Trabalho de Conclusão do Curso de Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente

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SONIA ELISIA BUENO GOMIDES

PERCURSO E REFLEXÃO ACERCA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: O DESLOCAMENTO EM QUALIDADE E SEGURANÇA NO CUIDADO AO PACIENTE

João Pessoa 2016


SONIA ELISIA BUENO GOMIDES

PERCURSO E REFLEXÃO ACERCA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: O DESLOCAMENTO EM QUALIDADE E SEGURANÇA NO CUIDADO AO PACIENTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa para certificação no curso de Especialização Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente.

Orientadora: Thaise Anataly Maria de Araújo.

João Pessoa 2016


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 2 PERSPECTIVAS NO CURSO DE QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE: CONQUISTAS E DESAFIOS ....................................................................................... 5 3 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 17 APENDICES ........................................................................................................... 20 APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.. .......................... 21 APÊNDICE B - REGISTRO DE EXPECTATIVAS ELABORADO NO INÍCIO DO CURSO. .................................................................................................................. 22 ANEXO .................................................................................................................... 23 ANEXO A - QUESTIONÁRIO DO PERFIL DE INGRESSO, SEGUNDO AS ÁREAS DE COMPETÊNCIA, PREENCHIDO NO INÍCIO DO CURSO. ................................ 24


3 1 INTRODUÇÃO

Muito se discute a importância da qualidade do cuidado ao paciente. Dessa forma a Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente (QSCP) tem revelado cada vez mais sua importância no cuidado efetivo ao paciente. Neste sentido, os governos têm sido impulsionados a investirem em ações mais concretas, no sentido de efetivamente implantar e implementar processos de trabalhos que tragam resultados concretos. Neste contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS), em sua evolução, vem com a proposta de enfrentar essas ações, focando a saúde com qualidade e segurança no atendimento ao usuário, através dos protocolos de segurança e mudança de práticas por parte dos atores envolvidos em sua implementação. Na busca constante de melhorar o cuidado assistencial, como também cumprindo o que determina a RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, que trata o Plano de Segurança do Paciente, a Maternidade Frei Damião (MFD), instituição que atuo profissionalmente, instituiu o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) (BRASIL, 2013b; PARAÍBA, 2015). Por conseguinte, a partir da reformulação multiprofissional da composição da Comissão de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente, fui inserida na equipe. Nesta perspectiva, o Hospital Sírio-Libanês por intermédio do Instituto SírioLibanês de Ensino e Pesquisa – IEP/HSL em parceria com o Ministério da Saúde apoiado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselhos Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e de Instituições de Ensino Superior do país, propôs o curso de especialização em QSCP, vislumbrando contribuir com a formação de gestores e profissionais do SUS (SCHIESARI et al., 2015). Selecionada para participar do curso, afirmo que em meu percurso pude exercitar a utilização de estratégias que compõem as metodologias ativas, as quais preconizam que o mundo real do especializando subsidie o aprendizado, considerando todo contexto em torno dele, como aspectos culturais, sociais e do campo do saber, integrando teoria científica e prática do cotidiano, visando ampliar o olhar no cuidado assistencial seguro e qualificado. Levando em consideração esses aspectos, a construção do conhecimento, a partir da soma dos saberes e da compreensão do coletivo, resultou no aprendizado significativo que ancorou o Projeto Aplicativo, produto factível para o avanço na qualidade e segurança do paciente na MFD.


4 Assim, este estudo pretende apresentar meu deslocamento, atravĂŠs da busca do conhecimento, por meio do ensino-aprendizado, utilizando-se de metodologias ativas no contexto da QSCP.


5 2 PERSPECTIVAS NO CURSO DE QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE: CONQUISTAS E DESAFIOS

A condução do curso foi ancorada em metodologias ativas (MA) e, a princípio achei que já havia exercitado tais metodologias, porém, estava enganada, a vivência foi bem mais rica e de fato ativa e significativa na construção do saber, no cenário de prática real. Baseada no Construtivismo, o processo de ensino aprendizagem, neste método, tem pilares nas teorias interacionistas; metodologia científica; aprendizagem significativa; reflexão a partir da prática dialógica e ações educacionais apropriadas a cada conteúdo (SCHIESARI et al., 2015). Neste sentido, no decorrer do curso pude vivenciar a relevância de cada estratégia educativa, a articulação entre a abordagem construtivista e a metodologia científica, indispensável para desenvolver um olhar crítico-reflexivo, a capacidade para expressar minhas percepções com liberdade, assim como o trabalho em equipe e a construção de relações solidárias e respeitosas. Em um de nossos primeiros encontros, os integrantes do grupo externaram a expectativa do curso sendo a minha de ampliar meus conhecimentos e contatos, na perspectivava de contribuir com o NSP na MFD. De fato, o curso superou minha expectativa. Efetivamente, passei a contribuir, com clareza, com o NSP, no sentido de compreender as propostas do Plano de Segurança do Paciente, onde intrinsecamente as discussões sobre os Protocolos de Segurança do Paciente, o que norteou a construção do Projeto Aplicativo que propõe a implementação dos protocolos na MFD - PB. Durante a abertura do curso em QSCP, que ocorreu concomitantemente aos demais cursos disponibilizados para a região, um dos aspectos que me mobilizou foi a observação de que havia a constituição de uma turma multidisciplinar, de diferentes municípios e com experiências profissionais na área da atenção básica, hospitalar, urgência e emergência e centros de especialidades, que, em sua grande maioria, se tratavam de profissionais da assistência à saúde. A importância dessa reflexão é corroborada por estudo que demonstrou o quanto a integração multidisciplinar, no contexto da integralidade à saúde, fortalece o cuidado, uma vez que cada profissional compreende a importância do trabalho do outro (PEREIRA; RIVERA; ARTMANN, 2013). Ao reunir apenas os especializandos do curso de QSCP, foram utilizadas dinâmicas para separar quatro grupos, denominados Diversidade, ficando integrante do Grupo Diversidade (GD) MultiplicaSUS. Este mesmo grupo, como parte da


6 metodologia, foi redistribuído na metade do curso, com o propósito de possibilitar troca de saberes ficando como Novo GD 03. Marin et al. (2009) demonstraram a importância das relações humanas no sentido de potencializar a comunicação e a informação entre os trabalhadores do SUS, o que interpretei como evidência da relevância da formação dos grupos e sua redistribuição, conforme desenvolvido pelo curso. Todavia, não considerei o remanejamento do grupo como uma experiência exitosa, acredito que devido à aproximação, envolvimento e vínculo que as integrantes do GD MultiplicaSUS já haviam alçado. Continuando o passeio pelos encontros e minha trajetória neles, o mês de dezembro de 2015 teve suas atividades iniciadas com um mimo da facilitadora, fato que impactou fortemente na criação de vínculo afetivo entre os especializandos e a facilitadora. O facilitador de aprendizagem é o sujeito mais importante no contexto da busca pelo conhecimento e constituição das relações entre os especializandos de maneira acolhedora, oportunizando a escuta qualificada (MESSAS, 2015; CARNEIRO; COSTA; PEQUENO, 2009). A facilitadora, durante todo percorrer do curso me permitiu participar ativamente do processo de aprendizagem, escutando e valorizando meus saberes. Coube

a

mim,

discente,

assumir

um

papel

ativo,

buscando

efetivamente

conhecimentos aos problemas e aos objetivos da aprendizagem. No interim do vivenciado, construímos o contrato didático, que norteou as regras para organização dos momentos presencias e à distância, como por exemplo o horário a ser cumprido e a entrega das atividades. O contrato didático é entendido como as normas/regras, muitas vezes implícitas, que orientam as ações no decorrer do curso, dentro e fora de sala de aula, necessitando ser compartilhadas e explicitadas pelo facilitador e especializandos, mesmo que haja necessidade de modificação posterior. Para Aquino(1998) é a ferramenta que inicializa um ano letivo, no nosso caso, o curso, e coloca os especializandos como co-responsáveis no cumprimento delas Ressalto que referido contrato me limitou ao uso do smarthfone, aparelho inseparável, para todas minhas anotações. No início tive dificuldade, mas me adaptei. No decorrer do curso compreendi que, de fato, não poderia fazer todas as anotações no celular, como de costume, devido ao enorme volume informações reflexivas e imagens significativas para aprendizagem de cada momento vivenciado, devendo constar no meu Portfólio.


7 Como uma das ferramentas utilizadas para o aprendizado em da MA, tive minha primeira experiência com essa potente ferramenta na evolução dialógica, o Portfólio Reflexivo, que foi de extrema importância para percepção do meu deslocamento. Conforme o Termo de Referência do Portfólio (IEP/HSL, 2016a), este possibilita a aprendizagem, desenvolvimento crítico-reflexivo com total autonomia e liberdade na sua construção, constando as facilidades e dificuldades na trajetória de aprendizagem, dotado de diversas ferramentas apresentadas ao longo do percurso e, ainda, é instrumento potencial para feitura desse Trabalho de Conclusão de Curso. Essa foi uma das ferramentas que mais exercitei e, de fato, ao reler o portfólio percebo facilmente como evoluí no sentido de aprender a aprender e como a trajetória foi bonita. Ao mesmo tempo em que essa ferramenta mostra-se potencialmente capaz de aferir a construção do conhecimento para o aprendizado significativo, estudos mostram que é uma ação exaustiva fazendo-se necessário maior dedicação de tempo para implementá-la (SILVA; SA-CHAVES, 2008). Por isso, que exigiu de mim grande empenho. Nessa esfera, estudos demonstram que a utilização do Portfólio, enquanto forma avaliativa, precisa ter maior adesão e efetividade na construção, para que possa se configurar enquanto ferramenta potencialmente estratégica, no contexto do acompanhamento pedagógico (FRIEDRICH et al., 2010; SILVA; SA-CHAVES 2008). Como proposta, enquanto ação educacional, realizamos nosso primeiro processamento de situação problema, partindo do disparador intitulado: “Somente eu...”. Nesta ação educacional somos levados a identificar o problema através de um disparador e formular hipóteses para o esclarecimento do mesmo. Esses, posteriormente são transformados em questões de aprendizagem, a partir das quais realizamos buscas científicas qualificadas, para fortalecer e enriquecer as respostas (SCHIESARI et al., 2015). Devido aos primeiros momentos de vivência com os integrantes do grupo me senti meio tímida, ainda assim consegui estabelecer dialogo, respaldada por um dos itens do contrato didático em que vela o sigilo da informação nos espaços de estudo e trouxe uma situação que havia ocorrido comigo, semelhante a esse do disparador, que trata de uma experiência recente em que as equipes, de um determinado serviço, pensavam e agiam tão diferentes de mim que fui marginalizada. Tempos depois outros atores foram chegando a estes espaços de atuação e sentiram a mesma diferença e, assim como no título da SP, pensei que era apenas eu. Para Guedes-Granzotti et al. (2015) a busca do conhecimento por meio de situação problema coloca na cena o conhecimento que o discente traz do sua vivência


8 pessoal, relativo a fatores biológicos, psicológicos e sociais, tornando-o cada vez mais crítico-reflexivo em suas práticas reais. Dada as discussões, chegamos às seguintes questões de aprendizagem, concluindo a síntese provisória: Q1 - Como podemos minimizar a resistência dos atores na implantação de mudanças no processo de trabalho? Q2 - Como buscar estratégias que podem ser utilizadas para envolver os atores a partir das metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem? Diante destes questionamentos, me senti mobilizada em compartilhar aspectos trazidos no estudo de Vieira, Mendoca Neto e Antunes(2015), cujos resultados apontam que as pessoas são sujeitos implicados, buscando descrever seu percurso na vida, onde o espaço de trabalho é de fundamental importância para tal. Neste sentido, ressaltam que observar a rotina do espaço de trabalho pode auxiliar na construção de propostas, que apoiem a compreensão da resistência de forma ampliada e dialogada. Segundo Schiesari et al. (2015), a nova síntese é a representação, no coletivo, da construção dos novos saberes que são proporcionados pela análise critica originada nas questões de aprendizagem. Ressalto que a situação-problema mais relevante para mim foi a que o disparador era uma narrativa, pautada em experiência real de cada integrante do grupo relacionada à segurança do paciente. Como eu não sou da assistência à saúde, a facilitadora sugeriu que eu identificasse uma situação enquanto paciente. O grupo do qual participava era muito bom e somado à proposta de trazer na cena o campo prático, fez toda diferença para um excelente resultado. Ressalto que, no decorrer da atividade pude perceber como é importante relatar todos os detalhes de uma situação. Perderam-se vários detalhes importantes na hora da discussão, o que poderia ter enriquecido ainda mais nosso produto. Chegamos a inúmeras questões de aprendizagem, elencando três: Q1 – Qual o impacto do processo de aquisição ineficaz de insumos na assistência segura ao paciente? Q2 - Como a avaliação de desempenho do Profissional de Saúde pode direcionar as ações de Educação Permanente em Saúde e contribuir na melhoria da qualidade técnica visando a segurança do paciente? Q6 – Quais as consequências da falta de ética dos Profissionais de Saúde para uma assistência segura? De acordo com o tema inserido nas questões, cada integrante do grupo considerou determinado aspecto mais interessante. Teve participante do grupo, cuja questão que trouxe as consequências da falta de ética foi a que mais instigou-a. Neste contexto, ela trouxe o olhar da ética do ponto de vista do profissional. Enquanto eu vislumbrei a ética olhando para condições de trabalho.


9 Alguns artigos do Código de Ética de enfermagem, como também das outras categorias profissionais da saúde, normatizam as ações dos profissionais, com adoção de estratégias seguras que garantam a qualidade da assistência, tais como, o aprimoramento dos conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício do desenvolvimento da profissão (COFEN, 2007). Nesse sentido, considerando que a ocorrência ética acontece quando o cuidado dos profissionais com os usuários são imprudentes/negligentes ou ainda por falta de habilidade técnica ou mesmo de conhecimento obrigatório para assistência segura, é fundamental que as condições de trabalho sejam gerenciadas olhando para devidas providências (VARGAS; LUZ, 2010). No meu caso, ainda nessa nova síntese, a questão de aprendizagem que trata dos processos de aquisição ineficazes trouxe para discussão o olhar administrativo, não assistencial, no contexto da segurança no cuidado ao paciente e pudemos perceber quão importante são os processos ao cuidado que antecedem à assistência em ato, ou seja, as especificações de um determinado medicamento, equipamento ou insumos e toda sua logística até o consumo final, como a guarda, armazenamento e suas condições para utilização. Bittar (1999) apostila que, para o alcance da qualidade no serviço de saúde, deve-se contar com fatores essenciais nos processos de trabalho como, por exemplo, a organização da estrutura física e organizacional somada à força de trabalho, administrativo, qualificada e motivada. Baseada na literatura e no campo de prática que atuo, posso concluir que a integração entre equipes, infraestrutura adequada somada a recursos tecnológicos e humanos, são fundamentais para o processo de trabalho que contribua para a qualidade e segurança do paciente. Saliento ainda que a cada exercício pautado na espiral construtivista eu me deslocava no sentindo de novos significados do que já havia um conhecimento prévio. Através de exibição de filmes exercitamos a ação educacional denominada Cine Viagem, que traz como proposta pedagógica o despertar de emoções e sentimentos no sentido de contribuir com a aprendizagem (SCHIESARI et. al, 2015). Neste contexto, dos diversos filmes exibidos no decorrer do curso, destaco o filme “Aprendendo com os erros”. No compartilhamento da viagem, a palavra que representou meus sentidos foi impactante, pois uma sequência de erros determinaram a possível morte de uma pessoa. No entanto, ao assistir esse mesmo filme em outra oportunidade, no auditório da MFD, onde foi utilizado pelo NSP, com os profissionais da assistência, eu fiquei completamente perturbada, inquieta, pois estava ali a cena do filme em um cenário real, com atores reais, em que acontecimentos deste tipo se repetem cotidianamente.


10 Deu-se, a partir desse disparador, uma intensa discussão acerca da identificação dos erros, não de forma punitiva, mas na perspectiva de aprender com eles e tentar minimizar ou excluí-los definitivamente. Nesse âmbito, os Protocolos de Segurança do Paciente, como o de medicação segura, permearam fortemente a discussão. O supracitado embasa-se no fato do baixo entendimento sobre o erro no contexto da segurança do paciente provocar sentimentos equivocados nos profissionais, tais como vergonha e medo. Isso ocorre devido à cultura, ainda, fortemente punitiva (DUARTE et al., 2015). A atividade curricular voltada à construção de projeto aplicativo (PA) segue uma perspectiva construtivista da educação de adultos, assim as estratégias e ações educacionais desenvolvidas têm como pressuposto o respeito aos tempos de aprendizagem, às singularidades e às subjetividades dos participantes. É nessa configuração que deve ser compreendida a dimensão educacional na construção dos projetos de intervenção (CALEMAN et al., 2016). A construção do PA deu-se em meio aos Team Based Learning (TBL) ou aprendizagem baseada em equipe e Oficinas de Trabalho (OT), tendo sua inicialização nos primeiros encontros do curso. O TBL tem a intencionalidade de promover a construção, em equipe, de solução para um determinado problema, favorecendo o aprendizado de forma coletiva, enriquecendo a discussão com diversos campos de saberes e experiências práticas. Especialistas apoiam e enriquecem as discussões mediante os conhecimentos vivenciados (SCHIESARI et al., 2015). Ressalto que, para mim, essa atividade materializou o aprendizado no curso, pois nela foram praticados e aprofundados temas como: Planejamento Estratégico Situacional, Protocolos de Segurança do Paciente e intrinsecamente o Plano de Segurança do Paciente, bem como a Educação Permanente em Saúde - EPS. Abaixo relato brevemente aspectos que apreendi sobre esses momentos e objetos. Segundo Artmann (2000), o planejamento situacional é uma técnica de planejar por problemas, ou seja, primeiro identifica-se o problema; com o passar das etapas, constrói-se intervenção de forma multissetorial e abrangente, onde se envolve os diversos atores, suas capacidades e saberes. Os Protocolos de Segurança do Paciente são ferramentas essenciais para estruturar/organizar o processo de trabalho, nesta perspectiva, o Ministério da Saúde instituiu a Portaria nº 529/2013, a qual tem por objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional (BRASIL, 2013a).


11 No tocante à Política Nacional de EPS, tem-se que ela é uma estratégia para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores do SUS (BRASIL, 2004). De acordo com Ceccim e Feuerwerker (2004), a Educação Permanente em Saúde está inserida no cotidiano dos serviços, articula as necessidades com as possibilidades de desenvolver a educação dos profissionais e a capacidade resolutiva dos serviços de saúde, devendo ocorrer para os serviços, com os serviços e nos serviços, assim como coloca o SUS como um interlocutor na formulação e implementação dos projetos político-pedagógicos de formação profissional. Dentre os temas citados acima, por se tratar do manejo com os sujeitos, considero a EPS o aspecto que apresenta maior desafio para implantação na MFD. Isso encontra respaldo no fato do trabalho em equipe multiprofissional, a integralidade e a grandeza que são as práticas de saúde, permearem-se de princípios nada tranquilos, ao passo que implica em uma relação de poder, tanto das profissões quanto dos profissionais em relação aos usuários, o que produz resistência e disputa (FEUERWERKER; CECILIO, 2007). Retomando fala sobre o PA, Ressalto que foram muitas idas e vindas, na medida em que as discussões aconteciam, que resultaram em conhecimento, a partir de soma de saberes e ressignificação de outros já existentes. Destaco - por exemplo a construção da Árvore Explicativa de Problemas, onde uma palavra ou frase tem o poder de alterar todo sentido nela depositado. Cito, na perspectiva do explicitado, a diferença entre Protocolos de Qualidade e Segurança do Paciente e Protocolos de Segurança do Paciente. Descobrimos no decorrer do curso que não existe Protocolos de Qualidade e sim de Protocolos de Segurança do Paciente. Em outro exemplo posso citar que, não havíamos inserido Gestão de Risco como fator relevante na construção/implantação/implementação dos protocolos, o que foi oportunamente trazido por uma integrante da equipe e nos provocou a alterar, novamente, a árvore em questão, potencializando ainda mais a construção do PA. Todavia, é relevante elencar que algo impactante ao grupo, diz respeito ao fato da saída, gradativa de alguns componentes, os quais contribuíram fortemente, com clareza e compromisso, foram atores atuantes do campo de prática na MFD e legítimos em suas contribuições. Nesta ação educacional, também pude aferir o perfil de competência, proposto pelo curso, evidenciando o meu o desenvolvimento na capacidade de contribuir nas ações em gestão na saúde, atenção à saúde e educação na saúde. Para Schiesari et al. (2015), o perfil de competência está intrinsecamente conectado à relação digna, respeitosa, com pacientes, familiares, trabalhadores,


12 estudantes, ou seja, todos que estão envolvidos no cuidado, com alto grau de perfeição técnica e valores na realização das ações em saúde. Nos movimentos das OT e dos TBL ainda fomos apresentadas aos protocolos de segurança do paciente, dentre eles: Identificação do paciente; Prática de higiene das mãos em serviços de saúde; Cirurgia segura; Prevenção de úlcera por pressão; Prevenção de quedas; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Os protocolos são parte integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, sobre o qual a ANVISA publicou a RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, tornando obrigatória a criação de Núcleos de Segurança do Paciente, com a atribuição de elaborar o Plano de Segurança do Paciente (PSP), demonstrando o compromisso e planejamento institucional dos ambientes de cuidado, através de ferramentas de gestão de risco, protocolos de segurança e demais instrumentos que favoreçam à promoção da cultura de segurança do paciente (BRASIL, 2013b) Devido às recentes implantações de dois protocolos na MFD, dentre estes acima citados, me mobilizaram de forma mais efetiva, os protocolos de Identificação Segura e Higienização das mãos. Destaco o protocolo de identificação segura, que deverá ser realizado, imediatamente após o ingresso do paciente no serviço, seja ele de qualquer rede de atenção: primária, especializada ou de alta complexidade, devendo perdurar por todo tempo que o paciente permanecer no recinto, em que está submetido aos cuidados da assistência (BRASIL, 2013b). A participação da especialista do Hospital Sírio-Libanês na devolutiva à OT, por meio de TBL, contribui fortemente com o entendimento, inclusive, propostas para iniciarmos o monitoramento trazendo a importância de construir indicadores para esse fim foram elencadas, as quais podem ser adaptadas à realidade da MFD. A MFD já havia iniciado a implantação da identificação segura, no entanto a especialista trouxe-nos um detalhe importante no processo, que não havíamos observado anteriormente ao curso, que foi a importância da usuária repetir verbalmente sua informações, como nome, nome da mãe e data de nascimento. Inclusive, como parte da identificação segura, implantamos a identificação para o acompanhante, compreendendo a corresponsabilização dele com a usuária no serviço. Nesta identificação constam nome da paciente, nome da acompanhante e a data de ingresso na maternidade. Saliento que o protocolo de higienização das mãos teve seu início, ainda tímido, na MFD e foi potencializado com o conhecimento adquirido no curso, no que tange às estratégias propostas, especialmente, pela especialista, que embora seja de uma Instituição de alto grau de excelência, trouxe exemplos muito simples e possíveis


13 de implementar. Compreendi que são necessárias ações administrativas consideradas básicas, como instalação de pia, de preparação alcoólica e papel toalha, que são ações administrativas imprescindíveis para implementar esse protocolo. Nessa esfera, estudos revelam que há baixa prática de higienização das mãos e a falta de adesão dos profissionais em suas rotinas diárias, fazendo-se necessário o empenho total dos gestores dos serviços, para que todos tenham conhecimento da importância deste protocolo na feitura do cuidado em ato, alertando para responsabilidade em colocar em risco a saúde do paciente, podendo responder eticamente por suas ações (BRASIL, 2007). Na concepção de Prado, Hartmann e Teixeira (2013), a infraestrutura dos serviços comprometem a execução efetiva desse protocolo, constatando, em seus estudos, a falta ou inexistência total dos diversos insumos/equipamentos necessários para tal prática, o que denominou de barreira institucional. A oportunidade de trabalharmos o protocolo de cirurgia segura foi bastante pertinente, porque - para realizar a atividade que tinha como produto uma síntese que trouxesse a viabilidade de implantação no serviço - realizamos uma entrevista com a Gerente de Enfermagem da MFD, que demonstrou muito interesse na implantação, inclusive trazendo experiência exitosa de outro serviço. Na plenária, que é uma ação educacional potencializadora de discussões e descobertas, com vistas a possibilitar a escuta das experiências dos participantes (SCHIESARI et al., 2015), foi trazida uma experiência exitosa em relação ao protocolo em questão, a qual versa sobre ter auditoria no bloco cirúrgico. Considerei essa contribuição bastante interessante e importante, na tentativa de garantir que a Lista de Verificação de Segurança fosse aplicada, o que deve ocorrer antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes da saída do paciente da sala de cirurgia. Tostes, Haracemiw e Mai (2016) revelaram que aspectos da micropolítica institucional podem motivar a utilização desse protocolo pelos serviços de saúde nos diversos campos de atuação como: gestão, planejamento, auditoria, processo educativo e outros, para além do entendimento dos profissionais de saúde. Nesse sentindo percebe-se quão desafiador é avançar na direção da mudança efetiva, para a segurança e qualidade da cirurgia segura. É importante ressaltar que a resistência dos funcionários se apresenta como uma dificuldade em toda implantação/implementação, fato que fragiliza as ações, se fazendo necessárias estratégias para a viabilidade de sua aplicabilidade nos serviços de saúde. De fato, no decorrer do curso, fui observando mais atentamente as propostas dos protocolos de segurança e sua prática na MFD, sobretudo quando estou


14 desempenhado atividades no Plantão Administrativo, verificando por exemplo a ausência da pulseira de identificação segura, a não lavagem das mãos em diversos momentos, o medicamento administrado de forma insegura, o que me leva a circular com maior intensidade nos espaços onde o cuidado, efetivamente, acontece. Neste contexto, não há de forma estruturada e efetiva na MFD, a notificação dos eventos adversos (EA) nos processos de trabalho. Diversas iniciativas têm-se tomado, através do NSP, para o enfrentamento e desmistificação da cultura punitiva, na tentativa de estimular o registro dos EA. Duarte et al. (2015) evidencia, em seu estudo, que se faz necessário a prática de cultura da segurança para que os trabalhadores se sintam seguros em notificar os EA sem o medo da punição. Outro fator importante de se destacar foi a forma de realizarmos a avaliação. Neste formato, que envolve a metodologia ativa, de fato, não tem como você não ser você mesmo. Afirmo isso, ao considerar que o olhar formativo não é apenas da facilitadora, como no formato tradicional do professor, mas também requer autoavaliação e avaliação por parte dos outros especializandos, com os quais se tem desenvolvido todas as atividades no decorrer do curso, sejam elas nos grupos diversidade, afinidade ou equipe diversidade, com possibilidades de ressignificação de experiências e saberes. Uma pesquisa revela que a qualificação profissional com foco na proposta de mudança de prática e com avaliação formativa baseada em sujeito/teoria/prática/, foi considerada inovadora, pois impulsiona transformações em como estudar e na aplicabilidade do que aprendeu (DE-CARLI et al., 2008). Neste sentido, destaco a realização da avaliação formativa do especializando, onde a facilitadora externou suas avaliações sobre o meu desempenho e os integrantes do grupo puderam opinar sobre o mesmo. Esse formato de avaliações é favorável a análise crítico-reflexiva, na qual é possível identificar avanços e visualizar dificuldades não apenas sobre o olhar da facilitadora, mas também dos outros integrantes dos grupos ou equipes, enriquecendo o momento avaliativo. Ressaltando que esse formato deve possuir elementos pautados no perfil de competência esperado para o especialista em QSCP. Em outro momento significativo, uma das avaliações referiu-se ao portfólio e foi coletiva, na qual - em pares - analisamos o portfólio um do outro. Embora o colega não tenha percebido, pude verificar diversas correções, inclusões e exclusões no meu produto. Outro fator interessante é a liberdade efetiva do construir/registrar o percurso. Pude observar quão diferente, livres, democráticos e baseados na identidade individual eram nossos produtos, sem nenhum juízo de valor, melhor ou pior, apenas


15 de formatos diferentes, na mesma perspectiva de alcançarmos o objetivo dessa ação educacional. Somos iguais nas diferenças e aprendemos com a desigualdade, para tanto temos que estar/ser disponíveis. Outro fator importante, que merece ser ressaltado, foi a avaliação do facilitador, que têm por objetivo avaliá-los no processo de ensino-aprendizagem (SCHIESARI et al., 2015). Isso me chamou atenção, pois - da mesma forma que os especializandos foram avaliados - ela também passou pelo processo avaliativo; embora ainda haja melindres de rejeição frente à avaliação a ser desenvolvida. Devido a vários fatores que envolve a facilitadora que me acompanhou no curso, como: postura aberta, boa conduta e fortalecimento do vínculo, fiquei muito a vontade em avaliá-la. Não poderia deixar de revelar a importância significativa no meu aprendizado em construir esse Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), o qual, de acordo com o Schiesari et al. (2015), é uma construção individual, que perpassa - de forma resumida e reflexiva - o trajeto no curso ancorado pelo portfólio. Diferentemente do formato tradicional, este tem o propósito de aferir, singularmente, o que aprendi, de qual forma me desloquei no percurso do curso, trazendo o diálogo com autores disponíveis em bases de dados científicas, utilizando, ainda, as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas para os referenciar nos diversos temas trabalhados, sempre apostando na forma crítico-reflexiva de desenvolvimento do construto. Os critérios de avaliação apresentados elencam os itens que devem constar na produção do texto do TCC. Dentre eles pode-se observar quão relevante é o dialogo com os autores, sobretudo de fontes confiáveis (IEP/HSL, 2016b). Reafirmo a importância da facilitadora no contexto da aprendizagem significativa vinculada ao TCC, pois a mesma norteou a produção do trabalho de forma crítica e construtiva, visando a descoberta de novos saberes. Assim sendo, neste produto pude me deslocar no entendimento entre “simplesmente produzir um texto” e “produzir um texto qualificado”. Ante o exposto, é possível assegurar que o Curso de Especialização em QSCP e sua metodologia, com estratégias e ferramentas instigadoras, provocou em mim diversas mudanças de prática, trazendo um olhar ampliado na compreensão sobre a interlocução da prática e teoria na construção do saber, o que se deu para além do meu conhecimento técnico e específico.


16 3 CONCLUSÃO

Em virtude da vivência no curso em QSCP, pude enxergar um mundo ao meu redor, antes invisível. Nesse sentido, embora já possuísse vivência em ambientes que prestam assistência à saúde, passei a perceber detalhes relacionados à segurança no cuidado ao paciente, sobre os quais não tinha dimensão da importância para a qualidade e integralidade do cuidado. Face às MA, é imprescindível a atuação da facilitadora de aprendizagem como agente sine qua non no processo de construção significativa. É importante ressaltar que as MA possibilitaram-me a análise crítico-reflexiva, através das diversas estratégias apresentadas, o que resultou no aprendizado significativo e ressignificou, inclusive, a forma do aprender, me motivando a continuar pesquisando, mesmo diante da conclusão do curso.


17 REFERÊNCIAS

AQUINO, J. G. A indisciplina e a escola atual. Rev. Fac. Educ., São Paulo, v. 24, n. 2, p. 181-204, 1998. ARTMANN, E. O planejamento estratégico situacional no nível local: um instrumento a favor da visão multissetorial. Cadernos da oficina social Nº 3: Série Desenvolvimento Local. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ; 2000.

BITTAR, O. J. N. V. Gestão de processos e certificação para qualidade em saúde. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 45, n. 4, p. 357-363, 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº. 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Anvisa, 2007. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009.105f.

______. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013a. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2 abr 2013. ______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa – RDC nº 36, de 25 de julho de 2013b. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, 26 jul 2013.

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APENDICES


21 APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL.

Paulista de nascimento e Paraibana de coração e alma. Carreira desenvolvida no campo de Tecnologia da Informação em saúde, com experiência no gerenciamento de projetos, implantação e manutenção de sistemas. Trajetória percorrida em Instituições públicas, privadas e filantrópicas no decorrer dos últimos trinta anos. Atualmente contribuindo na Maternidade Frei Damião, unidade hospitalar da rede de serviços do Governo do Estado da Paraíba, nas atividades de Gestão de contratos em Saúde, Telemedicina, Tecnologias da Informação e Informática em Saúde, tendo coordenado o Setor de Informática em Saúde no ano de 2014 a meados de 2015. Entre os anos de 2005 e 2013 atuei no Município de João Pessoa sendo sete anos na Coordenação do Setor de Informática da Secretaria de saúde e um ano nas Coordenações dos serviços de Órteses e Próteses e da Hotelaria hospitalar do Hospital Municipal Valentina Figueiredo. No Centro Formador de Recursos Humanos do SUS atuei, entre 2013 e 2015, no Projeto Sala de Vacina como parte integrante da equipe técnica. Desde 2015 docente, como professora visitante, no curso de Pós-graduação em Gestão Hospitalar, disciplina Gestão de Tecnologias da Informação em Saúde nos Serviços de Saúde, no Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ Funcionária efetiva da Secretaria de Estado da Saúde desde 1992, autuando com desenvolvimento de sistemas de computador


22 APÊNDICE B - REGISTRO DE EXPECTATIVAS ELABORADO NO INÍCIO DO CURSO.

Estou fazendo este curso com a expectativa de ampliar meus conhecimentos e contatos, na perspectiva de contribuir na construção do Núcleo de Qualidade e Segurança no cuidado do Paciente da maternidade Frei Damião.


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ANEXO


24 ANEXO A - QUESTIONÁRIO DO PERFIL DE INGRESSO, SEGUNDO AS ÁREAS DE COMPETÊNCIA, PREENCHIDO NO INÍCIO DO CURSO.


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