Livro de daniel cap 11

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Resumo - Capitulo 10 Neste capítulo, continuaremos a analisando a visão que Daniel teve junto ao Rio Tigre. Veremos de novo a derrota do Persas pelo rei da Grécia – Alexandre, o Grande. Conheceremos também as alianças feitas entre os reinos do norte e sul, e os conflitos que dali surgiram. E finalmente a tirania dos romanos, e o surgimento do “homem do pecado”. O capítulo 11 de Daniel vamos recordar a Historia Mundial desde Babilônia até o fim, passando pelos quatro impérios mundiais: Babilônia, Medo-Persia, Grécia e Roma.


Auxílio na interpretação Antes de tentarmos descobrir o que o anjo procurou ensinar a Daniel ( e a nós) no capítulo 11; será útil que exponhamos uma série de observações que deveriam influenciar-nos enquanto buscamos a interpretação. 1. Materiais de apoio - é importante estudarmos mais de uma tradução bíblica e ler livros de história 2. Daniel 11 começa com uma referência ao rei Ciro, que se achava no poder na época, e finaliza com o “tempo do fim”, quando Miguel se levantará para ressuscitar os mortos. Assim deveríamos esperar que a interpretação nos conduzisse através de longos períodos de tempo.


3. Marcos históricos - espalhados ao longo do período, achamse alguns marcos históricos, que devem orientar-nos no caminho correto. Os mais importantes dentre estes marcos são: a. “príncipe da aliança”, no verso 22 b. “abominação desoladora”, no verso 31 A palavra hebraica para “príncipe’” não é a palavra comum “sar”e sim “nagid”, bem mais rara e semelhante àquela usada para “principe” que “firmará aliança com muitos”, em Daniel 9:24 a 27. o príncipe é Jesus, portanto ao chegarmos no verso 22 em nossa interpretação de Daniel 11, devemos haver alcançado pelo menos o tempo de Cristo.


No tocante à “abominação desoladora”v. 31, Jesus indicou em Mat 24:15 que, em Seus dias, representava ainda alguma coisa futura. Então no momento em que chegar-mos ao v.31, torna-se claro que deveremos estar em plena era cristã. 4. Paralelismo - Já aprendemos que as grandes profecias dos capítulos 2, 7, 8 e 9, não apenas servem de paralelo às anteriores, como também aumentam sucessivamente o escopo das mesmas. Assim temos o direito de esperar que o cap 11 também introduza algum material novo, ao mesmo tempo em que corre de modo paralelo às profecias anteriores.


5. História cristã - vimos que os capítulos 7 à 9 de Daniel lidam amplamente com aspectos da igreja cristã. Podemos concluir, portanto, que o capitulo 11 provavelmente cuidará também de aspectos da igreja cristã. 6. “Teu povo” - Em nosso estudo de Daniel 9: 19 e 24, aprendemos que o termo “teu povo” significa o Israel étnico até o encerramento das setentas semanas (34 d.C) e, depois disto, o Israel cristão - a igreja que forma o completo corpo de crentes em Jesus, tanto os de origem judaica quanto os de origem gentílica.


Daniel 11 contém muitos detalhes. Se você não aprecia detalhes, não desanime, estude com calma, outras vezes, pois nosso Deus ama os detalhes e Ele vai te ajudar. Os cientista nos informa que cada gota de chuva que cai durante um temporal, contém, pelo menos 100 bilhões de átomos. E cada átomo é composto por prótons, nêutrons e elétrons. Por sua vez, é provável que cada próton e nêutron seja composto por três partículas infinitesimalmente pequenas, que giram em alta rotação e se assemelham a um pião e são chamadas de “quarks”. Existem hoje aproximadamente seis bilhões de pessoas no mundo. Cada um delas possui os seus próprios problemas sociais, econômicos e familiares. Que bom é pensar que o Deus das gotas de chuva conhece tudo o que é necessário a respeito dos problemas de cada um nós, e que Ele sabe de tudo isto com séculos de antecipação, e que “ não está longe de cada um de nós” . Atos 17:27.


Livro de Daniel Capitulo 11

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11:1 Eu Eu, pois, no primeiro ano de Dario, o medo, levanteilevantei-me para animá-lo e fortalecê-lo. me

O anjo, havia assistido pessoalmente a Dario o Medo em sua administração de Babilônia. Esta informação nos ajuda a compreender por que Dario se demonstrou tão amigo de Daniel, no tocante ao assunto da cova dos leões.


reis 11: 2 E agora te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão estarão na na Pérsia, Pérsia e o quarto quartoacumulará acumulará grandes grandes riquezas, riquezas mais do que todos; e, tornando-se forte, por suas riquezas, suscitará a todos contra o reino da Grécia.

Três reis se levantariam no reino Persa; 1° Cambises (530-522 a.C); Gaumato ou falso Smerdis (502 a.C e Dario (502-486 a.C). Este é Xerxes, o famoso rei Assuero do livro de Ester (Ester 1;1). Era filho de Dario I e subiu ao trono em 485 a.C. a história registra ter sido tremendamente orgulhoso das riquezas de seu glorioso reino.


11: 2 E agora te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto acumulará grandes riquezas, mais do que todos; e, tornando-se forte, por suas riquezas, suscitará aa todos contra o reino da Grécia. suscitará Grécia

Xerxes acabou com as revoltas no Egito e Babilônia e depois organizou um exército com mais de um milhão de soldados para destruir a Grécia. Apesar de ter armado contra a Grécia a mais poderosa expedição militar até então constituída, assistiu a destruição de sua frota em Salamina ( 480 a.C)


rei valente, valente que reinará 11: 3 Depois se levantará um rei com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.

Um valente guerreiro com 25 anos de idade, encarnando ambição de seu pai Filipe, surge no cenário mundial, Alexandre Magno, o Grande reinou de 336 a 323 a.C.


11: 4 Mas, estando elepé,emo seu pé,reino o seu será estando ele em seráreino quebrado será repartido os quatro ventos doventos céu do céu; quebrado, e será para repartido para os quatro mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o seu domínio com que reinou, porque o seu reino será arrancado, e passará a outros que não eles.

Alexandre, aos 32 anos de idade, já havia conquistado todo o mundo, havia alcançado as culminâncias de seu poderio mundial. Mas aos 33 anos, em 323 a.C., Alexandre adoeceu e morreu de “febre do pântano”. Quando Alexandre morreu, os seus quatro generais, dividiram o império de Alexandre entre si. São eles: Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco.


A partir do verso 5 até o 13, a profecia estará focalizando os dois reinos que saíram do império de Alexandre com os quais o povo de Deus, os judeus, tinham contato direto. Estes eram Síria, governada pelos Selêucidas, e o Egito governada pelos Ptolomaidas. Em relação à situação geográfica da Palestina, o primeiro situava-se ao norte e o último ao sul.


Síria Síria

Jerusalém

Egito


Todos os reis do Egito (o sul) portavam o nome de Ptolomeu. Todos os reis do norte levavam o nome de Selêuco ou Antíoco. Nos livros de história eles são diferenciados quer por um número ligado ao nome ou pelo segundo nome que eles escolhiam...


...ou ainda por um cognome dado pelo pr贸prio povo a quem governavam. Daniel 11 descreve o surgimento e a queda desses governantes e certos detalhes que cercaram sua exist锚ncia.


Este é o rei do Egito, Ptolomeu I, um dos melhores generais de Alexandre que estabeleceu a mais duradoura de todas as monarquias para o Egito como o rei do Sul. Isto aplica-se a Seleuco I Nicator, outro dos melhores generais de Alexandre que se fez rei da maior parte asiática do império. Quando foi vencido pelo seu rival, Antígono, ele se colocou sobre a proteção do rei do sul. No mesmo ano Seleuco recuperou a Babilônia e gradualmente outras cidades.


Isto é, Seleuco ao mesmo tempo que seria considerado príncipe do rei do sul, posteriormente tornou-se mais forte que o rei do Egito. Arriano, o principal historiador antigo para este período, sobre Seleuco, afirmou: “o maior rei dos que sucederam a Alexandre, que era a maior mentalidade real e que governou sobre a maior extensão de território, a seguir Alexandre”.


Cerca do ano 250 a.C., o rei Ptolomeu do Egito e o rei Antíoco da Síria tentaram promover a paz entre seus dois reinos, quando esse último casou-se com Berenice, a filha de Ptolomeu. Houve somente um problema com esse tratado – Antíoco já era casado. Assim ele se divorciou de sua esposa Laodice. O novo casamento aconteceu e um menino nasceu dessa união.


Mas Antíoco logo percebeu que amava sua primeira esposa, Laodice, mais do que a nova mulher. Depois que seu sogro (o rei Ptolomeu) morreu, ele se divorciou de Berenice e retomou Laodice como sua esposa. Laodice, todavia, ficou desconfiada de seu marido, o rei Antíoco. Usando seus poderes reais ela planejou uma conspiração e mandou matar Antíoco...


...o filho de Antíoco com Berenice ...Berenice... “seu pai” outras versões usam “seu filho” ...as mulheres egípcias e os assistentes, ao tentarem defender Berenice, foram assassinados com ela.


Ptolomeo III Evergetes, filho do Ptolomeo II e irmão de Berenice, que sucedeu a seu pai no ano 246 a 893 a.C Ptolomeu III, avançou contra a Síria para vingar o assassinato de sua irmã. Ptolomeu III foi vitorioso, prevalecendo completamente em sua campanha contra o rei do norte, Seleuco II, Calínicos ( 246-226 a.C).


Ptolomeu III... Combateu contra o rei da Síria, Selêuco Calínico, numa longa e obstinada guerra; submeteu depois a Ásia ocidental e trouxe da Pérsia, além de imensos despojos, as estatuas dos deuses do Egito roubadas por Dario e Cambises.


Seleuco II, rei da Síria, que apouco fora despojado por Ptolomeu III, restabeleceu a sua autoridade e marchou contra aquele país, esperando reaver as suas riquezas e de novo ganhar o seu prestígio. Seleuco II, rei da Síria, foi novamente derrotado e envergonhado. Teve que voltar para sua terra de mãos vazias. Isto foi cerca do ano 240 a.C.


Quer dizer os dois filhos do Seleuco II, Seleuco III, Cerauno Soter (226-223/222 a. C.), que foi assassinado depois de um breve reinado, e Antíoco III, o Grande (223/222-188/187 A. C.). Em 219 A. C., Antíoco III iniciou sua campanha contra o sul de Síria e Palestina retornando a Seleucida, porto da Antioquía. Depois iniciou uma campanha sistemática para conquistar a Palestina de seu rival Ptolomeo IV Filopator.


Antíoco III voltou a guerrear, chegou até a fortaleza de Ráfia, na entrada do Egito, em 22 de junho de 217 a.C. na ocasião o rei do sul era Ptolomeu IV, Filopator ( 222-204 a.C.). O interesse profético ao descrever essas constantes guerras deve-se ao fato de que os reis do norte e do sul geralmente tinham que passar pela Palestina (terra gloriosa). Muitas vezes eles invadiam Israel e estes por vezes ficavam sujeitos à Síria ou ao Egito, até que os romanos entraram em cena. Daí a preocupação de Daniel: Estaria o povo de Deus sempre sob ataques e perseguições?


Ptolomeu IV, rei do Egito, pelejará com Antíoco III, rei do norte. Os dois reis se defrontaram no campo de batalha em Ráfia, próximo da fronteira egípcia-palestina, no ano de 217 a.C...e como a Palavra de Deu pedisse, Antíoco III, o rei do norte, sofreu uma derrota desastrosa, perdendo 10.000 soldados, 300 cavaleiros, e ficando mais de 4.000 prisioneiros.


Indolente e dissoluto o rei do Egito falhou no fazer o melhor de sua vitória em Ráfia. No entanto, durante os anos 212204 a.C, Antíoco converteu as suas energias para recuperação dos seus território orientais, e fez uma bem sucedida campanha até a fronteira da Índia. Cerca de 203 a.C, o rei do Egito, Ptlomoeu IV e sua rainha morreram misteriosamente e foram sucedidos no trono pelo seu filho, Ptolomeu V Epifânio (203-181 a.C), que tinha somente 4 anos de idade.


Antíoco III sabendo que agora o rei do Egito era uma criança de 5 anos, imaginou ser a grande oportunidade de se vingar dos egípcios. Antíoco III preparou um exército maior do que ele usara em Ráfia, na Palestina. Antíoco III, não tardando, conquistou a Judéia, a Finícia, a Cele-Síria, toda a Ásia Menor, e abateu os partos. Depois da morte de Filopar, em 203 a.C, Antíoco III invadiu de novo a Terra Santa, em 196 a.C,acrescentando a Palestina ao Império Selêucida.


Bom, até aqui, esses versos iniciais (1 - 13), são interpretados de modo bastante harmonioso, por todos os ramos do cristianismo e outros historiadores, contudo dos versículos 14-39, têm gerado ampla variedade de interpretações. Vamos examinar, com calma, o que parece ser mais viável.


Dentre esses, acham-se egípcios que não estavam gostando do governo grego, Antíoco III, rei da Síria que se aliou com Felipe Macedônico, o homem que naquele momento era o sucessor de Cassandro no ocidente. Todos estes se ergueram em hostilidade contra o rei do sul. A versão King James diz: “os roubadores do teu povo”. O hebraico significa literalmente: “os quebradores do teu povo”. O sentido hebraico pode muito bem referir-se a pessoas de fora que vieram para roubar ou quebrar os judeus.


Assim, quem são os “roubadores” ou “quebradores”do povo de Deus? A visa de Daniel 7, a quarta besta “devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava”. Assim o significado é que Roma entraria em cena neste ponto da história, em cumprimento às visões dos capítulos 7 e 8 e com o transcurso do tempo haveriam de pisotear o povo de Deus e, finalmente, cair. O verso resume a historia de Roma numa concisa profecia.


Efetivamente, foi nos dias de Antíoco III que os romanos entram na história do Mediterrâneo oriental. Quando eles souberam que Antíoco fizera aliança com Felipe da Macedônia, contra Ptolomeu V do Egito, eles temeram que uma nova superpotência se formasse no Oriente Médio e advertiram Filipe de Antíoco III a permanecerem fora do Egito. O aviso foi ignorado.


Antíoco III, rei da Síria. O rei da Síria, conquistou a cidade de Gaza Antíoco dominou completamente a palestina. Roma declarou guerra contra a Síria em 191 a.C e derrotou Antíoco. Ele foi obrigado a pagar tributo anual para o senado romano.


O poder que vem contra Antíoco é o poder de Roma. Na Batalha de Pidna, em 22 de junho de 168 a.C, os romanos, sob o comando de Emílio Paulo, esmagaram para sempre os últimos vestígios de independência que havia nos estados da Macedônia e Grécia. Esse expressão é referência a terra natal de Daniel, a Palestina, que foi invadida por Roma.


O imperador romano Júlio César, à frente dos exércitos romanos, estava determinado a conquistar todo o reino de Alexandre. Julio Cesar, não vai ao campo de batalha, mas à mesa de negociação,para controlar o Egito. O rei do sul, Ptolomeu XI, entrega sua filha Cleópatra a Júlio César, com uma única intenção: destruir o reino dele. Após a morte de Ptolomeu XI, seus filhos Ptolomeu XII e Cleópatra, ocuparam o trono. Com Cleópatra, Julio Cesar manteve um longo romance amoroso.


O casamento entre aspas do imperador romano com Cleópatra “não subsistirá”, pois ao voltar para Roma foi assassinado e Cleópatra se tornou amante de Marco Antonio, rival de Octaviano, herdeiro do trono de Júlio César. Marco Antonio e Cleópatra se uniram em batalha contra Octaviano, mas no ano de 31 a.C, na cidade de Áccio, foram derrotados. Marco Antonio suicidou-se e mais tarde, Cleópatra também.


A historia relata que Júlio Cesar voltou o rosto “para as terras do mar” ou terras costeiras. Logo foi atraído para longe do Egito. Todo o norte da África se rendeu, e César retornou em triunfo para Roma. A profecia diz que um príncipe “fará cessar o seu opróbrio” . Brutus fingia ser amigo de César, mas estava conspirando contra ele, para livrar Roma da ditadura de César.


Da Ásia, Júlio Cear regressou a Roma, de Roma foi à África e da África a Espanha. Quando voltou a Roma um ano antes de ser assassinado, era o senhor do imenso império romano. Ao retornar definitivamente para Roma, Julio Cesar descobriu uma conspiração no senado contra ele. Os senadores chefiados por Cássio e Brutus levou a efeito o assassínio de Julio em pleno Senado. “até tu Brutus”, foram as últimas palavras de Julio Cesar. Brutus era seu filho.


Octaviano, agora César Augusto, o novo imperador. Qual a terra mais gloriosa do mundo? A Palestina. César Augusto era o imperador romano quando Jesus nasceu. Cesar deu ordem para recenseamento da população do império.

“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população para recenseamento.” Lucas 2:1 César Augusto, sucessor de Julio César restabeleceu o império Romano, e após um reinado de 40 anos, morreu pacificamente em seu leito de morte aos 76 anos de idade, no ano 14 a.D.


Este foi Tibério César (14-37 a.D), uma pessoa excêntrica, incompreensível e tremendamente desagradável. Tibério era tão cruel e perverso que toda a nação, especialmente os residentes em Roma, festejaram sua morte. Tibério era enteado, depois genro e por fim filho adotivo de Cesar Augusto. Governou com grande crueldade revoltante e vergonhosa, tornou-se verdadeiro louco e repelente monstro. Tibério ascendeu ao trono pacificamente, graças as manobras políticas de sua mãe Lívia.


A medida que o tempo passava, revoltas e insubordinação apareciam contra os romanos, porém, tudo inútil. Tibério quebrava e arrasava toda resistência e matava impiedosamente os revoltosos. Idêntico ao Príncipe que confirma o pacto no cap. 9: 25-27 (cap. 8:11). Pela profecia do cap. 9 fica claro que este era o Messías, Jesus Cristo. Foi durante o reinado do Tibério (14 A. C.- 37 d. C.) e por ordem de seu procurador na Judéia, Poncio Pilatos, que Jesus foi crucificado no ano 31 d. C.


Daniel 11:1 a 22, focaliza fatos históricos ocorridos dede o tempo de Daniel até o tempo do Messias, o “Príncipe da Aliança”. Os versículos 23 a 45, continuam fazendo inicialmente referencias a Roma Imperial mas uma transição em Roma como poder religioso entre em cena e são apresentados muitos detalhes que se identificam com Daniel capitulo 7 e 8.


Aqui faz uma referência à política romana que hoje chamaríamos pactos de ajuda mútua, como por exemplo o tratado de ajuda e amizade com os judeus. Nesses tratados os romanos reconheciam aos participantes como "aliados", e teoricamente esses pactos tinham o objeto de proteger e promover interesses mútuos. Assim Roma aparecia desempenhando o papel de amiga e protetora, só para obrar com "engano" fazendo valer esses acordos para seu próprio benefício. Freqüentemente impunha as cargas da conquista sobre seus "aliados", mas geralmente se reservava para si mesmo os frutos das conquistas. Ao fim esses "aliados" eram absorvidos no Império Romano


Alguns vêem no relatório deste verso uma predição da política de Roma para com as regiões conquistadas pelo império. Roma estava utilizando um novo método de conquista, o qual era desconhecido pelos seus pais e pais dos seus pais. Até aquela época, novos territórios eram conquistados pela força. Agora, eles vinham conquistando novos territórios por meios pacíficos. Reis estavam deixando seus reinos ara os romanos como um legado.


A história registra que os despojos das conquistas foram generosamente distribuídos entre a nobreza e os comandantes do exercito, e que era pratica comum mesmo os soldados receberem uma concessão de terras nas regiões conquistadas. Se essa expressão for considerado como um tempo profético seria de 360 anos. De setembro de 31 a.C quando a batalha decisiva de Áccio foi travada, batalha que marcou o início do reinado e Augusto, um tempo profético nos levaria a 330 d.C, o ano em que Constantino mudou a capital de Roma para Constantinopla, um evento considerado por muitos como cumprimento do verso 24.


O relato agora é de uma violenta batalha contra o rei do Sul, Egito. Isso cumprido detalhadamente na batalha de Áccio em 31 a.C. Marco Antônio era cunhado de Cesar Augusto, casado com sua Irma, Otávia. Mas Marco Antônio apaixonouse por Cleópatra, divorciou-se. A guerra entre Egito e Roma, na verdade era uma uma guerra contra Marco Antônio e Cleópatra. No auge da batalha Cleópatra fugiu, e Marco Antonio, perdido de paixão, foi atrás.


Os amigos e aliados de Marco Antônio ficaram aborrecidos por causa da sua paixão por Cleópatra. Os que “comeram os seus manjares”abandonaram-no e uniram-se a Augusto. Até Cleópatra o traiu. Marco Antonio cometeu suicídio.


Octaviano e Antônio ainda que aparentemente fossem amigos, o desejo de ambos era destruir um ao outro. Octaviano em outubro de 43 a.C, encontrou-se com Antonio e Lépido nas proximidades de Bolonha, onde foi concluído o acordo denominado Segundo Triunvirato... Em 40 a.C, um acordo secreto reaproximou Antonio, Lépido e Octaviano, que dividiram o mundo romano entre si, ficando o primeiro com o oriente, o segundo com a áfrica e Octavio com o Ocidente...Durou pouco esta aliança, pois em 31 a.C, a esquadra de Octaviano, comandada por Agripa bateu as forças de Antônio e Cleópatra, os dois fugiram para o Egito onde se suicidaram um ano depois.


Octaviano, agora chamado Augusto, “tornara a sua terra”. Isto é, Roma. Augusto considerou o Egito sua conquista pessoal . Apoderouse dos tesouros do Faraó, acumulado durante milênios, e com esta fortuna organizou setenta legiões. Agora estava com um poder indestrutível. Os celeiros egípcios, cheios de trigo, passaram a alimentar a plebe romana.

Logo depois, na ordem dos eventos, veio a sujeição da Judéia a Roma e a destruição de Jerusalém. Durante muito tempo, os judeus tinham sido o povo da aliança de Deus. No tempo de Vespasiano, os romanos invadiram a Judéia. Ocorreu o cerco de Jerusalém por Tito, mais de um milhão de judeus morrem.


Esse termo pode se referir ao tempo profético do verso 24. o tempo terminou em 330 d.C. O trono foi transferido para Constantinopla, e Roma começou a perder o prestígio.

Roma tenta manter sua supremacia, mas esta na hora de Roma se sucumbida diante da tribos bárbaras. Ela está enfraquecendo, já não é mais a mesma


Quitim começou como uma colônia de fenícios que migraram para Chipre, sob liderança de um homem chamado Quitum, que fundou a cidade a qual deu o seu nome, que é a moderna Nicísia. Depois, o termo foi aplicado para as ilhas e para a costa do Mediterrâneo, mais tarde o termo designava opressores estrangeiros em geral Assim,podemos entender que “navios de Quitim”são as tribos bárbaras que invadiram e destruíram o Império Romano Ocidental.


Vemos aqui o início da transição de Roma pagã dos césares para o poder eclesiástico, que domina o restante da profecia. Pela introdução de doutrinas, supersticiosas, adoração de santos, confissão, adoração a Maria. O que mais poderiam eles fazerem para ir “contra a santa aliança”.


Como porta voz do céu, fez nações beberem o Cálice das Tradições e ensinos humanos. Aqui estão as “coisas incríveis que o fez próspero”:

Cálice embriagante

301 – aconselha o domingo como dia de guarda 310 – inicia a oração pelos mortos 320 – acender velas p/ intenção dos mortos 321 – Constantino - promulga lei do domingo 336 – igreja oficializa o edito acima 370 – inicio da veneração de anjos, santos, altares 394 – culto substituído pela missa 400 – oficializa a oração p/ mortos – sinal da cruz 416 – batismo de recém nascidos 431 – oficializa culto a Maria, mãe de Jesus 526 – extrema unção perdoando o enfermo pecador 593 – instituição do purgatório 788 – oficializa a adoração às imagens, relíquias, etc. 850 – ramos e água benta 880 – canonização dos “santos” 998 – instituição de dia de finados-quaresma-paixao 1074 – instituição do celibato 1095 – início da venda de indulgências

1184 – Estab. tribunal da Inquisição 1200 – introdução do rosário 1215 – transubstanciação da hóstia 1229 – proibida a leitura da Bíblia 1311 – procissão do ss. sacramento 1414 – uso reg. da hóstia nas missas 1545 – tradição da Igreja=Bíblia 1546 – inclusão de livros apócrifos 1854 – Imac. Conceição de Maria 1870 – dogma da Infalibilidade Papal 1950 – dogma da Assunção de Maria 2000 – somente pela Igreja Papal se pode obter a salvação


Essas palavras retratam as diversas agencias de força e riqueza que começaram a apoiar o sistema religioso romano. Isso não pode ser uma referência ao santuário terrestre, que não mais existia nessa época. O único outro santuário mencionado na Bíblia é o que está no céu, ao qual o santuário terrestre era sombra. A igreja apostatada fez sacerdotes dos seus bispos, participando na eucaristia como um substituo para o Sacerdócio Levita, encobrindo o ministério de Cristo e poluindo o Seu santuário.


Cristo falou para os judeus que seus pecados fariam com que a casa deles ficasse deserta. Aquilo que profana lugares e coisas santas é chamado de abominação (Ezq 8). Esse poder é o maior de todos os desoladores de coisas e lugares santos, e é apropriadamente chamado de “abominação desoladora”.

Na profecia de Cristo, no Monte das Oliveiras, ele usa o termo “abominável da desolação”( Mt 24:15), referindo-se ao poder romano. Aqui, o governo imperial de Roma e a forma papal não estão separados, mas tratados como uma única forma modificada da Roma pagã.


Os que abandonaram as Escrituras, pensaram mais nos decretos da igreja e nas decisões dos concílios do que nas Escritura. Foram pervertidos pelas “lisonjas”do chefe da igreja, que os confirmava com posições, homenagens e honras trazidas pelas riquezas. A apostasia nunca foi universal. Sempre há os que mantém a tocha da verdade acesa, monstrando impressionantes feitos de heroísmo e fidelidade. A biografia dessas pessoas esta cheio de relatos emocionantes de aventuras e de livramento e providências. A igreja os rotulou de hereges. Nós os conhecemos por Valdenses, Albingenses, Hussitas, etc. eles acenderam a chama que, mais tarde, se transformaria na resplandecente luz da reforma.


Em todas as épocas, o verdadeiro povo de Deus, cuja inabalável determinação de contar para outros sobre a gloriosa verdade do evangelho, tem ensinado a muitos. O método utilizado por Roma para esmagar o que ela taxava de heresia era o uso do poder militar – espada, naquele tempo. Um dos métodos favoritos e executar os hereges era deixá-los queimar vivos. Assim fazendo, as autoridades religiosas alegavam que não estavam derramando sangue.


Os que não concordam com Roma eram enviados para trabalhar como escravos nas galeras até morrerem de exaustão. João Knox passou por um período de escravidão como esse, mais escapou. Pelo roubo – um dos métodos mais efetivos empregados para combater os hereges era o que se chamava as dragonas (perseguições feita por topas). Grandes numero de soldados libertinos e brutais alojavam-se nas casas dos Huguenotes, da França, com ordens de fazer o que bem entendessem, exceto matar, para fazer com que as pessoas se tornassem católicas. Esse termo pode apontar para os 1.260 anos, mencionados em Daniel e Apocalipse como o tempo determinado para a supremacia papal.


No livro de Apocalipse lemos que “a terra, porém, socorreu a mulher” (apoc 12:13-16). Várias agencias se levantaram para abrandar a severidade da perseguição contra o povo de Deus. A reforma foi um desses métodos de auxílio. Os Estados alemães esposaram a causa protestante, protegeram os reformadores e restringiram a obra de perseguição.

Essa profecia indica que o protestantismo sucumbiria à popularidade e deixaria de protestar. Ele concederia com o mundo e com o papado e, “falaria como dragão”(Apoc 13:11 e12). Quando os protestantes foram ajudados e sua causa começou a ficar popular, muitos passaram a associar-se a eles com adulações, ou abraçar a fé sem nenhum motivo.


Aqui temos predição de martírio. Muitos do povo de Deus sofreram perseguição, morreram pela espada, queimados ou de inanição, em masmorras. Muitas vezes a perseguição foi uma bênção disfarçada. A igreja sempre esteve em seu estado de maior pureza e espiritualidade durante os períodos de perseguição e martírio. As perseguições e aflições são alguns dos melhores agentes purificadores e refinadores de Deus (Isa 1:25-27, Zac 13:9, Mal 3:3). As provações da vida são obra de Deus para remover impurezas e imperfeições do caráter.


Isso indica um domínio universal, sem qualquer oposição. O verso 3 descreve a Grécia sob o domínio de Alexandre, o verso 16 é uma descrição de Roma sob o governo dos Césares. Agora, o mesmo termo é designado para descrever Roma papal. “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” II Tess 2:4 A alegação de infabilidade e os nomes e títulos blasfemos assumidos pelo Papa são “coisas espantosas” faladas contra o Deus dos deuses. A linguagem usada prova que esse capítulo é uma interpretação adicional das visões anteriores de Daniel.


Muitas profecias mostram que o poder papal, que foi ferido pela Reforma, seria outra vez restaurado e continuaria até o fim. Este verso está claramente ligado a Daniel 8: 24 e 25: “E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo. E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas sem mão será quebrado.”


O Céu decretou e determinou sua destruição final. Daniel 9:27 usa a linguagem semelhante: “até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”.


O chifre pequeno de Daniel 7 era diferente de todos os poderes da Terra. A religião de Roma era diferente das religiões anteriores. Ela é uma contemporização entre paganismo e cristianismo. O seu líder se exalta acima de todos os deuses, e reclama a adoração e a honra que pertence somente a Deus. O papa nega ao seus sacerdotes e freiras o direito e o privilégio dado por Deus de eles constituírem família. Assim, um desejo que é originário do Céu não é levado em consideração sendo-lhes negado. Incrível, Daniel profetizou isso 600 anos antes de Jesus nascer. Sobre o celibato e virgindade.


Alguns acreditam que seja alianças civis, e a seus premeditados esforços para ter as nações sob suas ordens. Alguns vêem o cumprimento desta passagem nos donativos inestimáveis que tem sido colocados sobre as imagens da Virgem Maria e dos santos “um deus a quem seus pais não conheceram“.


Muitas são as interpretações que se dão a esta passagem, a mais provável talvez seja que seja uma descrição do apoio que a Igreja Romana tem dado a adoração de “protetores” – e aos festivais mantidos em varias cidades do mundo em honra ao sacrifico da missa e da virgem Maria.


Do versículo 40 ao 45, a maioria das interpretações são meras especulações. Vamos colocar aqui uma linha de interpretação, que alguns julgam ser a mais provável As diversas pressões ideológicas e políticas e filosóficas que insurgem contra o poder papal a partir do final do sec. XVIII. A revolução francesa em 1789, quando o Papa Pio VI foi preso e depois morto.

O rei do norte (Roma papal), ainda não abdicara do desejo insano de supremacia universal, quando a profecia alcança seu clímax.


Notemos, que finalmente o rei do norte reage e consegue suplantar as forças do sul até que o “Egito” se vê finalmente conquistado. Egito representa forças oponentes. A trajetória do rei do norte sobre essas forças aponta para a restauração final do poder papal e seus predomínios pelo mundo. No Apocalipse esse fato e visto na cura da ferida mortal que fora aplicada à besta,e culmina com sua aceitação pelo mundo.


Devidamente restaurado, o rei do norte então faz sua última investida contra Deus e Seu povo, a igreja remanescente, mas tão somente para chegar a seu fim. Estas nações eram inimigas de Israel nos tempos do V.T. Hoje não existem mais como nações. Portanto, não podem estar sendo literalmente referidas, a exemplo do que ocorreu antes com o ‘Egito’ e a ‘terra gloriosa’. Representam aqueles que hoje estão no mundo mas que na hora cruciante atenderão ao convite divino ‘sai de babilônia povo meu’.


“a bíblia diz que a falsa religião e a filosofia ateísta provinda do Egito e por ele simbolizada, iriam conflitar pouco antes do tempo do fim. Antes do término de todas as coisas e da presente ordem, a falsa religião e os falsos políticos iriam entrar em conflito, e a primeira iria dominar. Ela e o anticristo iriam crescer trementedamente e dominariam o mundo”. Pr. Mark Finley, revelando os Mistérios de Daniel, p. 138.


Esse verso mostra o grande crescimento do anticristo. O ateĂ­smo, comunismo, cairia e em seu lugar surgiria um poder religioso que poucos antes dos tempos, da volta de Jesus, se espalharia pelo mundo e exerceria domĂ­nio. Um poder religioso,antes do fim do tempo que seria mundial.


O oriente e o norte são os lados de Deus . Jesus e os anjos virão como os Reis do Oriente (Apoc 16:12, Mat 24:27). Os rumores do norte e do oriente devem representar o anuncio da vinda daquele que destruirá o oponente de Deus e de Seu povo. É a tríplice mensagem angélica agora na forma do alto clamor: o remanescente final, imbuído do poder do Espírito Santo na forma da chuva serôdia, cumprindo a obra do anjo de apoc 18. A tríplice mensagem angélica destacará o inimigo e advertirá o mundo quanto aos seus enganos. Isto atrairá o rei do norte [o papado] contra o remanescente, para o destruir. Será finalmente estabelecido um decreto de morte contra o povo de Deus...


Armar tendas palacianas entre o Mar e o templo, simboliza a usurpação, por parte do rei do norte, das prerrogativas de Cristo no santuário celestial. Como conseqüência desta usurpação o rei do norte será punido – a semelhança do animal do chifre pequeno, que é figura paralela do rei – de tal modo que “chegará o seu fim, e não haverá que o socorra”.


O capítulo 11 chega ao clímax com o ataque final contra o povo de Deus. Mas as boas-novas são que a vitória já está garantida para os fiéis seguidores de Deus. Todos aqueles que amam a Jesus haverão de vencer.


“Chegará o seu fim e não haverá quem o socorra.” Pois, Miguel se levantará


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