ANO III - EDIÇÃO 11 - JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2010
Gerenciamento é essencial para o sucesso de um projeto É fundamental o acompanhamento para cuidar dos detalhes
Sustentabilidade Empresas fomentam consciência ecológica entre funcionários
Finanças e investimento Bolsa de valores: sem medo de investir
Editorial
Indice
Prezado Leitor, Passado o clima de Copa do Mundo e aproveitando o tema, a Revista Corporativa aborda como matéria principal desta edição a atividade de gerenciamento de obras, tendo em vista a necessidade urgente do planejamento das obras para o maior torneio de futebol do mundo que ocorrerá aqui em 2014. É fato que o Brasil será beneficiado com os eventos esportivos planejados, Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), entretanto, corremos um risco enorme de fracasso se não iniciarmos a planejar profissionalmente a infraestrutura adequada para tais eventos. Vale dizer que o fracasso mencionado poderá significar o não atendimento às exigências mínimas que os órgãos reguladores destes eventos exigem, ou, simplesmente, um aumento exagerado dos gastos previstos, face a falta de planejamento adequado e profissional e o sempre presente “jeitinho brasileiro”. Guardadas as devidas proporções, o tema gerenciamento é afeto a todo e qualquer pessoa que estuda a realização de uma obra ou projeto (imobiliário ou não), sendo que a matéria da história do gerenciamento e do PMI, a demonstração clara de que o planejamento, seja ele em qual área for, é essencial para o sucesso de um projeto. O assunto gerenciamento (planejamento) é extenso e as pessoas que se interessarem por ele poderão verificar através do referido instituto (PMI) que ações práticas e simples são suficientes para a gestão adequada de um projeto. Além do tema principal acima colocado a Revista Corporativa destaca as campanhas de doação de sangue que as empresas Venturus e HP realizam no GlobalTech, assim como aborda temas relevantes do nosso dia a dia, relacionados a telecomunicações e meio ambiente. Esperamos que gostem desta edição e convocamos a todos a participarem com sugestões de pautas e matérias que podem ser feitas através do e.mail revistacorporativa@ini2.com.br. Desejamos a todos uma boa leitura! Carlos F. Corsini - INI2 Implantações Imobiliárias.
Expediente
4 Entrevista Copa de 2014: cenário otimista
8 Especial Gerenciamento é essencial na construção corporativa
14 Artigo Jurídico A pedra tributária no caminho do desenvolvimento
16 Responsabilidade Social Empresas se unem para ajudar o próximo
18 Tecnologia Conexão com o mundo sem sair da cadeira
20 Finanças Bolsa de valores: sem medo de investir
22 Sustentabilidade Ambiente profissional verde
24 Novos Negócios A importância de saber contratar numa gestão de obras
Revista Corporativa é uma publicação da INI2 Implantações Imobiliárias Ltda.
Rua Dr. Sylvio de Moraes Sales, 95 Cambuí, Campinas CEP 13025-160 - Fone: (19) 3251.2388 www.ini2.com.br - revistacorporativa@ini2.com.br Conselho Editorial: Augusto Manarini, Beatriz Marra, Carlos F. Corsini, Denis Piassa, Hélio Bazílio e Henrique Cicchetto. Projeto editorial: newslink comunicação Jornalista Responsável: Élcio Ramos, Mtb: 27.784.
Reportagens: Carolina Pimentel, Janaína Nascimento, Michele Medola e Raquel Mattos. Projeto Gráfico: Charles de Souza Leite. Diagramação: Lucas Andrade e Ana Luiza Pelicer Fotos: Celso de Menezes. Comercial: Talita Mollar (newslink comunicação). Fone (19) 3579.2233 www.newslink.com.br - contato@newslink.com.br
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Entrevista
Copa de 2014: cenário otimista P O R R AQ U E L M AT TO S
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Copa do Mundo de Futebol da África do Sul já terminou e começa agora a contagem regressiva para o evento que será realizado no Brasil. Temos exatos quatro anos para preparar tudo. Devido à capacidade geradora e multiplicadora de riquezas para o País, além da importância do campeonato, a Ernst Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), concluiu e apresentou, no mês de junho, o estudo “Brasil Sustentável: Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”. De modo geral, as expectativas são otimistas, os investimentos são grandiosos e haverá reflexos e benefícios em
diversos setores da economia do nosso País. Campinas não é uma das cidades-sede, mas fica há 98 quilômetros de São Paulo e poderá receber delegações para algum centro de treinamento, além de inúmeros turistas, que poderão utilizar o Aeroporto Internacional de Viracopos. Portanto, é importante o conteúdo do estudo, no sentido de pequenas, médias e grandes empresas estarem organizadas para usufruir desses benefícios em favor de seus negócios. A Revista Corporativa falou com José Carlos Pinto, sócio de consultoria em riscos da Ernst & Young e, abaixo, segue um raio-x do estudo. Sua empresa está preparada? Divulgação
Estudo apresentado pela Ernst Young, em parceria com a FGV analisou o impacto da realização da Copa do Mundo no Brasil. Diversos setores da economia serão beneficiados e, se bem trabalhado, deixará um legado positivo para toda sociedade
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De uma forma geral, o estudo lançado “Brasil Sustentável: Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014” tem um resultado positivo, ou seja, o estudo aponta que as cidades serão beneficiadas pelo megaevento? Trata-se de um resultado otimista? Sim, ele mostra um impacto na produção e PIB de diversos setores. A Copa do Mundo de 2014 terá um efeito multiplicador capaz de quintuplicar os investimentos diretos realizados no País para viabilizar o campeonato. As cidades brasileiras vão ser fortemente beneficiadas pelo evento, que vai gerar R$ 142 bilhões adicionais para a economia brasileira.
O senhor poderia resumir qual foi a metodologia utilizada para a realização de tão detalhado estudo? Para capturar a totalidade desses “efeitos multiplicadores”, este estudo desenvolveu um modelo de Insumo-Produto Estendido, baseado na Matriz Insumo-Produto (MIP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que representa a economia brasileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda/ consumo da população, e permite estimar os impactos totais (diretos, indiretos e induzidos) das atividades relacionadas à Copa sobre a produção nacional, emprego, renda, consumo e arrecadação tributária. As previsões utilizadas neste levantamento se pautaram, tanto quanto possível, por experiências comparáveis e pelo planejamento financeiro dos órgãos públicos. Os impactos foram mensurados de acordo com critérios específicos, como a diferença entre os dispêndios efetuados em cenários com e sem a Copa. Além disso, os custos de todas as operações e aquisições foram considerados estáveis, de forma a permitir a soma entre quantias referentes a transações feitas em qualquer momento até 2014, sem a utilização de taxas de desconto intertemporais. Não foram consideradas eventuais oscilações ou tendências do ambiente macroeconômico.
O estudo conseguiu apontar uma expectativa dos valores de investimentos que serão realizados no País nesses quatro anos de preparação para a Copa de 2014? Além dos gastos de R$ 22,46 bilhões no Brasil relacionados à Copa para garantir a infraestrutura e a organização, a competição deverá injetar, adicionalmente, R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos indiretos e induzidos. No total, o País movimentará R$ 142,39 bilhões adicionais no período 2010-2014, gerando R$ 63,48 bilhões de renda para a população, o que vai impactar, inevitavelmente, o mercado de consumo interno. A arrecadação também será beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar os cofres públicos. O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões, valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões. Certamente haverá vários desdobramentos, mas há uma expectativa de geração de empregos? Sim, de 3,63 milhões por ano entre 2010 e 2014.
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Entrevista
Há um apontamento dos setores da economia que serão mais beneficiados? Os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação. Em conjunto, todas essas áreas deverão ter sua produção aumentada em R$ 50,18 bilhões. Os investimentos em mídia e publicidade são da ordem de R$ 6,51 bilhões, feitos principalmente pelo setor privado e concentrados majoritariamente em 2014. Com relação aos investimentos necessários em tecnologia da informação, há um dado interessante: em 32 dias, a Copa do Mundo na Alemanha gerou a produção e tráfego de 15 terabytes de dados, o equivalente a 100 milhões de livros. Isso exigiu a implantação e operação de uma extensa infraestrutura de TI, com a participação de mais de mil profissionais da área. Há estimativas que esses números são bem maiores na Copa de 2014, portanto, são estimados investimentos da ordem de R$ 309 milhões para acomodar o fluxo de dados e capacidade de processamento associados ao evento.
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E os aeroportos brasileiros? Esses devem receber também grandes investimentos, certo?
Quanto será o investimento estimado em infraestrutura com relação a cada uma das 12 cidades-sede?
Sim. E o investimento para equacionar os principais gargalos estruturais, como a limitação dos aeroportos, deve favorecer também o fluxo turístico. A perspectiva é de que o número de visitantes internacionais para o Brasil pode crescer 79% até a Copa, podendo ter impacto superior nos anos seguintes. O estudo aponta que, no período 2010-2014, o número de turistas internacionais deve crescer em 2,98 milhões de pessoas. Ao longo de junho e julho de 2014, a Copa gerará um fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros nos aeroportos. Esse fluxo corresponde a 11,8% da demanda média mensal do sistema aeroviário em 2009. Para fazer frente a esse aumento de demanda, serão realizados investimentos de R$ 1,21 bilhão.
Esses investimentos de infraestrutura estão estimados em R$ 14,54 bilhões, que vão além da construção ou modernização dos estádios, com significativa influência sobre os PIBs municipais. Só para revitalizar as áreas turísticas, os entornos dos aeroportos e estádios serão necessários R$ 2,84 bilhões em investimentos. Há ainda investimentos representativos na base de tecnologia de informação em cada cidade, em mídia e publicidade, segurança pública, na expansão e adequação de complexos hoteleiros e soluções de mobilidade urbana, entre outros.
Todos os setores contam com um amplo número de pequenas e médias empresas que serão puxadas pela economia e impactadas por esses investimentos. Além dos impactos diretos e indiretos por setores econômicos já mencionados, há pelo menos 11 outros setores com um contingente expressivo de pequenas, médias e grandes empresas que será diretamente atingido pelo evento da Copa, como por exemplo, o têxtil, eletrodomésticos, peças para veículos automotores.
O estudo listou alguns passos que podem ser tomados para tornar a Copa do Mundo de 2014 a primeira Copa sustentável da história. Quais são esses passos?
Divulgação
Com relação às pequenas e médias empresas, o estudo aponta números de como o evento irá beneficiá-las? Há algum setor específico que receberá os maiores investimentos?
São sete passos que permeiam todas as atividades da Copa, de estádios erguidos com o critério de construção verde ao impacto das viagens de avião no cálculo da pegada de carbono: Conservação de energia e mudanças climáticas: como minimizar a pegada de carbono; Água: como promover a conservação da água; Gestão interna de resíduos: como reduzir, reutilizar, e reciclar resíduos com apoio dos catadores; Transporte, mobilidade e acesso: como alcançar a eficiência energética, com uso de transportes acessíveis e universais que minimizem a poluição; Paisagem e biodiversidade; Edifícios verdes e estilos de vida sustentáveis e Construção sustentável.
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Especial
Gerenciamento é essencial na construção corporativa Ao iniciar o projeto da obra, é fundamental o acompanhamento de uma gerenciadora para cuidar dos detalhes até a entrega do imóvel POR MICHELE MÉDOL A
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nalisar o projeto, estudar os custos, contratar mão de obra, escolher e trabalhar o terreno, buscar os materiais, acompanhar cada passo, tijolo a tijolo, conversar, discutir, mudar de ideia, reestudar. Eis um rápido resumo do que é a construção de um prédio corporativo. Obras desse porte, médio e grande, exigem
Plínio Morais, gerente de desenvolvimento, negócios e relações institucionais do Instituto Eldorado
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estudo, disciplina e acompanhamento em cada fase, em cada item. Numa empreitada dessas, o gerenciamento é o suporte técnico indispensável em todos os procedimentos da obra para garantir segurança, orçamento, qualidade e prazos. Plínio Morais, gerente de desenvolvimento e negócios e relações institucionais do Instituto Eldorado, conta
que não teve dúvidas quanto à necessidade de contratar uma gerenciadora de obras quando decidiram mudar a empresa de prédio. “Queríamos um projeto bonito, funcional e que coubesse no orçamento apertado e em curto prazo”, define Morais. O espaço, para abrigar todos os funcionários e os laboratórios de análises e testes do Instituto Eldorado, tornou-
Conheça o Project Management Institute (PMI) se pequeno com o crescimento da empresa. Especializada em tecnologia da informação, precisava de um imóvel maior, com muitas salas e configurações planejadas para atender às necessidades peculiares da área de atuação. Tarefa grande e repleta de detalhes. Iniciar uma obra como essa exige mais que recursos financeiros, mas um planejamento minucioso, que vai desde conhecer o perfil do cliente e do projeto em si, passa pela contratação de mão de obra e segue até a reta final, com as chaves entregues e o imóvel pronto para ser ocupado. Posto assim, está claro que cumprir esses objetivos necessita de suporte especializado. “Quando se pensa em um projeto, é preciso definir especificações dentro do orçamento possível e o que se espera. Nós planejamos por
dois anos e meio antes de iniciar o processo de construção do novo prédio”, diz. Apesar dos avanços tecnológicos, do maquinário moderno, de software para projetos, estudos detalhados, a construção civil ainda lança mão de técnicas consideradas até rudimentares durante a execução da obra. É a opinião do engenheiro civil Eduardo Souza, do gerenciamento de projetos e obras da INI2 Implantações Imobiliárias. “Os materiais e as técnicas utilizados numa construção pouco evoluíram ao longo dos anos. A questão não é apenas em como se constrói, mas como o trabalho é pensado. Contar com uma empresa de gerenciamento é a forma de evitar armadilhas, custos extras, ter controle do cronograma e transparência nos trâmites da obra”, diz o engenheiro.
O PMI foi fundado em 1969 por cinco pessoas de vanguarda que entendiam o valor do networking, do compartilhamento das informações dos processos e da discussão dos problemas comuns de projetos. Após a primeira reunião oficial, no Georgia Institute of Technology em Atlanta, Geórgia, EUA, o grupo constituiu oficialmente a associação na Pensilvânia, EUA. Desde então, o PMI cresceu e se tornou o maior defensor mundial da profissão de gerenciamento de projetos. O PMI conta com mais de 240.000 associados – em mais de 160 países. Todos os principais setores estão representados, inclusive tecnologia da informação, defesa e aeroespacial, serviços financeiros, telecomunicações, engenharia e construção, agências governamentais, seguro, saúde e muitos outros. A meta principal do PMI é avançar na prática, na ciência e na profissão de gerenciamento de projetos em todo o mundo, de uma maneira consciente e pró-ativa, para que as organizações em todos os lugares apóiem, valorizem e utilizem o gerenciamento de projetos – e então atribuam seus sucessos a ele.
Eng. Eduardo Souza, gerente de projetos e obras da INI2 Implantações Imobiliárias
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Especial
Os olhos do dono Pontos importantes • Cliente deve acompanhar a obra. Embora seja gerenciada, a obra é de quem contrata e todos os itens devem ser discutidos e avaliados. • Flexibilidade durante o processo. Mesmo com planejamento anterior, toda obra tem imprevistos. • O ideal é que a gerenciadora entre o mais cedo possível no processo, ou seja, quando a obra ainda está sendo planejada. • Não existem regras, uma fórmula que funcione a todos, obras corporativas são complexas e, por isso mesmo, necessitam de acompanhamento • O controle e a gestão sobre a obra são durante todo o processo
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Três aspectos fundamentais no gerenciamento de obras são destacados pelo engenheiro civil Cristiano Roberto Cantúsio Abrahão, que está à frente de obras como a galeria Tilli Center, em Barão Geraldo, da lanchonete Mc Donald´s, de Barão Geraldo e da Avenida John Boyd Dunlop e do supermercado Pão de Açúcar, também em Barão Geraldo: manter o nível exigido pelo cliente, administrar os custos e controle fiscal. “A empresa que gerencia a obra deve manter o suporte técnico e cumprir o projeto conforme a concepção”, diz Cristiano. Auxiliar no controle financeiro da obra, incluindo o processo de concorrência e contratação de mão de obra é outra frente de trabalho imprescindível na opinião do engenheiro civil. Por fim, cuidar das questões burocráticas de documentação juntos aos órgãos e instituições diversas. O engenheiro considera essencial o trabalho da gerenciadora, do planejamento à entrega do imóvel, mas lembrando que o dono nunca deve deixar de acompanhar passo a passo do processo.
“É assim que deve ser feito, para evitar falta de comunicação. Esta deve ser frequente e aberta, entre gerenciadora e proprietário. O envolvimento deve ser total”, avalia. Compartilha da mesma opinião o gerente de desenvolvimento Plínio Morais. “O cliente tem de acompanhar a obra em todas as fases. Tudo deve ser transparente para que, se houver necessidade, haja flexibilização”, considera. Ele sabe do que fala, afinal tratase de uma obra muito peculiar. Além da beleza e do conforto que sempre fizeram parte do projeto do Instituto Eldorado, a funcionalidade vai além do que aparenta à primeira vista. Sim, é um prédio corporativo, mas com salas blindadas, laboratórios para testes diversos, sistemas de comunicação de alta performance, que não podem ser perdidos ou vazados de maneira alguma. E, para completar, um toque de informalidade para conversas e reuniões nos corredores e salas da empresa e espaço para cursos e treinamentos dos funcionários com paredes em drywall e divisórias móveis. “Tudo tem que ser pensado e estudado, em projetos detalhados”, diz Morais.
Transparência nos procedimentos Somente quem se embrenha no universo da construção civil aprende o quanto essa área é repleta de armadilhas. É o disseminado ditado “O barato sai caro” e, em se tratando de construir prédios corporativos, pode-se dizer que sai muito mais caro. O engenheiro civil Eduardo Souza, da INI2 Implantações Imobiliárias, diz que não vale a pena tentar quebrar a cabeça e iniciar as obras sem planejamento adequado. Isso pode resultar numa dor de cabeça sem remédio para sanar.
Tilli Center
Por isso, além de firmar uma parceria, o relacionamento profissional que se forma entre cliente e gerenciadora de obras deve ser sólido e transparente. “A gerenciadora é o braço técnico dentro da obra”, diz. O primeiro passo é saber o que o cliente espera, que tipo de obra pretende e quais serão as finalidades. A seguir, o quanto tudo isso custa e o quanto há para investir. Nesse momento, é preciso estar aberto a discussões e flexibilidade. O projeto inicial talvez precise de alterações ou
substituições para que caibam no orçamento. Escolher e contratar mão de obra estão num item importantíssimo do planejamento. Abrir concorrência e executar o processo seletivo entre os profissionais que vão trabalhar podem ser responsabilidade da gerenciadora e o cliente acompanha, aprovando ou não cada etapa. “Pode ter, por exemplo, um concurso de arquitetos organizado pela gerenciadora, com banca dos clientes no momento de avaliar os candidatos”, afirma Eduardo Souza.
Especial
Passo a passo Depois de conhecer profundamente quais as necessidades em relação ao projeto que se inicia é o ponto principal. A partir daí é que cada item passa a ganhar forma. Procurar e trabalhar o terreno em que se vai construir. Plínio Morais tem conhecimento de causa. Para construir o Instituto Eldorado, ele bem lembra: “O terreno era ingrato, todo desnivelado. De um lado, 10 metros de terra acima e do outro, 15 metros faltando. Decidimos que não queríamos importar nem exportar terra, iríamos resolver tudo ali mesmo”, conta. E esse foi o caminho, totalmente gerenciado. Foi feita terraplanagem do solo, que era considerado “podre”. Quando o gerente de desenvolvimento olhava para tudo aquilo, custava a acreditar que no final o resultado seria totalmente satisfatório. Quem vê o prédio da instituição hoje, não imagina o quão trabalhoso foi essa reforma do local onde viria a ser um empreendimento de primeira linha. Outro detalhe exemplificado por ele foi relativo à fundação. Optaram, por questões de segurança, em não utilizar estacas prémoldadas, mas um sistema diferenciado, em que hélices
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abrem espaço e o concreto é moldado depois. “Respeitamos o conhecimento técnico, mas participamos de todos os detalhes”, diz.Cada detalhe da obra é tão importante que Morais cita a obra como um trabalho visível e duradouro. “Daqui a 30 ou 40 anos, a construção ainda está lá, viva. Mas, temos que lembrar que para ser assim, todas as etapas precisam acontecer na hora certa. O concreto tem tempo de cura. Tem de ser rápido, nada pode falhar, tem de ser no ponto certo, nas condições planejadas”, afirma. Por isso, ele completa, é preciso ter um observador acompanhando tudo, o tempo todo. Antes da construção do prédio do Eldorado, Plínio observou que grande parte das obras corporativas tendia a seguir um padrão estético e funcional. Embora o projeto do Instituto também estivesse incluído nessa ideia, a busca era por um diferencial. “A arquitetura corporativa geralmente usa galpões. Mas conseguimos um desenho detalhado, que descaracterizou esse padrão, embora tenhamos galpões. E ganhamos com isso”, conta. Hoje, além de espaço para todas
as necessidades de trabalho, como salas para reuniões, salas para aulas, salas para desenvolvimento, laboratórios, biblioteca, refeitório, o prédio vai além. Há plantas no interior, passagem, corredores que servem para reuniões informais, discussões, cafezinho, espaços externos onde os funcionários da empresa podem se reunir com os colegas e atender clientes. “Toda arquitetura do prédio converge no hall, que é bem amplo, com plantas e luminosidade natural. O pessoal aqui é informal e por isso quisemos um projeto arquitetônico que os espaços internos da empresa não sejam somente de passagem, mas locais onde possam conviver, bater papo, tomar café, discutir ideias” diz Plínio Morais. Embora a gerenciadora acompanhe todo o processo de uma obra, até o dia em que o imóvel está pronto e com todo aparato para funcionar plenamente, existe a opção de contrato para apenas uma das etapas. “Às vezes o cliente já tem seu arquiteto, mas quer uma avaliação de orçamento. Então, existe a opção de gerenciamento parcelado”, explica o engenheiro civil Eduardo Souza.
O que é feito pela obra • Controle de cronograma • Controle de custos e avaliação de orçamento • Negociar contratações e realizar todo o processo de seleção • Propor soluções aos profissionais também contratados para a obra, como arquitetos • Sugerir assistência técnica • Processo de cotação dos serviços da obra • Analisar qualitativamente o portfólio dos profissionais a serem contratados • Avaliar e providenciar documentos e certidões relacionados ao imóvel em construção • Prever serviços indispensáveis à obra • Analisar riscos de atrasos no cronograma • Melhorar ou alterar o projeto em benefício da obra • Acompanhar a obra em si (medições, qualidade de material, entre outros)
Artigo Jurídico
A pedra tributária no caminho do desenvolvimento
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pós passarmos pelo penoso desafio do reconhecimento internacional como nação política e economicamente estável com potencial de desenvolvimento, é chegada a hora de firmarmos as bases para um sólido ciclo de prosperidade. Entretanto ainda carecemos de reformas estruturais que permitam nos desenvolvermos de forma sustentável para que não sejamos mais uma vez um “quase país do futuro” como se deu em outras ocasiões de nossa história. Para tanto precisamos remover obstáculos postos no caminho do desenvolvimento tal qual a pedra tributária que traz em seu bojo uma carga fiscal desmedida, o alto custo burocrático e a insegurança jurídica latente. Esta tarefa hercúlea não é tarefa para um homem só, sendo uma empreitada para toda a sociedade que a deve encarar como um fator crítico para o sucesso do país e cada segmento deve assumir o seu quinhão de responsabilidade. E nem adianta recorremos às “reformas tributárias”, pois estas propostas não tem sido mais que cartas de boas intenções escondendo uma briga feroz pela repartição de receitas públicas entre os entes tributantes. Assim, a questão
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da carga tributária deve ser debatida entre os contribuintes e o poder executivo com franqueza a fim de definir o seu patamar justo bem como a retribuição mínima à sociedade em serviços e infraestrutura e ainda o nível aceitável em termos de eficiência no uso destes recursos. Já o poder legislativo precisa atuar para consolidar as normas em uso e eliminar o cipoal de leis fiscais tornando o sistema tributário mais racional e simples, reduzindo o vultoso custo burocrático que onera tanto ao setor privado quanto o público. Por fim temos a insegurança jurídica que traz nuvens às questões tributárias examinadas no poder judiciário, pois tem sido comum que os tribunais superiores contrariem o consenso geral formado em suas próprias fileiras alterando radicalmente entendimentos sobre a validade de tributos. Estas oscilações, muitas vezes imprevisíveis e pendendo aos interesses governamentais, causam profundos es-
Paulo Henrique de Almeida Carnaúba: Advogado – Tributário, Lemos e Associados Advocacia
tragos nas finanças do setor privado ao ponto de reverterem balanços e transformarem empresas lucrativas em deficitárias da noite para o dia, gerando um estado de insegurança jurídica sem paralelos em outro lugar do mundo. É imperativo que haja segurança jurídica na área tributária, via estabilidade e previsibilidade das decisões que põem fim às pendengas judiciais, para que o setor privado não viva infelizes sobressaltos e possa apurar os lucros e planejar com relativa tranquilidade. Sem eficiência, racionalidade e estabilidade tributária podemos colaborar para seremos novamente um “quase país do futuro” desperdiçando mais uma chance de ouro que a história nos oferece por conta de percalços que não soubemos superar como uma verdadeira nação desenvolvida.
Responsabilidade Social
P O R CA R O L I N A P I M E N T E L
A Campanha de doação de sangue realizada na Globaltech Campinas pelo Venturus Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica - teve a participação da HP Brasil e da INI2 Implantações Imobiliárias, que também abraçaram a causa
Romeu de Almeida Machado, do Venturus
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Mirian Albuquerque (Venturus), Monica Meirelles (Hemocentro), Keli Sobreira (HP Brasil)
judar o próximo é um ato de amor. Unir forças para salvar vidas foi a forma que o Venturus, em parceria com a HP Brasil e a INI2 Implantações Imobiliárias, encontrou para realizar com sucesso uma campanha de doação de sangue no mês de abril. Com lema “Sangue Bão” funcionários das empresas deram uma pausa no trabalho e exerceram a cidadania, em um espaço preparado dentro do condomínio empresarial Globaltech, doando sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia, Hemocentro da Unicamp. De acordo com a Analista de RH e integrante do Comitê de Responsabilidade Social do Venturus, Mirian Albuquerque, esta foi a 8ª campanha de doação de sangue realizada pela empresa com a participação dos funcionários e a primeira em par-
Maurício Xavier Faria, do Venturus
ceria com a HP e INI2. “O marco dessa campanha é o laço que o Venturus criou com outras empresas que abraçaram essa causa. Reforçamos muito o valor da doação e o despertar para a cidadania. ”, explica. A administração do condomínio Globaltech, que é feita pela INI2 Implantações Imobiliárias, cedeu um espaço e realizaram algumas mudanças na estrutura para que a ação pudesse acontecer. “A empresa que abre suas portas para o Hemocentro ajuda a divulgar a doação de sangue. A ida da nossa equipe até o local faz com que haja um aumento significativo no número de doadores. Os funcionários ficam mais sensibilizados e ainda podem tirar muitas duvidas sobre doar sangue”, explica Mônica Meirelles, Assistente Social da Captação de doadores do Hemocentro da Unicamp. Para a PSG Suplly Chain da HP Brasil, Keli Cristina Sobreira, a instalação da equipe do Hemocentro garantiu o sucesso da campanha. “Temos um departamento chamado HP cidadã, que conta com a participação dos funcionários. Como já temos uma campanha interna de doação de sangue, em que deslocamos as pes-
soas até o local da doação, aproveitamos a oportunidade de ter o Venturus organizando a campanha e trazendo o Hemocentro para dentro do condomínio, acabamos ajudando com o engajamento da equipe da HP”, afirma. Na coleta de sangue é retirado aproximadamente 450 ml de sangue. Esse volume não causa prejuízo nenhum à saúde do doador, ele é reposto rapidamente com ingestão de líquidos e o ferro é reposto através da alimentação. “Poder ajudar quem precisa é sempre muito bom, ainda mais sem muito esforço já que a doação foi feita aqui dentro do condomínio. Não senti nada e já estou voltando ao trabalho”, afirma o funcionário da HP Brasil, Valdemiro Santana. A doação de sangue é um gesto insubstituível que representa esperança de vida para muita gente sem contar que é um ato de cidadania. A próxima campanha acontece no dia 28 de setembro. Faça com que sua empresa também abrace essa causa. Para participar da próxima campanha do Venturus entre em contato com a Mirian Albuquerque no telefone (19) 3755-8515.
“Essa é a terceira vez que participo da campanha. Tive um caso na família que precisou de transfusão e a necessidade de alguém tão próximo me fez doar sangue com regularidade. A iniciativa de doar sangue sem sair da empresa é uma excelente ideia” Claudio Tezzin Jeremias, do Venturus.
“A HP já tem vários incentivos para a responsabilidade social. É muito boa essa união de empresas para fazer o bem. Fazer a captação do sangue na própria empresa é muito interessante e bem melhor do que ir até o Hemocentro. Doar sangue não pode ser um mito” Adoniran Vieira, da HP Brasil.
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Tecnologia
Conexão com o mundo sem sair da cadeira P O R JA N A Í N A N ASC I M E N TO
A telepresença contribui para aumentar a produtividade dos funcionários, pois permite reuniões com pessoas distantes e colabora com o meio ambiente reduzindo a emissão de carbono
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ealizar reuniões com pessoas que estão distantes como se elas estivessem realmente presentes no local, essa tecnologia é a telepresença, que combina áudio e vídeo através de uma rede de protocolo de internet (IP), proporciona uma experiência realista ao reproduzir em tamanho real a imagem de pessoas que estão distantes, mas participando de forma virtual de uma reunião. Além da maior sensação de realidade, neste caso, as pessoas podem, por exemplo, parar ou caminhar ao redor da sala e, ainda assim, apesar da distância física,
interagir de forma dinâmica com os demais participantes. De acordo com um novo estudo da empresa Verdantix, envolvendo grandes empresas dos Estados Unidos e Reino Unido, esse recurso pode gerar uma economia de quase US$ 19 bilhões até 2020 e reduzir as emissões de gás carbônico em até 5, 5 milhões de toneladas. Essa tecnologia está sendo cada vez mais adotada por empresas dos mais diversos portes, uma delas foi a NetGlobe em parceria com a Polycom, empresa americana líder no segmento dessa tecnologia, que inaugurou um ambiente completo, o primeiro em Campinas, situado no Galeria Office Park, com as soluções de Telepresença, Telefonia IP, Concentrador Multiponto IP/ ISDN, Estúdio IP em Alta Definição, Sistemas de Gravação, Portal Multimídia e NOC com a mais alta tecnologia de serviços. “As soluções de telepresença estão no mercado há mais de uma década, mas está recebendo mais atenção agora do que antes. Isso acontece em razão da melhora da qualidade obtida com a chegada da tecnologia de alta definição para a videoconferência e a entrada no mercado de
grandes empresas que oferecem soluções de telepresença”, afirma Renato Batista, diretor executivo de vendas da NetGlobe. Um espaço com esses recursos pode chegar a R$ 250 mil reais. “A sala poderá ser alugada por empresas para a realização de conferência visual com alta definição em voz, vídeo e apresentação ou servir como um show room de demonstrações para os empresários que interessarem em adquirir a solução”, diz Renato. Um sistema de telepresença pode conectar até quatro salas simultaneamente, intercalando as imagens de cada sala. “Quando a pessoa sentar na poltrona e a câmera fechar nele, terá a nítida sensação que ele está do outro lado da mesa, e sua voz é direcionada, deixando a interação mais realista”, explica o di-
retor. O sistema funciona em uma sala na qual é instalado um ramal. Quando é completada uma ligação para esse aparelho de telefone, ele é identificado de maneira automática e a transmissão começa. A sala também é equipada com câmeras de alta definição, que funcionam sem interferência do usuário. Segundo Renato a telepresença ajuda empresas a melhorar a condução de seus negócios e, ao mesmo tempo, torna possível a redução das emissões de carbono.
Sustentabilidade A telepresença é uma evolução da vídeo conferência que permite substituir as viagens a negócios dos executivos por reuniões on-line, essa tecnologia faz com que as empresas criem um elo de
responsabilidade ambiental. Fazer uma reunião onde não há a necessidade de deslocar 10 pessoas de Campinas para uma sala em São Paulo, sem precisar utilizar carro ou avião é um grande ganho para a natureza, pois reduz a emissão de CO2. “Leroy Merlin e Natura, tem essa preocupação e está utilizando a tecnologia com esse apelo”, diz Renato. Segundo projeções da empresa Verdantix, as reduções de emissões de gases de efeito estufa por empresas dos EUA com receita anual superior a US$ 1 bilhão devem totalizar aproximadamente 4,6 milhões de toneladas até 2020. As mesmas estimativas feitas para grandes empresas do Reino Unido mostram que as reduções de CO2� até 2020 totalizariam cerca de 940 mil toneladas.
Finanças
Bolsa de valores: sem medo de investir POR MICHELE MÉDOL A
Aplicar no mercado de ações é fácil e rentável, bastam alguns trocados e boa orientação
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uando o assunto é investir em ações, uma série de mitos ronda o assunto. Um deles é acreditar que iniciantes na bolsa de valores necessitem de alto capital. Além desse, é deixar de lado a ideia de investimento quando o panorama econômico sinaliza crise. De acordo com o empresário Rafael Nogueira Pinto, da Manhattan Investimentos, empresa especializada no ramo, a partir de R$ 27,00 é possível entrar no mercado de ações. É um investimento como tantos que existem. Há quem aposte as fichas em poupança, fundos, imóveis, previdências, entre outros que existem nas instituições financeiras, considerados mais conservadores, sem riscos de perdas, mas com baixo ganho. Quando se trata de bolsa, o medo de perder dinheiro costuma acometer. Ainda mais quando se ouve falar ininterruptamente em quedas de bolsa, baixa de ações desta ou aquela empresa e crise financeira. Por receio, evita-se até mesmo o envolvimento neste mercado específico. Apesar do ritmo frenético que o mercado de ações
costuma aparentar, investir na bolsa não é nenhum bicho de sete cabeças. Segundo Rafael, o primeiro passo para quem pensa em investir, mas pouco entende do riscado, é procurar uma assistência especializada. Dessa forma, o mercado de ações pode ser muito produtivo, rendendo bem mais do que qualquer outro tipo de investimento. Rafael explica que, por lei, os investimentos em ações devem ter intermediadores financeiros, como banco ou corretora. A diferença entre essas instituições é que a corretora é especialista no ramo e no banco é apenas um dos serviços prestados. “A corretora de valores se aproxima do cliente, orienta de maneira personalizada, sugere opções de investimentos, avalia o mercado e a situação do cliente”, explica o empresário.“O brasileiro ainda precisa ampliar a educação financeira”, comenta. Posto dessa forma, parece relativamente simples investir em ações. E é mesmo. É claro que, como qualquer tipo de aplicação, existem regras e orientações que visam garantir resultados satisfatórios no mercado financeiro. A
Investimento na bolsa de valores principal é ter consciência de que, geralmente, aplicar na bolsa é investimento a médio e longo prazo, entre cinco e 10 anos. No entanto, existem tipos de operações específicas que podem ser de um dia ou até uma semana. E a crise? É o período ideal para investir? Quando se fala em mercado de ações surge logo uma pergunta: “E a crise?”. Sim, a crise existe, de tempos em tempos, mas não é preciso se desesperar. Rafael explica que realmente é complicado saber a situação do mercado no próximo momento. As notícias vão e vêm e mudam a situação da bolsa rapidamente. A questão primordial é estar preparado para agir nesse momento. Quem tem ações, não deve vender quando o mercado entra em baixa. Basta aguardar, não mexer no investimento. “Quando as ações baixam, há quem fique com medo e queira vender tudo, mas esse é o momento de esperar”, diz. Aliás, é o contrário. Quando há crise, as ações entram em liquidação e, aí sim, é bom comprar. Sempre levando em conta o segmento e as empresas na quais está investindo, analisando a chamada relação preço-custo, o equivalente a custo-benefício, com base em cálculos específicos.“Crise é a melhor época para inves-
tir”, afirma Rafael. As ações baixam de valor, é o momento para comprar. Em pouco tempo voltam a valer mais e, não raramente, muito mais. “Só perde dinheiro na bolsa se vender por menos do que comprou”, avisa o empresário. Para pessoas jurídicas ou físicas, os procedimentos são os mesmos. No entanto, empresas podem aplicar em outros segmentos e, dessa forma, diversificar o ramo em que atua, como um novo negócio. Qualquer que seja o caso, quem for investir deve ter orientação básica inicial. “Sem orientação, muitos se perdem e tomam decisões que não são as mais adequadas”, avisa o empresário.
• No EUA, 50% da população investem na bolsa de Valores • No Brasil apenas 0,28% da população investem na Bolsa de Valores • O objetivo é que até 2014 o Brasil tenha 5 milhões de novos investidores • Nos EUA, é costume a criança ganhar ações quando nasce • De 1968 a 2004, o investimento em poupança rendeu três vezes mais que o capital investido, em imóveis rendeu oito vezes mais e na bolsa, 23 vezes mais
Rafael Nogueira Pinto: “A crise é o momento ideal para investir, mas é preciso ter noção do segmento que vai aplicar” Corporativa | 21
Sustentabilidade
Ambiente profissional verde P O R JA N A Í N A N ASC I M E N TO
Empresas fomentam consciência ecológica entre funcionários
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preocupação com o meio ambiente entrou definitivamente na agenda dos negócios. Está cada vez mais claro que as empresas que não forem ecoeficientes terão mais dificuldades em competir quando os recursos se tornarem escassos e a poluição se transformar num verdadeiro fator de custos. Diante disso é importante que políticas relacionadas a recursos energéticos, meio ambiente e responsabilidade social, entre outros temas, sejam mais discutidas no âmbito das companhias e que transformem em projetos para conscientização ambiental. Algumas empresas já começaram agir para evitar uma crise indesejável. Na Rigesa – Soluções em Embalagem, que tem fábricas em todo o Brasil a coordenadora de Comunicação, Ana Flávia Vallim, acredita que os projetos promovem a conscientização geral sobre as principais questões ambientais, levando conhecimento e recursos a centenas de pessoas. “A Rigesa promove diversas ações, entre elas, o Seminário Rigesa de Educação Ambiental, que esse ano completa 10 anos e ocorre anualmente durante o mês de junho em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente”, completa Ana. O seminário é destinado aos professores de 5º e 6º anos de escolas municipais, estaduais e par-
ticulares. “Acontece em todas as fábricas uma abertura com um discurso padrão para todos os funcionários onde contamos quel será o tema da atividade do seminário que vai ser desenvolvido com os professores, que são replicadores das informações para os alunos. Essa ação atende as escolas que estão próximas das fábricas onde o filho do funcionário estuda e depois reforça com os pais”, explica Ana. “A Rigesa acredita, que plantando a idéia de conscientização ambiental nas crianças, a natureza poderá ser preservada para as gerações futuras”, opina Ana. Rigesa Campinas Na unidade de Campinas, a ação é focada na coleta seletiva de lixo, inclusive todo o material de outras empresas instaladas no prédio. “Esse material é destinado à favela Moscou, que fica próxima ao Carrefour D. Pedro, neste lugar é desenvolvido o Projeto Gaia”, afirma Ana.
DHL Outra empresa que busca incorporar critérios ambientais entre colaboradores e parceiros é a DHL Supply Chain, com 46 unidades em diversas regiões do Brasil. “As ações sociais e ambientais fazem parte do dia a dia da empresa sempre preocupados em realizar seus projetos de forma cada vez mais susten-
A sua empresa é ecologicamente correta? Escreva para nós pelo e-mail corporativa@ini2.com.br e participe das matérias.
tável e com o menor impacto ambiental”, afirma Marcial José de Souza, gerente de SHE, Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Uma das ações que acontece em todo Brasil é o gerenciamento de resíduos. “Esse programa destina resíduos recicláveis aos locais prédeterminados e que darão continuidade do processo, existe também o tratamento para os resíduos perigosos como óleo e lâmpadas. É um programa muito forte, que funciona já há algum tempo, atendendo a legislação e contribuindo para fazer a maior reciclagem possível dos resíduos”, afirma Marcial. Outra iniciativa é o sistema de reuso de água, onde por meio de estações de tratamento permite que a água seja utilizada em diversas operações como a irrigação. A Semana do Meio ambiente, também é outra ação, que ocorre uma vez por ano na data de comemoração do meio ambiente. São aplica-
Projeto Gaia A Cooperativa de Reciclagem Aliança é hoje responsável pelo encaminhamento de toneladas de resíduos de plásticos, metais, papel, vidro e óleo vegetal usado para uma destinação correta e eficiente. Além disso, é geradora de trabalho e renda para 28 cooperados, que tiram seu sustento integralmente das
das palestras sobre o tema para os colaboradores. “Nesse evento distribuímos mudas de árvore para incentivar o plantio e conservação”, diz. DHL Campinas Dentro da empresa em Campinas, em uma ação específica existe a iniciativa da coleta seletiva que foi implantada há três meses. “No início teve um treinamento para todos, orientando como fazer essa separação e ainda um desenvolvimento com o condomínio para entender como seria feita separação e a destinação dos resíduos”, explica Marcial. Reutilização de papeis, diminuição na utilização de papel, incentivo ao uso de arquivos eletrônicos, reuso do papel, separação de documentos não confidencias que podem virar blocos de rascunhos ou reimpressão todas são pequenas ações de colaboradores que fazem a diferença.
atividades desenvolvidas de coleta, triagem e venda de seus materiais reciclados. A cooperativa, coordenada por Anderson Macedo, tem um caminhão que faz a coleta própria em condomínios e empresas, e por isso não depende da prefeitura. A coleta no complexo Galleria, administrada pela INI2 Implantações Imobiliárias, acontece às terças e quintas no início da
manhã. Neste ano completará 11 anos de história, conquistadas com muita luta. Venha participar deste projeto como cooperado ou voluntário Endereço: Rua São Simão, 535, Bairro Matão, Condomínio Coronel - divisa Campinas / Sumaré. Telefone: (19)3864.3795
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Novos Negócios
A importância de saber contratar numa gestão de obras
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Gestão de Contratações trata-se de uma sub-etapa da fase de planejamento, extremamente fundamental para o bom desenvolvimento de uma obra e tem como objetivo trazer Segurança, Economia, Tranquilidade e Qualidade. O trabalho se inicia com a análise minuciosa do material técnico disponível e envolve projetos, memoriais e as reais condições do cliente dando base para um adequado planejamento dos pacotes de contratações e modelos de contratos. A partir disso, são selecionadas as empresas para a participação nas concorrências e cotações para a execução das obras, sempre com o aval do contratante do serviço. O serviço de Gestão de Contratações cresce no mercado da construção civil a percentuais antes nunca medidos. Para a INI2, essa Gestão vai além: a empresa fica responsável por todos os detalhes técnicos e jurídicos necessários para uma boa contratação de obras e o cliente participa dos pontos mais relevantes e das negociações comerciais. Isso significa otimização de tempo, economias extras e aumento da qualidade e segurança de todas as etapas do processo. A contratação dos serviços das empresas é feito através de cartas-convite e os cadernos de encargos, com todas as condições de contratação (es-
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copo, forma de pagamento, prazo de obra, minuta contratual, projetos, dentre outros detalhes), dando início a um rigoroso processo de interação técnica, comercial e jurídica para se chegar às equalizações das propostas apresentadas pelos fornecedores. Já a negociação final e contratação das empresas que vão executar as obras é feita com bases técnicas sólidas e com a participação do cliente, dando total transparência ao procedimento. Em geral, os orçamentos de obra são complexos por envolverem centenas de itens e composições de custos. A descrição dos itens, a quantificação e a precificação de produtos e serviços para a execução de uma obra variam de concorrente
para concorrente. A INI2 possui profissionais especialistas que vivem neste meio em período integral e sabem interpretar adequadamente as propostas e podem encontrar falhas, oportunidades de reduções e garantir a consistência do processo de análise. Ainda possui métodos de contratação e modelos de contratos que incorporam a experiência de quem vive diariamente o setor da construção civil, o que resulta em margens de erro muito menores. Portanto, a Gestão de Contratações atua diretamente na falta de planejamento, no pouco envolvimento dos clientes na fase dos projetos ou lacunas de entendimento real dos clientes sobre as definições técnicas do projeto,
nas contratações inadequadas ou escolha de fornecedores inadequados para o tipo de obra, nos custos extras durante a obra devido a má especificação ou enquadramento no momento da contratação; nas mudanças de escopo durante a obra; no despreparo profissional e de mão de obra; na cultura do imediatismo; no sistema artesanal de construção; no alto índice de terceirização; na falta de repetição, pois cada obra é um universo completamente novo e, enfim, nos problemas de comunicação entre os fornecedores que falam uma língua e os clientes que nem sempre conseguem traduzir o seu ideal num projeto de construção civil.
Augusto Manarini é Diretor da INI2 Implantações Imobiliárias
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