EDLENE DE FREITAS LIMA ROCHA MAYRA DO NASCIMENTO MELO SONIA ELISIA BUENO GOMIDES
IMPLEMENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS NACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA MATERNIDADE FREI DAMIÃO - PB
São Paulo 2016
EDLENE DE FREITAS LIMA ROCHA MAYRA DO NASCIMENTO MELO SONIA ELISIA BUENO GOMIDES
IMPLEMENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS NACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA MATERNIDADE FREI DAMIÃO - PB
Projeto aplicativo apresentado ao Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa para certificação no curso de Especialização Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente.
Orientadora: Thaise Anataly Maria de Araújo
São Paulo 2016
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 21 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 22 2 CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................ 24 3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 27 3.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 27 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 27 4 FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................. 28 4.1 PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE ........................................ 28 4.2 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE ...................................................... 30 4.3 GESTÃO DE RISCO ....................................................................................... 32 4.3.2 Gerenciamento de Riscos ........................................................................ 33 5 PERCURSO METODOLÓGICO ........................................................................... 35 6 PLANO DE INTERVENÇÃO ................................................................................. 42 7 DESAFIO PARA IMPLANTAÇÃO (VIABILIDADE) .............................................. 43 ANEXO A – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE INEFICIÊNCIA DA GESTÃO DE RISCOS............................................... 49 ANEXO B – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE
RESISTÊNCIA
DOS
PROFISSIONAIS
PARA
PARTICIPAR
DA
CONSTRUÇÃO DOS PROTOCOLOS EM QSCP. .................................................. 50 ANEXO C – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE
FALHA
NAS
ESTRATÉGIAS
PARA
REALIZAR
EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM QSCP. ...................................................................................... 51 ANEXO D – MATRIZ GESTÃO DO PLANO. ........................................................... 52 ANEXO E – MATRIZ MONITORAMENTO DO PLANO........................................... 53 ANEXO F – CRONOGRAMA DE ACOMPANAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO. .................................................................................................. 54 ANEXO G – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA............................................................. 55
ANEXO H –ÁRVORE EXPLICATIVA. ..................................................................... 56 ANEXO I
–. MATRIZ ESTRATÉGIAS DE VIABILIDADE DAS AÇÕES
CONFLITIVAS.......................................................................................................... 57
21 APRESENTAÇÃO
A construção de projetos aplicativos (PA) é uma das estratégias utilizadas nas iniciativas educacionais do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês IEP/HSL, que objetivam mudanças de práticas no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), além de possibilitar aos profissionais envolvidos nesse processo autonomia para encarar as situações cotidianas, conforme perfil de competência que foi desejado durante a proposta do curso, respeitando o tempo de aprendizagem, as singularidades e a subjetividade de cada participante. Esse projeto foi idealizado mediante a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante todo o curso de especialização em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente (QSCP)e foi elaborado de forma coletiva, atendendo os princípios orientados pelos caderno do curso e observando a sua viabilidade de execução no município de João Pessoa na Paraíba, mais precisamente na Maternidade Frei Damião. Os desafios foram e serão sempre grandes, porém o conhecimento específico e atualizado nos proporcionou condições para atuar e intervir nas intercorrências que possam advir. Assim sendo, essa formação possibilita favorecer a qualidade dos serviços prestados nas instituições que lidam com saúde. Trata-se, portanto, de uma obra de referência que merece ser lida não só pelos profissionais da Instituição supracitada, os quais encontrarão descrições da nossa realidade de forma reflexiva, mas também por todos aqueles que atuam nos inúmeros serviços de saúde e que almejam contemplar uma assistência de qualidade e livre de danos.
22 1 INTRODUÇÃO
A assistência à saúde vem passando por reformulações quanto à garantia da segurança e qualidade nos cuidados prestados tantos aos pacientes e estendendo-se aos seus familiares e profissionais. Devido à assistência se desenvolver em um sistema complexo, suas características podem predispor a agravos. Desse modo, discute-se a cultura de segurança como o produto de valores, atitudes, competências e padrões de comportamento, determinando o compromisso de uma organização segura e de qualidade na prevenção dos riscos (SIQUEIRA., 2015) As transformações que vêm acontecendo na sociedade ocorrem visivelmente na saúde, tanto no processo saúde-doença, quanto no modelo teórico-prático, no qual se apoiam todas as formas de assistência. Porquanto, discutir qualidade tornou-se algo espontâneo e intrínseco a qualquer situação; estamos constantemente avaliando e sendo avaliados, isso leva a uma percepção dinâmica e ampliada, sinalizando uma integração com diversas áreas do conhecimento humano (MARSHALL JÚNIOR et al., 2010). A qualidade no atendimento tem se sido fundamental para as Instituições de saúde, as quais têm buscado o seu reconhecimento não só junto aos pacientes, mas também para toda sociedade, haja vista que assumindo o compromisso de melhorar continuamente, acredita-se na revolução da realidade da saúde no Brasil (LEÃO, 2009). Na prática, a qualidade pode ser definida como o grau em que um conjunto de características inerentes satisfaz requisitos, não só através de uma padronização e melhoria nos processos, bem como com o comprometimento de todos os envolvidos na assistência (MARSHALL JÚNIOR et al., 2010). Ressalta-se que, para efetivação da assistência de qualidade no âmbito da saúde, toda Instituição deverá colocar em prática o conceito de política, o qual segundo Aron (1999) vincula sua aplicabilidade aos assuntos internos (política interna) ou externos (política externa).Assim sendo, esta explica os princípios e as práticas adotadas pela equipe, para o desenvolvimento do cuidado ao paciente e família, em todas as unidades assistenciais. Ela serve também para direcionar o grupo na definição das bases teórico-conceitual; na divisão do trabalho, na padronização de métodos e instrumentos de registros; no estabelecimento de regras e normas para a sistematização da assistência (BOTTOSSO; ORMOND, 2006). Em se tratando de como implantar um modelo de gestão de qualidade, a portaria nº 529, a qual Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), norteando profissionais e instituições, colocando em especial a cultura de segurança a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização, a citar: a) todos os trabalhadores devem assumir a responsabilidade pela sua própria segurança, pela
23 segurança de seus colegas, paciente e familiares; b) cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais; c) encorajamento e recompensa da identificação, notificação e resolução dos problemas relacionados à segurança; d) promoção do aprendizado organizacional, a partir da ocorrência de incidentes; e) proporcionar recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva de segurança (BRASIL, 2013a). Complementando as estratégias para viabilizar a qualidade na assistência, uma ferramenta fundamental é a Educação Permanente em Saúde (EPS), uma vez que esta promove uma reflexão entre a prática e a teoria sempre levando o profissional a revelar-se no cuidado, se sentindo parte fundamental para a mudança do processo, devendo-se, portanto ter uma avaliação prévia da realidade em que se está inserido. Tal reflexão tem atuação direta na qualidade da assistência, tendo em vista que o profissional será levado a buscar aperfeiçoar o cuidado, (re)construindo suas práticas por meio da EPS. Nesse contexto, verifica-se a necessidade de criar estratégias de gestão que possibilitem provocar a inserção de protocolos de segurança nas instituições de saúde, os quais objetivam promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à qualidade da segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde, envolvendo – nessa perspectiva – além dos trabalhadores da saúde, os pacientes e seus familiares (BRASIL, 2013a). E é nesse intuito que pretendemos com o PA, planejar ações integradas para se concretizar uma assistência digna, pautada nos princípios do SUS, visando não só o cumprimento do pacto pela saúde, mas a articulação dos diversos atores envolvidos no processo, como forma de promover o avanço e o desenvolvimento de novas práticas em saúde. A partir desse PA, tornar-se-á possível vislumbrar um novo tempo na Maternidade Frei Damião, com a implementação dos protocolos necessários para o sucesso da proposta idealizada,
mediante
o
planejamento
estratégico
situacional.
Ressalta-se
como
macroproblema que oportunizou as discussões, reflexões e construção de matrizes a “Fragilidade na Utilização dos Protocolos em Segurança do Paciente”. Além disso, a análise do cenário demonstrou a viabilidade de tudo que foi planejado, uma vez que alguns dos atores sociais eleitos pelo grupo participaram do processo de construção do PA, enquanto os demais possuem interesse na otimização dos serviços ofertados à comunidade atendida pelo hospital.
24 2 CONTEXTUALIZAÇÃO
As evidências dos incidentes com danos ao paciente relacionados a falhas na segurança do paciente no ambiente hospitalar têm levado as organizações nacionais e internacionais a buscarem diversas estratégias, investigando as causas e propondo ações, visando reduzir os riscos e melhorar a qualidade do cuidado (GOMES, 2008). No final da década de 1990, a segurança do paciente passou a ser motivo de preocupação de governos e políticas de saúde, em virtude do aumento das despesas de seguro por erros médicos, identificação de eventos adversos e a estimava da grande proporção de óbitos relacionados a erros do sistema de saúde (CORRÊA, 2009). Segundo Corrêa (2009), em virtude da magnitude do problema, das informações fornecidas pelas publicações do Institute of Medicine, e posteriormente do grupo federal americano Quality Interagency Coordination Task Force, que publicou sobre como promover segurança do paciente nos serviços, o sistema de saúde americano buscou soluções para este problema através de um fluxo de iniciativas regulatórias e legislativas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e diversos organismos internacionais começaram a buscar estratégias voltadas à redução de riscos e danos no cuidado à saúde diante dessa problemática. Em 2002, a OMS determinou que todos os países membros deveriam ter uma atenção maior ao problema da segurança de pacientes, baseada em evidências científicas para melhorar a segurança dos pacientes e a qualidade do cuidado em saúde (OMS, 2009). Foi criada em 2004, pela OMS uma Aliança Mundial para Segurança do Paciente, com objetivo de fortalecer as políticas e práticas, priorizando ações técnicas para melhoria da segurança, os chamados Desafios Globais para Segurança do Paciente. Outra iniciativa da OMS foi identificar os principais conceitos de relevância com a Classificação Internacional para Segurança do Paciente (ICPS), através de um sistema de dados com termos padronizados para assegurar o entendimento de termos e conceitos em todo mundo (REIS; MARTINS; LAGUARDIAI, 2013). Posteriormente, em 2008 o maior órgão de acreditação hospitalar do mundo exigiu das organizações a implementação de metas de segurança do paciente, e institui os gerentes de risco nos serviços de saúde, que são responsáveis por divulgar e implementar as metas, e também identificar, avaliar e reduzir o risco de danos aos pacientes. Os gerentes têm como atribuições a criação de um banco de dados de notificação de eventos adversos, a investigação dos eventos adversos e a comunicação com a equipe (SOUZA; SILVA, 2014). A Segurança do Paciente é definida pela OMS como a redução do risco de danos desnecessários associados ao cuidado de saúde, e busca minimizar esses riscos, além de
25 reduzir ou eliminar os Eventos Adversos, que são os incidentes que resultam em dano ao paciente. Segundo Brasil (2013b), eventos adversos são ocorrências médicas desfavoráveis e que não tem necessariamente relação causal com o tratamento, podendo ocasionar incapacidades, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização pré-existente, ameaça ou risco de vida. No contexto nacional, a Segurança do Paciente vem sendo discutida e tem sido objeto de várias ações do Ministério da Saúde (MS), por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS), incorporando ao seu escopo de atuação as ações previstas pela Aliança Mundial. Desde então, a ANVISA vem cooperando com a missão da vigilância sanitária de proteger a saúde da população, por meio de práticas de vigilância, controle, regulação e monitoramento sobre os serviços de saúde (BRASIL, 2014). No Brasil, as práticas seguras de cuidado vêm sendo normatizadas, sendo instituído o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), por meio da publicação da Portaria nº 529, de 1 de abril de 2013, pelo Ministério da Saúde, com objetivo de qualificar o cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional (BRASIL, 2013a). É importante destacar, a necessidade de implementação de iniciativas de segurança para pacientes, profissionais de saúde e ambiente de assistência, coma implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP). Para apoiar a operacionalização da PNSP, a ANVISA publicou a RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, tornando obrigatória a criação de Núcleos de Segurança do Paciente, com a atribuição de elaborar o Plano de Segurança do Paciente (PSP), demonstrando o compromisso e planejamento institucional dos ambientes de cuidado, através de ferramentas de gestão de risco, protocolos de segurança e demais instrumentos que favoreçam a promoção da cultura de segurança do paciente (BRASIL, 2013b). Na Maternidade Frei Damião - MFD, o Núcleo de Segurança do Paciente foi implantado em 2015 após avaliação da gestão da instituição, na perspectiva de melhorar seus processos organizacionais. Naquele momento vários processos estavam sendo disparados na maternidade, tais como reformulação da composição de algumas comissões da maternidade que estavam inoperantes; o cumprimento da Portaria 529/2013 e da RDC nº 36/2013, e a habilitação de leitos e de alguns serviços importantes para a instituição. O NSP da MFD foi composto por uma equipe multidisciplinar, tendo entre os seus membros uma coordenadora responsável pelo núcleo. O intuito da sua implantação foi melhorar os processos de cuidado e de gestão de risco, e apoiar a direção do serviço na garantia das boas práticas e na condução das ações de melhoria da qualidade e segurança do paciente.
26 Paralelamente à implantação do NSP da Maternidade, foi iniciada a Especialização em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente (QSCP), ofertada pelo Instituto SírioLibanês de Ensino e Pesquisa – IEP/HSL, em parceria com o Ministério da Saúde, contando com a participação de profissionais do serviço, dentre estes alguns membros do NSP. Desta forma, potencializou as discussões e as ações iniciais de segurança do paciente dentro da instituição. De acordo com Schiesariet al. (2015), a proposta do curso é promover a disseminação da gestão da clínica, através de uma abordagem construtivista, utilizando metodologias ativas de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo a capacitação de profissionais de saúde e a elaboração de iniciativas de intervenção da realidade, através dos Projetos Aplicativos. Nesse sentido, os referidos projetos foram construídos como produto da avaliação somativa do curso, e principalmente na perspectiva de ampliar o acesso e a integralidade, proporcionando melhoria da qualidade e segurança para pacientes e profissionais, como também eficiência e efetividade nos serviços de saúde. Alguns processos de Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente já foram disparados pelo NSP, com o apoio da gestão da maternidade. Inicialmente trabalhamos o primeiro passo, instituindo o Protocolo de Identificação do Paciente, e começamos as discussões sobre Higienização das Mãos. No entanto, nos deparamos com a resistência dos trabalhadores em participar ativamente dos processos, desde a construção dos protocolos até a execução das ações. Diante da resistência a mudança no processo de trabalho por parte dos profissionais, a fragilidade na cultura de utilização de protocolos, e do conhecimento incipiente em QSCP, foi possível realizar uma leitura da realidade da Maternidade Frei Damião, subsidiando a definição do nosso objeto de estudo. Para tanto, utilizando a metodologia da problematização, tendo como referência o Planejamento Estratégico Situacional, onde iniciamos a identificação dos macroproblemas, que em seguida foram priorizados, chegamos ao objeto do nosso Projeto Aplicativo, o qual se relaciona ao macroproblema: “Fragilidade na Utilização dos Protocolos em Segurança do Paciente”.
27 3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Implementar os Protocolos Nacionais de Segurança do Paciente na Maternidade Frei Damião-PB.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mensurar quais os protocolos existentes de Segurança do Paciente na maternidade; Construir coletivamente os protocolos de Segurança do Paciente, inexistentes na instituição; Criar estratégias para adesão dos profissionais nas ações de Educação Permanente em Saúde em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente; Identificar as intervenções necessárias para o favorecimento da Gestão de Risco.
28 4 FUNDAMENTAÇÃO
4.1 PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
De maneira geral os protocolos de segurança do paciente são ferramentas essenciais para a sistematização do processo de trabalho, pensando nessa estratégia, o Ministério da Saúde Institui a Portaria GM/MS nº 529/2013, a qual tem por objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional (BRASIL, 2013a). Seguindo os trâmites para colocar em prática o processo de melhoria assistencial, em 24 de setembro de 2013, foram instituídos através da Portaria nº 2.095, os protocolos básicos de segurança do paciente, a citar: identificação do paciente; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura; prática higiene das mãos em serviços de saúde, prevenção de quedas e prevenção de úlcera por pressão (BRASIL, 2013d). Nesta seção alguns aspectos importantes sobre cada protocolo serão explicitados, visando que haja compreensão do motivo pelo qual este grupo afinidade considerou a temática relevante para o tema do PA. Entende-se que a Identificação correta do paciente possibilita que o tratamento seja realizado no indivíduo que o necessita, desse modo, a identificação correta deve ocorrer desde a admissão do paciente até o seu momento de alta. Alguns fatores que ocorrem na rotina dos serviços de saúde podem maximizar os erros na identificação dos pacientes, tais como nível de consciência, mudança de leito, atuação do profissional no serviço, com trocas frequentes de setores (BRASIL, 2014). Outro alvo de erros relacionados à assistência é o de prescrição, uso e administração de medicamentos, estes devem ser sempre priorizados nas discussões de educação permanente, tendo em vista que os serviços deverão adequar a sua melhor forma de estabelecimento de processos para que a falha não venha a provocar o óbito do paciente. Dentre dos principais problemas relacionados ao erro de medicações estão os potencialmente perigosos ou de alta vigilância, desse modo uma das estratégias para evitar a recorrência destes erros estão a identificação por meio de “etiquetas”, bem como a dupla checagem (BRASIL, 2014). Um mecanismo que tem sido utilizado nas instituições é a inclusão do farmacêutico clínico na equipe interdisciplinar, com o objetivo de agregar os seus conhecimentos farmacológicos na qualidade do trabalho assistencial, além do mesmo promover a maior influência para prescrição e uso adequado do medicamento (MIRANDA et al., 2012).
29 Em se tratando dos centros cirúrgicos,as evidências demonstram que a rotina geralmente é estressante, na qual a equipe se depara com várias situações que nem sempre são esperadas; no entanto a articulação e boa comunicação entre seus participantes, proporciona a utilização dos conhecimentos de quem a compõe, favorecendo que as habilidades sejam desenvolvidas em prol do paciente, prevenindo as falhas (BRASIL, 2008). Para tanto, é necessário combinar a precisão técnica com a segurança do paciente. Nesse contexto, o uso correto de ferramentas como o Protocolo de Cirurgia Segura da OMS pode ajudar a atingir essa meta, como por exemplo, a identificação correta do paciente e do local; a esterilização eficiente do material usado; a administração segura da anestesia e feitura do ato cirúrgico (OMS, 2009). De acordo com Brasil (2007) o protocolo de higienização das mãos deve ser aplicado em todos os momentos da assistência, tendo em vista a necessidade de sua realização exatamente onde o atendimento ocorre. Para facilitar a prática, se faz necessário que o acesso seja facilitadoa um produto para higienização das mãos, como por exemplo, a preparação alcoólica. Assim, o mesmo deve encontrar-se próximo ao local de circulação dos profissionais e visitantes que adentram os serviços de saúde. Fomentando a ideia de que a higiene das mãos deve ser sempre incentivada, Rosetti e Tronchin (2015) reforçam que essa é a prática de maior importância e de menor custo para se evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde, sendo assim, deve ser priorizada em todos os níveis de assistência e em todos os momentos. Com o aumento da expectativa de vida e da demanda de paciente crônicos, há uma consequência direta no número de dias de internação dos pacientes, ou seja, a longa permanência acaba sendo uma realidade não só para as instituições hospitalares, mas também para a assistência domiciliar. De fato, em se tratando de pacientes crônicos, é inerente pensar sobre os acamados ou com mobilidade prejudicada e a suas constantes úlceras por pressão, as quais causam danos aos pacientes e dificultam sua qualidade de vida, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de infecções graves, sepse e aumento da mortalidade (BRASIL, 2013c). Nesse interim, ressalta-se ainda o protocolo de prevenção de quedas, o qual visa reduzir a ocorrência de queda de pacientes e o dano dela decorrente, por meio da instituição de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, bem como promovam a educação do paciente, familiares e profissionais (BRASIL, 2013c). Entendemos que todas as instituições devem adequar o seu protocolo de acordo com o perfil de paciente atendido, pensando também na utilização de escalas para avaliação do nível de consciência, uso de medicação, idade, utilização de calçados e
30 orientações aos familiares, dentre outras situações que julgar ser válido avaliar para aumentar a eficiência do seu protocolo. Quando pensamos em qualidade e segurança, refletimos sobre a necessidade das ações não serem dissociadas, pois à medida que se trabalha o conceito de segurança nas instituições, há o favorecimento da assistência de qualidade para os pacientes nelas inseridos. Tendo em vista a urgência de que as instituições se adequem a esse modelo de assistência, o ministério da saúde - com a intenção de definir critérios para a avaliação, aprovação e incorporação no âmbito do sus - instituiu o comitê gestor nacional de protocolos de assistência, diretrizes terapêuticas e incorporação de tecnologia em saúde (BRASIL, 2005). Nessa abordagem, é notório que a utilização de uma cultura de segurança voltada ao implementação dos protocolos de segurança nas instituições favorecem a melhoria da qualidade da assistência, as quais deverão permitir planejar, organizar, direcionar e avaliar o processo do cuidar, cabendo aos profissionais de saúde, atuar com responsabilidade ética e com base em evidências científicas, diminuindo os riscos e potencializando as melhorias em sua prática.
4.2 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde - PNEPS foi instituída através da portaria nº198 de 13 de fevereiro de 2004, como uma estratégia para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores do SUS. Os processos para qualificar a atenção e a gestão em saúde são orientados pelas necessidades de formação identificadas no cotidiano do trabalho, considerando os problemas referentes à atenção a saúde e a organização do serviço (BRASIL, 2004). Em 2007, a portaria nº 1.996 definiu novas diretrizes e estratégias para a implementação da PNEPS, adequando-a às diretrizes operacionais e ao regulamento do Pacto pela Saúde, levando em consideração as especificidades e desigualdades regionais as necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho em saúde, bem como a capacidade já instalada de oferta institucional, com ações formais de educação na saúde (BRASIL, 2007). A portaria anteriormente citada também resolve que, a condução regional da PNEPS se dará por meio dos Colegiados de Gestão Regional, com a participação das Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço (CIES), que elaborarão um Plano de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde coerente com os Planos de Saúde estadual e municipais, da referida região, no que tange à educação na saúde.
31 A especialização em “Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente” é uma das iniciativas educacionais que foram contempladas no projeto “Gestão da Clínica no SUS”, aprovado pelo Ministério da Saúde. É importante ressaltar que, os projetos educacionais foram definidos a partir das necessidades identificadas pelos gestores do SUS, na perspectiva de qualificar os profissionais na sua área de atuação, elaborar projetos de intervenção na realidade, gerando uma disseminação da gestão da clínica como estratégia de ampliar o acesso, fortalecer as regiões de saúde e redes de atenção, melhorando a qualidade do cuidado e a segurança do paciente (SCHIESARI et al., 2015). Nesse sentido, as propostas em pauta possuem uma abordagem construtivista, tendo como base a EPS, através da problematização do processo de trabalho, do pensamento crítico-reflexivo, visando à transformação das práticas para a melhoria da qualidade da atenção à saúde. No curso de QCSP a Educação Permanente é utilizada no processo de planejamento, onde os facilitadores desenvolvem atividades de reflexão de suas práticas, para realizarem os planos de melhoria (SCHIESARI et al., 2015). De acordo com Ceccim e Feuerwerker (2004), a EPS esta incorporada ao cotidiano dos serviços, articula as necessidades com as possibilidades de desenvolver a educação dos profissionais e a capacidade resolutiva dos serviços de saúde, assim como coloca o SUS como um interlocutor na formulação e implementação dos projetos políticopedagógicos de formação profissional. A PNEPS visa contribuir para transformação e qualificação da atenção à saúde, para a organização das práticas e dos serviços, como também para os processos formativos. Sua implantação implica em trabalho articulado entre o sistema de saúde e as instituições de ensino, colocando em evidência a formação e o desenvolvimento para o SUS (FRANÇA, 2016). No entanto, Peres, Silva e Barba (2016), apontaram que os programas de EPS disparados pelo Ministério da Saúde não tiveram impacto nos processos produtivos de cuidado no cotidiano dos serviços de saúde. No estudo do referido autor, diversos fatores são elencados por trabalhadores e gestores do SUS como obstáculos para o desenvolvimento da EPS, dentre eles: os investimentos na educação insuficientes para instituir um processo de mudança na formação em humanização, no acolhimento e na responsabilização dos usuário nas ações de saúde; a dificuldade de utilização de uma metodologia ativa que valorize o sujeito como protagonista de suas ações e estimule sua autonomia no processo de aprendizagem. Nesse sentido, a Maternidade Frei Damião vivencia processos semelhantes no que diz respeito a dificuldade de desenvolver projetos de EPS e de instituir o PNSP, tendo a resistência dos trabalhadores como fator fundamental que dificulta a implementação das ações. Inicialmente, o processo de intervenção na nossa realidade se dará mediante o
32 desenvolvimento deste PA, utilizando o planejamento estratégico situacional, visando implementar a utilização dos Protocolos Nacionais de Segurança do Paciente na instituição. Para que os processos de Educação Permanente aconteçam efetivamente dentro das instituições, é preciso que os trabalhadores se sintam motivados a buscarem seu aperfeiçoamento e atualização, como também tenham compromisso e vontade de aprender para desenvolver movimentos de transformações das práticas, mudando o contexto do trabalho, e com isso melhorando a assistência ao paciente.
É preciso também ter a
compreensão que qualificar um profissional não é apenas transmitir informações para novos conhecimentos, mas principalmente proporcionar novas atitudes, com uma visão crítica e reflexiva, garantindo a aplicabilidade do seu aprendizado (PASCHOAL; MANTOVANI; LACERDA, 2006).
4.3 GESTÃO DE RISCO
A gestão de risco, é um recurso inestimável para a segurança do paciente, compreendendo-se como a: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional(BRASIL, 2013, p. 2).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gestão de riscos é o processo de identificação, avaliação, análise e gestão de todos os riscos e incidentes, em todos os níveis da organização, e a reunião dos resultados a um nível corporativo, facilitando a definição de prioridades e a melhoria da tomada de decisão, a fim de se alcançar o equilíbrio ideal do risco, benefício e custo (OMS, 2009). Neste sentido, a gestão de risco, quando praticada de forma eficaz, apresenta-se como mecanismo capaz de reduzir o risco de dano desnecessário ao paciente e aumentar a segurança no cuidado. É fundamental que os profissionais sejam qualificados ainda na academia, considerando fatores importante para assistência segura, como o processo de trabalho baseado em equipe (SEVERO et al., 2010; BRASIL, 2013f). Os instrumentos para notificação dos eventos adversos são de fundamental importância no processo de qualidade. Neste contexto, estudos apontam que é de baixa qualidade os registros das informações contidas nos prontuários dos pacientes, o que dificulta a notificação qualificada (PAVÃO, 2011). Outro fator que se deve considerar é a baixa cultura de segurança como também sua própria motivação, o que implica na subnotificação (DUARTE, 2015).
33 4.3.2 Gerenciamento de Riscos O Gerenciamento de Risco, no Brasil, foi instituído pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no ano de 2001, criando, como ferramenta, a “Rede de Hospitais Sentinela”, visando obter informações confiáveis acerca dos eventos adversos em serviços de saúde, de forma a tomar decisões mais concretas de acordo com as notificações de danos ou quase danos dessas instituições, sendo o seu principal objetivo a qualidade da assistência, proporcionando a segurança do paciente (BRASIL, 2005). A Maternidade Frei Damião compõe e colabora com a Rede de Hospitais Sentinela, tendo inclusive, nomeação, através da Portaria Interna 21/2014/MFD, que designa uma farmacêutica para compor a Gerência de Risco, fator obrigatório para credenciamento junto a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. No entanto, foi possível identificar durante a construção deste Projeto Aplicativo, utilizando as ferramentas do planejamento estratégico, como por exemplo, a Árvore Explicativa de Problemas, que apenas a nomeação não seria capaz de, efetivamente, gerenciar riscos (PARAÍBA, 2014). Neste contexto, através dos descritores e suas causas chegamos ao nó - critico: Ineficiência da gestão de riscos, que norteou as seguintes ações: Explanar sobre a importância do gerenciamento de risco com os gestores e coordenadores; Informar aos trabalhadores sobre a importância do gerenciamento do risco; Realizar diagnóstico situacional das atividades de gestão de risco; Desenvolver estratégias para trabalhar a gestão de risco a partir do
diagnóstico situacional; Monitorar e avaliar as estratégias
formuladas para a gestão de risco, tendo seus desdobramentos no plano ação e atividades na ferramenta de gestão do plano. Conforme preconizado pela RDC nº 36/2013, o Plano de Segurança do Paciente – PSP, conforma-se em um plano de ação desenvolvido dentro da instituição, visando a diminuição dos eventos adversos. Este documento indica os riscos ao paciente, aos familiares ou trabalhador, desde o momento que ele é admitido no serviço até sua alta, ou seja, durante toda permanência e trânsito pela instituição, independente do serviço utilizado, descrevendo as estratégias pensadas para prevenir e minimizar os eventos adversos (BRASIL, 2013b, 2013e). A implantação do PSP deve focar em eventos adversos com a pretensão de diminuir o acontecimento e ainda disseminar e estimular a cultura de segurança, articulando e integrando os processos de trabalho em que a gestão de risco se insere (BRASIL, 2013a). Para Oliveira et al. (2009), no campo do gerenciamento, os riscos são classificados em risco assistenciais, profissionais, ambientais e institucionais. No entanto, destacamos o risco assistencial que se trata dos riscos ocorridos pelos cuidados assistenciais prestados
34 no decorrer da permanência do paciente no hospital, que se não neutralizado torna-se danoso a saúde. No que diz respeito ao risco dos profissionais, o Ministério do Trabalho e Emprego, através da Norma Regulamentadora – NR 32, define regras para garantir medidas de segurança e proteção aos profissionais dos serviços de saúde (OLIVEIRA et al., 2009). Em outro estudo, Paiva, Paiva e Berti (2010) definiu eventos institucionais como todo e qualquer fator relacionado a estrutura física operacional, desde a precariedade da estrutura física até a insuficiência de insumos. É fundamental o envolvimento e motivação, de todos implicados no cuidado ao paciente, desde os profissionais ligados à assistência até os do campo administrativo, ou seja, equipes multiprofissionais. Neste sentindo, olhando para o nosso serviço, desenvolvemos neste PA, estratégias no campo da educação permanente em saúde, visando motivar o envolvimento dos diversos profissionais e suas categorias na gestão de risco.
35 5 PERCURSO METODOLÓGICO
A atividade curricular voltada à construção de projetos aplicativos (PAs) segue uma perspectiva construtivista da educação de adultos, assim as estratégias e ações educacionais desenvolvidas no curso de IEP/HSL têm como pressuposto o respeito aos tempos de aprendizagem, às singularidades e às subjetividades dos participantes. É nessa configuração que deve ser compreendida a dimensão educacional na construção dos projetos de intervenção (CALEMAN et al., 2016). Deste modo, espera-se que o projeto contenha justificativa que se constitui na razão que determinou a escolha do seu tema, centrada na análise do ambiente e na formulação do problema. Tal justificativa inclui a explicação sobre o problema que o produto do projeto deverá promover, as necessidades a serem atendidas, as oportunidades a serem aproveitadas e os aspectos legais e/ou normativos que devem ser levados em conta. Entende-se por tanto que é algo que necessita ser resolvido, uma vez que se ele persiste, torna-se impossível modificar aquela realidade. Nesse projeto foi utilizada a Árvore de Problemas que constitui um instrumento que possibilita uma adequada análise dos problemas existentes, com a compreensão de suas interrelações causais. A melhor descrição dos problemas e a construção de um fluxograma relacionando as causas e consequências possibilitam a identificação de potenciais obstáculos e oportunidades de intervenção (CALEMAN et al., 2016). As oficinas de trabalho de PA seguiram o seguinte formato: assistíamos ao vídeo série circulando saberes, referente à equipe que simulava a construção de um exemplo de PA, fazíamos leitura dialogada do termo de referência que constava no caderno de PA, seguíamos os processos necessários ao pensamento estratégico e desenvolvimento das matrizes propostas e para a finalização concluíamos com o vídeo do especialista. Reforçamos que essa era a orientação geral, mas que – por vezes – foi alterada, visando a otimização do processo e não apenas a realização do produto. Os especialistas supracitados abordam que as ferramentas que apoiam o desenvolvimento dos projetos aplicativos são considerados conteúdos intermediários, uma vez que sua escolha para a construção do PA depende dos objetivos e do percurso metodológico nele definidos. Desse modo este PA foi constituído inicialmente pelos principais problemas enfrentados na Maternidade Frei Damião, os quais há muito nos causavam desconfortos e não visualizávamos um mecanismo para conseguir debelá-los, mas nesta oportunidade, descobrimos estratégias para juntos enfrentá-los. Considerando a conjuntura atual da realidade na qual pretendíamos intervir, fomos convidados a trabalhar com quatro movimentos para identificação dos problemas:
36 1º Movimento: Identificação Individual da situação inicial (Si). Nesse momento o nosso grupo afinidade foi levado a realizar o levantamento dos desconfortos. Cada participante elegeu três desconfortos em relação ao contexto para o qual queria direcionar o projeto aplicativo. Cada desconforto foi expresso numa tarjeta, sendo a palavra escolhida com carga negativa que caracteriza o desconforto identificado. Na realidade nos deparamos com muitas inquietações, pois outrora já havíamos realizado na maternidade essas discussões e acabamos desistindo pelo elevado número de problemas. Rememoramos neste momento, várias rodas de conversar que realizamos e sempre a mesma sensação de não ter esperança em resolver os mesmos problemas. Foi um momento ímpar do curso, tendo em vista que o nosso grupo era praticamente o mesmo que realizava estas discussões em nossa instituição. O mais difícil foi realizar a priorização e elencar o mais importante e que merecesse a nossa dedicação para que a mudança fosse visível em toda a Maternidade Frei Damião. Dentre os desconfortos elencamos: desfalque de profissionais; baixo incentivo a pesquisa, baixa qualidade de materiais, estrutura física inadequada, deficiência na construção dos protocolos, déficit de recursos humanos, falta de padronização de técnicas, falta de compromisso, equipamentos antigos e quebrados, negligência de alguns profissionais, desorganização da estrutura física, desinteresse dos profissionais, baixa resolutividade para os principais problemas, deficiência na construção dos processos coletivos, baixo nível de biossegurança, educação continuada pouco voltada para a prática (conforme Figura 1).
Figura 1 - Desconfortos discutidos pelo GAF 02
37 2º Movimento: Após a identificação dos desconfortos, realizamos por meio do esclarecimento das idéias individuais a análise de pertinência, utilizando a técnica e agrupamento de idéias afins. As idéias foram compartilhadas, sendo utilizadas a seguinte sequência: 1- Enumeração de tarjetas; 2- Esclarecimento das idéias expressas nas tarjetas 3- Análise do mérito das idéias, por meio dos diferentes perspectivas; 4- Agrupamento das idéias. Recebemos o tempo todo instigação pelo facilitador, nos levando de fato a refletir se os fatos eram mesmo esse. 3º Movimento: Declaração dos macroproblemas identificados 4º Movimento: Declaração dos desejos de mudança. 5º Movimento: Pactuação no grupo de trabalho. Através de oficina de trabalho foram realizadas a agenda e os contratos de trabalho, visando contribuir para o estabelecimento de compromisso com uma construção coletiva, sempre pensando na distribuição de tarefas (sem sobrecargas nem ociosidades), articulando tarefas. Dentre os principais macroproblemas elencamos de forma aleatória: P1- Estrutura física inadequada, P2- Falta de Compromisso Profissional; P3-Dimensionamento de Recursos Humanos Inadequado, P4- Déficit de recursos humanos; P5- Fragilidade na Cultura de Utilização de Procedimentos Operacionais Padrões (POP´s), P6- Ineficiência do Programa de Educação continuada; P7- Baixa resolutividade gerencial. Nosso próximo passo para a construção do PA, destinado à priorização de problemas, utilizamos o instrumento matriz decisória. Discutimos os problemas e os classificamos através dos critérios da magnitude, transcendência, vulnerabilidade, resultando no seguinte resultado, conforme o quadro que segue (Figura 2 e Quadro 1): Figura 2 –Priorização dos problemas pelo GAF 02
Fonte: GAF 02, baseada em Caleman et al. (2016).
38 Quadro 1 – Matriz decisória para priorização de problemas. Magnitude Problema
(tamanho do problema)
Transcendência (importância Vulnerabilidade Factibilidade do problema)
Ordem de priorização
P1
++++
++++
+
+
10
P2
++++
++++
++
+++
13
P3
+
+++
++
++
08
P4
++++
++++
++
+++
13
P5
++++
++++
+++
+++
14
P6
++++
++++
++
+++
13
P7
++++
++++
++
++++
14
Fonte: GAF 02, baseado em Caleman et al. (2016). Ante o exposto é possível perceber que o macroproblema priorizado foi:
MACROPROBLEMA Fragilidade na cultura de utilização de Procedimentos operacionais padrões
Através do termo de referência “identificando atores sociais”, desenvolvemos a matriz de mapeamento de atores sociais, segundo valor e interesse diante dos problemas priorizados .Assim sendo, o panorama ficou da seguinte maneira que se encontra ilustrado na Figura 3. Figura 3 - Atores sociais
Fonte: GAF 02, baseada em Caleman et al. (2016).
39 Nesta foto a primeira coluna em azul representa os atores sociais, a segunda coluna em verde representa o valor e a terceira coluna em cor amarela representa o interesse de cada ator envolvido. Nosso terceiro movimento foi a construção da árvore explicativa ou de problemas, nesta identificamos as manifestações que melhor descrevem e mensuram o problema e se relacionam. Tentamos discutir da melhor forma para que pudéssemos dimensioná-la de maneira a facilitar a construção e monitoramento das ações de intervenção que viriam a desenvolver determinadas ações específicas. Determinamos, portanto, as causas, descritores e consequências e após muitas tempestades de idéias, eliminamos um dos descritores, “100% dos funcionários acreditam que se houvesse incentivo participariam das capacitações” e consequentemente interligando todos descobrimos os nossos dois nós críticos.
Figura 4 – Árvore de Problemas – Eliminação de um descritor.
Fonte: GAF 02, baseada em Caleman et al. (2016).
Uma vez construída a Árvore de Problemas, é necessário então identificar e selecionar os nós críticos (NC), que se constituem nas causas chaves para a atuação, ou seja, o alvo de intervenção no plano de ação. De acordo com Matus (1993) os nós críticos devem responder às seguintes perguntas: A intervenção sobre essas causas tem impacto decisivo sobre os descritores do problema e no placar do jogo, no sentido de modificá-los positivamente?
40 A causa é um centro prático de ação, onde há possibilidade de intervenção? Desta forma, analisando-se todas as causas definidas na etapa de elaboração da Árvore, foram identificados cinco nós críticos, conforme demonstrado na árvore de problemas. Considerou-se que todos eles estavam sob a governabilidade dos atores envolvidos, estando o enfrentamento destes nós críticos dentro da capacidade de intervenção dos executores do plano. Quando fomos conferir no início a construção das intervenções, analisamos a árvore explicativa e sentimos a necessidade de fazer modificação no macroproblema, o que resultou na modificação das causas, uma vez que durante todo o processo do curso, a cada encontro tínhamos um componente a menos e, ao passo que a construção ia acontecendo,percebíamos que a maneira descrita não nos auxiliava a continuar o percurso, o que resultou em vários reajustes, os quais inclusive demonstram o empenho do grupo e a vontade de desenvolver em nossa realidade o PA. Rememoramos sempre a fala da facilitadora sobre palavras faladas pelo grupo, mas que seriam difíceis de serem colocadas em prática, sendo assim, tínhamos sempre a necessidade de ter a palavra correta para viabilizar o nosso projeto aplicativo. A Figura 4
contempla a versão inicial da árvore explicativa elaborada pelo grupo. Já o anexo G contempla a versão final, a qual gerou os desdobramentos dos demais passos orientados pelo planejamento estratégico situacional. Os nós críticos selecionados, seguindo os critérios já elencados foram: Falha nas estratégias para realizar Educação Permanente em QSCP; Resistência dos profissionais para participar da construção dos protocolos em QSCP e Falha nas estratégias para realizar Educação Permanente em QSCP. “A realização da intervenção no problema que detectamos foi realizada a partir da ferramenta intitulada” Planilha 5W3H”, que corresponde à uma lista de ações/atividades definidas previamente e que devem ser desenvolvidas a partir da identificação e priorização dos nós críticos. Desse modo repensamos o processo e começamos a inserir outras questões que não havíamos pensado anteriormente, como por exemplo, o gerenciamento de riscos,pois neste estava as estratégias para traças as medidas de educação permanente em saúde, bem como os conceitos de risco. Outra correção que realizamos foi o fato de não existir Protocolos em Qualidade e Segurança do paciente, e sim, em Segurança do paciente, desse modo colocamos em nosso PA Protocolos de Segurança do Paciente (PSP) Realizamos vários encontros extras fora do horário do curso e em dias variados para discutir como iríamos redesenhar o processo. Empenhamos-nos bastante, construímos e reconstruímos as matrizes, visando obter um produto o mais plausível de utilização possível, estando o resultado da nossa construção disposto nos Anexos A, B e C.
41 Em seguida estabelecemos a nossa matriz de análise de motivação, à princípio a construímos como se não houvesse nenhuma ação conflitiva, no entanto, tivemos que redesenhá-la, pois apreciamos melhor os conceitos vinculados à ela e a interpretação que nos orientava o caderno do PA. Verificamos que, quando não havia um consenso, já era considerada algo conflitivo, o que justificou, portanto, a realização da matriz de motivação segundo a ação do plano, conforme o quadro 2 presente no plano de intervenção. Dando continuidade ao processo para construção do nosso PA, realizamos a matriz de análise de estratégias de viabilidade, a qual avaliava a capacidade de rejeição das nossas ações, bem como os recursos disponíveis e as estratégias para torná-las possíveis. Concluímos que o somatório de todas as análises era viável e as nossas 11 ações eram possíveis de serem concretizadas (conforme o anexo I). Para que o PA fosse avaliado estrategicamente enquanto sua condução e monitoramento, necessitávamos realizar a matriz de gestão, construída através de 4 movimentos: 1º Movimento: a matriz propriamente dita (conforme o anexo D); o 2º Movimento: Monitoramento do Plano (conforme anexo E) ,o 3º Movimento: Cronograma de acompanhamento da implementação das ações e o 4º Movimento: Planilha das ações/atividades que demandam recursos econômicos. Ao concluímos todo processo, passamos a entender que tínhamos em nossas mãos uma poderosa ferramenta para um novo tempo na Maternidade Frei Damião, com a qual juntamente com a nossa força de trabalho, com seus saberes e olhares dos campos de prática, aprimoraremos o plano no intuito de obtermos o êxito significativo que esperamos.
42 6 PLANO DE INTERVENÇÃO
O plano de intervenção é um dos momentos principais do planejamento, é nele que acontece a condução propriamente dita do plano, com seu monitoramento, as correções necessárias nas operações que serão propostas, pois um plano não precisa ser somente bem formulado, mas possuir um sistema de gestão para garantir que ele seja efetivamente implementado (CALEMAN et al., 2016) Nesta etapa de construção do Plano de ação foi possível concluirmos o produto com mais clareza de como faríamos para monitorar as ações de forma completa. Utilizamos para tal as Matrizes de monitoramento do plano; Gestão do plano; Cronograma e acompanhamento e Orçamentária, tendo sido apoiadas pela Matriz de Ação do plano. Assim, na Matriz de monitoramento do plano identificamos que não temos nenhuma ação “Concluída” ou “Em andamento” bem como “Resultados” e “Novas Ações e/ou Ajustes”, pois nossas ações estão em situação “Não iniciada”, em virtude do momento inicial da construção do nosso Projeto Aplicativo, conforme demonstrada no Anexo E – Matriz Monitoramento do Plano. Seguimos então para Matriz do Cronograma de acompanhamento do plano, vide anexo F, a qual nos demonstrou com clareza os períodos em que cada nó-critico, identificado na Árvore Explicativa, suas ações e atividades demandarão na linha do tempo, compreendido de janeiro à dezembro do ano de 2017. Com base na Matriz do Plano de ação foi possível construir a Matriz Orçamentária, revelando-nos o custo estimado para execução do Plano, e desta forma sendo possível sua execução, aferida no anexo G.
43 7 DESAFIO PARA IMPLANTAÇÃO (VIABILIDADE)
Ao analisarmos a Matriz de Análise de Motivação dos Atores Sociais, conforme quadro abaixo, observamos que os atores inseridos no processo de construção/execução do Plano de Ação apresentam interesse a favor (+), e alguns indiferentes (0).
Quadro 02 Matriz de analise de motivação dos atores sociais Matriz de análise de motivação dos atores sociais Atores
Ações 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Direção Geral
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
Direção Técnica
A+
A+
A+
M+
A+
A+
A+
0
0
0
0
de
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
Educação
M+
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Coordenação dos Setores
B+
0
0
0
M+
B+
0
0
0
0
0
Enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
A+
Ações Estratégicas
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Coordenação Núcleo Segurança do Paciente Núcleo de Permanente
É importante ressaltar que, o grupo analisou inicialmente a motivação dos atores era indiferente, tornando a operação duvidosa, e após idas e vindas nesse processo reflexivo, chegamos ao consenso que deveríamos analisar novamente e, cuidadosamente chegamos à conclusão que algumas operações eram conflitivas. Sabemos que essas operações podem ser viáveis, após a elaboração de estratégias para superar as oposições. Essas estratégias foram trabalhadas pelo grupo conforme consta no anexo I. Em relação à importância que os atores conferem ao plano, a maioria demonstrou valor alto (A), e alguns valores médio(M) e baixo (B). Desta forma, foi possível classificar as ações como conflitivas.
44
Quadro 03 – Matriz de mapeamento de atores sociais Ator
Valor(poder)
Interesse
Diretor Geral
Alto
+
Diretor Técnico
Alto
+
Coordenador do Núcleo de segurança do paciente
Alto
+
Coordenador Núcleo de ações estratégicas
Baixo
-
Coordenador de Núcleo de educação permanente
Médio
+
Alto
0
Médio
+
Coordenadores de setor Enfermeira do Núcleo de segurança do paciente
Após a análise do conjunto de variáveis relacionadas ao cenário de viabilidade do presente projeto aplicativo, verificou-se ser extremamente favorável à sua aplicação.
45 REFERÊNCIAS ARON, Raymond. As Etapas do pensamento sociológico. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. (Coleção Sociedade Moderna).
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48
ANEXOS
49 ANEXO A – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE INEFICIÊNCIA DA GESTÃO DE RISCOS.
Aumentar para 90% o percentual de gestores Componentes do GAF e coordenadores 02; Gestor de risco e 30 dias sensibilizados sobre a NSP relevância da gestão de risco.
Auditório Maternidade
Informar aos trabalhadores sobre a importância do gerenciamento do risco
Para que 70% dos trabalhadores da instituição compreendam a importância do gerenciamento de risco
Auditório da Rodas de conversas e reuniões sobre o gerenciamento do Maternidade e setores Sem custos risco trazendo elementos da MFD para subsidiar diálogo da Instituição (in loco )
Realizar diagnóstico situacional das atividades de gestão de risco
Componentes do GAF Conhecer 100% da 02; Gestor de risco e realidade da MFD em coordenadores dos 90 dias relação à gestão de setores (assistenciais e risco admnistrativos)
Componentes do GAF 02; Gestor de risco, NSP e coordenadores dos 180 dias setores (assistenciais e admnistrativos)
da
Q ua l
er ? fa z Co m o
O nd e?
r? fa ze Q ua nd o
Q ue m
va if
az e
ze r? fa Po rq ue
fa z qu e O Explanar sobre a importância do gerenciamento de risco com os gestores e coordenadores
cu st a?
Ineficiência da gestão de riscos
Q ua nt o
Nó Crítico:
r?
Fragilidade na utilização dos protocolos em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente
er ?
Macro-problema:
in di ca do r?
Espaço do problema: Maternidade Frei Damião
1 Resma de papel (R$ 23,00); 1 01 Reunião semanal, que ocorra em um expediente, contendo toner(R$ 200,00), 60 pastas(R$ nº de participantes /nº em cada uma delas 10 coordenadores de setores, visando 150,00), 60 canetas(R$ 120,00 ), de coordenadores contemplar todos os envolvidos 60 coffe break(R$ 900,00) Total= totais X 100 R$ 2.750,00
nº de trabalhadores participantes/ nº de trabalhadores totais da instituição x100
Diagnóstico: nos Criar e ofertar um instrumento para realização do setores e 1 Resma de papel (R$ 23,00); 1 nº de setores diagnóstico situacional; Estabelecer prazo para devolutiva compartilhamento dos toner(R$ 200,00),Total= R$ diagnosticados/ nº dos dados e montar apresentação com análise dos dados, dados encontrados no 223,00 total de setores X 100 cuja devolutiva ocorrerá em plenária auditório
Componentes do GAF Desenvolver estratégias Melhorar em 80% a 02; Gestor de risco, para trabalhar a gestão eficiência da gestão de NSP, representantes dos 30 dias de risco a partir do risco trabalhadores e diagnóstico situacional coordenadores
Em cada setor, procurar saber dos profissionais quais Auditório da 1 Resma de papel (R$ 23,00); 1 estratégias consideram importantes e eficazes para a gestão Formulação Maternidade e setores toner(R$ 200,00),Total= R$ do risco. Posteriormente, discutir as propostas e consolidar estratégias da Instituição (in loco) 223,00 das estratégias para MFD
Componentes do GAF Para saber se está Monitorar e avaliar as 02; Gestor de risco, NSP havendo deslocamento Monitoramento estratégias formuladas e coordenadores dos positivo na eficiência mensalmente para a gestão de risco setores (assistenciais e da gestão de risco admnistrativos)
Setores da MFD
das
Preenchimento de planilha e análise crítica dos dados, além 1 Resma de papel (R$ 23,00); 1 Criar os indicadores, a de fazer devolutiva para os profissionais atraves de toner(R$ 200,00),Total= R$ partir das estratégias relatórios 223,00 desenvolvidas
50 ANEXO B – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE RESISTÊNCIA DOS PROFISSIONAIS PARA PARTICIPAR DA CONSTRUÇÃO DOS PROTOCOLOS EM QSCP.
Fazer "campanha" com vári as ações para i ncenti var às equi pes na cons trução dos protocol os SCP
Mel horar a qual i dade da i nformação entre os trabal hadores , para o conheci mento s obre os movi mentos di s parados na Ins ti tui ção em QSCP, enfocando pri nci pal mente os protocol os de s egurança do paci ente
Para que os Componentes do GAF trabal hadores s e 02; Núcl eo da Coti di anamente s i ntam i ns eri dos no qual i dade e proces s o. coordenadores
MFD
Ini ci ar a cons trução de protocol os em QSCP nos s etores i ncenti vando a parti ci pação dos profi s s i onai s
Di mi nui r para 45% o número de Componentes do GAF profi s s i onai s 02; Núcl eo da res i s tentes à 90 di as qual i dade e parti ci pação na coordenadores cons trução dos protocol os
Audi tóri o Materni dade s etores
er ? fa z Co m o
O nd e?
r? Q ua nd o
fa ze
az e va if Q ue m
fa e Po rq u
O
qu e
fa z
er ?
ze r?
Componentes do GAF 02; Ges tores da MFD, núcl eo da qual i dade, ges tão de ri s co e coordenadores dos 30 di as s etores , podendo es tes i denti fi carem parcei ros nes s e proces s o
Aumentar para 60% o número de equi pes fortal eci das e que compreendam a neces s i dade de parti ci par da cons trução dos protocol os
in di ca do r?
Resistencia dos profissionais para participar da construção dos protocolos em QSCP
Q ua l
Nó Crítico:
Q ua nt o
Fragilidade na utilização dos protocolos em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente
r?
Macro-problema:
cu st a?
Espaço do problema: Maternidade Frei Damião
Expor mens agens para que nº de equi pes no todos s ejam contagi ados em i ni ci o do Setores vi s ívei s l ocai s es tratégi cos e abri r 30banners (R$ 300,00) e 30 proces s o/nº de da Ins ti tui ção i ns cri ções para formação quadros (R$ 300,00) equi pes formadas x de "equi pes de apoi o aos 100 protocol os "
Uti l i zar o s i s tema de s om, quadro de avi s o, redes 1 Res ma de papel (R$ 23,00); s oci ai s e abordar a 1 toner(R$ 200,00),Total = R$ temáti ca nas reuni ões das 223,00 equi pes
Real i zação de reuni ões ci entífi cas chamaremos da "Café com ci ênci a" e nos e 60 coffe break(R$ 900,00) s etores i ncenti vando a parti ci pação dos trabal hadores
Aumento parti ci pação trabal hadores es paços cons trução protocol os
de dos nos de dos
nº de profi s s i onai s /nº de parti ci pantes X100
51 ANEXO C – PLANILHA PLANO DE AÇÃO – 5W3H, SEGUNDO FRENTE DE ATAQUE FALHA NAS ESTRATÉGIAS PARA REALIZAR
Nó Crítico:
Falha nas estratégias para realizar Educação Permante em QSCP
Q ua nt o
er ? fa z Co m o
O nd e?
r? fa ze Q ua nd o
Q ue m
va if
az e
ze r? fa Po rq ue
fa z qu e O
in di ca do r?
Fragilidade na utilização dos protocolos em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente
Q ua l
Macro-problema:
r?
Maternidade Frei Damião
er ?
Espaço do problema:
cu st a?
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM QSCP.
Componentes do GAF 02; Apresentar aos gestores e Aumentar para 50% o Núcleo de Educação trabalhadores a importancia da numero de funcionários 60 dias Permanente e Nucleo de EPS em QSCP que se interessem por EPS Segurança do Paciente
Setores da Reuniões e Maternidade Frei reflexão com Damião gerentes
Para diagnosticar as necessidades de Realizar pesquisa sobre aprendizagem sobre QSCP sugestões de estratégias para e inferir meios de ampliar realização de EPS em QSCCP a efetivação da EPS em QSCP
Componentes do GAF 02; Núcleo de Educação 30 dias Permanente e Nucleo de Segurança do Paciente
1 Resma de papel Setores da Adaptar instrumento que a (R$ 23,00); 1 Maternidade Frei Instituição já possui para toner(R$ Damião avaliar 200,00),Total= R$ 223,00
quantidade de setores que responderam à pesquisa/quantida de de setores x100
Visando envolver os coordenadores e trabalhadores na construção do Plano de ação e estimular os trabalhadores à incorporarem a EPS em seu cotidiano
Núcleo de Educação Permanente, Nucleo de 30 dias Segurança do Paciente e Coordenadores
1 Resma de papel (R$ 23,00); 1 toner(R$ 200,00), 60 canetas(R$ 120,00 ), 30 cartolinas (R$ 15,00) Total= R$ 388,00
quantidade de setores * 100 divido por seotres que participaram
Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas pelos profissionais na ação anteriormente descrita
rodas de gestores e
Auditório Oficinas de trabalho com Maternidade Frei gestores e trabalhadores Damião
Sem custos
nº de profissionais/nº de participantes X 100
52
Reuniões e rodas de reflexão com gestores e coordenadores Construir instrumento instrumento para para avaliar Construir
Realizar pesquisa sobre sugestões de estratégias para realização de EPS em QSCP
diagnosticar necessidade de EPS em QSCP Aplicar instrumento Consolidadar resultado
Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas pelos profissionais na ação anteriormente descrita
Oficinas de trabalho
Oficinas de trabalho Fazer "campanha" com várias ações para incentivar Confeccionar banners as equipes na construção dos protocolos em QSCP Produzir material informativo Melhorar a qualidade da informação entre os Oficinas de trabalho trabalhadores, para o conhecimento sobre os Confeccionar banners movimentos disparados na Instituição em QSCP, Produzir material informativo Iniciar a construção de protocolos em QSCP nos setores incentivando a participação dos Oficinas de trabalho profissionais Explanar sobre a importância do gerenciamento de Oficinas de trabalho risco com os gestores e coordenadores Informar aos trabalhadores sobre a importância do Oficinas de trabalho gerenciamento do risco Realizar diagnóstico situacional das atividades de gestão de risco
Construir instrumento para diagnóstico Aplicar instrumento Consolidadar resultado
Desenvolver estratégias para trabalhar a gestão de Oficinas de trabalho risco a partir do diagnóstico situacional Monitorar e avaliar as estratégias formuladas para a gestão de risco
nc ia ce de
Re cu rs os
D ur aç ão
do Co m an
ad Im e pa ct o
ab ili d
Pr e
Apresentar aos gestores e trabalhadores a importância da EPS em QSCP
Vi
id ad e At iv
Aç ão
ANEXO D – MATRIZ GESTÃO DO PLANO.
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
2ª
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
3ª
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
4º
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
5º
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
6º
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
7ª
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Longa
Técnico e organizacional
8º
Alta
Alto
Gerentes e atores internos
Curta
Técnico e organizacional
9º
Alta
Alto
Alta
Alto
Falha nas estratégias para realizar Educação Permante em QSCP Resistência dos profissionais para participar da construção dos protocolos em QSCP Ineficiência da gestão de riscos
Gerentes e atores internos Gerentes e atores internos
Curta Curta
Técnico e organizacional Técnico e organizacional
1ª
10º 11º
53
Apresentar aos gestores e trabalhadores a importancia da EPS em QSCP
NI
Realizar pesquisa sobre sugestões de estratégias para realização de EPS em QSCCP
NI
Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas pelos profissionais na ação anteriormente descrita
NI
Explanar sobre a importância do gerenciamento de risco com os gestores e coordenadores
NI
Informar aos trabalhadores sobre a importância do gerenciamento do risco
NI
Realizar diagnóstico situacional das atividades de gestão de risco
NI
Desenvolver estratégias para trabalhar a gestão de risco a partir do diagnóstico situacional
NI
Monitorar e avaliar as estratégias formuladas para a gestão de risco
NI
Fazer "campanha" com várias ações para incentivar às equipes na construção dos protocolos SCP
NI
Melhorar a qualidade da informação entre os trabalhadores, para o conhecimento sobre os movimentos disparados na Instituição em QSCP, enfocando principalmente os protocolos de segurança do paciente
NI
Iniciar a construção de protocolos em QSCP nos setores incentivando a participação dos profissionais
NI
ov a e/ s aç ou o ob es je tiv o
N
cu ld ad es Di fi
Re su lta do s
Si tu aç ão
Aç ão or em de pr m ec de ed en ci a
ANEXO E – MATRIZ MONITORAMENTO DO PLANO.
54 ANEXO F – CRONOGRAMA DE ACOMPANAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO.
Nò-crítico Nó-crítico 1 Falha nas estratégias para realizar Educação Permante em Ação 1: Apresentar aos gestores e trabalhadores a importancia da EPS em QSCP Atividade 1:Reuniões e rodas de reflexão pelos gestores e gerentes Ação 2: Realizar pesquisa sobre sugestões de estratégias para realização de EPS em QSCCP Atividade 1: Contruir instrumento para avaliar Atividade 2: Contruir instrumento para diagnosticar necessidade de EPS em QSCP Atividade 3:Aplicar instrumento Atividade 4: Consolidadar resultado Ação 3: Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas1:pelos profissionais na ação anteriormente descrita Atividade Oficinas de trabalho Nó-critico 2 Resistencia dos profissionais para participar da construção dos protocolos em QSCP Ação 1: Fazer "campanha" com várias ações para incentivar às equipes na construção dos protocolos SCP Atividade 1: Oficinas de trabalho Atividade 2: Confecionar banners Atividade 3: Prodizir material informativo Ação 2: Melhorar a qualidade da informação entre os trabalhadores, para o conhecimento sobre os movimentos disparados na Instituição em QSCP, enfocando Atividade 1: Oficinas de trabalho Atividade 2: Confecionar banners Atividade 3: Prodizir material informativo Ação 3: Iniciar a construção de protocolos em QSCP nos setores incentivando a participação dos profissionais Atividade 1: Oficinas de trabalho Nó-critico 3 Ineficiência da gestão de riscos Ação 1: Informar aos trabalhadores sobre a importância do gerenciamento do risco Atividade 1: Oficinas de trabalho
2017 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
55
In Da icia ta l Fi D na es l ep es as de De cu sp st es ei o as de in ve st im en to T
Da ta
Aç oe s
N
ós
Cr iti co s
ANEXO G – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA.
Apresentar aos gestores e trabalhadores a importancia da EPS em QSCP Falha nas estratégias para realizar Educação Realizar pesquisa sobre sugestões de estratégias para realização de EPS Permante em QSCP Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas pelos profissionais na ação anteriormente descrita Total Nó-critico Fazer "campanha" com várias ações para incentivar às equipes na construção dos protocolos SCP Resistencia dos profissionais para Melhorar a qualidade da informação entre os trabalhadores, para o participar da conhecimento sobre os movimentos disparados na Instituição em QSCP, construção dos enfocando principalmente os protocolos de segurança do paciente protocolos em QSCP Iniciar a construção de protocolos em QSCP nos setores incentivando a participação dos profissionais Total Nó-critico Explanar sobre a importância do gerenciamento de risco com os gestores e coordenadores Informar aos trabalhadores sobre a importância do gerenciamento do Ineficiência da gestão risco de riscos Desenvolver estratégias para trabalhar a gestão de risco a partir do diagnóstico situacional Monitorar e avaliar as estratégias formuladas para a gestão de risco Total Nó-critico Total Geral
Jan
Dez
-
0
-
223,00
0
223,00
388,00
0
388,00
223,00
0
223,00
223,00
0
223,00
388,00
0
388,00
834,00
0
2.750,00
0
611,00 Jan
Dez
Jan
Dez
Jan
Dez
Jan
Dez
Jan
Abr
Jan Jan
Mai Dez
2.750,00
-
0
-
223,00
0
223,00
223,00 3.196,00 4.641,00
0
223,00 4.641,00
56 ANEXO H –ÁRVORE EXPLICATIVA.
57 ANEXO I –. MATRIZ ESTRATÉGIAS DE VIABILIDADE DAS AÇÕES CONFLITIVAS
e ad id ia bl V
E au str m até en g t a ia s r a pa v i ra ab ili da d
e m
os
os R ec u nã rs o os te q m ue os t e
R ec ur so
s
ne ce
ss ár i
co l a nf no l i t i de va s A d çã o o
es
P
A çõ
Politico,
e
Estratégias de Viablidade
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuasão
Politico, Técnico, Economico,Or ganizacional
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Negociação cooperativa
Politico, Técnico, Economico,Or ganizacional
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuasão
Fazer "campanha" com várias ações para Técnico, incentivar às equipes na construção dos Economico,Or protocolos SCP
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuasão
Melhorar a qualidade da informação entre os Politico, trabalhadores, para o conhecimento sobre os Técnico, movimentos disparados na Instituição em QSCP, enfocando principalmente os Economico,Or ganizacional protocolos de segurança do paciente
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuasão
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuasão
Explanar sobre a importância do Técnico, gerenciamento de risco com os gestores e Economico,Or coordenadores
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Negociação cooperativa
Politico, Técnico, Economico,Or ganizacional
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Persuação
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Negociação cooperativa
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Negociação cooperativa
Temos: Politico, Técnico, Economico, Não temos: Organizacional
Sim
Negociação cooperativa
Apresentar aos gestores e trabalhadores a Técnico, importancia da EPS em QSCP Economico,Or
ganizacional Realizar pesquisa sobre sugestões estratégias para realização de EPS QSCCP
de em
Construir um Plano de Ação visando contemplar as sugestões conferidas pelos profissionais na ação anteriormente descrita
Politico,
ganizacional
Politico,
Iniciar a construção de protocolos em QSCP Técnico, nos setores incentivando a participação dos Economico,Or profissionais
ganizacional Politico,
ganizacional
Informar aos trabalhadores sobre importância do gerenciamento do risco
a
Politico, Realizar diagnóstico situacional das atividades Técnico, de gestão de risco Economico,Or
ganizacional Politico,
Desenvolver estratégias para trabalhar a Técnico, gestão de risco a partir do diagnóstico Economico,Or situacional
ganizacional Politico,
Monitorar e avaliar as estratégias formuladas Técnico, para a gestão de risco Economico,Or
ganizacional
Falha nas estratégias para realizar Educação Permante em QSCP Resistência dos profissionais para participar da construção dos protocolos em QSCP Ineficiência da gestão de riscos