Revista Sou Catequista - 2ª Edição

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Editorial Ficamos empolgados com a aceitação e a repercussão que teve a edição de lançamento da revista Sou Catequista. Só na primeira edição, chegamos a 7.300 assinantes e mais de 190 mil visualizações de páginas.

sou catequista

Todos os incentivos que recebemos por meio de mensagens daqueles que leram a revista são importantes e serão a mola propulsora para darmos continuidade a este trabalho. Queremos pedir-lhes que continuem a divulgar a Sou Catequista para todos os que ainda não a conhecem.

A matéria de capa deste mês destaca a importância das dinâmicas para a catequese. Entrevistamos cinco especialistas na área, que esclarecem alguns pontos e partilham um pouco das experiências que possuem. Por meio desse conteúdo, queremos oferecer a oportunidade de tornar os seus encontros ainda mais “dinâmicos”. A partir desta edição, vocês terão a oportunidade de ler no espaço “Voz da Igreja” alguns textos catequéticos escritos pelo Papa Francisco. São textos ricos, que os farão refletir sobre muitos assuntos centrados na catequese. Este espaço é aberto e vocês também podem colaborar com a revista Sou Catequista, sugerindo temas, apontando o que pode ser melhorado e até mesmo escrevendo um artigo para algumas das colunas existentes. Enviem e-mail para contato@soucatequista.com.br. Ana Paula Moreira Lima

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MODERNA,INTERATIVA E GRATUITA A revista dos catequistas do Brasil! Acesse www.soucatequista.com.br

Ano 1 / Edição 2 / Novembro de 2013 Direção geral: Sérgio Fernandes Direção editorial: Ana Paula Moreira Lima Consultor Eclesiástico: Pe. José Alem Revisão: Marcus Facciollo Projeto gráfico e diagramação: Cezar Aes Assistente de arte: Deivid Lima Comercial: Adriana Franco Banco de imagens: Shutterstock

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A revista digital Sou Catequista é uma publicação da agência Minha Paróquia, disponível gratuitamente para smartphones e tablets nas plataformas IOS e Android. Os conteúdos publicados (artigos, entrevistas e releases) são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a visão da agência Minha Paróquia. É permitida a reprodução dos mesmos desde que citada a fonte. O conteúdo dos anúncios é de total responsabilidade dos anunciantes.

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comunicação

NESTA EDIÇÃO 08

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NOSSOS LEITORES

VOZ DO VOZ DO PASTOR PASTOR

porJosé José Alem por Alem

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DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

por José de Alcântara Xavier

VOZDAIGREJA CAMPANHA DA por Papa Francisco FRATERNIDADE por Dom Eduardo Pinheiro da Silva

A30importância do catequista MATÉRIA DE CAPA: por Flávio Veloso ESPECIAL DINÂ “abrir” um cana de comunicaçã Para ler a revista, 56 deslize para com os as próximas páginas ou toque catequizando nos itens do índice.

10 20 COMUNICAÇÃO por Flávio Veloso

26 PAIXÃODE ANUNCIAR

por Alberto Meneguzzi

BÍBLIA

por Frei Ildo Perondi

64 LITURGIA

por Pe. Guillhermo


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68 ROTEIROS CATEQUÉTICOS

CATEQUESE DE CRISMA por Pe. Paulo Dalla-Déa

por Angela Maria Rocha

82

ÂMICAS CATECINE por Pe. Air

78 DINÂMICAS

por Sandra Avelino

92 CURIOSIDADES

94 REFLEXÕES

100 O CATECISMO RESPONDE

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CATEQUISTAS NA REDE

por Imaculada Cintra

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CONGRESSO DE CATEQUESE

102 DICAS DE LEITURA


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CATEQUISTAS NA REDE NOSSOS LEITORES

A revista é de um conteúdo primoroso. É com certeza um elemento a mais para consultas catequéticas. E também podemos lê-la com a maior facilidade.

A revista é uma oportunidade de nos aprofundarmos no tema e de resolver as carências da realidade de ser catequista, por que não fácil ser catequista! Aurilucia Figueiredo da Silva Fortaleza – CE

Eclair Santina dos Santos

Eu gostei muito da revista pois o conteúdo é maravilhoso, me ajudou muito na preparação da aula, além da facilidade que existe por conta da tecnologia utilizada! Parabéns aos desenvolvedores da revista. Paula Teixeira Braz Cotia –SP

A revista é muito boa, embasada na realidade. Meimizael Dias Rezende Lavras – SP

EM SUA PRIMEIRA EDIÇÃO, A REVISTA SOU CATEQUISTA JÁ DEU O QUE FALAR! 7.300 assinantes / 190.000 visualizações de páginas 14.700 seguidores no Facebook 3.710 visitantes únicos por dia no site



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VOZ DO PASTOR

Por todos os meios possĂ­veis


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catequista

T

odos nós vivemos uma revolução sem precedentes na história da humanidade. Mudança de época; avaliam alguns, mais que uma época de mudanças. E a diferença é imensa, além de radicalmente revolucionária. Essa mudança afeta todas as áreas do conhecimento, da convivência, da cultura em todas as suas expressões: educação, saúde, trabalho, família, amizade, a compreensão da vida, do mundo, do mistério sagrado infinito que chamamos Deus. Para muitos, nem sempre é fácil perceber isso. Para outros, é difícil entender e conviver com essa nova condição. No âmbito da fé, muitos se confundem e mesmo se perdem. Por isso “urge recuperar o caráter de luz que é próprio da fé” (Lumen Fidei, 4 – Papa Francisco). A fé parece como uma luz ilusória que impede cultivar a ousadia do saber como se crer opor-se-ia ao conhecer. Nesse caso, a fé seria uma espécie de ilusão de luz, que impede o nosso caminho de homens livres rumo ao amanhã (Lumen Fidei, 2). Para novos tempos, novos desafios, nossas possibilidades, novos rumos, novas descobertas que podem nos afastar ou no aproximar do mistério da vida, do mistério da fé. Em meio a tantos desafios, procurando novas linguagens, novos meios, a catequese

desperta sempre mais para sua bela e magnânima missão: ajudar todos a crescerem na graça e no conhecimento de Cristo: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas” (Jo 12, 46). Olhando atentamente a Igreja nesses tempos tão ousados e desafiadores vemos também muitas tentativas e iniciativas para ajudar todos a fazerem uma nova descoberta da fé, a reencantarem-se com a fé, como propunha o Papa Bento XVI ao convocar o Ano da Fé. Entre tantas iniciativas e respostas a revista digital Sou Catequista é um meio oferecido para favorecer a ação da Igreja no campo da catequese. Esta revista quer ser para todos, catequistas em primeiro lugar, mas para todos os que desejam aprofundar a compreensão e a vivência da fé, um meio para aprofundar a compreensão da Palavra de Deus, fonte de toda catequese, para partilhar as experiências de vida a partir da vivência da Palavra, favorecer que a Palavra seja celebrada com sua novidade sempre misteriosa na Liturgia e dizer ao mundo que temos para todos, porque cremos, uma luz que pode brilhar em todos os corações. Quem acredita vê, vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso (Lumem Fidei 1).


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VOZ DO PASTOR Nesta 2º edição da revista digital Sou Catequista você poderá encontrar entre os conteúdos elementos que propiciam:

1. Consolidar a ligação entre fé e vida, tanto na catequese quanto nas celebrações litúrgicas;

3. Rever a metodologia usada na catequese, para que os encontros sejam sempre celebrativos, orantes, simbólicos;

5. Questionar os modismos que muitas vezes esvaziam o conteúdo e a educação à fé;

7. Celebrar em comunidade os momentos fortes e as datas especiais do calendário litúrgico, envolvendo a comunidade, os catequizandos e os pais;

9. Favorecer uma nova compreensão da Catequese como caminho de fé que conduz ao amor – crer para amar – e torná-la um estilo de vida, favorecendo a cultura e a civilização do amor.

2. Romper com a concepção reducionista de catequese para os sacramentos;

4. Repensar as estruturas físicas onde acontece a catequese, para que se tornem espaços propícios para celebrações;

6. Buscar um novo itinerário para a iniciação cristã, introduzindo o catequizando na vida da comunidade, recuperando a riqueza do catecumenato, que fica como horizonte para a catequese;

8. Superar definitivamente o modelo tradicional de catequese como doutrinação;


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Como leitor você poderá contribuir com sugestões, artigos, informações, partilhar experiências, indicar iniciativas e, sobretudo, enriquecer com seu testemunho e sua vivência na fé o serviço da catequese que faz em sua comunidade. A cultura digital, que agora se torna uma nova linguagem e ao mesmo tempo um novo meio de comunicação, abre possibilidades imensas que, se bem utilizadas como meio para a missão, poderão contribuir como nunca para fazer da experiência da fé, na catequese particularmente, uma experiência enriquecedora que vai superar a fronteira do espaço, da cultura, das nossas evidentes e inevitáveis limitações. Pensamos em fazer desta revista um dom de amor a serviço da catequese, esperando contribuir com isso para que seja mais um meio de levar Cristo a todos, lembrando das palavras de nosso beato Papa João Paulo II, na Jornada Mundial da Juventude em Santiago de Compostela: “O mundo de hoje é uma grande terra de missão, até nos países de antiga tradição cristã. Em toda a parte, hoje, o neopaganismo e o processo de secularização constituem um grande desafio à mensagem evangélica.

Portanto, o mundo de hoje precisa de muitos apóstolos – sobretudo de apóstolos jovens e corajosos. A vós, jovens, compete de modo particular a tarefa de testemunhar a fé hoje e o empenho de levar o Evangelho de Cristo – Caminho, Verdade e Vida. Ao terceiro milênio cristão, compete a tarefa de construir uma nova civilização que seja civilização de amor, de justiça e de paz. Para cada geração são necessários novos apóstolos. E aqui surge uma especial missão para vós. Sois vós, jovens, os primeiros apóstolos e evangelizadores do mundo juvenil,atormentado hoje por tantos desafios e ameaças. Principalmente vós podeis sê-lo, e ninguém vos pode substituir no ambiente de estudo, de trabalho e de recreação. São muitos, dos vossos conterrâneos, que não conhecem Cristo ou que não O conhecem suficientemente. Portanto, não podeis ficar calados e indiferentes! Deveis ter a coragem de falar de Cristo, de testemunhar a vossa fé mediante o vosso estilo de vida inspirado no Evangelho”. s

Mas, ao mesmo tempo, apresentam-se também nos nossos dias novas ocasiões para o anúncio do Evangelho; nota-se, por exemplo, uma crescente nostalgia do sagrado, dos valores autênticos, da oração.

José Alem

Sacerdote membro da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. Educador e comunicador. Professor de Filosofia, Espiritualidade, Comunicação, Psicologia da Religião. Especialista em Logoterapia. Filósofo clínico. Assessor de cursos e formação através de palestras, retiros, encontros, oficinas. Escritor e assessor de projetos de comunicação e educação.


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VOZ DA IGREJA

Anunciar o

Reino de

Deus O

que significa anunciar? É mais do que dizer algo, do que contar. É mais do que ensinar. Anunciar é afirmar, gritar, comunicar; é transmitir com toda a vida. É levar até o outro o seu próprio ato de fé, que, por ser totalizador, se faz gesto, palavra, visita, comunhão… E anunciamos não uma mensagem fria ou um simples corpo doutrinal. Anunciamos perante todos uma Pessoa, um acontecimento: Cristo amanos e deu a Sua vida por nós (cf. Ef 2,1-9). O catequista, como todo cristão, anuncia e testemunha uma certeza: que Cristo ressuscitou e está vivo entre nós (cf. At 10,3444). O catequista oferece o seu tempo, o seu coração, os seus dons e a sua criatividade para que esta certeza se faça vida no outro, para que o projeto de Deus se faça história no outro. É próprio também do catequista que esse anúncio que tem como centro uma pessoa, Cristo, se faça também anúncio da Sua mensagem, dos Seus ensinamentos, da Sua doutrina.

A catequese é ensinamento. Há que dizêlo sem complexos. Não se esqueçam que vós, como catequistas, completais a ação missionária da Igreja. Sem uma apresentação sistemática da Fé, o nosso seguimento do Senhor ficará incompleto, tornar-se-á difícil dar testemunho daquilo em que cremos, seremos responsáveis pelo fato de muitos não chegarem à maturidade da fé.

E, embora nalgum momento da história da Igreja se tenha separado o Querigma da catequese, hoje devem estar unidos mesmo que não identificados. A catequese deve, nestes tempos de descrença e indiferença generalizadas, ter uma forte marca querigmática. Contudo, não deve ser apenas Querigma, senão ao longo do tempo deixará de ser catequese. Deverá gritar e anunciar: Jesus é o Senhor! Mas deverá também conduzir o catecúmeno a gradual e pedagogicamente conhecer e amar a Deus, a entrar na Sua intimidade, a iniciá-lo nos sacramentos e na vida de discípulo… Não deixem de anunciar que Jesus é o Senhor… Ajudem justamente a que seja realmente o “Senhor” dos vossos catequizandos… Para isso, ajudem-nos a rezar em profundidade, a entrar nos Seus mistérios, a saborear a Sua presença… Não esvaziem a catequese de conteúdo, mas também não a deixem reduzida a simples ideias que, quando saem do âmbito humano, do seu enraizamento na pessoa, no Povo de Deus e da história da Igreja, indiciam um problema. As ideias, assim entendidas, acabam sendo palavras que não dizem nada e que podem transformar-nos em nominalistas modernos, em “elites cultas”. Neste contexto, adquire grande importância o testemunho. A catequese, como educação na fé,


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catequista

como transmissão de uma doutrina, exige sempre um suporte testemunhal. Isto é comum a todo cristão, mas no catequista adquire uma dimensão especial. Porque se assume chamado e convocado pela Igreja para dar testemunho. A testemunha é aquele que, tendo visto algo, quer contá-lo, narrá-lo, comunicá-lo… No catequista, o encontro pessoal com o Senhor dá não só credibilidade às suas palavras como também credibilidade ao seu ministério, ao que é e ao que faz. Se o catequista não contemplou o rosto do Verbo feito carne não merece ser chamado catequista. Mais: pode mesmo ser chamado de impostor, porque está a enganar os seus catequizandos. Nem tudo está em mudança, nem tudo é instável, nem tudo é fruto da cultura ou do consenso. Há algo que nos foi dado como dom, que supera as nossas capacidades, que supera tudo o que possamos imaginar ou pensar. O catequista deve viver como ministério próprio o que diz o evangelista São João: “Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele...” (1 Jo 4,16). Estamos num tempo difícil, sem dúvida, de muitas mudanças, que nos levam inclusivamente a falar de mudança de época. O catequista, perante este novo e desafiante horizonte cultural, sentir-se-á em várias ocasiões questionado, perplexo, mas nunca abatido. Do ponto de vista do atuar de Deus nas nossas vidas, podemos dizer com o apóstolo: “Sei em quem acreditei” (2 Tm 1,12). Nestes tempos de encruzilhada histórica e de grande crise, a Igreja necessita da força e perseverança do catequista, que, com a sua fé humilde mas segura, ajuda as novas gerações a dizer com o salmista: “Com o meu Deus posso escalar qualquer muralha…” (Sl 17,34). “Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo, porque Tu estás comigo…” (Sl 22,4).

Toda grande cidade tem as suas riquezas, muitas possibilidades, mas também muitos perigos. Um deles é o da exclusão. Às vezes questiono-me se, como Igreja diocesana, não somos cúmplices de uma cultura de exclusão em que já não há lugar para o idoso, para a criança incômoda, não há tempo para nos determos à beira do caminho. A tentação é grande sobretudo porque se apoia nos novos dogmas modernos como a eficiência e o pragmatismo. Por isso, é necessária muita audácia para ir contra a corrente, para não renunciar à utopia possível de que seja precisamente a inclusão que marque o estilo e o ritmo do nosso passo. Pensem a pastoral e a catequese a partir da periferia, daqueles que estão mais distantes, dos que habitualmente não acorrem à paróquia.

A catequese deve, nestes tempos de descrença e indiferença generalizadas, ter uma forte marca querigmática Eles também são convidados para a Ceiado Senhor. Saiam da sacristia, da secretaria paroquial, dos salões VIP! Saiam! Exerçam a pastoral do átrio, das portas, das casas, da rua. Não esperem, saiam! E sobretudo exerçam uma catequese que não exclua, que conheça ritmos diferentes, aberta aos novos desafios deste mundo complexo. Não se transformem em funcionários rígidos, fundamentalistas da planificação que exclui. Peçam a graça de ser instrumentos de comunhão para que, fazendo da Igreja uma casa de todos, possam convocar a ternura de Deus nas situações penosas da vida, mesmo em tempos de conflito que sei que se vislumbram num futuro não muito distante. Que Maria vos conceda o que pedem com os catequistas de todo o país: “Fazer do vosso ministério um lugar de escuta, anúncio e alegria”. s

Papa Francisco

Trecho extraído da Homilia aos Catequistas, Encontro Arquidiocesano de Catequistas, março de 2005.


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DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

CATEQUESE

DE ONTEM, HOJE E SEMPRE!


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o que diz respeito à palavra “catequese”, um pouco de minha história como catequista viria em boa hora, pois tive grandes experiências tanto como catequista de perseverança, quanto hoje como catequista de Crisma. Um grande desafio foi ser catequista de perseverança, quando tinha que redobrar minha atenção pra responder a perguntas difíceis; fui catequista de perseverança em 1995 até 1997. No decorrer dos anos, atuei em outras pastorais, como na liturgia, Batismo, ministério de música e pregação. Em novembro de 2012 fui chamado a atuar como catequista de jovens para receber o sacramento da Crisma. O chamado à missão é feito desde o nosso batizado e se concretiza no sacramento da Crisma.


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DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA Quando se fala de catequese, dividiria minha opinião nessas duas diferenças, pois a terceira é eterna. Digo a de ontem porque sou do ontem, vivo o ontem, hoje. Avalio o meu catequizar com o que fui catequizado, papai e mamãe me ensinando desde o berço, com palavras simples, quem é Deus e o que é ser de Deus. É um grande aprendizado, pois não havia canais de televisão dispostos a ensinar e as rádios tinham poucas frequências, ou nenhuma. Não se dava a entender que havia ali uma catequese. Enfim, catequese era coisa de crianças, aprendida por catequistas da igreja com esse fim. De uma coisa eu tenho certeza, tudo era feito com muito amor, de forma simples, mas bem aprofundada.

Onde se planta amor colhe-se muito amor, temperança, fidelidade.

Do mesmo jeito, utilizando os meios modernizados de hoje, faço o melhor possível para que os alunos absorvam o melhor para o crescimento pessoal, social e espiritual de forma que compreendam e sejam compreendidos, que evangelizem e sejam evangelizados. Onde se planta amor colhe-se muito amor, temperança, fidelidade. Somos chamados e enviados para formar um povo, seja neste século ou no século vindouro. Talvez mudem as formas com as modernidades atuais, mas o mesmo amor que atuava no início da igreja é o mesmo que atua e opera hoje. Catequese é sempre presente na história do povo de Deus. Somos chamados a ser e a fazer história, a ser espelho, a ser luz. Deixe seu reflexo naqueles que vão se lembrar de você para sempre. s

Jose de Alcântara Xavier Catequista de Crisma

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COMUNICAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO CATEQUISTA por Flávio Veloso “ABRIR” UM CANAL DE COMUNICAÇÃO COM OS CATEQUIZANDOS


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catequese é, em primeiro lugar, uma ação eclesial: a Igreja transmite a fé que ela mesma vive e o catequista é um porta-voz da comunidade por meio do ministério da Palavra e do profetismo. O catequista é um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de Deus, na força do Espírito Santo. Fiel à pedagogia divina, a catequese ilumina e revela o sentido da vida. Ela comunica uma experiência de vida, um compromisso de fé, um caminho de seguimento. A catequese, mais do que transmitir verdades, comunica uma mensagem de vida, de fé, de compromisso com Deus, consigo mesmo, com o irmão e com a comunidade. A catequese acontece por meio da intercomunicação pessoal e da comunicação grupal como exercício de vida comunitária e partilhada. A comunicação acontece como comunicação horizontal, que vai do catequista ao catequizando e deste retorna ao catequista, e como comunicação vertical, que vai de Deus ao catequizando e deste retorna a Deus, em forma de adesão íntima e pessoal. O catequista precisa se comunicar, ter uma linguagem que seja compreendida e, depois de apreciada, abrir um canal de comunicação com os catequizandos, estabelecendo a comunicação entre eles e Deus, ou seja, dando uma resposta, um retorno àquela iluminação divina que tiver sido captada a partir da reflexão sobre a Palavra. O catequista precisa ter condições para escutar a turma, compreendendo sua realidade, suas ideias, suas opiniões, seu mundo. Comunicação sem retorno é sempre incompleta. É como quando se envia uma carta que fica sem resposta. É pela resposta dos catequizandos que se perceberá com que profundidade acolheram

e assimilaram o assunto, transformando-o em expressões próprias de seu conhecimento. O catequizando não precisa sair da catequese repetindo tudo o que o catequista transmitiu. O que se espera é que o catequizando seja confrontado com a mensagem proposta e possa se posicionar diante dela, elaborando seu conhecimento. Nesse sentido, que o catequista não se desespere se a turma questionar e protestar, parecendo não concordar com certos temas. Talvez haja maior assimilação ao protestar que ao se calar. Ao emitir sua opinião, o catequista deve deixar claro que se trata de sua opinião. Ao comentar a doutrina da Igreja, precisa deixar claro que é o pensamento da Igreja e a vontade de Deus, no entanto, será sempre um mistério, cada pessoa a ouvirá diretamente de acordo com seu coração, com sua consciência. O catequizando aprenderá a concluir o que Deus lhe mostra, a partir de tudo, quando se reflete num encontro. Mas a comunicação de Deus ao catequizando acontecerá sempre no seu íntimo. “A pedagogia catequética tem uma originalidade específica, pois seu objetivo é ajudar as pessoas no caminho rumo à maturidade na fé, no amor e na esperança” (DNC 146). O encontro de catequese não é uma aula e não há aluno e professor, mas catequizando e catequista. É um encontro de fé, espaço privilegiado de educação e amadurecimento da Fé, é uma feliz oportunidade para aprender, ensinar, sentir, criar, descobrir e experenciar. A catequese é exigente! Não se pode ficar com aquela ideia de que basta ter boa vontade para fazê-la. Todos devem estar preparados para a catequese: o catequizando, o qual deve estar motivado para participar, e o catequista, que deve ter preparo e testemunho

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COMUNICAÇÃO de fé. A comunidade também tem um papel importante na catequese como escola de comunhão e acolhida, ambiente propício para a iniciação e o testemunho da fé. Existem caminhos que precisam ser trilhados. Cabe a cada catequista, de acordo com sua realidade, descobrir qual o melhor método/caminho a ser seguido para que a catequese alcance seu objetivo de construir comunidades catequizadoras comprometidas com a verdade e a justiça, numa educação contínua de fé, à luz da Palavra de Deus, para ser sinal do Reino entre nós.

Eis algumas dicas para melhorar a qualidade do encontro catequético:

1 Conheça o seu grupo de catequizandos, chamando-os pelo nome. Interesse-se por conhecer cada família e a realidade de cada um.

Evite as improvisações. Prepare cada encontro com antecedência. Tenha seu caderno de preparação e avaliação sempre em dia e em ordem.

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2 Busque apoio em alguém para resolver as dificuldades surgidas; seu coordenador deve estar a par de tudo.

5 Evite a rotina. Aproveite para isso as celebrações e revisões. Quando sentir que o grupo está desinteressando, prepare um encontro-surpresa: passeios, confraternizações, jogos.

3 Procure variar a disposição dos lugares na hora do encontro, a disposição em semicírculo é sempre muito boa, todos se olham de frente.

Procure conhecer o conjunto da programação e do material que pode ser utilizado na catequese. Isso lhe dará segurança.

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Use com critério e criatividade o material à sua disposição. Saiba inculturar de acordo com a realidade de cada um.

8 Procure valorizar e acompanhar os catequizandos, dando-lhes algumas responsabilidades e oportunidades para participar ativamente do encontro catequético.

11 Participe intensamente de sua comunidade. Carregue no coração a alegria de pertencer a uma comunidade cristã, mesmo com suas dificuldades. Lembrese de que você é um legítimo representante e servidor da Igreja no ministério do anúncio da Palavra.

9 Esteja sempre em contato com a coordenação. Ela lhe ajudará a resolver suas dúvidas e você sentirá que não está sozinho nessa obra. Não desanime! O trabalho que vale a pena sempre exige compromisso e sacrifício.

Seja uma pessoa de oração. Reze. A Palavra de Deus deve ser para você um livro de meditação diária, não uma oração alienada da realidade, mas uma oração comprometida com a vida e a realidade.

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10 Não se interesse pelo catequizando somente no momento do encontro. Ele precisa ter a certeza de que você está pensando nele, querendo o seu bem. Procure saber do que ele gosta, quais são seus problemas.

13 Seja frequente nos encontros de formação de catequese, correspondendo ao chamado de Deus com responsabilidade. Seja presente e atuante na vida da sua comunidade. Seu testemunho de vida é a forma mais eloquente para viver o ministério.


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m o b o a r a p o r u o e d s a r g Re : o r t n o c n e m u e d o êxit A C E G I

K

Divida bem o tempo do encontro, de modo que a metade seja ocupada pelos catequizandos, incentivando sua participação e entrosamento nos temas abordados.

Inicie sempre os encontros com uma oração. Pode-se invocar o Espírito Santo, fazer uma oração espontânea. Faça uma pequena recordação da vida, para colocar na oração intenções, nomes de pessoas ou fatos ocorridos na semana e que merecem nossa atenção. Valorize as colaborações dos catequizandos, mesmo que suas ideias não estejam muito claras. Saiba dar o devido valor à partilha e ao trabalho do grupo. Valorize a diversidade e os dons de cada um. Você não é poeta? Algum catequizando talvez o seja. Você não canta? Algum talvez cante.

Ao escolher uma criatividade ou dinâmica para os encontros procure variar, levando em conta os cincos sentidos: ouvir (audição); ver (visão); degustar (paladar); cheirar (olfato); trabalhar as mãos (tato). É bom variar para não cansar explorando somente um sentido.

B D

Evite atrasos. Saiba chegar com antecedência para os encontros, assim você terá oportunidade para preparar o ambiente e acolher cada catequizando que chega.

Procure primeiro ouvir. Retenha seu saber para despertar nos outros o prazer pela busca, pela partilha e pela construção de novas ideias.

F

Tente inspirar confiança, respeito e alegria com sua presença. Não tente inibir o catequizando com o seu olhar e outras posturas.

H

O catequista também ensina, em nome da Igreja, por isso, apresenta a verdade de fé, não segundo suas intuições, mas de acordo com o que a Igreja prega e ensina.

J

Saiba criar dinâmicas de acordo com as idades dos catequizandos: desenhos, gestos, cantos, gincanas, jograis, encenações, trabalhos em grupo, gravuras, recortes de jornal, slides, fantoches, histórias em quadrinhos, audiovisuais, filmes, poemas, cartazes, pintura, etc.

Saiba colocar um toque de humor em cada encontro. O encontro de catequese não pode ser uma reunião séria, como se fosse uma reunião de executivos. Tem que haver descontração, deve haver equilíbrio, oferecendo possibilidades de desenvolver o lúdico.


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L N

P R

Se os catequizandos falam alto demais, fale mais baixo. Você adquire o silêncio sem ter que perder a paciência ou ter que berrar achando que vai apaziguar a situação. Cada um é um. Por isso, evite fazer comparações entre os catequizandos. Saiba ser presença junto a cada catequizando, ao longo do encontro. Manter uma comunicação com cada um é a melhor forma de obter disciplina. Você poderá se comunicar efusivamente com um olhar, um gesto, um sorriso e uma palavra sem soar como se estivesse vigiando ou desconfiando da capacidade do catequizando Termine o encontro com uma oração e sempre que puder ajude o grupo a assumir um propósito a ser realizado naquela semana e que esteja em sintonia com o tema que foi refletido.

O Diretório Nacional de Catequese coloca como desafio “formar catequistas como comunicadores de experiências de fé, comprometidos com o Senhor e Sua Igreja, com uma linguagem inculturada que seja fiel à mensagem do Evangelho e compreensível, mobilizadora e relevante para as pessoas do mundo de hoje, na realidade pós-moderna, urbana e plural”

M O

Q S

Não humilhe, não despreze e nem deixe ninguém de lado. Saiba controlar aqueles que facilmente participam para não intimidar mais ainda os que ficam muito quietos e sem iniciativa. Quando der alguma atividade em grupo, procure perceber se está havendo a participação de todos ou se tem algum que não se envolve. Procure ter essa sensibilidade para não deixar tal situação atrapalhar a participação e o aprendizado de todos, Apresente os objetivos do encontro de forma atraente e desejável. Nunca fale claramente, deixe sempre um enigma a desvendar no final

Além dos encontros aproveite para celebrar a vida e a fé, as alegrias e as dores, os desafios e os anseios da caminhada.

(DNC 14b). Enfim, falar de linguagem é falar de inculturação e esta prática torna-se cada vez mais irrenunciável para a ação catequética: “A catequese tem a missão permanente de inculturar-se, buscando uma linguagem capaz de comunicar a Palavra de Deus e a profissão de fé (Credo) da Igreja, conforme a realidade de cada pessoa” (DNC 149). s

Flávio Veloso É formado em Filosofia (Cearp – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto), estuda Pedagogia (Uniseb-COC) e é encarregado da Livraria Paulus de Ribeirão Preto, SP.


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CATEQUISTAS NA REDE PAIXテグ DE ANUNCIAR


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oordenadores de catequese não são donos do “campinho”, mas parte integrante de um processo comunitário. Muitos parecem não saber disso e agem como se fossem chefes de uma empresa e não líderes: não discutem, não aceitam sugestões de melhorias, são intolerantes com os mais novos, não exercitam a democracia e se perpetuam na função sem abrir espaço para outras lideranças. Coordenadores que exercitam sua missão dessa forma impedem o crescimento e o surgimento de outras lideranças. Pior do que isso, acabam afastando as que estão trabalhando. Em vez de estimuladores, são desmotivadores, pois estão sempre contra as ideias novas e nem se quer estimulam a construção conjunta dos desafios para a catequese. Observem o que diz o Diretório Nacional de Catequese sobre a importância da coordenação: “A coordenação é uma ‘cooperação’, uma ação em conjunto, de corresponsabilidade conforme os diversos ministérios. Jesus é a fonte inspiradora da arte de coordenar. Ele não assumiu a missão sozinho. Fez-Se cercar de um grupo e com este grupo foi criando a Sua comunidade. Em Jesus, o ministério da coordenação e animação caracteriza-se pelo amor às pessoas, e pelos vínculos de caridade e amizade. Ele conquista confiança e delega responsabilidades. Coordenar é missão de pastor, que conduz, orienta, encoraja catequistas e catequizandos

A coordenação é uma ‘cooperação’, uma ação em conjunto, de corresponsabilidade conforme os diversos ministérios. para a comunhão e participação, para a solidariedade e para a transformação da realidade social. Requer um trabalho de equipe, pois é um serviço representativo da comunidade, dos catequistas e das famílias. Reveste-se de um mística do exercício da função de Cristo Pastor. É gerar vida e criar relações fraternas, abrindo espaço para o diálogo, a partilha da vida, a ajuda aos que necessitam de presença, de incentivo e compreensão. Não é uma função, mas uma missão que brota da vocação batismal, de servir e animar; Através da coordenação, o projeto de catequese avança, cria relações fraternas, promove a pessoa humana, a justiça e a solidariedade. A catequese não pode ser considerada uma empresa que visa à produtividade, ao lucro, a eficiência e à execução fria das leis de mercado. Entretanto poderá incorporar as conquistas das ciências modernas, como maior eficiência no método, no uso do tempo, na qualidade de vida e no aproveitamento dos recursos. A palavrachave desse ministério é ‘articulação’”.


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Repetindo alguns tópicos: A coordenação é uma “cooperação”, de corresponsabilidade; A ação inspiradora é Jesus; Requer um trabalho em equipe; Cria relações fraternas; Abre espaço para o diálogo; Não é função, mas uma missão; Promove a pessoa humana, a justiça e a solidariedade;

Não somos donos da catequese; O coordenador é parte de um todo e deve procurar exercitar a humildade como qualquer outra pessoa; Também necessita de uma formação adequada, não apenas teológica, mas de conduta e relacionamento com as pessoas; Um coordenador de catequese precisa saber respeitar a opinião dos outros;

Cerca-se do grupo;

Um coordenador de catequese não precisa ser um “banana” que aceita tudo, mas apenas basear-se na ação inspiradora de Jesus Cristo;

Conquista confiança e delega responsabilidades;

A ação de Jesus não admite soberba e muito menos individualismo;

Não é uma tarefa fácil ser coordenador de catequese;

Coordenador de catequese que não consegue viver e partilhar experiências com o grupo não pode coordenar. s

Não podemos pecar pelo excesso de moralismo, centralismo de poder e pela antipatia no relacionamento com as pessoas e com a comunidade;

Alberto Meneguzzi É jornalista, relações públicas e catequista. Autor dos livros Paixão de anunciar e Missão de anunciar, publicados pela Paulinas Editora.



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MATÉRIA DE CAPA ESPECIAL DINÂMICAS


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AB AL HA DOS .

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DINAMIZE OS SEUS ENCONTROS DE CATEQUESE SS OA S,

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inâmikos é uma palavra grega que quer dizer força, energia, ação. Quando, em 1994, K. Lewin utilizou essa expressão, seu objetivo era treinar pessoas para comportamentos novos por meio de discussão e decisão em grupos, em substituição ao método tradicional de transmissão sistemática de conhecimento.


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MATÉRIA DE CAPA ESPECIAL DINÂMICAS AS DINÂMICAS SÃO TÉCNICAS QUE AJUDAM OS GRUPOS DE FORMA CLARA, SIMPLES E RÁPIDA. OBJETIVO NÃO É O ATIVISMO, MAS A AÇÃO TRANSFORMADORA NO MEIO AMBIENTE E NA SOCIEDADE.

ESTRUTURAS DAS DINÂMICAS DE GRUPO OBJETIVO

quando escolhermos uma dinâmica, devemos ter bem claro o que se pretende com a aplicação dela.

DESENVOLVIMENTO

Escolher a dinâmica conforme o tema, o número de participantes com suas faixas etárias e o tempo disponível para a sua realização. O bom resultado depende da experiência e da criatividade do coordenador.

USA-SE A DINÂMICA DE GRUPO PARA

AVALIAÇÃO FINAL

Rever a sua aplicação, qual foi o seu objetivo e qual foi o compromisso que ela sugeriu.

• Treinar as pessoas na participação, na experiência grupal, facilitando a comunicação e o desempenho das diferentes tarefas e lideranças; • Expor e aprofundar as reflexões de temas; • Elaborar o planejamento e a revisão; • Perceber e analisar a realidade, fazendo crescer um diálogo comprometedor.


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A DINÂMICA DE GRUPO DEVE DAR A OPORTUNIDADE PARA • Criar fraternidade e • Aprofundar as relações humanas.

Não devemos usar as dinâmicas só para preencher o tempo ou como recreação. O objetivo é mais profundo: compromisso do grupo. A metodologia é a de “aprender fazendo”, com criatividade. É diferente de “jogos”, que servem para divertir e unir as pessoas.

DIFICULDADES E LIMITAÇÕES

A IMPORTÂNCIA DAS DINÂMICAS NA CATEQUESE “Normalmente os catequistas que se interessam pelas dinâmicas compreendem o valor do trabalho em grupo e da vida comunitária. Sabem que no grupo se aprende a refletir e analisar a realidade. É no grupo, também, que se adquirem novas energias, frutos da redução de tensões e angústias das pessoas. Os catequistas compreendem que a fé cristã deve ser vivida em comunidade, porque a fé não é uma simples religiosidade, mas um compromisso com os irmãos. O ser humano não encontra sentido quando está isolado. Os catequistas realizam-se plenamente quando sentem que fazem parte integrante da comunidade e que dependem da convivência do grupo.” Fonte: Folheto Ecoando nº 29 — Editora Paulus

Não devemos considerar as dinâmicas como técnicas milagrosas. Elas nunca substituirão o esforço pessoal e do grupo para melhor viver o espírito fraterno. Lembrar sempre que elas são um meio e não um fim. Seu enfoque e aplicação dependem em grande parte de quem as utiliza.


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A REVISTA SOU CATEQUISTA ENTREVISTOU CINCO ESPECIALISTAS QUE VÃO APRESENTAR ALGUMAS DICAS PARA QUE VOCÊ NÃO ERRE NA NA HORA DE APLICÁ-LAS EM ALGUMA DINÂMICA EM SEU GRUPO.

ALEXANDRA GUERRA SOBRE MIM Sou aprendiz da maravilhosa Graça. Acredito na arte, na bondade, nas virtudes. Graduei-me em pedagogia e teologia, no que amo e acredito! Estou fazendo pós-graduação em gestão de educação a distância pela Universidade Federal Fluminense. Sou escritora e palestrante e me dedico à compreensão da infância e à educação nos seus vários ramos. Escrevi alguns livros, dentre eles Infância: o melhor tempo para semear, publicado pela Editora Betânia, e 100 dinâmicas para aprender brincando, pela Editora Socep.

DINÂMICAS PARA DESPERTAR OS SENTIDOS O que mais me motiva a usar dinâmicas é muito bem expressado em certa frase que ouvi: “As pessoas podem se esquecer do que você disse; as pessoas podem se esquecer do que você fez; mas as pessoas nunca se esquecerão do que você as fez sentir”. O uso de dinâmicas tem a capacidade de despertar nossos sentidos e de mexer com nossas emoções de uma forma marcante. Uma dinâmica bem aplicada pode tocar uma música dentro de nós. E essa música pode ser daquelas que não sai mais da nossa cabeça! O uso de dinâmicas tem a capacidade de despertar nossos sentidos e de mexer com nossas emoções de uma forma marcante.

alexaguerra.blogspot.com.br eadpais.alexa@gmail.com facebook.com/pages/Sementes-para-Pais-eEducadores/140954662740625


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ANTES DE REALIZAR UMA DINÂMICA PLANEJE E ORGANIZE BEM! É NECESSÁRIO: • Conhecê-la bem; • Definir seu objetivo; • Adequá-la ao ambiente e à faixa etária dos alunos, verificando as condições de segurança e conforto; • Visualizar os jogadores e suas reações, colocando-se no lugar deles; • Prever resultados diversos; • Organizar o material necessário e o local; • As regras devem estar bem claras para todos os participantes, podendo ser preestabelecidas pelo grupo.

O QUE NÃO DEVE SER FEITO? Não corra o risco de fazer uma dinâmica sem prepará-la bem. Domine o conteúdo que será trabalhado com a dinâmica para que ela não caia no vazio ou seja superficial. Não dá para fazer isso sem investimento de tempo, domine o conteúdo e planeje, vale a pena! Ah! Outra coisa importante, seja sensível e amoroso quando perceber que as pessoas estão expondo seus sentimentos. Não deixe que haja desrespeito ou intolerância.

JÁ CRIOU ALGUMA DINÂMICA? Sim, já criei algumas e adaptei muitas, que estão no meu livro 100 dinâmicas para aprender brincando. Na verdade já nem sei mais a autoria delas, porque as dinâmicas e suas variações já se misturam em minha mente como uma grande rede a ser lançada. Mas, mesmo assim selecionei esta abaixo para compartilhar com vocês:


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LEQUE OBJETIVO

Avaliar, sondar ou obter opiniões sobre pessoas, projetos, assuntos etc. Desenvolver e fortalecer a autoestima.

MATERIAIS

Uma folha de papel ofício para cada participante.

Desenvolvimento: • Prepare folhas de papel ofício, dobradas em forma de leque, cada participante pode dobrar a sua. Escreva na parte superior “pontos positivos de” (nome da pessoa, da situação ou da instituição) e em outro leque “pontos a melhorar” (nome da pessoa ou o que se pretende avaliar).

• Deixe o leque circulando, aberto, entre os participantes. Eles devem escrever em uma

das dobras do leque e dobrá-lo de maneira que o próximo a escrever não veja o que foi escrito anteriormente. O nome da pessoa em questão vai ficar sempre visível. Assim, ao abrir o leque, é possível ter um panorama das opiniões dos participantes sem que um seja influenciado pelo outro.

E uma mensagem final aos catequistas: Desejo que suas reuniões e aulas sejam dinâmicas e envolventes. Que os encontros sejam libertadores, promovam qualidade de vida e desenvolvam valores importantes para a boa convivência com momentos de alegria, confronto e profunda aprendizagem.

“Quem é sábio, ensina grandes verdades de maneira simples e agradável.”

A melhor metodologia foi e sempre será aquela que o mestre Jesus usou: Jesus ensinava envolvendo, os discípulos aprendiam fazendo. O fio condutor do ensino de Jesus foi o relacionamento construído entre mestre e discípulo, em que a vida do mestre é o principal fator de ensino.

(Provérbios de Salomão, capítulo 15, versículo 2a — Bíblia Viva).


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CANÍSIO MAYER Sou Canísio Mayer, natural da região das missões do Rio Grande do Sul. Hoje moro em São Paulo, capital. Sou educador, escritor, poeta, conferencista, coordenador de cursos de dinâmicas, professor dos ensinos superior (pedagogia), fundamental, médio e para a terceira idade (PUC/SP e Unisantana), coordenador de diversos tipos de cursos para públicos variados. Assessoro congressos de educadores pelo Brasil. Falo espanhol, francês, alemão e português, formado em filosofia e teologia (Belo Horizonte) com mestrado em Paris, França. Coordeno cursos de formação para catequistas e lideranças comunitárias. Gosto, sobretudo, de coordenar retiros para catequistas e pessoas comprometidas com a Boa Notícia. Sou autor de 24 livros já publicados, entre outros em vias de publicação. Desses já publicados, 18 são de dinâmicas de grupo, outros são de poesias, de roteiros para retiros e um livro de 100 orações.


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O NOVO PROMOVIDO PELAS DINÂMICAS Já em 1981 o Papa João Paulo II dizia que é necessário “evangelizar com novo ardor, novas expressões e novos métodos”. As dinâmicas de grupo tal qual eu as desenvolvo vão ao encontro desse sonho que continua eternamente atual. Além de serem um ótimo meio de evangelização, tornam essa missão mais agradável, envolvente, participativa e de frutos mais relevantes tanto em termos pessoais como também de grupos e comunidades. As dinâmicas são uma urgência para um trabalho de valor, pois tocam os sentidos, a alma, o coração, a essência da mística de ser cristão em nossos dias.

LEITURA INDICADA Quero sugerir alguns dos meus livros que têm conotação direta para quem trabalha com grupos e com a dimensão da fé.

Viver e conviver – Dinâmicas e textos para diferentes momentos Volumes 1, 2 e 3 (Paulus Editora) No sotaque do andar – Roteiros de encontros de formação (Vozes) No sotaque do amar – Roteiros de encontros de formação (Vozes)


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DINÂMICAS E O ENVOLVIMENTO

ALGUMAS SUGESTÕES: • Sempre tenha claro o que deseja alcançar

Tenho 18 livros de dinâmicas, todos da minha autoria. As dinâmicas devem nascer da vida e da realidade onde se deseja aplicá-las. Jesus Cristo fazia isso de forma especial. Ele conseguia relacionar a sua pregação com o dia a dia das pessoas: falava das aves (que têm seus ninhos), falava de quem pegava no arado não olhar para trás, falava do grão de mostarda, do trigo, joio... ou seja, de situações e realidades que faziam parte da vida cotidiana.

Criar dinâmicas obedece à mesma mística, isto é: ter claro com que público se trabalha, ver a em cada momento de formação na catequese. idade, pensar no que se deseja alcançar em cada momento de formação e em cima disso pensar, Em vista disso, escolha e prepare bem a refletir e criar algo que ajuda a aprofundar esse dinâmica; desejo, esse objetivo. Quanto mais conseguir envolver os participantes, melhor; quanto • Nunca leve os participantes de uma dinâmica à exaustão. Sempre é bom terminar mais conseguir envolver os cinco sentidos quando ainda existe um gostinho de (tato, visão, audição, olfato, paladar), melhor. “queremos mais”; Daí a importância de trabalhar com música, movimentos físicos e movimentos internos, • Encaminhe bem, explique bem e priorize visualizações, etc. Em suma, o objetivo do a vivência da dinâmica. Esta deverá ser encontro (de catequese, retiro, momento de interpretada em seguida, preferencialmente formação) e a realidade dos participantes serão por todos que a viveram, tendo o coordenador altamente inspiradores nesse sentido. a missão de fazer ponderações finais, não tanto fechar a dinâmica, mas apontar para novos desafios;

• Outra coisa importante na vivência das

dinâmicas é não expor as pessoas. Cabe ao coordenador dirigir a dinâmica, mas sem expô-las. Pode e deve desafiá-las, convidá-las à participação ativa e alegre.

MENSAGEM FINAL

Invistam na formação dos catequistas. Esse é um dos grandes segredos do trabalho em nossos dias. Invistam em retiros, em encontros de formação, na criação coletiva de dinâmicas, na grandeza de trabalhar em equipe. Disponho-me para coordenar cursos, retiros, encontros de formação. Basta me escrever um e-mail (que está junto no início desta entrevista!). Lembro aqui a linda e forte frase do teólogo alemão Karl Rahner, que disse que “Neste milênio ou seremos místicos ou não seremos nada”.


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EDIGLEIDE RABELO

Sou pedagoga, escritora, especialista em gestão educacional, especialista em gestão de recursos humanos, psicanalista clínica em formação, consultora em escolas e empresas. Atualmente resido em Petrolina-PE. Ministro palestras, workshops, cursos e seminários em vários lugares do Brasil nas áreas educacional, motivacional, desenvolvimento de liderança e relações interpessoais

www.edigleiderabelo.com edigleiderabelo@hotmail.com facebook.com/edigleide.rabelo

Desenvolvo um trabalho com adolescentes na Igreja Batista de Petrolina, o que me possibilita também grande alegria e realização. Sou autora do livro Maneiras criativas de ensinar: dinâmicas de grupo e jogos cooperativos para o ensino fundamental I e II, pela WAK Editora.


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QUAL A RELEVÂNCIA DAS DINÂMICAS PARA OS ENCONTROS QUE REALIZA? Elas possibilitam maior interação com o público, facilitando um maior aprendizado e assimilação do conteúdo que está sendo ministrado.

QUAIS AS DICAS QUE GOSTARIA DE NOS PASSAR COM BASE EM SUA EXPERIÊNCIA? • Procurar conhecer previamente o público com o qual irá trabalhar;

• Ter segurança na aplicação da dinâmica

que vai aplicar ao ponto de adaptá-la sem perder o foco, caso seja necessário;

• Estar preparado sempre para imprevistos, afinal, nem sempre as pessoas reagem como esperado. Muitas vezes até surpreendem!

EXISTE ALGUMA INDICAÇÃO DO QUE NÃO SE DEVE FAZER NAS DINÂMICAS? Utilizá-las sem um objetivo definido. Muitas pessoas pecam em relação a isso. Utilizar dinâmicas sem uma meta é como plantar uma semente sem verificar a planta que deseja que nasça.

E UMA MENSAGEM FINAL AOS CATEQUISTAS: Servir ao Senhor Jesus é um ato de amor. Ser instrumento de vida, de luz, de transformação realmente é um privilégio e um trabalho que deve ser feito com excelência. Potencializem toda a capacidade criativa que possuem e por meio de dinâmicas certamente farão a diferença na vida de muitas pessoas. Jesus tocava o coração das pessoas e Ele nos capacitou para fazer isso também. Grande abraço! Deus os abençoe!


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O AMOR ESTÁ NO AR! OBJETIVOS: • Movimentar o corpo, acordando o cérebro; • Desenvolver as relações interpessoais; • Descontrair; • Relembrar motivos de agradecer a Deus pelas dádivas recebidas; • Trabalhar ritmo. MATERIAL NECESSÁRIO: • Bolas de sopro de cores variadas; • Micro System; • CD com músicas variadas e ritmadas;

COMO FAZER? Será feita, uma seleção com músicas de vários ritmos. Ao som de uma música lenta, os participantes receberão uma bola de sopro e ao ouvir o comando do facilitador deverão enchêla, imaginando apenas coisas boas, motivos de gratidão e alegria. O facilitador deverá dar um pequeno tempo para que encham as bolas e as amarrem com um nó. Nesse momento o facilitador solicita que todos os participantes elevem suas bolas e observem o belo colorido, fazendo uma pequena analogia acerca de como também somos diferentes, mas igualmente belos e importantes para enfeitarmos o mundo, celebrando a vida.

Substitui-se a música lenta por uma bem alegre, agitada e solicita-se que os participantes dancem e troquem as bolas, sem deixá-las cair. De repente o facilitador solicita que segurem uma bola (não necessariamente a sua) e fiquem de frente a outra pessoa, sem deixarem a bola cair. O facilitador pede que todos coloquem as bolas na altura do peito e as estourem com UM GRANDE ABRAÇO, compartilhando e espalhando ao ar todos os sentimentos bons contidos nas bolas. Concluir a dinâmica com mais abraços!


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ELISA PALMA PRIOTTO

Sou enfermeira e professora doutora, estudo adolescência e violência, tenho livros publicados e faço conversas (palestras) com pais, professores e alunos sobre adolescência, saúde e violência. Atualmente trabalho junto à Pastoral da Adolescência (PA) da Paróquia São Paulo Apóstolo em Foz do Iguaçu – PR.

DINÂMICAS PARA CONSCIENTIZAR O uso de jogos, dinâmicas de grupo e dramatizações permite que se fale de assuntos sérios sem expor os participantes a situações constrangedoras e/ou comprometedoras. Além, disso, a melhor forma conhecida de sensibilizar as pessoas quanto a valores e preconceitos existentes em uma determinada cultura é por meio de exercícios vivenciais. Aplicando dinâmicas de grupo com as técnicas de vivências não se pretende dar soluções aos problemas que surgem, o objetivo é despertar nos jovens a consciência de que existem e que caberá a cada um deles a responsabilidade de enfrentar os desafios e procurar soluções.

UMA DICA PARA QUEM TRABALHA COM ADOLESCENTES Trabalhar com o adolescente é acreditar que é possível sua atuação como agente participativo, criativo, curioso, comprometido e responsável pela sua qualidade de vida e requer dos educadores maior comprometimento, generosidade, disponibilidade para escutar, dialogar e querer bem essa especificidade humana: o adolescente.


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SEM LIMITES... Uma única dinâmica muitas vezes não é suficiente para trabalhar um assunto ou tema. É necessário conhecer outras dinâmicas de grupo que possam permitir um aprofundamento do tema em questão, bem como entender as possibilidades e limites de cada uma delas.

FALANDO AOS CATEQUISTAS O trabalho de um catequista (um educador) junto a crianças, adolescentes e adultos é o desenvolvimento e ações educativo-preventivas para discutir diversos temas, formar opiniões críticas sobre direitos e deveres, promover a valorização humana e estimular o exercício da cidadania. Como primeira virtude destaca-se a coerência do educador entre o que diz e o que faz: a coerência entre o discurso que se fala e anuncia a opção e a prática que deveria confirmar o discurso. Essa virtude enfatiza a necessidade de diminuir a distância entre o discurso do educador/orientador/ catequista e a prática e para isso é necessário que o educador saiba ouvir, observar e utilizar-se de todos os meios de comunicação. Precisa esperar o melhor momento para questionar ou responder, deixar que os adolescentes falem e possam expor suas ideias e críticas e não ter pressa em querer lhes responder, deve-se dar tempo e observar como agem, quais atitudes, o que incomoda ou perturba. A avaliação lhe dará subsídios para melhorar sua prática educativa. Esse exercício nos leva a outra virtude também importante, o educador refletir sobre suas atitudes e posturas e como articular a tensão entre a palavra e o silêncio. Ela surge do conflito em muitos momentos de trabalho em grupo ou em sala de aula, quando se faz necessário sabermos calar e respeitar o silêncio imposto, que diz muito mais que palavras. Se o educador viver apaixonadamente a palavra, o silêncio significará falar com os educandos para que também eles falem com você, educador. Logo, deve-se valorizar toda e qualquer manifestação de dúvida surgida e trabalhar com o grupo para evitar situações constrangedoras. Muitas vezes a pergunta que não vem bem organizada, sem conexão com com o assunto que está sendo tratado, isso faz com que o educador observe, pense e responda, somente assim os adolescentes percebem que podem ser respeitados.


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RÚBIA MESQUITA Sou educadora, comunicadora, atriz, contadora de histórias. Graduada em artes cênicas, especialista em educação, comunicação e tecnologia. Ministro cursos de capacitação para pais e educadores, tendo as brincadeiras e as histórias como instrumento de aprendizagem. Realizo palestras em empresas nas quais abordo temas como integração de equipe, a importância do bom humor no dia a dia, a motivação e a importância de criar um ambiente de trabalho mais leve. Faço shows resgatando as brincadeiras, músicas de roda e histórias para crianças de todas as idades. Sou autora do livro infantil 1,2,3 contos de uma vez pela editora Uni Duni, lancei em 2012 meu primeiro CD É brincadeira! e durante 11 anos apresentei o programa infantil TVX, ao vivo e diário, em uma emissora em Belo Horizonte.

DINÂMICAS PARA UMA TRANSFORMAÇÃO Acredito que, quando a gente vive uma experiência, apreendemos muito mais e de uma forma mais prazerosa. E o prazer é um poderoso impulso de crescimento pessoal. Nas minhas palestras e oficinas, quando realizo dinâmicas, tenho como objetivos gerar mudança de comportamento, de ação, de atitudes, de pensamentos, valorizando as habilidades e as potencialidades de cada um. E até mesmo fazer com que as pessoas reflitam sobre determinados assuntos. As mudanças somente são obtidas por meio da experiência, das vivências.

www.rubia.com.br rubia@rubia.com.br facebook.com/rubiamesquitaoficial


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MATÉRIA DE CAPA ESPECIAL DINÂMICAS De acordo com o filósofo chinês Confúcio, “O que ouço, esqueço. O que eu vejo, entendo. O que eu faço, aprendo”. Durante esses 12 anos trabalhando com dinâmicas e brincadeiras em minhas palestras, percebo o quanto elas propiciam momentos agradáveis, aproximam mais as pessoas, além de envolverem-nas intelectual e afetivamente.

FICA A DICA! Em todas as minhas oficinas utilizo as brincadeiras e as histórias para tornar o aprendizado mais prazeroso e prático. As histórias e as brincadeiras são ferramentas essenciais, porque elas chegam direto ao coração e tudo que passa pelo coração aprendemos de uma forma mais efetiva. É importante que antes de realizar qualquer dinâmica a gente tenha com clareza os objetivos que queremos atingir com aquela determinada atividade. Saber se a dinâmica é adequada àquele público também é essencial. A dinâmica deve ser agradável, envolvendo todos os participantes, para que exista motivação e crescimento pessoal. Ao final de cada atividade realizada, proponho que o público reflita sobre seu desenvolvimento e como ele pode aplicar o aprendizado no dia a dia.

UMA DINÂMICA CRIADA PELA RÚBIA Gosto muito de uma dinâmica que adaptei sobre a importância das qualidades das pessoas, valorizando a autoestima de cada um. Muitas vezes, não paramos para elogiar ou falar o quanto admiramos alguém e o que essa pessoa representa em nossas vidas. Em uma das minhas oficinas de histórias, realizo uma dinâmica que tem como título “O mais mais da turma”. Antes de realizá-la, conto a seguinte história: Conta-se uma LENDA que todas as pessoas, ao caminhar na vida, acabavam formando uma enorme fila indiana, andando umas atrás das outras. Cada uma levava duas SACOLAS: uma na frente e a outra atrás. Na SACOLA da frente elas colocaram todas as coisas boas que tinham e todas as suas qualidades... E eles eram alegres e felizes, pois viam constantemente o quanto eram pessoas prendadas. Na SACOLA de trás elas jogaram tudo que era mau: suas limitações, seus erros e seus defeitos...

Só que, como andavam uma atrás da outra, a que estava atrás começou a perceber, apontar e falar todos os defeitos e limitações que sua companheira da frente carregava e esta, de tanto ouvir falar de suas incapacidades, passou a ser triste, desmotivada, desajeitada, mal humorada, incapaz de ser feliz... Um dia, alguém pensou: “Por que temos que andar um atrás do outro?”. Deu um passo e passou a caminhar ao lado... e algumas outras pessoas seguiram os seus passos. O interessante é que, ao caminhar lado a lado, as pessoas puderam perceber as duas SACOLAS. E foi aí que viram que todos nós temos um monte de defeitos, mas que ao mesmo tempo todos têm inúmeras qualidades...


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Nessa atividade é importante que todo o grupo já se conheça bem. Coloque em uma folha várias qualidades que acredita que o grupo tem e entregue uma folha dessas qualidades para cada um. Em frente às qualidades, cada um deverá pegar um autógrafo daquela pessoa da turma que tem aquela determinada virtude. Primeira regra: cada aluno só pode assinar uma única vez em frente a cada qualidade.

O MAIS... MAIS...

É...

O + Educado O + Sorridente O + Gentil O + Simpático O +Líder O + Elegante

Segunda regra: você não pode assinar na sua própria folha. Ao final, peça que os alunos leiam em voz alta quem é a pessoa que deu o autógrafo em frente àquela qualidade na sua folha. É sempre uma surpresa, pois a gente nunca sabe como o outro nos vê. Falar das qualidades que as pessoas têm faz bem ao outro e a nós mesmos. Atenção! É importante que todos os alunos deem autógrafos na sua folha, por isso o número de qualidades deve ser o mesmo número de pessoas. Coloque qualidades de acordo com o que você quer ressaltar na turma. Segue anexa a folha da atividade, caso queira também fazer com seus alunos na catequese, na sua sala de aula e até mesmo na sua família.

Baixe o PDF com essa tabela

E UMA MENSAGEM FINAL AOS CATEQUISTAS: Levar o Evangelho para as pessoas é uma grande responsabilidade e também um privilégio. Acredito que tudo que a gente faz com amor e por amor volta em dobro para nós. Que vocês, catequistas, sejam testemunhos vivos do amor de Deus por todos nós. Adoro Cora Coralina e tem um texto dela de que gosto muito, tem tudo a ver com o que eu desejo e acredito: “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).


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MATÉRIA DE CAPA ESPECIAL DINÂMICAS

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DINÂMICAS PARA A SUA CATEQUESE SELECIONAMOS AS MELHORES DINÂMICAS JÁ CRIADAS PARA VOCÊ APLICAR EM SEU GRUPO

BOAS NOTÍCIAS DESCRIÇÃO:

da otivar o exercício m de po or ad im • O an te maneira: “Diariamente, todos nós seguin lgumas s, boas ou más. A a e por ia íc ot n os m be ce re egri ivos de grande al ez. Vamos delas foram mot id it n ta com perfei isso as guardamos as dessas boas notícias”. m hoje recordar algu zer o exercício: , explica como fa minutos para ós ap go Lo • dispõem de 15 zes de os participantes notícias mais feli ês tr as a lh fo a n anotar sua vida. s em tam suas notícia en m co s oa ss pe s • A io, a começar pelo animador, plenár assim, nho da direita e, seguido pelo vizi é que todos o façam. at sucessivamente, vezes,os demais s da Em cada uma cer e dem dar seu pare participantes po fazer perguntas.

AVALIAÇÃO: a - Para que serviu dinâmica? os - O que descobrim s? ai acerca dos dem

OBJETIVO

avaliar os fatos bons de nossa vida.

MATERIAL

uma folha de papel e um lápis para cada pessoa.


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EMPRESTANDO O LÁPIS Dinâmica criada por Anderson, da Paróquia Imaculada Conceição, Vila Rezende, Piracicaba-SP. Pedir para que as crianças tragam para o próximo encontro um lápis de cor. Importante: cada criança deve trazer apenas UM lápis. Se a catequista vir que a criança trouxe a caixa com mais cores, pedir para que ela escolha a cor que mais gosta.

OBJETIVO

mostrar a importância da partilha e a união entre as crianças.

MATERIAL Lápis de cor e desenho impresso.

A catequista deve trazer impresso em papel um desenho para as crianças colorirem. O ideal é uma folha para cada criança. Na folha deverá haver o mesmo desenho duas vezes.

DESCRIÇÃO: • Distribui-se uma folha para cada criança, pedindo que pinte apenas um desenho e com o lápis que trouxe. • O desenho vai ficar com uma tonalidade apenas.

• Quando as crianças terminarem o primeiro desenho,

pede-se que iniciem o segundo, mas agora elas não irão pintar somente com as cores que trouxeram, mas que emprestem o lápis do outro amigo para colorir o desenho; assim, cada criança irá emprestar o lápis de um amigo para colorir e no final todos terão um trabalho colorido.

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MATÉRIA DE CAPA ESPECIAL DINÂMICAS

MANCHA OU PONTO OBJETIVO

oração, pedido de perdão, preces, revisão de vida...

MATERIAIS

uma folha branca com um ponto escuro ou mancha, bem no centro da mesa.

Depois de um minuto de observação silenciosa, pedir que se expressem, descrevendo o que viram. Provavelmente, a maioria se deterá no ponto escuro. Pedir, então, que tirem conclusões práticas do exercício. Exemplo: em geral, nós apresentamos os aspectos negativos dos acontecimentos, das pessoas, esquecendo-nos do seu lado luminoso que, quase sempre, é maior.

DESENVOLVIMENTO mostrar ao grupo a folha com o ponto ou mancha no centro.


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catequista

Clique e veja as outras dinâmicas selecionadas especialmente para você!

COMUNICAÇÃO EFETIVA!

JESUS TE AMA !

JOGO DA VERDADE

ESPELHO

CRISTO NO IRMÃO

OVELHA SEM PASTOR

APRENDER A RESPEITAR O SONHOS DOS OUTROS

VIVER A PALAVRA DE DEUS

ELOS

PIPOCA SEM SAL

TOMÉ, ONDE ESTÁ A SUA FÉ?

SEU NOÉ POSSO IR?

JOGUE A BOLA

VERSÍCULO EMBARALHADO

NO ESCURO

PASSA AMOR

DINÂMICA DE ACOLHIDA

PENTECOSTES

DINÂMICA ADVENTO Nº 5

DINÂMICA ADVENTO Nº 4

DINÂMICA ADVENTO Nº 3

DINÂMICA ADVENTO Nº 2

DINÂMICA ADVENTO Nº1

A FRASE QUEBRACABEÇA

REALIDADE DA VIDA


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ESPECIAL DINÂMICAS

DINÂMICA DA FLOR

COMPANHEIRISMO

COMPRIMIDO PARA A FÉ

A VELA E O COPO

CONFIANÇA

VARINHAS QUE NÃO SE QUEBRAM

A BÍBLIA E CELULAR

A BIBLIA É COMO UMA CEBOLA

AS CORES

DINÂMICAS DE GRUPO

A DINÂMICA PROMOVE A PARTICIPAÇÃO

A VELA E O BARBANTE

DINÂMICA DO NÓ

O MEU CORPO É TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO ROSTO

QUANTO TEMPO EU TENHO

EU E O GRUPO

SONHO ACORDADO – MEU INSTRUMENTO DE TRABALHO

MASSA DE MODELAR

JOGO DO JORNAL

BALÃO NO PÉ

JOGO DO TOQUE

A REDE

A TRILHA

SALADA DE FRUTAS

A ESCADA


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catequista

MÃOZINHAS

SER IGREJA/ GRUPO DE JOVENS

PÃO EM TODAS AS MESAS

EVANGELHO EM PEDAÇOS

DINÂMICA QUARESMA 2

DINÂMICA QUARESMA 1

UM OLHAR SOBRE A REALIDADE

PARA FALAR DE SAÚDE

CAIXINHA DE SURPRESA

AMIGO SECRETO

BINGO

ADIVINHO

SORTEIO DE UM PRÊMIO ESPECIAL

RODA DE NATAL

DINÂMICA DE NATAL

EU E MEU GRUPO

ENTREVISTA

DUAS MÁSCARAS

DRAMATIZAÇÃO

JOGO DOS SONHOS DE VALSA

DINÂMICA DOS PROBLEMAS

DINÂMICA DO NOME

DINÂMICA DO AMOR

VARINHAS

ORDEM

DESFAZENDO O NÓ

A ÉTICA E SEU VALORES


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ESPECIAL DINÂMICAS

DESENHO DOS PÉS

DESENHO DE GIZ

DENTRO E FORA

CONTE UMA HISTÓRIA

CONCORDO DISCORDO

CASAMENTO EM ALTO MAR

BANDEIRA BRASILEIRA

A TEIA

AS GARRAFAS II

AS CARTAS E A COMUNI -CAÇÃO

AS GARRAFAS

A PALAVRA CHAVE

A FOTO PREFERIDA

A FORÇA DA FAMÍLIA

A DANÇA ENGRAÇADA

A COLAGEM

ESCALA DE VALORES

COLCHA DE RETALHOS

APRENDER SOBRE A VIDA NO CONTEXTO FAMILIAR

DESCOBRINDO A QUEM PERTENCE

QUEBRAGELO

ESCULTURA

SENSIBILIDADE

AMIGOS DE JÓ

NOME

URSO DE PELÚCIA

INTUIÇÃOE SENSIBILIDADE NAGESTÃODE PESSOAS



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BÍBLIA

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erta vez, quando Jesus estava ensinando aos Seus discípulos, disse que eles deveriam fundamentar sua fé sobre um alicerce seguro. Então usou o exemplo do construtor que edificou a sua casa sobre a rocha firme. Essa casa suporta as tempestades e nada pode abalá-la (Lc 6,48-49). Assim como uma casa bem construída e fortificada deve ser a catequese, ela precisa ser fundamentada sobre um alicerce seguro que é a Palavra de Deus. É isso que percebemos nas orientações da nossa Igreja, que recomenda constantemente que a catequese seja centrada nas Sagradas Escrituras.

No Concílio Vaticano II, com a Constituição Dogmática Dei Verbum, os bispos de todo o mundo nos ensinaram que a Palavra de Deus é “a alma da Teologia” (DV 24). Ou seja, todo o estudo teológico, e neste caso se encaixa também a catequese, deve ter o seu coração na Palavra de Deus, pois “das Sagradas Escrituras se nutre salutarmente e santamente floresce o ministério da palavra, a saber, a pregação pastoral, a catequese e toda a instrução cristã” (DV 24). O anúncio feito por meio da catequese deve ser a boa notícia de Jesus Cristo, cuja revelação nós encontramos nas Sagradas Escrituras. “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”, frase de São Jerônimo assumida pela Dei Verbum (DV 25). Jesus Cristo é a Palavra encarnada e Ele está presente na Sua Palavra, pois, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Ele quem fala. Jesus Cristo está presente, enfim, quando a Igreja reza, canta e celebra (SC 7), pois foi Ele mesmo que prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18, 20).


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catequista

Assim como toda a pastoral, também a catequese deve ser animada pela Palavra de Deus. Isso significa que “é preciso que o acesso à Sagrada Escritura seja amplamente aberto aos fiéis” (DV 22). E a Dei Verbum acrescenta ainda que os ministros da Igreja e também os catequistas “se consagrem ao ministério da Palavra, se apeguem às Escrituras por meio de assídua leitura sacra e diligente estudo”, acrescentando ainda: “Exorta igualmente o Santo Concílio a todos os fiéis cristãos [...], com veemência e de modo peculiar a que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, aprendam ‘a eminente ciência de Jesus Cristo’ (Fl 3,8). Acessem, portanto, de boa mente, o próprio texto sagrado” (DV 25). E a Dei Verbum recomenda ainda, citando Santo Ambrósio: “Lembremse, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração a fim de que se estabeleça o colóquio entre Deus e o homem, pois a Ele falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (DV 25).

Assim, para ser uma catequese centrada na Palavra não basta simplesmente praticar um “biblismo”, ou seja, somente ler a Bíblia. Centrar a catequese na Palavra de Deus é conhecer o projeto de Deus, é inserir-se no Seu plano de amor, é viver a proposta do Reino de Deus anunciado por Jesus Cristo, sobretudo no mandamento novo que Ele nos deixou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13,34; 15,12), pois “nisso reconhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 15,35). Como discípulos de Jesus, devemos viver a radicalidade do Batismo, em todas as dimensões, participando da vida da Igreja e da comunidade.

No documento Catequese renovada, orientações e conteúdo, a Igreja nos ensina que “o catequista dedica-se de modo específico ao serviço da Palavra, tornando-se porta voz da experiência cristã de toda comunidade” (n. 26). E afirma ainda que o catequista “Anuncia a Palavra, denuncia o que impede ao homem de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho(a) de Deus”. E depois continua orientando: “Apresenta os meios para ser ele mesmo e para viver sua vocação de filho(a) de Deus, como também os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho”. O documento conclui afirmando que a catequese deve ser centrada na Palavra de Deus, pois “a Bíblia é a primeira fonte da catequese”.

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ção e s Anima teque da ca

2

O Papa Bento XVI, referindo-se ao Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, realizado em 2008, convidou a um esforço pastoral para a que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja. Por isso, na Exortação Apostólica Verbum Domini recomenda que “se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira” (VD 73). Essa posição foi reafirmada na Conferência de Aparecida, acrescentando-se que a animação bíblica seja “escola de interpretação ou conhecimento da Palavra, de comunhão com Jesus ou oração com a Palavra, e de evangelização inculturada ou de proclamação da Palavra” (DAp 248).


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BÍBLIA

3

Um exemplo do Apóstolo Paulo

Ao escrever a Timóteo, seu amigo e discípulo, o Apóstolo Paulo lembra a importância da boa formação que aquele recebeu: “Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti. A mesma fé que habitou primeiramente em tua avó Loide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti” (2Tm 1,5). Timóteo era filho de mãe judia (At 16,1). Sua mãe e sua avó — como duas ótimas catequistas — fundamentaram primeiramente a sua fé e depois a fé de Timóteo sobre uma base sólida e segura, dignas de serem elogiadas por Paulo. Foi essa fé que ajudou Timóteo a aceitar Jesus Cristo e tornar-se Seu discípulo e missionário. E é isso que Paulo recomenda a Timóteo “Guarda o bom depósito por meio do Espírito Santo que habita em nós” (2Tm 1,14). São recomendações de quem está no final da sua vida e dá testemunho do que viveu e acreditou: “Sei em quem depositei a minha fé” (2Tm 1,12). Sentindo que a morte se aproximava, Paulo acrescentou: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” (2Tm 4,7). Foi a fé fundamentada na Palavra que garantiu a perseverança dos primeiros cristãos. Eles davam testemunho, eram “assíduos no ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42). Era o testemunho de vida dos primeiros cristãos que fazia a Igreja crescer e a mensagem de Jesus Cristo se espalhar pelo mundo afora (At 2,47; 5,14; 6.7; 9,31; 11,24, etc.).


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sou

catequista

S

egundo Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, “O catequizando deve aprender a escutar a Bíblia e ser incentivado a vivenciá-la. Por meio da Palavra, Deus se comunica conosco e nós nos comunicamos com Ele”. E assim nos tornamos amigos de Deus e amigos uns dos outros. A catequese deve levar os catequizandos a fazerem a ligação da fé com a vida. Para isso é importante conhecer e aprofundar o conhecimento da Bíblia, criar intimidade com ela, pois isso facilitará uma experiência maior com o próprio Deus presente nela, e que fala por meio dela. Para usar bem a Bíblia na catequese é necessário conhecê-la, saber utilizar seus textos adequadamente em cada situação e, principalmente, observar as etapas e idades dos catequizandos. Assim, a Palavra de Deus que “é viva e eficaz” (Hb 4,12) deve se transformar em luz e vida na vida e no crescimento dos catequizandos. É nela que se encontra a história da nossa salvação. A história do grande amor de Deus pela humanidade. Por isso, seus ensinamentos são tão importantes, pois eles são como a luz que ilumina e fortalece os nossos passos para seguirmos o caminho do bem, como rezava o salmista: “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 119,105). A Conferência de Aparecida exorta que “a catequese não seja só ocasional”, mas que os catequizandos sejam conduzidos “especialmente na leitura e meditação da Palavra de Deus, que é o primeiro fundamento de uma catequese permanente” (DAp 298). O fundamento nessa “rocha firme”, que é a Sagrada Escritura, é necessário na realidade do mundo em que vivemos. A sociedade hoje vive um momento em que as novidades e mudanças se multiplicam; as coisas passam, são substituídas facilmente, tudo muda, tudo passa. Justamente num momento de crises assim é importante recordar o que nos ensina o Apóstolo Pedro, que constata que tudo passa como a erva “mas a Palavra do Senhor permanece para sempre” (1Pd 1,25). A catequese centrada na Palavra de Deus fornece a base segura da fé e “assemelha-se ao homem que, ao construir uma casa, cavou, aprofundou e lançou o alicerce sobre a rocha” (Lc 6,48).

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Fé e vida


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BÍBLIA

Confira seis dicas práticas para bem usar a Bíblia na catequese

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2

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catequista

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Os catequistas devem mostrar que conhecem a Bíblia. Saber onde estão as passagens, recorrer a elas;

5

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6

Tudo isso já está sendo praticado em muitos lugares hoje. O desejo de Deus, transmitido pelo Profeta Amós, vai se tornando realidade: “Dias virão em que enviarei fome à terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor” (Am 8,11). s

Frei Ildo Perondi Nascido em Romelândia-SC, é franciscano-capuchinho. Mestrado em teologia bíblica pela Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, doutorando em teologia bíblica pela PUC Rio. É professor de sagradas escrituras na PUC-PR (campus Londrina).


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CATEQUESE E LITURGIA

A

IMPORTÂNCIA

DA LITURGIA NO PROCESSO

FORMATIVO DO CATEQUIZANDOS


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catequista

A celebração é ao mesmo tempo anúncio e vivência dos mistérios salvíficos; contém, em forma expressiva e unitária, a globalidade da mensagem cristã. Por isso ela é considerada lugar privilegiado de educação da fé (DNC 118b). A liturgia é, sobretudo, culto divino, mas é também instrução para o povo fiel. Por isso, quando a Igreja reza, canta ou age, a fé dos presentes se alimenta. É o aspecto catequético da liturgia (SC 33) (Clemente Isnard, A constituição conciliar Sacrosanctum Concilium).

A

relação entre catequese e liturgia tem uma longa e sólida tradição, uma vez que a liturgia, e em particular a Eucaristia e os outros sacramentos, sempre constituíram um ponto de referência e um ambiente privilegiado para o exercício da catequese. Pode-se dizer mesmo que por longos períodos da história cristã a principal tarefa da catequese foi a preparação para os sacramentos e a vida litúrgica. A primeira metade de século XX assistiu ao forte crescimento da influência da liturgia sobre a catequese, graças aos progressos do movimento litúrgico que, precedendo de muito o desenvolvimento da renovação catequética, pôde colocar as próprias conquistas a serviço desta última. No período pós-conciliar a relação entre catequese e liturgia foi repensada à luz do impulso renovador da Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium e a consequente reforma da liturgia (Emilio Alberich, Catequese evangelizadora, Salesiana 2004, p. 305).


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CATEQUESE E LITURGIA

Há uma relação íntima entre a fé, a celebração e a vida. O mistério de Cristo anunciado na catequese é o mesmo que é celebrado na liturgia para ser vivido: pelos sacramentos a liturgia leva a fé e a celebração da fé a se inserirem nas situações da vida. Por essa interação, a vida crista é discernida à luz da fé e desenvolve-se uma conaturalidade entre culto e vida: acolhemos com alegria o atual anseio de nas celebrações litúrgicas celebrar os acontecimentos da vida inseridos no mistério pascal de Cristo (CNBB, Animação da vida litúrgica no Brasil, n. 50.92). De fato nos lembra enfaticamente o DNC n. 120 a catequese como educação da fé e a liturgia como celebração da fé são duas funções da única missão evangelizadora e pastoral da Igreja. A liturgia, com seu conjunto de sinais, palavras, ritos, em seus diversos significados, requer da catequese uma iniciação gradativa e perseverante para ser compreendida e vivenciada. Ambas fazem parte da natureza e da razão de ser da Igreja. Os sinais litúrgicos são ao mesmo tempo anúncio, lembrança, promessa, pedido e realização, mas só por meio da palavra evangelizadora e catequética seus significados tornam-se claros. É tarefa fundamental da catequese iniciar eficazmente os catequistas e catequizandos nos sinais litúrgicos e por meio deles introduzi-los no mistério pascal. A catequese introduz os catequistas e catequizandos na vida cristã e, por isso, também na vida litúrgica. Mas, infelizmente, são poucos os manuais que oferecem uma catequese litúrgica fundamental e abrangente e, ao mesmo tempo, uma metodologia adequada (nisso, sabemos dos enormes esforços que Ione Buyst vem realizando).

A liturgia, com seu , palavras, conjunto de sinais rsos ritos, em seus dive r da significados, reque iciação catequese uma in erante gradativa e persev dida e para ser compreen vivenciada.


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Assim, o catequista, em sua santa teimosia, tenta suprir como pode sua própria experiência e conhecimento, mas sente clamorosamente o necessário auxílio e acompanhamento. Nem sempre sabe como fazer. Seria importante trabalhar com pessoas preparadas para desenvolver uma metodologia apropriada para introduzir na participação da liturgia da comunidade cristã cume e fonte da vida cristã (SC n. 10). Capacitar os catequistas para a preparação e a presidência das celebrações da Palavra, o conhecimento dos símbolos iniciáticos do RICA, para as celebrações penitenciais sem a presidência do presbítero, para momentos de leitura orante em retiros e atividades litúrgicas. Enfim, explicitar a relação entre os conteúdos da catequese e os ritos (com sua base antropológica, atitude espiritual e pedagogia correspondente) (cf. Domingos Ormonde/Penha Carpanedo, Liturgia na catequese. Formação litúrgica para catequistas, em Revista de Liturgia 236, março/ abril 20123, p. 10-11). Enfim, irmãos e irmãs, permitam-me insistir sempre. Não se esqueçam de que a cada domingo, Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente esse grande acontecimento, no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte e derramou Seu espírito de amor e perdão sobre nós. Nossa presença consciente e participativa é essencial ao seguimento discipular de Jesus em comunidade. s

Pe. Guillermo Daniel Micheletti Presbítero argentino, há 18 anos exerce seu ministério na Diocese de Santo André-SP. Pároco da Igreja Santa Luzia e Santo Expedito, em São Bernardo do Campo. Mestrado em ciências da educação com especialização em pedagogia pela Faculdade Pontifícia Auxilium de Roma. Foi coordenador da pastoral catequética da diocese e professor de pastoral catequética e de Deus e criação no Instituto de Teologia de Santo André. É membro do grupo de catequetas da Dimensão Bíblico-Catequética da CNBB. Sócio fundador da Sociedade Brasileira de Catequetas. Autor de vários livros para a formação de catequistas publicados pela Editora Ave-Maria.


00 68

ROTEIROS CATEQUÉTICOS PEDAGOGIA CATEQUÉTICA


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catequista

PRIMEIROS PASSOS DO

ITINERÁRIO CATEQUÉTICO por Angela Rocha


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ROTEIROS CATEQUÉTICOS PEDAGOGIA CATEQUÉTICA

C

onforme já falamos, o ITINERÁRIO é o caminho a percorrer durante a caminhada catequética anual, com conteúdos indicativos, celebrações, ações, inserção na comunidade e participação das famílias na comunidade e, consequentemente, na educação da fé dos seus filhos.

Isso normalmente é orientado pela EQUIPE DIOCESANA e é desdobrado nos decanatos, foranias, regiões, setores. Só então vai para a paróquia e suas capelas/comunidades. O ITINERÁRIO INDICA OS OBJETIVOS, OS MÉTODOS, OS CONTEÚDOS, AS AÇÕES e é, na verdade o do caminho.

INICIAÇÃO CRISTÃ O que é: É a maneira prática de colocar alguém em contato com Jesus Cristo e iniciá-lo no discipulado. Refere-se à primeira iniciação nos mistérios da fé (DAp. 288). É um processo que começa com o QUERIGMA e que guiado pela Palavra de Deus conduz a um encontro pessoal com Jesus, que leva à conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão (DAp. 289). A iniciação cristã possibilita uma aprendizagem gradual no conhecimento dos textos bíblicos, no amor e no seguimento a Cristo, forjando a IDENTIDADE CRISTÃ com as convicções fundamentais e acompanha a busca do SENTIDO da VIDA (DAp. 291).

E COMO É O “SER CRISTÃO”? Que características identificam um discípulo de Jesus? Vamos ao DAp. 292... • Ter como centro a pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador; • Ter espírito de oração; • Ser amante da Palavra; • Praticar a confissão frequente e participar da Eucaristia; • Inserir-se cordialmente na comunidade eclesial e social; • Ser solidário no amor e fervoroso missionário.


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E COMO DAR FORMA A UM CRISTÃO? Como deve ser a CATEQUESE de iniciação à vida cristã? Tem que seguir um caminho catequético permanente, que é um processo que vai crescendo, amadurecendo a fé, chamado de ITINERÁRIO CATEQUÉTICO, não pode ser uma catequese só “ocasional” (infância, adolescência), visando a receber sacramento. É um processo orgânico e progressivo que se estende por toda a vida. Visa a configurar a pessoa ao modelo que é o CRISTO. Tem que formar a pessoa de forma integral. Por isso (conforme DAp. 298-300), tem que proporcionar ao iniciando:

• DOUTRINA (conteúdo dos manuais de catequese ou manuais propostos pela diocese e Catecismo da Doutrina Cristã);

• EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA;

• ORAÇÃO, para cultivar a amizade com Cristo;

• Deve também integrar as famílias à comunidade, acolhendo-as, visitando-as e fazendo com que elas se sintam parte do processo catequético.

• LITURGIA e celebrações;

• COMPROMISSO apostólico ou SERVIÇO;

Tudo isso deve constar no itinerário catequético das paróquias/dioceses/regiões/setores e deve ser desenvolvido adaptando-se à realidade de cada comunidade, observando que: • “Não é possível querer implantar algo à força, é preciso respeitar os passos da comunidade. Catecumenato não é entrega de Bíblia, Pai-Nosso, etc.”. Conforme preceitua padre Antonio Francisco Lelo (Revista de Catequese, 2009); • Observar que alguns manuais de catequese não priorizam a ligação com a liturgia, o catequista precisa estar atento a isso para complementar com aplicação do método mistagógico. A mistagogia tem que ser trabalhada concomitante com o conteúdo; • O catequista de iniciação cristã tem que preparar seus encontros usando sempre a Bíblia, o Catecismo e o manual/subsídio adotado pela sua diocese/regional, enriquecendo-o com outras fontes. É preciso atualizar o conteúdo com a realidade que vivemos e estar atento aos recursos pedagógicos mais eficazes. Existem ainda as atividades extraencontros como reuniões com pais, eventos paroquiais, formações, etc., em que o catequista PRECISA estar presente. E lembre-se: “seu TESTEMUHO vai falar mais alto, os valores não entram pelos ouvidos, mas pelos olhos!” (Helena Okano – formadora da Arquidiocese de Londrina-PR);


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ROTEIROS CATEQUÉTICOS PEDAGOGIA CATEQUÉTICA • As terminologias utilizadas pelas diversas dioceses que estão implantando a iniciação cristã ainda estão bastante diversificadas, mas isso não deve ser o foco principal no itinerário, ele precisa ser um “horizonte aberto” e foco de muito estudo ainda. Os ritos de passagem descritos no RICA, que servem de subsídio à IVC, precisam ser bem estruturados. E devem sempre ser feitos baseados do RITMO e MATURIDADE do catequizando. A análise deve ser feita pelos “escrutínios” descritos no RICA, que não é “avaliação” como nas provas escolares, que reprovam, mas, antes de tudo, uma avaliação do amadurecimento na fé do catequizando. Também não é tarefa só do catequista, envolve padre, pais, etc. • E, catequista, é preciso formar-se e INformar-se. Pois tal é a “catequese permanente”: PARA TODA A VIDA!

EIS o DESAFIO: Pensar num itinerário para formar discípulos e missionários de Jesus, que mostrem gratidão e alegria por tê-Lo encontrado, sendo que a conversão é caminho, a prática da oração e a leitura dos textos sagrados são alimento e energia para o percurso e o ponto de chegada é o Reino de Deus. Continuamos nosso ITINERÁRIO na próxima edição...

s

Fontes: CELAM. Documento de Aparecida (DAp). Texto Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado LatinoAmericano e do Caribe. São Paulo: Edições CNBB, Paulus, Paulinas, 2007. CNBB. Diretório Nacional de Catequese - DNC. Brasília: Edições CNBB, 2006. LELO, Antonio Francisco. Iniciação à Vida Cristã. Revista de Catequese, n. 126, abril/junho/2009. São Paulo.

Ângela Rocha Instrutora e professora. Possui pós-graduação em catequética, pela Faculdade Vicentina de Curitiba.



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CATEQUESE DE CRISMA

Crisma:

momento de avançar na evangelização dos jovens

por Sandra Avelino


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E

ntre os problemas que tenho visto e notado na evangelização da juventude está o fato de que muitos catequistas não apenas chamam seus adolescentes de “crianças”, “minhas crianças”, mas os tratam assim. A linguagem mostra muito como está a configuração mental das pessoas e dos catequistas. O pré-adolescente e o adolescente não são (tecnicamente) jovens. Isso ocorrerá a partir dos 20 anos. Mas, também não são mais crianças. Esse é um erro de linguagem e de lógica muito comum. Quero trabalhar isso um pouco melhor neste texto. Na catequese de Primeira Eucaristia, A CRIANÇA DEPARA COM A PREGAÇÃO DO CRISTO DA FÉ: Jesus é o Filho de Deus, o Salvador que nos remiu pela cruz. Nessa idade, a criança recebe a evangelização que precisa, com a afirmação cristológica de que necessita saber e acreditar. E faz um primeiro compromisso pessoal, já que ela foi levada a ser batizada pelos seus pais. Tenho visto que a catequese de Crisma, de muitas formas, não avança na evangelização. A pré-adolescência e a adolescência são períodos em que começase a perceber que muita coisa estava fantasiada e é normal que os adolescentes enfrentem crises de credibilidade sobre seus pais, sobre o que ensinaram e sobre a fé. Dizendo em outras palavras, é a fase dos questionamentos, incluindo a fé e as suas

narrativas. Eles não são mais crianças e não querem ser tratados assim pelos adultos educadores. É hora de avançar e mostrar a fé por uma ótica mais profunda e de não repetir os conteúdos da Primeira Eucaristia. Fazer isso é chamar delicadamente os catequizandos de burros e incapazes. E isso eles não são.

É hora de avançar e mostrar a fé por uma ótica mais profunda e de não repetir os conteúdos da Primeira Eucaristia.

APROFUNDAMENTO NA ORAÇÃO É hora de sair das orações decoradas e apresentar-lhes os Salmos e a Liturgia das Horas, num contexto mais grupal e pessoal. Uma celebração mais aconchegante e mais oracional do mistério dos Salmos. Salmos que são meditações filosóficas e religiosas, que são louvor e ação de graças, Salmos de peregrinação e viagem, de súplica em momentos de desespero e dúvida. Os Salmos nos mostram que a oração (a pessoal e a comunitária) podem ser momentos de elevar nossas dúvidas em Deus no cotidiano da vida. Há até um OFÍCIO DIVINO DA JUVENTUDE, pouco conhecido, mas que deveria ser mais divulgado e aproveitado nas nossas comunidades para introduzir os jovens na celebração comunitária do louvor da Igreja. Ele pode ser adquirido na Casa da Juventude de Goiânia.


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CATEQUESE DE CRISMA

JESUS, 100% HUMANO E REVOLUCIONÁRIO Na Crisma, é hora de mostrar Jesus como sendo um ser humano completo. Não só Filho de Deus, que Ele era. Mas também mostrar a face humana de Jesus. Mostrar que Jesus era completamente homem é importante para que os adolescentes aprendam das fontes mais límpidas do cristianismo. Jesus é 100% homem e 100% Deus, o que é um mistério, mas é preciso encarar isso. Então, na época em que estão, seria interessante mostrar o lado humano de Jesus. O seu lado crítico para com a religião e as autoridades políticas de Seu tempo, para com a hipocrisia das pessoas religiosas, etc. Muitas vezes, na catequese, temos medo de mostrar esse lado humano e crítico de Jesus e de Sua mensagem. Acabamos por mostrar apenas um lado de Jesus “bom-moço” e esquecemos a força crítica e revolucionária do ensinamento de Jesus, fazendo uma pregação “bom-mocista”, reduzindo a incidência da pregação subversiva de Jesus. Afinal, Jesus foi morto em uma cruz (tortura apenas usada pelos romanos aos revolucionários de seu tempo) entre dois bandidos (a tradução que fala de “ladrões” não é boa). Outra opção é a LEITURA ORANTE DA BÍBLIA, que vem dando bons resultados na espiritualidade de adolescentes e jovens. Assim, podemos avançar e aprofundar a mística dos nossos catequizandos.

Baixe em PDF o Ofício Divino da Juventude

TRABALHAR MELHOR AS BEM-AVENTURANÇAS Sempre trabalhamos o conteúdo bíblico, mas não exploramos o Sermão das Bem-aventuranças de forma boa e sem moralismos. Trabalhar e discutir os ensinamentos de Jesus sobre as pessoas e os contextos sociais do perdão das dívidas, das pessoas que erram... Olhar as bem-aventuranças como modelos de comportamento ético e discutir esses comportamentos nos dias de hoje. Discutir as normas éticas é muito importante para um adolescente (ou pré-adolescente) que quer falar e dar sua opinião sobre as coisas e não ficar escutando passivamente as coisas “porque Deus quer assim”... A sociedade de jovens é sempre uma sociedade de discussão e é por meio dela que eles vão formando seus critérios morais próprios. A conquista da autonomia de um jovem começa pelas normas que ele internaliza e não pelas que aceita de fora. Para isso, é preciso que as normas e os comportamentos sejam discutidos entre eles, para que possam ir assumindo por si mesmos os comportamentos éticos preconizados por Jesus em seu projeto do Reino.


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catequista

HORA DE TRABALHAR O GRUPO Um conceito fundamental na evangelização de adolescentes é o grupo. E nem sempre trabalhamos o grupo em nossas catequeses de Crisma. Para tal, é preciso sair do esquema de encontro/aula, que temos em muitas paróquias. É necessário trabalhar em retiros, em gincanas, em vigílias de oração, passeios a cachoeiras ou trilhas ecológicas, etc. Assim, o grupo vai se unindo e se afirmando como tal. Um grupo que começou na Igreja e que tenderá a permanecer na Igreja, sob a liderança de um jovem. Esse é o segredo básico para que a catequese da Crisma nucleie um grupo de jovens. Para mim (e para outros autores) esse é o critério para medir se a catequese de Crisma alcançou ou não o sucesso: se formar um grupo de jovens, sim. Se não formar, foi fracasso total.

Mas, não se engane, o engajamento acontece a partir do primeiro dia e não no último encontro. Experimente fazer um retiro logo no começo da catequese. Algo para dois ou três dias, num lugar com poucos pais, mas com muita convivência, oração e partilha de opiniões. Você vai perceber que o clima do grupo melhora e que eles se unem, mostrando interesse na catequese. Esse é o começo para uma evangelização eficaz. Os momentos passados juntos é que fazem com que a evangelização vá acontecendo, em um contexto alegre e jovem. Um contexto positivo que faz com que os catequizandos vejam os ensinamentos de Jesus como algo descolado da religião de seus pais. Aqui entramos em outro ponto.

CRISMA: MOMENTO DE DECISÃO PESSOAL Se se podia falar de uma fé transmitida pela família e pela sociedade, hoje (apesar das queixas e lamentos de muitos) precisamos aprender a trabalhar diferente. Há décadas havia o que se podia chamar de escoras sociológicas: a escola, a família, os meios de comunicação e as instituições sociais falavam uma mesma e monológica língua. Assim, era mais fácil ser e se sentir cristão e católico. Agora, a família tradicional está em crise e as instituições não têm mais uma mesma ideologia. Assim, agora é o momento de que – ou o adolescente se assuma católico, numa fé que deve se basear em própria convicção e escolha. Claro que é difícil pra ele/ela se decidir entre tantos modelos cristãos de fé que se tem na sociedade atual. Por isso, temos que trabalhar a escolha do catequizando e ela se dará a partir da vida de acolhimento, integração e espaço de possibilidades criada pela

comunidade católica para que eles se sintam bem e atuantes. Por isso, o engajamento e a participação (com voz e vez de opinião na comunidade) se darão no início e durante todo o processo, não apenas no fim dos encontros. Como você, leitor, pode ver, temos muito que caminhar. Posteriormente, irei trabalhando melhor essas coisas que disse. Por enquanto, não deixe de entrar nos links que coloquei no texto. Isso vai ajudá-lo. No final deste texto, quero também pedir que você escreva para esta revista e mande os seus problemas com a catequese de Crisma. Irei selecionando e respondendo às suas dúvidas nos próximos textos. Com sua ajuda, vamos construir uma relação boa e duradoura. Abraços. s

Pe. Paulo Dalla-Déa

Bacharel em teologia e filosofia, mestrado e doutorado em teologia pastoral. Pós-doutor em ciências da religião. Membro da SOTER (Sociedade de Teologia e Ciências da Religião) e da Sociedade Brasileira de Catequetas.


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DINÂMICAS

“Vem, caminheiro, o caminho é caminhar.” Saiba como aplicar dinâmicas de apresentação

por Sandra Avelino

T

empos atrás, a catequese não estava preocupada em envolver as turmas em atividades e dinâmicas, porém, com a mudança dos tempos, fala-se muito da necessidade de colocar mais “ação” nos encontros, por meio de atividades adequadas, e tudo isso tem uma razão pedagógica. Os catequizandos já não são como os de antigamente. Hoje, o acesso desponderado às mídias e a inversão de valores provocam no catequizando conflitos — explícitos ou não — que por muitas vezes o afastam do caminho catequético.


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catequista

É preciso compreender que O processo educativo exige impressão e expressão. Ensinar não é apenas explicar, para que o ouvinte — aluno, filho, catequizando — retenha o conteúdo. Para que o ensino se complete, é preciso estimular o ouvinte a expressar seu conhecimento, elaborando-o com o instrumental que possui. A pessoa não aprende porque ouve. Aprende porque fala. Isso inverte todo o processo pedagógico. Ensinar não é apenas falar. É fazer falar. É provocar expressão. E, portanto, é também ouvir. (CARMO, 2004) Já disse certa vez o compositor Tom Jobim: “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”. Assim é na vida e não seria diferente na catequese. Ao refletirmos sobre o Evangelho de São Lucas, que fala sobre os discípulos de Emaús, temos ali confirmada a permanência de Deus conosco. Porém, na caminhada catequética, acontece notoriamente um fato tristemente comum: tanto catequistas quanto catequizandos, “ficam pelo caminho”. Os motivos são inúmeros e sei que todos nós sabemos quais são eles.

Se algum ficar pelo caminho, basta fazer o que nos ensinam as Sagradas Escrituras: é preciso ir à busca daquele que ficou “perdido” e festejar o seu reingresso (cf. Lc 15, 4-9). As pessoas precisam se sentir acolhidas dentro de um grupo para que sua permanência seja completa. Uma vez o grupo formado, é preciso torná-lo conhecido. Por meio desse conhecimento da pessoa — em sua maneira ímpar de ser — é que nascem amizades eternizadas no amor do Pai.

A psicologia não cansa de reafirmar que as pessoas gostam de ouvir seu próprio nome, gostam de ser reconhecidas pelo o Creio que precisamos cada vez mais respeitar a que realmente são. Conforme prometido, personalidade do indivíduo. Alguns gostam de continuarei discorrendo sobre os tipos de andar em grupo, outros preferem andar sozinhos, dinâmicas, desta vez sobre as dinâmicas de outros andam depressa, enquanto outros não técnicas de apresentação. têm pressa de chegar. Não é preciso engessar a catequese. Basta garantir que os catequistas As dinâmicas com técnicas de apresentação têm sejam fiéis ao magistério da Santa Igreja Católica como um dos principais objetivos fazer com que o e permiti-los usar, testar e criar metodologias grupo se conheça e que haja o estreitamento das adequadas para que, por nossa culpa, não relações dentro dele. O grupo já se conhece, mas é fiquem muitos catequizandos pelo caminho. preciso agora tornar conhecido seus membros.

Características das dinâmicas de técnicas de apresentação: • Ajudam as pessoas a apresentarem-se uma às outras, possibilitando descobrir quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, do que gosto, o que sonho, sinto e penso... Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas; • Exigem diálogo verdadeiro, em que partilho o

que posso e quero ao novo grupo; • São as primeiras informações da minha pessoa; • Precisam ser desenvolvidas num clima de confiança e descontração; • São o momento para apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.


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DINÂMICAS Compartilho com vocês uma dinâmica que chamo de Caminho contigo! OBJETIVO: criar afinidade no grupo, deixando explícito o respeito pela pessoa. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA: Lc 24, 13-35

Materiais: Tempo de aplicação:

30 minutos

Flores naturais

Balde (ou bacia) com água

Toalhas de mão (para a conclusão alternativa)

Número máximo de pessoas: 50 Número mínimo de pessoas: 10

Gotas de colônia (tipo alfazema) para perfumar a água;

• Preparar o ambiente com o balde com água, o círio pascal, Bíblia aberta, uma cesta com as flores; fazer um “caminho” com folhas ou pedras e se possível acrescentar símbolos típicos da região (aqui usamos cumbucas, cacto, chapéu de sertanejo, etc.).


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catequista

• O grupo permanece sentado; • O primeiro voluntário levanta, ergue a sua catequista da dinâmica arruma a sala com as cadeiras em semicírculo e prepara o ambiente flor e faz a sua apresentação. Deve dizer seu nome, de onde veio (paróquia, comunidade, (acima solicitado). diocese, etc.), há quanto tempo esta na Logo após, pode recitar uma poesia, uma catequese e permanece em pé; oração ou um texto bíblico, ficará a critério • O grupo em coro deve dizer “FULANO, do catequista (aqui foi recitada a letra da seja bem-vindo, eu te acolho, te dou espaço música Me fala de você, de Zé Vicente). e caminho contigo”, simbolizando assim a Enquanto o catequista está a recitar, outro aceitação e o desejo de crescer com o diferente; ajuda-o entregando as flores, uma por • Depois dessa apresentação, o primeiro pessoa. Após a entrega das flores será feita a apresentação daquele grupo. As apresentações voluntário senta-se e, seguindo o sentido horário, os outros vão se apresentando. devem seguir a seguinte fórmula:

PROCEDIMENTO: inicialmente o

Posteriormente, após todos os membros do grupo terem se apresentado, o catequista solicitará que observem atentamente a sua flor e vejam as diferenças entre as pétalas. Que encontrem na mesma flor as diferenças entre as pétalas e que possam perceber como os diferentes entram em harmonia para criar algo tão belo. Depois de um breve momento de silêncio, o catequista solicitará que os catequizandos escolham uma das pétalas para ofertá-la. Logo após, cada um irá até o balde, depositará sua pétala e será incentivado a junto a ela ofertar (em silêncio) aquilo que ele tem de melhor, aquilo que está disposto a doar pelo grupo. Após isso, o sacerdote abençoa a água e asperge sobre cada um ao som de um canto que o grupo conheça. Por fim, o padre abençoa a todos e o catequista prossegue com a sua programação para aquele dia.

Na ausência de um sacerdote solicita-se aos catequizandos que, de dois em dois, vão até o recipiente com a água e lavem as mãos um do outro, ao som de um canto que o grupo conheça, e logo após eles secam as mãos, voltam ao seu lugar e outra dupla vai até o recipiente com água. OBSERVAÇÕES: 1. Acredito que o público-alvo dessa dinâmica sejam as turmas maiores (perseverança, Crisma, catequese juvenil e de adultos). Aqui essa dinâmica foi utilizada com os catequistas; 2. A dinâmica pode ser encerrada logo após a apresentação de cada um. Se não for conveniente, não é preciso fazer tudo; 3. Se for oportuno propor ao grupo uma reflexão sobre a dinâmica. E que a Graça de Deus esteja sempre contigo! s

Sandra Avelino

Sandra Avelino é catequista da Arquidiocese de Feira de Santana e estudante de filosofia.


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CATECINE


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catequista

O MENINO

DE OURO

Por meio do filme, saiba como transmitir o significado da fé. por Pe. Air

A

njos. Não os vemos, mas eles estão por aí. Ainda temos uma espécie de mágica, literariamente falando, sobre esse aspecto. Sobre anjos e suas proteções nem sempre temos critérios para falar sobre isso e argumentar a respeito de tal tema dentro da catequese. É claro que toda paróquia tem em seu planejamento a maneira de abordar e tratar dessa temática no âmbito catequético. É preciso sempre, com rigor, observar o critério local das temáticas a serem trabalhadas. Há sempre um planejamento estabelecido. A ideia aqui passa a abordar esse tema de uma maneira interessante por meio de um filme que nos ajuda a compor o imaginário infantil e uma reflexão para os adultos, no caso pais e catequistas, para que haja uma sintonia da ação de Deus com as nossas vontades e desejos. O que deve imperar quando nos propomos a nos relacionar com Deus? O que esperamos e como nos colocamos diante Dele? Como o catequizando deve ser orientado a posicionar-se diante do Criador?


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CATECINE A história narra a vida de um casal que procura um filho para adoção. Nessa procura aparece o menino, Eli, em suas vidas e tudo passa a ter um novo significado. Um menino, desconhecido até então e não apresentado ao casal no dia em que foram no orfanato, aparece na porta da casa deles e apresenta-se como o filho deles. A vida surpreende e tudo passa a ser visto de maneira prática e intensa. O casal passa a rever o passado. Encarando as mágoas e desentendimentos internos. Uma força vital que a vida deles carecia desponta com a presença desse menino que nada faz além de suscitar em ambos a alegria perdida, o encanto com as coisas, com o trabalho e com o amor que um sentia pelo outro. O otimismo em relação à vida havia sido deixado de lado e, mesmo com a perda do primeiro filho, o casal passa a dar novo significado ao que estavam vivendo. E assim eles vão descobrindo que os medos precisam ser enfrentados e que as coisas precisam ser arduamente trabalhadas em seus corações. Não se pode confundir otimista com aquela pessoa que acha que nunca existem problemas e que trata a vida como se ela fosse um eterno mar de rosas sem conflitos e quando os conflitos aparecem trata-os como se não existissem ou pudessem ser resolvidos com paz e amor. Em todo conflito é necessário maturá-lo, dissecá-lo a ponto de ter o total domínio sobre ele. É necessário saber que ele existe e que o espreita. O otimista consegue identificá-lo, etiquetá-lo e conviver com ele.

Conhece-o nas desgraças que pode causar, mas também nas alegrias que faz suscitar quando serenamente consegue organizar as ideias, os caminhos que ele faz surgir. Na catequese esse filme pode ajudar a entender que os relacionamentos entre pais e filhos, catequistas e catequizandos podem ter contornos de fé e, ligados espiritualmente pela oração, podem transformar a sociedade em que vivem. O casal, na perda do filho, não consegue encontrar outra motivação a não ser lamentar perdão acontecido. Trancam o quarto do filho e aprisionam ali toda chance de recomeçar. Tratam a morte como castigo e não se abrem ao mundo, vivendo como se fossem culpados do destino do outro. Os negócios vão mal, o relacionamento desgasta-se e só Eli, o menino


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O catequista, o pai, o catequizado são convidados a aprender um novo olhar sobre o cotidiano e expressar a presença de Deus nas coisas e nos fatos

que vem do orfanato, os faz retomar o sentido da própria existência. Eli revela-se como a presença de Deus que insistentemente busca a cada um de nós. Os acontecimentos são a porta de entrada para essa manifestação de Deus. Se estamos quebrados nas emoções, se estamos fragilizados em nossa fé e deixamos de confiar nas pessoas, Deus nunca se afasta e toma sempre a iniciativa de achegar-Se, fazer-Se presente. Eli, a criança, usa de todos os recursos para fazer com que o casal reencontre a própria fé. O catequista, o pai, o catequizado são convidados a aprender um novo olhar sobre o cotidiano e

expressar a presença de Deus nas coisas e nos fatos e não achar que Ele atua isoladamente em nossas vidas. Ele se acerca de nós de várias maneiras até que tenhamos um olhar mais apurado para o que Ele quer de cada um de nós. O filme termina com um aprendizado importante, sem lições de moral. A vida, em meio às dificuldades, restabelece-se, basta um pouquinho de força de vontade da nossa parte. A fé é uma das coisas mais importantes e nos ensina a conviver com tantas dificuldades sem perder a esperança no futuro. O final é surpreendente. s

Pe. Air José de Mendonça Atualmente trabalha como pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração, em Vila Formosa, São Paulo-SP. Em 2001 foi enviado a Roma, onde desenvolveu trabalhos na área da comunicação para a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, a qual pertence. Desde 2006 trabalha na Rede Século 21, situada em Valinhos, no interior de São Paulo, onde apresenta o programa “Você pode ser feliz”, todas as quartas-feiras, das 9h15 às 11h.


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CATEQUISTAS NA REDE

Como me tornei

catequista blogueira Catequista desde 1995, catequista blogueira desde 2009.

S

empre gostei de partilhar, animar, ajudar outros catequistas. E, por ocasião das mudanças provocadas em minha paróquia, reestruturando toda nossa catequese, um acompanhamento aos catequistas se tornou uma necessidade. Foi então que decidiram por mim criar um blog. Fui aprendendo aos poucos. Foram muitos os obstáculos, as pedras, os tropeços, tanto que cheguei a deletar meu primeiro blog. Tentei fugir da blogosfera, mas fui seduzida, convencida a voltar, parecia que não estava em mim decidir ou não continuar. Foi aí que meu segundo blog foi sendo gestado. Tal como com um filho, comecei a buscar por um nome/título que o identificasse dentro do propósito da iniciação cristã. A resposta veio certeira, quando participava de uma formação; ouvi algo que me marcou: “Não somos catequistas dessa ou daquela etapa, somos catequistas de iniciação à vida cristã!”. Depois dessa tomada de consciência, decidi pelo título do meu blog: Sou Catequista de IVC. Meu objetivo com o blog seria nos fortalecer nesse processo da iniciação cristã, um lugar onde colocaria nossas experiências, dificuldades, conquistas. Confesso que, na


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catequista

época, estava focada no “mundinho da minha paróquia”, visava a orientar, encorajar o “meu” grupo de catequistas. Não tinha pretensão e muito menos noção da abrangência dessa ferramenta. Com o tempo, fui percebendo a beleza, o encanto de usar do blog em prol da evangelização. Foi como olhar para o horizonte e conseguir enxergar longe, muito longe. Conheci e conheço a cada dia catequistas de todos os cantos do Brasil, com realidades diferentes, pessoas encantadoras, guerreiras, apaixonadas pela catequese, com os mesmos sonhos, expectativas, esperanças, dilemas, frustrações. Muitas vezes gritos que ecoam, que pedem socorro. A proximidade, cumplicidade, confiança e a amizade foram sendo conquistadas ao longo desses anos. Embora distantes, tornamo-nos próximos por meio do blog. Tive a alegria de conhecer pessoalmente alguns catequistas/ leitores e sonho conhecer muitos ainda. Mesmo na era do Facebook, não abro mão do espaço blog, um não elimina o outro, mas se completam. Enfim, Deus tem seus propósitos e nos usa como bem quer. O Sou Catequista de IVC foi se tornando “nosso cantinho”, onde interagimos, partilhamos, desabafamos, ouvimos, alimentamos nosso desejo de uma catequese de fato RENOVADA. Animo e muitas vezes sou animada. Sinto-me confirmada em minha vocação e cada vez mais apaixonada pela catequese.

Acredito piamente que nos tempos atuais, mesmo na simplicidade, o meu e tantos outros blogs são de grande ajuda para nossa catequese. Particularmente fico feliz ao ver meu blog sendo visitado por pessoas de vários Estados e também do exterior. Louvado seja Deus pelo avanço da tecnologia, que nos permite ir além fronteiras... “Por Deus, tenham um blog!”, palavras ditas por Bento XVI aos padres católicos, afirmando que eles devem aprender a usar novas formas de comunicação para espalhar as mensagens do Evangelho. Esse apelo de nosso querido Papa Emérito vem me motivando e me fazendo ver que, apesar dos desafios, precisamos aproveitar ao máximo as opções oferecidas pelas novas tecnologias. Concordo com uma frase que li por aqui na revista digital: “Novos tempos, novos desafios e muitas oportunidades”... Agradeço à Ana Paula pela oportunidade de partilhar um pouquinho do meu chamado a atuar com catequista blogueira. Aproveito para parabenizar toda a equipe da revista Sou Catequista pelo excelente trabalho e pela feliz iniciativa de colocar à disposição mais essa ferramenta que é a revista digital, que já é um sucesso. Avante! s

Imaculada Cintra Catequista atuante na Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Capelinha Franca, interior de São Paulo. Sou responsável pela organização da rede de blogs do meu regional, SUL1.


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PEDAGOGIAESPECIAL CATEQUÉTICA COBERTURA

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Conclusões do Congresso

internacional de catequistas

O Congresso Internacional de Catequese, realizado em Roma, de 26 a 29 de setembro, reuniu mais de 100.000 catequistas do mundo inteiro. Octavio Ruiz Arenas, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização apresenta as conclusões, em forma de síntese, do Congresso.


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sou CATEQUÉTICA PEDAGOGIA catequista

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ro suA Igreja é o primei ação que jeito de evangeliz unciar se preocupa em an bém aos o Evangelho tam batizados não crentes, aos ferenque vivem em indi é, portanto, munidade cristã ça religiosa. A co ese. Ela a meta da catequ e r ga lu o , em ig a or nversão e ao gelho, chama à co proclama o Evan ompanha to e não apenas ac is Cr de to en im segu a aquerma e acompanh fo as m , os en m os catecú istas. reja, como catequ Ig na em rv se e qu les

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Ser catequista é uma vocação, não um trabalho. Uma vocação que exige testemunhar permanentemente a fé, o seu amor a Cristo, doando a si mesmo ao povo de Deus. O catequista deve, portanto, repartir com os outros a Cristo, ter uma grande familiaridade com Ele e deixar-se olhar pelo Senhor na frente do sacrário. Da mesma maneira há de imitá-Lo andando com os outros e oferecer-lhes o dom da fé, sem medo de ir para os subúrbios existenciais, porque o Senhor sempre vai à frente, dá força e acompanha.

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O mundo de hoje exige dos catequistas uma grande criatividade, simplicidade de vida, espírito de oração, obediência e humildade, renúncia de si mesmo, muita generosidade e autêntica caridade para todos, em particular com os pobres. Em outra s palavras, é necessário que a todo e qualque r momento possam testemunhar alegremente a santidade da vida.

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A catequese é o palco privilegiado de evangelização que faz parte do serviço que é devido, em primeiro lugar, à Palavra de Deus, devendo identifira que o Evangelho car as formas adequadas pa o a palavra de Deus seja sempre percebido com fato, não transmite que salva. O catequista, de mas comunica na sua o conhecimento humano, Deus. totalidade a Revelação de

o, a catequese não deve inho da Nova Evangelizaçã cam no u rco ba em eja Igr renovar a sua Se a cas do passado, mas deve sti erí act car as sm me as permanecer com o, após um diagnóstico novas abordagens de ensin com fé, a itir nsm tra de uilíbrio entre forma ucar, levando em conta o eq ed o com e je ho fé da ção facilita sério da situa ulação das palavras, o que orm ref ia sár ces ne a e is tido profundo. termos bíblicos doutrina uizados, sem trair o seu sen eq cat são e qu s ele qu da a compreensão

pessoas que dizem não acreditar, não Porque no mundo de hoje há muitas ja ou tendo uma verdadeira pertença à Igre conhecendo o conteúdo da fé e não catecué muito importante levar a sério o porque não fizeram a escolha da fé, ento a o Batismo, mas como um instrum menato, não só como preparação par ar em tência em Cristo. É importante tom para a transformação de toda a exis mas o, ism só como preparação para o Bat consideração o catecumenato não to. de toda a vida das pessoas em Cris como instrumento de transformação

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COBERTURA ESPECIAL

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Numa sociedade marcada pelo relativismo, na qual a busca de Deus parece não interessar mais e a verdade se recebe com desconfiança, devemos apresentar a pessoa de Cristo como é ensinada pela Igreja e como esta verdade ilumina o mistério do Homem por inteiro. É necessário, no entanto, que o façamos com clareza, com confiança filial, alegre segurança, ardor e humilde audácia, deixando-nos guiar pelo Espírito Santo, com o entendimento de que é Cristo que nos ensina por meio da Igreja.

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É necessário fazer compre ender aos fiéis que a fé é dom de Deus, mas também uma resposta livre de cada um de nós. Não se trata de um ato isolado, individue eclesial. Por isso a al, mas de um ato pessoal eja, o seu objeto, isto catequese recebida na Igr ambiente vital é a é, o mistério de Cristo; o seu objetivo consiste em comunidade cristã e o seu ativo na vida e na fazer do crente um membro missão da Igreja.

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Hoje, mais do que nunca, deve explicitar-se a dimensão mission ária da catequese e isso ex ige em uma séria form ação dos catequistas. U ma formação que seja capaz de combinar o conh ecimento da fé e o testemunho da vida.

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A cateque se deve estar unid a à liturgia para que n ela se torn e presente o projeto de amor que o Pai tem para nós. Para tran smitir e da r testemu n ho da verd necessário ade revela deixar qu da é e o Senho olhos par r abra os no a a luz da ssos fé, como a discípulos conteceu de Emaús c o m os . A catequ deve esta ese, porta r próxima n to , e , m unida, à li esmo profu turgia, qu ndamente e é o espa do para fa ç o m lar sobre ais adequ o mistério aa plenitud em si e na e do plano q u a l de amor d presente. o Pai se to rna

evangélica de Jesus e à A missão de Deus deve ser ligada à memória de Jesus como princípio e memória apostólica da fé Nele; a memória origem comum e destino, e norma, que reabre o sentido universal da memória fidei como argumencuja garantia está registrada no Credo; a skalia. O Evangelho escrito to da coerência teológica presente na Dida e a história de Jesus e o permite-nos compreender a correlação entr na histecimento do Senhor sustenta a nossa fé acesso à fé e mostra a força com que o acon perde itura é letra morta e a tradição sem a escr tória da Igreja e da evangelização. Todavia, se a ser apenas uma obra humana. as suas raízes na inspiração divina e arrisca-


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o da fé Para a transmissã nservar deve-se sempre co apostópura a memória do um lica, mas buscan ar que modo de comunic linguavá para além da ecemos s, os crentes, conh nó as en ap e qu gem convertida que, por vezes, é e acreditamos e bremples refrão de so si de em ag gu lin numa rar pala, devemos encont vivência; por isso desejar o capazes de fazer na er et da vi de vras sus. encontro com Je

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Os modernos meios de comunicação tentam camuflar e manipular a mensagem cristã. Por isso, devemos conhecer as técnicas de comunicação para podermos comunicar duma forma adequada, para apresentar os ensinamentos da Igreja, para comunicar com sucesso o verdadeiro rosto de Deus, pleno de amor e misericórdia. O mundo digital e as redes sociais, não obstante o perigo que possam apresentar, devem ser instrumentos que utilizados para fazer ouvir a mensagem do Evangelho no mundo contemporâneo.

Perante os grandes desafios que se apresentam hoje para uma diaconia da verdade, de modo particu lar por causa do crescimento do fenômeno da secularização, devemo s penetrar no mistério de Cristo, mas também no testemunho da fé dos crentes, com uma profunda consciência da história, da tradição e da vida da Igreja. A catequese, aliás, para transmitir a mensagem de Cristo é convidada a apresenta r com clareza a visão cristã do Hom em, que ofereça o pleno significado da vida humana e a sua vocação par a a vida eterna.

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CATEQUISTAS NA REDE CURIOSIDADES

Beato José de Anchieta Evangelizador dos povos indígenas


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O

trabalho de Anchieta foi decisivo para a implantação do catolicismo no Brasil. Com seu conhecimento e sua fé, percorreu a pé, a cavalo e, em embarcações, boa parte do território brasileiro. Além de abrir caminhos que se transformariam em estradas, contribuiu para manter unificado o país nos séculos seguintes. Lançou os fundamentos da catequese e da educação dos jesuítas no Brasil e começou a reverter o quadro iniciado desde o descobrimento, em que os nativos eram vistos apenas como propriedade da Coroa e, como tal, passíveis de ser escravizados. Com seus dotes inatos de comunicador, conseguiu com o indígena um amplo entendimento. O homem de muitas faces que foi Anchieta transparece com nitidez nas palavras do poeta paulista Guilherme de Almeida:

“Santo erguestes a cruz na selva escura. Herói, plantastes nossa velha aldeia Mestre, ensinastes a doutrina pura Poeta, escrevestes versos sobre a areia. Golpeia a cruz a foice inculta e dura invade a vila multidão alheia, morre a voz santa entre a distância e a altura apaga o poema a onda espumante e cheia.” s Fonte: Patteo do Collegio


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REFLEXÕES

A vida

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vale!

o início de outubro, celebramos no Brasil a Semana Nacional pela Vida, culminando com o Dia do Nascituro, comemorado no dia 8. Vale a pena acolher, valorizar, proteger e dignificar a vida!

Começando pelo ambiente em que vivemos, damo-nos conta da importância de todo ser vivente no complexo e delicado sistema da natureza que nos abriga e sustenta. De muitas maneiras, o ambiente da vida é agredido e a consequência é a perda de capacidade do ambiente para bem hospedar a vida.

Ainda há poucos dias, divulgavam-se novos dados alarmantes sobre o aquecimento global e o aumento médio da temperatura do planeta Terra, que pode chegar a quase cinco graus centígrados nos próximos 50 anos! E confirmava-se um dado que já era conhecido: o principal agente da degradação do ambiente da vida é o próprio homem, com suas relações e intervenções inadequadas na natureza. A Semana Nacional pela Vida é, sobretudo, uma proposta para valorizar mais a vida humana. São impressionantes a banalização da violência e as agressões à vida humana!


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REFLEXÕES

Fere-se e mata-se uma pessoa com muita facilidade! A saúde pública no Brasil está na UTI e grande parte da população não tem acesso aos cuidados essenciais da saúde. Muitos brasileiros ficam abandonados a si mesmos na doença e na velhice! A vida e a dignidade humana são aviltadas também no trabalho semiescravo, na guerra, no tráfico de pessoas para a exploração sexual e na escravidão das drogas. Passar pelas “cracolândias” e pelas “ruas do sexo” nas metrópoles brasileiras chega a ser deprimente e revoltante! Quem disse que são coisas de obscuros tempos do passado?! A vida também é aviltada nas condições de pobreza e miséria, que continuam a existir apesar de tudo! Como pode uma cidade como São Paulo continuar a conviver diariamente com cerca de 15 mil “moradores de rua”, sem que, aparentemente, nada seja feito para ajudar esses irmãos a embarcarem novamente no trem da história? Parte triste dessas agressões à vida humana continua sendo o aborto provocado, que alcança centenas de milhares de casos cada ano! E, de maneira espantosa, pretende-se legalizar o aborto para “salvar vidas”, até mesmo como se isso fosse um direito humano! Matar seres humanos inocentes e indefesos seria um direito humano?! Ao se pensar na valorização e no apreço pela própria vida, também não se pode deixar de ter apreço pela vida do outro! Por isso, o dia 8 de outubro é comemorado no Brasil, por iniciativa da CNBB, como o “Dia do Nascituro”. Aquele ser humano que ainda não nasceu, mas já vive no seio da mãe, merece todo o respeito pela sua dignidade e pelo seu direito mais elementar, que é o direito a viver e de não ser suprimido por vontade de outrem. No Congresso Nacional tramita há quase seis anos, o projeto de lei do Estatuto do Nascituro, mediante o qual se reconhece que o feto e o bebê, que se preparam para vir ao mundo, já têm direitos a serem reconhecidos e respeitados. Oxalá esse projeto de lei seja aprovado; seria um avanço civilizatório no Brasil! A vida é sempre um bem; o desprezo e o vilipêndio à vida são sinais de perda de humanidade. A vida vale mais que qualquer outro bem!

Por Cardeal Odilo Pedro Scherer



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20 de outubro Dia Mundial das Missões

Catequistas Missionários da fé, evangelizadores; as famílias; seus maiores formadores; são pessoas sensíveis e muito abertas aos problemas comunitários estão alerta.

O catequista planta a sementinha numa terra bem fofinha na esperança de um futuro de verdade com amor, compreensão e fraternidade.

Experiência e inserção no meio do povo auxiliam a formação do catequista novo familiariza-se com o evangelho e aprende que Jesus vive, que a gente o tem e o sente.

Não desanima, nem sente-se fracassado tira lições da vida do cordeiro imolado conhece a luta de jesus de nazaré em fazer-se conhecer através da fé.

Para o catequista, Jesus é o inspirador... Da comunidade ele é o colaborador luta pela justiça e pela igualdade grita contra a miséria e a maldade.

O catequista é o cristão atuante é aquele que vai adiante aquele que não quer a droga que as crianças e aos jovens derrota.

Sempre pede auxílio ao espírito santo para que Maria nos cubra com seu manto dando-nos força e humildade para lutar em prol da humanidade.

O catequista vive os fatos da realidade colabora com sua comunidade dá testemunho de uma vida sadia e sorri ao celebrar a eucaristia.

Por Mirles Rocha Valle


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O CATECISMO RESPONDE

Caminhos da

Evangelização


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§852 Os caminhos da missão. “O Espírito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial.” É ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. “Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis por que a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminhos da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a, morte, da qual Ele saiu vencedor por Sua Ressurreição.” É assim que “o sangue dos mártires é uma semente de cristãos”.

§854 Por sua própria missão, “a Igreja caminha com a humanidade inteira. Experimenta com o mundo a mesma sorte terrena; é como o fermento e a alma da sociedade humana a ser renovada em Cristo e transformada na família de Deus”. O esforço missionário exige, pois, a paciência. Começa pelo anúncio do Evangelho aos povos e aos grupos que ainda não creem em Cristo; prossegue no estabelecimento de comunidades cristãs que sejam “sinais da presença de Deus no mundo” e na fundação de igrejas locais; encaminha um processo de inculturação para encarnar o Evangelho nas culturas dos povos; e não deixará de conhecer também fracassos. “Quanto aos homens, sociedades e povos, apenas gradualmente os atinge e penetra, e assim os assume na plenitude católica.”

§856 A tarefa missionária implica um diálogo respeitoso com os que ainda não aceitam o Evangelho. Os fiéis podem tirar proveito para si mesmos deste desse diálogo, aprendendo a conhecer melhor “tudo quanto de verdade e de graça já se achava entre as nações, numa como que secreta presença de Deus”. Se anunciam a Boa Nova aos que a desconhecem, é para consolidar, completar e elevar a verdade e o bem que Deus difundiu entre os homens e os povos e para purificá-los do erro e do mal, “para a glória de Deus, a confusão do demônio e a felicidade do homem’’.


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DICAS DE LEITURA

100 dúvidas de fé Em linguagem coloquial e com profundo respeito pelos fiéis que lhe solicitam esclarecimentos, este livro realiza o seu trabalho catequético. Toda pergunta dirigida ao Padre Cido, por mais óbvia que seja, é motivo para mergulhar nas verdades de nossa fé. Ele tem em seus arquivos mais de três mil questões. Em resposta às solicitações de padres, ouvintes e leitores que acompanham suas catequeses, neste livro estão registradas as 100 dúvidas de fé mais recorrentes ao longo de tantos anos de diálogo com o povo humilde de nossas comunidades. Autor: Padre Cido Editora: Edições Loyola Páginas: 124

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Dinâmicas de reflexão e convivência Este livro reúne uma série de dinâmicas, músicas, orações, poesias e textos que apresentam um conteúdo de reflexão, sem perder o lado lúdico do processo de formação do ser humano. É instrumento que oferece condições básicas a educadores, catequistas e animadores de grupos para que possam desenvolver nos jovens a sensibilidade religiosa, social, assim como estimular o exercício da cidadania. Autora: Alaice Mariotto Katter Editora: Ave Maria Páginas: 96

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Novos mistérios Pensada para um amplo público, incluindo lideranças leigas, consagrados e consagradas, diáconos, presbíteros e bispos, esta obra pode ser muito útil aos que estão em formação e aos que se dedicam à formação dos mais diferentes tipos de agentes, sobretudo em nossas paróquias e comunidades, no horizonte de uma Igreja comprometida com a evangelização neste desafiador início do século XXI.

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Autor: Antônio José de Almeira Editora: Paulinas Páginas: 136

Sou católico - edição especial de bolso Destinado a ajudar os fiéis a conhecerem melhor os fundamentos da fé e da vida cristã católica. O texto traz exposições breves e essenciais sobre aquilo em que os católicos creem, como rezam e como são chamados a viver. No final, aparecem algumas respostas a perguntas que os católicos, com frequência, são desafiados a responder. Editora: Edições CNBB Páginas: 224

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