XI Congresso Internacional ASPESM
Intervenção psicoterapêutica ao cuidador informal da pessoa com perturbação mental: revisão integrativa Ana Sofia Sobral*, Rosa Carneiro**, António Ferreira***, Ana Quesado**** *Enfermeira; Enfermeira Divisão Intervenção Comportamentos Aditivos e Dependências – Equipa de Tratamento de Vila Nova de Gaia, ARS Norte, Rua do Jardim, 940, 4405-824 Vila Nova de Gaia, Portugal. E-mail: pachecosobral@hotmail.com **Enfermeira; Enfermeira na USF Boa Nova – ACES Espinho / Gaia – ARS Norte, Rua da Boa Nova,
325/347,
4405-535
Valadares-
Vila
Nova
de
Gaia,
Portugal.
Email:
rmpcarneiro@hotmail.com ***Mestre; Prof. Adjunto; Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa, 3720-126 Oliveira de Azeméis, Portugal. antonio.ferreira@essnortecvp.pt ****Mestre; Prof.ª Adjunto; Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa, 3720-126 Oliveira de Azeméis, Portugal. ana.quesado@essnortecvp.pt RESUMO CONTEXTO: Segundo a Entidade Reguladora da Saúde (2015), Portugal possui a maior taxa da Europa de cuidados domiciliários informais. Estima-se que no nosso país o número de cuidadores informais ronde as 800.000 pessoas. OBJETIVO(S): Identificar intervenções psicoterapêuticas com cuidadores informais que visem facilitar a transição saúde e doença mental; Analisar os resultados de intervenções psicoterapêuticas ao cuidador informal da pessoa com doença mental; Definir uma intervenção psicoterapêutica que facilite respostas adaptativas ao cuidador informal. MÉTODOS: Revisão integrativa da literatura utilizando as bases EBSCOhost e MEDLINE. Selecionaram-se artigos publicados entre 2010 e 2019, com evidência de implementação de intervenções psicoterapêuticas a cuidadores informais de pessoas com doença mental e avaliação dos seus resultados. RESULTADOS: Os artigos analisados permitem identificar que a implementação de Programas Psicoeducativos para capacitação de cuidadores informais de doentes com perturbação mental, contribuem positivamente na gestão da ansiedade, do stresse e na diminuição da sobrecarga do cuidador informal. Os programas devem responder a requisitos teóricos de intervenção, sendo caracterizados em média através de 6 sessões, com periodicidade semanal (6 semanas) e com duração aproximada de 90 minutos por sessão. CONCLUSÕES: A prática de enfermagem em Saúde Mental fundamenta-se essencialmente em intervenções que se destinam a melhorar a qualidade de vida do utente e da sua família, nomeadamente através da intervenção no controlo do surto da doença e na sua estabilidade, no apoio à integração social após o aparecimento da doença, na cooperação na adesão ao tratamento e no suporte na adaptação à nova condição.
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