silicone de baixo peso molecular tendo radicais silano hidrogênio e cargas reforçadas. As duas pastas são misturadas em comprimento iguais. POLIÉTER Os sistemas poliéter oferecem possíveis combinações de melhores propriedades mecânicas que os polissulfetos e menos alteração dimensional que os materiais de moldagem de silicone por condensação. Eles aparecem ter outras características limitantes, tais como tempo de trabalho mais curto e alta rigidez. Composição São fornecidos como uma base e um sistema catalisador. A base é um poliéter de moderado baixo peso molecular, contendo grupos de radicais etileno que reagem com o catalisador que é um Ester de ácido sulfônico aromático para formar uma borracha de alto peso molecular.

MATERIAIS PARA MODELO E TROQUEL GESSO Modelo de gesso– é uma réplica que é usada para estudos para confecções de restaurações, montagem de aparelhos ortodônticos, próteses totais ou parciais, próteses fixas ou móveis. Os materiais usados para confeccionar modelos iniciais ou finais podem ser classificados nos seguintes grupos iniciais ou finais podem ser classificados nos seguintes grupos: Gessos

Tipo I Gesso para montagem Tipo II Gesso comum Tipo III Gesso pedra Tipo IV Gesso especial

A seleção de um desses materiais é determinada pelo material de moldagem em uso e no propósito para o qual o modelo será usado.


Compatibilidade dos materiais para o modelo e troquel com os materiais para moldagem Material para modelo ou troquel Produtos de gesso

Eletrodeposição por cobre Eletrodeposição por prata

Resina epóxi

Material para moldagem Godiva Óxido de zinco-eugenol Agar ou alginato Gesso – se recoberto com isolante Borracha de polissulfeto Borracha de silicone Borracha de poliéster Godiva Borracha de silicone Borracha de polissulfeto Silicone por adição Borracha de poliéster Silicone (alguns requerem isolante) Polissulfeto, se recoberto com isolante. Borracha de poliéster

Qualidades exigidas do material usado para confeccionar modelos ou troquéis. Essas qualidades não são exibidas por todos os materiais. São elas:  Precisão  Estabilidade dimensional  Capacidade de reproduzir detalhes finos  Resistência à abrasão  Facilidade de adaptação ao molde  Cor  Economia de tempo Os materiais de gesso são largamente usados para confeccionar modelos de estudo, modelos finais e troquéis. Gesso comum – modelos de estudo – são específicos para modelos preliminares. Gesso pedra – mais resistente e mais forte à abrasão que o gesso comum  modelos finais de moldagens totais. Gesso especial – propriedades a abrasão superior ao gesso pedra – usado para confeccionar troquéis para restaurações metálicas, coroas, ponte etc.

CERAS As ceras dentárias são compostas de ceras naturais e sintéticas, gomas, gorduras, ácidos gordurosos, óleos, resinas naturais e sintéticas, gomas, gorduras, ácidos gordurosos, óleos, resinas naturais e sintéticas e pigmentos. Classificação a) para modelo b) para processamento ou moldagem


a) Para modelo: ceras para incrustações, fundições e laminadas – são utilizadas para fazer modelos de uma restauração ou aparelho. b) Ceras para processamento: ceras de bloqueio, utilidade e pegajosas e são utilizadas como materiais auxiliares. As ceras corretivas e para mordidas são usadas como materiais de moldagem para registrar detalhes da cavidade oral. Ceras para modelo de restauração: Composição: Parafina Cera microcristalina Ceresina Carnaúba Candelila Cera de abelha A cera para modelo de restauração pode ser classificada em tipos A, B e C de acordo com sua dureza. Tipo A – cera durausada em técnica indireta. Tipo B – cera mediaindicada para fazer modelos diretamente na boca Tipo C – cera mais moleusada na técnica indireta na produção de restaurações e coroas. São geralmente produzidas em bastões azuis, verdes ou roxas. Propriedades: A precisão e a utilidade da fundição do metal resultante dependem em grande escala da precisão e dos detalhes do modelo de cera. Ceras para fundição: Os modelos para armações metálicas de próteses parciais removíveis e outras estruturas é feito a partir de ceras para fundição. São fornecidas em Placas Formas pré-fabricadas Potes Pouco se conhece da composição exata destas ceras. Cera laminada: Tem a origem do seu nome no uso como placa para restabelecer a dimensão vertical, o plano de oclusão e a forma inicial do arco na confecção de prótese total. Contém de 70 a 80% de parafina e ceresina comercial. Composição típica:

80% ceresina 12% de cera de abelha 3%de resinas naturais 2,5 de ceras microcristalina ou sintéticas

ou

sintéticas

A cera laminada é normalmente fornecida em placas na cor rosa ou vermelha. Tipo I – cera mole – confecção de contornos e veneers


Tipo II – cera média – confecção de padrões a serem provocados na boca em clima temperado. Tipo III – cera dura – para padrões a serem provados na boca em clima tropical. Composição: Hidrocarbonetos Parafina Ceresina Partículas metálicas Cera para registro de mordida: Usada para registrar com precisão certos moldes de quadrantes antagônicos, são suscetíveis de distorção ao serem removidas da boca. Composição: Cera de abelha ou hidrocarboneto Alumínio ou cobre – em alguns tipos Apresentação: em lâminas. Cera utilidade: Composição: Cera de abelha Petrolato Ceras macias Geralmente fornecida em forma de bastões e placas nas cores vermelho-escuro ou laranja. Em Ortodontia, é denominada “cera de periferia”, e é fornecida em bastões brancos. Cera pegajosa: Adequada para a prótese. É formulada de uma mistura de ceras e resinas. É pegajoso quando derretido e adere às superfícies onde é aplicado. À temperatura ambiente a cera é firme, não aderente e friável. Indicações: Unir partes metálicas ou de resinas em uma posição fixa provisória. Para selar uma muralha em um modelo de gesso no processo de fazer facetas de porcelana. Cera corretiva: Usada como um veneer de cerca sobre a moldagem original para contatar e registrar os detalhes dos tecidos moles.

RESINAS ACRÍLICAS São materiais compostos por polímeros (pós) e monômeros (líquidos). Possuem várias utilidades, tais como: confecção de restaurações provisórias, dentaduras, aparelhos removíveis, dentes artificiais, moldagens de núcleos, casquetes, dentre outras. Há dois tipos de polimerização das resinas acrílicas, sendo as polimerizáveis por adição, mais


usadas, atualmente, do que as polimerizáveis por condensação. O processo de polimerização ocorre rapidamente e envolve considerável quantidade de calor. Apresentação:

Pó Líquido pó – polimerometil metacrilato não inflamável Líquido – polímero metil metacrilato

Composição:

Reação pó/ líquido Podem ser identificados pelo menos quatro estágios após a mistura entre o pó e o líquido. São eles: Estágio 1: o polímero (pó) embelece-se gradualmente de monômero (líquido), formando uma massa fluida e sem coesividade (arenosa0; Estagio 2: o monômero ataca o polímero. Esse estágio é caracterizado pela pegajosidade ou adesividade da mistura, quando tocada ou levantada com uma espátula; Estágio 3: a massa torna-se mais com consistência de massa de vidraceiro. Ela não é mais pegajosa e não adere às paredes do pote de mistura. Esse estágio é freqüentemente chamado de plástico ou gel e é ideal para o uso em odontologia; Estágio 4: a massa torna-se mais coesiva e com características borrachóides. Ela não é mais completamente plástica. Nesse estágio o acrílico é inadequado para ser usado em odontologia. ......................................................................................................................

CRÉDITOS DESTA APOSTILA: CD/ PROFESSORA Elizabeth Sandra Souza Xavier

REFERENCIAS Apostila de Qualificação Profissional para Técnico em Saúde Bucal – Disciplina: Odontologia social. Escola Técnica de Saúde da UNIMONTES. Apostila de Qualificação Profissional para Técnico em Saúde Bucal _ Disciplina: Higiene Dentária. Montes claros 2006 – Texto Revisado em Outubro/ 1997. Escola Técnica de Saúde da UNIMONTES. Apostila do Instituto Modal _ Curso técnico em Saúde Bucal _ Odontologia social. CAMPOS, FE; Júnior, MO e Tonon, LM - Cadernos de Saúde. Coopmed, Editora Média, Belo Horizonte 1998. Vol. I e III.


Guia curricular para Formação de Técnico em Higiene Dental para atuar na Rede Básica do SUS – Área curricular I: Prevenindo e controlando o Processo Saúde-Doença Bucal. Brasília, 1994. Guia Curricular pra formação de Técnico em Higiene Dental para atuar na Rede Básica do SUS – Área Curricular III: Participando do Planejamento e Administração do Serviço de Saúde _ Brasília, 1994. Guia Curricular para Formação do Atendente de Consultório Dentária para atuar na Rede Básica do SUS _ Área curricular I e II. Brasília, 1998. PINTO, VG. Saúde Bucal Coletiva. Liv. Santos Editora São Paulo, 2000. THYLSTRUP, Anders, Olé Fejerskov - Tratado de Cariologia, Trás. Coord. Sérgio Weyne _ Cultura Médica, Rio de Janeiro, 1988.

A compreensão por parte do leitor desta notação o auxiliará a entender as anotações de seu dentista.


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